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O conceito de alienação 
A idéia de alienação, segundo Marx, refere-se 
 
I – à identidade entre os produtores e seus produtos. 
II – à separação entre o trabalhador e o produto de 
seu trabalho, devido à divisão social do trabalho, e à 
propriedade privada dos meios de produção. 
III- à separação do Estado como um poder autônomo, 
imparcial, acima da coletividade e que a domina. 
IV- ao fato de o trabalhador não se reconhecer no 
produto da sua atividade. 
 
a) I, III e IV estão corretas. 
b) I, II e III estão corretas. 
c) II, III e IV estão corretas. 
d) II e IV estão corretas. 
e) Todas as afirmativas estão corretas. 
Descartes e o Método 
Sobre a filosofia de Descartes, pode-se afirmar, com 
certeza, que as suas mais importantes 
conseqüências foram 
 
I- a afirmação do caráter absoluto e universal da razão 
que, através de suas próprias forças, pode descobrir 
todas as verdades possíveis. 
II- a adoção do Método Matemático, que permite 
estabelecer cadeias de razões. 
III- a superação do dualismo psico-físico, isto é, a 
dicotomia entre corpo e consciência. 
 
Assinale a alternativa correta. 
a) II e III 
b) III 
c) I e III 
d) I e II 
Poder e dominação 
Sobre os conceitos de poder e dominação, tal como 
elaborados por Max Weber, é correto afirmar que 
 
a) a dominação prescinde do poder, uma vez que os 
indivíduos que se submetem a uma ordem de 
dominação não levam em conta os recursos que 
possuem aqueles que exercem a dominação. 
b) são equivalentes, pois tanto um quanto outro são 
relações sociais às quais os indivíduos atribuem 
sentido, compartilhando, portanto, motivações. 
c) toda relação de poder implica uma relação de 
dominação, já que a força sem uma base de 
legitimação não pode ser exercida. 
d) não são equivalentes, pois a dominação supõe a 
presença do consentimento na relação entre “X” e 
“Y”, o que, necessariamente, não se dá com o poder. 
Marx 
Leia atentamente o texto abaixo e assinale a 
alternativa que indica com qual teoria filosófica ele se 
relaciona. 
 
“É possível afirmar que a sociedade se constitui a 
partir de condições materiais de produção e da 
divisão social do trabalho, que as mudanças históricas 
são determinadas pelas modificações naquelas 
condições materiais e naquela divisão do trabalho e 
que a consciência humana é determinada a pensar as 
idéias que pensa por causa das condições materiais 
instituídas pela sociedade.” 
CHAUÍ, M. Filosofia. São Paulo: Ática, 2007. 
 
Este texto descreve 
A) a concepção de Marx, que escreveu obras como 
Contribuição à Economia Política e O Capital. 
B) a concepção de Nicolau Maquiavel, que escreveu, 
dentre outras obras, O Príncipe. 
C) a concepção de Thomas Hobbes, autor do Leviatã. 
D) a concepção de Jean Jacques Rousseau, autor de O 
Contrato Social. 
Locke: Tábula rasa 
A mente é, como dissemos, um papel em branco, 
desprovida de todos os caracteres, sem quaisquer 
idéias; como ela será suprida? De onde provém este 
vasto estoque, que a ativa e que a ilimitada fantasia 
do homem pintou com uma variedade quase infinita? 
De onde apreende todos os materiais da razão e do 
conhecimento? A isso respondo, numa palavra, da 
experiência. 
John Locke. Ensaio acerca do entendimento humano 
( com adaptações). 
 
Tendo como referência o texto acima, analise as 
asserções a seguir. 
 
Para Locke, a mente é uma tabula rasa e não contém 
nada inscrito antes de qualquer contato do homem 
com a experiência 
porque 
todo o material da mente é constituído 
exclusivamente de idéias. 
 
Considerando as afirmativas acima, assinale a opção 
correta. 
 
A- As duas asserções são proposições verdadeiras, e a 
segunda é uma justificativa correta da primeira. 
B- As duas asserções são proposições verdadeiras, 
mas a segunda não é uma justificativa correta da 
primeira. 
C- A primeira asserção é uma proposição verdadeira, e 
a segunda é falsa. 
D- A primeira asserção é uma proposição falsa, e a 
segunda é uma proposição verdadeira. 
E- Tanto a primeira como a segunda asserções são 
proposições falsas. 
Mito: explicações definitivas 
das coisas 
“Zeus ocupa o trono do universo. Agora o mundo está 
ordenado. Os deuses disputaram entre si, alguns 
triunfaram. Tudo o que havia de ruim no céu etéreo 
foi expulso, ou para a prisão do Tártaro ou para a 
Terra, entre os mortais. E os homens, o que acontece 
com eles? Quem são eles?” 
(VERNANT, Jean-Pierre. O universo, os deuses, os 
homens. Trad. de Rosa Freire d’Aguiar. São Paulo: 
Companhia das Letras, 2000. p. 56.) 
 
O texto acima é parte de uma narrativa mítica. 
Considerando que o mito pode ser uma forma de 
conhecimento, assinale a alternativa correta. 
 
a) A verdade do mito obedece a critérios empíricos e 
científicos de comprovação. 
b) O conhecimento mítico segue um rigoroso 
procedimento lógico-analítico para estabelecer suas 
verdades. 
c) As explicações míticas constroem-se de maneira 
argumentativa e autocrítica. 
d) O mito busca explicações definitivas acerca do 
homem e do mundo, e sua verdade independe de 
provas. 
e) A verdade do mito obedece a regras universais do 
pensamento racional, tais como a lei de não-
contradição. 
Weber: obediência e dominação 
O sociólogo alemão Max Weber (1864-1920) definiu 
dominação como a “possibilidade de encontrar 
obediência para ordens específicas (ou todas) dentro 
de determinado grupo de pessoas” (WEBER, M. 
Economia e sociedade. Brasília: UnB, 1991. p. 139). 
Em Weber este conceito está relacionado à idéia de 
autoridade e a partir dele é possível analisar a 
estrutura das organizações e instituições como 
empresas, igrejas e governos. Na sociedade 
capitalista, dentre os vários tipos de dominação 
existentes, predomina a dominação burocrática ou 
racional. Assinale a alternativa que indica 
corretamente a quem se deve obediência nesse tipo 
de dominação. 
 
a) “À ordem impessoal, objetiva e legalmente 
estatuída e aos superiores por ela determinados, em 
virtude da legalidade formal de suas disposições.” 
b) “Aos mais velhos, pois são eles os melhores 
conhecedores da tradição sagrada.” 
c) “Ao líder carismaticamente qualificado como tal, 
em virtude de confiança pessoal na sua capacidade de 
revelação, heroísmo ou exemplaridade.” 
d) “À pessoa do senhor nomeada pela tradição e 
vinculada a esta, em virtude de devoção aos hábitos 
costumeiros.” 
e) “Ao senhor, mas não a normas positivas 
estabelecidas. E isto unicamente segundo a tradição.” 
A experiência empírica 
De acordo com David Hume, 
“… embora nosso pensamento pareça possuir esta 
liberdade ilimitada, verificamos, através de um exame 
mais minucioso, que ele está realmente confinado 
dentro de limites muito reduzidos e que todo poder 
criador do espírito não ultrapassa a faculdade de 
combinar, de transpor, aumentar ou diminuir os 
materiais que nos foram fornecidos pelos sentidos e 
pela experiência.“ 
HUME, David. Investigação acerca do entendimento 
humano. São Paulo: Nova Cultural, 1989. Coleção “Os 
Pensadores”. p. 70. 
 
Com base na citação acima é correto afirmar: 
 
I – as idéias inatas funcionam como fonte de todos os 
conhecimentos e são, também, o princípio 
regulador dos conhecimentos humanos, pois nada 
pode ser concebido sem a vitalidade dessas idéias, 
que são anteriores a toda experiência. 
II – o pensamento constrói uma realidade 
independente da percepção sensível, pois os sentidos 
contaminam a inteligência humana com o erro. Para 
operar com retidão, portanto, o pensamento deve 
compor, no seu interior, as idéias adventícias com as 
quais, em seguida, manifestar-se-á sobre a veracidade 
ou a falsidade das coisas. 
III – a base de todo conhecimento é a experiência, 
pois é ela que permite a formação das impressões, 
que estando ligadas às coisas, permitem que a 
inteligência tenha acesso aos objetos do 
conhecimento. 
IV – o conhecimentohumano é formado pelas 
impressões, que são percepções muito vivas e que se 
diferenciam das idéias, que são percepções menos 
vivas. Disto se conclui, segundo Hume, que o 
pensamento por si só é inferior à sensação. 
Assinale a alternativa que contém as assertivas 
verdadeiras. 
a) III e IV 
b) I e IV 
c) II e III 
d) I e II 
Tomás de Aquino – Provas da 
existência de Deus 
(UFU – 2009) Leia com atenção o texto abaixo: 
“Nos três primeiros artigos da 2ª questão da Suma de 
Teologia, Tomás de Aquino discute sobre a existência 
de Deus. Suas conclusões são: 1) a existência de Deus 
não é auto evidente, sendo preciso demonstrá-la; 2) a 
existência de Deus não pode ser demonstrada a partir 
de sua essência (pois isso ultrapassa a nossa 
capacidade de conhecimento); 3) a existência de Deus 
pode ser demonstrada, contudo, a partir de seus 
efeitos (demonstração quia), isto é, a partir da 
natureza criada podemos conhecer algo a respeito do 
seu Criador. A partir disso, ele desenvolve cinco 
argumentos ou vias segundo as quais se pode 
mostrar, a partir dos efeitos, que Deus existe.” 
 
Sobre as cinco vias da prova da existência de Deus, 
elaboradas por Tomás de Aquino, assinale a 
alternativa INCORRETA. 
 
A) Nos argumentos de Tomás de Aquino sobre a 
existência de Deus, pode-se perceber a influência dos 
escritos de Aristóteles em seu pensamento. 
B) Segundo a prova teleológica, tudo que obedece a 
uma finalidade pressupõe uma inteligência que o 
criou com tal finalidade, como o carpinteiro em 
relação a uma mesa; ora, percebemos a finalidade no 
Universo (todas as criaturas têm uma finalidade); 
logo, Deus é o princípio que dá essa finalidade ao 
Universo. 
C) Segundo a prova que se baseia no movimento, 
Deus é considerado o motor imóvel, isto é, como a 
causa primeira do movimento que percebemos no 
mundo, e deve ser imóvel para evitar o regresso ao 
infinito. 
D) Qualquer pessoa que consiga compreender os 
argumentos das cinco vias conhecerá, com certeza 
evidente, a essência de Deus. 
 
