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Aula 1 - Relação parasito hospedeiro

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Introdução à Parasitologia 
Relação entre o parasito e seus hospedeiros
Parasitologia Básica
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Introdução
Ecologia – estudo das relações dos seres vivos entre si e o meio ambiente;
Nenhum ser vivo é capaz de sobreviver e reproduzir-se independente de outro (Exceção – bactéria – matéria inorgânica – energia da luz solar) ;
Aspectos fundamentais do relacionamento entre seres vivos: Alimento e/ou proteção;
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Há uma adaptação de cada ser, tendendo ao equilíbrio, cuja estabilidade jamais é alcançada – interdependência dinâmica;
Para que a evolução ocorra o agente ou força que provocou o desequilíbrio ambiental deve agir de maneira constante, progressiva e lenta;
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Se o desequilíbrio for brusco, rápido ou muito abrangente, não haverá evolução, e sim, destruição das espécies participantes.
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Homem - Natureza
 Relação constante, progressiva e lenta?
As atividades predatórias para o meio ambiente, bem como uma estrutura política e econômica voltada para pequenos grupos são os principais responsáveis pela manutenção dos países no subdesenvolvimento, com aumento considerável de várias parasitoses e outras doenças.
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A distribuição geográfica das parasitoses tem, portanto vários fatores intervenientes.
Presença de hospedeiro suscetíveis
Migrações humanas;
Condições ambientais (temperatura, umidade, altitude);
Potencial vetorial elevado;
Densidade populacional (vetores e hospedeiros);
Hábitos da população;
Deficiência de princípios de higiênicos;
Baixas condições de vida;
Ignorância
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“O homem não nasce, vive, sofre e morre de maneira idêntica nas diversas partes do mundo”
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Os animais, individualmente, nascem, crescem, reproduzem-se, envelhecem e morrem, porém a espécie, normalmente, se adapta evolui e permanece como população ou grupo
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Tipos de associações 
Harmônicas ou Positivas; quando há benefício mútuo ou ausência de prejuízo mútuo
Desarmônicas ou negativa; quando há prejuízo para algum indivíduo ( parasita- hospedeiro )
Assim, consideram-se como harmônicas o comensalismo, o mutualismo e a simbiose.
Consedera-se desarmônicas a competição, o canibalismo, o predatismo e o parasitismo.
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COMENSALISMO
É uma relação harmônica entre duas espécies, na qual uma obtém vantagens (o hóspede) sem prejuízos para o outro (hospedeiro). Ex. Entamoeba coli vivendo no intestino grosso humano.
Essas vantagens podem ser : proteção (habitação), transporte (meio de locomoção) e nutrição (o hóspede se aproveita dos restos alimentares). 
Forésia: é quando na associação de uma espécie fornece suporte, abrigo ou transporte a outra espécie.
Inquilinismo: uma espécie vive no interior de outra, sem se nutrir à custa dela, mas utilizando o abrigo e parte do alimento que a outra capturou.
Sinfilismo ou Protocooperação: benefício mútuo, mas sem a obrigatoriedade, isto é, associação não é necessária para a sobrevivência de ambas.
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SIMBIOSE / MUTUALISMO OBRIGATÓRIO
É uma associação entre seres vivos, na qual uma troca de vantagens a nível tal que esses seres são incapazes de viver isoladamente. Nesse tipo de associação, as espécies realizam funções complementares, indispensável à vida de cada uma. De modo geral, são conhecidos como simbiontes , os indivíduos que vivem em simbiose.
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COMPETIÇÃO
É uma associação desarmônica na qual exemplares da mesma espécie (competição intra-específica) ou de espécies diferentes (competição interespecífica) lutam pelo mesmo abrigo ou alimento e, em geral, as menos preparadas perdem. A competição é um importante fator de regulação do nível ou número populacional de certas espécies. 
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CANIBALISMO
É o ato de um animal se alimentar de outro da mesmo espécie ou da mesmo família. Esse relacionamento é do tipo desarmônico e que quase sempre ocorre devido a superpopulação e deficiência alimentar no criadouro, e as formas mais ativas ou mais fortes, devoram as menores ou mais fracas.
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PREDATISMO
É quando uma espécie animal se alimenta de outra espécie. Isto é, a sobrevivência de uma espécie depende da morte da outra (cadeia alimentar).
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PARASITISMO
 
É associação entre seres vivos, na qual existe unilateralidade de benefícios, ou seja, o hospedeiro é espoliado pelo parasito, pois fornece alimento e abrigo para este. 
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Origem do parasitismo
O parasitismo seguramente ocorreu quando na evolução de associações entre organismos, um organismo menor se sentiu beneficiado, quer pela proteção, quer pela obtenção de alimento.
Adaptação tornando o invasor dependente do outro ser vivo.
