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Recife - 2007 MANUAL DO PARTICIPANTE Liderança empreendedora Conselho Deliberativo - Pernambuco Banco do Brasil S/A Banco do Nordeste do Brasil Caixa Econômica Federal Federação da Agricultura do Estado de Pernambuco - Faepe Federação do Comércio do Estado de Pernambuco - Fecomércio Federação das Associações Comerciais do Estado de Pernambuco - Facep Federação das Indústrias do Estado de Pernambuco - Fiepe Instituto Euvaldo Lodi - IEL Secretaria de Desenvolvimento Econômico do Estado de Pernambuco Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas - Sebrae Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial - Senac/PE Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial - Senai/PE Serviço Nacional de Aprendizagem Rural - Senar/PE Sociedade Auxiliadora da Agricultura do Estado de Pernambuco Universidade de Pernambuco - UPE Presidente do Conselho Deliberativo Josias Silva de Albuquerque Diretor-superintendente Murilo Roberto de Moraes Guerra Diretora técnica Cecília Figueiredo Wanderley Diretor administrativo-financeiro Gilson Pereira Monteiro Coordenação da Unidade de Apoio Soluções Integradas e Gestão do Conhecimento Ana Cláudia Dias Rocha Autora Anabel Medeiros Equipe de coordenação do projeto Silvana Salomão da Nóbrega Eugênia Maria Miranda da Silva 2007, Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas. É permitida a reprodução total ou parcial desta obra, desde que citada a fonte. Distribuição e informações Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas de Pernambuco Rua Tabaiares, 360 - Ilha do Retiro - 50750.230 - Recife/PE Fone: (81) 2101.8400 Fax: (81) 2101.8500 www.pe.sebrae.com.br Sumário 7 ••• Introdução 8 ••• Liderança e empreendedorismo 11 ••• Características do líder empreendedor 15 ••• Perfil do líder empreendedor e eficaz 17 ••• Passos para se tornar um líder empreendedor 22 ••• Conclusão 24 ••• Referências Liderança empreendedora 5 Liderança empreendedora Carga horária 3 horas, numa única apresentação. Competência geral Sensibilizar e despertar, nos participantes, a necessidade e a importância de se tornar um líder empreendedor, dentro do seu trabalho ou da sua empresa. Metodologia A metodologia baseia-se em exposição interativa e reflexiva, dinâmicas de grupo e leituras, com apresentações criativas. Objetivo Sensibilizar empresários, gestores, líderes e profissionais que desejem desenvolver habilidades e implementar ferramentas para se tornarem líderes empreendedores. Isto trará para a sua vida uma oportunidade de despertar o quão é importante se tornar um líder empreendedor dentro do seu trabalho ou empresa. A compreensão das características e do perfil do líder empreendedor proporcionará um impacto em suas atividades diárias como pessoa e profissional. Seja muito bem-vindo à nossa Jornada Sebrae. Conteúdo Este curso tem por propósito despertar para a importância da liderança empreendedo- ra diante do mercado competitivo em constante mudança. Visa também, a destacar as características e o perfil necessário para exercê-la, bem como elucidar os passos impor- tantes para se tornar um líder empreendedor. Mãos à obra: agora a liderança é sua! 6 Educação Sebrae – Manual do participante Competências a serem desenvolvidas Proporcionar a compreensão das características e a consciência do perfil do líder empreendedor como fatores preponderantes e importantes para o impacto em suas atividades diárias enquanto pessoa e profissional. Roteiro • O mercado, as mudanças e a liderança empreendedora. • Características do líder empreendedor. • Perfil do líder empreendedor. • Passos para se tornar um líder empreendedor. Liderança empreendedora 7 Introdução A partir das últimas décadas do século XX, as organizações empresariais têm sofrido grandes pressões de seus clientes por produtos e/ou serviços de melhor qualidade, com custos cada vez menores. Este fato deve-se, sobretudo, às mudanças na economia mundial que, impulsionadas pelo desenvolvimento vertiginoso dos meios de comunicação, de transportes, de produção e da tecnologia da informação, não permitem mais, como ocorria até meados do século XX, que diversas empresas monopolizassem sua área de atuação e determinassem a forma como seus produtos seriam ofertados aos, até então, meros consumidores. Os clientes de hoje têm muitas opções e condições de imporem que suas necessidades sejam atendidas pelas empresas. Logo, neste cenário internacional, não há outra saída: ou as organizações empresariais se adaptam à nova economia, buscando formas que lhes propiciem aumentos significativos de competitividade e revendo seus modelos de gestão e processo produtivo, ou tendem a amargar a estagnação e, conseqüentemente, o fim. Tais transformações ocorrem num momento político, econômico e social caracterizado pela fragilidade dos valores e princípios que até então nos orientaram, mas que se mostram inadequados às demandas do futuro. As grandes questões emergentes que permeiam o cenário organizacional estão a exigir a adoção de