 Theoria Prática comenta: 
Por Hugo Tiburtino. Tomás de Aquino se caracteriza 
por ter formulado cinco provas da existência de Deus 
partindo de características dos seres do mundo; são 
as famosas Cinco Vias de Aquino. Desse modo, ele 
recusou qualquer prova da existência de Deus que se 
baseasse em razões puramente abstratas, como a 
prova ontológica de Anselmo (a qual, mais tarde, 
inspiraria Descartes). Ele só pode ter recusado tais 
provas em razão do seu aristotelismo: para 
Aristóteles, se você quer provar algo, aquilo de que 
você parte deve melhor conhecido do que a 
conclusão, a prova; ora, nós precisaríamos conhecer 
Deus perfeitamente para poder provar que ele existe. 
Contudo, Deus, incomensuravelmente superior à 
criação, está além da inteligência humana, ao homem 
é impossível conhecer Deus completamente, logo: é 
impossível provar sua existência por essa via. Porém, 
Tomás acredita que podemos provar a existência de 
Deus a partir dos seus efeitos, a exemplo de quando 
vemos fumaça, logo deduzimos que existe fogo. Suas 
cinco vias podem ser resumidas da seguinte forma: 
“Primeira via 
Primeiro motor imóvel: tudo o que se move é 
movido por alguém, é impossível uma cadeia 
infinita de motores provocando o movimento 
dos movidos, pois do contrário nunca se 
chegaria ao movimento presente, logo há que 
ter um primeiro motor que deu início ao 
movimento existente e que por ninguém foi 
movido. 
Segunda via 
Causa primeira: decorre da relação “causa-e-
efeito” que se observa nas coisas criadas. É 
necessário que haja uma causa primeira que 
por ninguém tenha sido causada, pois a todo 
efeito é atribuída uma causa, do contrário não 
haveria nenhum efeito pois cada causa pediria 
uma outra numa sequência infinita. 
Terceira via 
Ser necessário: existem seres que podem ser 
ou não ser (contingentes), mas nem todos os 
seres podem ser desnecessários se não o 
mundo não existiria, logo é preciso que haja 
um ser que fundamente a existência dos seres 
contingentes e que não tenha a sua existência 
fundada em nenhum outro ser. 
Quarta via 
Ser perfeito: verifica-se que há graus de 
perfeição nos seres, uns são mais perfeitos 
que outros, qualquer graduação pressupõe 
um parâmetro máximo, logo deve existir um 
ser que tenha este padrão máximo de 
perfeição e que é a causa da perfeição dos 
demais seres. 
Quinta via 
Inteligência ordenadora: existe uma ordem no 
universo que é facilmente verificada, ora toda 
ordem é fruto de uma inteligência, não se 
chega à ordem pelo acaso e nem pelo caos, 
logo há um ser inteligente que dispôs 
o universo na forma ordenada.” (fonte: 
Wikipedia. http://pt.wikipedia.org/wiki/Tom%
C3%A1s_de_Aquino) 
Todas as vias partem de algo que é melhor conhecido 
para nós, o mundo, e daí chegam à existência de 
Deus. Porém, saber que algo existe não é ainda saber 
o que este algo é, sua essência. Da mesma forma, só 
sabemos a existência de Deus, nada da sua essência. 
Portanto, o máximo que podemos fazer é conhecer 
que Deus existe e tentar entender, de uma maneira 
muito comparativa, a essência divina. 
O governo do Príncipe 
“A escolha dos ministros por parte de um príncipe não 
é coisa de pouca importância: os ministros serão bons 
ou maus, de acordo com a prudência que o 
príncipe demonstrar. A primeira impressão que se 
tem de um governante e da sua inteligência, é dada 
pelos homens que o cercam. Quando estes são 
eficientes e fiéis, pode-se sempre considerar o 
príncipe sábio, pois foi capaz de reconhecer 
a capacidade e manter fidelidade. Mas quando a 
situação é oposta, pode-se sempre dele fazer mau 
juízo, porque seu primeiro erro terá sido cometido ao 
escolher os assessores”. (MAQUIAVEL, Nicolau. O 
Príncipe. Trad. de Pietro Nassetti. São Paulo: Martin 
Claret, 2004. p. 136.) 
 
Com base no texto e nos conhecimentos 
sobre Maquiavel, é correto afirmar: 
 
a) As atitudes do príncipe são livres da influência 
dos ministros que ele escolhe para governar. 
b) Basta que o príncipe seja bom e virtuoso para 
que seu governo obtenha pleno êxito e seja 
reconhecido pelo povo. 
c) O povo distingue e julga, separadamente, as 
atitudes do príncipe daquelas de seus ministros. 
d) A escolha dos ministros é irrelevante para garantir 
um bom governo, desde que o príncipe tenha um 
projeto político perfeito. 
e) Um príncipe e seu governo são avaliados 
também pela escolha dos ministros. 
O cogito cartesiano 
“E quando considero que duvido, isto é, que sou 
uma coisa incompleta e dependente, a idéia de um 
ser completo e independente, ou seja, de Deus, 
apresenta-se a meu espírito com igual distinção e 
clareza; e do simples fato de que essa idéia se 
encontra em mim, ou que sou ou existo, eu que 
possuo esta idéia, concluo tão evidentemente a 
existência de Deus e que a minha depende 
inteiramente dele em todos os momentos da minha 
vida, que não penso que o espírito humano 
possa conhecer algo com maior evidência e 
certeza”. (DESCARTES, René. Meditações. Trad. de 
Jacó Guinsburg e Bento Prado Júnior. São Paulo: 
Nova Cultural, 1996. p. 297-298.) 
 
Com base no texto, é correto afirmar: 
a) O espírito possui uma idéia obscura e confusa 
de Deus, o que impede que esta idéia possa 
ser conhecida com evidência. 
b) A idéia da existência de Deus, como um ser 
completo e independente, é uma conseqüência dos 
limites do espírito humano. 
c) O conhecimento que o espírito humano possui de 
si mesmo é superior ao conhecimento de Deus. 
d) A única certeza que o espírito humano é capaz 
de provar é a existência de si mesmo, enquanto um 
ser que pensa. 
e) A existência de Deus, como uma idéia clara e 
distinta, é impossível de ser provada. 
A virtú do Príncipe 
Muito citado e pouco conhecido, Nicolau Maquiavel é 
um dos maiores expoentes do Renascimento e 
sua contribuição determinounovos horizontes para a 
filosofia política. 
A respeito do conceito de virtú, analise as assertivas 
abaixo. 
 
I – A virtú é a qualidade dos oportunistas, que agem 
guiados pelo instinto natural e irracional do egoísmo 
e almejam, exclusivamente, sua vantagem pessoal. 
II – O homem de virtú é antes de tudo um sábio, é 
aquele que conhece as circunstâncias do 
momento oferecido pela fortuna e age seguro do seu 
êxito. 
III – Mais do que todos os homens, o príncipe tem de 
ser um homem de virtú, capaz de conhecer 
as circunstâncias e utilizá-las a seu favor. 
IV – Partidário da teoria do direito divino, Maquiavel 
vê o príncipe como um predestinado e a virtú como 
algo que não depende dos fatores históricos. 
 
Assinale a ÚNICA alternativa que contém as assertivas 
verdadeiras. 
a) I, II, e III 
b) II e III 
c) II e IV 
d) II, III e IV 
Aristóteles e o Conhecimento 
(UFAL – 2008) Desvendar os mistérios do mundo e 
tentar entendê-los, para melhor viver, faz parte da 
História nos seus mais diversos períodos. Na antiga 
Grécia, foram destacados os estudos e as concepções 
de mundo na Filosofia. Um dos seus filósofos mais 
conhecido, Aristóteles, defendeu: 
a) as teorias que consagravam o idealismo, criticando 
qualquer tipo de convivência social distante da 
democracia. 
b) a construção de uma ciência próxima 
dos pensadores sofistas, exaltando o relativismo 
na ética. 
c) a existência de um conhecimento resultado 
da observação e da experiência 
humanas, discordando, assim, de Platão. 
d) a desvinculação entre forma e matéria, considerado 
o universo resultado da criação de um Deus ético e 
generoso. 
e) a prevalência dos ensinamentos dialéticos 
de Heráclito, ressaltando o valor da convivência social 
para a cultura. 
 
Theoria Prática comenta: 
Por Hugo Tiburtino. Aristóteles não é considerado um 
idealista, mas um realista: para ele, não são as ideias 
que determinam a realidade, mas a realidade que 
determinam as ideias; por isso, descartemos a “a”. 
Embora Aristóteles tenha menos ojeriza aos sofistas 
que seu mestre Platão, ele igualmente os despreza; no 
assunto específico da ciência, Aristóteles tem uma 
concepção tão absoluta dela quanto seu mestre, isto 
é: quem tem conhecimento científico sabe, com 
certeza, o que acontece ou vai acontecer, não há 
espaço para relativismo: “b” está fora de cogitação. A 
“d” fala justamente o contrário do que pensa 
Aristóteles: para ele, a matéria e a forma estão 
intimamente ligadas e Deus é um ser distante e 
egocentrado. E, apesar de Heráclito ter influência 
sobre toda a filosofia grega, não se pode dizer que em 
Aristóteles prevaleceu o pensamento daquele filósofo. 
Por fim, sobrou a “c”. Alguns professores de filosofia 
pensam que a valorização da experiência só vei a 
acontecer na Idade Moderna e que, portanto, todos 
os que vieram antes não davam nenhum valor aos 
sentidos. Não é por menos, pois alguns grandes 
pensadores modernos de fato tinham essa imagem 
acerca, inclusive, de Aristóteles (veja, por exemplo, a 
seguinte passagem de Francis 
Bacon http://theoriapratica.org/concurso/212/o-
novum-organon). Porém, isso não é inteiramente 
verdade: Aristóteles achava que a ciência não podia 
vir senão dos sentidos e da experiência; isso é claro 
pelo primeiríssimo capítulo da Metafísica e do último 
capítulo dos Analíticos Posteriores. Sabendo disso, o 
vestibulando só verá essa alternativa como coerente. 
Já Platão não despreza completamente os sentidos, 
mas não acha que o conhecimento venha dos 
sentidos: o saber já está impresso nas nossas almas, e 
a observação e a discussão apenas nos ajudam a 
rememorá-lo. 
 
