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Saneamento 1 e 2

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Histórico - Saneamento 
O HOMEM E A ÁGUA 
 A água é indispensável à vida das comunidades humanas, 
que procuraram sempre instalar-se próximas desse 
precioso recurso. 
 
 
• Desde a Antiguidade o homem aprendeu, pela 
própria experiência, que a água suja, o lixo e 
outros resíduos podiam transmitir doenças e 
começou a adotar medidas para dispor de 
uma água limpa e livrar-se dos detritos. 
 
• Nascia o saneamento básico. 
O QUE É SANEAMENTO 
• Sanear vem do latim sanu: tornar saudável, tornar habitável, higienizar, 
limpar. 
 
• Saneamento é o conjunto de medidas para preservar as condições do meio 
ambiente, prevenir doenças e melhorar as condições de saúde pública. 
 
Saneamento Básico 
• Segundo a Lei 11.445/2007 
• Os sanitaristas são os responsáveis pela localização e combate a 
insetos como os mosquitos da dengue e da malária; aos caramujos 
transmissores da esquistossomose, aos ratos e outros vetores, 
impedindo seu contato com a população 
 O Saneamento Básico busca soluções para 
problemas causados, muitas vezes, pela própria 
ação do homem. 
SANEAMENTO E QUALIDADE DE VIDA 
 
• Saneamento promove a saúde pública 
preventiva. 
 
• Reduz a necessidade de procura aos hospitais 
e postos de saúde, porque elimina a chance de 
contágio por diversas moléstias. 
 
 
• Isto significa que, onde há Saneamento, os 
índices de mortandade - principalmente 
infantil - permanecem nos mais baixos 
patamares. 
 
 
 
• O fornecimento ou não de saneamento básico 
está intimamente relacionado à qualidade de 
vida dos habitantes de uma comunidade e 
portanto à sua longevidade. 
 
Por que o saneamento básico se tornou uma 
questão de saúde pública, no mundo atual? 
• Devido à crescente 
concentração das 
populações humanas nos 
centros urbanos, aliada à 
expansão industrial 
 
• Busca-se medidas 
preventivas para minimizar, 
preservar ou corrigir 
possíveis agravos ao meio 
ambiente e à saúde. 
 
EVOLUÇÃO NO SANEAMENTO BÁSICO 
1990 -2002 
 
 
Tradução da legenda 
 
Verde - 95% ou mais 
Amarelo – em andamento 
Vermelho – sem andamento 
Cinza – dados insuficientes 
 
Fonte: www.unicef.org 
COMO O SANEAMENTO 
BÁSICO COMEÇOU? 
Voltemos ao passado... 
Períodos históricos 
• HISTÓRIA 
• Pré-História 
 
Idade Antiga I. Média I. Moderna I. Contemporânea 
 
• 10 000 a.C. V XV XVIII 2012 
• 4 000 a.C. 
• ----------I------------I_______ 0____________ I_______________I_____________I__________________________???? 
• Revolução Escrita Revolução Revolução 
• Agrícola Comercial Industrial 
 
• BRASIL 
 
• 
• Colônia Império República 
• 
 
• 1500 1822 1889 2012 
• ------------------------------------I_________________I________I__________________ ???. 
• Invasão Inde- República 
• e pendência 
• conquista 
• portuguesa 
 
» ACÚCAR CAFÉ 1930: CRISE DO CAFÉ 
 
» 
 
• Os grupos humanos na Pré-História utilizavam métodos 
simples para recolher as águas das chuvas, dos rios e dos 
lagos 
 
• Mudando-se constantemente, deixavam restos 
de alimentos e dejetos acumulando-se em seus 
abrigos temporários 
• Consumiam apenas o essencial para a sobrevivência e a 
população era pequena. 
• A quantidade de detritos produzida era insuficiente para 
produzir alterações ambientais significativas 
• No período Neolítico, com o desenvolvimento da agricultura surgiram as 
primeiras aldeias 
• a produção de lixo e águas servidas favoreceu a proliferação de ratos e insetos 
e e o início da poluição dos rios. 
• Os primeiros gatos domesticados eram muito úteis para caçar os ratos que 
atacavam os celeiros de grãos. 
 
ABASTECIMENTO DE ÁGUA NA IDADE 
ANTIGA 
• Com o surgimento das cidades, 
na Idade Antiga e o crescimento 
da população foi necessário 
desenvolver projetos de 
engenharia para condução e 
armazenamento de água 
 
• Procurando fontes de água no 
subsolo, foram cavados poços, 
que inicialmente rasos, chegaram 
até 450 m de profundidade, 
como os construídos pelos 
chineses 
• O desenvolvimento do saneamento está sempre 
relacionado ao surgimento e o crescimento das 
cidades, como Babilônia, na antiga 
Mesopotâmia. 
 
• 
Tem-se notícia de que existiam coletores de esgoto em Nippur (Babilônia) desde 
3.750 A.C. 
 
• O primeiro sistema público de abastecimento de água, o aqueduto de Jerwan, foi 
construído na Assíria em 691 A.C. 
 
CANALIZAÇÃO DE ESGOTO - ESHUNNA/BABILÔNIA (IRAQUE) E JOELHO E JUNTA DE 
CANALIZAÇÃO EM CERÂMICA 
 
Uma característica das antigas cidades do vale do rio Indo (2600 a 1900 a.C) , 
como Mohenjo Daro e Harappa era a sofisticação do sistema de encanamento 
pelos quais a água servida corria para dutos ou esgotos centrais. 
 