uma nova visão estratégica, administrativa e gerencial, dos negócios e do mercado, que nos garanta, portanto, vantagem competitiva. No entanto, valores e bases para a tomada de decisões, influenciados preponderantemente por moldes de gestão personalistas, costumes e crenças de natureza cultural que fazem com que uma organização se isole das tendências de mercado, devem ser revistos e adaptados à nova realidade, que exige maior agilidade nas decisões, liderança empreendedora, flexibilidade e maleabilidade para enfrentar a incerteza, criatividade, capacidade de comunicação e relacionamento interpessoal, e construção de parcerias sólidas. Estas são algumas das habilidades requeridas pelo gestor contemporâneo, que podem ser desenvolvidas e aprimoradas em situações de simulação que guardem semelhança com a realidade. Neste contexto, torna-se imprescindível o planejamento, a criação e a adoção de estratégias que permitam o desenvolvimento do ser humano e das suas habilidades na organização, além da geração de informações e conhecimentos necessários às decisões e, portanto, à capacidade de adaptação em um futuro imprevisível. 8 Educação Sebrae – Manual do participante Liderança e empreendedorismo A liderança Liderança é uma palavra que está na boca de todos. Todos concordam que há menos líderes do que deveria haver, porém poucos são os homens e mulheres que, em certo momento de sua carreira profissional ou em outras situações de suas vidas, não sejam solicitados a assumir papéis de liderança de alguma espécie. No âmbito empresarial, a liderança é a força propulsora das organizações de sucesso. A direção da empresa pode até iniciar uma proposta de mudança, mas são as lideranças que farão a implementação efetiva dessa proposta. O líder e o seu papel Um líder desenvolve potencial e habilidades para executar o seu trabalho. A cada dia, novos desafios surgem e conquistas podem ser alcançadas, de acordo com a sua capacidade de administrar o seu mundo real. Inicialmente, é necessário que sua empresa esteja em um processo de organização interna satisfatória, onde os setores e as pessoas possuam apoio e recursos para executarem seus trabalhos de forma harmônica. Liderança empreendedora 9 O líder deve escutar as pessoas para pensar e executar as melhores soluções, junto aos seus colaboradores, que sabem o que é melhor para si, para a instituição e para a clientela. Ninguém quer construir algo que seja desconfortável para um destes níveis, pois as pressões serão constantes nas formas (conscientes ou inconscientes) que possam se apresentar. Escutar tambémimplica checar informações, verificar dados - e confrontá-los, para a verdadeira identidade dos fatos. O empreendedorismo Empreendedores são um dos ativos mais importantes de qualquer economia. Invariavelmente, as micro e pequenas empresas costumam responder pela maior fatia na geração de empregos e por substancial parte do PIB, nos mercados mais desenvolvidos. Difícil é ser um deles. Os empreendedores são ágeis, persistentes e, geralmente, trabalham com um tipo de capital intangível: boas idéias. Através de uma visão mais profunda, segundo Druker e outros autores, todo empreendedor de sucesso é um caso verdadeiramente inspirador e relevante - e também um representante do espírito empreendedor, que gera negócios bem-sucedidos ao transformar visões em realidades lucrativas. Coletivamente, os empreendedores criam milhões de empregos e servem milhões de clientes. Individualmente, geram milhões de reais em lucros, mas o ponto essencial se torna uma forma de manter resultados. 10 Educação Sebrae – Manual do participante Os empreendedores de sucesso sabem como identificar e aproveitar as oportunidades, à medida que elas se apresentam. Com a idéia de risco no lugar do destino, temos hoje uma teoria para aproveitar as oportunidades. Os empreendedores têm a livre determinação. A idéia de risco só faz sentido quando os empreendedores têm a possibilidade de escolha. A forma mais barata de criar e ter sucesso numa empresa é a iniciativa corresponder a uma necessidade do mercado. O empreendedor é um artista, um criador. Alguém que cria novos produtos, novos empregos, novas coisas. E nunca pára. Ele não cria porque quer, mas porque tem uma grande necessidade de realização. Agora, de forma esquematizada, apresentamos um conceito atual de líder empreendedor, resultante de uma visão integrada da percepção, da atitude e do comportamento empreendedor, por Schumpeter, Mc Clelland e Druker. Liderança empreendedora 11 Características do líder empreendedor Passo 1: liderar mudanças Liderança é um exercício que exige sensibilidade para perceber os sentimentos e as atitudes dos outros, bem como capacidade de compreender a dinâmica e as mudanças que se passam dentro dos grupos e ainda contribuir com a facilitação das tarefas, não comprometendo-as. Afinal, a maior característica de ser um líder é ter seguidores. Ao mesmo tempo, ainda não há um claro entendimento da importância do fator empreendedorismo para o desenvolvimento da