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* FASCIOLÍASE – Fasciola hepatica Descrito em 1758 por Lineu; Popularmente conhecido como “baratinha do fígado”; Parasito de canais biliares de ovinos, bovinos, caprinos, suínos e outros mamíferos silvestres; Encontrado em quase todos os países do mundo, principalmente em áreas alagadiças ou com inundações periódicas; No Brasil, o primeiro encontro foi em 1918 parasitando ovinos e bovinos no Rio Grande do Sul; * Atualmente pode ser encontrado em animais: Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Minas Gerais e Mato Grosso do Sul; O primeiro caso humano ocorreu 1958 em Mato Grosso do Sul ; Todos os casos registrados ocorreram em locais onde a prevalência em animais varia de 10% a 74% de parasitismo; A fasciolíase animal está em expansão no Brasil – alcançou o Vale do Paraíba, chegando ao Mato Grosso e atingindo diversas regiões de Minas Gerais – pode facilitar a infecção em humanos; * MORFOLOGIA Verme adulto: aspecto de folha, mede cerca de 3cm comprimento x 1,5cm largura, coloração pardo-cinzenta * Parasito hermafrodita, apresentando: um ovário, oótipo, útero, glândulas vitelínicas – dois testículos, canal deferente, canal eferente e bolsa do cirro (órgão copulador) Tegumento apresenta coberto por espinhos. * BIOLOGIA Normalmente é encontrada no interior da vesícula e canais biliares mais calibrosos de seus hospedeiros mais comuns; No homem pode ser encontrada principalmente nas vias biliares e alvéolos pulmonares * Metacercária contaminando alimento CICLO BIOLÓGICO - Heteroxênico * TRANSMISSÃO Ingestão de água e verduras contaminadas com metacercárias; PATOGENIA Processo inflamatório crônico de fígado e ductos biliares; Grave em animais pois a migração de formas imaturas pelo fígado causa uma hepatite traumática e hemorrágica; * PATOGENIA ANIMAIS Perda de peso; Diminuição da produção de leite; Morte dos animais; Fêmeas grávidas podem abortar seus fetos HOMEM (verme adulto se alimenta de células hepáticas e sangue) O número de formas presentes não é elevado, mas pode ser observado alterações orgânicas a nível hepático e biliar * 1- No parênquima hepático: a migração de formas imaturas deixa um rastro de parênquima destruído, que é substituído por um tecido conjuntivo fibroso. Essa alteração quando provocada por vários parasitos, lesa também os vasos sanguíneos intra hepáticos, causando necrose parcial ou total dos lóbulos hepáticos; 2 - Nas vias biliares: o verme adulto provoca ulcerações e irritações do endotélio dos ductos. O processo de cicatrização enrijece as paredes dos ductos diminuindo o fluxo biliar, provocando cirrose e insuficiência hepática. PATOGENIA * DIAGNÓSTICO Pesquisa de ovos nas fezes ou na bile – resultado pode ser controverso em função de baixa quantidade de ovos; Métodos imunológicos EPIDEMIOLOGIA Trata-se de uma zoonose, onde a fonte de infecção para o homem são as formas larvárias provenientes de caramujos, infectados por miracídios provenientes de ovos que são expelidos junto com as fezes de ovinos e bovinos ! * Fatores mais importantes para a epidemiologia da fasciolíase são: Criação de animais em pastos úmidas e alagadiços; Conservação dos ovos nos pastos durante os meses frios; Presença de Lymnaea; Longevidade da metacercária na vegetação aquática; Animais parasitados; Presença de roedores que podem disseminar o parasito; Plantação de agrião em regiões parasitadas; Hábito das pessoas comerem agrião ou beberem água proveniente de córregos ou minas em regiões onde há o parasito. * PROFILAXIA Erradicação ou controle dos caramujos; Tratamento em massa dos animais; Isolamento de pastos úmidos. Proteção do homem Beber água filtrada ou fervida; Não plantar agrião em área que possa ser contaminada com fezes de ruminantes; Não consumir agrião de áreas com alta prevalência dessa helmintíase. * TRATAMENTO Atualmente tem sido usado o Albendazole, na dose de 10mg/Kg – entretanto com efeitos colaterais. * * * * * * * * * * * * *
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