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APRESENTAÇÃO Prezado(a) parceiro(a), Durante o primeiro semestre de 2012, disponibilizamos 6 (seis) simulados estilo ENEM e, para cada um, fizemos a análise das questões utilizadas, classificando-as nos níveis fácil, médio e difícil, assim como o ENEM faz com suas provas. As 288+ são, dentre todas as questões dos seis simulados, as que apresentaram menores índices de acerto, sendo, assim, consideradas difíceis. Acreditamos ser fundamental que nossos alunos resolvam novamente essas questões para, assim, sanar as possíveis dúvidas sobre os assuntos abordados. Com esse objetivo, estamos disponibilizando, na área restrita do Portal SAS (www.portalsas.com.br), um PDF com essas 288 questões selecionadas. Consta, no final do módulo, o gabarito e, a partir do dia 03/09/12, você poderá consultar a resolução de todas elas em nosso portal. Atenciosamente, Sistema Ari de Sá Sumário Ciências Humanas e suas Tecnologias .................................................................... 3 Ciências da Natureza e suas Tecnologias ............................................................. 27 Linguagens, Códigos e suas Tecnologias ............................................................. 51 Matemática e suas Tecnologias ............................................................................... 77 Gabarito ....................................................................................................................... 94 As 288 + | ENEM 2012 CH | Página 4 CIÊNCIAS HUMANAS E SUAS TECNOLOGIAS Questões de 1 a 72 QUESTÃO 1 Leia os excertos abaixo para responder à questão seguinte. Excerto I “Em verdade imaginava eu que iria encontrar verdadeiros animais ferozes, homens selvagens e rudes. Enganei--me, porém, totalmente. Nos sentidos naturais, tanto internos como externos, jamais achei ninguém – indivíduo ou nação – que os superasse.” (D’ABBEVILLE, Claude. História da missão dos padres capuchinhos na ilha do Maranhão e terras circunvizinhas. Belo Horizonte / São Paulo: Itatiaia / Edusp, 1975. (p. 243) Sobre os povos tupi, que os portugueses encontraram pelo litoral da América do Sul nas primeiras décadas do século XVI.) Excerto II “De todos os lados afluem testemunhos que demonstram que as habitações dos trabalhadores nos piores bairros das cidades e as condições de vida desta classe são a origem de um grande número de doenças.” (ENGELS, Friedrich. A situação da Classe Operária. São Paulo: Global, 1985 (p. 119). Sobre as condições de moradia dos trabalhadores ingleses em Londres nas primeiras décadas da Revolução Industrial.) Em termos de atividade produtiva, os povos tupi praticavam uma agricultura rudimentar baseada no plantio da mandioca, do milho e da batata-doce, dentre outros produtos. Sua relação com a natureza estava pautada na inexistência de distinção entre homens, animais e fenômenos naturais. A principal diferença do sistema econômico-produtivo de povos caçadores/coletores/ agricultores com os tupi para com aquele das sociedades industriais contemporâneas consiste basicamente A na concepção de que a natureza deve ser subme- tida às necessidades humanas ou preservada, em nome dessas mesmas necessidades. B na tese de que a produção artesanal, de pequena escala, pode suplantar a tendência de esgotamento dos recursos naturais, implementada pela industria- lização. C no uso abusivo de recursos naturais renováveis, que tendem a degradar o meio ambiente e prejudi- car a sobrevivência dos ecossistemas naturais. D no desenvolvimento de uma agricultura diversifica- da, assentada na produção em larga escala e reali- zada no sistema de agricultura familiar. E na ideia de que o homem está inexoravelmente submetido aos ditames da natureza e a disponibili- dade seletiva de recursos naturais. QUESTÃO 2 Quando as embarcações de Colombo aportaram na América, de fato não a ‘descobriram’, pois muita gente já vivia em nosso continente. O que de fato ocorreu foi a integração da América ao continente europeu, ou, mais exatamente, à sociedade mercantil. Há quem pense que essa integração foi um favor que os europeus ‘civilizados’ prestaram aos indígenas ‘bárbaros’. Isto não é verdade. As sociedades nativas eram socialmente muito complexas e desenvolvidas e sua incorporação teve custos humanos imensos, graças a massacres cruéis perpetrados pelos cristãos ‘civilizados’ da Europa.” (PINSKY, J. et al. História da América através de textos. São Paulo: Contexto, 1991, p. 11) A leitura do texto nos permite inferir que, no processo de conquista da América pelos europeus, A teve como maior justificativa ideológica a necessi- dade de encontrar riquezas e melhorar a economia europeia. B a descoberta do continente americano pelos euro- peus é um fato histórico concreto e incontestável. C a colonização europeia foi responsável pela livre as- similação da cultura nativa por parte dos europeus. D a tradicional abordagem histórica enfatizava o ca- ráter inferior dos indígenas e os benefícios da co- lonização. E os povos indígenas da América tornaram-se vítimas dos europeus devido à sua desorganização social. QUESTÃO 3 “Em seu livro Jihad vs. McWorld, Benjamin Barber foi incrivelmente profético ao descrever nosso mundo complicado, em que dois cenários aparentemente contraditórios desenrolam-se simultaneamente: um, onde ‘cultura é lançada contra cultura, pessoas contra pessoas, tribos contra tribos’ e outro, onde ‘ímpeto de forças econômicas, tecnológicas e ecológicas (...) exigem integração e uniformidade e (...) hipnotizam as pessoas em todo o planeta com o universo fast de música, computador, comida (...), um McMundo unido pela comunicação, informação, entretenimento, comércio’.’’ (WORLDWATCH INSTITUTE. Estado do mundo. 2004. Salvador: Uma, 2004. p. 179.) Fonte: http://images.google.com.br CH | Página 5 As 288 + | ENEM 2012 O texto e a figura compõem um quadro que aponta para uma das contradições socioeconômicas mais marcantes da globalização. São elementos constituintes dessa contradição: A intensa homogeneização do espaço – eliminação de culturas tradicionais. B democracia nos países ricos – autoritarismo e de- sorganização da sociedade civil nas nações subde- senvolvidas. C incentivo à integração econômica – fragmentação política pelo nacionalismo. D poder das empresas globais – popularização dos sistemas de transportes em massa. E universalização de produtos e facilidade de circula- ção de riqueza – diferenciação de ritmo e intensida- de dos países e das populações na globalização. QUESTÃO 4 “Os fenômenos econômicos (...) processam-se livre e independentemente de qualquer coação exterior, segundo uma ordem imposta pela natureza e regida por leis naturais. Cumpre, pois, conhecer essas leis naturais e deixá-las atuar.” (Paul Hugon - História das Doutrinas Econômicas). O trecho acima sintetiza o pensamento econômico dos A fisiocratas. B mercantilistas. C marxistas. D keynesianos. E marginalistas. QUESTÃO 5 “E são tão cruéis e bestiais, que assim matam aos que nunca lhes fizeram mal, clérigos, frades, mulheres (...) Sujeitando-se o gentio, cessarão muitas maneiras de haver escravos mal havidos e muitos escrúpulos, porque terão os homens escravos legítimos, tomados em guerra justa.” (Carta do Padre Manuel da Nóbrega, 1558) “Depois disso, com licença do Padre Nóbrega, me fui a outra aldeia de 150 casas e fiz ajuntar os moços e fiz- lhes a doutrina em sua própria língua. Achei alguns aqui mui hábeis e de tal capacidade que bem ensinados e doutrinados podiam fazer muito fruto, para o que temos necessidade de um colégio nesta Bahia para ensinar os filhos dos índios.” (Carta do Padre Azpicuelta Navarro, 1551) A leitura dos fragmentosnos permite inferir que A a Igreja condenava qualquer tipo de prática dos co- lonos para escravizar os indígenas. B os indígenas aceitavam passivamente a catequese quando feita em sua língua. C não existia uma visão unificada dentro da Igreja so- bre a questão dos indígenas. D os índios demonstravam feroz rejeição por qualquer aproximação com os jesuítas. E a Coroa portuguesa entrou em choque com as pre- tensões catequizadoras católicas. QUESTÃO 6 No início, o homem pré-histórico pouco sabia, mas foi aprendendo no decorrer da sua existência. Comunicava- se através da linguagem falada, coletava alimentos, utilizava pedras e pedaços de pau como armas, passando mais tarde a usar arco e flecha. Vestia-se com peles de animais e assava carne nas cavernas onde vivia. As características enumeradas acima fazem parte do período A Eolítico. B Paleolítico. C Neolítico. D Idade dos Metais. E Paleozoico. QUESTÃO 7 Moradores dos ‘sertões’, instalados além das cidades coloniais, transformaram tais espaços físicos em espaços humanos. (...) A presença desses nossos antepassados é de fundamental importância para entendermos porque, no Brasil Colônia, houve mais do que a pura e simples plantation de cana. A ‘visão plantacionista’, que considera todas as atividades não voltadas para a exportação como irrelevantes, embaçou durante muito tempo a contribuição que milhares de agricultores – responsáveis pela agricultura de subsistência ou pelo abastecimento do mercado interno – deram à história de nosso mundo rural.” (DEL PRIORE, Mary e VENÂNCIO, Renato. “Uma história da vida rural no Brasil”. Rio de Janeiro: Ediouro, 2006, p. 47-48.) A leitura do fragmento nos permite inferir que A existe a necessidade de mais estudos sobre a impor- tância do latifúndio exportador na economia colonial. B a existência da chamada “brecha