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Direito Civil

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Direito Civil- Resumo
O termo direito é análogo, ora esse vocabulário se aplica à norma, ora à autorização ou permissão dada pela norma de ter ou fazer o que ela não proíbe, ora à qualidade do justo.
A norma jurídica pertence à vida social, pois tudo o que há na sociedade é suscetível de revestir a forma da normatividade jurídica.
Direito Natural: conjunto de regras que paira sobre toda sociedade sem que seja necessária a escrita, reduzir o termo a lei (Não prejudicar ninguém, ter uma vida honesta, dar cada o que é seu).
Direito positivo: Regras impostas, posto coativamente a todos, por meio de documento escrito.
Direito objetivo: é o complexo de normas jurídicas que regem o comportamento humano, de modo obrigatório, prescrevendo uma sanção no caso de sua violação. Indica-lhe o caminho a seguir.
Direito subjetivo: é a permissão dada por meio de norma jurídica, para fazer ou não alguma coisa, para ter ou não ter algo, ou, ainda, a autorização para exigir, por meio dos órgãos competentes do poder público ou por meio de processos legais. É subjetivo porque as permissões, com base na norma jurídica e em face dos demais membros da sociedade, são próprias das pessoas que as possuem, podendo ser ou não usadas por elas.
O direito Civil é o ramo do direito privado destinado a reger relações familiares, patrimoniais e obrigacionais que se formam entre indivíduos da sociedade.
O Código de 2002 apresenta as seguintes diretrizes: o princípio da socialidade, referindo à prevalência do interesse coletivo sobre o individual. O principio da eticidade, fundado no respeito à dignidade humana, dando prioridade à boa fé subjetiva e a objetiva. O principio da operabilidade, conferindo ao órgão aplicador maior elastério, em busca de uma solução mais justa.
Das pessoas:
Conceito de pessoa: pessoa é o ente físico ou moral, suscetível de direitos e obrigações. Nesse sentido, pessoa é sinônimo de sujeito de direito ou sujeito de relação jurídica (é o poder de fazer valer, através de uma ação o não cumprimento do dever jurídico, o poder de intervir na produção da decisão judicial). Trata-se da pessoa de existência real, afirmação esta utilizada para se contrapor ao conceito de pessoa jurídica que possui existência fictícia.
Toda pessoa compreende indistintamente a unanimidade dos seres componentes da espécie humana, sem distinção de sexo, cor, raça, estado de saúde e nacionalidade.
A personalidade começa com o nascimento da pessoa, mas a lei põe a salvo desde a concepção os direitos do nascituro. Ela termina com a morte do individuo. A personalidade é a aptidão genérica para adquirir direitos e contrair obrigações na ordem civil. A que todos possuem é denominada PERSONALIDADE DE DIREITO OU DE GOZO. Por outro lado nem todos podem afigurar pessoalmente na prática dos atos da vida civil, por lhes faltar PERSONALIDADE DE FATO OU DE EXERCICIO. O que determina a existência de fato é a capacidade.
Capacidade é a aptidão para adquirir direitos e exercer, por si ou por outrem, atos da vida civil. A capacidade é elemento da personalidade. Para ser capaz é necessário preencher os requisitos necessários para agir por si, como sujeito ativo ou passivo de uma relação jurídica. Há duas espécies de capacidade, a de gozo e a de exercício.
A capacidade de gozo ou de direito é ínsita ao ente humano, toda pessoa normalmente tem essa capacidade; nenhum ser dela pode ser privado pelo ordenamento jurídico.
Já a capacidade de exercício é a simples aptidão para exercitar direitos. É a faculdade de fazê-los valer. Ela pode ser retirada caso necessário.
Legitimação: é a capacidade específica para determinados atos da vida civil. Portanto é possível que uma pessoa tenha personalidade, seja capaz, mas em hipóteses específicas não tenha legitimação para a prática isolada da vida civil. Ex: alienação de bens do casal. O tutor de alienar os bens de seu tutelado.
Incapacidade é a restrição legal ao exercício dos atos da vida civil, devendo sempre ser encarada estritamente, considerando-se o principio de que a capacidade é a regra e a incapacidade a exceção. Os absolutamente são representados nos negócios jurídicos, ao passo que os relativamente são assistidos pelos representantes.
