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Gestão Atuarial
 Aula 1: Histórico da atividade securitária e gestão de risco	 Na gestão atuarial, seguro é: 							 Contrato aleatório em que, mediante uma taxa (prêmio de seguro), uma das partes se obriga a indenizar a outra por prejuízo eventual: seguro de vida, seguro contra acidentes. Seguro social, o que garante aos trabalhadores assistência médica, indenização por invalidez, pensão ou aposentadoria, e outros benefícios. 						BREVE HISTÓRICO DO SEGURO 					 O homem, em sua própria natureza, sempre buscou a vida em sociedade, para isso começou a se socializar e se fixar em regiões que lhe desse segurança e condições para sobreviver, fundando as primeiras organizações com a distribuição de tarefas, constituindo uma estrutura social, buscando minimizar efeito dos acontecimentos futuros. Nestas primitivas organizações sociais já se praticava o mutualismo, que segundo Souza (2007, P. 4), consistiria na formação de grupos com interesses comuns, constituindo uma reserva econômica para dividir o risco de um acontecimento não previsto. 
	Na Babilônia, por volta de 1800 a.C., o Código de Hamurábi, embora não tratasse de relações comerciais regulares nem dos conceitos tradicionais de garantias hoje entendidos, apresentava diversos preceitos buscando estabelecer regras não só para minimização de riscos quanto para preservação de patrimônio. Os comerciantes da Babilônia, no século XIII a.C. preocupados com o risco de perda dos camelos na travessia do deserto, em direção aos mercados das regiões vizinhas, eles formavam acordos nos quais: quem perdesse um camelo, no caminho, por desaparecimento ou morte, receberia outro, pago pelos demais criadores. Esta relação reflete uma evolução do entendimento do próprio código de Hamurábi.					 	Os hebreus e os fenícios praticavam o mutualismo em uma forma bastante aprimorada. Os fenícios desenvolveram sistemas de reposição das embarcações no caso de eventuais perdas em suas viagens realizadas pelos mares, Mediterrâneo e Egeu. No caso dos hebreus, a coletividade assumia a responsabilidade pela reparação na ocorrência de acidentes com o rebanho de alguns de seus pastores, cujas perdas eram repartidas entre todos. 										A prática do mutualismo também pode ser observada em outras civilizações, como a grega e a romana, em que as doações feitas pelos fiéis, durante os cultos religiosos eram destinadas à assistência médica e ao auxílio funeral dos membros.			 Os romanos utilizaram largamente a Lex Rhodia de Jactu (as Leis de Rodes), originada no ano de 900 a.C., na Ilha Dodecaneso “Rodes”, forneciam proteção contra os perigos do mar. Essas leis se estenderam a todas as potências marítimas e o “Código Navale Rhodorium” veio definir um conjunto de regras que deveriam ser cumpridas.			 Nesse contexto, o Papa Gregório IX, baseando-se na usura, classificou o seguro marítimo com garantia náutica, muito comum na época, como prática abusiva e que, portanto, deveria ser proibida.										 Na época das descobertas, do caminho para as Índias e do comércio marítimo, a pirataria e a precariedade das embarcações configuravam os maiores riscos nas viagens. Assim, a manutenção das coberturas exigia dos banqueiros investimentos de capitais cada vez mais significativos. O caminho natural foi a constituição de sociedades de banqueiros — originando as sociedades seguradoras, ligadas às operações bancárias durante muito tempo. Os seguros náuticos funcionavam da seguinte forma: os navegadores obtinham com os banqueiros um empréstimo em dinheiro que deveria ser devolvido, acrescido de elevados juros, caso a embarcação chegasse sem sofrer danos ou perdas ao seu destino; se ocorresse algum acidente com o navio, o navegador ficaria de posse do empréstimo.		Deste modo, o seguro marítimo pode ser classificado como um dos mais antigos e que serve de base para vários outros. Os italianos, seguidos pelos espanhóis, foram os precursores. O primeiro contrato de seguro marítimo, com emissão de apólice, foi redigido no idioma italiano, em Gênova, no ano de 1347. Entretanto, como os sistemas jurídicos vigentes na época classificavam o seguro como um jogo, sua regulamentação foi muito dificultada. Esta visão começou a mudar à medida que crescia a importância do seguro para a economia e o comércio.				 	