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AS 288 + ENEM-ari de sa (SIMULADO ENEM )

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APRESENTAÇÃO
Prezado(a) parceiro(a),
Durante o primeiro semestre de 2012, disponibilizamos 6 (seis) simulados estilo ENEM e, para cada um, 
fizemos a análise das questões utilizadas, classificando-as nos níveis fácil, médio e difícil, assim como o 
ENEM faz com suas provas.
As 288+ são, dentre todas as questões dos seis simulados, as que apresentaram menores índices de 
acerto, sendo, assim, consideradas difíceis.
Acreditamos ser fundamental que nossos alunos resolvam novamente essas questões para, assim, sanar 
as possíveis dúvidas sobre os assuntos abordados. Com esse objetivo, estamos disponibilizando, na área 
restrita do Portal SAS (www.portalsas.com.br), um PDF com essas 288 questões selecionadas. 
Consta, no final do módulo, o gabarito e, a partir do dia 03/09/12, você poderá consultar a resolução de 
todas elas em nosso portal.
Atenciosamente,
Sistema Ari de Sá
Sumário
Ciências Humanas e suas Tecnologias .................................................................... 3
Ciências da Natureza e suas Tecnologias ............................................................. 27
Linguagens, Códigos e suas Tecnologias ............................................................. 51
Matemática e suas Tecnologias ............................................................................... 77
Gabarito ....................................................................................................................... 94
As 288 + | ENEM 2012
CH | Página 4
CIÊNCIAS HUMANAS E SUAS 
TECNOLOGIAS
Questões de 1 a 72
QUESTÃO 1
Leia os excertos abaixo para responder à questão 
seguinte.
Excerto I
“Em verdade imaginava eu que iria encontrar 
verdadeiros animais ferozes, homens selvagens e rudes. 
Enganei--me, porém, totalmente. Nos sentidos naturais, 
tanto internos como externos, jamais achei ninguém – 
indivíduo ou nação – que os superasse.”
(D’ABBEVILLE, Claude. História da missão dos padres capuchinhos na ilha do 
Maranhão e terras circunvizinhas. Belo Horizonte / São Paulo: Itatiaia / Edusp, 1975. (p. 
243) Sobre os povos tupi, que os portugueses encontraram pelo litoral da América do 
Sul nas primeiras décadas do século XVI.)
Excerto II
“De todos os lados afluem testemunhos que 
demonstram que as habitações dos trabalhadores nos 
piores bairros das cidades e as condições de vida desta 
classe são a origem de um grande número de doenças.”
(ENGELS, Friedrich. A situação da Classe Operária. São Paulo: Global, 1985 (p. 119). 
Sobre as condições de moradia dos trabalhadores ingleses em Londres nas primeiras 
décadas da Revolução Industrial.)
Em termos de atividade produtiva, os povos tupi 
praticavam uma agricultura rudimentar baseada no plantio 
da mandioca, do milho e da batata-doce, dentre outros 
produtos. Sua relação com a natureza estava pautada 
na inexistência de distinção entre homens, animais e 
fenômenos naturais. A principal diferença do sistema 
econômico-produtivo de povos caçadores/coletores/
agricultores com os tupi para com aquele das sociedades 
industriais contemporâneas consiste basicamente
 A na concepção de que a natureza deve ser subme-
tida às necessidades humanas ou preservada, em 
nome dessas mesmas necessidades.
 B na tese de que a produção artesanal, de pequena 
escala, pode suplantar a tendência de esgotamento 
dos recursos naturais, implementada pela industria-
lização.
 C no uso abusivo de recursos naturais renováveis, 
que tendem a degradar o meio ambiente e prejudi-
car a sobrevivência dos ecossistemas naturais.
 D no desenvolvimento de uma agricultura diversifica-
da, assentada na produção em larga escala e reali-
zada no sistema de agricultura familiar.
 E na ideia de que o homem está inexoravelmente 
submetido aos ditames da natureza e a disponibili-
dade seletiva de recursos naturais.
QUESTÃO 2
Quando as embarcações de Colombo aportaram 
na América, de fato não a ‘descobriram’, pois muita gente 
já vivia em nosso continente. O que de fato ocorreu foi a 
integração da América ao continente europeu, ou, mais 
exatamente, à sociedade mercantil.
Há quem pense que essa integração foi um favor que 
os europeus ‘civilizados’ prestaram aos indígenas 
‘bárbaros’. Isto não é verdade. As sociedades nativas 
eram socialmente muito complexas e desenvolvidas e 
sua incorporação teve custos humanos imensos, graças 
a massacres cruéis perpetrados pelos cristãos ‘civilizados’ 
da Europa.”
(PINSKY, J. et al. História da América através de textos. São Paulo: Contexto, 1991, p. 11)
A leitura do texto nos permite inferir que, no processo de 
conquista da América pelos europeus,
 A teve como maior justificativa ideológica a necessi-
dade de encontrar riquezas e melhorar a economia 
europeia.
 B a descoberta do continente americano pelos euro-
peus é um fato histórico concreto e incontestável.
 C a colonização europeia foi responsável pela livre as-
similação da cultura nativa por parte dos europeus.
 D a tradicional abordagem histórica enfatizava o ca-
ráter inferior dos indígenas e os benefícios da co-
lonização.
 E os povos indígenas da América tornaram-se vítimas 
dos europeus devido à sua desorganização social.
QUESTÃO 3
“Em seu livro Jihad vs. McWorld, Benjamin Barber 
foi incrivelmente profético ao descrever nosso mundo 
complicado, em que dois cenários aparentemente 
contraditórios desenrolam-se simultaneamente: um, 
onde ‘cultura é lançada contra cultura, pessoas contra 
pessoas, tribos contra tribos’ e outro, onde ‘ímpeto de 
forças econômicas, tecnológicas e ecológicas (...) exigem 
integração e uniformidade e (...) hipnotizam as pessoas 
em todo o planeta com o universo fast de música, 
computador, comida (...), um McMundo unido pela 
comunicação, informação, entretenimento, comércio’.’’
(WORLDWATCH INSTITUTE. Estado do mundo. 2004. Salvador: Uma, 2004. p. 179.)
Fonte: http://images.google.com.br
CH | Página 5
As 288 + | ENEM 2012
O texto e a figura compõem um quadro que aponta para 
uma das contradições socioeconômicas mais marcantes da 
globalização. São elementos constituintes dessa contradição:
 A intensa homogeneização do espaço – eliminação 
de culturas tradicionais.
 B democracia nos países ricos – autoritarismo e de-
sorganização da sociedade civil nas nações subde-
senvolvidas.
 C incentivo à integração econômica – fragmentação 
política pelo nacionalismo.
 D poder das empresas globais – popularização dos 
sistemas de transportes em massa.
 E universalização de produtos e facilidade de circula-
ção de riqueza – diferenciação de ritmo e intensida-
de dos países e das populações na globalização.
QUESTÃO 4
“Os fenômenos econômicos (...) processam-se livre 
e independentemente de qualquer coação exterior, segundo 
uma ordem imposta pela natureza e regida por leis naturais. 
Cumpre, pois, conhecer essas leis naturais e deixá-las atuar.”
(Paul Hugon - História das Doutrinas Econômicas). 
O trecho acima sintetiza o pensamento econômico dos
 A fisiocratas.
 B mercantilistas.
 C marxistas.
 D keynesianos.
 E marginalistas.
QUESTÃO 5
“E são tão cruéis e bestiais, que assim matam aos 
que nunca lhes fizeram mal, clérigos, frades, mulheres (...) 
Sujeitando-se o gentio, cessarão muitas maneiras de haver 
escravos mal havidos e muitos escrúpulos, porque terão os 
homens escravos legítimos, tomados em guerra justa.”
(Carta do Padre Manuel da Nóbrega, 1558)
“Depois disso, com licença do Padre Nóbrega, me 
fui a outra aldeia de 150 casas e fiz ajuntar os moços e fiz-
lhes a doutrina em sua própria língua. Achei alguns aqui mui 
hábeis e de tal capacidade que bem ensinados e doutrinados 
podiam fazer muito fruto, para o que temos necessidade de 
um colégio nesta Bahia para ensinar os filhos dos índios.”
(Carta do Padre Azpicuelta Navarro, 1551)
A leitura dos fragmentosnos permite inferir que
 A a Igreja condenava qualquer tipo de prática dos co-
lonos para escravizar os indígenas.
 B os indígenas aceitavam passivamente a catequese 
quando feita em sua língua.
 C não existia uma visão unificada dentro da Igreja so-
bre a questão dos indígenas.
 D os índios demonstravam feroz rejeição por qualquer 
aproximação com os jesuítas.
 E a Coroa portuguesa entrou em choque com as pre-
tensões catequizadoras católicas.
QUESTÃO 6
No início, o homem pré-histórico pouco sabia, mas foi 
aprendendo no decorrer da sua existência. Comunicava-
se através da linguagem falada, coletava alimentos, 
utilizava pedras e pedaços de pau como armas, passando 
mais tarde a usar arco e flecha. Vestia-se com peles de 
animais e assava carne nas cavernas onde vivia.
As características enumeradas acima fazem parte do período
 A Eolítico.
 B Paleolítico.
 C Neolítico.
 D Idade dos Metais.
 E Paleozoico.
QUESTÃO 7
Moradores dos ‘sertões’, instalados além das cidades 
coloniais, transformaram tais espaços físicos em espaços 
humanos. (...) A presença desses nossos antepassados 
é de fundamental importância para entendermos porque, 
no Brasil Colônia, houve mais do que a pura e simples 
plantation de cana. A ‘visão plantacionista’, que considera 
todas as atividades não voltadas para a exportação como 
irrelevantes, embaçou durante muito tempo a contribuição 
que milhares de agricultores – responsáveis pela agricultura 
de subsistência ou pelo abastecimento do mercado interno 
– deram à história de nosso mundo rural.”
(DEL PRIORE, Mary e VENÂNCIO, Renato. “Uma história da vida rural no Brasil”. Rio de 
Janeiro: Ediouro, 2006, p. 47-48.)
A leitura do fragmento nos permite inferir que
 A existe a necessidade de mais estudos sobre a impor-
tância do latifúndio exportador na economia colonial.
 B a existência da chamada “brecha camponesa” con-
trastava com o predomínio da economia de plantation.
 C o desenvolvimento de um mercado interno foi pouco 
significativo na construção da realidade rural do Brasil.
 D o caráter agrícola da colonização lusitana impediu o desen-
volvimento de núcleos urbanos nas áreas de plantation.
