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M I N I S T É R I O D A E D U C A Ç Ã O
UNIVERSIDADE FEDERAL DE OURO PRETO
DEPARTAMENTO DE DIREITO
Campus Universitário - Morro do Cruzeiro – DEDIR
35400-000 - Ouro Preto - MG - Brasil
Fone (31) 3559-1545
�
Direito Processual Penal I
Prof. Luis Henrique
Fiama Vitória de Souza Assis
REVISÃO DE TGP
Necessidade: relação de dependência do homem com alguma coisa
Bem ou bem da vida: é o ente capaz de satisfazer uma necessidade
Utilidade: idoneidade da coisa para satisfazer uma necessidade
Interesse: juízo formado por um sujeito cerca de uma necessidade
Conflito de interesse: a posição favorável à satisfação de uma necessidade exclui a outra.
CONFLITO INTERSUBJETIVO DE INTERESSE: hipótese de conflito entre o interesse de duas pessoas.
PROCESSO: caminho encontrado para mediar esse conflito alternativo de interesse
Pretensão: vontade de um dos sujeitos
Resistência: não adaptação à subordinação de interesse próprio à oposição
Subordinação: o que basta para a solução de conflitos
Lide: conflito de interesse qualificado por uma pretensão resistida
FORMAS DE SOLUÇÃO DE CONFLITO
Autotutela – autodefesa: não intervenção do Estado –
- características:
- é crime quando
- formas autorizadas
Autocomposição: sacrifício total ou parcial do interesse de uma da partes
-tipos:
-formas autorizadas
Art 345 CP
ART 350 CP 
ART 3º DA LEI 4895/65
ART 4º DA LEI 4895/65
Conciliação - transação: extraprocessual e endoprocessual: busca induzir as próprias pessoas a ditar a solução às controvérsias
No processo civil, art 124, IV, C/C ART 269, III, V, e 267, VIII
No processo penal: conciliação propriamente dita (art 72 da lei 9099/95) e art 107, V e VI do CP
Arbitramento – Arbitragem: o compromisso arbitral é a convenção através da qual as partes submetem um litígio à arbitragem de uma ou mais pessoas, podendo ser judicial ou extrajudicial (art 9º da lei 9307/96 e art 267, VII do cpc)
CONTROLE JURISDICIONAL INDISPENSÁVEL (nulla poena sine judico)
Matéria criminal e algumas situações regidas pelo dir privado e sempre que se tratar de interesses sociais e individuais indisponíveis.
Processo: de facultativa, a arbitragem , pelas vntangens eu oferece, torna-se obrigatória, e , com o arbitramento obrigatório, surge o processo, como última etapa como método na etapa na evolução dos métodos compositivos do litígio.
Conceito de processo: instrumento do estado, conjunto de atos, meio idôneo, dirimir conflitos, procedimentos, atuação estatal.
ESTADO DEMOCRÁTICO DE DIREITO
Conceito: ordem jurídica soberana que tem por fim o bem comum de um povo situado em determinado território.
Elementos Fundamentai: soberania, finalidade, bem comum, povo, território.
FUNÇÕES DO ESTADO
Lesgislativo: cria regras
Executivo: o estado age em seu interesse
Judiciário: o estado resolvendo conflitos alheios
Processo: efetivação de dir e garantias
Jurisdição - traços distintivos
Função legislativa e função jurisdicional: criam-se regras que não se aplicam individualmente, mas sim de forma generalizada (legislativo). Enquanto isso, na jurisdição, as normas são aplicadas aos titulares em contenda.
Função executiva (administrativa) e função jurisdicional: o Estado tem o OJ como limite de sua atuação, sempre voltada par o bem comum, age em satisfação de seus interesses tendo a lei como parâmetro (administrativa). Na jurisdição, o Estado se substitui a vontade das partes, resolvendo os litígios e fazendo valer o direito objetivo, sendo ainda características peculiares à jurisdição a definitividade (coisa julgada) e a inércia (princípio da demanda)
FUNÇÃO JURISDICIONAL: ESCOPO
Corrente privatística: a finalidade da jurisdição é tutelar o dir subjetivo das pessoas.