organização. Empreendedor não é sinônimo de empresário e tampouco ser empresário é condição para ser empreendedor. É comum encontrar administradores que crêem que na organização não existe lugar para empreendedores e que eles, quando existem, necessariamente, pertencem ao mais alto escalão hierárquico. Liderança é a sua habilidade de inspirar as pessoas a agir. Significa conquistá-las por inteiro: espírito, coração, mente, braços, pernas... E aí está a diferença entre poder e autoridade. Quando você tem poder, as pessoas fazem a sua vontade mesmo que não desejem. Quando você tem autoridade, as pessoas voluntariamente fazem a sua vontade, por causa da sua influência pessoal. Isto faz um grande líder. Passo 2: estilo e estratégia de vida Percebemos que o empreendedor designa um estilo de vida e não um personagem. E esse estilo é um conjunto de comportamentos de quem se dedica a transformar conhecimentos em resultados. Empreendedor é a pessoa que sonha e não se contenta em apenas sonhar. Ele age para materializar o seu sonho. ANTECIPA DECIDIR INOVAR EMPREENDEDOR AGIR CRIAR EMPREENDER 12 Educação Sebrae – Manual do participante Juntando então líder e empreendedor, temos como resultado um líder empreendedor, que é aquele que, focado em resultados, se transforma em agente de mudanças e lança seus liderados à ação, convertendo-os de meros seguidores em também líderes de seus processos, num ciclo contínuo e evolutivo. Passo 3: atitudes de um líder empreendedor Segundo um artigo recente da publicação Industry Standard, o vitorioso empreendedor John Peters, atualmente diretor executivo do provedor de serviços de banda larga Sigma Networks, classifica-se como um “empreendedor serial”, que tende a permanecer cerca de quatro anos em cada um de seus novos empreendimentos. “Eu prospero com a incerteza, o desafio e a criatividade próprios do início de uma empresa. Gosto de uma folha de papel em branco”. Não é de surpreender que Peters e outros empreendedores como ele almejem novos começos, riscos e mudanças. Na verdade, essas características quase definem a estirpe. Mas, de acordo com um trabalho de Vipin Gupta, professor de administração da Fordham, e Ian C MacMillan, diretor do Centro de Pesquisa Empresarial Sol C Snider, da Wharton, os empreendedores não são os únicos capazes de abraçar o desafio dessa “folha de papel em branco”. Em sua análise “Entrepreneurial Leadership: developing a cross-cultural construct”, Gupta e MacMillan utilizam um termo cunhado por este último - “líder empreendedor” - para exprimir o estilo que, segundo eles, os gerentes de hoje devem cultivar. Os autores descrevem os atributos de um líder empreendedor e respaldam suas afirmações em uma pesquisa realizada em 60 sociedades com gerentes da administração de nível médio ao redor do mundo. A pesquisa sugere que a maioria dos empresários, mundialmente, concorda com a “receita” para o sucesso de um líder. À medida que o ritmo de desenvolvimento de novas tecnologias - e o da concorrência - se acelera, as técnicas de gerenciamento tradicionais não satisfazem mais, afirmam os autores. Os gerentes costumam operar em clima altamente imprevisível, no qual a vantagem competitiva poderá desaparecer a qualquer momento. “É cada vez mais importante que as pessoas liderem de forma empreendedora”, diz MacMillan, autor de um livro chamado The Entrepreneurial Mindset, que também aborda o tema. “O mundo está se tornando muito turbulento e imprevisível para o uso de estratégias convencionais de liderança. É preciso criar um espírito de experimentação contínua e cuidadosa, porém rápida, captando as oportunidades que emergem dos experimentos. Nossa pesquisa indica que esse conjunto de características é considerado, por empresários de muitas culturas diferentes, importante para uma excepcional liderança”. Ao longo do último século, informam os autores, o conceito de empreendedorismo, outrora considerado como parte integral da liderança empresarial, separou-se dela. O espírito empreendedor agora está associado com a criação e o gerenciamento de empresas de pequeno e médio portes apenas. Estudos sobre empreendedores os caracterizaram como pessoas que procuram realizar algo, mas tendem a hesitar quando a concorrência se acirra e um paradigma predominante se institui. Além disso, as iniciativas empreendedoras foram consideradas “destruidoras de competência”, em vez de “promotoras de competência”, uma vez que implicam desprezar o valor das experiências acumuladas. Entretanto, estudos mais recentes reconhecem que o empreendedorismo é benéfico para o gerenciamento de empresas já estabelecidas, não apenas para realizações radicais ou para os primeiros estágios de um negócio. Empresas já maduras e conservadoras precisam de liderança empreendedora, para que possam fazer a renovação contínua que Liderança empreendedora 13 se tornou necessária à sobrevivência. Segundo Gupta e MacMillan, uma empresa que opera de forma empreendedora consegue: • obter a vantagem de ser a primeira a tomar a iniciativa com relação a novos