As ruas eram largas, pavimentadas e drenadas por esgotos cobertos. Esses canais 
de escoamento ficavam cerca de meio metro abaixo do nível do pavimento e, 
geralmente, eram construídos em alvenaria de tijolos com uma argamassa de 
barro. 
 
 
• Área de banho em Mohenjo-Daro ( situada no atual Paquistão) 
• Quase todas as casas nesta cidade eram equipadas com uma área de banho privada, 
com canalização para levar a água suja para o esgoto. 
• Poço público em Harappa 
 
• Havia também banhos públicos, usados para lavar roupas, como é 
comum hoje no Paquistão e na India 
SANEAMENTO BÁSICO NAS CIDADES DO VALE DO INDO 
 
 
 
 
• Os esgotos, mantidos por uma autoridade municipal, 
eram forrados de tijolos e tinham aberturas a 
intervalos regulares para inspeção e manutenção. 
 
• Os cidadãos de Harappa desenvolveram um privilégio 
bastante raro no mundo antigo: água encanada. 
 
• Cada casa dispunha de um banheiro com chão 
pavimentado em declive e de um sistema de 
escoamento de água. A água para o banho era puxada, 
com baldes, de poços revestidos de tijolos de barro 
cozido, e despejadas em pequenos reservatórios e daí 
encaminhadas por curtos encanamentos cerâmicos 
para cair sobre o banhista 
• não existiam banheiras. 
 
• empregavam-se canos de drenagem feitos de 
cerâmica, embutidos e rejuntados com gesso, para que 
não ocorressem vazamentos. 
 
• Sistema de esgotos: Uma fossa coberta do lado de fora 
de cada habitação, comunicava-se com uma rede de 
canais de esgoto, revestidos e cobertos com tijolos, 
que corria ao longo das ruas principais. Em cada 
interseção, havia uma fossa com tampa removível, 
para permitir a limpeza. 
• A civilização minóica se desenvolveu na ilha de Creta, no mar Egeu, entre 2700 a.C. e 1450 a.C. 
• Teve como principal centro a cidade de Cnossos. O termo "minóico" deriva de Minos, título dado ao 
rei de Creta. 
• Em Cnossos, fica o famoso palácio, com seu majestoso terraço, seus pátios inferiores, sua decoração 
mural, seu gigantismo . 
• seu sistema de drenagem foi construído em pedra e terracota, com um coletor ou emissário final das 
águas residuais (águas pluviais e de excreta) que descarregava o efluente a uma distância considerável 
da origem. 
• As precipitações frequentes e intensas na região resultavam na ocorrência cíclica de condições de 
auto-limpeza. 
 
 
CIVILIZAÇÃO EGÉIAOU MINÓICA ( CRETA 2750 a 1450 a.C.) 
• Cnossos foi o primeiro sítio europeu a ter um sistema organizado de 
canalização de água limpa e de esgotos, além de privada com descarga 
• As placas de pedra foram removidas para visualização do sistema de esgoto. 
• Sala de banhos da Rainha no palácio real de Cnossos ( ( 1700 a. C.) 
 
• Havia uma latrina. com um reservatório de água que coletava a água das chuvas para a descarga dos 
resíduos (cerca de 1700 a.C) 
O CONTROLE DAS ÁGUAS ENTRE OS 
EGÍPCIOS 
• Os egípcios dominavam técnicas sofisticadas de irrigação do 
solo na agricultura e métodos de armazenamento de líquido, 
pois dependiam das enchentes do Nilo. 
• Os egípcios costumavam armazenar água em grandes potes de barro durante 
aproximadamente um ano, tempo suficiente para que a sujeira se depositasse no 
fundo do recipiente. 
• Em antigas pinturas egípcias dos séculos XV a XIII A.C. aparecem representações 
de filtragem por sedimentação e uso de sifões, e se especula se utilizavam 
alúmen para remover sólidos suspensos 
DRENAGEM NO ANTIGO EGITO 
• No Médio Império (2100-1700 a. C.) cidade de Kahum, 
construída, por ordem do faraó, segundo um plano 
unificado, tinha a água escoada, através de uma calha de 
pedra de mármore implantada no centro da rua 
 
• Em Tel-el-Amarna, do século XIV a. C. (com sistema de 
drenagem igual ao de Kahum) foram encontrados sinais 
da existência de banheiros em casas mais humildes. 
PURIFICAÇÃO DA ÁGUA NO EXTREMO 
ORIENTE ANTIGO 
 
• Milênios antes de Cristo os chineses e 
japoneses utilizavam filtração por capilaridade 
para obter água limpa: o líquido era passado 
de uma vasilha a outra por meio de tiras de 
tecido, que removiam a sujeira 
 
 
OS GREGOS ANTIGOS E O SANEAMENTO 
BÁSICO 
• O filósofo Empédocles de Agrigento (504-443 a. C.) já havia 
estabelecido uma associação entre pântanos e malária. 
 
• Empédocles livrou de uma epidemia o povo de Selinute, na 
Sicília, desviando dois rios para os pântanos, com o intuito 
de prevenir a estagnação das águas e torná-las saudáveis 
 
• Atenas possuía um sistema de esgotos, o que no entanto 
não a livrou da grande peste que atingiu seus cidadãos em 
430 a. C., durante a Guerra do Peloponeso. 
ROMA ANTIGA E 
O SANEAMENTO 
BÁSICO 
• Roma foi fundada em torno de um forte no topo de uma colina, porém em torno de 600 a. C., a 
expansão da área urbana exigiu que o vale pantanoso ao pé da colina fosse drenado, produzindo uma 
área plana e seca que iria se tornar o fórum romano. 
 
• Desenvolveu-se ali uma cidade-mercado, que alcançou a população de cerca de um milhão de 
habitantes no início da era cristã. 
 