Corrente publicística: garantir a observância do direito objetivo. O escopo da jurisdição é tornar efetiva a ordem jurídica e impor através dos órgãos estatais do Poder Judiciário a regra jurídica conceito que, por força do direito vigente, deve regular determinada situação.
Corrente eclética: obletiva a pacificação social, a educação para o exercício dos próprios direitos e respeito aos direitos alheios; a preservação do valor da liberdade, a oferta do meio de participação nos destinos da nação e do estado e a preservação do OJ e da própria autoridade deste, a atuação da vontade concreta do direito.
SISTEMAS PROCESSUAIS : CARACTERÍSTICAS
Inquisitivo:
Concentração das três funções: acusadora, defensora e julgadora em mãos de uma pessoa só
Sigilação
Ausência de contraditório
Procedimento escuta
Juízes permanentes irrecusáveis
Prova legal ou tarifado, juramento, juízes de Deus (ordálias)
Confissão como elementos de prova suficientes para a condenação
Possibilidade de apelação contra sentença
Acusatório:
Contraditório como garantia político-jurídica do cidadão
Igualdade entre as partes
Publicidade dos atos processuais
Funções de acusar, defender e julgar distribuídas as pessoas
Misto ou acusatório formal – desenvolve-se em três etapas:
Investigação preliminar
Instrução preparatória
Julgamento
Nas duas primeiras etapas o processo é, via de regra, secreto e não contraditório, na fase de julgamento se desenvolve oralmente, publicamente e em contraditório.
As funções de acusar, defender e julgar são entregues a pessoas distintas.
PRINCÍPIOS GERAIS DO DIREITO PROCESSUAL
Conceito
I - Princípio da imparcialidade do juiz
CF/88 art 5º, XXXVII
CF/88 art 5º, LIII
CF/88 art 95, caput
CF/88 art 95 parágrafo único
II – Princípio da igualdade
CF/88 art 5º, caput
CPC, art 125, I
CPC, ART 9º
CPP, ART 261
CPP, ART 263
CPP, ART 264
CPP, ART 386, VII
CPP, ART 621
CPP, ART 631
Lei nº 11.340/06 foi removida a aplicação de benefícios despenalizadores.
Lei nº 9099/95 crimes de violência doméstica e familiar contra a mulher
III – Princípio do contraditório e da ampla defesa
Art 5º, LV CF/88
DIR DISPONÍVEIS CPC ART 39
DIR INDISPONÍVEIS ART 320 CPP
Inquérito policial é:
IV – PRINCÍPIO DA AÇÃO (Nemo iudex sine actore)
O juiz não pode iniciar o próprio processo
CPP ART 21, 28, e 30
CPC ART 2º, 128, 262
V – Princípio da disponibilidade e da indisponibilidade
Poder dispositivo em direito processual tal poder é configurado pela possibilidade de apresentar ou não sua pretensão em juízo, bem como de apresenta-lo da maneira que melhor lhe aprouver.
No processo civil, a presença do poder dispositivo é quase absoluta sofrendo limitações em virtude do desinteresse público;
No processo penal prevalece o princípio da indisponibilidade ou obrigatoriedade. O MP não tem poder de escolher.
Exceção da indisponibilidade em matéria penal, não se trata do poder de barganha.
A CF/88 criou os crimes hediondos – e em contraposição, a CF/88 também criou os crimes de menor valor potencial ofensivo (contravenções e crimes cuja pena máxima é igual ou inferior a dois anos ou multa)
Medidas despenalizadoras (que seja valorizado a pessoa da vítima)
Transação penal, não se trata de disponibilidade, e sim de discricionariedade
O MP oferece uma pena desde eu cumpra alguns requisitos, o promotor deixa de oferecer denúncia
Composição civil
Suspensão do processo
Consequências do princípio da obrigatoriedade - indisponibilidade
Obrigatoriedade do inquérito
Obrigatoriedade da ação penal
Controle do princípio da obrigatoriedade (exercido pelo juiz)
Limitações do princípio da obrigatoriedade - indisponibilidade
Ações penais privadas (queixa crime)
Ação penal pública condicionada (representação)
Ação penal popular (impeachment)
Requisição do ministro da justiça (requisição do MP, não é uma ordem, é um pedido)
Consequências da tramitação:
O delegado não pode arquivar o inquérito
O juiz também não pode arquivar de ofício
O MP não pode desistir da ação, mesmo que desista nãohá consequência nenhuma
O MP não pode desistir do recurso
O promotor pode dar sua opinião mesmo que o juiz já tenha decidido
Quando a causa não penal visa sobre relações jurídica em que o interesse público prevalece sobre o privado, não há concessões a verdade formal – art 130, 341 do CPC
São exceções a verdade real no processo penal, a absolvição por insuficiência de provas art 386, VII, CPP e a coisa julgada material da sentença absolutória.