camponesa” con- trastava com o predomínio da economia de plantation. C o desenvolvimento de um mercado interno foi pouco significativo na construção da realidade rural do Brasil. D o caráter agrícola da colonização lusitana impediu o desen- volvimento de núcleos urbanos nas áreas de plantation. E as atividades urbanas desenvolviam suas próprias atividades econômicas sem influências do meio rural. QUESTÃO 8 Diante da História, a Geografia foi usada como instrumento científico para legitimar o domínio dos países ricos sobre os pobres. A afirmativa que os trópicos são regiões hostis, inóspitas, foram usadas como materialismo científico para facilitar o expansionismo territorial no século XIX. No pós guerra, a crise europeia e o processo de descolonização do Terceiro Mundo fez surgir a Geografia da libertação. A concepção do pensamento geográfico surgida nos anos 60 e 70 capaz de romper a visão imperialista do Primeiro Mundo é A determinista. B possibilista. C a do Método Regional. D a da Nova Geografia. E marxista. As 288 + | ENEM 2012 CH | Página 6 QUESTÃO 9 Diz-se geralmente que a negra corrompeu a vida sexual da sociedade brasileira (...). É absurdo responsabilizar- -se o negro pelo que não foi obra sua (...), mas do sistema social e econômico em que funcionaram passiva e mecanicamente. Não há escravidão sem depravação sexual. É da essência mesma do regime. (...) Não era o negro (...) o libertino: mas o escravo a serviço do interesse econômico e da ociosidade voluptuosa dos senhores. Não era a ‘raça inferior’ a fonte de corrupção, mas o abuso de uma raça por outra. (FREYRE, Gilberto. Casa-grande & senzala. Rio de Janeiro: Record, 2001. p. 372 e 375.) Considerando o texto, é correto afirmar que a degradação moral da sociedade açucareira do Nordeste brasileiro tinha como eixo A a estrutura frágil da Igreja colonial e seu reduzido trabalho na disseminação dos valores cristãos. B as relações de poder entre a metrópole e a colônia, desfavoráveis a essa última quanto aos preços dos seus produtos. C a complexa formação étnica da sociedade açucarei- ra, misturando raças em detrimento dos costumes portugueses. D a natural corrupção do ser humano, que jamais en- contra limites, seja na Igreja ou polícia, para a ex- pressão dos instintos. E as relações sociais de produção presentes nas es- truturas do engenho açucareiro, base da ordem so- cial colonial. QUESTÃO 10 “A criação de um proletariado despossuído, (...) cultivadores vítimas de expropriações violentas repetidas, foi necessariamente mais rápida que sua absorção pelas nascentes manufaturas. (...) Forma-se uma massa de mendigos, ladrões e vagabundos. Desde o final do século XV e durante todo o século XVI, na Europa Ocidental, foi criada uma legislação sanguinária contra o ócio. Os pais da atual classe operária foram castigados por terem sido reduzidos à situação de vagabundos e pobres. A legislação os tratava como criminosos voluntários; ela pressupunha que dependia de seu livre arbítrio continuar a trabalhar como antes.” (MARX, Karl. O Capital. Paris, Garnier-Flamarion, 1969.) As transformações econômicas e sociais costumam gerar profundas alterações no chamado “mundo do trabalho”. A situação apontada por Marx refere-se ao processo histórico A das revoluções anticapitalistas, ocorridas na Euro- pa, contra as quais a burguesia determinou severa repressão. B das revoltas operárias, como o ludismo, voltadas à destruição das máquinas e à exploração por elas causada. C da Revolução Francesa, na qual os trabalhadores foram transformados em massa de manobra dos interesses burgueses. D de cercamento dos campos, com o deslocamento de um grande contingente de despossuídos da sua área rural de origem. E da Revolução Industrial, quando os criminosos eram expulsos das fábricas e proibidos de trabalhar em outra ocupação, pela legislação vigente. QUESTÃO 11 Martin Luther King A mão na limpeza (...) É, imagina só O que o negro pensava (...) Negra é a mão de quem faz a limpeza Lavando a roupa encardida, esfregando o chão Negra é a mão, é a mão da pureza (...) Limpando as manchas do mundo com água e sabão Negra mão da imaculada nobreza (...) (Gilberto Gil) A luta dos negros pela igualdade de direitos contou, nos Estados Unidos, nas décadas de 1950 e 1960, com a liderança do pacifista Martin Luther King. No Brasil, por meio de sua música, Gilberto Gil é uma das vozes que denunciam as condições precárias de vida de parcela dessa população. Assinale a opção que indica respectivamente o processo histórico que deu origem à exclusão social de parte considerável da população negra e uma de suas consequências, tanto no caso norte-americano quanto no brasileiro: A Oficialização do apartheid – acesso a escolas se- gregadas. B Implantação do escravismo nas colônias – desvalo- rização do trabalho manual. C Empreendimento de uma política imperialista mode- rada – restrição à ocupação de cargos de liderança. D Existência de relações escravistas na África – uso diferenciado de meios de transporte coletivos. E Declaração dos direitos humanos – manutenção da censura. CH | Página 7 As 288 + | ENEM 2012 QUESTÃO 12 Leia o texto a seguir e extraia a ideia central: “São verdades incontestáveis para nós: todos os homens nascem iguais; o Criador lhes conferiu certos direitos inalienáveis, entre os quais os de vida, o de liberdade e o de buscar a felicidade; para assegurar esses direitos se constituíram homens-governo cujos poderes justos emanam do consentimento dos governados; sempre que qualquer forma de governo tenda a destruir esses fins, assiste ao povo o direito de mudá-la ou aboli- la, instituindo um novo governo cujos princípios básicos e organização de poderes obedeçam às normas que lhes pareçam mais próprias para promover a segurança e a felicidade gerais.”(Trecho da Declaração de Independência dos Estados Unidos da América, Ministro das Relações Exteriores, EUA.) A ideia central do texto é A a forma de governo estabelecida pelo povo deve ser preservada a qualquer preço. B a realização dos direitos naturais independem da forma, dos princípios e da organização do governo. C cabe ao povo determinar as regras sob as quais será governado. D todos os homens têm direitos e deveres. E cabe aos homens-governo estabelecer as regras para o povo. QUESTÃO 13 Sobre a crise no Egito e seus desdobramentos, marque a alternativa correta: A O movimento pró-democrático teve início no come- ço de 2011, tendo como fonte inspiradora os movi- mentos revolucionários da Rússia. B Um dos objetivos de Mubarak era criar um governo fundamentalista islâmico e afastar o país cada vez mais de Israel. C A Irmandade Muçulmana deu apoio incondicional a Mubarak. Essa Irmandade Muçulmana é que deu origem à organização terrorista do Hamas. D O Egito é um país aliado dos EUA no mundo árabe, mas, perante tantos problemas e denúncias de cor- rupção e força militar excessiva com os jovens re- volucionários, Barack Obama e os principais líderes da União Europeia pediram a sua renúncia. E Assim como na Tunísia, Mubarak implementou uma série de benefícios à população, conseguindo agra- dar a maioria da população e evitando uma reação mais violenta por parte desta. QUESTÃO 14 A história da Humanidade se divide em quatro períodos: Antiga, Média, Moderna e Contemporânea. Hoje, pela evolução natural dos tempos, percebemos que já nos encontramos numa nova era: a da informática, da robótica, o que, em termos, deveria alterar a datação da história para um novo tempo cronológico. Tal fato acabou não ocorrendo porque A para a maioria das pessoas, a tecnologia e o proces- so citado de evolução não são visíveis aos olhos. B a divisão temporal da História acabou se desgastan- do com o tempo e, assim, perdendo seu significado didático, sendo as sociedades mais analisadas hoje por comportamentos e adequações. C muitos historiadores esperam um processo revolu- cionário que impulsione a ciência a alterar a datação clássica da história. D a tecnologia não se revela como um fato significa- tivo para alterar a datação tradicional da história da humanidade. E mesmo com toda evolução tecnológica, o fato de que o homem ainda não se adaptou a ela gera pro- fundas dificuldades para transformá-la em uma data significativa para alterar a datação historiográfica. QUESTÃO 15 Leia um trecho da coluna de Nelson Motta, no jornal Estado de São Paulo, de 18 de novembro de 2011: “Na juventude distante, fui um leitor entusiasmado de pensadores anarquistas, Bakunin, Proudhon, sonhando com um império da liberdade e da responsabilidade individual, com o fim do Estado como pai, mãe, patrão, ou religião. Para Proudhon, ser governado era ‘ser observado, fiscalizado, controlado, numerado, doutrinado, avaliado, punido, autorizado, taxado, explorado, corrigido, licenciado, comandado – sob o pretexto da utilidade pública – por criaturas que não têm o direito, nem a sabedoria e nem a virtude para isto’. Ainda vale o escrito, mas o que Proudhon pensaria no mundo da internet, com sua liberdade sem limites e sem controles do Estado, de monopólios ou burocracias partidárias? Os anarquistas aposentariam as bombas e alistariam hackers libertários? E Marx? E Freud? E Jung?” Analisando o texto de Nelson Motta, observamos colocações pertinentes sobre a realidade atual dos meios de comunicação de onde podemos concluir que A existe realmente uma liberdade total de expressão na internet, em todos os países do mundo. B na internet, não ocorre nenhum envolvimento de si- tes com partidos políticos. C as bases da internet, em