 E as atividades urbanas desenvolviam suas próprias 
atividades econômicas sem influências do meio rural.
QUESTÃO 8
Diante da História, a Geografia foi usada como instrumento 
científico para legitimar o domínio dos países ricos sobre 
os pobres. A afirmativa que os trópicos são regiões hostis, 
inóspitas, foram usadas como materialismo científico para 
facilitar o expansionismo territorial no século XIX. No pós 
guerra, a crise europeia e o processo de descolonização 
do Terceiro Mundo fez surgir a Geografia da libertação. A 
concepção do pensamento geográfico surgida nos anos 60 e 
70 capaz de romper a visão imperialista do Primeiro Mundo é
 A determinista.
 B possibilista.
 C a do Método Regional.
 D a da Nova Geografia.
 E marxista.
As 288 + | ENEM 2012
CH | Página 6
QUESTÃO 9
Diz-se geralmente que a negra corrompeu a 
vida sexual da sociedade brasileira (...). É absurdo 
responsabilizar- -se o negro pelo que não foi obra sua (...), 
mas do sistema social e econômico em que funcionaram 
passiva e mecanicamente. Não há escravidão sem 
depravação sexual. É da essência mesma do regime. (...) 
Não era o negro (...) o libertino: mas o escravo a serviço 
do interesse econômico e da ociosidade voluptuosa dos 
senhores. Não era a ‘raça inferior’ a fonte de corrupção, 
mas o abuso de uma raça por outra.
(FREYRE, Gilberto. Casa-grande & senzala. Rio de Janeiro: Record, 2001. p. 372 e 375.)
Considerando o texto, é correto afirmar que a degradação 
moral da sociedade açucareira do Nordeste brasileiro 
tinha como eixo
 A a estrutura frágil da Igreja colonial e seu reduzido 
trabalho na disseminação dos valores cristãos.
 B as relações de poder entre a metrópole e a colônia, 
desfavoráveis a essa última quanto aos preços dos 
seus produtos.
 C a complexa formação étnica da sociedade açucarei-
ra, misturando raças em detrimento dos costumes 
portugueses.
 D a natural corrupção do ser humano, que jamais en-
contra limites, seja na Igreja ou polícia, para a ex-
pressão dos instintos.
 E as relações sociais de produção presentes nas es-
truturas do engenho açucareiro, base da ordem so-
cial colonial.
QUESTÃO 10
“A criação de um proletariado despossuído, (...) 
cultivadores vítimas de expropriações violentas repetidas, 
foi necessariamente mais rápida que sua absorção pelas 
nascentes manufaturas. (...) Forma-se uma massa de 
mendigos, ladrões e vagabundos. Desde o final do século 
XV e durante todo o século XVI, na Europa Ocidental, 
foi criada uma legislação sanguinária contra o ócio. Os 
pais da atual classe operária foram castigados por terem 
sido reduzidos à situação de vagabundos e pobres. A 
legislação os tratava como criminosos voluntários; ela 
pressupunha que dependia de seu livre arbítrio continuar 
a trabalhar como antes.”
(MARX, Karl. O Capital. Paris, Garnier-Flamarion, 1969.)
As transformações econômicas e sociais costumam gerar 
profundas alterações no chamado “mundo do trabalho”. A 
situação apontada por Marx refere-se ao processo histórico
 A das revoluções anticapitalistas, ocorridas na Euro-
pa, contra as quais a burguesia determinou severa 
repressão.
 B das revoltas operárias, como o ludismo, voltadas à 
destruição das máquinas e à exploração por elas 
causada.
 C da Revolução Francesa, na qual os trabalhadores 
foram transformados em massa de manobra dos 
interesses burgueses.
 D de cercamento dos campos, com o deslocamento 
de um grande contingente de despossuídos da sua 
área rural de origem.
 E da Revolução Industrial, quando os criminosos 
eram expulsos das fábricas e proibidos de trabalhar 
em outra ocupação, pela legislação vigente.
QUESTÃO 11
Martin Luther King
A mão na limpeza
(...)
É, imagina só
O que o negro pensava
(...)
Negra é a mão de quem faz a limpeza
Lavando a roupa encardida, esfregando o chão
Negra é a mão, é a mão da pureza
(...)
Limpando as manchas do mundo
com água e sabão
Negra mão da imaculada nobreza
(...)
(Gilberto Gil)
A luta dos negros pela igualdade de direitos contou, nos 
Estados Unidos, nas décadas de 1950 e 1960, com 
a liderança do pacifista Martin Luther King. No Brasil, 
por meio de sua música, Gilberto Gil é uma das vozes 
que denunciam as condições precárias de vida de 
parcela dessa população. Assinale a opção que indica 
respectivamente o processo histórico que deu origem 
à exclusão social de parte considerável da população 
negra e uma de suas consequências, tanto no caso 
norte-americano quanto no brasileiro:
 A Oficialização do apartheid – acesso a escolas se-
gregadas. 
 B Implantação do escravismo nas colônias – desvalo-
rização do trabalho manual. 
 C Empreendimento de uma política imperialista mode-
rada – restrição à ocupação de cargos de liderança. 
 D Existência de relações escravistas na África – uso 
diferenciado de meios de transporte coletivos. 
 E Declaração dos direitos humanos – manutenção da 
censura.
CH | Página 7
As 288 + | ENEM 2012
QUESTÃO 12
Leia o texto a seguir e extraia a ideia central:
“São verdades incontestáveis para nós: todos os 
homens nascem iguais; o Criador lhes conferiu certos 
direitos inalienáveis, entre os quais os de vida, o de 
liberdade e o de buscar a felicidade; para assegurar esses 
direitos se constituíram homens-governo cujos poderes 
justos emanam do consentimento dos governados; 
sempre que qualquer forma de governo tenda a destruir 
esses fins, assiste ao povo o direito de mudá-la ou aboli-
la, instituindo um novo governo cujos princípios básicos e 
organização de poderes obedeçam às normas que lhes 
pareçam mais próprias para promover a segurança e a 
felicidade gerais.”(Trecho da Declaração de Independência dos Estados Unidos da América, 
Ministro das Relações Exteriores, EUA.)
A ideia central do texto é
 A a forma de governo estabelecida pelo povo deve ser 
preservada a qualquer preço.
 B a realização dos direitos naturais independem da 
forma, dos princípios e da organização do governo.
 C cabe ao povo determinar as regras sob as quais 
será governado.
 D todos os homens têm direitos e deveres.
 E cabe aos homens-governo estabelecer as regras 
para o povo.
QUESTÃO 13
Sobre a crise no Egito e seus desdobramentos, marque 
a alternativa correta:
 A O movimento pró-democrático teve início no come-
ço de 2011, tendo como fonte inspiradora os movi-
mentos revolucionários da Rússia. 
 B Um dos objetivos de Mubarak era criar um governo 
fundamentalista islâmico e afastar o país cada vez 
mais de Israel.
 C A Irmandade Muçulmana deu apoio incondicional a 
Mubarak. Essa Irmandade Muçulmana é que deu 
origem à organização terrorista do Hamas.
 D O Egito é um país aliado dos EUA no mundo árabe, 
mas, perante tantos problemas e denúncias de cor-
rupção e força militar excessiva com os jovens re-
volucionários, Barack Obama e os principais líderes 
da União Europeia pediram a sua renúncia.
 E Assim como na Tunísia, Mubarak implementou uma 
série de benefícios à população, conseguindo agra-
dar a maioria da população e evitando uma reação 
mais violenta por parte desta.
QUESTÃO 14
A história da Humanidade se divide em quatro períodos: Antiga, 
Média, Moderna e Contemporânea. Hoje, pela evolução 
natural dos tempos, percebemos que já nos encontramos 
numa nova era: a da informática, da robótica, o que, em 
termos, deveria alterar a datação da história para um novo 
tempo cronológico. Tal fato acabou não ocorrendo porque
 A para a maioria das pessoas, a tecnologia e o proces-
so citado de evolução não são visíveis aos olhos.
 B a divisão temporal da História acabou se desgastan-
do com o tempo e, assim, perdendo seu significado 
didático, sendo as sociedades mais analisadas hoje 
por comportamentos e adequações.
 C muitos historiadores esperam um processo revolu-
cionário que impulsione a ciência a alterar a datação 
clássica da história.
 D a tecnologia não se revela como um fato significa-
tivo para alterar a datação tradicional da história da 
humanidade.
 E mesmo com toda evolução tecnológica, o fato de 
que o homem ainda não se adaptou a ela gera pro-
fundas dificuldades para transformá-la em uma data 
significativa para alterar a datação historiográfica.
QUESTÃO 15
Leia um trecho da coluna de Nelson Motta, no jornal 
Estado de São Paulo, de 18 de novembro de 2011:
“Na juventude distante, fui um leitor entusiasmado de 
pensadores anarquistas, Bakunin, Proudhon, sonhando com 
um império da liberdade e da responsabilidade individual, 
com o fim do Estado como pai, mãe, patrão, ou religião. Para 
Proudhon, ser governado era ‘ser observado, fiscalizado, 
controlado, numerado, doutrinado, avaliado, punido, autorizado, 
taxado, explorado, corrigido, licenciado, comandado – sob o 
pretexto da utilidade pública – por criaturas que não têm o direito, 
nem a sabedoria e nem a virtude para isto’.
Ainda vale o escrito, mas o que Proudhon pensaria 
no mundo da internet, com sua liberdade sem limites e 
sem controles do Estado, de monopólios ou burocracias 
partidárias? Os anarquistas aposentariam as bombas e 
alistariam hackers libertários? E Marx? E Freud? E Jung?”
Analisando o texto de Nelson Motta, observamos 
colocações pertinentes sobre a realidade atual dos meios 
de comunicação de onde podemos concluir que 
 A existe realmente uma liberdade total de expressão 
na internet, em todos os países do mundo.
 B na internet, não ocorre nenhum envolvimento de si-
tes com partidos políticos.
 C as bases da internet, em muitos casos, passaram a ser 
controladas, o que demonstra a ação dos vários gover-
nos retirando alguns sites do ar, como ocorreu recente-
mente com sites de pirataria musical e de filmes.
 D a internet, por ser um território livre, abriu espaço 
para que vários governos fossem analisados mais 
a fundo, dando ao seu povo uma liberdade de de-
monstrar sua contrariedade com certos regimes.
 E nenhuma via de comunicação é livre, sendo toda a im-
prensa o tempo todo manipulada por redes e hackers.