O ato praticado pelo absolutamente SEM representação é NULO, ao passo que o relativamente é ANULÁVEL. 
Pessoas absolutamente incapazes: São absolutamente incapazes os menores de 16 anos, pois tem exíguo desenvolvimento mental, sua reduzida adaptabilidade à vida social.
O código também menciona os loucos de todos os gêneros (casos de insanidade, permanente e duradoura), isto é, aqueles que por deficiência mental não tem conhecimento das práticas que pratica. A incapacidade é positivada (publicada) a partir da publicação da sentença que interdita a pessoa de acordo com as regras do CC. Tal sentença tem natureza declaratória, o que, a principio faz com que ela atinja todos os atos da loucura. A legislação NÃO admite os chamados intervalos lúcidos, razão pela qual todos os atos praticados após a interdição serão considerados nulos. Obs.: Se a pessoa utiliza tóxicos, álcool e perdeu a noção da realidade, ela é incapaz absoluta.
 Também há os que por motivo transitório, não puderem exprimir a sua vontade. O motivo transitório (embriaguez, uso de drogas esporádicas). A pessoa quer, mas não sabe ou não pode exprimir a sua vontade. O dispositivo se refere aqueles que tendo feito uso EVENTUAL e esporádico da substância, não se encontra em condições de ter consciência nos atos que pratica. O dispositivo não se refere aos alcoólatras e drogaditos que tenham discernimento reduzido (relativamente incapazes).
O direito tende a proteger a boa fé. Se a pessoa desconhece a deficiência do outro e com ele compactua, o contrato é válido. Se ela conhece e mesmo assim compactua, o contrato é NULO. Quando uma sentença declara interdição ela é retroativa, tornando qualquer contrato nulo.
Pessoas relativamente incapazes: A capacidade relativa entre 16 e 18 anos, entre essa faixa etária é necessário o auxilio dos pais no negócio.
Também são incapazes os ébrios habituais em tóxicos e os que por deficiência mental tenham discernimento reduzido. O vício de entorpecentes diminui a capacidade mental do individuo, de modo que não tem condições de administrar seus patrimônios. Neste caso é necessário um tutor que o auxilie nos negócios.
Os pródigos são aqueles que desordenadamente dissipam seus haveres, reduzindo-se a misérias. A interdição só o privará de, sem curador, emprestar, transgredir, dar quitação, alienar, hipotecar, enfim atos que sejam de mera administração. 
Obs. O artigo 4º do CC determina a capacidade dos índios. De acordo com a Lei 6.001/73, os índios nascem com a proteção da FUNAI, o que faz com que todos os atos por eles praticados devam ser assistidos por essa entidade ainda que o índio seja maior de idade.
A capacidade plena somente é alcançada com a emancipação junto a FUNAI em procedimento no qual deve constar positivado o conhecimento da língua nacional, da cultura, dos costumes civis entre outros.
A prática de tais atos sem assistência torna o ato anulável.
Emancipação:
Judicial: concessão dos pais por meio de escritura pública (por mais que eles emancipem, continuam respondendo legalmente por seus filhos), casamento, exercício de emprego publico, colação de grau em ensino superior, estabelecimento civil ou comercial que gere renda ao menor, e que por meio deste ele consiga se sustentar.
Caso o menor esteja sob tutela, o tutor não pode, sem autorização do juiz, emancipar seu tutelado. A doutrina diz que o tutor, muita vezes, não tem o mesmo amor e cuidado, que os pais teriam.
Legal: o código civil defere emancipação aqueles que se casam aos 18 anos, valendo-se da presunção de que o casamento é incompatível com a incapacidade civil. Observa-se que o casamento entre pessoas com idade entre 16 e 18 anos depende de autorização dos pais, sendo que abaixo desta idade será obrigado a ter autorização judicial.
Há também outras formas, tais como emprego público efetivo, colação de grau em cursosuperior e estabelecimento civil ou comercial fazendo com que o menor se estabeleça com economia própria.
Identificação da pessoa natural: nome, estado e domicilio.
Fim da personalidade Jurídica: Termina com a morte.
Morte civil= como se morto fosse. Pode ser por exclusão da herança ou indigno do oficialato. 