Advertência: o processo civil não é eminentemente dispositivo e o processo penal transformando-se de inquisitivo em acusatório, não deixou completamente a margem uma parte da disponibilidade art 28 (cassação x jurisdição) art 386, VIII e lei nº 9099/95
VIII – PRINCÍPIO DO IMPULSO OFICIAL: garante a continuidade dos atos processuais e seu avanço em direção e decisão definitiva.
O processo, uma vez instaurado, não fica a mercê das partes, em virtude do predomínio do interesse público sobre o particular.
Consiste o impulso inicial em atribuir ao órgão jurisdicional atuação que move o procedimento em fase até a solução fina da causa, art 125 CPC
No processo penal, em virtude da indisponibilidade que lhe é peculiar, segue necessariamente o princípio do impulso oficial única exceção, ação penal privada. A preclusão liga-se ao princípio e consiste em um fato impeditivo destinado a garantir o avanço progressivo da relegação e a obstar seu recuo a fases anteriores.
FASES DE PRECLSÃO:
- temporal: não exercício da faculdade no prazo
- lógico: incompatibilidade de um ato com outro
- consumativa: faculdade processual existente
IX – PRINCÍPIO DA ORALIDADE
Também chamado de prin. Da imediação, da identidade física, concentração ou irrecorribilidade das interlocutórias. Hoje raro o procedimento oral em sua forma pura. O que se adota é o procedimento misto, na combinação dos dois procedimentos. A palavra escrita pode ter até mesmo acentuada predominância qualitativa, mas a seu lado permanece a fala como meio de expressão de atos relevantes para a formação do convencimento do juiz, é o sistema brasileiro tanto no processo civil como no penal.
CPC art 132, 330 e 322
Cpp art 399, p 2º, 400, p 1º e 581
X – PRINCÍPIO DA PERSUASÃO RACIONAL DO JUIZ
Regula a apreciação e a avaliação das provas existentes nos autos indicando que o juiz deve formar livremente sua convicção. Situa-se entre o sistema da prova legal e do julgamento (secundum conscientiam) CPP art 155, art 182, CPC art 131 , 436
XI – PRINCÍPIO DA MOTIVAÇÃO
Garantia das partes com vista a possibilidade de impugnação para efeito de reforma. Exerce função política (publicidade) com a finalidade de aferir a imparcialidade e a legalidadee justiça das decisões CF/88 art 93, IX
XII – PRINCÍPIO DA PUBLICIDADE
O povo é o juiz dos juízes, a responsabilidade das decisões assume outra dimensão quando tais decisões hão de ser toadas em audiência pública CPC art 155, CPP art 792 CF/88 art 5º LX e 93, IX
O inquérito policial é, via de regra, sigiloso, contudo, não para o advogado constituído do investigado.Lei 8906/94 art 7º, XIV, sum vinc 14 do STF
XIII – PRINCÍPIO DA LEGALIDADE PROCESSUAL
As partes não podem se servir do processual faltando dever de verdade, agindo deslealmente e empregando artifícios fraudulentos. O princípio da lealdade processual impõe deveres de moralidade e probidade a todos os que participam do processo.
