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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 4ª VARA CÍVEL DA COMARCA DE BELO JARDIM
Processo nº 88.000.7894/15
	Roger Myers, brasileiro, casado, empresário, portador da cédula de identidade RG/SDS/PE n.º 10125874.9, devidamente inscrito no CPF/MF n.º 102.125.669/58, residente e domiciliado na Rua Santa Rosa, nº 10, no bairro Trancredo Neves, CEP 12345-678, neste município, por seus advogados e bastante procuradores infra-assinados (instrumento de mandato anexo), vem , mui respeitosamente, perante Vossa Excelência, com fundamento nos artigos.300 e 301 do CPC, combinados com a lei 8060/90 artigos 70,71,74,75, do estatuto da criança e do adolescente, e artigo 1.630 e 1634 incisos I,II,VII do código civil, oferecer sua CONTESTAÇÃO, nos autos da AÇÃO DE DANOS MORAIS PELO RITO ORDINARIO que lhe move Marge Simpson, devidamente qualificada na petição inicial a qual se contesta, pelos motivos de fato e de direito expostos a seguir.
	
I - DA PRELIMINAR 
A presente ação deve ser julgada inepta sem o julgamento do mérito. A petição inicial por danos morais deveria ocorrer se houvesse lesão do patrimônio abstrato da autora ou de sua família, como, por exemplo, a dignidade pessoal, a honra e a imagem. Dispõe o artigo 295, inciso I, parágrafo único, inciso II, do CPC que a petição inicial e inepta relata os fatos, entretanto não apresenta uma conclusão coerente.
Não há ligação entre os fatos narrados. Primeiro, porque uma criança de dois anos não tem força física suficiente para atingir o pai com tamanha agilidade e intensidade. Segundo, a autora não anexou aos autos prova de que tenha ocorrido o episódio. Entretanto, mesmo que o fato tenha ocorrido, deve ser de conhecimento da autora que a mesma tem obrigação de monitorar e vigiar as crianças de modo a evitar que as mesmas tenham qualquer interesse por objetos perigosos que possam machuca-las ou machucar o próximo. 
De acordo com o artigo 301, inciso III do CPC o réu argui, em preliminar, a inépcia da inicial, e, via de implicação, requer a extinção do feito, sem julgamento do mérito, em consenso com o artigo 295, inciso I, parágrafo único, inciso II combinado com o artigo 267, inciso I, ambos do CPC.
II – DO MÉRITO
A requerente alega em sua inicial que sua filha mais nova, de apenas 2 anos de idade, atingiu a cabeça de seu pai com uma marreta de madeira com bastante agressividade, coisa que não seria normal para o comportamento da criança. A conclusão da autora foi de que a ação da criança foi influenciada pelo desenho animado “Comichão e Coçadinha”. As afirmações narradas são inverídicas, tendo em vista que uma criança de apenas dois anos não tem força física e desenvolvimento mental o suficiente para planejar ou cometer tal episódio.
Segundo a própria autora a família estava em um tradicional domingo afirmando assim que é corriqueiro deixar as crianças sozinhas enquanto os dois responsáveis fazem outras atividades, mediante tal afirmação da autora fica claro a negligencia dos pais. Os seus filhos encontravam-se sozinhos, durante todo o domingo enquanto os pais estavam ocupados com outras atividades. 
O artigo 3º, inciso I, do Código Civil, diz que: “São absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos da vida civil os menores de dezesseis anos”. Na mesma lei, o artigo 1630 dispõe que: “Os filhos estão sujeitos ao poder familiar, enquanto menores.” E ainda, o CC, preleciona no artigo 1634, incisos I, II, V E VII as principais competências dos pais, como por exemplo, “TÊ-LOS EM SUA COMPANHIA E GUARDA”, para que estes garantam o bom futuro dos seus filhos. Todavia, a autora não respeita essas competências que lhe são atribuídas, pois, deixando as crianças sozinhas em frente à televisão para assistir o que bem querem e tendo acesso a materiais e objetos perigosos a sua condição peculiar de pessoa em formação, a autora, não está agindo conforme manda a lei.
Os fatos narrados pela autora não passam de especulação, tendo em vista que a mesma nem estava presente na sala enquanto as crianças assistiam ao desenho animado.
Deverá ser provado que o desenho animado influenciou a criança já que o ECA preza em seu artigo 74 “O poder público, através do órgão competente, regulará as diversões e espetáculos públicos, informando sobre a natureza deles, as faixas etárias a que não se recomendem, locais e horário em que sua apresentação se mostre inadequada”, tendo isto como base os desenhos não seriam veiculados sem prévia autorização do poder público.
No mesmo código, o artigo 76 reza que: “As emissoras de rádio e televisão somente exibirão, no horário recomendado para o público infanto juvenil, programas com finalidades educativas, artísticas, culturais e informativas”. Entende-se que o desenho “Comichão e Coçadinha” não tem nenhum conteúdo com cenas de sexo, drogas e violência e, que sendo assim não pode ter influenciado o mau comportamento da menor. 
A autora deverá provar que os desenhos influenciaram sua filha mais nova, e que poderá influenciar assim tantas outras. O artigo 333, inciso I, do CPC dispõe que é de responsabilidade da autora provar os fatos narrados na petição. Como não conseguirá provar a veracidade dos fatos, o pedido de indenização será julgado improcedente.
III – DO PEDIDO
Diante do exposto, requer a Vossa Excelência que se digne de acolher a preliminar argüida, extinguindo a presente demanda, sem julgamento do mérito, na forma que preceitua o art.295, inciso I, parágrafo único, inciso II, combinado com o art.267,inciso I, ambos do CPC, ou no mérito, julga-la improcedente, condenando a autora ao pagamento das custas e honorários advocatícios, acrescidos de juros e correção monetária. 
Protesta provar o alegado por todos os meios de prova admitido em direito, principalmente pelo depoimento pessoal do autor, oitiva das testemunhas, perícias, juntada de novos documentos e outras provas que se fizerem necessárias para a apuração (deslinde) desta demanda.
Nestes termos,
pede deferimento.
Caruaru, 06 de novembro de 2015
____________________________________
Layane Freitas OAB/PE nº 54679
Diego Tavares OAB/PE nº 65780

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