Poesia capitalista 
“A casa não é destinada a morar, o tecido não é 
disposto a vestir, 
O pão ainda é destinado a alimentar: ele tem de dar 
lucro. 
Mas se a produção apenas é consumida, e não é 
também vendida 
Porque o salário dos produtores é muito baixo – 
quando é aumentado 
Já não vale mais a pena mandar produzir a mercadoria 
–, por que 
Alugar mãos? Elas têm de fazer coisas maiores no 
banco da fábrica 
Do que alimentar seu dono e os seus, se é que se quer 
que haja 
Lucro! Apenas: para onde com a mercadoria? A boa 
lógica diz: 
Lã e trigo, café e frutas e peixes e porcos, tudo junto 
É sacrificado ao fogo, a fim de aquentar o deus do 
lucro! 
Montanhas de maquinaria, ferramentas de exércitos 
em trabalho, 
Estaleiros, altos-fornos, lanifícios, minas e moinhos: 
Tudo quebrado e, para amolecer o deus do lucro, 
sacrificado! 
De fato, seu deus do lucro está tomado pela cegueira. 
As vítimas 
Ele não vê. 
[...] As leis da economia se revelam 
Como a lei da gravidade, quando a casa cai em 
estrondos 
Sobre as nossas cabeças. Em pânico, a burguesia 
atormentada 
Despedaça os próprios bens e desvaira com seus 
restos 
Pelo mundo afora em busca de novos e maiores 
mercados. 
(E pensando evitar a peste alguém apenas a carrega 
consigo, empestando 
Também os recantos onde se refugia!) 
Em novas e maiores crises 
A burguesia volta atônita a si. Mas os miseráveis, 
exércitos gigantes, 
Que ela, planejadamente, mas sem planos, arrasta 
consigo, 
Atirando-os a saunas e depois de volta a estradas 
geladas, 
Começam a entender que o mundo burguês tem seus 
dias contados 
Por se mostrar pequeno demais para comportar a 
riqueza que ele 
próprio criou.” 
(BRECHT, Bertolt. O manifesto. Crítica marxista, São 
Paulo, n. 16, p.116, mar. 2003.) 
 
Os versos anteriores fazem parte de um poema 
inacabado de Brecht (1898-1956) numa tentativa de 
versificar O manifesto do partido comunista de Karl 
Marx (1818-1883) e Friedrich Engels (1820-1895). De 
acordo com o poema e com os conhecimentos da 
teoria de Marx sobre o capitalismo, é correto afirmar 
que, na sociedade burguesa, as crises econômicas e 
políticas, a concentração da renda, a pobreza e a fome 
são: 
a) Oriundos da inveja que sentem os miseráveis por 
aqueles que conseguiram enriquecer. 
b) Frutos da má gestão das políticas públicas. 
c) Inerentes a esse modo de produção e a essa 
formação social. 
d) Frutos do egoísmo próprio ao homem e que 
poderiam ser resolvidos com políticas emergenciais. 
e) Fenômenos característicos das sociedades humanas 
desde as suas origens. 
Descartes: cogito 
“Mas logo em seguida, adverti que, enquanto eu 
queria assim pensar que tudo era falso, cumpria 
necessariamente que eu, que pensava, fosse alguma 
coisa. E, notando que esta verdade eu penso, logo 
existo era tão firme e tão certa que todas as mais 
extravagantes suposições dos céticos não seriam 
capazes de a abalar, julguei que poderia aceitá-la, sem 
escrúpulo, como o primeiro princípio da Filosofia que 
procurava.” 
(DESCARTES, René. Discurso do método. Trad. de J. 
Guinsburg e Bento Prado Júnior. São Paulo: Nova 
Cultural, 1996. p. 92. Coleção Os Pensadores.) 
 
De acordo com o texto e com os conhecimentos sobre 
o tema, assinale a alternativa correta. 
a) Para Descartes, não podemos conhecer nada com 
certeza, pois tudo quanto pensamos está sujeito à 
falsidade. 
b) O “eu penso, logo existo” expressa uma verdade 
instável e incerta, o que fez Descartes ser vencido 
pelos céticos. 
c) A expressão “eu penso, logo existo” representa a 
verdade firme e certa com a qual Descartes 
fundamenta o conhecimento e a ciência. 
d) As “extravagantes suposições dos céticos” 
impediram Descartes de encontrar uma verdade que 
servisse como princípio para a filosofia. 
e) Descartes, ao acreditar que tudo era falso, colocava 
em dúvida sua própria existência. 
Conhecimento e Mito 
(UFU – 2003) “(…) Assim, a magia e a mitologia 
ocupam a imensa região exterior do desconhecido, 
englobando o pequeno campo do conhecimento 
concreto comum. O sobrenatural está em todas as 
partes, dentro ou além do natural; e o conhecimento 
do sobrenatural que o homem acredita possuir, não 
sendo da experiência direta comum,parece ser um 
conhecimento de ordem diferente e superior. É uma 
revelação acessível apenas ao homem inspirado ou 
(como diziam os gregos) ‘divino’ — o mágico e o 
sacerdote, o poeta e o vidente”. 
CORNFORD, F.M. Antes e Depois de Sócrates. Trad. 
Valter Lellis Siqueira. São Paulo: Martins Fontes, 2001, 
pp.14-15. 
 
A partir do texto acima, é correto afirmar que 
a) o campo do conhecimento mítico limita-se ao que 
se manifesta no campo concreto comum. 
b) a magia e a mitologia não se confundem com o 
conhecimento concreto comum. 
c) o conhecimento no mito, por ser uma revelação, é 
acessível igualmente a todos os homens. 
d) o mito não distingue o plano natural do 
sobrenatural, sendo o conhecimento do sobrenatural 
superior. 
 
Theoria Prática comenta: 
Por Hugo Tiburtino. É uma questão na qual basta 
interpretar o texto. Porém, a opção “b” pode 
atrapalhar o vestibulando caso ele pense da seguinte 
maneira: se a magia e mitologia englobam o 
conhecimento comum, então, de certo modo, quem 
tem conhecimento comum tem também 
conhecimento mágico e, consequentemente, há uma 
certa confusão entre eles. É preciso, porém, ficar 
atento à palavra “confundir”, muito usada na filosofia, 
em frases semelhantes. Nesses casos, “confundir” 
significa “ser idêntico”, “tomar uma coisa pela outra”. 
Por exemplo, se digo “metafísica não se confunde 
com teologia”, estou dizendo que, embora 
originalmente ambas as disciplinas tenham forte 
relação entre si, elas porém não se identificam, não 
são exatamente a mesma coisa. Da mesma forma, 
embora, segundo Cornford, a magia englobe o 
conhecimento comum, eles não se identificam. 
Marx e as Estruturas 
“Cascavel – Uma pequena cidade no interior do 
Paraná está provando que machismo é coisa do 
passado. Com 15 mil habitantes, conforme o IBGE, 
Ampére (a 150 quilômetros de Cascavel), no 
Sudoeste, tem fartura de emprego para as mulheres. 
Ex-donas de casa partiram para o trabalho fixo, 
enquanto os homens, desempregados ou não, 
passaram a assumir os serviços domésticos. Assim, 
elas estão garantindo mais uma fonte de renda para a 
família, além de eliminar antigos preconceitos. A 
situação torna-se ainda mais evidente quando os 
homens estão desempregados e são as mulheres que 
pagam as contas básicas da família. Conforme 
levantamento informal, em Ampére, o número
homens sem vínculo empregatício é maior do que o 
de mulheres. Para driblar as dificuldades, eles fazem 
bicos temporários e quando não há serviço, tornam
donos de casa. O motivo para essa mudança de 
comportamento é a [...] Industrial Ltda., uma potência 
no setor de confecções que dá emprego a 1200 
pessoas, das quais 80% são mulheres. Com a fábrica, 
famílias migraram do interior para a cidade. As 
mulheres abandonaram o posto de donas de
de empregadas domésticas, aprendendo a apostar na 
capacidade de competição”. (Costa, Ilza Costa. Papéis 
trocados. Gazeta do Povo, Curitiba, 01 out. 1999. p. 
14.) O fenômeno da troca de papéis sociais, relatado 
no texto, ilustra a base da tese usada por Karl Marx 
(1818-1883) na explicação geral que formula sobre a 
relação entre a infra-estrutura e a supra-
sociedade capitalista. 
 
Com base no texto e nos conhecimentos sobre 
essa tese de Karl Marx, é correto afirmar:
 
a) Na explicação das mudanças ocorridas 
no comportamento coletivo, deve-se privilegiar o 
papel ativo do indivíduo na escolha das ações, ou seja, 
o que importa é a motivação que inspira suas opções.
b) É a imitação que constitui a sociedade, enquanto 
a invenção abre o caminho das mudanças e de 
seu progresso. A invenção, produtora das 
transformações sociais, é individual, dependendo de 
poucos; enquanto a imitação, coletiva, necessita 
sempre de mais de uma pessoa. 
c) A família é a verdadeira unidade social; é a 
célula social que, em seu conjunto, compõe a 
sociedade. Portanto, a sociedade não pode ser 
decomposta em indivíduos, mas em famílias. É a 
família a fonte espontânea da educação moral, bem 
como a base natural da organização política.
d) Há uma relação de determinação entre a
maneira como um grupo concreto estrutura suas 
condições materiais de existência – chamada de 
modo de produção – e o formato e conteúdo das 
demais organizações, instituições sociais e idéias 
gerais presentes nas relações sociais. 
e) A organização social deve fundar-se na 
separação dos ofícios, inerente à divisão do trabalho 
social e na combinação dos esforços individuais. Sem 
divisão do trabalho social, não há cooperação e, 
portanto, a coesão social entre as classes torna
impossível. 
 
