Baixe o app para aproveitar ainda mais
Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ INSTITUTO DE CIÊNCIAS BIOLOGICAS FACULDADE DE BIOLOGIA CURSO DE LICENCIATURA EM BIOLOGIA DISCIPLINA: CÉLULAS E MOLÉCULAS EPIDERMÓLISE BOLHOSA EQUIPE: ANNÍCIA FERREIRA – DANNIELY FREITAS – LAÉRCIO BRITO – MAGNO DIAS – THAIS PIRES – VICTÓRIA NUNES SUMÁRIO APRESENTAÇÃO E CONCEITUALIZAÇÃO DA EPIDERMÓLISE BOLHOSA TIPOS DE EPIDERMÓLISE BOLHOSA (EB) PRINCIPAIS CAUSAS DA EPIDERMÓLISE BOLHOSA MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS DIAGNÓSTICOS E SUAS TÉCNICAS TRATAMENTO FATOR SOCIAL CONCLUSÃO BIBLIOGRAFIA CONCEITUALIZAÇÃO DE EPIDERMÓLISE BOLHOSA São dermatoses mecano-bolhosas, que se caracterizam pelo aparecimento de bolhas ou vesículas aos mínimos traumas sobre a pele. As principais EBs hereditárias são decorrentes de mutações nos genes que codificam qualquer um dos componentes estruturais dos queratinócitos e da junção dermo-epidérmica. São divididas em quatro grandes grupos (simples, juncionais, distróficas e mistas, que são muito raras) e em pelo menos 20 fenótipos clínicos distintos, de acordo com o nível de clivagem e as características clínicas e moleculares; A Imagem é a Representação esquemática da junção dermo-epidermica e das principais proteínas estruturais envolvidas nas Epidermólises bolhosas congênitas. PRINCIPAIS TIPOS DE EPIDERMÓLISE EPIDERMÓLISE BOLHOSA SIMPLES Desordem dos queratinócitos. Formação de bolha intraepidérmica e com pouco envolvimento de outros órgãos. As lesões tipicamente desaparecem sem escarificar Mais comumente, essa doença é uma herança autossômica dominante. Alguns casos de herança recessiva já foram documentados. EPIDERMÓLISE BOLHOSA JUNCIONAL Caracteriza-se por bolhas onde a clivagem ocorre intra-lâmina lúcida da zona da membrana basal. Esta variação produz efeitos graves, com ocorrência de anemia, sinéquias, Retardo de crescimento e etc. Podendo ser fatal. EPIDERMÓLISE BOLHOSA JUNCIONAL Causadas por defeitos nas fibrilas de ancoragem. Devido a mutação do gene COL7A1, que codifica colágeno tipo VII. Bolhas saem por quase todo o corpo, na boca e esôfago. As bolhas que formam no esôfago cicatrizam causando estreitamento no esôfago, que leva a dificuldades para se alimentar. Há perda das unhas, e, quase sempre há distrofias nas mãos e pés. HISTOPATOLOGIA DE EPIDERMÓLISE BOLHOSA JUNCIONAL HISTOPATOLOGIA DE EPIDERMÓLISE BOLHOSA DISTRÓFICA PRINCIPAIS CAUSA DA EPIDERMÓLISE BOLHOSA A Hereditariedade é a principais causa da Epidermólise Bolhosa. As EBs hereditárias são decorrentes de mutações nos genes que codificam os componentes estruturais dos Queratinócitos e da junção Dermo-epidérmica. As mutações provocam alterações dessas proteínas que são responsáveis pelos defeitos de adesão entre as estruturas que constituem a pele, levando à formação das bolhas. HISTÓRICO DAS DESCOBERTAS SOBRE EPIDERMÓLISE BOLHOSA Pearsons, 1962: Utilização de Microscopia Eletrônica. Anticorpos Monoclonais: Caracterização de Fenótipos Bonifas 1991: alterações Moléculares MANIFESTAÇÕES CLINICAS DA EPIDERMÓLISE BOLHOSA MANIFESTAÇÕES GERAIS ENVOLTÓRIOS CULTÂNEOS GRANDE FRAGILIDADE MECÂNICA DA PELE BOLHAS EROSÕES RISCOS DE GRAVES INFECÇÕES GRANDE QUANTEDADE DE PELE DESNUDA – AUMENTO DE INVASÃO BACTERIANA – RISCOS DE SEPSE Tecidos com sequelas de erosão causada pela EB Secreção purulenta gerada pela má cicatrização das erosões e bolhas causadas pela EB. ENVOLTÓRIOS EXTRA CULTÂNEOS ESTENOSE DE ESÔFAGO + DESNUDAMENTO DO INTESTINO DELGADO DESNUTRIÇÃO ANEMIA FERROPRIVA RETARDO NA CICATRIZAÇÃO DE FERIDAS DIMINUIÇÃO DA IMUNO RESISTÊNCIA FOCO DE ENTRADA DE MICROORGÂNISMOS SEPSE Estenose de Esôfago Luz do esôfago normal APESAR DO INTENSIVO TRATAMENTO DE CURATIVOS, PERCEBE-SE QUE A CICATRIZAÇÃO É LENTA E INSUFICIENTE FORMAÇÃO DE VISÍCULAS AO LONGO DA URETRA E URETER MIOCARDIOPATIA DILATADA INFECÇÕES NO TRATO URINÁRIO DIFICULDADES DE MICÇÃO REDUÇÃO DA FUNÇÃO CARDIACA FORMAÇÃO DE EDEMAS AO LONGO DO CORPO MAIOR FRAGILIDADE A PELE MIOCARDIOPATIA DILATADA ICTUS CARDIACO NORMAL SEQUELAS ODONTOLOGICAS: Redução da dimensão do orifício bucal – microstomia. Hipoplasia do esmalte – excesso de cáries. SEQUELAS HORMONAIS: Atraso na puberdade Osteopenia e osteoporose DIAGNOSTICOS NA EPIDERMÓLISE