muitos casos, passaram a ser controladas, o que demonstra a ação dos vários gover- nos retirando alguns sites do ar, como ocorreu recente- mente com sites de pirataria musical e de filmes. D a internet, por ser um território livre, abriu espaço para que vários governos fossem analisados mais a fundo, dando ao seu povo uma liberdade de de- monstrar sua contrariedade com certos regimes. E nenhuma via de comunicação é livre, sendo toda a im- prensa o tempo todo manipulada por redes e hackers. As 288 + | ENEM 2012 CH | Página 8 QUESTÃO 16 “Congregando segmentos variados da população pobre ou dirigindo-se às áreas de mineração, onde se concentravam enormes contingentes de escravos, as vendeiras e negras de tabuleiro seriam constantemente acusadas de responsabilidade direta no desvio de jornais, contrabando de ouro e diamantes, prática de prostituição e ligação com os quilombos.” FIGUEIREDO, Luciano. O avesso da memória: cotidiano e trabalho da mulher em Minas Gerais no século XVIII. Rio de Janeiro: José Olympio, 1993. A partir do texto, podemos inferir qual característica da sociedade escravista na mineração? A A criminalidade como atividade típica dos escravos. B A baixa capacidade de mobilização dos escravos para revoltas. C A corrupção existente na burocracia mineradora. D A maior mobilidade espacial dos escravos urbanos. E O predomínio das atividades rurais nas zonas mi- neradoras. QUESTÃO 17 A organização do mundo atual em zonas de influência comandadas por um país ou grupo de países segue o modelo centro-periferia. Enquanto o Japão, os Estados Unidos, parte do Canadá e a Europa Ocidental atuam como centro, o restante do mundo desempenha o papel de periferia. Observe as áreas destacadas no mapa. Todas as áreas destacadas, nesse mapa, são consideradas A periferias integradas aos centros, pois mantêm for- tes relações com os centros. B periferias marginalizadas em relação aos centros, pois estão pouco integradas ao mercado mundial. C periferias associadas aos centros, pois mantêm, circunstancialmente, algum tipo de relação com os centros. D periferias isoladas em relação aos centros, pois têm uma economia voltada para o mercado interno, so- bretudo por razões políticas. E centros integrados às periferias, pois se percebe uma economia totalmente voltada a uma equitativa distribuição de renda em escala global. QUESTÃO 18 Responda à questão considerando o desenho que representa parte do traçado urbano de uma cidade no dia 21 de dezembro. Analisando o desenho e sabendo que o paralelo 23°27’ S passa pelo centro da praça, é correto afirmar que A pela manhã, ao nascer do Sol, a sombra da bibliote- ca será projetada no sentido da rua Z. B pela manhã, ao nascer do Sol, a sombra da igreja será projetada no sentido da rua X. C ao meio dia solar, a sombra, tanto da igreja quanto da biblioteca pública, provavelmente, será projetada no sentido norte. D ao meio dia solar, provavelmente, não haverá a for- mação de sombra da igreja. E ao pôr-do-sol, a sombra da igreja será projetada no sentido da rua Z. QUESTÃO 19 “Casa que não entra sol, entra médico.” Esse antigo ditado reforça a importância de, ao construirmos casas, darmos orientações adequadas aos dormitórios, de forma a garantir o máximo de conforto térmico e salubridade. Assim, confrontando casas construídas em Lisboa (ao norte do Trópico de Câncer) e em Curitiba (ao sul do Trópico de Capricórnio), para garantir a necessária luz do sol, as janelas dos quartos não devem estar voltadas, respectivamente, para os pontos cardeais A norte/sul. B sul/norte. C leste/oeste. D oeste/leste. E oeste/oeste. CH | Página 9 As 288 + | ENEM 2012 QUESTÃO 20 A França foi o epicentro de três ondas revolucionárias nesse período, que acabaram por estimular movimentos semelhantes em outras partes do mundo, inclusive na própria Europa. Uma primeira onda socialista, liderada pelascamadas médias e populares que desejavam a instalação de um governo democrático socialista, em parte influenciado pela própria difusão do Manifesto Comunista, ameaçara os interesses burgueses no mundo capitalista ocidental. Analisando-se o Movimento Revolucionário ocorrido na França, em 1848, podemos inferir que A foi nitidamente liberal, provocando a queda de Car- los X e o início da chamada “Monarquia de Julho”. B teve o duplo caráter: nacional e liberal, representan- do um momento decisivo contra o estatuto político- -territorial estabelecido pelo Congresso de Viena. C adquiriu um caráter bonapartista, antirrepublicano e antilegitimista. D assumindo uma conotação socialista, dividiu as for- ças revolucionárias, atemorizando a burguesia. E colaborou para a vitória de uma experiência socialis- ta através da organização das “Oficinas Nacionais”. QUESTÃO 21 Observe as figuras a seguir. FIGURA 1 N A S R a io s s o la r e s FIGURA 2 N A S R a io s s o la r e s FIGURA 1 N A S R a io s s o la r e s FIGURA 2 N A S R a io s s o la r e s Disponível em: <http://www.novaterraesoterico.blogspot.com>. Ilustração esquemática, sem escala. Acesso em: 18 set. 2010. [Adaptada] Os ângulos de incidência dos raios solares sobre a superfície da Terra, demonstrados nas figuras, apresentam duas situações distintas, que caracterizam os solstícios e os equinócios. Em ambas as figuras, o ponto A representa uma cidade sobre a linha do equador, ao meio-dia. A figura 2 mostra a incidência do sol três meses após a situação ilustrada na figura 1. A figura 1 representa o A equinócio de primavera no hemisfério sul, quando a incidência dos raios solares é oblíqua à superfície da Terra em A. B equinócio de primavera no hemisfério sul, quando a incidência dos raios solares é perpendicular à su- perfície da Terra em A. C equinócio de outono no hemisfério sul, quando a in- cidência dos raios solares é perpendicular à super- fície da Terra em A. D solstício de verão no hemisfério norte, quando a in- cidência dos raios solares é oblíqua à superfície da Terra em A. E solstício de inverno no hemisfério sul, quando a in- cidência dos raios solares é oblíqua à superfície da Terra em A. QUESTÃO 22 Responder à questão com base na charge a seguir, referente à organização do mundo hoje. ECO LÓGICAS POBRES DO SUL QUEREM MENOS DO NORTEGASES TÓXICOS RICOS DO NORTE QUEREM MENOS DO SULGENTE É O CHAMADO CONFLITO MORTE-SUL A charge acima A representa uma divisão esquemática do mundo, representada pela linha do Equador, definida pela pobreza do Sul e riqueza do Norte. B caracteriza uma realidade vivenciada no capitalismo industrial, onde a poluição foi o fator dominante de- vido à falta de tecnologia preventiva. C mostra um conflito ideológico, e não econômico, já que representa a bipolarização da Guerra Fria e a preocupação com a ecologia. D indica que, embora o Sul fique separado do Norte por uma linha imaginária, há uma nítida ruptura cau- sada pelas diferenças em administrar problemas ambientais. E evidencia um antagonismo entre ricos e pobres, num conflito onde a população pobre dos países do Sul é dominada pelo poder ideológico e econômico do Norte. As 288 + | ENEM 2012 CH | Página 10 QUESTÃO 23 Durante a primeira metade do século XIX, a Europa vivenciou um contexto marcado por divergências, que envolviam forças de transformação (as tendências liberais) e as de conservação (a tentativa de restauração absolutista). Diante desse panorama, a burguesia desenvolveu um discurso voltado para o fortalecimento de seus interesses socioeconômicos, reafirmou o liberalismo e o nacionalismo e evidenciou um combate à tentativa de restauração do antigo regime. Em relação a essas revoluções que alcançaram diversas partes do mundo, é correto afirmar que A desenvolveram na França uma experiência política de forte inspiração socialista, que reconhecia a ab- soluta igualdade entre os homens. B restabeleceram na Europa governos elitistas regi- dos por constituições que cerceavam os direitos e liberdades de participação popular. C representaram tão-somente o ponto culminante de um processo revolucionário de caráter popular, que influenciou a Revolução Americana. D produziram grandes surtos revolucionários, de ca- ráter ao mesmo tempo liberal e nacional, na Itália e na Alemanha. E foram responsáveis pela divulgação dos princípios de legitimidade e do equilíbrio europeu na América e no Oriente. QUESTÃO 24 Os assírios habitaram a região de Assur, derivando daí seu nome bem como o nome de seu principal Deus. Originariamente, foi um povo agricultor e pastor que começou sua expansão a partir de 1300 a.C. até tornar- se um grande império, que se estendeu da Palestina à Mesopotâmia. Assinale a alternativa que contém uma afirmação verdadeira. A A expansão assíria foi possível graças à estratégia da utilização de prisioneiros de guerra, especial- mente aqueles corajosos e valentes, como merce- nários, negociadores e espiões. B O domínio assírio foi aceito pelos povos vencidos graças a negociações e pactos ardilosos e à utiliza- ção de discursos cujo teor propagava os ideais de tolerância e colaboração. C Os assírios empregaram acordos diferenciados com os povos conquistados. Aos mais frágeis mi- litarmente, prometeram tolerância, enquanto que aqueles que resistiam submetiam com a força. D A vitória dos assírios foi possível graças à superio- ridade militar, pois dispunham de uma potente ca- valaria, uma infantaria numerosa e de modernas máquinas de guerra. E A influência assíria foi bem além do mapa geográ- fico da Mesopotâmia, criando condições para se acreditar de forma extremamente convincente que povos da Europa Ocidental já conheciam as técni- cas dos assírios. QUESTÃO 25 Niels Arkstrom, professor da Copenhague Business School, compara a atual situação do empregado de uma organização à de um cônjuge num casamento contemporâneo ou de um casal vivendo junto. Em ambos os casos, um estado de emergência (que exige a mobilização de todos os recursos, tanto racionais quanto emocionais) tende ser a norma e não a exceção (...) O trabalho nunca acaba tal como as estipulações de amor e reconhecimento nunca são totais e incondicionais. É uma vida excitante e exaustiva, excitante para os aventureiros e exaustiva para os fracos de espírito. Por fim, mas não menos importante, a lógica da versão individualista da habilitação promovida pela economia da experiência torna a cooperação, o comprometimento mútuo e a solidariedade entre colegas de trabalho não apenas redundantes, mas contraproducentes.