Em 1667, em Londres, um incêndio destrói cerca de 13.000 casas, igrejas e a catedral de Saint Paul, um de seus maiores símbolos, e quase acaba com a cidade. Assim, em 1684, surge na própria Londres a primeira companhia de seguros "contra incêndio", criando o primeiro seguro incêndio do mundo. O seguro de vida também surgiu na Inglaterra, onde foram criadas as primeiras sociedades seguradoras nos moldes que conhecemos atualmente. Em 1690, era fundada a inglesa Lloyd's, a mais tradicional companhia de seguros do mundo, originária de uma taberna e de um jornal dedicados aos marítimos.							 Em 1789, publicava-se o primeiro Código Uniforme de Seguros, proporcionando a universalização dos seguros.							 SINISTRO : Sinistro é a realização do risco previsto no contrato de seguro resultando em perdas para o segurado. 							 Ele pode ser total quando causa a destruição ou o desaparecimento por completo do objeto segurado e parcial quando atinge somente uma parte do objeto segurado.		 PRÊMIO: Ao contrário do que pode parecer, prêmio não representa a importância que o segurado recebe, e sim a que ele tem de pagar à companhia. Assim o prêmio nada mais é que o preço ou o custo do seguro especificado no contrato, ou seja, a soma em dinheiro, paga pelo segurado, a fim de que a seguradora assuma a responsabilidade por um determinado risco. 						 Seu valor depende do prazo do seguro, da importância segurada e da exposição ao risco, além das despesas administrativas e de produção (como comissão e agenciamento) e dos impostos.										 O prêmio resulta da aplicação de uma porcentagem à importância segurada. Ele será usado para cobrir as indenizações, despesas administrativas, comissões e gerar lucro para a seguradora. A falta de pagamento do prêmio desobriga a seguradora a pagar a indenização. Na determinação do valor do prêmio é importante considerar a questão da franquia, ou seja, o limite de participação do segurado nos prejuízos resultantes de cada sinistro. Quanto maior a franquia, menor o prêmio.							 Além disso, como o segurado tem que arcar com seu valor, cada vez que o sinistro ocorrer, ela acaba evitando que o seguro seja acionado em casos mais simples, cujos valores são inferiores ou semelhantes à franquia.							 Em função da colonização, até a vinda da corte portuguesa, o Brasil não podia sequer instalar indústrias. Todos os bens manufaturados vinham de Portugal. Com a chegada da Família Real, D. João VI promoveu a abertura dos portos e a liberação do comércio com outros países.								 1665 =Surgem as primeiras normas a respeito do contrato de seguro no Brasil. 1808 = Em 24 de fevereiro deste ano, foi fundada a primeira seguradora do país, a Companhia de Seguros Boa Fé, com sede na Bahia, grande centro da navegação marítima da época. 	'										 1810=Criou-se, no Rio de Janeiro, outra companhia de seguros com características idênticas à anterior. Até 1822, ano da independência do país, todas as seguradoras que foram surgindo subordinavam-se às normas da Casa de Seguros de Lisboa. 1831 =Neste ano, foi baixada uma lei extinguindo as provedorias de seguros das províncias e isentando o seguro do pagamento de impostos. 				 1845 =As operações de seguros marítimos foram disciplinadas e implantou-se o seguro de incêndio, de vida e de mortalidade de escravos. Somente a seguradora Argos Fluminense, fundada neste ano, realizava seguros terrestres. 1850 =A Lei n° 556, de 1850, em seus artigos 666 a 796, criou o Código Comercial Brasileiro, que passou a disciplinar o seguro marítimo, resultando no surgimento de novas seguradoras. 									 1858	 =Neste ano, a seguradora Interesse Público obteve autorização para operar com seguros terrestres. 									 1860 =Dois decretos tornaram obrigatórios os pedidos para o funcionamento das seguradoras, a aprovação dos estatutos e a apresentação de balanços. 1862 =Por volta de 1862, surgiram as primeiras filiais de seguradoras estrangeiras, como a Companhia Garantia do Porto, a Royal Insurance e a Liverpool & London & Globe. 1890 =Foi extinta a exigência de autorização prévia de funcionamento das seguradoras. 1901 =No início do século XX, preponderantemente em função do incremento do comércio, o país já contava mais de 60 companhias de seguro, atuando principalmente no ramo marítimo.									 Em 1901, era criada a Superintendência Geral de Seguros, subordinada ao Ministério da Fazenda, cuja principal atribuição era fiscalizar as operações de seguros.	 