As 288 + | ENEM 2012
CH | Página 8
QUESTÃO 16
“Congregando segmentos variados da população 
pobre ou dirigindo-se às áreas de mineração, onde se 
concentravam enormes contingentes de escravos, as 
vendeiras e negras de tabuleiro seriam constantemente 
acusadas de responsabilidade direta no desvio de jornais, 
contrabando de ouro e diamantes, prática de prostituição 
e ligação com os quilombos.”
FIGUEIREDO, Luciano. O avesso da memória: cotidiano e trabalho da mulher em Minas 
Gerais no século XVIII. Rio de Janeiro: José Olympio, 1993.
A partir do texto, podemos inferir qual característica da 
sociedade escravista na mineração?
 A A criminalidade como atividade típica dos escravos.
 B A baixa capacidade de mobilização dos escravos 
para revoltas.
 C A corrupção existente na burocracia mineradora.
 D A maior mobilidade espacial dos escravos urbanos.
 E O predomínio das atividades rurais nas zonas mi-
neradoras.
QUESTÃO 17
A organização do mundo atual em zonas de influência 
comandadas por um país ou grupo de países segue o 
modelo centro-periferia. Enquanto o Japão, os Estados 
Unidos, parte do Canadá e a Europa Ocidental atuam 
como centro, o restante do mundo desempenha o papel 
de periferia. 
Observe as áreas destacadas no mapa.
Todas as áreas destacadas, nesse mapa, são 
consideradas 
 A periferias integradas aos centros, pois mantêm for-
tes relações com os centros. 
 B periferias marginalizadas em relação aos centros, 
pois estão pouco integradas ao mercado mundial. 
 C periferias associadas aos centros, pois mantêm, 
circunstancialmente, algum tipo de relação com os 
centros. 
 D periferias isoladas em relação aos centros, pois têm 
uma economia voltada para o mercado interno, so-
bretudo por razões políticas.
 E centros integrados às periferias, pois se percebe 
uma economia totalmente voltada a uma equitativa 
distribuição de renda em escala global.
QUESTÃO 18
Responda à questão considerando o desenho que 
representa parte do traçado urbano de uma cidade no dia 
21 de dezembro.
Analisando o desenho e sabendo que o paralelo 23°27’ S 
passa pelo centro da praça, é correto afirmar que
 A pela manhã, ao nascer do Sol, a sombra da bibliote-
ca será projetada no sentido da rua Z.
 B pela manhã, ao nascer do Sol, a sombra da igreja 
será projetada no sentido da rua X.
 C ao meio dia solar, a sombra, tanto da igreja quanto 
da biblioteca pública, provavelmente, será projetada 
no sentido norte.
 D ao meio dia solar, provavelmente, não haverá a for-
mação de sombra da igreja.
 E ao pôr-do-sol, a sombra da igreja será projetada no 
sentido da rua Z.
QUESTÃO 19
“Casa que não entra sol, entra médico.” Esse antigo 
ditado reforça a importância de, ao construirmos casas, 
darmos orientações adequadas aos dormitórios, de forma 
a garantir o máximo de conforto térmico e salubridade. 
Assim, confrontando casas construídas em Lisboa (ao 
norte do Trópico de Câncer) e em Curitiba (ao sul do 
Trópico de Capricórnio), para garantir a necessária luz 
do sol, as janelas dos quartos não devem estar voltadas, 
respectivamente, para os pontos cardeais
 A norte/sul.
 B sul/norte.
 C leste/oeste.
 D oeste/leste.
 E oeste/oeste.
CH | Página 9
As 288 + | ENEM 2012
QUESTÃO 20
A França foi o epicentro de três ondas revolucionárias 
nesse período, que acabaram por estimular movimentos 
semelhantes em outras partes do mundo, inclusive na 
própria Europa. Uma primeira onda socialista, liderada 
pelascamadas médias e populares que desejavam a 
instalação de um governo democrático socialista, em 
parte influenciado pela própria difusão do Manifesto 
Comunista, ameaçara os interesses burgueses no mundo 
capitalista ocidental. 
Analisando-se o Movimento Revolucionário ocorrido na 
França, em 1848, podemos inferir que
 A foi nitidamente liberal, provocando a queda de Car-
los X e o início da chamada “Monarquia de Julho”.
 B teve o duplo caráter: nacional e liberal, representan-
do um momento decisivo contra o estatuto político-
-territorial estabelecido pelo Congresso de Viena.
 C adquiriu um caráter bonapartista, antirrepublicano e 
antilegitimista.
 D assumindo uma conotação socialista, dividiu as for-
ças revolucionárias, atemorizando a burguesia.
 E colaborou para a vitória de uma experiência socialis-
ta através da organização das “Oficinas Nacionais”.
QUESTÃO 21
Observe as figuras a seguir.
FIGURA 1
N
A
S
R
a
io
s
s
o
la
r
e
s
FIGURA 2
N
A
S
R
a
io
s
s
o
la
r
e
s
FIGURA 1
N
A
S
R
a
io
s
s
o
la
r
e
s
FIGURA 2
N
A
S
R
a
io
s
s
o
la
r
e
s
Disponível em: <http://www.novaterraesoterico.blogspot.com>. Ilustração esquemática, sem 
escala. Acesso em: 18 set. 2010. [Adaptada]
Os ângulos de incidência dos raios solares sobre a 
superfície da Terra, demonstrados nas figuras, apresentam 
duas situações distintas, que caracterizam os solstícios e 
os equinócios. Em ambas as figuras, o ponto A representa 
uma cidade sobre a linha do equador, ao meio-dia. A figura 
2 mostra a incidência do sol três meses após a situação 
ilustrada na figura 1. A figura 1 representa o
 A equinócio de primavera no hemisfério sul, quando 
a incidência dos raios solares é oblíqua à superfície 
da Terra em A.
 B equinócio de primavera no hemisfério sul, quando 
a incidência dos raios solares é perpendicular à su-
perfície da Terra em A.
 C equinócio de outono no hemisfério sul, quando a in-
cidência dos raios solares é perpendicular à super-
fície da Terra em A.
 D solstício de verão no hemisfério norte, quando a in-
cidência dos raios solares é oblíqua à superfície da 
Terra em A.
 E solstício de inverno no hemisfério sul, quando a in-
cidência dos raios solares é oblíqua à superfície da 
Terra em A.
QUESTÃO 22
Responder à questão com base na charge a seguir, 
referente à organização do mundo hoje.
ECO
LÓGICAS
POBRES DO SUL QUEREM MENOS
DO NORTEGASES TÓXICOS
RICOS DO NORTE QUEREM MENOS
DO SULGENTE
É O
CHAMADO
CONFLITO
MORTE-SUL
A charge acima
 A representa uma divisão esquemática do mundo, 
representada pela linha do Equador, definida pela 
pobreza do Sul e riqueza do Norte.
 B caracteriza uma realidade vivenciada no capitalismo 
industrial, onde a poluição foi o fator dominante de-
vido à falta de tecnologia preventiva.
 C mostra um conflito ideológico, e não econômico, já 
que representa a bipolarização da Guerra Fria e a 
preocupação com a ecologia.
 D indica que, embora o Sul fique separado do Norte 
por uma linha imaginária, há uma nítida ruptura cau-
sada pelas diferenças em administrar problemas 
ambientais.
 E evidencia um antagonismo entre ricos e pobres, 
num conflito onde a população pobre dos países do 
Sul é dominada pelo poder ideológico e econômico 
do Norte.
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QUESTÃO 23
Durante a primeira metade do século XIX, a Europa 
vivenciou um contexto marcado por divergências, que 
envolviam forças de transformação (as tendências 
liberais) e as de conservação (a tentativa de restauração 
absolutista). Diante desse panorama, a burguesia 
desenvolveu um discurso voltado para o fortalecimento 
de seus interesses socioeconômicos, reafirmou o 
liberalismo e o nacionalismo e evidenciou um combate à 
tentativa de restauração do antigo regime.
Em relação a essas revoluções que alcançaram diversas 
partes do mundo, é correto afirmar que
 A desenvolveram na França uma experiência política 
de forte inspiração socialista, que reconhecia a ab-
soluta igualdade entre os homens.
 B restabeleceram na Europa governos elitistas regi-
dos por constituições que cerceavam os direitos e 
liberdades de participação popular.
 C representaram tão-somente o ponto culminante de 
um processo revolucionário de caráter popular, que 
influenciou a Revolução Americana.
 D produziram grandes surtos revolucionários, de ca-
ráter ao mesmo tempo liberal e nacional, na Itália e 
na Alemanha.
 E foram responsáveis pela divulgação dos princípios 
de legitimidade e do equilíbrio europeu na América 
e no Oriente.
QUESTÃO 24
Os assírios habitaram a região de Assur, derivando daí 
seu nome bem como o nome de seu principal Deus. 
Originariamente, foi um povo agricultor e pastor que 
começou sua expansão a partir de 1300 a.C. até tornar-
se um grande império, que se estendeu da Palestina à 
Mesopotâmia. Assinale a alternativa que contém uma 
afirmação verdadeira.
 A A expansão assíria foi possível graças à estratégia 
da utilização de prisioneiros de guerra, especial-
mente aqueles corajosos e valentes, como merce-
nários, negociadores e espiões.
 B O domínio assírio foi aceito pelos povos vencidos 
graças a negociações e pactos ardilosos e à utiliza-
ção de discursos cujo teor propagava os ideais de 
tolerância e colaboração.
 C Os assírios empregaram acordos diferenciados 
com os povos conquistados. Aos mais frágeis mi-
litarmente, prometeram tolerância, enquanto que 
aqueles que resistiam submetiam com a força.
 D A vitória dos assírios foi possível graças à superio-
ridade militar, pois dispunham de uma potente ca-
valaria, uma infantaria numerosa e de modernas 
máquinas de guerra.
 E A influência assíria foi bem além do mapa geográ-
fico da Mesopotâmia, criando condições para se 
acreditar de forma extremamente convincente que 
povos da Europa Ocidental já conheciam as técni-
cas dos assírios.
QUESTÃO 25
Niels Arkstrom, professor da Copenhague 
Business School, compara a atual situação do empregado 
de uma organização à de um cônjuge num casamento 
contemporâneo ou de um casal vivendo junto. Em 
ambos os casos, um estado de emergência (que exige a 
mobilização de todos os recursos, tanto racionais quanto 
emocionais) tende ser a norma e não a exceção (...) O 
trabalho nunca acaba tal como as estipulações de amor e 
reconhecimento nunca são totais e incondicionais. É uma 
vida excitante e exaustiva, excitante para os aventureiros 
e exaustiva para os fracos de espírito.
