Buscar

Atos Jurídicos: Diferenças e Elementos

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 7 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 7 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Nome: Jéssica Fernandes Veloso. T.I.A: 41222717
Professor: Pablo 2ºF
Questões de Direito Civil I.
Qual a diferença entre atos jurídicos, negócios jurídicos e atos-fatos jurídicos? A capacidade do agente é exigida em todos os casos como requisitos de validade do ato? Explique. 
Resposta: Nem todo acontecimento constitui um fato jurídico. Alguns são simplesmente fatos, irrelevantes para o direito. Assim, para ser considerado fato jurídico deve passar por um juízo de valoração. Fato Jurídico em sentido amplo é, portanto, todo acontecimento da vida que o ordenamento jurídico considera no campo do direito.
Este fato se divide em lícitos (atos humanos em que a lei defere os efeitos almejados pelo agente, praticados conforme o ordenamento jurídico) e os ilícitos (atos praticados em desacordo com o ordenamento). Por sua vez, os atos lícitos dividem-se em atos jurídicos em sentido estrito; negócios jurídicos e ato- fato jurídico.
No Negócio Jurídico a ação humana visa diretamente a alcançar um fim prático permitido na lei, dentre a multiplicidade de efeitos possíveis. Por essa razão é necessária uma vontade qualificada, sem vícios.
No ato jurídico em sentido estrito, o efeito da manifestação da vontade está predeterminado na lei, não havendo por isso qualquer dose de escolha da categoria jurídica. A ação humana se baseia não numa vontade qualificada, mas em simples intenção.
No ato-fato jurídico ressalta-se a consequência do ato, o fato resultante, sem se levar em consideração a vontade de praticá-lo. Muitas vezes o efeito do ato não é buscado nem imaginado pelo agente, mas decorre de uma conduta e é sancionado pela lei. A conduta do agente não tinha por fim imediato adquirir-lhe a metade, ainda que seja um absolutamente incapaz.
Quais são elementos da existência do negócio jurídicos? E de validade? Explique.
Resposta: O negócio jurídico funda-se na autonomia privada, no poder de autorregulação dos interesses que contém a enunciação de um preceito, independentemente do querer interno.
É indubitável que a manifestação da vontade exerce papel preponderante no negócio jurídico. Tal declaração deverá ser livre e de boa-fé, não podendo conter vício de consentimento, nem social, sob pena de invalidade.
Pode ser ele expresso ou tácito desde que o negócio, por sua natureza ou disposição legal, não se exija forma expressa. Será expresso se declarado, por ser escrito ou oralmente, de modo explicito. Será tácito se resultar de um comportamento do agente, que demonstre, implicitamente, sua anuência. Até mesmo o silêncio é fato gerador de negócio jurídico, quando em certas circunstâncias e usos indicar um comportamento hábil para produzir efeitos jurídicos e não for necessária a declaração expressa da vontade.
Para a existência do negócio ainda é necessário mais dois requisitos: a finalidade negocial e a idoneidade do objeto. Para a existência do negócio é necessário que a vontade tenha sido manifestada com a intenção de criar, modificar, transferir, conservar ou extinguir direitos. Já idoneidade do objeto, é quando este deve ser adequado ao negócio proposto. Se o objeto for diferente, estar-se-á criando um negócio diferente do proposto.
Para a validade do negócio é necessários outros aspectos: Agente capaz, como todo ato negocial pressupõe uma declaração de vontade, a capacidade do agente é indispensável à sua participação válida na seara jurídica. Tal capacidade poderá ser: geral a exercer direitos por si; legitimação requerida para a validade de certos negócios. Objeto lícito, possível e determinável, o negócio válido deverá ter em todas as partes que o constitui, um conteúdo permitido. Deverá ser lícito, ou seja, não contrário aos bons costumes, à ordem pública e à moral.
Forma prescrita, às vezes será imprescindível seguir determinada forma de manifestação de vontade ao se praticar ato negocial dirigido à aquisição. O principio geral é que a declaração de vontade independe de forma especial, sendo suficiente que se manifeste de modo a tornar conhecida a intentio ao declarante. 
A impossibilidade física do objeto sempre invalida o negócio jurídico? 
Resposta: A impossibilidade inicial não invalida o negócio jurídico e se for relativa, ou se cessar antes de realizada a condição a que ele estiver subordinado. Isto é, se a prestação puder ser realizada por outrem, embora não o seja pelo devedor, não invalide o negócio jurídico.
Como podemos classificar uma compra e venda? E a doação pura? Explique.
Resposta: Compra e venda é primordialmente uma relação inter vivos, destinados a produzir efeitos em vida dos interessados. São onerosos, isto é, quando deles resultam sacrifícios e vantagens reciprocas. São atos bilaterais, pois a declaração da vontade depende de duas ou mais pessoas. São atos não solenes.