• A cidade, no período imperial era abastecida por onze aquedutos, porém água canalizada era um 
privilégio de poucos e a maioria dos cidadãos abastecia-se em fontes públicas, como a mostrada 
acima. 
 
• Havia extensos esgotos, de construção esplêndida (alguns tão grandes que neles se podia passar com 
uma carroça puxada por um cavalo), mas se conectavam apenas com o sistema público de drenagem e 
não com as casas particulares. 
AQUEDUTO DE 
SEGÓVIA NA 
ESPANHA 
 
• As construções destinadas ao transporte de água, chamadas de aquedutos, eram 
grandiosas e abasteciam as fontes públicas, dezenas de termas ( ou banhos 
públicos) além de suprir os lagos e fontes e artificiais nas residências dos ricos. 
 
• Os grandes aquedutos romanos foram construídos em várias partes do mundo, a 
partir de 312 A.C. 
 
AQUEDUTO ROMANO DE PONT DU GARD 
( NÎMES – FRANÇA) 
 
• A Cloaca Máxima é uma das mais 
antigas redes de esgotos do mundo. 
 
• construída nos finais do século VI 
a.C. pelos últimos reis de Roma, 
com base na engenharia etrusca, 
com a finalidade de drenar as 
águas residuais e o lixo, para o rio 
Tibre. 
 
• o sistema original era um canal a 
céu aberto que seria 
progressivamente coberto devido às 
exigências do espaço do centro 
citadino. 
 
• A Cloaca Máxima foi mantida em 
bom estado durante toda a idade 
imperial. 
• CLOACA MÁXIMA 
• ( ~ 500 a. C.) 
observar, ao lado, o detalhe 
do arco de sustentação do 
teto e os degraus inferiores 
para inspeção 
• As termas eram construções sofisticadas com piscinas de água 
quente, morna ou fria, ao lado de salas para a prática de esportes e 
massagem. 
• As Termas de Caracala foram construídas entre 212 e 217 durante o 
governo do imperador Caracala. Podiam acolher mais de 1.500 
pessoas num edifício que media 337 metros por 328. 
BANHOS ROMANOS 
EM BATH 
(INGLATERRA) 
 
• Os banhos públicos podiam ter diversas finalidades, entre as quais a higiene corporal e a terapia pela 
água com propriedades medicinais; 
• Os banhos eram pontos de encontro da vida das cidades do Império Romano. 
• Por volta de 300 d.C. existiam em Roma mais de 300 banhos públicos e consumiam-se cerca de 3 
milhões de litros de água por dia. 
• em geral as manhãs eram reservadas às mulheres e as tardes aos homens. 
 Ruínas de uma latrina pública do período romano em Éfeso na Turquia 
( séc. I d.C) 
Em 315 depois de Cristo havia 144 latrinas públicas em Roma 
Engenharia e saneamento na Roma Antiga 
 
• O arquiteto e engenheiro, Marco Vitrúvio Pólio (c. 
70-25 a. C.), em seu livro De Architectura, acentuou a 
importância de se determinar a salubridade de um 
sítio e oferece indicações precisas para a seleção de 
lugares apropriados à fundação de cidades e à 
construção de prédios. 
 
• também, deu muita atenção à posição, à orientação 
e ao sistema de drenagem das moradias 
OS QUÍCHUAS DO PERU E O SANEAMENTO 
• Na América do Sul, impressionantes ruínas de sistemas de esgotos e de banhos atestam as 
façanhas dos quíchuas em engenharia sanitária. 
 
• Essa civilização que se desenvolveu entre os séculos XIII e XVI na região do atual Peru e 
Equador, ergueu cidades drenadas e com suprimento de água, garantindo assim, um 
terreno seguro para a saúde da comunidade. 
 
• Os quíchuas construíram ainda numerosos sistemas de canalização para irrigação, 
principalmente nas terras áridas da costa do Peru. 
 
SANEAMENTO 
NAS CIDADES 
MEDIEVAIS 
• As cidades medievais consistiam num amontoado de edifícios num 
labirinto de ruas estreitas. 
• Eram pequenas, densamente povoadas, barulhentas e sujas. 
• A maioria de suas ruas não tinha pavimentação e tampouco obras 
de drenagem, e recebia toda sorte de refugos e imundície. 
 
• O povo vivia na rua, amontoava-se entre 
as galinhas, os monturos e as centenas de 
cães e gatos que faziam o 
“aproveitamento” dos restos que 
encontravam. 
 
• homens da Igreja como São Jerônimo 
[343-420] não viam razões válidas para um 
cristão tomar banho depois do batismo. 
 
• Este preconceito teológico em relação aos 
cuidados de higiene corporal vai ter 
conseqüências nefastas na saúde da 
população européia. 
 
 
• Na maioria dos conventos e monastérios 
da Europa medieval, o banho era 
praticado duas ou três vezes ao ano, em 
geral às vésperas de festas religiosas como 
a Páscoa e o Natal. 
• Na Idade Média, as pessoas costumavam atirar 
os excrementos nas ruas, às vezes atingindo os 
passantes. 
Detalhe de um quadro de Peter 
Brueghel mostra um homem rico 
perto de um anexo que despeja os 
dejetos direto no rio 
 O BANHO NA IDADE MÉDIA 
 
• Durante a Idade Média, a maioria se casava no 
mês de junho (início do verão, para eles), porque, 
como tomavam o primeiro banho do ano em 
maio, em junho o cheiro ainda estava mais ou 
menos suportável. 
 