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Parasitismo
Associação desarmônica;
Equilíbrio entre parasito X hospedeiro – manutenção do parasitismo;
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Desequilíbrio pode ocasionar a doença:
 Fatores inerentes ao parasito: carga parasitária, tamanho, localização, virulência.
Fatores inerentes ao hospedeiro: fatores biológicos, genéticos, nutricionais e imunológicos.
Fatores ambientais.
Dessa forma podemos ter indivíduos ‘doentes’, ‘portadores assintomáticos’, ‘não parasitados’.
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Parasitismo é toda relação ecológica, desenvolvida entre indivíduos de espécies diferentes, em que se observa, além de associação íntima e duradoura, uma dependência metabólica de grau variável.
ectoparasitas
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Ação patogênica dos parasitos
Ação Espoliativa – absorve nutrientes ou sangue;
Ação Tóxica – enzimas ou produtos do metabolismo;
Ação Mecânica – impede o fluxo de alimentos, bile, etc;
Ação Traumática – perfuração;
Ação Irritativa – contato;
Ação Enzimática – (penetração das cercarias)
Anóxia – consumo de Oxigênio
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Conceitos em ecologia parasitária
Ecossistema
Hábitat – é o ecossistema, local ou órgão onde a espécie ou população vive.
Nicho ecológico – é a atividade dessa espécie ou população dentro do habitat.
Ecótopo – é o abrigo físico do animal.
Biótopo – é o local onde as condições para a sobrevivência de uma ou várias espécies são uniformes e mantêm-se constante em diferentes áreas ou regiões.
Biocenose – é a associação de vários organismos habitando o mesmo biótopo.
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Grau de parasitismo: 
 Obrigatório
 Facultativo
 Acidental
Tipos de hospedeiros:
 Definitivo
 Intermediário
 Acidental.
www.ioc.fiocruz.br/pages/informerede/corpo/informeemail/230206/principal2302.htm
Trypanosoma cruzi
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Classificação do parasitismo em relação ao ciclo
Ciclo Monoxênico ou direto
Exemplo de protozoário: Entamoeba histolytica 
Exemplo de helminto: Ascaris lumbricoides
Exemplo de inseto: Pediculus humanus
Ciclo Heteroxênico ou indireto
Exemplo de protozoário: Trypanosoma cruzi 
Hospedeiro definitivo é o homem 
Hospedeiro intermediário é o triatomíneo
Exemplo de helminto: Taenia solium 
Hospedeiro definitivo é o homem
Hospedeiro intermediário é o porco
WHO, 2009 
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Evolução e parasitismo
“... aqui neste país Alice, você precisa correr o máximo que puder para permanecer no lugar..." - Através do espelho, Lewis Carroll 
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Leigh Van Valen (1973) propôs a teoria da rainha vermelha para explicar situações na natureza nas quais duas espécies em competição evoluem de maneira que a competição se mantém estável, ou seja, coevoluem. 
Para um sistema evolutivo, é preciso haver um desenvolvimento contínuo para manter a aptidão relativamente aos sistemas com a qual estão a coevoluir.
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Coevolução de parasitas X hospedeiros é balanceada?
Os parasitas apresentam maior tamanho populacional;
 Tempos de geração mais curtos;
 Elevadas taxas de mutação. 
Logo, os parasita não deveriam evoluir mais rapidamente do que os hospedeiros??????? 
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William D. Hamilton (1936-2000) 
 O equilíbrio poderia ser mantido se os hospedeiros adotassem a reprodução sexuada. 
 A recombinação genética aumenta a taxa de evolução pela criação de novas combinações gênicas, tornando cada hospedeiro
um ambiente singular para o parasita e dificultando a sua adaptação.
Coevolução de parasitas X hospedeiros é balanceada?
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Pavão macho (Pavo cristatus): exemplo máximo da seleção sexual, proposta por Charles Darwin, em 1871, como estratégia evolucionária de competição entre os machos pelas fêmeas disponíveis para acasalamento. 
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Por que fêmeas de pavão prefeririam machos tão enfeitados? 
William D. Hamilton e M. Zuk (1982) mostraram que entre as aves havia uma correlação negativa significativa entre a infestação por parasitas (nematódeos e protozoários) e a exuberância da plumagem e do canto dos machos. 
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Uma bactéria que usa um receptor específico para aderir-se ao hospedeiro.
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Os seres humanos e seus parasitas estão há milênios aprisionados no processo coevolucionário antagonístico constante da Rainha Vermelha. 
A evolução cultural é muito mais rápida e eficiente que a biológica, pois não depende de transmissão genética vertical. Em vez disso, ela recorre ao uso da linguagem e do aprendizado para transmissão vertical bidirecional (de pais para filhos e vice-versa) e também transmissão horizontal (entre indivíduos não-aparentados). 
Permitindo a evolução da ciência e da medicina.
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Escapamo-nos do julgo da 
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