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Tratamento Preliminar Tratamento Preliminar • Objetivo – remover sólidos grosseiros, areia, gordura – proteger bombas, tubulações, evitar abrasões, entupimentos, facilitar transporte líquido • Remoção por mecanismos físicos • Remoção de sólidos grosseiros (> 1 cm) – Grades • espaçamento entre barras 3 a 100 mm • verticais ou inclinadas • limpeza manual ou mecânica – Peneiras • espaçamento: 0,25 a 6 mm • sólidos finos ou fibrosos • estáticas ou móveis • fluxo tangencial ou axial Tratamento Preliminar – Sólidos retidos • quantidade ƒ(espaçamento entre barras) • remoção para evitar represamento no canal a montante, aumento excessivo de velocidade entre barras • tratamento – lavagem, secagem , adição de cal • destino – aterro, incineração Características típicas de grades Tipo Espaçamento, mm Espessura barras, mm Material retido, L/1.000m3 Grosseira 40-100 10; 13 3-9 Média 20-40 8,10 9-38 Fina 10-20 6,5; 8;10 38-50 Ultrafina 3-10 - - Grades Peneiras Gradeamento • Escolha do equipamento – localização – área para unidade e para circulação para remoção e transporte de material – vazão do afluente Q • canal > 3m para limpeza mecânica • Vazão de projeto = Qmax • Velocidade de passagem através da grade, v – vmax =1,2 a 1,4 m/s – vmed = 0,6 a 1,0 m/s • Área útil, Au = Qmax/vmax • Eficiência, E = a/(a + t) – a = espaçamento entre barras, mm – t = espessura das barras, mm a Remoção de areia • Caixa de areia ou desarenador • Classificação – separação – gravidade / centrifugação – remoção de areia – manual / mecanizada – fundo – plano / inclinado / cônico • Tipos – horizontal • vh = 0,2 a 0,4 m/s • TDH = 45 a 90 s – aerado – eficiência remoção e lavagem, minimizando remoção Morg. • TDH = 2 a 5 min • ar = 0,15 a 0,45 m3/m.min Remoção de areia • Areia retirada – disposição: lavagem aterro – quantidade • 0,002 a 0,004 L areia / m3 esgoto • ~30% sólidos voláteis • 20 a 30 % umidade • Dispositivo de separação – controle de velocidade horizontal (vh) para remover partículas desejadas: – diâmetro limite ≥ 0,2 mm – s/ H2O = 2,65 – vs = 0,02m/s – partículas discretas, d ≥ 0,2 mm (ABNT) – vh = Q/Aseção transversal = Q/L.H • 0,15 m/s < vh < 0,4 m/s evita sedimentação de Morg. e arraste de sedimento – t1 = tempo p/ percorrer extensão = C/vh = C.L.H/Q t2 = tempo p/ atingir fundo = H/vs para t2 < t1: H/vs < L.C.H/Q, ou Q/L.C < vs Q/L.C = Q/As = taxa de aplicação superficial, m 3/m2.d TAS = 600 a 1300 m3/m2.d H C vs vh L = largura – partículas discretas vs constante – vh constante e igual em toda a seção transversal – Fator de Segurança = 1,5 C = 15.h (22,5.h) vpartícula N o p a rt íc u la s/ L antes após vs projeto Distribuição de partículas antes e após o desarenador Desarenador H L vs vh b = largura Remoção de gordura e sólidos flutuantes • Material com s < H2O (óleos, graxas, ceras) • Unidades dotadas de: – capacidade de acumular gordura entre operações de limpeza – sem turbulência para potencializar flutuação – dispositivos de entrada e saída projetados p/ permitir escoamento normal de afluente e efluente – distância entre entrada e saída suficiente para reter gordura e evitar arraste – condições de vedação suficiente para evitar insetos/vetores • Tipos – caixas de gordura domiciliar e coletiva – tanques aerados • eficiência • 4m3 ar/m3 esgoto – separadores de água/óleo – dispositivo de remoção no decantador 1o (ETEs) Remoção de gordura e sólidos flutuantes • Caixa de gordura – área da caixa (velocidade mínima de ascensão, correspondente à menor partícula que se deseja reter • A = Q/vmín ascensão • vmín ascensão determinada em ensaios de coluna – TDH: 3 a 5 min a 25oC, com temperatura – limpeza periódica • volume ocupado < 75% volume total – material retido • reaproveitamento (ex. indústria de sabão) • aterro ou incineração