Conforme 
levantamento informal, em Ampére, o número de 
homens sem vínculo empregatício é maior do que o 
mulheres. Para driblar as dificuldades, eles fazem 
temporários e quando não há serviço, tornam-se 
ssa mudança de 
[...] Industrial Ltda., uma potência 
que dá emprego a 1200 
mulheres. Com a fábrica, 
para a cidade. As 
donas de casa ou 
aprendendo a apostar na 
(Costa, Ilza Costa. Papéis 
Curitiba, 01 out. 1999. p. 
papéis sociais, relatado 
a por Karl Marx 
geral que formula sobre a 
-estrutura na 
Com base no texto e nos conhecimentos sobre 
tese de Karl Marx, é correto afirmar: 
mudanças ocorridas 
se privilegiar o 
ativo do indivíduo na escolha das ações, ou seja, 
que importa é a motivação que inspira suas opções. 
É a imitação que constitui a sociedade, enquanto 
das mudanças e de 
progresso. A invenção, produtora das 
sociais, é individual, dependendo de 
enquanto a imitação, coletiva, necessita 
A família é a verdadeira unidade social; é a 
em seu conjunto, compõe a 
Portanto, a sociedade não pode ser 
indivíduos, mas em famílias. É a 
família a fonte espontânea da educação moral, bem 
natural da organização política. 
d) Há uma relação de determinação entre a 
como um grupo concreto estrutura suas 
chamada de 
e o formato e conteúdo das 
organizações, instituições sociais e idéias 
se na 
dos ofícios, inerente à divisão do trabalho 
combinação dos esforços individuais. Sem 
trabalho social, não há cooperação e, 
coesão social entre as classes torna-se 
Karl Marx e o Totalitarismo
A figura ilustra, por meio da ironia, parte da crítica 
que a perspectiva sociológica baseada nas 
reflexões teóricas de Karl Marx (1818
caráter ideológico de certas noções de Estado. Sobre 
a relação entre Estado e sociedade segundo Karl 
Marx, é correto afirmar: 
 
a) A finalidade do Estado é o exercício da justiça entre 
 os homens e, portanto, é um bem indispensável 
à sociedade. 
b) O Estado é um instrumento de dominação 
e representa, prioritariamente, os interesses 
dos setores hegemônicos das classes dominantes.
c) O Estado tem por finalidade assegurar a 
felicidade dos cidadãos e garantir, também, a 
liberdade individual dos homens.
d) O Estado visa atender, por meio da legislação, 
a vontade geral dos cidadãos, garantindo, assim, 
a harmonia social. 
e) Os regimes totalitários são condição essencial 
para que o Estado represente, igualmente, os 
interesses das diversas classes sociais.
Maquiavel e a Ciência
Em O Príncipe, Maquiavel (1469
idéias e conceitos que firmaram a sua reputação de o 
fundador da Ciência Política moderna. Dentre elas, 
pode-se citar os aspectos relacionados às ações 
políticas dos governantes e à dominação das massas. 
Para ele, a política deveria ser compreendida pelo 
governante como uma esfera independente dos 
pressupostos religiosos que até então a impregnavam. 
Ao propor a autonomia da
pública e da ação dos dirigentes
ética (esfera da vida privada e da
indivíduos), é legítimo afirmar que
deixou, entretanto, de reconhecer e
religião como uma importante dimensão da
sociedade. Segundo Maquiavel, a religião dos
deveria ser objeto de análise atenta por parte 
do governante. Sobre a relação entre política e 
religião, de acordo com Maquiavel, écorreto afirmar:
Totalitarismo 
 
A figura ilustra, por meio da ironia, parte da crítica 
a perspectiva sociológica baseada nas 
teóricas de Karl Marx (1818-1883) faz ao 
ideológico de certas noções de Estado. Sobre 
relação entre Estado e sociedade segundo Karl 
A finalidade do Estado é o exercício da justiça entre 
os homens e, portanto, é um bem indispensável 
rumento de dominação 
representa, prioritariamente, os interesses 
setores hegemônicos das classes dominantes. 
O Estado tem por finalidade assegurar a 
dos cidadãos e garantir, também, a 
individual dos homens. 
tender, por meio da legislação, 
vontade geral dos cidadãos, garantindo, assim, 
Os regimes totalitários são condição essencial 
que o Estado represente, igualmente, os 
das diversas classes sociais. 
Maquiavel e a Ciência Política 
Em O Príncipe, Maquiavel (1469-1527) formulou 
conceitos que firmaram a sua reputação de o 
da Ciência Política moderna. Dentre elas, 
os aspectos relacionados às ações 
governantes e à dominação das massas. 
política deveria ser compreendida pelo 
uma esfera independente dos 
que até então a impregnavam. 
a autonomia da política (esfera da vida 
pública e da ação dos dirigentes políticos) sobre a 
ética (esfera da vida privada e da conduta moral dos 
indivíduos), é legítimo afirmar que Maquiavel não 
deixou, entretanto, de reconhecer e valorizar a 
uma importante dimensão da vida em 
sociedade. Segundo Maquiavel, a religião dos súditos 
deveria ser objeto de análise atenta por parte 
governante. Sobre a relação entre política e 
acordo com Maquiavel, é correto afirmar: 
a) A religião deve ser cultivada pelo governante 
para garantir que ele seja mais amado do que temido. 
b) Por se constituírem em personagens importantes 
na vida política de uma comunidade, os líderes 
religiosos devem formular as ações a serem 
executadas pelos príncipes. 
c) O sentimento religioso dos súditos é um valor moral 
e, portanto, deverá ser combatido pelo príncipe, 
uma vez que conduz ao fanatismo e prejudica 
a estabilidade do Estado. 
d) A religião dos súditos é sempre um instrumento 
útil nas mãos do Príncipe, o qual deve aparentar 
ser virtuoso em matéria religiosa. 
e) O dirigente político deve se esforçar para tornar-
se, também, o dirigente religioso de seu povo, 
rompendo, assim, com o preceito do Estado laico. 
Marx e o Estado 
Segundo Marx (séc. XIX), o Estado é 
a) garantidor do bem-comum, da justiça, da ordem, 
da lei, da paz, da segurança e da liberdade para todas 
as classes sociais. 
b) o aparato da ordem e da força pública, sendo um 
poder público distante e separado da sociedade civil, 
garantidor de justiça para todas as classes sociais. 
c) garantidor do direito de propriedade privada e 
expressão do interesse geral, intervindo para 
impedir a luta de classes. 
d) a expressão legal – jurídica e policial – dos 
interesses de uma classe social particular, a classe 
dos proprietários privados dos meios de produção ou 
classe dominante. 
Tomás de Aquino: Provas da 
existência de Deus 
A segunda via (para demonstrar a existência de Deus) 
procede da natureza da causa eficiente. Pois 
descobrimos que há certa ordem das causas eficientes 
nos seres sensíveis; porém, não concebemos, nem é 
possível que uma coisa seja causa eficiente de si 
própria, pois seria anterior 
a si mesma: o que não pode ser. Mas é impossível, nas 
causas eficientes, proceder-se até o infinito; pois, em 
todas as causas eficientes ordenadas, a primeira é 
causa da média e esta, da última, sejam as médias 
muitas ou uma só. E como, removida a causa, fica 
removido o efeito, se, nas causas eficientes, não 
houver primeira, não haverá média nem última. 
Procedendo-se ao infinito, não haverá primeira causa 
eficiente, nem efeito último, nem causas eficientes 
médias, o que evidentemente é falso. Logo, é 
necessário admitir uma causa eficiente primeira, à 
qual todos dão o nome de Deus. 
Tomás de Aquino. Suma Teológica I. 
Com base no texto acima, julgue os itens que se 
seguem. 
I- Desenvolve-se um argumento semelhante ao 
proposto por Santo Anselmo. 
II- Articula-se um argumento cosmológico, que parte 
da constatação da relação causal entre os seres. 
III- Nega-se qualquer possibilidade de se demonstrar a 
existência de Deus, porque ninguém o viu até hoje. 
IV- É evidente o cunho aristotélico do argumento 
utilizado: partir dos dados dos sentidos, apelar para 
causas ordenadas. 
V- Nas causas ordenadas, não se pode proceder ao 
infinito, devendo-se parar em uma causa primeira, 
que não é causada. 
 
Estão certos apenas os itens : 
A- I e II. 
B- I e IV. 
C- II e III. 
D- I, III e V. 
E- II, IV e V 
História da Filosofia 
Leia as caracterizações a seguir e identifique a que 
correntes filosóficas elas referem. 
 
I. Trata-se de uma diretriz filosófica, surgida no século 
XIX, que se caracteriza pelo culto da ciência e pela 
sacralização do método científico. O seu principal 
expoente é Augusto Comte. Segundo essa corrente o 
grande objetivo das ciências é a pesquisa das leis 
gerais que regem os fenômenos. Com base nessas 
leis, o homem torna-se capaz de prever esses 
fenômenos, podendo agir sobre a realidade. Assim, 
ver para prever é o lema dessa diretriz filosófica. 
II. Essa corrente teve como um dos seus principais 
expoentes o filósofo inglês John Locke que, em sua 
obra Ensaio acerca do entendimento humano, afirma 
ser a mente humana, inicialmente, uma tábula rasa , 
numa crítica à tese cartesiana nas idéias inatas. Essa 
corrente opõe ao ideal dedutivista a eficiência da 
indução como método de descoberta, colocando os 
sentidos como a única fonte do conhecimento, numa 
exaltação do método experimental. 
III. Essa corrente filosófica também surgiu no século 
XIX, num contexto em que se dava nos países 
capitalistas centrais o processo de Revolução 
Industrial. O seu principal expoente e fundador é um 
pensador muito famoso, que ao buscar elaborar uma 
explicação científica da História afirma que o 
desenvolvimento das forças produtivas explica o curso 
geral da história humana , além de também afirmar 
que toda a chamada história mundial nada mais é que 
a criação do homem pelo trabalho humano . No que 
diz respeito à relação entre teoria e prática, essa 
corrente defende a tese de que a prática é o critério 
de verdade da teoria, pois o conhecimento parte da 
prática e a ela volta dialeticamente . 
IV. Essa corrente surgiu na França, no século XVII. 
Exalta o método dedutivo de origem matemática. 
Defende a tese das idéias inatas que, segundo essa 
linha de pensamento, são as idéias às quais chegamos 
pelo uso único e exclusivo do trabalho da mente. Ela 
discorda, conseqüentemente, da tese de que os 
sentidos são a fonte única do conhecimento. O 
fundador dessa corrente é o autor das famosas obras 
Discurso do Método e Meditações Metafísicas. 
 
Com base nas informações acima, podemos afirmar 
que se tratam, respectivamente, das seguintes 
correntes filosóficas: 
a) Positivismo, Empirismo, Existencialismo, 
Racionalismo. 
b) Positivismo, Racionalismo, Marxismo, Empirismo. 
c) Racionalismo, Empirismo, Existencialismo, 
Estoicismo. 
d) Positivismo, Empirismo, Marxismo, Racionalismo. 
e) Racionalismo, Empirismo, Stalinismo, Positivismo. 
Substância 
“Substância – aquilo a que chamamos substância de 
modo mais próprio, primeiro e principal – é aquilo que 
nem é dito de algum sujeito nem existe em algum 
sujeito, como, por exemplo, um certo homem ou um 
certo cavalo. Chamam-se substâncias segundas as 
espécies a que as coisas primeiramente chamadas 
substâncias pertencem e também os gêneros dessas 
espécies. Por exemplo, um certo homem pertence à 
espécie homem, e animal é o gênero da espécie; por 
conseguinte, homem e animal são chamados 
substâncias segundas”. 
Aristóteles. Categorias. Trad.Ricardo Santos. Porto: 
Porto Editora, 1995, p. 39. 
 