BOLHOSA Clinico e Laboratorial. História familiar e consanguinidade dos pais. Diferenciação genética. A importância da subclassificação O diagnostico de EB pode ser confundido com outras doenças bolhosas (pênfigo, dermatite herpertiforme, porfiria cutânea tardia, e outras) Estudo histopatológico Testes laboratoriais: Microscopia eletrônica de transmissão, Mapeamento do antígeno imunofluorescência ou Imunoistoquímica. Microscopia eletrônica de transmissão padrão ouro para o diagnóstico. Mostra na Epidermólise bolhosa juncional, rupturas na região de lâmina lúcida de membrana basal, e na forma distrófica rupturas na lâmina densa. PRINCIPAIS TRATAMENTOS NA EPIDERMÓLISE BOLHOSA A Epidermólise Bolhosa não possui cura. Porém existem várias formas de tratamentos. Dentre eles destacam-se: punção das bolhas, uso de curativos estéreis nas lesões, uso de pomadas para a diminuição do risco de infecções, acompanhamento nutricional. O acompanhamento de uma equipe médica multidisciplinar é o indicado. Todos os tratamentos atuais objetivam a prevenção da formação de bolhas mais graves, de infecções ou deficiências nutricionais. O acompanhamento odontológico é imperativo. A análise funcional deve ser realizada diagnosticando padrões de deglutição, fonação e ausência de hábitos deletérios. Hipotonia muscular e respiração bucal são achados frequentes nestes pacientes. O plano de tratamento deve prever cuidados para preservar a integridade do esmalte dentário, por meio de medidas preventivas e controles odontopediátricos periódicos. A criança deve, tão cedo quanto possível, ser habituada a uma rigorosa higiene bucal, que pode ser realizada com uso de cotonete, gaze ou escova dental macia. Creme dental pode ser utilizado a partir do 3° ano de vida, lembrando que este não deve produzir ardor nas lesões da mucosa, assim como as soluções antimicrobianas utilizadas para reduzir o risco de infecções. A terapia com flúor é imprescindível. PARA UMA MELHOR QUALIDADE DE VIDA SÃO NECESSÁRIOS ALGUNS CUIDADO O mais importante, sem dúvida, são as medidas de prevenção e estas devem ser tomadas o mais precocemente possível para evitar a formação de bolhas. O portador dessa doença deve usar roupas e calçados leves e evitar o máximo de atrito possível, deve também usar curativos acolchoados em áreas mais suscetíveis aos traumas PROÍBIDO QUALQUER TIPO DE TRAUMA A Doença não impede que a criança leve uma vida praticamente normal e frequente escolas comuns da rede de ensino Para evitar constrangimentos os pacientes devem carregar consigo uma declaração médica de que a enfermidade é genética e não oferece o menor risco de contágio. Nas formas juncionais, em virtude da alteração no esmalte dentário e da alta incidência de cáries, a dieta deve ser hipoglicídica (com pouco açúcar) e os cuidados com higiene bucal devem ser potencializados com uso de escovas macias e bochechos com flúor e clorexedina Os pacientes devem ser estimulados a andar e movimentar braços e pernas para evitar a contraturas decorrentes da limitação dos movimentos Cuidados nutricionais são fundamentais para os doentes com formas mais graves que apresentam dificuldades para alimentação, devendo receber dieta hipercalórica 9rica em calorias) e hiperproteica (rica em proteínas), semelhante à recomendada para queimados de segundo grau CONSIDERAÇÕES FINAIS A Epidermólise bolhosa, como tantas outras doenças de pele (psoríase, vitiligo e ictiose) deixa um estigma. Por preconceito e ignorância as pessoas se afastam e isso afeta bastante a qualidade de vida dos pacientes, gerando pessoas introspectivas e depressivas. É fundamental encarar com naturalidade e respeito o indivíduo" SITES DA ASSOCIAÇÃO DE PARENTES, AMIGOS E PORTADORES DE EPIDERMÓLISE BOLHOSA CONGÊNITA: APPEB http://www.appeb.org.br/epidermolise.php BIBLIOGRAFIA http://vilamulher.terra.com.br/epidermolise-bolhosa-como-lidar-com-a-doenca-8-1-55-1080.html http://drauziovarella.com.br/corpo-humano/epidermolise-bolhosa/ http://www.minhavida.com.br/saude/materias/16760-epidermolise-bolhosa-doenca-genetica-e-marcada-pela-fragilidade-da-pele http://www.appeb.org.br/epidermolise.php https://repositorio.ufba.br/ri/bitstream/ri/8117/1/Vanessa%20Lys%20Simas%20Yamakawa%20Boeira%20(2012_1).pdf
Compartilhar