Por fim, mas não menos importante, a lógica 
da versão individualista da habilitação promovida 
pela economia da experiência torna a cooperação, 
o comprometimento mútuo e a solidariedade entre 
colegas de trabalho não apenas redundantes, mas 
contraproducentes.(...) Agora é cada um por si, com 
os gerentes recolhendo os ganhos da produtividade 
derivados daquilo que equivale a meter o ‘’t’’ de solitário 
no lugar do ‘’d’’ de solidário.
BAUMAN, Zygmunt. A arte da vida. 
Rio de Janeiro, 2009. Jorge Zahar. p.169,170
A reportagem do jornal britânico e o texto analítico do 
sociólogo polonês podem ser relacionados no sentido de 
afirmarem que
 A o mundo do trabalho passa por reformulações pro-
fundas cujas exigências podem transformá-lo num 
pesado fardo para a existência humana.
 B o fracasso dos movimentos sindicais e trabalhistas 
deixou apenas o suicídio como forma de conquistar 
aumentos salariais.
 C a padronização das relações trabalhistas de modo 
semelhante às relações amorosas traz benefícios e 
prejuízos aos trabalhadores.
 D tais problemas relacionados ao trabalho acabam 
sendo restritos a países com fraca legislação traba-
lhista, como é o caso da China.
 E a produtividade elevada é uma necessidade atual 
das forças produtivas, e apenasos indivíduos com 
perfil arrojado e aventureiro são capazes de se 
adaptarem.
QUESTÃO 26
A condição norte-americana de superpotência 
consolidou-se realmente no momento da rendição da 
Alemanha e do Japão, e da realização das conferências de 
Yalta e Potsdam, que selaram o encerramento da guerra. 
O crescimento do poderio soviético e a decadência das 
velhas potências europeias formavam o pano de fundo 
para que Washington assumisse finalmente a vocação 
de liderança do Ocidente capitalista.
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As 288 + | ENEM 2012
A hegemonia global dos Estados Unidos da 
América (EUA) traduzia-se nas esferas econômica 
e estratégica. Os conglomerados transnacionais 
americanos tornam-se grandes investidores. Na condição 
de credores das nações capitalistas, os EUA organizam 
programas voltados para a reconstrução europeia (Plano 
Marshall) e asiática (Plano Colombo). Os acordos de 
Bretton Woods transformavam o dólar em “moeda do 
mundo”, ao estabelecerem um sistema de paridade fixa 
e convertibilidade entre o dólar e o ouro. Cria-se uma 
nova arquitetura financeira global, cujos instrumentos 
eram o Banco Internacional para a Reconstrução e 
Desenvolvimento (BIRD, ou Banco Mundial) e o Fundo 
Monetário Internacional (FMI).
Demétrio Magnoli. O Mundo Contemporâneo. 
São Paulo: Atual, 2004, p. 71-2 
A respeito da situação geopolítica do mundo após a 
Segunda Guerra Mundial (1939-1945), podemos afirmar 
que
 A os EUA saíram fortalecidos do conflito e se afirma-
ram como a única potência hegemônica tanto no 
cenário econômico como no militar.
 B a Europa buscou compensar seu declínio político, 
mantendo a repressão e o controle sobre suas colô-
nias africanas e asiáticas.
 C ocorreu o armamentismo nos EUA e na União So-
viética, assim como, em menor escala, nos países 
europeus e na China. 
 D o clima de disputa e rivalidade entre os países da 
Europa Ocidental intensificou-se, sobretudo, após a 
construção do muro de Berlim.
 E ocorreu o declínio econômico dos EUA em função 
do aumento da dívida pública do governo devido à 
ajuda para a reconstrução europeia e asiática.
QUESTÃO 27
http://www.brasilescola.com/sociologia/anarquismo.htm
Para muitos jovens se criou com o tempo uma grande 
confusão entre o que o anarquismo prega e a visão de 
que qualquer distúrbio social ou balburdia ser um ato 
anárquico. Esta confusão se dá principalmente por alguns 
elementos de interligação, como podemos observar esta 
junção corretamente na opção:
 A Os movimentos anárquicos estão ligados à luta pela 
desintegração do Estado, como também pregam 
a totalidade das rebeliões grevistas e sociais que 
ocorrem hoje no Brasil.
 B As rebeliões que ocorrem em escolas e internatos 
terem como fio condutor a premissa que o sistema 
capitalista está errado e, desta forma, deve ser des-
truído para a abertura da Ditadura do Proletariado, 
base do pensamento anarquista.
 C O anarquismo que usa a letra A cortada como sím-
bolo levanta a chama de se assemelhar ao que nota-
mos em grupos de traficantes como o PCC (Primeiro 
Comando da Capital) ou o CV(Comando Vermelho) 
que também adotam símbolos como emblemas.
 D Pelo fato que os movimentos sociais, que hoje reivindi-
cam paz, igualdade, justiça, democracia, muitas vezes 
serem pintados como atos ilícitos e, desta forma, tacha-
dos como vandalismos ou insubordinações, como foi 
feito pela mídia ao levantar as razões do anarquismo.
 E Devido ao fato que o anarquismo sempre pregou 
a violência em todas as suas fases de construção 
e assim tem sido a base de muitos movimentos de 
rebelião no Brasil, como os que ocorrem hoje entre 
militares em Salvador e no Rio de Janeiro. 
QUESTÃO 28
Lacoonte e seus Filhos Juízo Final
In: ARRUDA. J. A. e PILETTI. N.
Toda a História.
São Paulo: África. 2003. p. 56
In: PROENÇA. Graça.
História da Arte.
São Paulo: África. 2001. p. 103
A estátua “Lacoonte e seus Filhos”, produto do Helenismo, 
foi desenterrada em Roma, em 1506, impressionou 
Michelangelo (1475-1564) e influenciou seu trabalho artístico 
em “Juízo Final”. A influência da cultura clássica sobre os 
artistas renascentistas fica evidente na comparação entre 
as duas obras de arte em questão, sobretudo
 A pela preocupação com os temas sobrenaturais e 
religiosos.
 B no que diz respeito à temática hedonista oriunda do 
cristianismo.
 C na ênfase na postura rígida dos personagens devi-
do à sua falta de mobilidade. 
 D na ausência da perspectiva e da ideia de profundi-
dade nas pinturas.
 E pela construção dos personagens de modo individu-
alista e naturalista.
As 288 + | ENEM 2012
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QUESTÃO 29
Vermelho, azul e branco deveriam ter a 
companhia do cinza na bandeira francesa. Se os 
desmandos da aristocracia francesa, sem dúvida, 
alimentaram o rancor popular que resultou na 
Revolução de 1789, o vulcão Laki, localizado na 
Islândia, também contribuiu para a causa. A erupção 
iniciada em agosto de 1783 durou oito meses e teve 
efeitos catastróficos na Islândia e na Europa. Entre 
eles, uma alteração nos padrões climáticos que 
arrasou a agricultura francesa. A escala da erupção 
de 1783 foi grandiosa. Formou-se uma imensa 
nuvem de fumaça cinza que esfriou o planeta por 
pelo menos quatro anos.
A Islândia está atolada numa dívida externa 
de mais de US$ 600 milhões desde a eclosão da 
crise global de 2008. Apesar da reprovação do resto 
da Europa pelos caos – o econômico e o aéreo –, 
para muitos dos 320 mil habitantes da ilha, a força 
subterrânea da natureza veio para retirar o país de 
uma catarse coletiva. A erupção do Eyjafjallajoekull 
ajudou a restaurar um senso de solidariedade após 
uma infinita busca de responsáveis desde a crise.
Adaptado de O Globo, 24.04.2010.
Os impactos de fenômenos geológicos e climáticos podem 
variar na história, como ilustram as reportagens sobre as 
erupções vulcânicas na Islândia, em 1783 e 2010.
Nos dois casos apresentados, o fator natural contribuiu 
para reforçar a relação de interdependência entre
 A contextos políticos – atendimento das demandas 
sociais.
 B decisões econômicas – resolução dos problemas 
ambientais.
 C avanços tecnológicos – diminuição das insatisfa-
ções populares.
 D progressos científicos – redimensionamento das ca-
tástrofes naturais.
 E retrocessos sociais – agravamento dos problemas 
de saúde pública.
QUESTÃO 30
Em 2006, Ary Itnem estourou na internet quando 
desfilou pedindo abraços em plena Avenida Paulista, 
filmou a façanha e colocou o resultado no YouTube, num 
filmete visto por mais de 650 mil pessoas. No mesmo ano, 
por conta disso, virou figurinha fácil na mídia nacional, 
dando entrevistas sobre relacionamento interpessoal nas 
empresas e sobre a teoria do abraço para praticamente 
todos os grandes veículos nacionais. Foi entrevistado por 
jornalistas de renome, como Heródoto Barbeiro, da rádio 
CBN, e Gilberto Dimenstein, da Folha de S. Paulo. Tudo 
não passaria de um filme sobre mais uma das milhares 
de teses escalafobéticas do mundo corporativo, não 
fosse por um simples fato: o consultor de RH Ary Itnem 
não existe, e seu nome, ao contrário, quer dizer “mentira”. 
A história virou a base para o documentário “O abraço 
corporativo”, lançado em 2009.
 http://oglobo.globo.com/cultura/documentario-abraco-corporativo-critica-forma-de-se-produzir-
noticias-hoje-2980455#ixzz1kkpjJxdo 
A partir das informações do texto, pode-se inferir que 
 A parte da mídia, não checa dados e informações, 
aceitam como fato tudo o que lhes é apresentado 
com aparência de verdade.
 B existe uma nítida separação entre o jornalismo de 
boa e má qualidade em função de públicos diferen-
ciados.
 C há um oportunismo por parte das consultorias em-
presariais que inventam modismos com objetivo de 
ganhar dinheiro.
 D as redes sociais contribuemnegativamente para a 
difusão de boatos e informações falsas.
 E a internet criou mecanismos de pesquisa que ga-
rantem a veracidade dos fatos jornalísticos.
QUESTÃO 31
Tiziano Vecellio di Gregorio-
O eleitor João Frederico,
duque de Saxônia, Museu do Prado.
Mariano Salvador Maella -
Don Froilán de Bergania (1798),
Museu do Prado.