(...) Agora é cada um por si, com os gerentes recolhendo os ganhos da produtividade derivados daquilo que equivale a meter o ‘’t’’ de solitário no lugar do ‘’d’’ de solidário. BAUMAN, Zygmunt. A arte da vida. Rio de Janeiro, 2009. Jorge Zahar. p.169,170 A reportagem do jornal britânico e o texto analítico do sociólogo polonês podem ser relacionados no sentido de afirmarem que A o mundo do trabalho passa por reformulações pro- fundas cujas exigências podem transformá-lo num pesado fardo para a existência humana. B o fracasso dos movimentos sindicais e trabalhistas deixou apenas o suicídio como forma de conquistar aumentos salariais. C a padronização das relações trabalhistas de modo semelhante às relações amorosas traz benefícios e prejuízos aos trabalhadores. D tais problemas relacionados ao trabalho acabam sendo restritos a países com fraca legislação traba- lhista, como é o caso da China. E a produtividade elevada é uma necessidade atual das forças produtivas, e apenasos indivíduos com perfil arrojado e aventureiro são capazes de se adaptarem. QUESTÃO 26 A condição norte-americana de superpotência consolidou-se realmente no momento da rendição da Alemanha e do Japão, e da realização das conferências de Yalta e Potsdam, que selaram o encerramento da guerra. O crescimento do poderio soviético e a decadência das velhas potências europeias formavam o pano de fundo para que Washington assumisse finalmente a vocação de liderança do Ocidente capitalista. CH | Página 11 As 288 + | ENEM 2012 A hegemonia global dos Estados Unidos da América (EUA) traduzia-se nas esferas econômica e estratégica. Os conglomerados transnacionais americanos tornam-se grandes investidores. Na condição de credores das nações capitalistas, os EUA organizam programas voltados para a reconstrução europeia (Plano Marshall) e asiática (Plano Colombo). Os acordos de Bretton Woods transformavam o dólar em “moeda do mundo”, ao estabelecerem um sistema de paridade fixa e convertibilidade entre o dólar e o ouro. Cria-se uma nova arquitetura financeira global, cujos instrumentos eram o Banco Internacional para a Reconstrução e Desenvolvimento (BIRD, ou Banco Mundial) e o Fundo Monetário Internacional (FMI). Demétrio Magnoli. O Mundo Contemporâneo. São Paulo: Atual, 2004, p. 71-2 A respeito da situação geopolítica do mundo após a Segunda Guerra Mundial (1939-1945), podemos afirmar que A os EUA saíram fortalecidos do conflito e se afirma- ram como a única potência hegemônica tanto no cenário econômico como no militar. B a Europa buscou compensar seu declínio político, mantendo a repressão e o controle sobre suas colô- nias africanas e asiáticas. C ocorreu o armamentismo nos EUA e na União So- viética, assim como, em menor escala, nos países europeus e na China. D o clima de disputa e rivalidade entre os países da Europa Ocidental intensificou-se, sobretudo, após a construção do muro de Berlim. E ocorreu o declínio econômico dos EUA em função do aumento da dívida pública do governo devido à ajuda para a reconstrução europeia e asiática. QUESTÃO 27 http://www.brasilescola.com/sociologia/anarquismo.htm Para muitos jovens se criou com o tempo uma grande confusão entre o que o anarquismo prega e a visão de que qualquer distúrbio social ou balburdia ser um ato anárquico. Esta confusão se dá principalmente por alguns elementos de interligação, como podemos observar esta junção corretamente na opção: A Os movimentos anárquicos estão ligados à luta pela desintegração do Estado, como também pregam a totalidade das rebeliões grevistas e sociais que ocorrem hoje no Brasil. B As rebeliões que ocorrem em escolas e internatos terem como fio condutor a premissa que o sistema capitalista está errado e, desta forma, deve ser des- truído para a abertura da Ditadura do Proletariado, base do pensamento anarquista. C O anarquismo que usa a letra A cortada como sím- bolo levanta a chama de se assemelhar ao que nota- mos em grupos de traficantes como o PCC (Primeiro Comando da Capital) ou o CV(Comando Vermelho) que também adotam símbolos como emblemas. D Pelo fato que os movimentos sociais, que hoje reivindi- cam paz, igualdade, justiça, democracia, muitas vezes serem pintados como atos ilícitos e, desta forma, tacha- dos como vandalismos ou insubordinações, como foi feito pela mídia ao levantar as razões do anarquismo. E Devido ao fato que o anarquismo sempre pregou a violência em todas as suas fases de construção e assim tem sido a base de muitos movimentos de rebelião no Brasil, como os que ocorrem hoje entre militares em Salvador e no Rio de Janeiro. QUESTÃO 28 Lacoonte e seus Filhos Juízo Final In: ARRUDA. J. A. e PILETTI. N. Toda a História. São Paulo: África. 2003. p. 56 In: PROENÇA. Graça. História da Arte. São Paulo: África. 2001. p. 103 A estátua “Lacoonte e seus Filhos”, produto do Helenismo, foi desenterrada em Roma, em 1506, impressionou Michelangelo (1475-1564) e influenciou seu trabalho artístico em “Juízo Final”. A influência da cultura clássica sobre os artistas renascentistas fica evidente na comparação entre as duas obras de arte em questão, sobretudo A pela preocupação com os temas sobrenaturais e religiosos. B no que diz respeito à temática hedonista oriunda do cristianismo. C na ênfase na postura rígida dos personagens devi- do à sua falta de mobilidade. D na ausência da perspectiva e da ideia de profundi- dade nas pinturas. E pela construção dos personagens de modo individu- alista e naturalista. As 288 + | ENEM 2012 CH | Página 12 QUESTÃO 29 Vermelho, azul e branco deveriam ter a companhia do cinza na bandeira francesa. Se os desmandos da aristocracia francesa, sem dúvida, alimentaram o rancor popular que resultou na Revolução de 1789, o vulcão Laki, localizado na Islândia, também contribuiu para a causa. A erupção iniciada em agosto de 1783 durou oito meses e teve efeitos catastróficos na Islândia e na Europa. Entre eles, uma alteração nos padrões climáticos que arrasou a agricultura francesa. A escala da erupção de 1783 foi grandiosa. Formou-se uma imensa nuvem de fumaça cinza que esfriou o planeta por pelo menos quatro anos. A Islândia está atolada numa dívida externa de mais de US$ 600 milhões desde a eclosão da crise global de 2008. Apesar da reprovação do resto da Europa pelos caos – o econômico e o aéreo –, para muitos dos 320 mil habitantes da ilha, a força subterrânea da natureza veio para retirar o país de uma catarse coletiva. A erupção do Eyjafjallajoekull ajudou a restaurar um senso de solidariedade após uma infinita busca de responsáveis desde a crise. Adaptado de O Globo, 24.04.2010. Os impactos de fenômenos geológicos e climáticos podem variar na história, como ilustram as reportagens sobre as erupções vulcânicas na Islândia, em 1783 e 2010. Nos dois casos apresentados, o fator natural contribuiu para reforçar a relação de interdependência entre A contextos políticos – atendimento das demandas sociais. B decisões econômicas – resolução dos problemas ambientais. C avanços tecnológicos – diminuição das insatisfa- ções populares. D progressos científicos – redimensionamento das ca- tástrofes naturais. E retrocessos sociais – agravamento dos problemas de saúde pública. QUESTÃO 30 Em 2006, Ary Itnem estourou na internet quando desfilou pedindo abraços em plena Avenida Paulista, filmou a façanha e colocou o resultado no YouTube, num filmete visto por mais de 650 mil pessoas. No mesmo ano, por conta disso, virou figurinha fácil na mídia nacional, dando entrevistas sobre relacionamento interpessoal nas empresas e sobre a teoria do abraço para praticamente todos os grandes veículos nacionais. Foi entrevistado por jornalistas de renome, como Heródoto Barbeiro, da rádio CBN, e Gilberto Dimenstein, da Folha de S. Paulo. Tudo não passaria de um filme sobre mais uma das milhares de teses escalafobéticas do mundo corporativo, não fosse por um simples fato: o consultor de RH Ary Itnem não existe, e seu nome, ao contrário, quer dizer “mentira”. A história virou a base para o documentário “O abraço corporativo”, lançado em 2009. http://oglobo.globo.com/cultura/documentario-abraco-corporativo-critica-forma-de-se-produzir- noticias-hoje-2980455#ixzz1kkpjJxdo A partir das informações do texto, pode-se inferir que A parte da mídia, não checa dados e informações, aceitam como fato tudo o que lhes é apresentado com aparência de verdade. B existe uma nítida separação entre o jornalismo de boa e má qualidade em função de públicos diferen- ciados. C há um oportunismo por parte das consultorias em- presariais que inventam modismos com objetivo de ganhar dinheiro. D as redes sociais contribuemnegativamente para a difusão de boatos e