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Historia Politica

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Teoria da História
Prof. Ms. Paulo Cotias
História Política
Em nossa análise podemos contrastar o que conhecemos como Nova História Política, com a vertente praticada no Séc. XIX e anteriores.
Estamos diante de uma virada epistemológica, com a reformulação dos objetos de pesquisa e do próprio modus operandi do fazer historiográfico. Essa virada é nítida com o advento da Escola dos Annales.
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De fato os Annales surgem com a proposta de rompimento paradigmático e isso envolveu sobremaneira a política. 
Até então, a história política era uma construção voltada para a descrição dos grande estados e/ou a dessa construção por meio dos “grande homens”. Essa história flerta com o caráter ora biográfico, ora meramente descritivo, oferecendo como produto o resultado de batalhas e seus desdobramentos.
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Já a vertente histórica pós-Annales, ainda que não tenha seu ponto forte na história política (ou melhor,não a fazia como o passado nem como preconizava o marxismo, que colocava o estrutural/econômico como veio de explicação para o político), possibilitou nas décadas posteriores, sobretudo após a década de 80 a emergência de uma Nova História Política.
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Essa Nova História está preocupada com o poder. Ou seja, analisa as relações presentes nos processos revolucionários, na construção dos regimes, no como o poder é construído nas micro-relações e como esse processo está relacionado aos demais movimentos existentes em determinado espaço social.
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Nesse contexto emergem novos atores, novas vozes e novas abordagens que oferecerão objetos de pesquisa até então sombreados pelas análises estruturais,ou ignorados quando da escolha de uma história dos vencedores.
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Desse modo, reforçamos que o ponto central dessa perspectiva é a noção de poder: ou seja, é objeto tudo aquilo que for atravessado por essa noção (incluindo o aspecto simbólico e suas representações).
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Contudo, isso não significa que as tradicionais abordagens que envolvem os personagens centrais, bem como o foco no Estado e nas instituições e ainda as análise de cunho estrutural tenham sido de todo abandonadas. A história do pós-guerra ilustra bem a retomada com fôlego dessa tendência. Agora, o diferencial é que estas convivem com as demais abordagens, que identificam nos grupos e sub-grupos, nos atores secundários, na “microfísica” do poder, pontos de grande interesse de análise e de compreensão, trazendo luzes às narrativas totais.
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Para a Nova História Política um novo enfoque metodológico se descortina, a história do discurso. Diferente da história oral. Enquanto essa se caracteriza pela coleta e seleção direta pelo historiador, a história do discurso é uma análise documental de registros produzidos voluntária ou involuntariamente pelos atores dos processos em que está imerso o objeto de estudo.
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O oral está preso a transcrição em texto do falado.
O discurso por se manifestar de diferentes modos, na constituição de uma cidade, na arquitetura, nas artes, nos textos e imagens, entre outros.
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Porém há uma diferença metodológica importante. Os discursos não são analisados como provas. Essa é a visão ingênua do século XIX. Eles tanto nos colocam frente ao nosso objeto de estudo como também são unidades interpretativas em si mesmo. Ou seja, o exercício heurístico e hermenêutico começa na própria fonte.
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Isso significa que o texto é multidimensional. Seja pelo intratexto ou pelo contexto, por meio dos instrumentos de análise podem surgir indícios e evidências diversos.
Os campos da Retórica (Teoria da Argumentação) e da Semiótica são instrumentos de grande importância para o historiador.

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