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Código criminal do século XIX

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Código criminal
século XIX
introdução
Iluminismo penal do século xvii, que projetou o código criminal de 1786 de pascoal de Mello freira em Portugal e também o código francês de 1810;
Foi o primeiro código penal da américa latina e veio a ser traduzido em francês – para ser utilizado em nações civilizadas;
Vigor até 1890 – código penal de república.
introdução
Quanto a estrutura
Composto de quatro partes, subdivida em títulos, abrangendo no total 313 artigos;
Parte i- Dos crimes em Geral;
Parte ii- Dos crimes públicos;
Parte iii- dos crimes particulares;
Parte iv- crimes policiais.
 dos crimes
O titulo i no que tange os crimes em geral retrata sobre os crimes justificáveis, sobre o criminoso, as circunstâncias agravantes e atenuantes;
Os crimes dividiam-se em públicos e privados conforme a vitima;
Públicos (contra o livre gozo dos direitos políticos dos cidadãos, segurança do império, tranquilidade pública dos cidadãos, contra a boa ordem , administração pública, contra o tesouro e a propriedade o pública);
Particulares( contra liberdade e propriedade individual);
Crimes policiais (contra as normas da policia administrativa, tais como postura sanitárias das cidades e províncias);
Abolição da feitiçaria e sodomia expressamente.
Das penas
Intrancedência da pena ( não passa do condenado);
A cf adotou esse código tendo em vista que as penas previstas no livro v das ordenações filipinas eram excessivamente rigorosos, provocando nos juízes o direito de mitigar o rigor, gerando grande impunidade;
Foram definidas no titulo ii incluem pena de morte, galés, prisão com trabalho, prisão simples, banimento, degredo, desterro, privação dos direitos políticos, perda de emprego público e multas.
Das penas	
Pena de morte- ocorria após um dia da intimação, não sendo em véspera de domingo, dia santo ou festa nacional. O réu deveria ir com seu vestido ordinário pelas ruas mais públicas até a forca. ( os corpos eram entregues aos parentes ou amigos que solicitassem , porém era proibido enterra-los com “pompa”;
Penas de galés- obrigavam a trabalhar em obras públicas de calceta e corrente no pé, só não aplicava-se essa pena aos menores de 21 anos e aos maiores de 60, e as mulheres;
Enquanto o desterro obrigava a não entrar nos termos do local do delito ou residência da vitima;
prisão com trabalho, prisão simples, banimento(exilio do império e se voltasse era preso).
Das penas
Percebe-se Controvérsia na aplicação das penas, o art. 179 havia proibido aplicação de penas cruéis e nada mais cruel do que a penal de morte;
A constituição já havia abolido no art. 179 os açoites, tortura, marca de ferro e demais penas cruéis, pessoalidade da pena);
Outros crimes como ameaçar, ferir, caluniar, injuriar, raptar, entrar na casa de alguém e até mesmo abrir cartas alheia era crime.
Das penas
Infanticídio foi considerado crime nesse código, sendo uma forma de assegurar a vida de um recém-nascido; ( Qualquer prisão por três a doze annos, mãe para esconder sua desonra (de prisão com trabalho por um a três anos);
Vadiar e mendigar também era crime;
As cadeias deveriam ser seguras, limpas e bem arejadas, havendo a separação dos réus, conforme suas circunstâncias e natureza dos crimes.
desigualdades
Apesar de todo o empenho para proporcionar um código liberar é claro que um sistema de sociedade desigual conservou desigualdades;
A cf havia abolido expressamente as penas de açoites, entretanto o art. 60 ainda conservou essas penas aos escravos;
O crime praticado pelo marido contra a mulher adultera era justificável, pois o art. 14, § 2º do código criminal dispunha que não haveria punição para o delito praticado em defesa da própria pessoa e de seus direitos, incluindo a liberdade, honra, vida e fortunas pessoais, justificando-se assim os casos de vingança e violência.
Extinção da pena de morte
O estopim para o desuso da pena de morte se deu com a injustiça ocorrida no Caso “motta Coqueiro”;
Manuel Motta coqueiro foi um fazendo rico e cruel que viveu no séc. xix na região de Conceição de Macabu que na época ainda era parte da cidade de Macaé no Estado do Rio de Janeiro, certo dia fechou um negócio com o colono chamado Francisco. Tempos depois a filha desse colono apareceu grávida alegando que motta coqueiro era o pai, o mesmo recusou-se a aceitar discutindo de forma grotesca com Francisco. Dias depois na noite de 12 de setembro de 1852 a família do colono foi assinada brutalmente pelos escravo de motta coqueiro, somente Francisca que estava grávida conseguiu escapar. Dessa forma, foi um pressuposto para Os que possuíam antipatia por motta coqueiro acusassem de ser o mandante do crime.
Extinção da pena de morte
Motta coqueiro foi condenado a morte, Na época, pela Constituição vigente, o Imperador que era D.Pedro II, poderia conceder a Graça Imperial para aboná-lo da pena de morte, mas o caso foi tão chocante para a época que nem D.Pedro aliviou a barra pra Mota Coqueiro. E em 6 de março de 1855, Mota Coqueiro foi enforcado em praça pública na cidade de Macaé,. Poucos anos mais tarde, descobriu-se através de evidências escondidas na época que Mota Coqueiro era inocente e tivera sido enforcado sem culpa. Sendo sua mulher Úrsula a mandante do crime, foi motivada pelo ciúme do envolvimento de seu marido com a jovem Francisca, filha do colono;
Quando d. Pedro ii descobriu a injustiça decidiu que ninguém mais seria condenado a pena de morte, dessa forma a lei caiu em desuso sendo quem em 1890 foi revogada expressamente pelo novo código penal.
conclusão
Portanto, percebe-se que esse código criminal surgiu para supostamente promover a justiça e equidade, enquanto na verdade era desigual e rigoroso;
Dessa forma, percebe-se que esse código foi um precedente para aprimorar as diversas normas atuais existentes, sendo marcado pela redução da crueldade na imposição das penas.

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