produtos ou mercados; • proporcionar um ambiente mais gratificante aos funcionários, possibilitando a contratação, o desenvolvimento e aretenção de um quadro de recursos humanos talentoso e motivado; • obter sucesso com a utilização de recursos flexíveis, na adaptação desse potencial para enfrentar novos concorrentes; • transformar, de fato, futuras opções em uma plataforma para a criação contínua de valor e uma constante transformação da empresa. Passo 4: comportamentos do líder Gupta e MacMillan afirmam que o líder empreendedor deve desempenhar duas funções: a primeira é a “atuação transformacional” ou a conjectura de possíveis resultados diante da incerteza; a segunda refere-se à “atuação diante do pessoal” ou à motivação de um grupo de pessoas para ajudar a criar novos modelos de negócio que reduzam a incerteza. Os autores dividem a atuação transformacional em três tarefas: • absorver a incerteza (assuma a responsabilidade pelo resultado incerto de um novo projeto. Como explica MacMillan, “é dizer ‘se eu estiver errado, o problema é meu, não de vocês. Portanto, vocês podem atuar como se tudo fosse ocorrer como eu projetei’”); • projetar o desafio (exponha um projeto que estimule os funcionários ao máximo, mas não além da sua capacidade); • buscar apoio/preparar o terreno (crie um ambiente propício à transformação empreendedora, negociando o apoio das principais partes interessadas dentro e fora da empresa). Com relação à “atuação diante do pessoal”, o líder empreendedor deve atender a duas imposições: • conseguir o compromisso dos funcionários (promova entre os funcionários a disposição para trabalhar por um objetivo comum, no sentido de criar uma equipe motivada tradicional); • “definir o que é grave” (derrubar as barreiras impostas pelos membros da equipe e os estereótipos sobre o que pode e não pode ser feito, a fim de produzir ações integradoras e decisivas. Um líder empreendedor terá a noção de até que ponto os recursos das pessoas foram subestimados). O desempenho desses cinco papéis é a chave para o tipo de liderança que as empresas de hoje precisam para prosperar, dizem os autores. MacMillan considera Jack Welch, diretor executivo da General Electric, um exemplo de líder empreendedor. “Ele criou um clima na organização em que as pessoas estão continuamente em busca de oportunidades. Gary Wendt, quando administrava os serviços financeiros da GE, era outro bom exemplo”. Por outro lado, existem as empresas em dificuldade devido à falta de gerenciamento empreendedor. Isto inclui “muitas empresas do setor manufatureiro tradicional que não conseguiram lidar com as mudanças”. 14 Educação Sebrae – Manual do participante Para medir a liderança empreendedora, Gupta e MacMillan basearam-se em dados coletados pelo professor de administração da Wharton, Robert House, através de pesquisa realizada entre mais de 13.000 gerentes da administração de nível médio, durante um período de dois anos, em 60 sociedades ao redor do mundo. Os gerentes pertenciam a três setores: serviços financeiros, processamento de alimentos e telecomunicações, e representavam alguns “agrupamentos” culturais: América Latina, Europa anglo-germânica, Europa nórdica, Europa latina, leste europeu, Ásia confuciana, sudeste asiático, África árabe e tribal. Em uma extensa série de perguntas, os gerentes classificaram um grande número de comportamentos, em ordem de importância, para uma grande liderança. Gupta e MacMillan identificaram os itens da pesquisa que correspondem aos cinco papéis de um líder empreendedor, citados anteriormente, e contaram os pontos desses itens. A análise deles mostrou que a atuação transformacional e a atuação diante do pessoal são consideradas essenciais mundialmente. “Pensávamos que nas culturas não ânglicas não se obteria um conjunto de resultados tão convincente”, comenta MacMillan. “O que nos surpreendeu foi que essas crenças sobre o que determina o sucesso de um líder permeiam globalmente os diferentes grupos culturais”. Entretanto, a ênfase geral sobre a liderança empreendedora tendeu a variar de forma significativa entre as culturas. As culturas ânglicas foram as que mais acreditaram na importância da liderança empreendedora, seguidas pelas sociedades nórdicas/germânicas e do sudeste asiático. As sociedades latinas na Europa e nas Américas deram importância moderada à liderança empreendedora, e as sociedades africanas, do Oriente Médio e do leste europeu lhe deram menor importância. Embora esta classificação dos diferentes grupos de sociedades geralmente respalde as crenças dos pesquisadores sobre o espírito empreendedor nas culturas, Gupta e MacMillan observam que algumas das descobertas parecem ter pouca relação com o desenvolvimento econômico. Por exemplo, por que as sociedades do sudeste asiático dão um número alto de pontos à liderança empreendedora, e as sociedades da Ásia confuciana, um número muito baixo? E por que as sociedades da América Latina e da Europa latina mostram níveis semelhantes de crença na liderança empreendedora? MacMillan