Tendo o texto acima como referência, é correto 
afirmar que, segundo Aristóteles, 
a) a substância primeira, assim como o acidente, 
existe em algum sujeito e é dito dele. 
b) as substâncias segundas assemelham-se às Formas 
de Platão por ambas existirem em si e por si mesmas. 
c) as substâncias segundas são universais que não 
existem por si mesmos, mas que podem ser 
conhecidos. 
d) a substância primeira diferencia-se da substância 
segunda por esta última englobar todos os acidentes 
a ela pertencentes. 
Materialismo Histórico 
A luta de classes para Marx, até hoje, tem sido a 
história dos homens. Podemos afirmar que 
o materialismo histórico, para ele, é dialético, porque 
a) é a consciência dos homens que determina o 
mundo material. 
b) a base do conhecimento histórico é a arte do 
diálogo que permite a compreensão da História. 
c) o processo histórico é linear e contínuo. 
d) o processo histórico é movido por contradições 
sociais. 
e) a base do mundo material é a superestrutura 
jurídica e política. 
O materialismo histórico 
Considere a citação abaixo e, a seguir, marque a 
alternativa correta acerca da concepção materialista 
da história formulada por Karl Marx. 
 
… na produção social de sua existência, os homens 
estabelecem relações determinadas, necessárias, 
independentes da sua vontade, relações de 
produção que correspondem a um determinado grau 
de desenvolvimento das forças produtivas materiais. 
O conjunto dessas relações de produção constitui a 
estrutura econômica da sociedade, a base concreta 
sobre a qual se eleva uma superestrutura jurídica 
e política e à qual correspondem determinadas 
formas de consciência social. O modo de produção da 
vida material condiciona o desenvolvimento da vida 
social, política e intelectual em geral. Não é a 
consciência dos homens que determina o seu ser; é o 
seu ser social que, inversamente, determina a sua 
consciência. 
MARX, Karl. Contribuição para a crítica da 
economia política. Lisboa: Estampa, 1973. p. 28. 
 
a) Marx expressa, também nessa passagem, sua 
concepção determinista e finalista, segundo a qual o 
conjunto das relações sociais reduz-se ao âmbito da 
produção econômica. 
b) Marx afirma que a moral, os sistemas políticos, os 
princípios jurídicos e as ideologias não têm vida 
própria diante do modo pelo qual os homens 
produzem e reproduzem a existência. 
c) Marx nega todo e qualquer papel ativo na história à 
consciência, sendo esta, antes, um mero reflexo 
da esfera da produção material. 
d) Marx sustenta que o ser social que pensa, que 
atua politicamente e que representa o seu espaço 
 reproduz simplesmente as condições históricas 
vigentes, independente de sua classe social. 
 
A filosofia platônica 
Considerando os Livros VI e VII da obra A república, de 
Platão, coloque F ou V, conforme sejam as afirmações 
Falsas ou Verdadeiras: 
I. O método utilizado por Sócrates em seus diálogos 
ficou conhecido pela tradição filosófica como 
fenomenologia. ( ) 
II. “A alegoria da caverna” representa o conhecimento 
humano em seus estágios de desenvolvimento. ( ) 
III. Platão lança as bases da democracia e, ao mesmo 
tempo, faz críticas à aristocracia. ( ) 
IV. Das ciências particulares, a que assume um caráter 
essencial na formação do filósofo é a 
Geometria. ( ) 
 
Agora, assinale a alternativa CORRETA. 
a) V, V, F, F 
b) V, F, V, F 
c) F, F, V, V 
d) F, F, V, F 
e) F , V, F, V 
Locke 
Para Locke, os homens em estado de natureza são, 
cada um, juiz em causa própria; assim é necessário 
constituir a sociedade civil mediante contrato social 
para organizar a vida em sociedade. Isto se daria 
através do pacto, tornando legítimo o poder do 
Estado. Para ele, o poder 
a) encontra-se na soberania do poder executivo. 
b) é confiado aos governantes e não pode ser 
contestado em hipótese alguma. 
c) é confiado aos governantes, podendo haver 
insurreicão, caso eles não visem o bem público. 
d) é absoluto e não há possibilidade de instituir-se um 
novo pacto. 
e) é instituído pela vontade geral. 
Hobbes 
Leia o texto abaixo e assinale a alternativa correta. 
“É evidente que, durante o tempo em que os homens 
vivem sem um poder comum que os mantenha 
subjugados, eles se encontram naquela condição que 
é chamada de guerra; e essa guerra é uma guerra de 
cada homem contra cada outro homem.” 
Hobbes in BOBBIO, Norberto. Thomas Hobbes. Rio de 
Janeiro: Ed. Campus, 1991. p. 35. 
 
A) Para Hobbes, a guerra é uma situação anterior ao 
estado de natureza. 
B) Hobbes associa, em suas reflexões, a situação de 
guerra e o estado de natureza. 
C) Um poder comum, segundo Hobbes, mantém os 
homens no estado de natureza. 
D) Em Hobbes, a guerra de todos contra todos é 
compatível com um poder comum. 
Descartes 
Leia com atenção o texto abaixo: 
“Mas há um enganador, não sei quem, sumamente 
poderoso, sumamente astucioso que, por indústria, 
sempre me engana. Não há dúvida, portanto, de que 
eu, eu sou, também, se me engana: que me engane o 
quanto possa, nunca poderá fazer, porém, que eu 
nada seja, enquanto eu pensar que sou algo”. 
DESCARTES. Meditações sobre Filosofia Primeira. 
Campinas: Editora da UNICAMP, 2004. p. 45. 
 
Para atingir o processo extremo da dúvida, Descartes 
lança a hipótese de um gênio maligno, sumamente 
poderoso e que tudo faz para me enganar. Essa 
radicalização do processo dubitativo ficou conhecida 
como dúvida hiperbólica.Assinale a alternativa que 
apresenta corretamente a relação estabelecida por 
Descartes entre a dúvida hiperbólica (exagerada) e o 
cogito (eu penso). 
 
A) Descartes sustenta que o ato de pensar tem 
tamanha evidência, que eu jamais posso ser 
enganado acerca do fato de que existo enquanto 
penso. 
B) A dúvida hiperbólica é insuperável, uma vez que 
todos os conteúdos da mente podem ser imagens 
falsas produzidas pelo gênio maligno. 
C) Com o exemplo dos juízos matemáticos, que são 
sempre indubitáveis, Descartes consegue eliminar a 
hipótese do gênio maligno. 
D) Somente a partir da descoberta da ideia de Deus é 
que Descartes consegue eliminar a dúvida hiperbólica 
e afirmar a existência do pensante. 
Tomás de Aquino: Teoria 
do conhecimento 
“O nosso conhecimento natural tem origem nos 
sentidos. Portanto, a alma não conhece as coisas 
corpóreas por imagens que estão naturalmente 
dentro dela. O intelecto humano, unido ao corpo, tem 
como objeto a eqüididade ou natureza existente na 
matéria corpórea e, por tais 
naturezas, ascende do conhecimento das coisas 
sensíveis a um certo conhecimento das coisas 
invisíveis. ” 
Tomás de Aquino. Suma Teológica I. 
Em cada uma das opções a seguir, há duas asserções 
ligadas pela palavra porque. Assinale a opção em que 
as duas asserções são verdadeiras, sendo a segunda 
uma justificativa correta da 
primeira. 
A- O ser humano não conhece nada que esteja acima 
do alcance dos sentidos 
porque 
nosso conhecimento se inicia a partir dos sentidos. 
B- O ser humano conhece a Deus tal como conhece 
uma coisa sensível 
porque 
nosso conhecimento abrange tanto as coisas sensíveis 
como as não-sensíveis. 
C- O ser humano só pode ter um conhecimento 
imperfeito de Deus 
porque 
o específico de nosso conhecimento é partir das 
coisas sensíveis. 
D- O ser humano pode conhecer todas as coisas 
sensíveis 
porque 
possuímos idéias inatas delas em nossa inteligência. 
E- O conhecimento do ser humano parte das coisas 
sensíveis 
porque 
sua natureza é a de um animal racional. 
Dúvida cartesiana 
A dúvida cartesiana é a “pedra de toque do 
conhecimento” e por ela os modos de conhecimento 
são testados. Isso significa dizer que, para Descartes: 
a) A verdade não existe. Existe apenas 
verossimilhança, logo os céticos têm razão em duvidar 
e em descrer na verdade. 
b) Os sentidos nos enganam,portanto só podemos 
emitir opiniões e nunca proferir a verdade, sob pena 
de não atentarmos para a própria dinâmica da 
natureza. 
c) Pela falta de um método adequado e de um 
critério de verdade, não há como dizer 
com segurança qual o modo de conhecer que nos 
leve à verdade. 
d) A verdade não será necessariamente alcançada 
após os modos de conhecimento serem postos em 
dúvida, e aplicado o método. 
e) O modo de conhecer pela razão, também, nos leva 
à incerteza, como mostra o argumento dos sonhos, 
impedindo qualquer possibilidade da verdade. 
Maquiavel e as circunstâncias 
Segundo Nicolau Maquiavel, aquilo que do ponto de 
vista da moral pode ser considerado um bem, no 
âmbito da política pode converter-se em um mal e 
vice-versa, pois o que qualifica a boa e a má ação na 
política é o êxito ou não da ação no trato com a 
circunstância. Baseado nessa premissa, é correto 
afirmar: 
a) A moral deve servir de fundamento para a ação 
política. 
b) A política tem normas próprias ditadas pelo 
contexto, logo não deve estar vinculada à moral. 
c) O príncipe deve ser sempre cruel para não perder o 
poder, sem se importar com a moral. 
d) Independentemente das circunstâncias, o príncipe 
deve agir moralmente. 
e) Moral e política são inseparáveis, mas deve-se 
respeitar as peculiaridades da política. 
A política na Alegoria da Caverna 
A Alegoria da Caverna de Platão, além de ser um texto 
de teoria do conhecimento, é também um 
texto político. No sentido político, é correto afirmar 
que Platão sustentava um modelo 
a) monárquico, cujo governo deveria ser exercido por 
um filósofo e cujo poder deveria ser 
absoluto, centralizador e hereditário. 
b) aristocrático, baseado na riqueza e que 
representava os interesses dos comerciantes e 
nobres atenienses, por serem eles os mecenas das 
artes, das letras e da filosofia. 
c) democrático, baseado, principalmente, na 
experiência política de governo da época de Péricles. 
d) aristocrático, cujo governo deveria ser confiado 
aos melhores em inteligência e em conduta ética. 
Conciliação entre Fé e Razão, segundo 
Tomás de Aquino 
Tomás de Aquino não via conflito entre a fé e a razão, 
sendo possível para a segunda atingir o 
conhecimento da existência de Deus. Contudo, Tomás 
de Aquino defende a relação harmônica entre ambas, 
pois, se a razão demonstra a existência de Deus, ela o 
faz graças à fé que revela tal verdade. Assim, a 
filosofia de Tomás de Aquino insistiu nos limites do 
conhecimento humano. 
 