Já a doação é unilateral, pois a declaração de vontade emana de uma só pessoa (ou mais de uma), porém na mesma direção. São gratuitos quando outorgam vantagens sem impor ao beneficiado a obrigação de fornecer o equivalente. Pode ser solene e não solene (se a doação for verbal).
Qual a diferença de condição, termo e encargo? Explique.
Resposta: Condição pode ser conceituada como cláusula do negócio jurídico que subordina se conteúdo à ocorrência de um evento futuro e incerto. O mais relevante na condição é exatamente a indeterminação quanto à realização deste evento e consequentemente quanto à produção dos seus efeitos.
Os principais elementos da condição são trazidos pelo artigo 121 do Código Civil, a voluntariedade, que reside no exercício da autonomia das partes, a incerteza quanto à ocorrência do fato e a futuridade. O fato contido na cláusula como condição não poderá ser algo já ocorrido.
Divide-se a condição em suspensiva e em resolutiva. Quando se formula uma condição suspensiva articula-se a produção de efeitos do negócio jurídico em razão de evento futuro e incerto. Os efeitos tradicionais de determinado negócio ficam suspensivos, impedidos de ocorre enquanto o fato incerto não se der, tal como afirma o artigo 125 do código civil.
Tratando-se de condição resolutiva pretende-se com a cláusula que o negócio jurídico produza seus efeitos desde logo, mas que um fato incerto e futuro os façam cessar se ocorrer.
Já o termo subordina o começo e o fim da produção de efeitos do negócio jurídico a um evento futuro e certo, o que basicamente diferencia condição e termo é a certeza do evento. Neste sentido, destaca-se que o termo representa a cláusula que ocorrerá, isto é, sabe-se da certeza do evento, mesmo que não se conheça quando.
O termo pode ser classificado em certo e incerto ou determinado. Se houver conhecimento de quando, exatamente, a cláusula ocorrer, o termo será chamado de certo ou determinado. Diferentemente, quando se sabe apenas que o evento futuro ocorrerá, mas não se conhece de determinada, classifica-se como termo incerto.
O termo ainda pode ser classificado como final e inicial. O primeiro, conforme a previsão legal do artigo 131 do Código Civil marca o inicio da produção de efeitos, os quais dizem respeito ao exercício do direito e não à sua aquisição. Ao contrário da condição suspensiva que interfere na aquisição e exercício do direito, o termo inicial pressupõe a titularidade do direito, atuando a cláusula como impedimento do seu exercício até o acontecimento do evento.
O termo final trata de por fim ao direito e ao seu exercício com um acontecimento sobre o qual se tem certeza da realização.
Logo após a classificação de termos, o código trata de prazos. A expressão prazo transmite, assim, a noção de espaço de tempo entre o inicio e o fim da existência de feitos jurídicos.
Encargo é a clausula pela qual se impõe obrigação a quem se faz uma liberalidade. Trata-se de estipulação peculiar aos negócios jurídicos a titulo gratuito, inter vivos ou mortis causa, que encerrem a concessão de algum benefício.
O artigo 553 do Código Civil preceitua que o donatário é obrigado a cumprir os encargos da doação, caso sejam em beneficio do doador, de terceiro ou dointeresse geral, o Ministério Público poderá executar sua ação depois da morte do doador, se este não o tiver feito.
Na condição, a existência ou extinção do direito fica suspensa até a verificação do acontecimento futuro e incerto. O encargo, ao contrário, não suspende a aquisição nem o exercício do direito, salvo quando expressamente imposto no negócio jurídico, pelo disponente, como condição suspensiva. Além disso, o encargo é coercitivo. Ninguém pode ser constrangido a submeter-se a uma condição, ao passo que estará a se tratar do encargo, sob pena de se anular a liberalidade.
Quais as consequências da ilicitude da condição aposta no negócio jurídico?
Resposta: Silvio Venosa ensina que devem ser consideradas ilícitas as condições imorais e ilegais. São imorais as que, no geral, atentam contra a moral e os bons costumes. 
O artigo 123 do Código civil, inciso II relata a previsão de nulidade do negócio jurídico que contiver condição ilícita ou de fazer coisa ilícita. Em ambas as hipóteses, o conteúdo estaria subordinado à promoção de condutas repudiadas pelo direito.
Quais são os requisitos para que o erro possa anular o negócio jurídico? A propósito, qual a distinção entre erro, ignorância e dolo?