informações falsas. E a internet criou mecanismos de pesquisa que ga- rantem a veracidade dos fatos jornalísticos. QUESTÃO 31 Tiziano Vecellio di Gregorio- O eleitor João Frederico, duque de Saxônia, Museu do Prado. Mariano Salvador Maella - Don Froilán de Bergania (1798), Museu do Prado. CH | Página 13 As 288 + | ENEM 2012 A observação do trabalho dos mestres retratistas da aristocracia ajuda a compreender os cenários políticos e sociais de variados momentos históricos. Na primeira tela (século XVI), um aristocrata europeu é apresentado como senhor da guerra. Na segunda (século XVIII), o nobre, surge como componente da elite política e administrativa, pois lida com documentos e livros. A respeito do processo descrito no texto, assinale o item correto. A O universalismo papal funcionou como um dos maiores fatores de favorecimento para a formação das monarquias nacionais. B O enfraquecimento econômico da nobreza em fun- ção da crise feudal e a ascensão da burguesia difi- cultaram a centralização política real. C Ocorreu uma significativa mudança no papel da nobreza dentro das monarquias nacionais devido à formação dos exércitos nacionais absolutistas. D A burguesia próxima à figura dos monsarcas teve um aumento de sua supremacia política e econômi- ca em relação à aristocracia feudal. E Diante do crescimento comercial foi necessária uma readaptação por parte da nobreza feudal que pas- sou a se dedicar cada vez mais para as atividades de cunho burocrático e administrativo. QUESTÃO 32 Bem nas pesquisas, Mitt Romney convoca EUA para liderar o mundo 04 de novembro de 2011 • 12h55 “Deus não criou este país para ser uma nação de servos. Os Estados Unidos não estão destinados para ser mais um ao lado de tantos poderes igualmente balanceados no mundo. Os Estados Unidos devem liderar o mundo – ou então outro irá”. Esta não é a frase de um político de extremos ou de um ufanista religioso. É uma criação cuidadosa da campanha do pré-candidato Mitt Romney, o nome que pode unificar as diferentes correntes do partido Republicano e arregimentar votos em 2012 para retirar a Casa Branca dos Democratas. Romney congrega perfis. Além do componente religioso, possibilitado pela sua fé mórmon, o pré- candidato situa-se numa espécie de meio termo entre os apelos tradicionalistas de Rick Perry e a mão mágica do mundo dos negócios de Herman Cain. (...) Em 2008, Romney perdeu as primárias para John McCain. Neste ano, ao que tudo indica, o desfecho deverá ser diferente. http://tinyurl.com/7pjjvda 18/01/2012 20h10 - Atualizado em 18/01/2012 20h10 O discurso do pré-candidato Mitt Romney apresenta grande semelhança com a A doutrina do destino manifesto. B política do big stick. C política da boa vizinhança. D doutrina Bush. E doutrina Monroe. QUESTÃO 33 O personagem Jeca Tatu, criado por Monteiro Lobato, tornou-se mais conhecido na década de 1930, por meio de anúncios publicitários, como o ilustrado abaixo: –Jeca, por que não trabalhas? Adaptado de www.miniweb.com.br Esse anúncio retratava aspectos da sociedade brasileira da época, expressando críticas principalmente às condições de A acesso à escolarização. B assistência médico-hospitalar. C salubridade nas áreas rurais. D integração econômica regional. E autoritarismo político na Era Vargas. QUESTÃO 34 Elaborado por Taiichi Ohno, o toyotismo surgiu nas fábricas da montadora de automóvel Toyota, após a Segunda Guerra Mundial. No entanto, esse modo de produção só se consolidou como uma filosofia orgânica na década de 70. O toyotismo possuía princípios que funcionavam muito bem no cenário japonês, que era muito diferente do americano e do europeu. O toyotismo tinha como elemento principal, a flexibilização da produção. Ao contrário do modelo fordista, que produzia muito e estocava essa produção, no toyotismo só se produzia o necessário, reduzindo ao máximo os estoques. Essa flexibilização tinha como objetivo a produção de um bem exatamente no momento em que ele fosse demandado, no chamado Just in Time. Dessa forma, ao trabalhar com pequenos lotes, pretende-se que a qualidade dos produtos seja a máxima possível. Essa é outra característica do modelo japonês: a Qualidade Total. (...) http://mundoeducacao.uol.com.br/geografia/toyotismo.htm. As 288 + | ENEM 2012 CH | Página 14 A leitura caracteriza o modelo de produção chamado de “Toyotismo”, nos permitindo afirmar que A o toyotismo encontra dificuldade de se consolidar no mercado americano. B sua eficácia diante do fordismo está no aumento da sua produção. C o toyotismo tende a se afirmar como modelo produ- tivo do mundo globalizado. D com o avanço tecnológico toyotista, os empregados possuem menor carga horária. E o toyotismo perdeu a credibilidade e entrou em de- clínio após a crise do petróleo. QUESTÃO 35 Brasil: sexta economia do mundo Segundo a Economist Intelligence Unit (EIU), empresa de consultoria e pesquisa ligada à revista The Economist, o Brasil já se tornou, neste ano de 2011, a sexta maior economia do mundo, ou seja, o sexto maior produto interno bruto medido em dólares à taxa de câmbio corrente. Como o câmbio tem sofrido flutuações bruscas, quem acha que é o caso de estourar um champanhe deveria esperar pelo fim do ano, quando se poderão fazer as contas com precisão: a diferença entre o PIB estimado para o Brasil, 2,44 trilhões de dólares (mesmo considerada uma redução da projeção de crescimento de 3,5% para 3%) e o do recém-ultrapassado Reino Unido, 2,41 trilhões (com crescimento de 0,7%) é de 1,2%, diferença que pode facilmente triplicar ou se inverter num só dia de oscilação cambial. Segundo as projeções da EIU, a economia brasileira será ultrapassada em dimensão pela Índia em 2013 (o que é justo, visto ser um país com população cinco vezes maior), mas ultrapassará a França em 2014 e a Alemanha em 2020. Neste ano, portanto, o Brasil será a quinta maior economia do mundo, superado por EUA, China, Japão e Índia – caso a crise econômica, ora em curso na Europa, não arraste essas projeções água abaixo. (...) http://www.cartacapital.com.br/economia/brasil-sexta-economia-do-mundo/ O referido crescimento da economia brasileira relaciona- se diretamente com A o desenvolvimento do setor tecnológico, sobretudo ligado à informática. B o aumento da exportação de commodities para a China. C a descoberta de jazidas de petróleo na camada do pré-sal. D o desenvolvimento do turismo ligado a eventos es- portivos. E o estreitamento de laços econômicos com os paí- ses da zona do euro. QUESTÃO 36 O Conselho de Segurança da ONU aprovou nesta quarta-feira (3 de agosto) uma resolução condenando o presidente Bashar al-Assad pela violenta repressão às manifestações pró-democracia no país. http://noticias.uol.com.br/bbc/2011/08/03/em-meio-a-mais-violencia-conselho-da-onu-aprova- resolucao-contra-siria.jhtm Sobre a crise da Síria, iniciada em março de 2011, e suas repercussões, assinale a alternativa correta. A O Brasil não integra o Conselho de Segurança da ONU e, portanto, não assinou a resolução citada na reportagem. B Assim como ocorreu no Egito, as manifestações na Síria contam com o apoio de parcela importante das forças armadas. C As manifestações pró-democracia contam com o apoio do partido nacionalista Baath, único movimen- to oposicionista legalizado na Síria. D As manifestações visam pôr um fim ao regime da família Assad, no poder desde 1971. E A Liga Árabe classifica as manifestações da Síria como atos de vandalismo e condena qualquer forma de inge- rência internacional na crise enfrentada pelo país. QUESTÃO 37 O texto abaixorecupera uma obra iluminista dirigida por Denis Diderot e Jean Le Rond d’ Alembert em 1772 na França intitulada de Enciclopédia ou Dicionário racional das ciências, das artes e dos ofícios. No texto afirma-se que: na Enciclopédia não havia área do engenho humano que não tivesse sido coberta. Ali se observava a confiança de que os homens eram, ou poderiam ser em breve, senhores de seu próprio destino, que poderiam moldar o mundo e a sociedade de acordo com as suas conveniências e vantagens. Era o poder da razão. Por isso mesmo a Enciclopédia não foi universalmente aceita. Poderes absolutistas civis e religiosos foram seus combatentes. (DENT, N. J. H.. Dicionário de Rousseau. Rio de Janeiro: Zahar, 1996, p. 125. Texto adaptado). A Enciclopédia proposta por iluministas como Diderot e D’Alembert foi criticada no contexto francês, porque nesse momento o absolutismo e razão significavam A modos de viver compatíveis, nos quais as novas e modernas ideias iluministas eram absorvidas pelo reis absolutistas, que percebiam nelas as vantagens de se moldar o mundo à sua forma e maneira, tal qual Diderot em sua Enciclopédia, o que possibilitou o advento da monarquia constitucional. B maneiras de fazer política muito diversas. Para os racionalistas, a política absolutista deveria ser rees- truturada ou revolucionada, pois os novos saberes deveriam vir das experiências e das novas ciências e não de Deus e seus emissários. CH | Página 15 As 288 + | ENEM 2012 C formas incompatíveis de fazer política, pois o povo francês era governado por um velho monarca auto- ritário que se mantinha no poder devido à ignorân- cia do povo. Já livros como a Enciclopédia seriam a base da nova sociedade revolucionária e anarquista proposta por Diderot. D formas de governo inconciliáveis, pois o Absolutis- mo era autoritário e ultrapassado. Já os enciclope- distas, como Diderot e D’ Alembert, desejavam a derrubada do Rei pelos revolucionários comunistas, formadores de ideias socialistas