Comoriência= duas ou mais pessoas falecem nas mesmas circunstâncias, sem dar a possibilidade de saber quem morreu primeiro. Neste caso a lei admite que elas morreram conjuntamente. (importante para o direito sucessório)
Ausência= estado de fato consistente de desaparecimento da pessoa de seu domicílio, sem deixar notícias. Fases: 
Curadora dos bens do ausente: trata-se de uma fase destinada à preservação dos bens curados pelo ausente, neste caso deverá a autoridade judicial a requerimento de qualquer interessado ou o MP, declarar a ausência nomeando curador.
Sucessão Provisória: o ausente, por mais de um não retornou. Será aberto o requerimento das pessoas mencionadas na sucessão. Nesta fase determinará à autoridade judicial a partilha dos bens deixados de acordo com a ordem de vocação hereditária, atribuindo-se aos futuros herdeiros a posse provisória dos bens mediantes GARANTIA SUFUCIENTE DE RESTITUIÇÃO, caso o ausente volte.
Sucessão definitiva: A sucessão definitiva será aberta após o decurso do prazo de 10 anos no transito em julgado que determinou a abertura da sucessão provisória ou de cinco anos se o ausente já se encontrava com 80 anos. Neste caso atribuem-se os bens em caráter definitivo levantando-se as cauções porventura prestadas para garantir sua restituição. Caso o ausente retorne após isso reivindicará a sua propriedade e seus bens no estado em que eles se encontrarem e se ainda existirem.
Pessoas Jurídicas:
Conceito: o grupo humano ou patrimonial criado na forma da lei, e dotado de personalidade jurídica própria, para a realização de fins comuns. É preciso partir da ideia de que o individuo, muitas vezes, por si só, será incapaz de realizar certos fins que ultrapassem suas forças e os limites da vida individual.
Não existe coincidência entre pessoa jurídica e natural.
Teorias:
Negativistas: a existência da pessoa jurídica não é distinta da natural
Patrimônio destinado a um fim, sem personalidade jurídica.
Simples massa de bens de propriedade comum.
O verdadeiro sujeito de direito são as pessoas que a integram, considerados em conjunto. 
Nega toda a personalidade jurídica, inclusive da pessoa natural.
Afirmativas:
Teoria da ficção: tudo é ficção, até mesmo o Estado, logo todo ordenamento jurídico também poderia ser considerado ficção.
Teoria da realidade objetiva: a pessoa jurídica existe, mas é igual à pessoa natural.
Teoria da realidade técnica: existe, pois a lei prevê.
OBS: característica fundamental da pessoa jurídica é o fato de que ela tem existência autônoma, distinta de seus membros, o que implica reconhecer que possuem patrimônio próprio, nome e domicilio próprio etc.
As sociedades de economia mista nascem da fusão do capital público com o particular. A pessoa jurídica de direito publico interno associa-se a particulares, fundando empresas destinadas a realizar serviço de interesse da coletividade.
As pessoas jurídicas podem ser subdivididas em associações e fundações. Elas apresentam um patrimônio, que tem função instrumental, representa um meio para que se possam consolidar os fins propostos pelos sócios.
A pessoa jurídica tem personalidade, patrimônio e vida própria, distinguindo-se de seus membros.
Obs. trata-se da manifestação como regra, de duas ou mais pessoas, com vistas ao desempenho de uma atividade de interesse comum. No entanto, a lei 12.441 de 2011 inseriu no artigo 44 do CC a figura da EMPRESA INDIVIDUAL DE RESPONSABILIDADE LIMITADA (EIRELI), o que nos permiti concluir que é possível a existência de uma pessoa jurídica formada por uma só pessoa.
Observância das condições legais: geralmente três são os requisitos a serem observados para a criação da pessoa jurídica. Primeiro deles: elaboração dos atos constitutivos, tal documento deverá fixar as regras básicas de funcionamento da pessoa jurídica, tais como objeto social, integrantes, sede, prazo entre outros. Segundo: registros dos atos junto aos órgãos competentes quais sejam, registro civil das pessoas jurídicas para associações, fundações e sociedades simples e junta comercial para sociedades empresárias. Terceiro: tratando-se de pessoas jurídicas de direito publico a criação dar-se-á de acordo com as regras do artigo 18 e seguinte da CF/88.