Com base nas afirmações precedentes, assinale a 
alternativa correta. 
a) O conhecimento humano atinge a verdade do 
mundo e de Deus sem precisar se servir de outra 
ordem que não aquela da própria razão, o que se 
confirma com o fato de que os governantes organizam 
o mundo conforme sua inteligência. 
b) A realidade sensível é a via direta e exclusiva para a 
ascensão do conhecimento humano, porque, tal 
como afirmou Santo Anselmo, a perfeição de Deus 
tem, entre seus atributos, a existência na realidade 
mundana. 
c) Existe um domínio comum à fé e à razão. Este 
domínio é a realidade do mundo sensível, morada 
humana, que a razão pode conhecer, porque a 
realidade sensível oferece à razão os vestígios 
imperfeitos da substância de Deus. 
d) A razão humana é impotente para tratar de idéias 
que estejam além da realidade do mundo sensível. 
Deus, portanto, nada mais é que uma palavra que 
deve ser reverenciada como o centro sensível de 
irradiação de tudo o que existe. 
Zoon politikon, o animal político 
de Aristóteles 
“Toda cidade [pólis], portanto, existe naturalmente, 
da mesma forma que as primeiras comunidades; 
aquela é o estágio final destas, pois a natureza de uma 
coisa é seu estágio final. (…) Estas considerações 
deixam claro que a cidade é uma criação natural, e 
que o homem é por natureza um animal social, e um 
homem que por natureza, e não por mero acidente, 
não fizesse parte de cidade alguma, seria desprezível 
ou estaria acima da humanidade.” 
(ARISTÓTELES. Política. 3. ed. Trad. de Mário da 
Gama Kuri. Brasília: Ed. Universidade de Brasília, 
1997. p. 15.) 
 
De acordo com o texto de Aristóteles, é correto 
afirmar que a pólis: 
a) É instituída por uma convenção entre os homens. 
b) Existe por natureza e é da natureza humana 
buscar a vida em sociedade. 
c) Passa a existir por um ato de vontade dos deuses, 
alheia à vontade humana. 
d) É estabelecida pela vontade arbitrária de um 
déspota. 
e) É fundada na razão, que estabelece as leis que a 
ordenam. 
 
 Theoria Prática comenta: 
Por Hugo Tiburtino. A resposta se encontra no próprio 
trecho escolhido. 
a) Contratualismo, teoria nascida no século XVII com 
Thomas Hobbes, segundo a qual o homem, por 
natureza, não vive em sociedade, mas acabou 
optando por esse modo de vida por ver nisso maiores 
vantagens. 
c) Platão escreve no Protágoras um mito envolvendo 
o nascimento das sociedades. A princípio, os homens 
não conseguiam viver em sociedade por não 
conhecerem a justiça; eles viviam dispersos e só se 
encontravam de vez em quando. Ameaçada de 
extinção, Zeus presenteia à humanidade a justiça, 
distribuída entre todos os homens, permitindo enfim 
que se formem cidades. Essa opinião é colocada na 
boca do próprio sofista Protágoras e nem mesmo 
Platão parece concordar com ela, menos ainda 
Aristóteles. 
d) Faz-se alusão aqui à teoria de Thomas Hobbes, 
segundo o qual a justificativa racional para haver um 
Estado Absoluto (nos moldes dos séculos XVII e XVIII e 
que pode ser ilustrado pela frase de Luis XIV “o Estado 
sou eu”) está no fato de que os homens são 
naturalmente inimigos entre si (“O homem é lobo do 
homem”). Portanto, cabe um rei com poderes 
absolutos sobre seus súditos para impedir que eles se 
destruam mutuamente. 
e) A grande maioria dos filósofos, de um modo ou de 
outro, dizem que a capacidade de raciocinar do 
homem está ligada ao nascimento das sociedades 
organizadas, inclusive Aristóteles. Porém, não é isso o 
que está no texto. 
Locke e os direitos do homem 
Para John Locke, filósofo político inglês, os direitos 
naturais do homen eram 
a) família, propriedade e religião. 
b) liberdade, propriedade e servidão. 
c) propriedade, servidão e família. 
d) liberdade, igualdade e propriedade. 
e) família, religião e pátria. 
Mitologia Grega 
Os mitos gregos são narrativas sobre a origem de 
alguma coisa (da terra, das plantas, do bem e do mal, 
da doença, da morte, da chuva,…). 
Sobre mito, analise as afirmativas abaixo. 
 
I. É um discurso pronunciado ou proferido para 
ouvintes que recebem como verdadeira a narrativa, 
porque confiam naquele que narra. 
II. É uma narrativa feita em público, baseada na 
autoridade e confiabilidade da pessoa do narrador. 
III. É uma narrativa inventada pelos gregos, baseada 
na razão sistemática. 
IV. É uma narrativa, que encontra a origem de tudo o 
que existe a partir de relações sexuais entre forças 
divinas e pessoais. 
V. É uma narrativa, que toma como base situações de 
rivalidade ou de aliança entre deuses para explicar a 
origem de alguma coisa no mundo. 
 
Somente está CORRETO o que se afirma em 
a) I, II, III e IV. 
b) II, IV e V. 
c) I e IV. 
d) I, II, IV e V. 
e) IV e V. 
As funções do mito 
O mito nasce do desejo da humanidade de entender o 
 mundo, para afugentar o medo e a insegurança. 
Está ligado à magia, ao desejo, ao querer que as coisas 
aconteçam de um determinado modo. Sobre as 
funções do mito, analise os itens abaixo. 
 
I. Questionar os principais problemas da humanidade 
em cada tempo histórico. 
II. Acomodar e tranquilizar o ser humano diante de 
um mundo assustador, dando-lhe a confiança de 
que, através de suas ações mágicas, o que acontece 
no mundo natural depende, em parte, dos seus atos. 
III. Fixar modelos exemplares de funções e atividades 
humanas. 
IV. Acomodar o ser humanoao mundo. 
V. Explicar a realidade do mundo ao ser humano. 
 
Qual alternativa abaixo contém os itens 
INCORRETOS? 
a) I, II, III e IV. 
b) II, IV e V. 
c) I e V. 
d) I, III e IV. 
e) IV e V. 
Sobre o mito 
Os mitos gregos são narrativas sobre a origem de 
 alguma coisa (da terra, das plantas, do bem e do 
 mal, da doença, da morte, da chuva,…). Sobre mito, 
analise as afirmativas abaixo. 
 
I – É um discurso pronunciado ou proferido para 
 ouvintes que recebem como verdadeira a 
 narrativa, porque confiam naquele que narra. 
II – É uma narrativa feita em público, baseada na 
autoridade e confiabilidade da pessoa do narrador. 
III – É uma narrativa inventada pelos gregos, baseada 
na razão sistemática. 
IV – É uma narrativa, que encontra a origem de tudo o 
que existe a partir de relações sexuais entre forças 
divinas e pessoais. 
V – É uma narrativa, que toma como base situações 
de rivalidade ou de aliança entre deuses para explicar 
a origem de alguma coisa no mundo. 
 
Somente está CORRETO o que se afirma em 
a) I, II, III e IV. 
b) II, IV e V. 
c) I e IV. 
d) I, II, IV e V. 
e) IV e V. 
 