vinculadas ao Mar- xismo contemporâneo. E maneiras de governar muito distintas, pois os enci- clopedistas eram homens de letras, que iniciavam carreira política nas fileiras dos liberais exaltados, e o monarca absolutista era do partido conservador francês. QUESTÃO 38 (Escola de Atenas – Rafael Sanzio) Observe a obra clássica de Rafael Sanzio, em que há uma síntese de vários elementos da filosofia grega, e leia atentamente os textos abaixo, respectivamente, de Platão e de Aristóteles: [...] a admiração é a verdadeira característica do filósofo. Não tem outra origem a filosofia. (PLATÃO, Teeteto. Tradução de Carlos Alberto Nunes. Belém: Universidade Federal do Pará, 1973. p. 37.) Com efeito, foi pela admiração que os homens começaram a filosofar tanto no princípio como agora; perplexos, de início, ante as dificuldades mais óbvias, avançaram pouco a pouco e enunciaram problemas a respeito das maiores, como os fenômenos da Lua, do Sol e das estrelas, assim como a gênese do universo. E o homem que é tomado de perplexidade e admiração julga-se ignorante (por isso o amigo dos mitos é, em certo sentido, um filósofo, pois também o mito é tecido de maravilhas); portanto, como filosofavam para fugir à ignorância, é evidente que buscavam a ciência a fim de saber, e não com uma finalidade utilitária. (ARISTÓTELES. Metafísica. Livro I. Tradução Leonel Vallandro. Porto Alegre: Globo, 1969. p. 40.) Com base no exposto anterior e nos conhecimentos sobre a origem da filosofia, é correto afirmar: A A filosofia surgiu, como a mitologia, da capacidade humana de admirar-se com o extraordinário e foi pela utilidade do conhecimento que os homens fugi- ram da ignorância. B A admiração é a característica primordial do filósofo porque ele se espanta diante do mundo das ideias e percebe que o conhecimento sobre este pode ser vantajoso para a aquisição de novas técnicas. C Ao se espantarem com o mundo, os homens per- ceberam os erros inerentes ao mito, além de terem reconhecido a impossibilidade de o conhecimento ser adquirido pela razão. D Ao se reconhecerem ignorantes e, ao mesmo tem- po, se surpreenderem diante do anseio de conhecer o mundo e as coisas nele contidas, os homens fo- ram tomados de espanto, o que deu início à filosofia. E A admiração e a perplexidade diante da realidade fizeram com que a reflexão racional se restringis- se às explicações fornecidas pelos mitos, sendo a filosofia uma forma de pensar intrínseca às elabora- ções mitológicas. QUESTÃO 39 Os líderes dos países que integram os BRICS – Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul – encerraram seu terceiro encontro com um comunicado em que pedem conjunta e explicitamente, pela primeira vez, mudanças no Conselho de Segurança das Nações Unidas. O texto defende reformas na ONU para aumentar a representatividade na instituição, além de alterações no Fundo Monetário Internacional e no Banco Mundial. Para os líderes dos BRICS, a reforma da ONU é essencial, pois não é mais possível manter as formas institucionais erguidas logo após a Segunda Guerra Mundial. Adaptado de O Globo, 15/04/2011 Uma das principais mudanças no contexto internacional contemporâneo que se relaciona com as reformas propostas pelos BRICS está indicada em A afirmação da multipolaridade. B proliferação de armas atômicas. C hegemonia econômica dos E.U.A. D diversificação dos fluxos de capitais. E homogenização tecnológica. QUESTÃO 40 Nessa forma de organizar o Estado, o sistema habilita o governo central a representar as várias entidades territoriais que possuem interesses em comum – por exemplo, defesa, relações exteriores e comunicações – e permite que essas entidades mantenham suas próprias identidades (autonomia), suas próprias leis, planos de ação e usos em diversos campos. Adaptado de GLASSNER, Martin I. Geografia política. Buenos Aires: Editorial Docencia, 2000 As 288 + | ENEM 2012 CH | Página 16 O texto acima remete a um elemento importante da organização das sociedades contemporâneas: a dimensão político-territorial. No caso, a descrição feita no texto diz respeito ao seguinte tipo de Estado Territorial A Misto. B Federal. C Unitário. D Associado. E Confederado. QUESTÃO 41 O movimento operário ofereceu uma nova resposta ao grito do homem miserável, no princípio do século XIX. A resposta foi a consciência de classe e a ambição de classe. Os pobres, então, se organizavam em uma classe específica, a classe operária, diferente da classe dos patrões (ou capitalistas). A Revolução Francesa lhes deu confiança, a Revolução Industrial trouxe a necessidade da mobilização permanente. HOBSBAWN, E. J. A era das revoluções. São Paulo: Paz e Terra, 1977. No texto, analisa-se o impacto das Revoluções Francesa e Industrial para a organização da classe operária. A “necessidade da mobilização permanente”, trazida pela Revolução Industrial, decorria da compreensão de que A a competitividade do trabalho industrial exigia um permanente esforço de qualificação para o enfren- tamento do desemprego. B a completa transformação da economia capitalista se- ria fundamental para a emancipação dos operários. C a introdução das máquinas no processo produtivo diminuía as possibilidades de ganho material para os operários. D o progresso tecnológico geraria a distribuição de riquezas para aqueles que estivessem adaptados aos novos tempos industriais. E a melhoria das condições de vida dos operários se- ria conquistada com as manifestações coletivas em favor dos direitos trabalhistas. QUESTÃO 42 “O mundo grego foi, basicamente, um mundo da palavra falada e não da escrita.” Moses I. Finley. Democracia antiga e moderna. Rio de Janeiro: Graal, 1988, p. 30. Aconstatação acima, relativa à Grécia antiga, pode ser justificada A pelo desconhecimento da escrita, que impedia quais- quer registros oficiais nas cidades-estado gregas. B pela importância do teatro, dos arautos e dos aedos, que contribuíam para a preservação da memória coletiva. C pelo caráter representativo da democracia atenien- se, que tornava desnecessária a participação direta dos cidadãos. D pela valorização das atividades físicas e militares, que prescindiam da alfabetização dos jovens. E pela característica lacônica presente na sociedade espartana e ateniense. QUESTÃO 43 Observe as representações do continente africano, realizadas por meio das projeções de Mercator e de Peters. Assinale a alternativa correta: A Na projeção de Peters, as distâncias entre os para- lelos crescem à medida que se afastam do Equa- dor, gerando um aumento exagerado das áreas lo- calizadas próximas aos polos. B A projeção de Mercator não se presta para a compa- ração de superfícies ou para medir distâncias, uma vez que foi criada para atender às necessidades de navegação do século XVI. C Tanto a projeção de Mercator como a de Peters falseiam a superfície dos continentes, seja pela de- formação latitudinal (Mercator) ou pela deformação longitudinal (Peters). D Por situar a África no centro, a projeção de Peters torna a África maior do que de fato ela é, se compa- rada aos demais continentes. E Os mapas de Peters e de Mercator, por se tratarem de projeções cilíndricas, não causam nenhuma de- formação na representação de qualquer região do globo terrestre em um plano. QUESTÃO 44 Leia o texto a seguir. Viva o Esporte Proletário! A necessidade de esporte para a juventude é um fato incontestável. A burguesia se aproveita desse fato para canalizar todos os jovens das fábricas para seus clubes. Que fazem os jovens nos clubes burgueses? Defendem as cores desses clubes. Se o clube é de uma fábrica, é o nome e a cor da fábrica que defendem; a burguesia cultiva neles a paixão e a luta contra a juventude de outras empresas […] Todo operário footballer deve ingressar nos clubes proletários. O trabalhador gráfico. 25 jun. 1928. Apud DECCA, Maria Auxiliadora Guzzo de. Indústria, trabalho e cotidiano. Brasil – 1889 a 1930. São Paulo: Atual, 1991. p. 71. (Adaptado). CH | Página 17 As 288 + | ENEM 2012 O fragmento do jornal conclama a uma prática organizativa, própria do movimento anarquista brasileiro, segundo a qual A o exercício físico seria o meio para o fortalecimento do espírito dos militantes. B a militância política deveria ser exercida em todas as dimensões da vida do trabalhador. C a participação dos cidadãos nos clubes de futebol das fábricas reforçaria a harmonia social. D a aliança proletário-burguesa deveria ser buscada por intermédio das práticas desportivas. E os militantes deveriam conscientizar os operários de que o futebol é um esporte alienante. QUESTÃO 45 Durante o século XVIII, a capitania de São Paulo sofreu grandes transformações territoriais e administrativas. Em 1709, nasceu a capitania de São Paulo e das Minas do ouro, abrangendo imenso território correspondente à quase totalidade das atuais regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, à exceção da então capitania do Rio de Janeiro e do Espírito Santo. Até 1748, sucessivos desmembramentos formaram as regiões de Minas, Santa Catarina, Rio Grande de São Pedro, Goiás e Mato Grosso. O novo capitão-general, mais conhecido como Morgado de Mateus, foi diretamente instruído pelo futuro Marquês de Pombal a ocupar-se da fronteira oeste ameaçada pelos espanhóis e a fomentar a produção de gêneros de exportação. (Adaptado de Ana Paula Medicci, “São Paulo nos projetos de império”, em Wilma Peres Costa e Cecília Helena de Oliveira, De um império a outro: formação do Brasil, séculos XVIII e XIX. São Paulo: Hucitec/Fapesp, 2007, p. 243.) Relacionando o desenvolvimento da capitania de São Paulo e a colonização do centro sul do Brasil podemos inferir que A o núcleo de São Vicente manteve sua prosperidade inicial assegurando recursos para a expansão eco- nômica para o sul da colônia. B o advento da mineração contribuiu para o esvazia- mento populacional de São Paulo e o seu progres- sivo declínio econômico. C as bandeiras foram as responsáveis pelo grande desenvolvimento econômico da região, pois acu- mularam capitais usados na cafeicultura. D a capitania desenvolveu expedições de exploração, cultivo de alimentos e outras atividades comerciais para o mercado interno. E o caráter interiorano e acidentado de seu território gerou um isolacionismo econômico de São Paulo em relação às outras capitanias. QUESTÃO 46 1827 – Surge a primeira lei brasileira que permite o ingresso das mulheres às instituições de ensino elementares. 