especula que a frágil relação entre liderança empreendedora e movimento econômico pode ser atribuída às abordagens éticas das diferentes culturas; aos níveis de reconhecimento e recompensa a empreendedores; ou ao acesso ao conhecimento, à tecnologia e às finanças. Além disso, nas sociedades da Ásia confuciana e do leste europeu, por exemplo, podem existir obstáculos, sob a forma de rigidez institucional, maiores do que o poder que os gerentes empreendedores têm para superá-los. Esses fatores podem determinar o vigor com que a liderança empreendedora é efetivamente buscada em algumas culturas. Desta forma, de acordo com os autores, percebemos que os gerentes de todos os setores deveriam começar a incutir algo do espírito empreendedor em seus estilos gerenciais. “O que estamos dizendo é que, nos dias de hoje, os gerentes das empresas existentes precisam começar a proceder como líderes empreendedores”, afirma MacMillan. Logo, “se quiser que sua empresa inove continuamente, você precisa desenvolver os atributos encontrados nessa pesquisa”. Liderança empreendedora 15 Perfil do líder empreendedor e eficaz Uma nova liderança em busca da excelência Os japoneses contam que nos invejam pelas oportunidades que têm nossos executivos de estarem sendo testados, constantemente, em um ambiente “imprevisível”. E, desta forma, serem treinados a tomar decisões; analisar problemas; enfrentar mudanças; buscar soluções criativas; utilizar o lógico e o intuitivo; e desenvolver a capacidade de visão de conjunto, entre outras habilidades. Por ironia, as empresas da segunda economia do mundo necessitam lançar mão de situações de laboratório para criarem simulações de crise, a fim de avaliar e treinar seus líderes empresariais. O que para nós tem o significado de crise, para eles representa uma oportunidade de aprender e crescer. As diferenças entre o mundo oriental e ocidental já começam por aí. A capacidade desenvolvida pelas organizações para alcançar a excelência empresarial - entendida como a qualidade de processar respostas eficazes às diferentes demandas internas e externas - é decorrência direta da performance do seu quadro diretivo. Por esta razão, ao iniciar-se um processo de melhoria de qualidade e produtividade, além de serem repensadas as convicções empresariais predominantes na organização, as primeiras ações práticas da intervenção devem ser dirigidas para a avaliação do perfil gerencial existente. Neste sentido, essas ações iniciais buscam a identificação dos elementos fundamentais que servirão de base para a consolidação do projeto de implementação do modelo de gestão. Em um momento de transformações rápidas, algumas exigências deverão ser atendidas por aqueles que pretendem seguir a carreira administrativaou gerencial. A primeira qualidade que os aspirantes ao cargo deverão possuir refere-se à capacidade de leitura do meio ambiente. Agora, não mais se portando como um mero espectador, mas atuando como um sensor crítico e perspicaz quanto às alterações ocorridas na sociedade, cada vez mais em uma velocidade constantemente acelerada pelo impulso do desenvolvimento tecnológico. Aquele que lidera pessoas é obrigado a ser um agente ativo dos efeitos sociais da evolução, que transformam a maneira de ver, julgar e raciocinar dos indivíduos. Outras características próprias do líder constituem a competência e a habilidade para administrar recursos, processos e pessoas, através de cargos fortalecidos com mais autonomia e poder para decisões. As “caixinhas” do organograma da administração 16 Educação Sebrae – Manual do participante tradicional, finalmente, estão desaparecendo. Neste caso, o exercício do poder passa a caracterizar-se pela capacidade de ser, agir e pensar no lugar do outro, como se de fato o fosse. É a busca da empatia, obtida através da identificação holística - o ser humano entendido e aceito em sua totalidade. Até há algum tempo atrás, o que valia era o poder organizacional do gerente. Hoje, pelo contrário, está se tornando comum, por exemplo, ver executivos de algumas multinacionais (européias e norte-americanas) - e de algumas empresas brasileiras serem treinados no uso de técnicas orientais, para desenvolver a intuição e a meditação. Tal tendência parece estar se acelerando bastante. A prática empresarial tem demonstrado que a eficácia do poder pessoal transcende, e muito, o poder organizacional. O primeiro depende das habilidades e capacidades humanas inerentes à pessoa do líder, enquanto o segundo, independente do ocupante da função gerencial, é determinado pela estrutura hierárquica da empresa. Eventualmente, qualquer pessoa que vá ocupá-lo já encontra definida a abrangência da sua atuação e a extensão do seu poder. Talvez esta seja a principal diferença entre ser líder e ser chefe. Chefe, em princípio, qualquer um poderá ser. Já líder... a história é outra. A mudança desse paradigma vem transformando a estrutura de algumas empresas em um verdadeiro círculo, em que o comando central alterna-se conforme as particularidades de