Entretanto, como já começavam a exalar alguns 
"odores", as noivas tinham o costume de carregar 
buquês de flores junto ao corpo, para disfarçar. Daí 
termos em maio o "mês das noivas" e a origem do 
buquê explicadas. 
 
Os banhos eram tomados numa única tina, 
enorme, cheia de água quente. O chefe da família 
tinha o privilégio do primeiro banho na água 
limpa. 
 
Depois, sem trocar a água, vinham os outros 
homens da casa, por ordem de idade, as 
mulheres, também poridade e, por fim, as 
crianças. Os bebês eram os últimos a tomar 
banho. 
 
Quando chegava a vez deles, a água da tina já 
estava tão suja que era possível perder um bebê lá 
dentro. É por isso que existe a expressão em inglês 
"don't throw the baby out with the bath water", 
ou seja, literalmente "não jogue fora o bebê junto 
com a água do banho", que hoje usamos para os 
mais apressadinhos... 
 
 
Ilustração medieval de de um banho com refeição 
1494-95 
• Á esquerda, 
ilustração medieval 
de um grande 
banho comunitário 
com farra 
gastronômica, 
numa casa de 
prostituição 
IDADE MÉDIA 
PRIVADA INTERNA EM HAME 
CASTLE, FINLÂNDIA. 
 
• Somente pessoas 
privilegiadas como o capelão 
do castelo, tinham acesso a 
essa privada com tampa de 
madeira, que é a única do 
edifício 
• Anexos para privadas no Castelo de Olavinlinna na Finlândia – séculos XV e XVI. 
• Anexas às paredes estão as privadas, feitas de pedra com assentos de madeira. 
Uma velha anedota as descreve como as primeiras privadas a água da Finlândia , 
porque estavam acima da água e a altura era grande, cerca de 20 metros. 
 
O FLAUTISTA DE HAMLIN Alemanha 
• Essa lenda faz alusão 
às epidemias de 
peste que 
frequentemente 
assolavam as cidades 
medievais devido à 
falta de higiene e aos 
ratos. 
A PESTE 
NEGRA 
SÉC. XIV 
• 
Nos porões dos navios de comércio, que vinham do Oriente, entre os anos de 1346 e 1352, 
chegavam milhares de ratos. Estes roedores encontraram nas cidades européias um 
ambiente favorável, pois estas possuíam condições precárias de higiene. 
• Estes ratos estavam contaminados com a bactéria Pasteurella Pestis. E as pulgas destes 
roedores transmitiam a bactéria aos homens através da picada. 
• Após adquirir a doença, a pessoa começava a apresentar vários sintomas: primeiro 
apareciam nas axilas, virilhas e pescoço vários bubos (bolhas) de pus e sangue. Em seguida, 
vinham os vômitos e febre alta. 
• não havia cura para a doença e a medicina era pouco desenvolvida. 
• a doença fez tantas vítimas que faltavam caixões e espaços nos cemitérios para enterrar 
os mortos. Os doentes eram, muitas vezes, abandonados, pela própria família, nas 
florestas ou em locais afastados. 
A PESTE 
NEGRA 
 
• O regresso dos cruzados igualmente contribuiu para a introdução de muitas doenças 
transmissíveis, até então desconhecidas na Europa, e que se transformaram em terríveis 
epidemias. 
 
• Estima-se que somente a peste negra vitimou cerca de 25 a 30 milhões de pessoas (entre 
um terço a um quarto da população do Ocidente) em meados do Séc. XIV. 
 
• A peste negra está admiravelmente retratada em quadros de Pieter Brueghel, o Velho 
(1525-1569) e em particular em O triunfo da morte (1556, Museu do Prado, Madrid). 
IDADE MODERNA 
• Nesse período as preocupações com 
saúde pública como conhecemos hoje 
tiveram maior desenvolvimento. 
 
• Entre o século XVI e meados do século 
XVIII generalizou-se a pavimentação das 
ruas e construção de obras de canais de 
drenagem onde escoavam os refugos 
indesejáveis das ruas em direção aos rios 
e lagos. 
 
• O uso desse método produzia maus 
odores, além do que as provisões de água 
tornavam-se perigosamente poluídas. 
• 
Dizia-se que os canais de Antuérpia matavam até 
mesmo os cavalos que bebiam sua água. 
 
 Os poços e fontes se contaminavam com 
infiltrações oriundas das fossas e dos cemitérios. 
 
 
A HIGIENE CORPORAL 
na Idade Moderna 
• Ainda para a maior parte das pessoas a higiene mínima era feita com jarras e bacias domésticas 
• nos Séculos XVI e XVII, considerava-se que a água era capaz de se infiltrar no corpo e supunha-se que a água 
quente, especialmente, fragilizasse os órgãos, abrindo os poros para os ares malignos. 
• Durante o século XVII os banhos continuaram a ser olhados como algo perigoso e desaconselhado a pessoas 
doentes. 
• Nesta época, para disfarçar o cheiro, as classes altas começaram a importar e a usar perfumes. A indústria 
cosmética teve um enorme avanço! 
• No suntuoso Palácio de Versalhes, um decreto de 1715, baixado pouco antes da morte do rei Luís XIV, estipulava 
que as fezes seriam retiradas dos corredores uma vez por semana – do que se deduz que o recolhimento era ainda 
mais esparso antes. Versalhes não tinha banheiros, mas contava com um quarto de banho equipado com uma 
banheira de mármore encomendada pelo próprio Luís XIV – objeto que serviria apenas à ostentação, caindo no 
mais absoluto desuso 
• A maior parte das pessoas utilizava-se de urinóis para as suas necessidades fisiológicas. 
 