Dialética marxista 
Sobre a dialética marxista, podemos afirmar que 
a) na produção do mundo material, surge a 
contradição entre homens reais em condições 
históricas e sociais reais. 
b) a dialética transcendental trata das idéias puras da 
razão e se chama dialética, porque as idéias 
se defrontam com antinomias insolúveis. 
c) o movimento de exteriorização e interiorização da 
Idéia se faz por meio de contradições 
sempre superadas. 
d) a lógica dialética parte de uma realidade estática e 
a explica por meio de noções absolutas, em que a 
contradição não é possível. 
Hobbes e o pacto social 
As sociedades mudam suas relações de poder 
e sugerem formas de organização visando a garantia 
do pacto social. O inglês Thomas Hobbes foi 
um importante teórico político dos tempos modernos. 
Nas suas concepções sobre o poder, Hobbes: 
a) ressaltava a competição entre os indivíduos 
como marca ou componente da sociedade. 
b) definia a importância da pedagogia para superar as 
relações de poder do mundo medieval. 
c) defendia a importância da liberdade e 
da solidariedade na construção de uma 
sociedade justa. 
d) combatia a existência de um Estado 
forte, mostrando a necessidade de afirmar 
a democracia. 
e) recusava a idéia do individualismo 
humano, negando os princípios políticos de 
Maquiavel. 
Weber: eleições: relações sociais 
Por trás das disputas que os candidatos travam pela 
preferência do eleitorado, há uma base minuciosa de 
informações. Perto das eleições, os concorrentes 
debruçam-se sobre gráficos, planilhas e tabelas de 
preferências de voto, buscando descobrir quais as 
tendências dos eleitores. Pesquisadores, escondidos 
atrás de vidros espelhados, acompanham as 
conversas de grupos de pessoas comuns de diferentes 
classes que, em troca de um sanduíche e um 
refrigerante, comentam e debatem as campanhas 
políticas. Nessa técnica de pesquisa qualitativa, 
descobre-se, além da convergência das intenções, as 
motivações que se repetem nos votos dos eleitores, 
as razões gerais que poderiam fazê-los mudar de 
opção, como eles propõem e ouvem argumentos 
sobre o tema. A aplicação do modelo de pesquisa que 
aparece descrito no texto baseia-se, principalmente, 
na teoria sociológica de Max Weber (1864-1920). A 
utilização dessa teoria indica que os pesquisadores 
pretendem: 
a) investigar as funções sociais das instituições, tais 
como igreja, escola e família, para entender o 
comportamento dos grupos sociais. 
b) pesquisar o proletariado como a classe social mais 
importante na estruturação da vida social. 
c) analisar os aparelhos repressores do Estado, pois 
são eles que determinam os comportamentos 
individuais. 
d) estudar a psique humana que revela a autonomia 
do indivíduo em relação à sociedade. 
e) pesquisar os sentidos e os significados recíprocos 
que orientam os indivíduos na maioria de suas ações 
e que configuram as relações sociais. 
Hobbes: estado de natureza e soberania 
“Sabemos que Hobbes é um contratualista, quer dizer, 
um daqueles filósofos que, entre o século XVI e o XVIII 
(basicamente), afirmaram que a origem do Estado 
e/ou da sociedade está num contrato: os homens 
viveriam, naturalmente, sem poder e sem organização 
– que somente surgiriam depois de um pacto firmado 
por eles, estabelecendo as regras de comércio social e 
de subordinação política.” 
(RIBEIRO, Renato Janine. Hobbes: o medo e a 
esperança. In: WEFFORT, Francisco. Os clássicos da 
política. São Paulo: Ática, 2000. p. 53.) 
Com base no texto, que se refere ao contratualismo 
de Hobbes, considere as seguintes afirmativas: 
I. A soberania decorrente do contrato é absoluta. 
II. A noção de estado de natureza é imprescindível 
para essa teoria. 
III. O contrato ocorre por meio da passagem do 
estado social para o estado político. 
IV. O cumprimento do contrato independe da 
subordinação política dos indivíduos. 
Quais das afirmativas representam o pensamento de 
Hobbes? 
a) Apenas as afirmativas I e II. 
b) Apenas as afirmativas I e III. 
c) Apenas as afirmativas II e III. 
d) Apenas as afirmativas II e IV. 
e) Apenas as afirmativas III e IV. 
Sociedade Capitalista 
Assinale a alternativa correta quanto as principais 
características da sociedade capitalista. 
a) feudo, mais-valia, escravos 
b) salário, mercadoria, mais-valia 
c) corvéia, renda fundiária, servos 
d) solidariedade mecânica, alienação e corporações 
de ofício 
e) ócio, comércio, cavaleiros 
Locke e o Liberalismo 
John Locke (1632-1704) é considerado, na História da 
Filosofia, como o fundador do liberalismo político. 
Segundo este filósofo inglês, o Estado surge através 
de um contrato entre os indivíduos e deve ter 
como função básica 
a) controlar, de forma absoluta, a vida de todos os 
cidadãos. 
b) proteger os interesses dos que não possuem, 
contra os que possuem. 
c) promover a harmonia entre os grupos rivais, 
preservando os interesses do bem comum. 
d) garantir os privilégios da realeza e da Igreja na 
Inglaterra. 
Descartes e obra 
A obra de René Descartes (1596-1650) foi uma das 
bases da filosofia moderna, constituindo-se como 
referência indiscutível na formação do pensamento 
pós-medieval. Sobre a obra cartesiana, é CORRETO 
afirmar que; 
A) rompeu com o aparato conceitual da escolástica 
medieval para edificar um sistema de pensamento 
próprio. 
B) sua produção se resume à publicação do Discurso 
do Método. 
C) nega veementemente a existência de Deus em 
franco ataque à Filosofia Medieval. 
D) não se ocupou da Matemática no seu processo de 
construção do conhecimento. 
E) sua influência no devir da História da Filosofia pode 
ser caracterizado como limitada ao trabalho dos 
autores pósestruturalistas. 
Maquiavel 
Maquiavel esteve empenhado na renovação da 
política em um período ainda dominado pela teologia 
cristã com os seus valores que atribuíam ao poder 
divino a responsabilidade sobre os propósitos 
humanos. Em sua obra mestra, O príncipe, escreveu: 
“Deus não quer fazer tudo, para não nos tolher o livre 
arbítrio e parte da glória que nos cabe”.MAQUIAVEL, 
N. O príncipe. Tradução Lívio Xavier. São Paulo: Nova 
Cultural, 1987. Coleção Os Pensadores. p. 108. 
Assinale a alternativa que fundamenta essa afirmação 
de Maquiavel. 
A) Deus faz o mais importante, conduz o príncipe até 
o trono, garantindo-lhe a conquista e a posse. Depois, 
cabe ao soberano fazer um bom governo 
submetendo-se aos dogmas da fé. 
B) A conquista e a posse do poder político não é uma 
dádiva de Deus. É preciso que o príncipe saiba agir, 
valendo-se das oportunidades que lhe são 
favoráveis, e com firmeza alcance a sua finalidade. 
C) Os milagres de Deus sempre socorreram os homens 
piedosos. Para serdigno do auxílio divino e alcançar a 
glória terrena é preciso ser obediente à fé cristã e 
submeter-se à autoridade do papa. 
D) Nem Deus, nem o soberano são capazes de 
conquistar o Estado. Tudo que ocorre na História é 
obra do capricho, do acaso cego, que não distingue 
nem o cristão nem o gentio. 
Aristóteles e São Tomás de Aquino 
(UFU – 1999) O filósofo grego que maior influência 
exerceu sobre Santo Tomás de Aquino foi 
a) Platão. 
b) Aristóteles. 
c) Sócrates. 
d) Heráclito. 
e) Parmênides. 
 
Theoria Prática comenta: 
Por Hugo Tiburtino. Desde o século XII d.C., ideias de 
Aristóteles invadiram de modo irreversível o mundo 
cristão, dando início à escola filosófica chamada 
deescolástica. A escolástica foi a corrente filosófica 
feita pelos acadêmicos (“escolados”) das então jovens 
universidades europeias e uma de suas principais 
características foi a tentativa de harmonizar o 
aristotelismo com o cristianismo. Até então, o filósofo 
grego que maior influência exercia entre os cristãos 
era Platão por meio dos pensadores da patrística, a 
corrente filosófica feita pelos primeiros padres. 
Enquanto a patrística dominou entre os cristãos, as 
únicas obras de Aristóteles conhecidas por eles eram 
algumas de lógica; as outras obras, entre elas as sobre 
física e metafísica, se perderam na Europa ou 
simplesmente foram esquecidas. Mas, no século XII, 
com a fundação das universidades, as demais obras 
aristotélicas voltaram a circular em terras cristãs, 
apesar da desconfiança inicial da Igreja. A Igreja 
Católica achava contrárias aos dogmas algumas das 
doutrinas aristotélicas como, por exemplo, a de que o 
mundo era eterno, o que parece conflitar com um 
mundo criado do nada por Deus. Porém, apesar das 
proibições do Vaticano, Aristóteles continuava a 
ganhar aceitação entre os cristãos e surgiram os 
primeiros pensadores que tentaram harmonizar o 
aristotelismo com o cristianismo. Quando Tomás de 
Aquino nasceu, no século XIII, Aristóteles já era 
autoridade máxima em questões filosóficas e o frei 
dominicano não pôde deixar de se filiar à escolástica. 
Entenda-se: Aquino teve influência de vários outros 
pensadores gregos, em particular dos neoplatônicos, 
filósofos que praticamente dominaram o cenário do 
século II ao século VII d.C. Porém, foi Aristóteles quem 
ele considerava “O Filósofo” e Aquino acabou 
recebendo a reputação de ter sido quem mais 
perfeitamente harmonizou o aristotelismo com os 
ensinamentos da fé católica, fortalecendo assim a 
racionalidade dessa religião. 
O pacto social, segundo Hobbes 
A filosofia política de Thomas Hobbes combatia as 
tendências liberais de sua época. Hobbes 
sustentava que o poder resultante do pacto político 
deveria ser 
I- ilimitado, julgando sobre o justo e o injusto, acima 
do bem e do mal e em que a alienação do súdito ao 
soberano deveria ser total. 
II- dividido entre o rei e o parlamento, superando as 
discórdias e disputas em favor do bem-comum 
da coletividade. 
III- absoluto, podendo utilizar a força das armas para 
manter a soberania e o silêncio dos súditos. 
 
Assinale a alternativa correta. 
a) I e III 
b) II e III 
c) I e II 
d) II 
Hobbes, Locke e a 
comunidade política 
Para Thomas Hobbes e John Locke, a comunidade 
política era 
a) artifício criado pelos homens através de um 
contrato. 
b) direito natural. 
c) mandamento divino. 
d) imposição de poder de um único homem sobre os 
outros. 
e) um estado democrático. 
Discurso do método 
Seguindo os preceitos descritos no Discurso do 
Método, pode-se afirmar que Descartes conduz seu 
intelecto: 
I. Partindo dos dados fornecidos a ele pela sua fé. 
II. Por meio de cálculos matemáticos. 
III. Partindo das coisas mais simples e mais 
conhecidas para as menos conhecidas e mais 
complexas. 
IV. Para um conhecimento seguro sem necessitar, 
para isto, fiar-se nos dogmas da fé. 
V. Terminando sempre com uma dúvida. 
A) apenas III e IV. 
B) apenas I e II. 
C) apenas II e III. 
D) apenas IV e V. 
E) todas. 
 
Burguesia e mercado 
“Pela exploração do mercado mundial a burguesia 
imprime um caráter cosmopolita à produção e ao 
consumo em todos os países. Para desespero dos 
reacionários, ela retirou à indústria sua base nacional. 
As velhas indústrias nacionais foram destruídas e 
continuam a sê-lo diariamente. (…) Em lugar das 
antigas necessidades satisfeitas pelos produtos 
nacionais, nascem novas necessidades, que reclamam 
para sua satisfação os produtos das regiões mais 
longínquas e dos climas mais diversos. Em lugar do 
antigo isolamento de regiões e nações que se 
bastavam a si próprias, desenvolve-se um intercâmbio 
universal, uma universal interdependência das 
nações. E isso se refere tanto à produção material 
como à produção intelectual. (…) Devido ao rápido 
aperfeiçoamento dos instrumentos de produção e ao 
constante progresso dos meios de comunicação, a 
burguesia arrasta para a torrente da civilização 
mesmo as nações mais bárbaras.” 
(MARX, K.; ENGELS, F. Manifesto do Partido 
Comunista. São Paulo: Global, 1981. p. 24-25.) 
 