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As 288 + | ENEM 2012
A observação do trabalho dos mestres retratistas da 
aristocracia ajuda a compreender os cenários políticos e 
sociais de variados momentos históricos. Na primeira tela 
(século XVI), um aristocrata europeu é apresentado como 
senhor da guerra. Na segunda (século XVIII), o nobre, 
surge como componente da elite política e administrativa, 
pois lida com documentos e livros. A respeito do processo 
descrito no texto, assinale o item correto.
 A O universalismo papal funcionou como um dos 
maiores fatores de favorecimento para a formação 
das monarquias nacionais.
 B O enfraquecimento econômico da nobreza em fun-
ção da crise feudal e a ascensão da burguesia difi-
cultaram a centralização política real.
 C Ocorreu uma significativa mudança no papel da 
nobreza dentro das monarquias nacionais devido à 
formação dos exércitos nacionais absolutistas. 
 D A burguesia próxima à figura dos monsarcas teve 
um aumento de sua supremacia política e econômi-
ca em relação à aristocracia feudal.
 E Diante do crescimento comercial foi necessária uma 
readaptação por parte da nobreza feudal que pas-
sou a se dedicar cada vez mais para as atividades 
de cunho burocrático e administrativo.
QUESTÃO 32
Bem nas pesquisas, Mitt Romney 
convoca EUA para liderar o mundo
04 de novembro de 2011 • 12h55 
“Deus não criou este país para ser uma nação 
de servos. Os Estados Unidos não estão destinados 
para ser mais um ao lado de tantos poderes igualmente 
balanceados no mundo. Os Estados Unidos devem 
liderar o mundo – ou então outro irá”.
Esta não é a frase de um político de extremos 
ou de um ufanista religioso. É uma criação cuidadosa 
da campanha do pré-candidato Mitt Romney, o nome 
que pode unificar as diferentes correntes do partido 
Republicano e arregimentar votos em 2012 para retirar a 
Casa Branca dos Democratas.
Romney congrega perfis. Além do componente 
religioso, possibilitado pela sua fé mórmon, o pré-
candidato situa-se numa espécie de meio termo entre os 
apelos tradicionalistas de Rick Perry e a mão mágica do 
mundo dos negócios de Herman Cain.
(...)
Em 2008, Romney perdeu as primárias para 
John McCain. Neste ano, ao que tudo indica, o desfecho 
deverá ser diferente.
 http://tinyurl.com/7pjjvda
18/01/2012 20h10 - Atualizado em 18/01/2012 20h10 
O discurso do pré-candidato Mitt Romney apresenta 
grande semelhança com a
 A doutrina do destino manifesto.
 B política do big stick.
 C política da boa vizinhança.
 D doutrina Bush.
 E doutrina Monroe.
QUESTÃO 33
O personagem Jeca Tatu, criado por Monteiro Lobato, 
tornou-se mais conhecido na década de 1930, por meio 
de anúncios publicitários, como o ilustrado abaixo:
–Jeca, por que não
trabalhas?
Adaptado de www.miniweb.com.br
Esse anúncio retratava aspectos da sociedade brasileira 
da época, expressando críticas principalmente às 
condições de
 A acesso à escolarização.
 B assistência médico-hospitalar.
 C salubridade nas áreas rurais.
 D integração econômica regional.
 E autoritarismo político na Era Vargas.
QUESTÃO 34
Elaborado por Taiichi Ohno, o toyotismo surgiu 
nas fábricas da montadora de automóvel Toyota, após 
a Segunda Guerra Mundial. No entanto, esse modo de 
produção só se consolidou como uma filosofia orgânica 
na década de 70. O toyotismo possuía princípios que 
funcionavam muito bem no cenário japonês, que era 
muito diferente do americano e do europeu. 
O toyotismo tinha como elemento principal, a 
flexibilização da produção. Ao contrário do modelo 
fordista, que produzia muito e estocava essa produção, 
no toyotismo só se produzia o necessário, reduzindo 
ao máximo os estoques. Essa flexibilização tinha como 
objetivo a produção de um bem exatamente no momento 
em que ele fosse demandado, no chamado Just in 
Time. Dessa forma, ao trabalhar com pequenos lotes, 
pretende-se que a qualidade dos produtos seja a máxima 
possível. Essa é outra característica do modelo japonês: 
a Qualidade Total. (...)
 http://mundoeducacao.uol.com.br/geografia/toyotismo.htm.
As 288 + | ENEM 2012
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A leitura caracteriza o modelo de produção chamado de 
“Toyotismo”, nos permitindo afirmar que
 A o toyotismo encontra dificuldade de se consolidar 
no mercado americano.
 B sua eficácia diante do fordismo está no aumento da 
sua produção.
 C o toyotismo tende a se afirmar como modelo produ-
tivo do mundo globalizado.
 D com o avanço tecnológico toyotista, os empregados 
possuem menor carga horária.
 E o toyotismo perdeu a credibilidade e entrou em de-
clínio após a crise do petróleo.
QUESTÃO 35
Brasil: sexta economia do mundo
Segundo a Economist Intelligence Unit (EIU), 
empresa de consultoria e pesquisa ligada à revista The 
Economist, o Brasil já se tornou, neste ano de 2011, a 
sexta maior economia do mundo, ou seja, o sexto maior 
produto interno bruto medido em dólares à taxa de câmbio 
corrente.
Como o câmbio tem sofrido flutuações bruscas, 
quem acha que é o caso de estourar um champanhe 
deveria esperar pelo fim do ano, quando se poderão 
fazer as contas com precisão: a diferença entre o PIB 
estimado para o Brasil, 2,44 trilhões de dólares (mesmo 
considerada uma redução da projeção de crescimento de 
3,5% para 3%) e o do recém-ultrapassado Reino Unido, 
2,41 trilhões (com crescimento de 0,7%) é de 1,2%, 
diferença que pode facilmente triplicar ou se inverter num 
só dia de oscilação cambial.
Segundo as projeções da EIU, a economia brasileira 
será ultrapassada em dimensão pela Índia em 2013 (o 
que é justo, visto ser um país com população cinco vezes 
maior), mas ultrapassará a França em 2014 e a Alemanha 
em 2020. Neste ano, portanto, o Brasil será a quinta maior 
economia do mundo, superado por EUA, China, Japão e 
Índia – caso a crise econômica, ora em curso na Europa, 
não arraste essas projeções água abaixo. (...)
http://www.cartacapital.com.br/economia/brasil-sexta-economia-do-mundo/
O referido crescimento da economia brasileira relaciona-
se diretamente com
 A o desenvolvimento do setor tecnológico, sobretudo 
ligado à informática.
 B o aumento da exportação de commodities para a 
China.
 C a descoberta de jazidas de petróleo na camada do 
pré-sal.
 D o desenvolvimento do turismo ligado a eventos es-
portivos.
 E o estreitamento de laços econômicos com os paí-
ses da zona do euro.
QUESTÃO 36
O Conselho de Segurança da ONU aprovou nesta 
quarta-feira (3 de agosto) uma resolução condenando o 
presidente Bashar al-Assad pela violenta repressão às 
manifestações pró-democracia no país. 
http://noticias.uol.com.br/bbc/2011/08/03/em-meio-a-mais-violencia-conselho-da-onu-aprova-
resolucao-contra-siria.jhtm 
Sobre a crise da Síria, iniciada em março de 2011, e suas 
repercussões, assinale a alternativa correta. 
 A O Brasil não integra o Conselho de Segurança da 
ONU e, portanto, não assinou a resolução citada na 
reportagem. 
 B Assim como ocorreu no Egito, as manifestações na 
Síria contam com o apoio de parcela importante das 
forças armadas. 
 C As manifestações pró-democracia contam com o 
apoio do partido nacionalista Baath, único movimen-
to oposicionista legalizado na Síria. 
 D As manifestações visam pôr um fim ao regime da 
família Assad, no poder desde 1971. 
 E A Liga Árabe classifica as manifestações da Síria como 
atos de vandalismo e condena qualquer forma de inge-
rência internacional na crise enfrentada pelo país.
QUESTÃO 37
O texto abaixorecupera uma obra iluminista dirigida 
por Denis Diderot e Jean Le Rond d’ Alembert em 1772 na 
França intitulada de Enciclopédia ou Dicionário racional das 
ciências, das artes e dos ofícios. No texto afirma-se que: 
na Enciclopédia não havia área do engenho humano que 
não tivesse sido coberta. Ali se observava a confiança de 
que os homens eram, ou poderiam ser em breve, senhores 
de seu próprio destino, que poderiam moldar o mundo 
e a sociedade de acordo com as suas conveniências 
e vantagens. Era o poder da razão. Por isso mesmo a 
Enciclopédia não foi universalmente aceita. Poderes 
absolutistas civis e religiosos foram seus combatentes.
(DENT, N. J. H.. Dicionário de Rousseau. Rio de Janeiro: Zahar, 1996, p. 125. 
Texto adaptado).
A Enciclopédia proposta por iluministas como Diderot 
e D’Alembert foi criticada no contexto francês, porque 
nesse momento o absolutismo e razão significavam 
 A modos de viver compatíveis, nos quais as novas e 
modernas ideias iluministas eram absorvidas pelo 
reis absolutistas, que percebiam nelas as vantagens 
de se moldar o mundo à sua forma e maneira, tal 
qual Diderot em sua Enciclopédia, o que possibilitou 
o advento da monarquia constitucional. 
 B maneiras de fazer política muito diversas. Para os 
racionalistas, a política absolutista deveria ser rees-
truturada ou revolucionada, pois os novos saberes 
deveriam vir das experiências e das novas ciências 
e não de Deus e seus emissários.
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As 288 + | ENEM 2012
 C formas incompatíveis de fazer política, pois o povo 
francês era governado por um velho monarca auto-
ritário que se mantinha no poder devido à ignorân-
cia do povo. Já livros como a Enciclopédia seriam a 
base da nova sociedade revolucionária e anarquista 
proposta por Diderot. 
 D formas de governo inconciliáveis, pois o Absolutis-
mo era autoritário e ultrapassado. Já os enciclope-
distas, como Diderot e D’ Alembert, desejavam a 
derrubada do Rei pelos revolucionários comunistas, 
formadores de ideias socialistas vinculadas ao Mar-
xismo contemporâneo. 
 E maneiras de governar muito distintas, pois os enci-
clopedistas eram homens de letras, que iniciavam 
carreira política nas fileiras dos liberais exaltados, e 
o monarca absolutista era do partido conservador 
francês.