1917 =A regulamentação dos seguros no Brasil, no entanto, ocorreu somente em janeiro de 1917, com a entrada em vigor do Código Civil Brasileiro — Projeto Clóvis Beviláqua —, que estabeleceu as normas gerais do contrato e definiu as obrigações do segurado e do segurador. A partir de então, os seguros terrestres passaram a ter regulamentação específica.								 1930 =Por volta deste ano, o governo Vargas restringiu o fluxo de capital para o exterior, o que gerou a saída de várias seguradoras do país. 1935 =Neste ano, foi criado o seguro de acidente do trabalho. 1937 =Com o surgimento do Estado Novo, criou-se a tarifa mínima oficial para os seguros terrestres e marítimos. A partir daí, as seguradoras foram obrigadas a submeter suas tarifas à aprovação do governo.							 1939 =Foi fundado o Instituto de Resseguros do Brasil (IRB), o resseguro — o seguro do seguro — era feito quase totalmente no exterior, de forma direta ou por meio de companhias estrangeiras que operavam no Brasil. 				 O objetivo do IRB, que detinha o monopólio do resseguro e dos mecanismos de cosseguro — repartir o risco com outras seguradoras — e retrocessão — o resseguro de um resseguro —, era fortalecer as seguradoras nacionais por meio da pulverização do risco em resseguro automático e reter no Brasil atividades de resseguro feitas em outros países. Com apenas nove meses de atuação, o IRB conseguiu reter no Brasil cerca de 90% dos prêmios de resseguros-incêndio praticados — o ramo de seguros-incêndio foi o foco inicial do IRB, por responder por cerca de 75% do total de seguros na época. Com o passar do tempo, novos tipos de resseguros foram sendo incorporados pelo IRB, como o aeronáutico, um dos pioneiros em todo o mundo.							 1940	 =Em março deste ano, as operações de seguros privados foram regulamentadas por decreto e tornaram-se obrigatórios os seguros contra riscos de incêndio, transportes para os comerciantes, indústrias e concessionárias dos serviços públicos. As seguradoras estrangeiras foram obrigadas a se organizar como empresas brasileiras e a constituir suas reservas no Brasil.								 1966	 =Neste ano, através do Decreto-lei n° 73, de 21 de novembro de 1966, foram reguladas todas as operações de seguros e resseguros e instituído o Sistema Nacional de Seguros Privados, constituído pelo Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP); Superintendência de Seguros Privados (SUSEP); Instituto de Resseguros do Brasil (IRB); sociedades autorizadas a operar em seguros privados; e corretores habilitados.	 1970 = Nos anos de 1970, o Brasil passou a adotar uma política de reciprocidade de negócios e a promover o intercâmbio internacional do seguro brasileiro. O resultado foi o superávit na conta de Seguros do Balanço de Pagamentos, a aceitação de negócios do exterior em volume correspondente a 60% dos resseguros cedidos, a criação de uma empresa especializada em segurança de crédito, a regulamentação do seguro saúde, dos fundos de pensão e a expansão do seguro rural. Com a abertura de comércio, não foi só o volume de investimentos que mudou no mercado de seguros brasileiro com a chegada maciça de empresas multinacionais. As empresas nacionais foram obrigadas a rever suas culturas e estratégias, desenvolver novas formas de comercialização, investir em tecnologia, qualificar e disputar mão de obra e inovar, oferecendo novos e melhores produtos. Isto ocorreu porque a legislação de seguros, embora protecionista, não estabeleceu restrições absolutas para o capital estrangeiro no Brasil. 1971 =Neste ano, foi criada a Funenseg - Fundação escola nacional de seguros, responsável pelo ensino e pela divulgação do seguro no Brasil.	 1986	 =Em 1986, uma resolução do CNSP (revogada depois pela resolução CNSP n.° 14/98) havia fixado em 50% o teto da participação do capital estrangeiro em empresas nacionais, limitado a um terço do capital votante, exceto para casos de interesse do governo brasileiro, de reciprocidade ou de acordos internacionais autorizados pelo presidente da República.										 1988 =Constituição Federal de 1988 acelerou essa discussão, pois, se de um lado havia artigos referentes apenas à restrição de capital estrangeiro em instituições financeiras, outros incluíam as sociedades seguradoras, de previdência privada aberta e de capitalização. 1996 =Neste ano a Advocacia Geral da União concluiu que o veto à participação do capital estrangeiro não se aplicava às seguradoras, entidades de previdência privada aberta e capitalização, na medida em que não se tratam de instituições financeiras.	 2002 =Em 2002, foi promulgado o atual Código Civil Brasileiro. 
