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Universidade Federal do Maranhão – UFMA Centro de Ciências Sociais – CCSO Licenciatura Plena em Pedagogia / Departamento de Educação I Disciplina: Didática II Docente: Samuel Velazquez Castellanos Discente(s): Amanda S. Guimarães, Brenda Gomes, Gabriela Soeiro Mapa Conceitual: TEXTO 04 São Luís 2015 A PROBLEMÁTICA DA RELAÇÃO COM O SABER Relação com o saber Relação com o saber científico Conceitos bachelardianos Antiga 70 60 Quanto a nomenclatura e conceito Sujeito envolvido nas relações múltiplas do mundo Psicanalistas Sociólogos Didática 90 “É por meio da compreensão dos problemas que psicanalistas e desenvolvendo a noção de relação com o saber, e em que medida esses problemas interessam os didáticos que se poderá apreciar a abrangência heurística interdisciplinar do conceito da relação com saber e, portanto, compreender em que esse conceito renova as questões antigas.” (CHARLOT, 2005, p. 36) _______________________________________________________________________________________________ A PROBLEMÁTICA PSICANALÍTICA: O SABER COMO OBJETO DE DESEJO Primeiramente o desejo estar presente Pensar ferramentas que possibilitem ao ensino ser prazeroso Como tornar o saber prazeroso? Desejo de saber Não há definição sobre quais relações permitem ao sujeito eleger seu objeto de desejo Relaciona-se ao prazer do domínio sobre o conhecimento Não tem relação com o saber em si 1/35; 2/35; 1/36; 2/36; 3/36; 1/37; 3/37; 4/37; 5/37; 1/38 A relação com o objeto primitivo - Sujeito histórico - Acesso a linguagem, leis, ordem do simbólico - Constrói-se pela mediação do outro Construção do desejo de aprender Formação da personali - dade psicofamiliar Desejo Construção do desejo de não aprender A PROBLEMÁTICA SOCIOLÓGICA: DO SOCIAL COMO POSIÇÃO, HISTÓRIA E ATIVIDADE Pedagogia explícita Transformar as relações sociais, sistema escolar e funções externas correlativamente a estudos de força entre as classes P. Bourdieu J.C Passeron Relação do homem com a cultura e a linguagem Formada pelo Ato Pedagógico e sua própria atividade infinitamente possibilitadora Relações de classe Sistema Escolar Escola combate as desigualdades sociais tendo em vista o sucesso escolar 2/38; 3/38; 1/39; 4/39 •Habitus (Disposições sociopsíquicas socialmente construídas) •Capital cultural (Simbólico. Não definido pela classe social, mas analisado considerando-a •Deficiências socioculturais •Pesquisador deve considerar especificidade dos saberes e das atividades ESCOL e Bernard Charlot X Pesquisas Leitura Positiva Leitura Negativa Identificar e conceituar os processos que constroem essas situações e prática Interpreta as situações e as práticas em torno das faltas(falhas) X Ponto de vista metodológico: Coleta e análise de dados que leva em conta o sentido que o sujeito aplica a sua história e suas atividades A RELAÇÃO COM O SABER: UMA QUESTÃO PARA A DIDÁTICA? Como sujeito apreende o mundo sendo indissociavelmente humano, social e singular Antropologia filosófica Ciências humanas Natureza do desejo do homem 5/39; 6/39; 1/40; 2/40; 3/40; 1/41; 2/41; 3/41; 1/42; 3/42; 4/42 Pesquisas psicológicas/ psicanalíticas Pesquisas psicológicas/ psicanalíticas Sujeito Aprendiz - Atividades - Formas relacionais - Especificidades - Epistemológicas - Cognitivas - Didáticas - Sujeito é a relação com o saber - Estudar relação do sujeito com o saber é estudar o próprio sujeito “Vale frisar, especialmente, que o conceito de relação com o saber não abre um novo setor a ser explorado, não inaugura uma nova especialidade no campo da didática, à qual pudesse corresponder uma literatura especializada. Ele permite reformular e reproblematizar inúmeras questões já trabalhadas (ou, no caso de algumas, não trabalhadas, por serem vistas até então como transparentes) e suscita, além disso, questões até agora inéditas, uma vez que não eram formuláveis na conceitualização antiga.” (CHARLOT, 2005, p. 43) Um outro olhar sobre