 
EVOLUÇÃO DO VASO 
SANITÁRIO 
 
• 2500AC: Mohenjo Daro –havia um sistema altamente 
desenvolvido de drenagem em que a água servida de cada 
casa fluía para o canal principal. 
 
• 1000 a.C: ilha de Bahrein no Golfo Pérsico : privada com 
fluxo de água. 
 
• 69 d.C.: Imperador romano Vespasiano, pela primeira vez 
cobra taxa para uso de banheiro público 
 
• 1596 JD Harrington inventa o W.C. 
 
• .1668 : se torna obrigatória a construção de vasos sanitários 
em todas casas de Paris. 
 
• 1824 : primeiro banheiro público em Paris. 
 
• 1883 : primeiro vaso sanitário de cerâmica, feito para a 
Rainha Vitória. 
 
• 1889 : primeiro tratamento de esgoto no mundo. 
 
• 1980 : instalação de banheiro público com controle 
automático. 
 
 
CURIOSIDADE... 
 
Os reis Luís XIII e XIV 
costumavam dar audiência 
enquanto estavam usando o 
vaso sanitário. 
 
• Daí a conhecida expressão: 
“sentado no trono”. 
O SANEAMENTO 
NA SOCIEDADE 
INDUSTRIAL 
• Com o desenvolvimento industrial, a partir de meados 
do séc. XVIII, houve grande êxodo rural e as populações 
concentraram-se nas cidades 
• As condições de vida nas cidades da Inglaterra, França, Bélgica e Alemanha eram 
terríveis. 
• As moradias eram superlotadas e sem as mínimas condições de higiene 
• Os detritos eram acumulados em recipientes, de onde eram transferidos para 
reservatórios públicos mensalmente 
SÉCULO XIX 
• No início do XIX, as condições de vida 
urbana começaram a melhorar. 
 
• Houve a introdução gradual das bombas 
a vapor e canos de ferro. 
 
• A generalização do sistema de 
drenagem por carreamento pela água 
logo originou mais problemas: as fossas 
raramente eram limpas e seu conteúdo 
se infiltrava pelo solo, saturando 
grandes áreas do terreno e poluindo 
fontes e poços usados para o 
suprimento de água. 
 
• Como esses canais de esgotamento se 
destinavam a carrear água de chuva, os 
rios de cidades maiores se 
transformaram em esgotos a céu aberto 
 
• O suprimento de água e limpeza de ruas não acompanharam a expansão urbana. 
• Ao mesmo tempo a proliferação das indústrias que lançavam seus resíduos nas águas 
agravava a poluição ambiental 
• Houve a volta, então de graves epidemias, sobretudo do cólera ( Londres, 1831-32, 1848-
49, 1854 e 1857)e febre tifóide, transmitidos pela água contaminada 
• A mortalidade era agravada pelas péssimas condições de vida e trabalho da classe operária 
• Diante da gravidade da situação, os governos passaram a investir muitos 
recursos em pesquisa e na área médica. 
• Pasteur e outros cientistas descobriram que doenças infecciosas eram causadas 
por microorganismos patogênicos 
• A partir daí foi possível entender os processos de transmissão de doenças 
através da água e de outros meios contaminados 
Bactéria Escherichia coli 
 
PROGRESSOS NO SANEAMENTO SÉCULO XIX 
 
• as autoridades perceberam uma clara conexão entre a 
sujeira e a doença nas cidades. 
• Os engenheiros hidráulicos (1842) propuseram, então, a 
reforma radical do sistema sanitário, separando 
rigorosamente a água potável da água servida 
• as valas de esgotos a céu aberto seriam substituídas por 
encanamentos subterrâneos construídos com manilhas de 
cerâmica cozida. 
OS ESGOTOS 
DE PARIS 
 
• Os esgotos transportavam as águas servidas em Paris desde o século XIII quando as ruasda cidade 
foram pavimentadas e canais foram construídos por ordem de Felipe Augusto, rei da França de 1180 
a 1223. 
 
• Esgotos cobertos foram introduzidos durante o governo de Napoleão Bonaparte 
 
• Após a grande epidemia de cólera de 1832, se iniciou uma política de saneamento básico. 
 
• 1854 -Eugène Belgrand sob estímulo do prefeito Haussmann, constrói uma grande rede de esgotos, 
que conta hoje com mais 2.300 km de extensão. 
O SURGIMENTO DA SAÚDE PÚBLICA 
Londres- Inglaterra 
• 1848 -primeira Lei de Saúde Pública da 
Grã-Bretanha . 
 
• 1859 início da limpeza geral das 
canalizações de esgotos da capital 
 
• 1875- 133 quilômetros de coletores 
novos de esgotos percorriam o subsolo 
de Londres, recolhendo dejetos em uma 
área de cerca de 260 quilômetros 
quadrados 
 
• O exemplo seria seguido por outras 
cidades industriais da Inglaterra e de 
outros países do continente europeu e 
americano. 
O CONCRETO 
ARMADO NO 
SANEAMENTO 
BÁSICO 
• 1866 – divulgação do uso do concreto armado como material de construção por Joseph 
Monier 
• generalização do uso do material para a construção de reservatórios e encanamentos e 
canais 
• vantagens do concreto armado: segurança , durabilidade, rapidez de execução, economia 
de conservação, impermeabilidade e resistência a choques e vibrações. 
• Concreto possibilitou desenvolvimento das obras de drenagem, facilitando a construção de 
lajes de cobertura e o emprego de tubos pré-moldados para construção das galerias. 
 
