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* * * Fasciola hepatica (Lineu 1758) “Baratinha do fígado” Fasciolíase ou Fasciolose * * * Introdução Fasciola hepatica Filo Platyhelminte –Simetria bilateral e corpo achatado dorso-ventralmetne, sistema nervoso centralizado, sistema digestório incompleto e dispondo de sistema excretor, desprovido de sistema esquelético, circulatório e respiratório Classe Trematoda – Corpo não segmentado, ventosas como órgãos de fixação Família Fasciolidae - Hermafrodita Gênero Fasciola * * * FASCIOLOSE Antropozoonose – 2,4 a 17 milhões de pessoas infectadas no mundo; Hospedeiros vertebrados: ovinos, bovinos, caprinos, suínos e outros mamíferos silvestres – Homem é hospedeiro acidental; Hospedeiros invertebrados: Caramujos do gênero Lymnaea * * * No Brasil, foram identificadas quatro espécies pertencentes ao gênero Lymnaea: Lymnaea columella – regiões Sul, Sudeste e Centro – Oeste, AM, BA e PB; Lymnaea viatrix – RS e MG; Lymnaea rupestris – SC; Lymnaea cubensis – RJ. * * * Hospedeiros invertebrados Lymnaea cousini, Equador Conchas de Lymnaea cousini Villavicencio & Vasconcellos, 2005 * * * Morfologia Adultos: 2-4 cm por 1,5cm Ventosa oral e ventosa ventral Tegumento coberto por espinhos 1 ovário, 2 testículos Hábitat: canais biliares dos hospedeiros habituais; * * * Ciclo Biológico * * * Formas evolutivas Rédia e cercária em aumento de 50 X Villavicencio & Vasconcellos, 2005 Ovo Miracídio * * * Ciclo Biológico São condições necessárias à sobrevivência do parasito no ambiente: Temperatura entre 25° e 30° + umidade. Em umidade adequada, as metacercárias podem permanecer até um ano viáveis. * * * Transmissão Ingestão de metacercárias juntamente com água ou alimentos contaminados (verduras). Villavicencio & Vasconcellos, 2005 Metacercária * * * Patogenia Hepatite crônica – mais grave entre os animais – prejuízos de produção (U$ 2.2 milhões por ano); Nos seres humanos o parasitismo é baixo e as lesões hepáticas podem ser provocadas pelo verme adulto ou pelas formas imaturas. * * * Formas imaturas: lesões decorrentes da migração do verme jovem pelo parênquima hepático – ação enzimática e alimentação de hepatócitos e sangue – liquefação do tecido – tecido fibroso; Formas adultas: movimentação do verme no interior do ducto biliar (espinhos), provocando ulceração, irritação, necrose, fibrose – alteração do fluxo biliar. * * * Formas imaturas: lesões decorrentes da migração do verme jovem pelo parênquima hepático – ação enzimática e alimentação de hepatócitos e sangue – liquefação do tecido – tecido fibroso; Formas adultas: movimentação do verme no interior do ducto biliar (espinhos), provocando ulceração, irritação, necrose, fibrose – alteração do fluxo biliar. * * * Manifestações Clínicas Os sinais e sintomas dependem da fase, da duração da infecção e do número de parasitos, podendo ocorrer, Na fase aguda: dor abdominal, febre, vômito, diarréia, urticária, má digestão e absorção, icterícia e hepatomegalia; Na fase crônica: sintomas relacionados a obstrução biliar intermitente e inflamação. * * * Diagnóstico Clínico: Limitado e difícil; Laboratorial: Ovos nas fezes, ou na bile – parasitológicos; Sorológicos: IR, IF, RFC, ELISA – Reações cruzadas. * * * Epidemiologia Originária do continente Europeu – atualmente cosmopolita Expansão no Brasil 1918 primeiro encontro no Rio Grande do Sul 1958 primeiro caso de infecção humana no Mato Grosso * * * Epidemiologia Casos humanos acompanham a distribuição da doença animal: Deslocamento dos rebanhos entre os pastos secos e os pastos úmidos (presença do molusco); Comércio (caminhões) de animais tem disseminado a doença do Sul para o Norte do País. Alto potencial biótico do molusco. * * * Epidemiologia – Casos humanos acompanham a doença em animais Distribuição de casos de fasciolose animal Distribuição de casos humanos de fasciolose * * * Distribuição de moluscos do gênero Lymnaea Epidemiologia * * * Epidemiologia Os fatores mais importantes na epidemiologia da fasciolose compreendem: criação extensiva de bovinos e ovinos em áreas úmidas e alagadiças; longevidade dos ovos nos pastos durante os meses frios; presença de caramujos do gênero Lymnaea nos pastos; * * * longevidade da metacercária na vegetação aquática (até um ano); presença do parasito em animais; presença de outros reservatórios possíveis disseminadores (roedores); plantação de agrião em áreas parasitadas; hábitos alimentares inadequados em regiões positivas (hortaliças e água); * * * Zoonose A incidência na população humana acompanha altas prevalências da doença em animais; O parasitismo nos animais é muito maior quando comparado à espécie humana; Maior produção de ovos nos animais quando comparado ao homem - respeitando o número de parasitos. * * * Profilaxia Evitar disseminação; Destruição dos caramujos Moluscicidas; Drenagem de pastagens úmidas ou alagadiças; Controle de níveis de água de açudes e represas; Controle biológico com moluscos Solicitoides sp. Látex da “coroa de Cristo” – Euphorbia splendens. * * * Tratamento em massa dos animais; Isolamento de pastos úmidos (restrição aos animais); Vacinação dos animais (pesquisas em curso); Proteção do homem Ingestão de água tratada e alimentos higienizados; Cuidados com o cultivo do agrião (contaminação com fezes); Não consumir agrião de áreas de altas prevalências. * * * Tratamento Bithionol; Deidroemetina; Albendazol; Praziquantel. * * * Bibliografia Guimarães MP. Fasciola hepatica. In: Neves DP [editor]. Parasitologia Humana, 11ª ed. pp 223 – 226. Atheneu, 2005. SVS. Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde. Detecção de casos humanos de Fasciola hepatica no Estado do Amazonas. Boletim Eletrônico Epidemiológico Ano 5, Nº 5, 28/11/2005. Villavicencio A, Vasconcellos MC, 2005. First report of Lymnaea cousini Jousseaume, 1887 naturally infected with Fasciola hepatica (Linnaeus, 1758)(Trematoda: Digenea) in Machachi, Ecuador. Mem Inst Oswaldo Cruz. 100(7): 735-737. Souza CP, Magalhães KG, Passos LKJ et al, 2002. Aspects of maintenance of the life cycle of Fasciola hepatica in Lymnaea columella in Minas Gerais, Brazil. Mem Inst Oswaldo Cruz 97(3)407-410.
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