Art CPC 14, 15, 17, 28,31,133, 135,144, 147,253,193,600. 601
CPP ART 112, 252, 255, 258,799, 301,
CP ART 179, 347
XIV – PRINCÍPIO DA ECONOMIA E DA INSTRUMENTALIDADE DAS FORMAS
XV – PRINCÍPIO DO DULPO GRAU DE JURISDIÇÃO
EXCEÇÃO: COMPETENCIAS ORIGInárias do STF CF/88 ART 102 , I
Remessa necessária art CPC 475 cpp 574 I e II 746
Norma penal (material) e norma processual (instrumental)
São normas materiais (ou substanciais) as que disciplinam imediatamente as relações intersubjetivas e os conflitos de interesses incidindo diretamente dibre os fatos controvertidos, declarando a opção legislativa quanti a qual interesse deve prevalecer e qual deve ser sacrificado
São normas instrumentais aquelas que de forma indireta constribuem para a resolução dos conflitos interindividuiais disciplinando o modo de atuar a interveniência di Estado, em seu caráter de subjetividade da vontade das partes.
Conforme Asuã: “ Se a norma processual penal contiver predominante caráter de direito penal, se mais benigna, retroagirá, e, se mais severa, aplicar-se-á a lei mais velha” – Princípio da Aplicação imediata – relativização
Normas penais: todos aqueles que atribuem virtualmente ao Estado o poder punitivo, ou, também, aos órgãos do mesmo Estado ou a particulares o poder da disposição do conteúdo material do processo, vale dizer, da pretensão punitiva (representação, queixa, perdão, anistia, indulto, graça, livramento condicional, etc). Assim, as normas jurídicas, por exemplo, que estabelecem quais os crimes e contravenções e quais as causas que condicionam e excluem ou modificam a punibilidade, são normas genuinamente penais.
 
Normas de direito processual penal: de um modo geral, todas aquelas que regulam o início, desenvolvimento e fim do processo, as que estabelecem as garantias juridicionais na execução da coisa julgada, que indicam as formas com que os sujeitos processuais podem valer-se de suas faculdades e direitos processuais etc.
AÇÃO PENAL – pública 
AÇÃO PENAL – privada
Lei 9199/95 – exigência de representação para o crimes de lesão corporal simples e culposa. – Passara a ser de ação pública condicionada
Regra de natureza processual
Característica sob o prisma da atividade jurisdicional
 As normas jurídicas materiais constituem o critério do julgar, de modo que, não sendo observadas, dão lugar ao erro in indicando; as processuais constituem o critério de processo de maneira que, uma vez desobedecidas, ensejam o erro in procedendo.
Objeto da norma processual
A norma processual qualifica-se por seu objeto e não por sua localização neste ou naquele corpo de leis. O objeto das normas processuais é da disciplina do modo processual de resolver conflitos e controvérsias mediante a atribuição ao juiz dos poderes necessários para resolvê-los e, às partes, de faculdades e poderes destinados à eficiente defesa de seus direitos, além de correlativa a sujeição à autoridade exercida pelo juiz.
Classes de normas processuais
Organização judiciária, que tratam primordialmente da criação e estrutura dos órgãos judiciários e seus auxiliares;
Em sentido estrito, que cuidam do processo como tal, atribuindo poderes e deveres processuais;
Procedimentos, dizem respeito apenas aos modos procedimentais, inclusive a estrutura e condenação dos atos processuais que compõe o processo.
FONTES DA NORMA PROCESSUAL
Fontes formais: são os meios de produção ou expressão da norma jurídica. Tais meios são a lei (em sentido amplo, abrangendo a CF e as leis em geral) os usos e costumes e o negócio jurídico.
Fontes abstratas: são as mesmas do direito em geral, a lei, os usos os costumes e o negócio jurídico, e para alguns, a jurisprudência. A lei abrange, em primeiro lugar, as disposições de ordem constitucional.
Princípios e garantias
Jurisdição constitucional das liberdades
Organização judiciária, lei complementar, lei ordinária, lei delegada, convenções e tratados internacionais, regimentos internos e tribunais.
Fontes concretas: são aquelas através das quais as fontes legislativa já examinadas em abstrato efetivamente atuam no Brasil, na CF, Tratado, Decreto, Legislação complementar.
EFICÁCIA DA LEI PENAL NO ESPAÇO
O princípio que regula a eficácia especial das normas de processo é a territorialidade, que impõe sempre a aplicação Lex fori. A territorialidade da aplicação da lei processual é expressa pelo art 1º CPC.