cada projeto empresarial. E, até certo ponto, a equipe terá autonomia para aceitar, ou não, o poder outorgado ao líder. Como se vê, a lei do “capataz” não está tendo mais espaço na organização moderna. Em vez disso, a liderança somente será reconhecida e valorizada na medida em que possibilitar aos demais colaboradores oportunidades propícias para a realização de uma ampla variedade de crenças e valores, muitas vezes ambíguas. E, talvez ainda mais importante, compatibilizá-las com a finalidade econômica e social da organização do trabalho. O talento e a qualificação tornam-se, assim, os principais meios para o desenvolvimento de uma carreira profissional promissora. Para ser capaz de competir nas diferentes situações de mercado, exige-se dos líderes dedicação exclusiva à qualidade, à produtividade e à contínua flexibilidade para o atendimento das necessidades dos clientes, internos e externos à organização. O conceito clássico sobre gerência predominante nas cinco últimas décadas considerou a obtenção de resultados através das pessoas como o propósito mais relevante. Porém, na concepção da “nova empresa”, altera-se o papel do gerente. Baseia-se, primeiro e acima de tudo, na premissa de que o exercício de uma liderança eficaz deve permitir às pessoas a obtenção de resultados satisfatórios, com um custo mínimo, em relação a padrões de qualidade de processos, produtos e serviços direcionados para a satisfação contínua do cliente. Portanto, o gerente passou a ser um meio e não mais um fim em si mesmo. Na realidade, as muitas teorias existentes, até então, que têm sido transmitidas aos gerentes, não refletem o mundo do trabalho. Algumas dão um tratamento simplista à complexidade que envolve, no dia-a-dia, o relacionamento com equipes de subordinados, as necessidades de mudanças e as suas resistências conservadoras. Outras são abstratas e parecem que foram elaboradas somente para a compreensão dos acadêmicos. E, na verdade, a maioria delas não tem aplicabilidade prática, porquanto não contribui para o fortalecimento do tipo de liderança que possa conduzir, com eficácia, a gestão do negócio nas atuais condições de mercado - “o salve-se quem puder”. Liderança empreendedora 17 Passos para se tornar um líder empreendedor 1 Ser o seu próprio patrão Para ser um empreendedor de sucesso, é essencial que ele tenha algumas características específicas. A garra, a força de vontade e a determinação são, talvez, as mais importantes, mas há outras a considerar, uma vez que não se trata apenas de ser o “dono” do negócio. 2 Lidar com os riscos Como atuar perante os riscos? Nem todas as pessoas agem da mesma forma e se há aqueles que preferem evitá-los, há também quem os encare sem qualquer preocupação. Como empreendedor, é essencial que tenha disposição para correr riscos, mas todo cuidado é pouco. Arriscar é enfrentar desafios conscientemente, porque disso depende o seu sucesso. Seja capaz de conviver e sobreviver a essa instabilidade. Os riscos fazem parte de qualquer atividade e só precisa aprender a administrá-los. Se alguma coisa não correr da melhor forma e estiver em situação de crise, não tome o fracasso como uma derrota. É apenas um resultado como qualquer outro. Reaja e aprenda com os erros. 3 Ter iniciativa e ser otimista Um empresário de sucesso deve ser criativo e fazer muita pesquisa. A iniciativa envolve decisões ousadas na procura de realização e independência. Determine os próximos passos do rumo da sua vida e seja otimista na sua concretização. Enfrente os obstáculos com confiança e tenha como meta o sucesso. A ambição é necessária porque a estabilidade de um empreendedor pode ser um caminho longo e difícil. Seja dinâmico e não se acomode. 18 Educação Sebrae – Manual do participante 4 Conhecer o ramo É essencial que conheça o mercado e o ramo em que pretende atuar. Deste modo, é mais fácil perceber as hipóteses de sucesso e prevenir-se em relação a percalços que possam surgir. Se não possui um bom conhecimento do ramo, procure aprender tudo sobre o seu negócio com a ajuda de clientes, colaboradores, parceiros etc. Faça algumas leituras e cursos. Lembre-se que precisa manter-se atualizado e em constante aprendizagem. 5 Ser curioso Se quer ser um empreendedor de sucesso, prepare-se para pesquisar novos caminhos, nas férias ou no trabalho, nas revistas ou na televisão. Um empreendedor necessita estar sempre atento às oportunidades de negócio e na altura certa em que surgem no mercado. Não se canse de procurar porque pode sempre surgir um empreendimento melhor. 6 Saber organizar A organização é fundamental para o sucesso de qualquer negócio. Entenda por organização o fato de possuir os melhores recursos, como a aplicação de recursos humanos, materiais e financeiros, e integrá-los de forma lógica, racional e harmoniosa. Defina metas e garanta a execução dos trabalhos dentro do prazo estabelecido. 