1879 – As mulheres conseguem autorização do governo brasileiro para estudar em instituições de ensino superior. 1932 – O presidente Getúlio Vargas promulga o novo Código Eleitoral, garantindo, finalmente, o direito de voto feminino às mulheres. 1945 – A igualdade de direitos entre homens e mulheres é reconhecida em documento internacional através da Carta das Nações Unidas. 1962 – É sancionado o Estatuto da Mulher Casada, que garantiu, entre outras coisas, que a mulher não precisa mais de autorização do marido para trabalhar ou receber herança. 1985 – Surge a primeira Delegacia de Atendimento especializado à Mulher. 1996 – O Congresso Nacional brasileiro inclui o sistema de cotas na Legislação Eleitoral obrigando os partidos políticos a inscreverem, no mínimo 20% de mulheres nas chapas proporcionais. 2006 – Sancionada a Lei Maria da Penha que aumenta o rigor nas punições das agressões contra a mulher. 2012 – O Congresso sancionada a lei que equipara o salário de homens e mulheres no mercado formal de trabalho. Baseado nestes fatos, percebemos claramente que A mesmo com muitas vantagens, as mulheres ainda estão longe do reconhecimento na sociedade bra- sileira. B que, apesar de todas essas vitórias, as mulheres são vistas pela grande maioria da população brasi- leira como seres inferiores e desqualificados diante do potencial masculino. C as mulheres galgam um poder real e que demonstra o poderio que as mesmas absorvem pela sua luta político-social no mercado mundial. D grande parte das mulheres ou desconhece ou não aceita suas vitórias, preferindo o estado de submis- são de forma a manter-se como “donas do lar”. E uma parcela muito pequena tem atingido o êxito pretendido pelas mulheres, o que demonstra a sua pouca participação no mundo político como o Brasil. As 288 + | ENEM 2012 CH | Página 18 QUESTÃO 47 Emboaba: nome indígena que significa “o estrangeiro”, atribuído aos forasteiros pelos paulistas, primeiros povoadores da região das minas. Com a descoberta do ouro em fins do século XVII, milhares de pessoas da colônia e da metrópole vieram para as minas, causando grandes tumultos. Formaram-se duas facções, paulistas e emboabas, que disputavam o governo do território, tentando impor suas próprias leis. (Adaptado de Maria Beatriz Nizza da Silva (coord.), Dicionário da História da Colonização Portuguesa no Brasil. Lisboa: Verbo, 1994, p. 285.) Sobre o período em questão, podemos inferir que A as disputas pelo território emboaba colocaram em confronto paulistas e mineiros, que lutaram pela posse e exploração das minas. B a região das minas foi politicamente convulsionada desde sua formação, em fins do século XVII, o que explica a resistência local aos inconfidentes mineiros. C a luta dos emboabas ilustra o processo de conquis- ta de fronteiras do império português nas Américas enquanto na África os portugueses seretiravam de- finitivamente, no século XVIII. D a Monarquia portuguesa administrava territórios dis- tintos e vários sujeitos sociais, muitos deles em dis- puta entre si, como paulistas e emboabas, ambos súditos da Coroa. E a vitória dos paulistas no conflito foi decisiva para a obtenção junto à Coroa portuguesa, da autonomia política da região mineradora. QUESTÃO 48 “A Amazônia selvagem sempre teve o dom de impressionar a civilização distante. Desde os primeiros tempos da Colônia, as mais imponentes expedições e solenes visitas pastorais rumavam, de preferência, às suas plagas desconhecidas. Para lá os mais veneráveis bispos, os mais garbosos capitães-generais, os mais lúcidos cientistas.” (Euclides da Cunha, À Margem da História, São Paulo, Cultrix, 1975, p.32.) Podemos identificar como principais atividades de ocupação da Região Amazônica, no período colonial, A a extração de látex e a catequese indígena. B a pecuária extensiva e a extração de drogas do sertão. C a defesa militar da região e a catequese indígena. D as bandeiras de apresamento e as monções. E a mineração e a extração de drogas do sertão. QUESTÃO 49 Quem faz a história Quem construiu a Tebas das sete portas? Nos livros constam os nomes dos reis. Os reis arrastaram os blocos de pedra? E a Babilônia tantas vezes destruída Quem ergueu outras tantas? Em que casas da Lima radiante de ouro Moravam os construtores? Para onde foram os pedreiros Na noite em que ficou pronta a Muralha da China? A grande Roma está cheia de arcos do triunfo. Quem os levantou? Sobre quem triunfaram os Césares? A decantada Bizâncio só tinha palácios Para seus habitantes? Mesmo na legendária Atlântida, Na noite em que o mar a engoliu, Os que se afogavam gritaram por seus escravos. O jovem Alexandre consquistou a Índia. Ele sozinho? César bateu os gauleses, Não tinha pelo menos um cozinheiro consigo? Felipe de Espanha chorou quando sua armada naufragou. Ninguém mais chorou? Fredrico II venceu a Guerra dos Sete Anos. Quem venceu além dele? Uma vitória a cada página. Quem cozinhava os banquetes da vitória? Um grande homem a cada dez anos. Quem pagava as despesas? Tantos relatos. Tantas perguntas. Bertolt Brecht. O poema de Brecht remete a muitas análises das quais podemos depreender que A a concepção da poesia remete à valorização dos grandes personagens em detrimento dos atores se- cundários da história mundial. B Brecht escreve o poema preocupado com a inser- ção das mulheres no campo social e deixa isso cla- ro nas estrofes que seguem o texto. C o poema de Brecht retrata apenas a condição da classe fabril na época da Revolução Industrial. D usando a concepção marxista que fala que todas as classes devem ser analisadas, Brecht escreve um po- ema para enumerar o papel de todos na sociedade. E Brecht escreveu o poema pressionado por forças ditatoriais, o que mostra claramente sua linha de pensar. CH | Página 19 As 288 + | ENEM 2012 QUESTÃO 50 A constituição do Brasil, promulgada em 1988, alterou a divisão territorial do País criando Estados, anexando territórios e transformando território em Estado. Assim, a Região A Centro-Oeste foi a que mais se modificou, pois teve anexado o estado de Tocantins. B Sul não sofreu nenhuma modificação, enquanto a região Sudeste teve o estado do Espírito Santo in- corporado à sua área. C Norte e a Centro-Oeste foram as que tiveram sua área mais modificada, porque a Região Norte foi acrescida do Estado do Acre, e a Região Centro- -Oeste, do Estado de Tocantins. D Nordeste sofreu pequena alteração, com a anexa- ção do antigo território de Fernando de Noronha ao Estado de Pernambuco. E Sudeste e a Centro-Oeste não sofreram modifica- ções, já que seus Estados continuaram com a mes- ma área anterior a esse período. QUESTÃO 51 Analise o seguinte fragmento do diálogo Fedro, de Platão (427-347 a.C.). SÓCRATES: – Vamos então refletir sobre o que há pouco estávamos discutindo; examinaremos o que seja recitar ou escrever bem um discurso, e o que seja recitar ou escrever mal. FEDRO: – Isso mesmo. SÓCRATES: – Pois bem: não é necessário que o orador esteja bem instruído e realmente informado sobre a verdade do assunto de que vai tratar? FEDRO: – A esse respeito, Sócrates, ouvi o seguinte: para quem quer tornar-se orador consumado não é indispensável conhecer o que de fato é justo, mas sim o que parece justo para a maioria dos ouvintes, que são os que decidem; nem precisa saber tampouco o que é bom ou belo, mas apenas o que parece tal – pois é pela aparência que se consegue persuadir, e não pela verdade. SÓCRATES: – Não se deve desdenhar, caro Fedro, da palavra hábil, mas antes refletir no que ela significa. O que acabas de dizer merece toda a nossa atenção. FEDRO: – Tens razão. SÓCRATES: – Examinemos, pois, essa afirmação. FEDRO: – Sim. SÓCRATES: – Imagina que eu procuro persuadir- te a comprar um cavalo para defender-te dos inimigos, mas nenhum de nós sabe o que seja um cavalo; eu, porém, descobri por acaso uma coisa: “Para Fedro, o cavalo é o animal doméstico que tem as orelhas mais compridas”... FEDRO: – Isso seria ridículo, querido Sócrates. SÓCRATES: – Um momento. Ridículo seria se eu tratasse seriamente de persuadir-te a que escrevesses um panegírico do burro, chamando-o de cavalo e dizendo que é muitíssimo prático comprar esse animal para o uso doméstico, bem como para expedições militares; que ele serve para montaria de batalha, para transportar bagagens e para vários outros misteres. FEDRO: – Isso seria ainda ridículo. SÓCRATES: – Um amigo que se mostra ridículo não é preferível ao que se revela como perigoso e nocivo? FEDRO: – Não há dúvida. SÓCRATES: – Quando um orador, ignorando a natureza do bem e do mal, encontra os seus concidadãos na mesma ignorância e os persuade, não a tomar a sombra de um burro