 
SANEAMENTO BÁSICO 
NOS EUA 
• 1857 - concepção inicial de 
sistemas de esgoto pelo 
engenheiro civil J.W. Adams, que 
projetou os esgotos de Brooklyn, 
Nova Iorque 
 
• 1873-formação do 
Departamento de Saúde 
Nacional, precursor do Serviço 
de Saúde Pública Norte-
Americano. 
 
• 1889- as maiores cidades 
americanas estavam com linhas 
de esgoto em funcionamento. 
• Foi só no século XIX, com a propagação da água 
encanada e do esgoto e com o desenvolvimento 
de uma nova indústria da higiene – 
principalmente nos Estados Unidos – que o banho 
foi reabilitado. 
 
• O sabão, conhecido desde a Antiguidade, mas por 
muito tempo considerado um produto de luxo, foi 
industrializado e popularizado. 
 
• Em 1877, a Scott Paper, companhia americana 
pioneira na fabricação de papel higiênico, 
começou vender seu produto em rolos, formato 
que se mostra até hoje insuperado. 
 
• O século XX prosseguiria com a expansão da 
higiene. 
 
• Os desodorantes modernos datam de 1907 e a 
primeira escova de dentes plástica é dos anos 50. 
NOVOS HÁBITOS DE HIGIENE A PARTIR SÉCULO XIX 
LEMBRETE... 
• É importante ressaltar que, em todas as 
épocas e em todos os lugares, o saneamento 
básico concentrou-se nas zonas urbanas e no 
atendimento das camadas privilegiadas. 
• A democratização do acesso ao saneamento 
é fenômeno recente e restrito 
geograficamente. 
SANEAMENTO BÁSICO NO MUNDO ATUAL 
• No século XX o desenvolvimento da ciência e da tecnologia 
permitiu que fontes contaminadas se tornassem potáveis após 
tratamento. 
 
UMA VISÃO FANTÁSTICA: UM SISTEMA DE 
SANEAMENTO BÁSICO NO JAPÃO HOJE 
AS PERSPECTIVAS : UM PLANETA ESGOTADO... 
• A humanidade levou quase 200 mil anos para atingir a marca de 1 bilhão e 500 milhões de 
pessoas 
• Em apenas um século ( o XX) a população mundial quadruplicou, tendo atingido a marca 
de 6 bilhões de pessoas no ano 2000. 
• Daí a imensa pressão sobre os recursos naturais, a grande produção de lixo e águas 
contaminadas. 
• Urge encontrar soluções para a questão ambiental. 
 
 
O LIXO 
PRODUZIDO NO 
MUNDO 
• A produção mundial de lixo é de 400 milhões de 
toneladas por ano, aproximadamente. 
• Como é possível sanear um ambiente que sofre 
tamanho impacto? 
• Este é o desafio para todos nós! 
 
 
COMO FOI A EVOLUÇÃO DO SANEAMENTO 
BÁSICO NO BRASIL? 
 Colônia Império República 
 
-------------1500____________________1822___________________1889______________2008 ???? 
Invasão e conquista Proclamação Proclamação 
 portuguesa da da 
 Independência República 
 
 
 
 ACÚCAR CAFÉ 1930: CRISE DO CAFÉ 
 -início da industrialização 
 - urbanização 
 
 
 
 
 
 
 
 
BRASIL 
 
SANEAMENTO NO BRASIL 
• As comunidades indígenas já se 
preocupavam com o saneamento 
 
• Para o seu consumo, os indígenas 
armazenavam a água em talhas de barro 
e argila ou até mesmo em caçambas de 
pedra 
 
• Com os dejetos, também havia um 
cuidado especial, haja vista que 
delimitavam áreas usadas para as 
necessidades fisiológicas e para 
disposição de detritos 
SANEAMENTO NO BRASIL 
1ª fase – Período Colonial 
• No Brasil, a história do saneamento 
básico também se confunde com a 
formação das cidades. 
 
• o abastecimento de água era feito 
através de coleta em bicas e fontes, 
nos povoados que então se 
formavam 
 
 
• As ações de saneamento se 
resumiam à drenagem dos terrenos 
e à instalação de chafarizes em 
algumas cidades 
 
• Arcos da Lapa, no Rio de Janeiro 
• Primeiro aqueduto construído no Brasil, em 1723 
O SANEAMENTO NO PERÍODO JOANINO 
• A vinda da corte portuguesa em 1808 e a abertura dos portos em 1810 geraram 
grandes impactos no país, em especial no Rio de Janeiro. 
• em menos de duas décadas, sua população duplicou, alcançando 
aproximadamente 100.000 habitantes em 1822 a 135.000 em 1840 
O RIO DE JANEIRO NA ÉP0CA 
DE D. JOÃO 
• Entretanto, a evolução da higiene não 
acompanhou o aumento populacional e o 
progresso material e econômico da cidade. 
 
• As instalações sanitárias das casas ficavam 
localizadas nos fundos e os despejos eram 
recolhidos em barris especiais. Quando 
ficavam cheios, após vários dias de utilização, 
acarretando mau cheiro e infectados, eram 
transportados pelos escravos, apelidados de 
“tigres” e despejados na atual Praça da 
República ou na beira-mar, onde eram lavados 
. 
 
 
INOVAÇÕES DO PERÍODO JOANINO 
 
• Foram criadas leis que fiscalizavam 
os portos e evitavam a entrada de 
navios com pessoas doentes 
 
• Foi instalada uma rede de coleta para 
escoamento das águas das chuvas no 
Rio de Janeiro, mas atendia apenas 
às áreas da cidade onde morava a 
aristocracia 
Na época do Império os escravos eram encarregados de transportar água 
dos chafarizes públicos até as residências, como mostra a pintura de 
Rugendas 
ABASTECIMENTO DE ÁGUA NO RIO DE 
JANEIRO 
• No ano de 1840, foi fundada uma 
empresa para explorar os serviços de 
pipas de água, transportadas por 
uma frota de carroças de duas 
rodas,puxadas por burros. 
 