 Em hipóteses restritivas será exigida ainda autorização governamental como no caso de empresa destinada a venda de explosivos, armas etc. Licitude de seu objeto: há proibição expressa de que pessoas jurídicas tenham por objeto a exploração de atos ilícitos, imorais ou contrários aos atos de bons costumes.
Liceidade: seu objeto é indispensável para a formação da pessoa jurídica. Deve ser possível e determinado.
Diferentemente da pessoa natural, a capacidade da pessoa jurídica tem inicio concomitantemente com sua constituição regular, isto é, com registro de seus atos constitutivos junto ao registro civil competente, tal capacidade, no entanto, deverá ser exercida por alguém (pessoa natural) que torne presente a pessoa jurídica, isto é, seu representante legal, tal como indicado no contrato ou estatuto social. Os atos praticados pelo representante legal dos limites dos poderes outorgados pelos atos constitutivos obriga a pessoa jurídica que deve cumprir a obrigação por aquele assumida.
Associações e fundações
As associações são pessoas jurídicas de direito privado constituídas pela união de pessoas que se organizam para fins não econômicos. Distinguem-se, portanto, com absoluta nitidez, das sociedades, que têm por finalidade o desenvolvimento de atividade de cunho econômico.
Não há, entre os associados, direitos e obrigações recíprocos. Os sócios se unem, portanto, para a obtenção de um fim não econômico, mas estabelecem entre si qualquer vinculo.
A qualidade de associado é intransmissível, se o estatuto não dispuser o contrário. A exclusão do associado só é admissível havendo justa causa, assim reconhecida em procedimento que assegure direito de defesa e de recurso, nos termos previstos no estatuto.
Nenhum associado poderá ser impedido de exercer direito ou função que lhe tenha sido legitimamente conferido, a não ser nos casos e pela forma previstos na lei ou no estatuto.
Dissolvida a associação, o remanescente do seu patrimônio liquido, depois de deduzidas, se for o caso, as quotas ou frações ideais, será destinado a entidades de fins econômicos ou, omisso, deste, por deliberação dos associados, à instituição municipal, estadual ou federal, de fins idênticos ou semelhantes. Universitas personarum.
Fundação: 
Caracterizem-se como universitas bonorum, isto é, o patrimônio possui maior relevância do que as pessoas em torno dele. Para instituir uma fundação deverá o interessado separar uma parcela de seu patrimônio vinculando-o a um fim especifico por intermédio de uma escritura publica ou de um testamento. Elaborada por testamento ou escritura pública, deverá o fundador providenciar a criação dos Estatutos, o que poderá ser feito por ele próprio (forma direita) ou por terceiros por ele designados (fiduciário).
Após a elaboração deverão os estatutos ser entregues ao MP e serem aprovados; sendo incorretas, as divergências deverão ser solucionadas por uma autoridade judicial, após isso os estatutos deverão ser registrados, o que dará a fundação o inicio de sua personalidade.
Sociedade Irregular ou de fato: Sem o registro de seu ato constitutivo a PJ será considerada irregular, mera associação ou sociedade de fato, sem personalidade jurídica. A PJ possui vida própria e patrimônio que não se confundem com o de seus membros.
Os grupos despersonalizados (ou com personificação anômala) constituem
Um conjunto de direitos e obrigações, de pessoas e bens, sem personalidade jurídica, que geralmente se formam independentemente da vontade de seus membros. No entanto, apesarde não terem personalidade, possuem capacidade processual, isto é, capacidade para postular em juízo (ou seja, ser autor ou réu em uma ação judicial).
Sociedades Irregulares e de Fato (não personificadas): Elas são entidades que já foram criadas e que já estão em funcionamento; porém elas ainda não têm existência legal, pois ainda não foram registradas.
Desconsideração da personalidade da pessoa jurídica: o registro dos atos constitutivos da pessoa jurídica confere-lhe existência legal e como consequência autonomia patrimonial e responsabilidade própria. Em outras palavras, a partir da constituição regular da pessoa jurídica, passa ela a ter existência distinta de seus membros que não poderão como regra ser responsabilizados pelos atos que ela praticar. No entanto é possível que os administradores da PJ utilizem o expediente da separação patrimonial para obter vantagens ilícitas perante terceiros, certos de que não serão responsabilizados pelos atos praticados na PJ.
Pode ocorrer ainda que os administradores confundam seu patrimônio próprio com o da PJ de maneira que, externamente, não se possa determinar o que pertence a um ou a outro.