Escuma em caixa de gordura H L h L = 2.B V = Q.TDH V = H + h 2 .2B2 Remoção de gordura e sólidos flutuantes Tratamento Primário Tratamento primário • Objetivo – remoção de sólidos em suspensão sedimentáveis • preparar para lançamento no corpo receptor (<1mL/L) • preparar para tratamento 2o – unidades com dispositivo de remoção de escuma comum • Decantador 1o – Eficiência • 40 a 60% SS • > 70 a 80 % Ssed • 25 a 35% DBO5 • (condições de decantação) – Variantes • retangular ou circular • fundo - pouco ou muito inclinado • remoção de lodo - manual ou mecanizada • Taxa de aplicação superficial, m3/m2.d – Sedimentação floculenta - velocidade de sedimentação (vs) varia – Análise em coluna de sedimentação • construir curva de vs versus remoção para profundidade (H) adotada – vs de projeto = TAS – NBR-12209 – Tempo de detenção hidráulica, TDH = 1 a 6 h – TAS • sem tratamento biológico < 48 m3/m2.d • antes de filtro biológico < 60 m3/m2.d • antes de lodos ativados < 120 m3/m2.d • evitar tempos longos para não tornar esgoto séptico Decantador 1º • Decantador circular – alimentação por tubo ascendente central – cortina distribuidora para dissipar energia e garantir distribuição homogênea – braços raspadores, tração central ou periférica – dimensões típicas • profundidade, H = 2 a 4 m • diâmetro, d = 3 a 60 m • inclinação do fundo, h:d/2 = 1:12 • Decantador retangular – ocupa menos área, mas tem TDH maior – dimensões típicas • Comprimento/Profundidade, C/H ≤ 25 • Comprimento/Largura, C/L > 3 até 10 • H = 3 a 3,5 m • L = 3 a 27 m • C = 10 a 100 m • inclinação do fundo, h:C = 1:12 Decantador 1º Primário Primário • Coleta do esgoto após sedimentação – vertedores periféricos • velocidade linear - 3 a 8,3 L/s.m (NBR 12209) • vertedores em V mais comuns – minimizam impacto de variações de Q • altura 50 mm; espaçamento 50, 150 ou 300 mm • anteparo interno a 300 mm do vertedor para minimizar perda de escuma Decantador 1º • Operação – Q com menor variação possível – Vertedores limpos e nivelados de acordo com vazão afluente – Remoção contínua de escuma • 0,4 a 4,4 L escuma/1000 m3 esgoto (ETEs SP) – Coleta e remoção de lodo – Lodo decantado – 2 a 6% sólidos • raspagem contínua ou poço coletor • enviado ao adensador ou digestor • qualidade do lodo ƒ(composição esgoto, operação do decantador) • quantidade do lodo - balanço de massa Ex. Q = 1 m3/s; SS = 200 mg/L; 50% remoção a 4% sólidos M = massa de lodo produzida = 86.400 m3/d.0,2 kg/m3.0,5 = 8.640 kg/d V = (8.640 kg/d)/(40 kg/m3) = 216 m3/d Decantador 1º Equalização de vazão • Objetivo: regular vazão e homogeneizar efluente –minimizar variações operacionais –melhorar desempenho do sistema –reduzir custo e tamanho das unidades de tratamento –uniformizar cargas – pH, toxicidade, DBO5 ... Tanque de equalização –antes do decantador 1o –economia quando Qmáx 2.Qméd –formato • quadrado mistura completo • profundidade = 3 a 5 m • aerador / misturador – Potência, P = (Dp. Vtotal)/745 – Dp = densidade de potência: 10 W/m 3 –operação baseada em balanço de massa, comparando Vacumulado (= Q.t) no intervalo com Vmédio de 24 horas • se Vacumulado < Vmédio, retira-se efluente do tanque • se Vacumulado > Vmédio, envia-se efluente ao tanque • Cálculo baseada na análise de balanço de massa – Vi = q i (m3/s).(3600s/h).(1,0 h) – V acumulado = Vi (i = 1 a 24) – Vmédio = Vi/24 (i = 1 a 24) – V enviado ao tanque ao retirado do tanque no intervalo = Vi – Vmédio • V > 0 – enviado ao tanque • V < 0 – retirado do tanque – V tanque = diferença entre maior e menor V acumulado 0 3000 6000 9000 1200015000 18000 21000 24000 27000 0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 22 24 Intervalo, h V ol um e ac um ul ad o, m 3 Volume acumulado Volume médio acumulado V = 4098 m3 Q Q regulada
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