“A jurisdição civil, contenciosa e voluntária é exercida pelos juízes em todo território nacional, conforme as disposições que este códigoestabelecerá” e pelo art 1º CPP. “ O processo penal reger-se á em todo território nacional por este Código.”
PRINCÍPIO DA TERRITORIALIDADE: encontra sua justificativa na soberania nacional, no poder/dever do Estado aplicar a lei nacional no seu território. O CPP , adotou o princípio da territorialidade como regra geral de solução de conflitos, apontando desde logo algumas ressalvas.
Art 1º CPP
Os dispositivos constitucionais citados no art 5º, do CPP , referem-se à CF/37 
A disciplina do art 1º do CPP deve ser examinada conjuntamente com as regras do CP, estabelecidas nos arts:
Art 5º que também adota o princípio da territorialidade no tocante à aplicação da lei penal, avançado sobre o conceito de território.
Art 6º, que define o “lugar do crime”, adotando a propósito a teoria da ubiquidade ou mista; destinando ao chamado direito penal internacional, quando um crime tiver início no Brasil e terminar no exterior e vice-versa, denomina-se “crime a distância”
Art 7º, que cuida da extraterritorialidade, disciplinando quanto a aplicação das leis brasileiras ais crimes cometidos fora do território nacional.
Art 1º ressalvados I – II – III – IV – V
(ressalvas expressamente consignadas no CPP)
Tratados as convenções e regras de direito internacional
As prerrogativas constitucionais do Presidente da República, dos min de estado, nos crimes conexos com o Presidente da Rep. E dos ministros do STF, nos crimes de responsabilidade 
Os processos de competência da justiça militar. Art 124 CF/88. Art 9º COM – crimes contra a vida hoje são julgados pela justiça comum
Os processos de competência do Tribunal especial - Esse tribunal não existe mais, pois não foi recepcionado pela Constituição de 1988. Atualmente, os crimes políticos se encontram previstos na lei nº 7170/83 e são julgados pela justiça federal, conforma estabelecidos no art 109, IV da CF/88.
Os processos por crime de imprensa. Disposição também inaplicável uma vez que o STF acolheu ação de descumprimento de Preceito fundamental 130-7/DF declarando não recepcionada pela CF/88 a lei nº 5250/67 
Obs: a rigor, somente quando ressalva constante do item I é possível identificar exceções verdadeiras ao princípio da territorialidade, a exemplo da imunidade diplomática e da submissão do Estado brasileiro à jurisdição internacional ou regras e costumes do direito internacional, o exemplo de atos internacionais que devem ser produzidos no exterior.
Imunidade diplomática: a imunidade abrange a diplomática de carreira e os membros do quadro administrativo e técnico da sede diplomática desde que recrutados no Estado de origem, extensivo à família.
Imunidade é diferente de impunidade
Território brasileiro por equiparação – fictio juris
Embarcação e aeronave de natureza pública ou a serviço do governo brasileiro onde estiverem
Embarcações e aeronaves brasileiras, de propriedade privada, que estiverem (...)
Mar territorial brasileiro - lei nº 8617/93
Competência para o julgamento de crimes cometidos a bordo de embarcações e aeronaves art 109, IX, CF/88.
EFICÁCIA DA LEI PENAL PROCESSUAL NO TEMPO
-São regras que compõem o direito processual intertemporal
a. As leis processuais brasileiras estão sujeitas às normas relativas a eficácia temporal das leis conforme disciplina no estabelecido na lei de introdução a normas de direito brasileiro – dec lei 4657/42
art 1º salvo disposição em contrário, a lei processual começa a vigorar em todo pais, quarenta e cinco dias depois de publicado
b.Dada a sucessão de leis no tempo, incidindo sobre situações (conceitualmente) idênticas surge o problema de estabelecer qual das leis – se a anterior ou a posterior – deve regular uma determinada situação concreta. Para solução no Brasil adotou-se o sistema de isolamento dos atos processuais, no qual a lei nova não atinge os atos processuais a praticar, sem limitações relativas às chamadas fases processuais art 2º CPP. Art 1211 CPC
EFICÁCIA DA LEI NO TEMPO: conceitos fundamentais
Revogado: 
-Vacatio Legis
- Ab rogação: total
-Derrogação: parcial
Expressa / tácita art 2º LINDB
Auto revogação:
- Lei temporária: decurso de prazo de vigência
- Lei excepcional: cassação da anormalidade
Repristinação: fenômeno pelo qual a lei revogada estabelece sua vigência em face da revogação da norma revogadora. Depende da expressa determinação. Art 2º, §3º
A interpretação do ponto de vista do sujeito pode ser:
Autentica: quando feita pela própria lei, podendo ser contextual (dentro do mesmo legado art 150 § 4º e 5º e 327 – conceitos de casa e de funcionários públicos, CP art 1ª, § 1º da lei 12850/13 – conceito de organizações criminosas – ou por lei posterior)
Doutrinal: feita pelos doutrinadores (communis opinio doctorum) é tanto mais quanto for o seu autor.