QUESTÃO 38
(Escola de Atenas – Rafael Sanzio)
Observe a obra clássica de Rafael Sanzio, em que 
há uma síntese de vários elementos da filosofia grega, e 
leia atentamente os textos abaixo, respectivamente, de 
Platão e de Aristóteles:
[...] a admiração é a verdadeira característica do 
filósofo. Não tem outra origem a filosofia.
(PLATÃO, Teeteto. Tradução de Carlos Alberto Nunes. 
Belém: Universidade Federal do Pará, 1973. p. 37.)
Com efeito, foi pela admiração que os homens 
começaram a filosofar tanto no princípio como agora; 
perplexos, de início, ante as dificuldades mais óbvias, 
avançaram pouco a pouco e enunciaram problemas a 
respeito das maiores, como os fenômenos da Lua, do 
Sol e das estrelas, assim como a gênese do universo. 
E o homem que é tomado de perplexidade e admiração 
julga-se ignorante (por isso o amigo dos mitos é, em 
certo sentido, um filósofo, pois também o mito é tecido 
de maravilhas); portanto, como filosofavam para fugir à 
ignorância, é evidente que buscavam a ciência a fim de 
saber, e não com uma finalidade utilitária.
(ARISTÓTELES. Metafísica. Livro I. Tradução Leonel Vallandro. 
Porto Alegre: Globo, 1969. p. 40.)
Com base no exposto anterior e nos conhecimentos 
sobre a origem da filosofia, é correto afirmar:
 A A filosofia surgiu, como a mitologia, da capacidade 
humana de admirar-se com o extraordinário e foi 
pela utilidade do conhecimento que os homens fugi-
ram da ignorância.
 B A admiração é a característica primordial do filósofo 
porque ele se espanta diante do mundo das ideias 
e percebe que o conhecimento sobre este pode ser 
vantajoso para a aquisição de novas técnicas.
 C Ao se espantarem com o mundo, os homens per-
ceberam os erros inerentes ao mito, além de terem 
reconhecido a impossibilidade de o conhecimento 
ser adquirido pela razão.
 D Ao se reconhecerem ignorantes e, ao mesmo tem-
po, se surpreenderem diante do anseio de conhecer 
o mundo e as coisas nele contidas, os homens fo-
ram tomados de espanto, o que deu início à filosofia.
 E A admiração e a perplexidade diante da realidade 
fizeram com que a reflexão racional se restringis-
se às explicações fornecidas pelos mitos, sendo a 
filosofia uma forma de pensar intrínseca às elabora-
ções mitológicas.
QUESTÃO 39
Os líderes dos países que integram os BRICS – 
Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul – encerraram 
seu terceiro encontro com um comunicado em que 
pedem conjunta e explicitamente, pela primeira vez, 
mudanças no Conselho de Segurança das Nações 
Unidas. O texto defende reformas na ONU para aumentar 
a representatividade na instituição, além de alterações no 
Fundo Monetário Internacional e no Banco Mundial. Para 
os líderes dos BRICS, a reforma da ONU é essencial, 
pois não é mais possível manter as formas institucionais 
erguidas logo após a Segunda Guerra Mundial. 
Adaptado de O Globo, 15/04/2011 
Uma das principais mudanças no contexto internacional 
contemporâneo que se relaciona com as reformas 
propostas pelos BRICS está indicada em
 A afirmação da multipolaridade.
 B proliferação de armas atômicas.
 C hegemonia econômica dos E.U.A. 
 D diversificação dos fluxos de capitais.
 E homogenização tecnológica.
QUESTÃO 40
Nessa forma de organizar o Estado, o sistema 
habilita o governo central a representar as várias entidades 
territoriais que possuem interesses em comum – por 
exemplo, defesa, relações exteriores e comunicações – e 
permite que essas entidades mantenham suas próprias 
identidades (autonomia), suas próprias leis, planos de 
ação e usos em diversos campos.
Adaptado de GLASSNER, Martin I. Geografia política. Buenos Aires: Editorial Docencia, 2000
As 288 + | ENEM 2012
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O texto acima remete a um elemento importante da 
organização das sociedades contemporâneas: a 
dimensão político-territorial.
No caso, a descrição feita no texto diz respeito ao seguinte 
tipo de Estado Territorial
 A Misto.
 B Federal.
 C Unitário.
 D Associado.
 E Confederado.
QUESTÃO 41
O movimento operário ofereceu uma nova resposta 
ao grito do homem miserável, no princípio do século XIX. 
A resposta foi a consciência de classe e a ambição de 
classe. Os pobres, então, se organizavam em uma classe 
específica, a classe operária, diferente da classe dos 
patrões (ou capitalistas). A Revolução Francesa lhes deu 
confiança, a Revolução Industrial trouxe a necessidade 
da mobilização permanente.
HOBSBAWN, E. J. A era das revoluções. São Paulo: Paz e Terra, 1977.
No texto, analisa-se o impacto das Revoluções Francesa 
e Industrial para a organização da classe operária. A 
“necessidade da mobilização permanente”, trazida pela 
Revolução Industrial, decorria da compreensão de que 
 A a competitividade do trabalho industrial exigia um 
permanente esforço de qualificação para o enfren-
tamento do desemprego.
 B a completa transformação da economia capitalista se-
ria fundamental para a emancipação dos operários.
 C a introdução das máquinas no processo produtivo diminuía 
as possibilidades de ganho material para os operários.
 D o progresso tecnológico geraria a distribuição de 
riquezas para aqueles que estivessem adaptados 
aos novos tempos industriais. 
 E a melhoria das condições de vida dos operários se-
ria conquistada com as manifestações coletivas em 
favor dos direitos trabalhistas.
QUESTÃO 42
“O mundo grego foi, basicamente, um mundo da 
palavra falada e não da escrita.”
Moses I. Finley. Democracia antiga e moderna. Rio de Janeiro: Graal, 1988, p. 30. 
Aconstatação acima, relativa à Grécia antiga, pode ser 
justificada
 A pelo desconhecimento da escrita, que impedia quais-
quer registros oficiais nas cidades-estado gregas.
 B pela importância do teatro, dos arautos e dos aedos, que 
contribuíam para a preservação da memória coletiva.
 C pelo caráter representativo da democracia atenien-
se, que tornava desnecessária a participação direta 
dos cidadãos.
 D pela valorização das atividades físicas e militares, 
que prescindiam da alfabetização dos jovens.
 E pela característica lacônica presente na sociedade 
espartana e ateniense.
QUESTÃO 43
Observe as representações do continente africano, 
realizadas por meio das projeções de Mercator e de Peters.
Assinale a alternativa correta:
 A Na projeção de Peters, as distâncias entre os para-
lelos crescem à medida que se afastam do Equa-
dor, gerando um aumento exagerado das áreas lo-
calizadas próximas aos polos.
 B A projeção de Mercator não se presta para a compa-
ração de superfícies ou para medir distâncias, uma 
vez que foi criada para atender às necessidades de 
navegação do século XVI.
 C Tanto a projeção de Mercator como a de Peters 
falseiam a superfície dos continentes, seja pela de-
formação latitudinal (Mercator) ou pela deformação 
longitudinal (Peters).
 D Por situar a África no centro, a projeção de Peters 
torna a África maior do que de fato ela é, se compa-
rada aos demais continentes.
 E Os mapas de Peters e de Mercator, por se tratarem 
de projeções cilíndricas, não causam nenhuma de-
formação na representação de qualquer região do 
globo terrestre em um plano.
QUESTÃO 44
Leia o texto a seguir.
Viva o Esporte Proletário!
A necessidade de esporte para a juventude é um 
fato incontestável.
A burguesia se aproveita desse fato para canalizar 
todos os jovens das fábricas para seus clubes.
Que fazem os jovens nos clubes burgueses?
Defendem as cores desses clubes. Se o clube é de 
uma fábrica, é o nome e a cor da fábrica que defendem; 
a burguesia cultiva neles a paixão e a luta contra a 
juventude de outras empresas […]
Todo operário footballer deve ingressar nos clubes 
proletários.
O trabalhador gráfico. 25 jun. 1928. Apud DECCA, Maria Auxiliadora Guzzo de. Indústria, 
trabalho e cotidiano. Brasil – 1889 a 1930. São Paulo: Atual, 1991. p. 71. (Adaptado).
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As 288 + | ENEM 2012
O fragmento do jornal conclama a uma prática 
organizativa, própria do movimento anarquista brasileiro, 
segundo a qual 
 A o exercício físico seria o meio para o fortalecimento 
do espírito dos militantes. 
 B a militância política deveria ser exercida em todas 
as dimensões da vida do trabalhador. 
 C a participação dos cidadãos nos clubes de futebol 
das fábricas reforçaria a harmonia social. 
 D a aliança proletário-burguesa deveria ser buscada 
por intermédio das práticas desportivas. 
 E os militantes deveriam conscientizar os operários de 
que o futebol é um esporte alienante. 
QUESTÃO 45
Durante o século XVIII, a capitania de São 
Paulo sofreu grandes transformações territoriais e 
administrativas. Em 1709, nasceu a capitania de São 
Paulo e das Minas do ouro, abrangendo imenso território 
correspondente à quase totalidade das atuais regiões 
Sul, Sudeste e Centro-Oeste, à exceção da então 
capitania do Rio de Janeiro e do Espírito Santo. Até 1748, 
sucessivos desmembramentos formaram as regiões de 
Minas, Santa Catarina, Rio Grande de São Pedro, Goiás 
e Mato Grosso. O novo capitão-general, mais conhecido 
como Morgado de Mateus, foi diretamente instruído pelo 
futuro Marquês de Pombal a ocupar-se da fronteira oeste 
ameaçada pelos espanhóis e a fomentar a produção de 
gêneros de exportação. 
(Adaptado de Ana Paula Medicci, “São Paulo nos projetos de império”, em Wilma Peres Costa 
e Cecília Helena de Oliveira, De um império a outro: formação do Brasil, séculos XVIII e XIX. 
São Paulo: Hucitec/Fapesp, 2007, p. 243.) 
Relacionando o desenvolvimento da capitania de São 
Paulo e a colonização do centro sul do Brasil podemos 
inferir que
 A o núcleo de São Vicente manteve sua prosperidade 
inicial assegurando recursos para a expansão eco-
nômica para o sul da colônia.
 B o advento da mineração contribuiu para o esvazia-
mento populacional de São Paulo e o seu progres-
sivo declínio econômico.
 C as bandeiras foram as responsáveis pelo grande 
desenvolvimento econômico da região, pois acu-
mularam capitais usados na cafeicultura.