 MERCADO ATUAL E PERPESCTIVAS Com a legislação e a estabilização da economia a favor e seduzidas pelo tamanho do mercado brasileiro e seu enorme potencial de crescimento, já que seus mercados de origem encontram-se quase totalmente explorados e a atuação em países como o Brasil era a oportunidade de estas empresas continuarem a crescer, as seguradoras estrangeiras aportaram em massa no país.								 Várias seguradoras nacionais passaram a contar com parceiros internacionais que se por um lado não possuíam conhecimento profundo do mercado brasileiro, por outro, traziam consigo novos produtos, tecnologias de gerenciamento, formação de preços e comercialização. Atuam hoje, no Brasil, várias das grandes seguradoras mundiais.DE RISCO, CALCULO ATUARIAL E SEUS PRINCÍPIOS Uma das principais premissas relacionadas ao conceito de seguro envolve compartilhamento ou divisão de riscos. Em um contexto científico o risco é entendido como as métricas relativas às possíveis perdas dos entes socioeconômicos, frente às incertezas futuras na realização de suas atividades. Desta forma, o homem, desde as suas origens, sempre manteve uma enfática preocupação com o futuro de suas colheitas, de seus rebanhos, do seu futuro frente às crenças religiosas, à acumulação de riqueza, à manutenção de poder, à previsão de catástrofes, entre outros, todos relacionados às ocorrências futuras, que influenciaram sobremaneira o seu desenvolvimento nas ciências exatas, biomédicas e humanas, como a Matemática, a Astronomia, a Engenharia, a Medicina, a Física, a Economia, a Informática, as Comunicações etc., levando ao avanço tecnológico e científico, que propiciaram acentuado desenvolvimento de modelos previsionais de que hoje dispomos para a tomada de decisão. 
O risco é aquilo que decorre das surpresas, isto é, das incertezas de qualquer atividade. Quando a consequência é certa, não haverá surpresas, ou seja, o intento será atingido sem nenhum risco.										 A definição latente à sistemática econômica é a que aborda o risco como possibilidade de perda ou prejuízo. Risco é a essência que poderá consubstanciar o sucesso ou o fracasso de qualquer negócio, sendo o fundamento da economia capitalista, do custo do dinheiro e do investimento. 										 Segundo Bernstein, a concepção moderna do risco tem suas raízes no sistema de numeração indo-arábico que alcançou o Ocidente há cerca de setecentos a oitocentos anos. Entretanto, o estudo sério do risco começou no renascimento, quando as pessoas se libertaram das restrições do passado e desafiaram abertamente as crenças consagradas. 
Segundo Rodrigues, em sua obra Gestão de risco atuarial, “pode-se definir um risco atuarial como um fenômeno que tem consequências econômicas e que está sujeito a incertezas com respeito a uma ou mais causas das variáveis de risco atuarial: ocorrência, prazo e severidade”. 								 O risco atuarial pode ser expresso por três abordagens fundamentais: *Princípios; 										 *Metodologias;							 *Padrões.										 
A Matemática Atuarial é um dos elementos importantes no estudo deste risco e pode ser dividida no segmento de calculo atuarial e no da teoria do risco. Podemos utilizá-la para obter inferências relacionadas a:				 *Cálculos biométricos para seguros de pessoas e previdência;			 *Esperança de vida em determinada idade; *Relacionar o valor do dinheiro no tempo; *Cálculos de rendas vitalícias e rendas temporárias e o cálculo do prêmio.
Quanto a teoria do risco podemos dividi-la no risco individual, no risco coletivo e na teoria da ruína.									 Como resultante final temos a formação do prêmio. Entretanto, o que há de certo é que nada é totalmente isento de incertezas, e esta é a realidade com que o homem convive desde seu alvorecer e que tem que gerenciar.

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