Judicial: feita pelos juízes e tribunais, diz-se que a “jurisprudência” se direciona nesse ou naquele sentido, que é unânime ou dissonante, ao STJ, através do recurso especial. Art 105, III ‘e’ CF/88, incumbe pacificar a jurisprudênciado tribunal quando divergente a propósito da interpretação do direito legislado federal. Ao STF após reiteradas decisões sobre matéria constitucional incumbe aprovar súmula que, a partir de sua publicação na imprensa oficial terá efeito vinculante sobre os demais órgão do poder judiciário e a administração pública direta e indireta, nas esferas federal, estadual e municipal art 103 A CF/88
A interpretação, conforme o resultado a que chega após essa atividade:
Declarativa: a interpretação que atribui a lei o exato sentido proveniente do significado das palavras que expressam
Extensiva: se considera a lei aplicável a casos que não estãoabrangidos pelo seu teor literal art 33 CPP
Restritiva: é a interpretação que limita o âmbito de aplicação da lei o círculo mais estrito de casos que o indicado pelas suas palavras
Ab rogante: a interpretação que, diante de uma incompatibilidade absoluta e irredutível entre dois preceitos ou entre um dispositivo de lei e um princípio geral do ordenamento jurídico, conclui pla inaplicabilidade da lei interpretada.
Interpretação e integração da lei processual a atividade pela qual se preenchem lacunas verificadas na lei, mediante a pesquisa e formulação da regra jurídica pertinente à situação concreta não prevista pelo legislador, dá-se o nome de oitegração.
LINDB - dec lei 4657/42 Art 4º quando a lei for omissa, o juiz decidirá o caso de acordo com a analogia, os costumes e os princípios gerais de direito.
CPC – art 126 – o juiz não se exime se sentenciar ou despachar alegando lacuna ou obscuridade da lei no julgamento da lide caber-lhe á aplicar as normas legais. Não as havendo, recorrerá a analogia, aos costumes e aos princípios geris do direito.
CPP art 3º
Analogia: resolver um caso não previsto em lei mediante regra jurídica relativa a hipótese semelhante “fundamenta-se o método analógico na ideia de que , num ordenamento jurídico, a coerência leva a formulação de regras idênticas onde se verifica identidade de razão jurídica. Ibi eadem ratio, ibi eabem juris dispositivo. Ada Pelegrini, distingue-se a interpretação extensiva da analogia, no sentido que a primeira é extensiva do significado textual do nome e a última é extensiva da intenção do legislador, esta é, da própria disposição.
“Princípio jurídico segundo o qual a lei estabelecida para um determinado fato o outro se aplica, embora por ela não aplicada, dada a semelhança em relação ao primeiro.”
Analogia legis: integração do nome com outra norma
Analogia juris: integração com os princípios gerais de direito
Analogia e interpretação extensiva: na analogia a ausência de regra legal leva ao aproveitamento de outra regra, na interpretação extensiva a regra existe e seu sentido é estendido para a situação não expressamente prevista.
Analogia e interpretação analógica (art 61, II “c” e 121, III, e IV CP)
Analogia e direito penal: não admite para criar tipos penais
PRINCÍPIOSGERAIS DE DIREITO
Promessas éticas extraídas da legislação e do ordnamento jurídico em geral. São eles estabelecidos como a ciência ética do povo em determinada civilização e podem surpir lacuna da lei, adaptadas as circunstância do caso concreto (Mirabete).

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