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Aula 13 - Fasciola hepatica

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Fasciola hepatica (Lineu 1758)
“Baratinha do fígado”
Fasciolíase ou Fasciolose
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Introdução
Fasciola hepatica 
Filo Platyhelminte –Simetria bilateral e corpo achatado dorso-ventralmetne, sistema nervoso centralizado, sistema digestório incompleto e dispondo de sistema excretor, desprovido de sistema esquelético, circulatório e respiratório
Classe Trematoda – Corpo não segmentado, ventosas como órgãos de fixação
Família Fasciolidae - Hermafrodita
Gênero Fasciola 
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FASCIOLOSE
Antropozoonose – 2,4 a 17 milhões de pessoas infectadas no mundo;
Hospedeiros vertebrados: ovinos, bovinos, caprinos, suínos e outros mamíferos silvestres – Homem é hospedeiro acidental;
Hospedeiros invertebrados: Caramujos do gênero Lymnaea
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No Brasil, foram identificadas quatro espécies pertencentes ao gênero Lymnaea:
 Lymnaea columella – regiões Sul, Sudeste 
e Centro – Oeste, AM, BA e PB;
 Lymnaea viatrix – RS e MG;
 Lymnaea rupestris – SC;
 Lymnaea cubensis – RJ.
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Hospedeiros invertebrados
Lymnaea cousini, Equador
Conchas de Lymnaea cousini
Villavicencio & Vasconcellos, 2005
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Morfologia
Adultos: 2-4 cm por 1,5cm
Ventosa oral e ventosa ventral
Tegumento coberto por espinhos
1 ovário, 2 testículos
Hábitat: canais biliares dos hospedeiros habituais;
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Ciclo Biológico
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Formas evolutivas
Rédia e cercária em aumento de 50 X
Villavicencio & Vasconcellos, 2005
Ovo
Miracídio
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Ciclo Biológico
São condições necessárias à sobrevivência do parasito no ambiente:
 Temperatura entre 25° e 30° + umidade.
Em umidade adequada, as metacercárias podem permanecer até um ano viáveis.
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Transmissão
Ingestão de metacercárias juntamente com água ou alimentos contaminados (verduras).
Villavicencio & Vasconcellos, 2005
Metacercária
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Patogenia
Hepatite crônica – mais grave entre os animais – prejuízos de produção (U$ 2.2 milhões por ano);
Nos seres humanos o parasitismo é baixo e as lesões hepáticas podem ser provocadas pelo verme adulto ou pelas formas imaturas.
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Formas imaturas: lesões decorrentes da migração do verme jovem pelo parênquima hepático – ação enzimática e alimentação de hepatócitos e sangue – liquefação do tecido – tecido fibroso;
Formas adultas: movimentação do verme no interior do ducto biliar (espinhos), provocando ulceração, irritação, necrose, fibrose – alteração do fluxo biliar.
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Formas imaturas: lesões decorrentes da migração do verme jovem pelo parênquima hepático – ação enzimática e alimentação de hepatócitos e sangue – liquefação do tecido – tecido fibroso;
Formas adultas: movimentação do verme no interior do ducto biliar (espinhos), provocando ulceração, irritação, necrose, fibrose – alteração do fluxo biliar.
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Manifestações Clínicas
	Os sinais e sintomas dependem da fase, da duração da infecção e do número de parasitos, podendo ocorrer,
 Na fase aguda: dor abdominal, febre, vômito, diarréia, urticária, má digestão e absorção, icterícia e hepatomegalia;
 Na fase crônica: sintomas relacionados a obstrução biliar intermitente e inflamação.
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Diagnóstico
Clínico: Limitado e difícil;
Laboratorial: 
Ovos nas fezes, ou na bile – parasitológicos;
Sorológicos: IR, IF, RFC, ELISA – Reações cruzadas.
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Epidemiologia
Originária do continente Europeu – atualmente cosmopolita
 Expansão no Brasil
 1918 primeiro encontro no Rio Grande do Sul
1958 primeiro caso de infecção humana no Mato Grosso
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Epidemiologia
Casos humanos acompanham a distribuição da doença animal:
 Deslocamento dos rebanhos entre os pastos secos e os pastos úmidos (presença do molusco);
 Comércio (caminhões) de animais tem disseminado a doença do Sul para o Norte do País.
Alto potencial biótico do molusco.
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Epidemiologia – Casos humanos acompanham a doença em animais
Distribuição de casos de fasciolose animal
Distribuição de casos humanos de fasciolose
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Distribuição de moluscos do gênero Lymnaea
Epidemiologia
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Epidemiologia
Os fatores mais importantes na epidemiologia da fasciolose compreendem:
 criação extensiva de bovinos e ovinos em áreas úmidas e alagadiças;
 longevidade dos ovos nos pastos durante os meses frios;
 presença de caramujos do gênero Lymnaea nos pastos;
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longevidade da metacercária na vegetação aquática (até um ano);
presença do parasito em animais;
presença de outros reservatórios possíveis disseminadores (roedores);
plantação de agrião em áreas parasitadas;
hábitos alimentares inadequados em regiões positivas (hortaliças e água);
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Zoonose
A incidência na população humana acompanha altas prevalências da doença em animais;
O parasitismo nos animais é muito maior quando comparado à espécie humana;
Maior produção de ovos nos animais quando comparado ao homem - respeitando o número de parasitos.
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Profilaxia
Evitar disseminação;
Destruição dos caramujos
Moluscicidas;
Drenagem de pastagens úmidas ou alagadiças;
Controle de níveis de água de açudes e represas;
Controle biológico com moluscos Solicitoides sp.
Látex da “coroa de Cristo” – Euphorbia splendens.
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Tratamento em massa dos animais;
Isolamento de pastos úmidos (restrição aos animais);
Vacinação dos animais (pesquisas em curso);
Proteção do homem
Ingestão de água tratada e alimentos higienizados;
Cuidados com o cultivo do agrião (contaminação com fezes);
Não consumir agrião de áreas de altas prevalências.
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Tratamento
Bithionol;
Deidroemetina;
Albendazol;
Praziquantel.
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Bibliografia
Guimarães MP. Fasciola hepatica. In: Neves DP [editor]. Parasitologia Humana, 11ª ed. pp 223 – 226. Atheneu, 2005.
SVS. Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde. Detecção de casos humanos de Fasciola hepatica no Estado do Amazonas. Boletim Eletrônico Epidemiológico Ano 5, Nº 5, 28/11/2005. 
Villavicencio A, Vasconcellos MC, 2005. First report of Lymnaea cousini Jousseaume, 1887 naturally infected with Fasciola hepatica (Linnaeus, 1758)(Trematoda: Digenea) in Machachi, Ecuador. Mem Inst Oswaldo Cruz. 100(7): 735-737.
Souza CP, Magalhães KG, Passos LKJ et al, 2002. Aspects of maintenance of the life cycle of Fasciola hepatica in Lymnaea columella in Minas Gerais, Brazil. Mem Inst Oswaldo Cruz 97(3)407-410.

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