 D a capitania desenvolveu expedições de exploração, 
cultivo de alimentos e outras atividades comerciais 
para o mercado interno.
 E o caráter interiorano e acidentado de seu território 
gerou um isolacionismo econômico de São Paulo 
em relação às outras capitanias.
QUESTÃO 46
1827 – Surge a primeira lei brasileira que permite 
o ingresso das mulheres às instituições de ensino 
elementares.
1879 – As mulheres conseguem autorização do 
governo brasileiro para estudar em instituições de ensino 
superior.
1932 – O presidente Getúlio Vargas promulga o 
novo Código Eleitoral, garantindo, finalmente, o direito de 
voto feminino às mulheres.
1945 – A igualdade de direitos entre homens e 
mulheres é reconhecida em documento internacional 
através da Carta das Nações Unidas.
1962 – É sancionado o Estatuto da Mulher Casada, 
que garantiu, entre outras coisas, que a mulher não precisa 
mais de autorização do marido para trabalhar ou receber 
herança.
1985 – Surge a primeira Delegacia de Atendimento 
especializado à Mulher.
1996 – O Congresso Nacional brasileiro inclui 
o sistema de cotas na Legislação Eleitoral obrigando 
os partidos políticos a inscreverem, no mínimo 20% de 
mulheres nas chapas proporcionais.
2006 – Sancionada a Lei Maria da Penha que 
aumenta o rigor nas punições das agressões contra a 
mulher.
2012 – O Congresso sancionada a lei que equipara 
o salário de homens e mulheres no mercado formal de 
trabalho.
Baseado nestes fatos, percebemos claramente que
 A mesmo com muitas vantagens, as mulheres ainda 
estão longe do reconhecimento na sociedade bra-
sileira.
 B que, apesar de todas essas vitórias, as mulheres 
são vistas pela grande maioria da população brasi-
leira como seres inferiores e desqualificados diante 
do potencial masculino.
 C as mulheres galgam um poder real e que demonstra 
o poderio que as mesmas absorvem pela sua luta 
político-social no mercado mundial.
 D grande parte das mulheres ou desconhece ou não 
aceita suas vitórias, preferindo o estado de submis-
são de forma a manter-se como “donas do lar”.
 E uma parcela muito pequena tem atingido o êxito 
pretendido pelas mulheres, o que demonstra a sua 
pouca participação no mundo político como o Brasil.
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QUESTÃO 47
Emboaba: nome indígena que significa “o 
estrangeiro”, atribuído aos forasteiros pelos paulistas, 
primeiros povoadores da região das minas. Com a 
descoberta do ouro em fins do século XVII, milhares de 
pessoas da colônia e da metrópole vieram para as minas, 
causando grandes tumultos. Formaram-se duas facções, 
paulistas e emboabas, que disputavam o governo do 
território, tentando impor suas próprias leis.
(Adaptado de Maria Beatriz Nizza da Silva (coord.), 
Dicionário da História da Colonização Portuguesa no Brasil. Lisboa: Verbo, 1994, p. 285.)
Sobre o período em questão, podemos inferir que
 A as disputas pelo território emboaba colocaram em 
confronto paulistas e mineiros, que lutaram pela 
posse e exploração das minas. 
 B a região das minas foi politicamente convulsionada 
desde sua formação, em fins do século XVII, o que 
explica a resistência local aos inconfidentes mineiros.
 C a luta dos emboabas ilustra o processo de conquis-
ta de fronteiras do império português nas Américas 
enquanto na África os portugueses seretiravam de-
finitivamente, no século XVIII. 
 D a Monarquia portuguesa administrava territórios dis-
tintos e vários sujeitos sociais, muitos deles em dis-
puta entre si, como paulistas e emboabas, ambos 
súditos da Coroa. 
 E a vitória dos paulistas no conflito foi decisiva para a 
obtenção junto à Coroa portuguesa, da autonomia 
política da região mineradora.
QUESTÃO 48
“A Amazônia selvagem sempre teve o dom de 
impressionar a civilização distante. Desde os primeiros 
tempos da Colônia, as mais imponentes expedições e 
solenes visitas pastorais rumavam, de preferência, às 
suas plagas desconhecidas. Para lá os mais veneráveis 
bispos, os mais garbosos capitães-generais, os mais 
lúcidos cientistas.” 
(Euclides da Cunha, À Margem da História, São Paulo, Cultrix, 1975, p.32.)
Podemos identificar como principais atividades de 
ocupação da Região Amazônica, no período colonial,
 A a extração de látex e a catequese indígena. 
 B a pecuária extensiva e a extração de drogas do sertão.
 C a defesa militar da região e a catequese indígena. 
 D as bandeiras de apresamento e as monções. 
 E a mineração e a extração de drogas do sertão.
QUESTÃO 49
Quem faz a história
Quem construiu a Tebas das sete portas?
Nos livros constam os nomes dos reis.
Os reis arrastaram os blocos de pedra?
E a Babilônia tantas vezes destruída
Quem ergueu outras tantas?
Em que casas da Lima radiante de ouro
Moravam os construtores?
Para onde foram os pedreiros
Na noite em que ficou pronta a Muralha da China?
A grande Roma está cheia de arcos do triunfo.
Quem os levantou?
Sobre quem triunfaram os Césares?
A decantada Bizâncio só tinha palácios
Para seus habitantes?
Mesmo na legendária Atlântida,
Na noite em que o mar a engoliu,
Os que se afogavam gritaram por seus escravos.
O jovem Alexandre consquistou a Índia.
Ele sozinho?
César bateu os gauleses,
Não tinha pelo menos um cozinheiro consigo?
Felipe de Espanha chorou quando sua armada naufragou.
Ninguém mais chorou?
Fredrico II venceu a Guerra dos Sete Anos.
Quem venceu além dele?
Uma vitória a cada página.
Quem cozinhava os banquetes da vitória?
Um grande homem a cada dez anos.
Quem pagava as despesas?
Tantos relatos.
Tantas perguntas.
Bertolt Brecht. 
O poema de Brecht remete a muitas análises das quais 
podemos depreender que
 A a concepção da poesia remete à valorização dos 
grandes personagens em detrimento dos atores se-
cundários da história mundial.
 B Brecht escreve o poema preocupado com a inser-
ção das mulheres no campo social e deixa isso cla-
ro nas estrofes que seguem o texto.
 C o poema de Brecht retrata apenas a condição da 
classe fabril na época da Revolução Industrial.
 D usando a concepção marxista que fala que todas as 
classes devem ser analisadas, Brecht escreve um po-
ema para enumerar o papel de todos na sociedade.
 E Brecht escreveu o poema pressionado por forças 
ditatoriais, o que mostra claramente sua linha de 
pensar.
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As 288 + | ENEM 2012
QUESTÃO 50
A constituição do Brasil, promulgada em 1988, alterou a 
divisão territorial do País criando Estados, anexando territórios 
e transformando território em Estado. Assim, a Região
 A Centro-Oeste foi a que mais se modificou, pois teve 
anexado o estado de Tocantins.
 B Sul não sofreu nenhuma modificação, enquanto a 
região Sudeste teve o estado do Espírito Santo in-
corporado à sua área.
 C Norte e a Centro-Oeste foram as que tiveram sua 
área mais modificada, porque a Região Norte foi 
acrescida do Estado do Acre, e a Região Centro-
-Oeste, do Estado de Tocantins.
 D Nordeste sofreu pequena alteração, com a anexa-
ção do antigo território de Fernando de Noronha ao 
Estado de Pernambuco.
 E Sudeste e a Centro-Oeste não sofreram modifica-
ções, já que seus Estados continuaram com a mes-
ma área anterior a esse período.
QUESTÃO 51
Analise o seguinte fragmento do diálogo Fedro, de Platão 
(427-347 a.C.).
SÓCRATES: – Vamos então refletir sobre o que há 
pouco estávamos discutindo; examinaremos o que seja 
recitar ou escrever bem um discurso, e o que seja recitar 
ou escrever mal.
FEDRO: – Isso mesmo.
SÓCRATES: – Pois bem: não é necessário que o 
orador esteja bem instruído e realmente informado sobre 
a verdade do assunto de que vai tratar?
FEDRO: – A esse respeito, Sócrates, ouvi o 
seguinte: para quem quer tornar-se orador consumado 
não é indispensável conhecer o que de fato é justo, mas 
sim o que parece justo para a maioria dos ouvintes, que 
são os que decidem; nem precisa saber tampouco o que 
é bom ou belo, mas apenas o que parece tal – pois é pela 
aparência que se consegue persuadir, e não pela verdade.
SÓCRATES: – Não se deve desdenhar, caro Fedro, 
da palavra hábil, mas antes refletir no que ela significa. O 
que acabas de dizer merece toda a nossa atenção.
FEDRO: – Tens razão.
SÓCRATES: – Examinemos, pois, essa afirmação.
FEDRO: – Sim.
SÓCRATES: – Imagina que eu procuro persuadir-
te a comprar um cavalo para defender-te dos inimigos, 
mas nenhum de nós sabe o que seja um cavalo; eu, 
porém, descobri por acaso uma coisa: “Para Fedro, o 
cavalo é o animal doméstico que tem as orelhas mais 
compridas”...
FEDRO: – Isso seria ridículo, querido Sócrates.
SÓCRATES: – Um momento. Ridículo seria se eu 
tratasse seriamente de persuadir-te a que escrevesses 
um panegírico do burro, chamando-o de cavalo e dizendo 
que é muitíssimo prático comprar esse animal para o 
uso doméstico, bem como para expedições militares; 
que ele serve para montaria de batalha, para transportar 
bagagens e para vários outros misteres.
FEDRO: – Isso seria ainda ridículo.
SÓCRATES: – Um amigo que se mostra ridículo 
não é preferível ao que se revela como perigoso e nocivo?
FEDRO: – Não há dúvida.
SÓCRATES: – Quando um orador, ignorando a 
natureza do bem e do mal, encontra os seus concidadãos 
na mesma ignorância e os persuade, não a tomar a 
sombra de um burro por um cavalo, mas o mal pelo bem; 
quando, conhecedor dos preconceitos da multidão, ele 
a impele para o mau caminho, – nesses casos, a teu 
ver, que frutos a retórica poderá recolher daquilo que ela 
semeou?
FEDRO: – Não pode ser muito bom fruto.