Nestes casos a legislação admite que a autonomia patrimonial conferida a pessoa jurídica seja desconsiderada de maneira a atingir o patrimônio dos sócios. O que caracteriza a denomina a “desconsideração”. Observa-se que a desconsideração não implica na desconstituição da pessoa jurídica, mas apenas da desconsideração episódica de sua autonomia, para permitir atingimento patrimonial do sócio. Por fim pondera-se que há regras do ART. 50 CC a respeito da desconsideração. Como as previstas no CDC, no CTN e na legislação previdenciária.
Domicilio civil: é um lugar onde se presume que a pessoa esteja presente para fins de direito e pratica habitualmente seus negócios jurídicos. De modo objetivo é a fixação da residência, subjetivamente consiste no intuito de permanecer em determinado local.
A residência é, por tanto, apenas um elemento componente do conceito de domicilio, que é mais amplo e com ela não se confunde. Residência, como foi dito, é simples estado de fato, sendo o domicilio uma situação jurídica. Residência, que indica a radicação do individuo em determinado lugar, também não se confunde com morada ou habitação, local que a pessoa ocupa esporadicamente, como a casa da praia ou de campo, ou mesmo o local para onde se mudou provisoriamente até concluir a reforma de sua casa.
Espécies: 
Voluntário: fixa residência com intenção de permanecer.
Necessário ou legal: Resulta de imposição legal; a lei o fixa independentemente da vontade do individuo; por necessidade jurídica, este é obrigado a estabelecer-se em determinado lugar. Estes são: os incapazes, funcionários públicos, militares e presos.
Eleição: escolhida por ambas as partes de um contrato o local do domicilio.
BENS:
Conceito: bem é tudo aquilo que causa satisfação, é aquilo que tendo existência limitada na natureza e sendo suscetível de apresentação satisfaz uma necessidade humana. 
Os bens são coisas, porém nem todas as coisas são bens. As coisas são o gênero do qual os bens são espécies. As coisas abrangem tudo quanto existe na natureza, exceto a pessoa, mas como “bens” só se consideram as coisas existentes que proporcionam ao homem uma utilidade e tem finalidade no seu patrimônio.
Bens considerados em si mesmos:
Imóveis e móveis: os bens imóveis são todos aqueles que não podem ser removidos de um lugar para outro sem a danificação se sua substancia. Os chamados bens imóveis por natureza são aqueles por estarem imobilizados devido ao seu estado natural, sem para que isso tenha tido interferência humana. Ex: solo. Já os de acessão física ou artificial são aqueles que por intervenção do homem são incorporados ao solo permanentemente, sua retirada implicaria em destruição de sua substancia. Ex: edifícios. Imóveis por acessão intelectual ou pertenças podem ser removidos de um lado para outro sem que se altere a sua substancia. Ex: uma máquina na fábrica de produção. Determinação legal são aqueles que por determinação legal submetem-se as mesmas normas que disciplinam os bens imóveis as quais pertencem. 
Móveis: são móveis aqueles que podem ser transportados de um lado para outro sem a destruição da sua substancia. São os móveis por antecipação, isto é, são naturalmente imóveis, mas por sua destinação econômica são antecipadamente considerados móveis. Móveis por determinação legal: corresponde aos direito reais sobre os bens móveis e suas respectivas ações.
Fungíveis e infungíveis: fungíveis são aqueles que podem ser trocados de uma coisa por outra de mesma espécie sem causar danos. Infungíveis são aqueles que por possuírem características especiais não podem ser substituídos. Os bens imóveis são infungíveis, pois é único, não podendo desta forma ser substituído.
Consumíveis e inconsumíveis: consumíveis são aqueles que desaparecem logo após o primeiro uso. Já os inconsumíveis são aqueles que perduram logo após o uso. Obs. Uma roupa num loja é consumível, mas após a sua compra ela se torna inconsumível.
Divisíveis e indivisíveis: divisíveis são aqueles que podem ser partilhados sem que haja perda no valor econômico do objeto. Já os indivisíveis não podem ser partilhados, pois reduzem o valor do objeto.
Singulares e coletivos: singulares são aqueles que possuem existência diferente das demais. Já o coletivo é uma reunião de singulares.

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