7 Ser líder É necessário que o empreendedor tenha boa capacidade de liderança. Tem de organizar, redirecionar esforços e manter a motivação dos seus colaboradores. Eles estão sob a sua coordenação e por isso você tem de criar uma filosofia de trabalho, definindo objetivos e métodos, ao mesmo tempo que implementa um bom relacionamento entre a equipe de trabalho. Dê um pouco de liberdade para conseguir extrair o que há de melhor neles e estabeleça uma relação interpessoal,expondo e ouvindo as suas idéias. 8 Ser empreendedor corporativo Diante de uma miríade de abordagens sobre a “onda empreendedorismo”, muitas vezes me sinto mais afogado do que surfando na crista dela, no que diz respeito a um entendimento aplicável para o dia-a-dia; uma situação que fica ainda mais intrincada, quando ligada à discussão sobre a figura do líder “empreendedor” no mundo corporativo. Creio que, no fundo, cada um deve conceber sua própria interpretação e construir seu próprio perfil de competência (conhecimento, habilidade, atitude e postura), ou seja, o diferencial competitivo do líder empreendedor corporativo. Portanto, quero aqui apenas ancorar o conceito de líder empreendedor corporativo nas suas dimensões básicas; a interpretação própria - a quarta dimensão - fica a critério de cada um. Líderes, com a sua raiz etimológica no latim ducere - “conduzir” (no inglês, “to lead”), são capazes de mobilizar pessoas em torno de causas comuns, viabilizar grandes realizações por meio de equipes, compreender e explorar o que existe de melhor em cada pessoa, reduzir a distância entre objetivo e resultado, enfim, eles têm seguidores porque percebem Liderança empreendedora 19 que promoverão o que as pessoas mais procuram: alternativas para sua jornada pessoal e profissional. Administradores trabalham com pessoas, líderes mexem com emoções. É o caso do “líder” Martin Luther King, que se dedicou a abrir caminhos para a emancipação dos negros nos EUA. Mas isso, por si só, não faz de um líder um empreendedor. O empreendedor, palavra de origem greco-latina que significa “pegar para conquistar”, é mais do que um empresário. Quem abre um negócio é, a priori, um empresário que visa ao “poder” - ao poder de buscar lucro para crescer e expandir. Um empreendedor também visa ao “poder”, mas vai além, na busca do novo, do nunca experimentado, do aparentemente “louco”. Ele atua na forma de auto-aprovação: constrói, primeiro internamente, a engenharia de um empreendimento, que pode ser a emigração para um outro continente, um casamento com uma pessoa de outra raça ou um trabalho jamais imaginado. Em seguida, coloca seus projetos “à prova de bala”, na teia do empreendimento Vida S/A, sempre testando o seu limite. Assim o fez Sir Edmund Hillary, o neozelandês que, ao responder à pergunta sobre a vivência de ter sido o primeiro homem a escalar, em 1953, o Monte Everest (8.848 m), afirmou: “Não é a montanha que conquistamos, mas a nós mesmos”. O empreendedor é sempre impelido por três valores-chave: propósitos ousados - muitas vezes carimbados por outros como “utopia”; envolvimento de talentos - buscando as melhores pessoas que puder, para trabalhar com ele, e confiando que elas podem realizar o melhor trabalho para ele e para elas próprias; movimento de “quebra-mesmice” - muitas vezes pichado de “subversivo”. Em suma, o empreendedor transforma, coletivamente, sonhos em soluções - vide Walt Disney, o idealizador do Disney World: ”Se você pode sonhá-lo, você pode realizá-lo”; idéias em negócios - vide Samuel Klein, o fundador da Rede Casas Bahia: “Cada casa deve ter uma geladeira etc.”; metas em resultados - vide J.F. Kennedy: “Daqui a 10 anos, quero que um americano seja o primeiro homem a pisar no solo da lua”. O corporativo - como a própria palavra já insinua, com seu apelo, a empresa é entendida como um ser vivo - comanda organizações, unidades ou áreas em ambientes de instabilidades e obstáculos constantes, que impõem, muitas vezes, mudanças radicais. Ele evidencia sua veia empreendedora movendo-se com estratégia e ação assertivas, como um “foguete em busca do calor”. Através dos seus seguidores, aplica práticas de gestão corporativa, de valor oxigenado, por seu alto teor de aprendizado contínuo. Está preparado para enfrentar as contingências, riscos e loucuras do mundo dos negócios. Nas empresas, um ambiente de trabalho aberto, franco, informal e inovador, onde idéias e críticas fluem como mercúrio, é primordial para a desenvoltura bem-sucedida do líder empreendedor corporativo. Se não existir, ele tem que criá-lo, como o fez Jack Welch, que sempre forçou iniciativas que promoviam o empowerment - a delegação com responsabilidade e equipes autogeridas, entre outras. E mais, não só deve criar condições para empreender, mas também para formar empreendedores. Nisto reside o grande desafio de qualquer programa de liderança empreendedora corporativa. Juntando os elementos “líder”, “empreendedor” e “corporativo”, obtemos como resultado o “líder empreendedor corporativo” - aquele que, focado em resultados, se transforma em agente de mudanças e lança seus seguidores à ação para que, de meros seguidores, passem também a “líderes empreendedores corporativos”, num ciclo contínuo e evolutivo. 