Com base no texto de Karl Marx e Friedrich Engels, 
publicado pela primeira vez em 1848, assinale a 
alternativa correta. 
 
a) Desde o início, a expansão do modo burguês de 
produção fica restrita às fronteiras de cada país, pois 
o capitalista é conservador quanto às inovações 
tecnológicas. 
b) O processo de universalização é uma tendência do 
capitalismo desde sua origem, já que a burguesia 
precisa de novos mercados, de novas mercadorias e 
de condições mais vantajosas de produção. 
c) A expansão do modo capitalista de produção em 
escala mundial encontrou empecilhos na mentalidade 
burguesa apegada aos métodos tradicionais de 
organização do trabalho. 
d) Na maioria dos países não europeus, a 
universalização do capital encontrou barreiras 
alfandegárias que impediram sua expansão. 
e) A dificuldade de comunicação entre os países, 
devido ao baixo índice de progresso tecnológico, 
adiou para o século XX a universalização do modo 
capitalista de produção. 
Maquiavel: o poder do príncipe 
“Sendo, portanto, um príncipe obrigado a bem servir-
se da natureza da besta, deve dela tirar as qualidades 
da raposa e do leão, pois este não tem defesa alguma 
contra os laços, e a raposa, contra os lobos. Precisa, 
pois, ser raposa para conhecer os laços e leão para 
aterrorizar os lobos. Os que se fizerem unicamente de 
leões não serão bem-sucedidos. (…) E há de se 
entender o seguinte: que um príncipe, e 
especialmente um príncipe novo, não pode observar 
todas as coisas a que são obrigados os homens 
considerados bons, sendo freqüentemente forçado, 
para manter o governo, a agir contra a caridade, a fé, 
a humanidade, a religião.” 
(MAQUIAVEL, Nicolau. O Príncipe. 2. ed. São Paulo: 
Abril Cultural, 1979. p. 74-75.) 
 
A partir das metáforas propostas por Nicolau 
Maquiavel, pensador italiano renascentista, considere 
as afirmativas sobre a noção do poder próprio ao 
governante: 
I. A sabedoria e o uso da força fundamentam o poder. 
II. O poder encontra seu fundamento na bondade e na 
caridade. 
III. A sobrevivência do poder depende das virtudes da 
fé e da religião. 
IV. Os fins podem justificar os meios, para resolver 
conflitos na disputa pelo poder. 
 
Estão de acordo com o pensamento de Maquiavel 
apenas as afirmativas: 
a) I e II. 
b) I e III. 
c) I e IV. 
d) II e III. 
e) III e IV. 
Karl Marx 
Marx, no Prefácio de Para a crítica da economia 
política, afirma que “… na produção social da própria 
vida, os homens contraem relações determinadas, 
necessárias e independentes de sua vontade, relações 
de produção estas que correspondem a uma etapa 
determinada de desenvolvimento de suas forças 
produtivas materiais.” 
 
Nesse sentido, desenvolve também seu conceito de 
consciência, que define como sendo determinada: 
a) pela Filosofia.Assim, é o pensamento filosófico que 
forma a consciência do homem; 
b) pela produção espiritual dos homens. Assim, é a 
consciência que determina a produção social da vida e 
não a produção social da vida que determina a 
consciência; 
c) pela Religião. Assim, é toda a ética religiosa que 
determina a consciência humana; 
d) pelo ser social dos homens. Assim, é a produção 
social da vida que determina a consciência e não a 
consciência que determina a produção social da vida; 
e) pelo aparelho ideológico do Estado. Assim, é a 
política, à qual se subordina a economia, a 
responsável pela formação da consciência de um 
povo. 
 
O poder político para Maquiavel 
“O maquiavelismo é uma interpretação de O Príncipe 
de Maquiavel, em particular a interpretação segundo 
a qual a ação política, ou seja, a ação voltada para a 
conquista e conservação do Estado, é uma ação que 
não possui um fim próprio de utilidade e não deve ser 
julgada por meio de critérios diferentes dos de 
conveniência e oportunidade.” 
(BOBBIO, Norberto. Direito e Estado no pensamento 
de Emanuel Kant. Trad. de Alfredo Fait. 3.ed. Brasília: 
Editora da UNB, 1984. p. 14.) 
 
Com base no texto e nos conhecimentos sobre o 
tema, para Maquiavel o poder político é: 
a) Independente da moral e da religião, devendo ser 
conduzido por critérios restritos ao âmbito político. 
b) Independente da conveniência e oportunidade, 
pois estas dizem respeito à esfera privada da vida em 
sociedade. 
c) Dependente da religião, devendo ser conduzido por 
parâmetros ditados pela Igreja. 
d) Dependente da ética, devendo ser orientado por 
princípios morais válidos universal e necessariamente. 
e) Independente das pretensões dos governantes de 
realizar os interesses do Estado. 
Locke: Estado de 
natureza: contratualismo 
Se todos os homens são, como se tem dito, livres, 
iguais e independentes por natureza, ninguém pode 
ser retirado deste estado e se sujeitar ao poder 
político de outro sem o seu próprio consentimento. A 
única maneira pela qual alguém se despoja de sua 
liberdade natural e se coloca dentro das limitações da 
sociedade civil é através de acordo com outros 
homens para se associarem e se unirem em uma 
comunidade para uma vida confortável, segura e 
pacífica uns com os outros, desfrutando com 
segurança de suas propriedades e melhor protegidos 
contra aqueles que não são daquela comunidade. 
(J. Locke. Segundo tratado sobre o governo civil.) 
 
De acordo com o texto acima, 
I- os homens são coagidos por sua natureza a se 
reunir em sociedade. 
II- há um momento real em que os homens entram 
em entendimento e criam a sociedade civil. 
III -a sociedade civil tem como fim a promoção de uma 
vida confortável e segura. 
IV- a sociedade civil impõe a submissão do indivíduo 
ao poder do Estado. 
V -em estado de natureza, os homens são 
considerados livres e iguais. 
Estão certos apenas os itens : 
A- I e II. 
B- I e IV. 
C- II e III. 
D- III e V. 
E- IV e V. 
A lei em Hobbes 
Thomas Hobbes escreveu que 
“Uma lei de natureza (lex naturalis) é um preceito ou 
regra geral, estabelecido pela razão, mediante o qual 
se proíbe a um homem fazer tudo o que possa 
destruir sua vida ou privá-lo dos meios necessários 
para preservá-la, ou omitir aquilo que pense poder 
contribuir melhor para preservá-la.” 
HOBBES, Thomas. Leviatã, ou matéria, forma e poder 
de um Estado Eclesiástico e Civil. São Paulo: Nova 
Cultural, 1988. Coleção “Os Pensadores”. p.79. 
 
Assinale a alternativa correta. 
a) A condição natural do homem é a perfeita 
harmonia em relação ao seu semelhante. 
b) A lei primeira e fundamental da natureza é 
procurar a paz e segui-la. 
c) No estado de natureza, os homens são governados 
pela razão divina. 
d) No estado de natureza, o homem não tem direito a 
todas as coisas, por isso, ele tem segurança. 
Max Weber 
O Estado é constituído por instituições responsáveis 
pela formulação e execução de leis e políticas públicas 
de um país. De acordo com Weber, o Estado possui o 
monopólio da força e da violência, exercendo, assim, 
uma dominação legítima. 
A partir da informação acima, assinale a alternativa 
que contém a característica do Estado segundo 
Weber. 
A) É definido pelos seus fins e não pelos seus meios, 
sendo sua finalidade fundamental o exercício da 
dominação legítima junto às pessoas daquela 
sociedade. 
B) É definido pelos seus meios e não pelos seus fins, 
sendo o seu meio peculiar o monopólio legítimo do 
uso da força física na esfera da vida social daquela 
sociedade. 
C) Constitui um instrumento de dominação de classe 
legítimo que não necessita de qualquer justificativa 
para o exercício de sua autoridade. 
D) Consiste em uma relação de dominação entre os 
homens sob a condição de que os dominados se 
rebelam à autoridade continuamente reivindicada 
pelos dominadores. 
 
Locke e a propriedade privada 
Assinale a alternativa INCORRETA. 
Segundo John Locke (1632-1704), são proprietários 
a) todos que são proprietários de suas vidas, de seus 
corpos, de seus trabalhos, isto é, todos 
são proprietários. 
b) todos os operários, pois fazem parte da sociedade 
civil, portanto, podem governar como 
qualquer cidadão, pois é sua prerrogativa. 
c) todos os homens, já que a primeira coisa que o 
homem possui é o seu próprio corpo; assim, 
todo homem é proprietário de si mesmo e de suas 
capacidades. 
d) somente aqueles que podem governar, isto é, os 
homens de fortuna, pois somente esses podem 
ter plena cidadania. 
Maquiavel e O príncipe 
O filósofo italiano Nicolau Maquiavel, observou que 
havia uma distância entre o ideal de política e a 
realidade política de sua época. Na sua obra O 
Príncipe, nos diz: Não pode e não deve um 
príncipe prudente manter a palavra empenhada 
quando tal observância se volte contra ele e hajam 
desaparecido as razes que a motivaram. (…) Nas ações 
de todos os homens, especialmente os príncipes, (…) 
os fins é que contam. Faça, pois, o príncipe tudo para 
alcançar e manter o poder; os meios de que se valer 
serão sempre julgados honrosos e louvados por todos, 
porque o vulgo atenta sempre para aquilo que parece 
ser e para os resultados. 
(Maquiavel, Nicolau. O Príncipe, p. 112-3.) 
 
Segundo o texto, é correto afirmar que: 
I – Para Maquiavel a política, fundamentada na moral 
cristã, tem como objetivo a manutenção do poder do 
Estado. 
II – O governante deve fazer aquilo que, a cada 
momento, mostrar-se interessante para conservar seu 
poder. Não está ligado a uma questão moral, mas a 
uma decisão que atente contra a lógica do poder. 
III – Moral e Política caminham juntas, por isso os fins 
justificam os meios. 
IV – Maquiavel define a vida social como um campo 
de forças, que por sua vez devem se manter 
equilibradas para prosperar. 
 
Estão corretas: 
a) I, II, III. 
b) Somente II e IV. 
c) Somente I e III. 
d) II, III, IV. 
e) Somente II e III. 
Locke e o Contrato Social 
“Se todos os homens são, como se tem dito, livres, 
iguais e independentes por natureza, ninguém pode 
ser retirado deste estado e se sujeitar ao poder 
político de outro sem o seu próprio consentimento. A 
única maneira pela qual alguém se despoja de sua 
liberdade natural e se coloca dentro das limitações da 
sociedade civil é através do acordo com outros 
homens para se associarem e se unirem em uma 
comunidade para uma vida confortável, segura e 
pacífica uns com os outros, desfrutando 
com segurança de suas propriedades e melhor 
 protegidos contra aqueles que não são daquela 
comunidade”. (LOCKE, John. Segundo tratado sobre o 
governo civil. Trad. de Magda Lopes e Marisa Lobo da 
Costa. Petrópolis: Vozes, 1994. p.139.) 
 
Com base no texto e nos conhecimentos sobre 
o contrato social em Locke, considere as afirmativas 
a seguir. 
I. O direito à liberdade e à propriedade 
são dependentes da instituição do poder

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