SÓCRATES: – Mas vejamos, meu caro: não nos 
teremos excedido em nossas censuras contra a arte 
retórica? Pode suceder que ela responda: “que estais a 
tagarelar, homens ridículos? Eu não obrigo ninguém – 
dirá ela – que ignore a verdade a aprender a falar. Mas 
quem ouve o meu conselho tratará de adquirir primeiro 
esses conhecimentos acerca da verdade para, depois, 
se dedicar a mim. Mas uma coisa posso afirmar com 
orgulho: sem as minhas lições a posse da verdade de 
nada servirá para engendrar a persuasão”.
FEDRO: – E não teria ela razão dizendo isso?
SÓCRATES: – Reconheço que sim, se os 
argumentos usuais provarem que de fato a retórica é 
uma arte; mas, se não me engano, tenho ouvido algumas 
pessoas atacá-la e provar que ela não é isso, mas sim 
um negócio que nada tem que ver com a arte. O lacônio 
declara: “não existe arte retórica propriamente dita sem o 
conhecimento da verdade, nem haverá jamais tal coisa”.
(Platão. Diálogos. Porto Alegre: Editora Globo, 1962.)
Após uma leitura atenta do fragmento do diálogo 
Fedro, pode-se perceber que Sócrates combate, 
fundamentalmente, o argumento dos mestres sofistas, 
segundo o qual, para fazer bons discursos, é preciso
 A evitar a arte retórica.
 B conhecer bem o assunto.
 C discernir a verdade do assunto.
 D ser capaz de criar aparência de verdade.
 E unir a arte retórica à expressão da verdade.
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QUESTÃO 52
http://2.bp.blogspot.com/hw9v9pBbqis/TEW3PUSKjyl/AAA
AAAAB94/3d7N6F8SHOY/s1600/Americanprogress.JPG
http://alerce.pntic.mec.es/~pong0000/
CausasImperialismo/mision%20civilizadora.jpg
Na pintura de John Gast(Figura 1), Colúmbia, 
a mulher angelical, carrega a “luz da civilização” para 
iluminar os caminhos e guiar homens e carroças na 
marcha para o Oeste dos Estados Unidos; enquanto ela 
avança e expande os cabos do telégrafo nos caminhos 
por onde passa, tanto os indígenas nativos como os 
animais selvagens fogem amedrontados.
No centro do cartaz (Figura 2), a mulher com 
armadura (uma referência à heroína Joana d’Arc) traz, 
na mão direita erguida, um ramo de oliveira, símbolo da 
sabedoria universal; na mão esquerda segura o escudo 
com as cores da bandeira francesa e o lema “progresso 
– civilização – comércio”. É a alegoria da França 
conquistadora que se expande para a Ásia e África 
distantes, levando as luzes do progresso e do comércio 
para os povos que, por desconhecerem o majestoso 
brilho da civilização europeia, vivem na escuridão. 
Essas imagens são alegorias de duas ideologias 
imperialistas do século XIX sintetizadas, respectivamente, 
nas expressões históricas: 
 A “ética dos peregrinos” e “luta contra a barbárie”. 
 B “ideologia do branco anglo-saxão protestante” e 
“salvacionismo imperial”. 
 C “aliança para o progresso” e “processo civilizatório 
afro-asiático”. 
 D “guerra justa” e “ocidentalização do mundo oriental”. 
 E “destino manifesto” e “fardo do homem branco”.
QUESTÃO 53
Os árabes, entre os Séculos VII e XI, ampliaram suas 
conquistas e forjaram importante civilização. Sob a 
ação catalisadora do Islã, foi mantida a unidade política, 
enquanto que o comércio destacou-se como elo do 
relacionamento tolerante com muitos povos. Além disso, 
argumenta-se que os valores culturais da Antiguidade 
Clássica chegaram ao conhecimento do Mundo Moderno 
Ocidental porque os árabes
 A traduziram e difundiram entre os europeus impor-
tantes obras sobre o saber grego.
 B propagaram a obra Mil e uma Noites, mostrando 
que ela se baseia em lendas chinesas.
 C introduziram na Europa novas técnicas de cultivo e 
a habilidade na representação de figuras humanas.
 D profetizavam o destino do homem através das es-
trelas.
 E desenvolveram uma ciência não submetida aos en-
sinamentos religiosos.
QUESTÃO 54
Considerando que em 2010 e 2011 a vigência do 
horário de verão ocorreu nas regiões Sul, Sudeste e 
Centro-Oeste, e que as cidades de Goiânia (GO) e 
Manaus (AM) estão nos fusos horários GMT-3 e GMT-4, 
respectivamente, e, que a distância em linha reta entre 
essas cidades é de aproximadamente 1900 km, qual a 
velocidade média aproximada de um avião que saiu de 
Goiânia às 12h, horário local, e chegou a Manaus às 13h, 
horário local, no dia 3 de janeiro de 2011?
 A 1900 km/h
 B 950 km/h
 C 633 km/h
 D 475 km/h
 E 800 km/h
QUESTÃO 55
Passar de Reino a Colônia 
É desar [derrota] 
É humilhação 
que sofrer jamais podia 
brasileiro de coração. 
CH | Página 21
As 288 + | ENEM 2012
A quadrinha acima reflete o temor vivido no Brasil 
depois do retorno de D. João VI a Portugal, em 1821. 
Apesar de seu filho Pedro ter ficado como regente, acirrou-
se o antagonismo entre “brasileiros” e “portugueses” 
até que, em dezembro de 1821, as Cortes de Portugal 
determinaram o retorno do príncipe. Se ele acatasse, 
tudo poderia acontecer. Inclusive, dizia d. Leopoldina, 
“uma Confederação de Povos no sistema democrático 
como nos Estados Livres da América do Norte”. 
(Adaptado de Eduardo Schnoor,”Senhores do Brasil”, Revista de História da Biblioteca 
Nacional, no. 48. Rio de Janeiro, set. 2009, p. 36.)
A respeito do processo referido no texto, podemos afirmar que
 A a Revolução Liberal do Porto pretendia a emanci-
pação conjunta do Reino Português e brasileiro do 
jugo Absolutista mediante a proclamação de uma 
República e de um sistema federativo. 
 B o Partido Brasileiro, liderado por José Bonifácio, re-
pudiou a Revolução do Porto e passou a defender 
a ruptura imediata do Brasil com relação a Portugal.
 C o apoio à Revolução do Porto dividiu as classes 
sociais dominantes brasileiras, pois parte dela se-
ria beneficiada pela recolonizacão, enquanto outras 
seria prejudicadas.
 D a decisão de apoiar a independência do Brasil foi 
acertada entre ingleses, latifundiários e o Príncipe 
Regente D. Pedro acarretando mudanças radicais 
na economia do novo país.
 E a Revolução do Porto foi contraditória na medida 
em que pretendia instaurar um regime liberal em 
Portugal, mas visava redefinir de modo conserva-
dor as relações entre Portugal e Brasil.
QUESTÃO 56
Passados quase cinquenta anos da publicação de “A 
terra e o homem no Nordeste” (Andrade, 1963), novas 
dinâmicas instalaram-se na região.
A respeito das dinâmicas espaciais do passado e do 
presente, nas sub-regiões representadas a seguir, é 
correto afirmar que
OCEANO ATLÂNTICO370 KM
NORDESTE – DIVISÃO NATURAL
AGRESTE
5° S
SERTÃO
E LITORAL
SETENTRIONAL
LITORAL
E ZONA
DA MATA
Fonte: Andrade, 1963
 A a Zona da Mata, onde se desenvolveram, no passa-
do colonial, o extrativismo do pau-brasil e a cultura 
da cana, abriga, hoje, extensas áreas produtoras de 
grãos, destinados ao mercado externo.
 B o Agreste, ocupado durante os séculos XVIII e XIX 
por criadores de gado, manteve a mais rígida estru-
tura agrária do Nordeste, concentrando, hoje, exten-
sos e improdutivos latifúndios.
 C o Sertão, devido às suas características físico-naturais 
e apesar de sucessivas políticas públicas de comba-
te às secas e incentivo ao desenvolvimento agrícola, 
mantém sua economia restrita a atividades tradicionais.
 D a Zona da Mata, antes lugar de “plantation” colonial, 
escravista, concentra, hoje, a produção industrial re-
gional, distribuída espacialmente na forma de man-
chas, no entorno de algumas capitais.
 E o Agreste, caracterizado, no início da colonização, 
como região de pequena propriedade e de agricul-
tura de subsistência, concentra, hoje, os maiores e 
mais dinâmicos complexos agroindustriais da região.
QUESTÃO 57
Segundo a crença dos cristãos de Bizâncio, os ícones 
(imagens pintadas ou esculpidas de Cristo, da Virgem e dos 
Santos) constituíam a “revelação da eternidade no tempo, a 
comprovação da própria encarnação, a lembrança de que 
Deus tinha se revelado ao homem e por isso era possível 
representá-lo de forma visível”.
(Franco Jr., H. e Andrade F°, R. O. O Império Bizantino. São Paulo: Brasiliense, 1994. p. 27). 
Apesar da extrema difusão da adoração dos ícones 
no Império Bizantino, o imperador Leão III, em 726, 
condenou tal prática por idolatria, desencadeando assim 
a chamada “crise iconoclasta”. 
Dentre os fatores que motivaram a ação de Leão III, 
podemos citar o(a)
 A intolerância da corte imperial para com os habitan-
tes da Ásia Menor, região onde o culto aos ícones 
servia de pretexto para a aglutinação de povos que 
pretendiam se emancipar.
 B necessidade de conter a proliferação de culto às 
imagens, num contexto de reaproximação da Sé de 
Roma com o Imperador bizantino, uma vez que o 
papado se posicionava contra a instituição dos íco-
nes e exigia a sua erradicação.
 C tentativa de mirar as bases políticas de apoio à sua 
irmã, Teodora, a qual valendo-se do prestígio de que 
gozava junto aos altos dignitários da Igreja bizanti-
na, aspirava secretamente a sagrar-se Imperatriz.
 D aproximação do Imperador, por meio do califado de 
Damasco, com o credo islâmico que, recuperando 
os princípios originais do monoteísmo judaico-cris-
tão, condenava a materialização da essência sagra-
da da divindade em pedaços de pano ou madeira.
 E descontentamento imperial com o crescente prestí-
gio e riqueza dos mosteiros (principais possuidores 
e fabricantes de ícones), que atraíam para o serviço 
monástico numerosos jovens, impedindo-os, com 
isso de contribuírem para o Estado na qualidade de 
soldados, marinheiros e camponeses.
As 288 + | ENEM

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