20 Educação Sebrae – Manual do participante Então você já tem subsídios suficientes para elaborar sua própria definição (a quarta dimensão) de líder empreendedor corporativo: “3 em 1”. Não tenha medo de ter sucesso, mas lembre-se que o atleta treina mais do que compete; com o executivo acontece o contrário: ele compete mais do que treina, ou seja, há aqui uma inversão de pólos. Portanto, treine, treine, treine - Ayrton Senna provou o resultado desta receita de sucesso! A quantidade de empreendedores no Brasil é muito grande e isto é muito bom. Geralmente, essas pessoas começam um negócio quando conhecem muito bem um produto, um segmento de mercado ou um determinado setor de empresas; ou ainda porque estão com alguma reserva financeira disponível, porque querem ser seus próprios patrões ou estão tendo dificuldades de voltar ao mercado de trabalho. Muitas vezes esquecem que terão de ser bons líderes para conseguir fazer o negócio crescer, senão correm o risco de terem uma empresa com um só funcionário: o proprietário. Ser líder é diferente de ser administrador, gerente ou chefe. Liderar é lidar com pessoas; administrar é lidar com recursos, papéis, coisas, processos. Um chefe pode ser nomeado numa hierarquia, independentemente de possuir ou não as qualidades necessárias. Você pode ser um gerente e não conseguir ser o líder da equipe, e pode ser o líder da equipe sem ser o chefe. Um bom líder precisa possuir várias virtudes, entre elas competência (conhecimento, habilidades e atitude/ação), ética (integridade e honestidade), entusiasmo, empatia, autoconfiança, sensibilidade, humildade, imparcialidade, saúde, autoconhecimento, motivação e inteligência acima da média. É fundamental que goste de se relacionar com pessoas, que saiba ouvir e que seja observador. O empreendedor precisa atentar para o fato de que a presença de um líder é fundamental para o sucesso de qualquer negócio. O ideal é que procure desenvolver habilidades de liderança, caso não seja um líder nato. É necessário que tenha alguém para conduzir o grupo de onde está até onde precisa estar, para fazer com que a equipe faça voluntariamente o que precisa ser feito, extraindo o melhor de cada colaborador e com isso conseguindo obter os resultados positivos. Os pequenos empresários costumam cometer alguns erros na administração de seus negócios, muitos por falta de liderança, entre eles: • não se conhecem suficientemente para saber as competências que lhes faltam para buscar treinamento ou pessoas com tais capacidades; • não conhecem o ponto de equilíbrio do seu negócio e gastam mais do que podem; • contratam pessoas que não são adequadas às funções - não é proibido contratar amigo ou parente, mas é proibido contratar gente incompetente para a função; • adiam decisões que precisam ser tomadas rapidamente; • não suprem seus colaboradores (e a si mesmos) com os treinamentos necessários,pois não têm uma política de treinamentos; • assumem compromissos que não têm capacidade de cumprir; • esquecem que os clientes são o maior patrimônio da empresa. Todos os colaboradores na organização precisam “servir” o cliente e não “servir” o patrão. Sem clientes o negócio está fadado ao fracasso. Liderança empreendedora 21 Um outro problema que acontece é que algumas vezes o empreendedor transfere toda a responsabilidade de liderança para o gerente da sua empresa. Quanto mais delega atribuições, mais o líder penetra na essência da sua função, que não é “fazer” e sim “fazer os outros fazerem”. Agora o empresário não pode ignorar que quando ele delega, continua com a responsabilidade pelo êxito ou fracasso do empreendimento. Por isso ele precisa acompanhar aqueles que recebem a tarefa, pedir que prestem contas temporariamente (e não só no final do ano). É preciso controlar o uso de todos os recursos, inclusive os humanos. Se o gerente não tiver sucesso, ele será o culpado: ou por ter contratado errado, ou por não ter treinado da maneira correta, ou ainda por não ter controlado suficientemente. 22 Educação Sebrae – Manual do participante Conclusão Ser líder é difícil, mas é bom. Para se tornar um bom líder, é preciso procurar estar preparado, ser proativo e reflexivo. É importante ainda se auto-avaliar, procurar melhorar continuamente e ter entusiasmo e otimismo. Liderança empreendedora 23 Referências SCHOLTES R. Peter. O manual do líder. Rio de Janeiro: Qualitymark, 1999. LEITE, Emanuel. O fenômeno do empreendedorismo - Criando riquezas. Recife: Bagaço, 2000. Formação de líderes: www.wmpresa-eficaz.com.br/lideranca:htm. Liderança empreendedora e foco nos resultados: www.lideres.com.br/elideres. php?edição&elideres_id=13-28k. Como se forma um líder empreendedor: www.whaton.universia.net/index?fa=viewfeat ure&linguage. Você S/A: http//vocesa.abril.uol.com.br/informado/ar127830.shtml. Yahoo! Respostas - O que é liderança? Por que ela é tão importante: websider.uol.com. br/vernoticia.php/liderança/id/2828-60k.
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