por um cavalo, mas o mal pelo bem; quando, conhecedor dos preconceitos da multidão, ele a impele para o mau caminho, – nesses casos, a teu ver, que frutos a retórica poderá recolher daquilo que ela semeou? FEDRO: – Não pode ser muito bom fruto. SÓCRATES: – Mas vejamos, meu caro: não nos teremos excedido em nossas censuras contra a arte retórica? Pode suceder que ela responda: “que estais a tagarelar, homens ridículos? Eu não obrigo ninguém – dirá ela – que ignore a verdade a aprender a falar. Mas quem ouve o meu conselho tratará de adquirir primeiro esses conhecimentos acerca da verdade para, depois, se dedicar a mim. Mas uma coisa posso afirmar com orgulho: sem as minhas lições a posse da verdade de nada servirá para engendrar a persuasão”. FEDRO: – E não teria ela razão dizendo isso? SÓCRATES: – Reconheço que sim, se os argumentos usuais provarem que de fato a retórica é uma arte; mas, se não me engano, tenho ouvido algumas pessoas atacá-la e provar que ela não é isso, mas sim um negócio que nada tem que ver com a arte. O lacônio declara: “não existe arte retórica propriamente dita sem o conhecimento da verdade, nem haverá jamais tal coisa”. (Platão. Diálogos. Porto Alegre: Editora Globo, 1962.) Após uma leitura atenta do fragmento do diálogo Fedro, pode-se perceber que Sócrates combate, fundamentalmente, o argumento dos mestres sofistas, segundo o qual, para fazer bons discursos, é preciso A evitar a arte retórica. B conhecer bem o assunto. C discernir a verdade do assunto. D ser capaz de criar aparência de verdade. E unir a arte retórica à expressão da verdade. As 288 + | ENEM 2012 CH | Página 20 QUESTÃO 52 http://2.bp.blogspot.com/hw9v9pBbqis/TEW3PUSKjyl/AAA AAAAB94/3d7N6F8SHOY/s1600/Americanprogress.JPG http://alerce.pntic.mec.es/~pong0000/ CausasImperialismo/mision%20civilizadora.jpg Na pintura de John Gast(Figura 1), Colúmbia, a mulher angelical, carrega a “luz da civilização” para iluminar os caminhos e guiar homens e carroças na marcha para o Oeste dos Estados Unidos; enquanto ela avança e expande os cabos do telégrafo nos caminhos por onde passa, tanto os indígenas nativos como os animais selvagens fogem amedrontados. No centro do cartaz (Figura 2), a mulher com armadura (uma referência à heroína Joana d’Arc) traz, na mão direita erguida, um ramo de oliveira, símbolo da sabedoria universal; na mão esquerda segura o escudo com as cores da bandeira francesa e o lema “progresso – civilização – comércio”. É a alegoria da França conquistadora que se expande para a Ásia e África distantes, levando as luzes do progresso e do comércio para os povos que, por desconhecerem o majestoso brilho da civilização europeia, vivem na escuridão. Essas imagens são alegorias de duas ideologias imperialistas do século XIX sintetizadas, respectivamente, nas expressões históricas: A “ética dos peregrinos” e “luta contra a barbárie”. B “ideologia do branco anglo-saxão protestante” e “salvacionismo imperial”. C “aliança para o progresso” e “processo civilizatório afro-asiático”. D “guerra justa” e “ocidentalização do mundo oriental”. E “destino manifesto” e “fardo do homem branco”. QUESTÃO 53 Os árabes, entre os Séculos VII e XI, ampliaram suas conquistas e forjaram importante civilização. Sob a ação catalisadora do Islã, foi mantida a unidade política, enquanto que o comércio destacou-se como elo do relacionamento tolerante com muitos povos. Além disso, argumenta-se que os valores culturais da Antiguidade Clássica chegaram ao conhecimento do Mundo Moderno Ocidental porque os árabes A traduziram e difundiram entre os europeus impor- tantes obras sobre o saber grego. B propagaram a obra Mil e uma Noites, mostrando que ela se baseia em lendas chinesas. C introduziram na Europa novas técnicas de cultivo e a habilidade na representação de figuras humanas. D profetizavam o destino do homem através das es- trelas. E desenvolveram uma ciência não submetida aos en- sinamentos religiosos. QUESTÃO 54 Considerando que em 2010 e 2011 a vigência do horário de verão ocorreu nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, e que as cidades de Goiânia (GO) e Manaus (AM) estão nos fusos horários GMT-3 e GMT-4, respectivamente, e, que a distância em linha reta entre essas cidades é de aproximadamente 1900 km, qual a velocidade média aproximada de um avião que saiu de Goiânia às 12h, horário local, e chegou a Manaus às 13h, horário local, no dia 3 de janeiro de 2011? A 1900 km/h B 950 km/h C 633 km/h D 475 km/h E 800 km/h QUESTÃO 55 Passar de Reino a Colônia É desar [derrota] É humilhação que sofrer jamais podia brasileiro de coração. CH | Página 21 As 288 + | ENEM 2012 A quadrinha acima reflete o temor vivido no Brasil depois do retorno de D. João VI a Portugal, em 1821. Apesar de seu filho Pedro ter ficado como regente, acirrou- se o antagonismo entre “brasileiros” e “portugueses” até que, em dezembro de 1821, as Cortes de Portugal determinaram o retorno do príncipe. Se ele acatasse, tudo poderia acontecer. Inclusive, dizia d. Leopoldina, “uma Confederação de Povos no sistema democrático como nos Estados Livres da América do Norte”. (Adaptado de Eduardo Schnoor,”Senhores do Brasil”, Revista de História da Biblioteca Nacional, no. 48. Rio de Janeiro, set. 2009, p. 36.) A respeito do processo referido no texto, podemos afirmar que A a Revolução Liberal do Porto pretendia a emanci- pação conjunta do Reino Português e brasileiro do jugo Absolutista mediante a proclamação de uma República e de um sistema federativo. B o Partido Brasileiro, liderado por José Bonifácio, re- pudiou a Revolução do Porto e passou a defender a ruptura imediata do Brasil com relação a Portugal. C o apoio à Revolução do Porto dividiu as classes sociais dominantes brasileiras, pois parte dela se- ria beneficiada pela recolonizacão, enquanto outras seria prejudicadas. D a decisão de apoiar a independência do Brasil foi acertada entre ingleses, latifundiários e o Príncipe Regente D. Pedro acarretando mudanças radicais na economia do novo país. E a Revolução do Porto foi contraditória na medida em que pretendia instaurar um regime liberal em Portugal, mas visava redefinir de modo conserva- dor as relações entre Portugal e Brasil. QUESTÃO 56 Passados quase cinquenta anos da publicação de “A terra e o homem no Nordeste” (Andrade, 1963), novas dinâmicas instalaram-se na região. A respeito das dinâmicas espaciais do passado e do presente, nas sub-regiões representadas a seguir, é correto afirmar que OCEANO ATLÂNTICO370 KM NORDESTE – DIVISÃO NATURAL AGRESTE 5° S SERTÃO E LITORAL SETENTRIONAL LITORAL E ZONA DA MATA Fonte: Andrade, 1963 A a Zona da Mata, onde se desenvolveram, no passa- do colonial, o extrativismo do pau-brasil e a cultura da cana, abriga, hoje, extensas áreas produtoras de grãos, destinados ao mercado externo. B o Agreste, ocupado durante os séculos XVIII e XIX por criadores de gado, manteve a mais rígida estru- tura agrária do Nordeste, concentrando, hoje, exten- sos e improdutivos latifúndios. C o Sertão, devido às suas características físico-naturais e apesar de sucessivas políticas públicas de comba- te às secas e incentivo ao desenvolvimento agrícola, mantém sua economia restrita a atividades tradicionais. D a Zona da Mata, antes lugar de “plantation” colonial, escravista, concentra, hoje, a produção industrial re- gional, distribuída espacialmente na forma de man- chas, no entorno de algumas capitais. E o Agreste, caracterizado, no início da colonização, como região de pequena propriedade e de agricul- tura de subsistência, concentra, hoje, os maiores e mais dinâmicos complexos agroindustriais da região. QUESTÃO 57 Segundo a crença dos cristãos de Bizâncio, os ícones (imagens pintadas ou esculpidas de Cristo, da Virgem e dos Santos) constituíam a “revelação da eternidade no tempo, a comprovação da própria encarnação, a lembrança de que Deus tinha se revelado ao homem e por isso era possível representá-lo de forma visível”. (Franco Jr., H. e Andrade F°, R. O. O Império Bizantino. São Paulo: Brasiliense, 1994. p. 27). Apesar da extrema difusão da adoração dos ícones no Império Bizantino, o imperador Leão III, em 726, condenou tal prática por idolatria, desencadeando assim a chamada “crise iconoclasta”. Dentre os fatores que motivaram a ação de Leão III, podemos citar o(a) A intolerância da corte imperial para com os habitan- tes da Ásia Menor, região onde o culto aos ícones servia de pretexto para a aglutinação de povos que pretendiam se emancipar. B necessidade de conter a proliferação de culto às imagens, num contexto de reaproximação da Sé de Roma com o Imperador bizantino, uma vez que o papado se posicionava contra a instituição dos íco- nes e exigia a sua erradicação. C tentativa de mirar as bases políticas de apoio à sua irmã, Teodora, a qual valendo-se do prestígio de que gozava junto aos altos dignitários da Igreja bizanti- na, aspirava secretamente a sagrar-se Imperatriz. D aproximação do Imperador, por meio do califado de Damasco, com o credo islâmico que, recuperando os princípios originais do monoteísmo judaico-cris- tão, condenava a materialização da essência sagra- da da divindade em pedaços de pano ou madeira. E descontentamento imperial com o crescente prestí- gio e riqueza dos mosteiros (principais possuidores e fabricantes de ícones), que atraíam para o serviço monástico numerosos jovens, impedindo-os, com isso de contribuírem para o Estado na qualidade de soldados, marinheiros e camponeses. As 288 + | ENEM
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