• Com o rápido crescimento da 
cidade,viu-se a necessidade de se 
implementar melhorias nos sistemas 
de abastecimento de água. O 
produto passaria a ser 
comercializado, deixando de ser um 
bem natural para se tornar uma 
mercadoria. 
 
SANEAMENTO: QUESTÃO DE SAÚDE 
PÚBLICA 
• Com o crescimento da 
cidade a situação sanitária 
do Rio de Janeiro se tornava 
cada vez mais precária. 
 
• Entre 1830 a 1851, houve 
nada menos do que vinte e 
três epidemias letais na 
Cidade, principalmente de 
febre amarela 
SANEAMENTO NO BRASIL- 2ª FASE 
 meados do século XIX início do século XX 
• se inicia a organização dos serviços 
de saneamento básico 
• as províncias entregam as concessões 
a companhia estrangeiras, 
principalmente inglesas 
 Na cidade de Campinas, Estado de São Paulo no ano de 1875, uma proposta do 
engenheiro Jorge Harrat venceu a concorrência aberta para construir e abastecer 
chafarizes no centro da cidade. A água, gratuita para a população, vinha das nascentes do 
córrego Tanquinho, que se localizam sob a quadra formadapelas avenidas Francisco 
Glicério e Aquidabã e as ruas Regente Feijó e Uruguaiana, seguindo em tubos de ferro 
fundido até os chafarizes. A obra demorou 18 meses para ser concluída e custou 27 contos 
de réis. 
EXTENSÃO DO SANEAMENTO ÀS 
MAIORES CAPITAIS 
• 1857 - 1877, o governo de São Paulo, após a assinatura de 
contrato com a empresa Achilles Martin D'Éstudens, constrói 
o primeiro sistema Cantareira de abastecimento de água 
encanada. 
 
• 1861- Porto Alegre (RS) sistema instalado 
 
• 1876- Rio de Janeiro utiliza o Decantador Dortmund é 
pioneira na inauguração em nível mundial de uma Estação 
de Tratamento de Água (ETA), com seis Filtros Rápidos de 
Pressão Ar/Água. 
 
SANEAMENTO NO BRASIL- 3ª FASE 
início século XX 
 
• Se começa a se pensar em saneamento básico para as cidades, isto é, 
num plano para levar toda água suja por meio de canos para um lugar 
onde ela pudesse ser tratada. 
 
• Isso é decorrência da insatisfação geral da população em função da 
péssima qualidade dos serviços prestados pelas empresas estrangeiras 
 
• Ocorre então a estatização dos serviços 
 
• Neste período começa-se a vincular o Saneamento a seus recursos. 
 
COMBATE ÀS 
EPIDEMIAS 
• No final do séc. XIX e início do XX, o Brasil 
era conhecido no exterior por ser um local 
onde proliferavam epidemias de febre 
amarela, varíola e peste bubônica. 
 
• As cidades constituíam viveiros de ratos, 
pernilongos e outros vetores de doenças 
MOSQUITO TRANSMISSOR DA FEBRE 
AMARELA 
COMBATE À FEBRE AMARELA 
• Devido à gravidade da 
situação, o médico Emílio 
Ribas ( 1862-1925) 
realizou uma campanha 
de combate à febre 
amarela em São Paulo, 
atacando os focos de 
mosquitos transmissores 
da doença 
• Baseado no sucesso de Ribas, Osvaldo Cruz ( 1872- 1917) , iniciou em 1903, no Rio de 
Janeiro, uma luta para erradicar essas epidemias. 
 
• Oswaldo Cruz era médico especializado em saúde pública. 
 
• Em 1903, foi escolhido pelo governo federal para o cargo de Diretor de Saúde Pública. 
A REVOLTA DA 
VACINA 
1904 
RJ 
• A charge acima ilustra a revolta da população contra Oswaldo Cruz 
• A vacinação era feita pela brigada sanitária, que era uma comissão de empregados da área 
de saúde preparados para executar esse serviço. Eles entravam na casa das pessoas e 
vacinavam todos que lá estivessem, uma forma de agir que indignou a população. 
• A oposição política, ao sentir a insatisfação popular, tratou de canalizá-la para um plano 
arquitetado tempos antes: a derrubada do presidente da República Rodrigues Alves. 
• O governo reagiu e o saldo foi 30 mortos, 110 feridos, cerca de 1000 detidos e centenas de 
deportados 
SATURNINO DE BRITO 
patrono da engenharia sanitária no 
Brasil 
• Entre os inúmeros sanitaristas brasileiros, destaca-se o engenheiro Saturnino de Brito ( 1864- 1929) . 
 
• Em 1930 todas as capitais possuíam sistemas de distribuição de água e coleta de esgotos, graças, em 
parte, a seus esforços. 
 
• Um de seus projetos é a rede de canais de drenagem de Santos, iniciada em 1907, construída para 
secar terras encharcadas onde proliferavam transmissores da febre amarela. 
BELO HORIZONTE: 
planejamento e saneamento 
• Um marco na engenharia 
urbana nacional foi a 
inauguração da cidade de Belo 
Horizonte (1897) 
 
• planejada para ser a capital do 
estado mineiro, foi servida 
com sistema de água e 
esgotos projetado por 
Saturnino de Brito 
INOVAÇÕES NO SANEAMENTO BÁSICO NO 
BRASIL 
SÉCULO XX 
• 1912- adoção do sistema separador 
absoluto : sistemas de esgotos 
sanitários passaram a ser 
obrigatoriamente projetados e 
construídos independentemente dos 
sistemas de drenagem pluvial 
 
 
• generalização do emprego de tubos 
de concreto 
 
 
• a drenagem torna-se um elemento 
obrigatório dos projetos de 
urbanização. 
 