as situações didáticas Eu empírico Eu epistêmico - Experiências - Questões • Bem ou Mal • Permitido ou Proibido - Puro sujeito do saber - Construído - Conquistado Conflito constante: Aprender na escola x na vida 3/42; 4/42; 1/43; 3/43; 4/43; 5/43; 1/44; 2/44; 3/44 Ponto de vista didático Eu epistêmico adquirido previamente X Aula contextualizada Leva o aluno a adotar a postura do eu epistêmico Relação com o saber é inconcebível sem o planejamento de como será construído o caminho a torná-lo alcançável O que há em comum nas diferentes constituintes “Vale frisar, especialmente, que o conceito de relação com o saber não abre um novo setor a ser explorado, não inaugura uma nova especialidade no campo da didática, à qual pudesse corresponder uma literatura especializada. Ele permite reformular e reproblematizar inúmeras questões já trabalhadas (ou, no caso de algumas, não trabalhadas, por serem vistas até então como transparentes) e suscita, além disso, questões até agora inéditas, uma vez que não eram formuláveis na conceitualização antiga.” (CHARLOT, 2005, p. 43) 4/44; 1/45 Considerações Finais Como abordado ao longo da produção de Bernard Charlot, a questão da relação com o saber é amplamente discutida desde a Antiguidade, perpassando as diferentes gerações da humanidade. Contudo, é observado que o tempo não foi capaz de sanar todas as dificuldades referentes ao tema. Charlot vem então, expor os eixos principais de debate sobre a relação com o saber objetivando esclarecer termos e conceitos e fazer entre eles a integração, de modo que a temática esteja compreensível ao leitor e útil ao profissional da didática. O autor aponta alguns nomes de referência para a defesa de sua proposta mas constrói sua posição com propriedade, uma vez que o mesmo esteve envolvido em pesquisas com instituições referentes. Nessa perspectiva, pode-se notar a frequenteretomada de ideias como forma de ratificação do que está sendo por ele colocado. Portanto, ele aborda um breve apanhado histórico que exemplifica as formas primitivas de construção da discussão sobre a relação do homem com o saber e vertentes mais complexas que a mesma vai desenvolvendo. Passando então para a abordagem psicanalítica, indispensável na observação dessa relação, pois descreve a ordem simbólica intrínseca ao sujeito e sua importância, junto a outros elementos no direcionamento do objeto de desejo, que no caso, diz respeito ao desejo, ou não, de saber. No âmbito sociológico obtemos o detalhamento de elementos presentes na relação abordada pelo texto e a importante ressalva de que o sujeito constitui-se enquanto história e não obrigatoriamente por posição social. A questão abordada em termos de didática destaca o sujeito como indissociavelmente humano, social e singular, e discorre a partir deste ponto tendo como referência o próprio sujeito como a relação com o saber. Cabe também tratar os próprios saberes, enquanto atividades, formas relacionais, entre outros que o sujeito deve dominar. Por conclusão, entende-se que a banalização da expressão “relação com o saber” não deve estar presente na mente docente, mas sim, a grandiosa estruturação da mesma e como esta precisa ser uma constante na prática do professor, de modo que este possa conhecer a si mesmo, e compreenda as possíveis maneiras de proporcionar ao aluno esta mesma oportunidade, em busca da extinção de dilemas que permeiam os jovens sobre uma dicotomia que não deveria existir. Afinal, aprender na escola não deve estar longe de aprender na vida, mas para que esta união se estabeleça faz-se necessário ação do sujeito na construção de seu desejo de aprender, e o educador coloca-se como o elemento que vai de encontro às forças que procuram estimular a ausência do desejo de aprender. Referência Charlot, Bernard. Relação com o saber, formação dos professores e globalização: questões para a educação hoje. Porto Alegre, X: Artmed, 2005.
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