 Resposta: O erro consiste em uma falsa representação da realidade. Nessa modalidade de vício do consentimento o agente engana-se sozinho. O código equiparou os efeitos do erro à ignorância. Erro é a ideia falsa da realidade. Ignorância é o completo desconhecimento da realidade. Num e noutro caso, o agente é levado a praticar o ato ou a realizar o negócio que não celebraria por certo, ou que praticaria em circunstancias diversas, se estivesse devidamente esclarecido.
Não é qualquer espécie de erro que torna anulável o negócio jurídico. Para tanto, segundo a doutrina tradicional, deve ser substancial, escusável e real. Erro substancial é o que recai sobre as circunstancias relevantes do negócio jurídico, é aquele de tal importância que, sem ele, o ato não se realizaria. Se o agente conhecesse a verdade, não manifestaria vontade de concluir o negócio jurídico. Diz-se, por isso, essencial, porque tem para agente importância determinante, isto é, não existisse não se praticaria o ato.
Erro escusável é o erro justificável, exatamente o contrário de erro grosseiro, de erro decorrente do não emprego da diligência ordinária. Ao considerar anulável o erro que poderia ser percebido por pessoa de diligencia normal, em face das circunstâncias do negócio, o novo diploma explicitou a necessidade de que o erro seja escusável, adotando um padrão abstrato, o do homem médio, para a aferição da escusabilidade.
Erro real, para invalidar o negócio, deve ser também real, isto é, efetivo, causador de prejuízo concreto para o interessado. Não basta, pois, ser substancial e cognoscível. Deve ser real, isto é, tangível, palpável, importando efetivo prejuízo para o interessado.
Dolo é o artificio ou expediente astucioso, empregado para induzir alguém à prática de um ato que o prejudica, e aproveita ao autor do dolo ou a terceiro. Consiste em sugestões ou manobras maliciosamente levadas a efeito por uma parte, a fim de conseguir da outra uma emissão de vontade que lhe traga proveito, ou a terceiro.
O dolo difere do erro porque este é espontâneo, no sentido de que a vítima se engana sozinha, enquanto o dolo é provocado intencionalmente pela outra parte ou por terceiro, fazendo com que aquela também se equivoque.
 Qual a distinção entre lesão e estado de perigo? Explique cada um deles.
Resposta: As diferenças entre estado de perigo e lesão são tão sutis que alguns doutrinadores sugerem a sua fusão num único instituto. O estado de perigo ocorre quando alguém se encontra em perigo e, por isso, assume obrigação excessivamente onerosa. A lesão ocorre quando não há estado de perigo, por necessidade de salvar-se; a premente necessidade é, por exemplo, a de obter recursos. Na lesão não é preciso que a outra parte saiba da necessidade ou da inexperiência; a lesão é objetiva. Já no estado de perigo é preciso que a outra parte beneficiada saiba que a obrigação foi assumida pela parte contrária para que esta se salve de grava dano.
Qual a diferença entre atos nulos e anuláveis? 
Resposta: Nulidade é a sanção imposta pela lei aos atos e negócios jurídicos realizados sem observância dos requisitos essenciais, impedindo-os de produzir os efeitos que lhes são próprios. O negócio é nulo quando ofende preceitos de ordem pública, que interessam à sociedade. Assim, quando o interesse público é lesado, a sociedade o repele, fulminando-o de nulidade, evitando que venha a produzir os efeitos esperados pelo agente.
Anulabilidade visa à proteção do consentimento ou refere-se à incapacidade do agente. Depende da manifestação judicial. Diversamente do negócio jurídico nulo, o anulável produz efeitos até ser anulado em ação, para qual são legitimados os interessados no ato, isto é, as pessoas prejudicadas e em favor de quem o ato se deve tornar ineficaz.
 O que é simulação? Qual a distinção entre absoluta e relativa? Em algum caso o negócio poderá ser mantido?
Resposta: Simular significa enganar, fingir. Negócio simulado, assim, é o que tem aparência contrária à realidade. A simulação é produto de um conluio entre contratantes, visando obter efeito diverso daquele que o negócio aparenta conferir.
Na simulação absoluta as partes na realidade não realizam nenhum negócio. Apenas fingem, para criar uma aparência, uma ilusão externa, sem que na verdade desejem o ato. Diz-se absoluta porque a declaração de vontade se destina a não produzir resultado, ou seja, deveria ela produzir um, mas o agente não pretende resultado nenhum.
Na simulação relativa, as partes pretendem realizar determinado negócio, prejudicial a terceiro ou em fraude de lei. Compõe-se, pois, de dois negócios: um deles é o simulado, destinado a enganar; o outro é o dissimulado, serve apenas para ocultar a efetiva intenção dos contratantes.
Somente se conserva o negócio jurídico se a simulação for inocente. Se não há nenhum impedimento legal para a concretização do ato sob a forma de lei e não objetivava a fraude desta, prevalece o negócio jurídico.

Outros materiais