BOMBA DE ESGOTO PLUVIAL 
SANEAMENTO NO BRASIL- 4ª FASE 
 a partir dos anos 40 – século XX 
 
• Corresponde, grosso modo, ao Período Vargas no 
Brasil, com maior intervenção do Estado na economia 
 
• Aumento do êxodo rural em direção aos grandes 
centros industriais do Sudeste como São Paulo 
 
• Aumento da demanda por serviços de saneamento. 
 
• Se inicia a comercialização dos serviços. 
 
• Surgem autarquias e mecanismos de financiamento 
para abastecimento de água 
 
• setor de saneamento básico é gradativamente 
separado da saúde pública. 
 
• criada a Inspetoria de Águas e Esgotos 
• Maiores investimento do IAE, na capital (RJ),em 
especial nos bairros de classe alta e zonas industriais. 
 
 
 
 
Setor Saneamento 
Breve histórico do saneamento no Brasil 
 Período colonial: quase ausência do Estado 
 Meados do sec. XIX 
 organizados os primeiros serviços de saneamento 
 política de concessão dos serviços à iniciativa privada, estrangeira 
 Início sec. XX: encampação pelo Estado das concessões privadas 
 Até 1950 : crescente centralização e de administração direta dos serviços 
(era Vargas). 
 1942 - Sesp - Serviço Especial de Saúde Pública 
 associado ao governo americano 
 região amazônica e o Vale do Rio Doce 
 controle de epidemias - ações de saneamento (abastecimento de água e 
esgotamento sanitário) e ações de atenção básica à saúde. 
Breve histórico do saneamento no Brasil 
 1950-1970 
 busca por maior autonomia serviços e de novos mecanismos de 
financiamento 
 primeiras experiências de administração indireta dos serviços: 
sociedades de economia (SEM) e autarquias municipais (Serviços 
Autônomos de Água e Esgotos) → busca de auto-sustentação dos 
serviços (tarifação adequada). 
 
 1952 – SAAE de Governador Valadares (1º do Brasil) – 10 mil hab. 
 1953 – Baixo Guandu – ES (Fluoretação) 
 1955 - SAAE de Itabira 
 1957 - SAAE de Linhares 
 1967 - SAAE de Colatina (Sanear) 
 
 1960 – SESP – FSESP 
 MS 
 1971-1985 : PLANASA – PLANO NACIONAL DE SANEAMENTO 
 autonomia dos serviços 
 auto-sustentação tarifária 
 financiamento com recursos retornáveis 
 Companhias Estaduais de Saneamento (CESB) 
 economia de escala → subsídio cruzado → tarifa única no 
estado 
 fontes de recursos e órgão executor - FGTS/BNHc 
Breve histórico do saneamento no Brasil 
 reconhecidos avanços na cobertura dos serviços de água 
 modelo centralizado(r) (cultura autoritária) → encampação dos Serviços 
Municipais 
 abundância de recursos → forte endividamento das empresas → ‘realismo 
tarifário’ (‘auto-sustentação a qualquer custo’) 
 Década de 80 (‘década perdida’) → extinção do PLANASA e do BNH 
(1985) → década de 90 (‘vazio / dança institucional’) 
Breve histórico do saneamento no Brasil 
 1986 – 2000 
 fontes de recursos e órgão executor - FGTS/CEF 
 repasses de forma descontinuada 
 forte viés privatista 
 1990 – Extinta a FSESP 
 1991 – FUNASA 
PLANASA 
 Lei 8.897 / 1995 : dispõe sobre o regime de concessão e 
permissão da prestação de serviços públicos 
 
 Lei 9.074 /1995: estabelece normas para outorga e prorrogação 
das concessões e permissões de serviços públicos) 
Ministério das Cidades (2002) 
2003: retomada investimentos (FGTS) 
Lei 11.445 / 2007 : estabelece diretrizes nacionais para o saneamento 
básico 
Breve histórico do saneamento no Brasil 
Atual arranjo institucional 
Secretaria 
Executiva 
Conselho 
Nacional das 
Cidades 
Secretaria 
Nacional 
de Habitação 
Secretaria 
Nacional de 
Saneamento Ambiental 
Secretaria 
 Nacional de 
Transporte Urbano 
Secretaria 
 Nacional de 
Programas Urbanos 
Ministério das Cidades 
Atual arranjo institucional 
Órgão coordenador da política nacional de saneamento 
ambiental e gestor dos recursos no âmbito do Ministério das 
Cidades. 
Câmara de Saneamento 
Ambiental do Conselho 
Nacional das Cidades 
Diretoria de 
Água e 
Esgotos 
Diretoria de 
Resíduos Sólidos 
e Drenagem Urbana 
Diretoria de 
Desenvolvimento 
e Cooperação Técnica 
Diretoria de 
Relações 
InstitucionaisSecretaria Nacional 
de Saneamento Ambiental 
 Prestação regionalizada (um único prestador do serviço para vários 
Municípios, contíguos ou não) 
 Estadual (Companhias Estaduais de Saneamento) – empresas de economia 
mista 
 Microrregional 
 Municipal 
 administração direta (Secretarias, Departamentos, etc). 
 administração indireta 
• autarquias 
• empresas públicas 
• empresas economia mista 
 Iniciativa privada 
Modelos de gestão

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