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Cimento Portland
AGLOMERANTE
CIMENTOS PORTLAND CIMENTOS PORTLAND 
ESPECIAISESPECIAIS
1. CIMENTO DE ALTA RESISTÊNCIA INICIAL
Cimento Portland de Alta Resistência Inicial: 
É o aglomerante hidráulico que atende às exigências de alta resistência inicial, obtido pela 
moagem de clinquer Portland. 
 
Sua maior resistência inicial a baixas idades ( a 24 h ≥ 110 kgf / cm2 ) pode ser obtida: 
 
- pela maior finura ( moagem ) do clinquer; 
- pela maior proporção de C3S. 
 
É mais fissurável, desprende maior calor de hidratação e é menos durável devido ao maior 
teor de Ca(OH)2 liberado. 
 
Recomenda-se para concreto pré-moldado e artefatos de concreto porque permite uma 
rápida desforma e maior reaproveitamento dos moldes. 
2. CIMENTOS RESISTENTES A SULFATOS
• limitação no teor de C3A < 8%
• limitação de adições carbonáticas < 5%
• alto-forno com 60 e 70% de escória 
• pozolânico entre 25 e 40% de pozolana
3. Cimento`Portland de baixo calor de hidratação (BC)
• gera pouco ou retarda a formação de calor na reação
de hidratação
• CP III-32
4. Cimento Portland Branco 
• estrutural
• não estrutural
• limitação nos teores de óxido de ferro e manganês
CIMENTO PORTLAND CIMENTO PORTLAND 
COMPOSTOSCOMPOSTOS
CP II E / CPII F / CP II Z
CLINQUER
GIPSITA
ADIÇÃO
Escória – 6 a 34% Filler 0 a 10% 
Pozolana – 6 a 14% Filler 0 a 10%
Filler – 6 a 10%
CIMENTO PORTLAND CIMENTO PORTLAND 
COMPOSTOSCOMPOSTOS
CP II E / CPII F / CP II Z
• aplicações intermediárias entre o CP I e os pozolânicos 
e alto-forno
• aplicações gerais sem grande especificidade
CIMENTO DE ALTOCIMENTO DE ALTO--FORNOFORNO
CLINQUER
ESCÓRIA DE ALTO-FORNO
FILLER CALCÁREO
35 a 70%
0 a 5%
CIMENTO DE ALTOCIMENTO DE ALTO--FORNOFORNO
Os Cimentos Portland de Alto Forno têm as seguintes características: 
 
- baixas resistências mecânicas às idades menores (até 10 dias) devido à necessidade de que 
reaja primeiro o C3S e o C2S, para então começar a reagir a escória em presença de 
Ca(OH)2 liberada; 
- liberam pouco calor de hidratação e o fazem de amneira espaçada no tempo, o que 
acarreta menores possibilidades de fissuração; 
- necessitam grandes cuidados com a cura, pois as reações só se dão em ambiente úmido. 
Deverá cuidar-se por pelo menos 20 dias; 
- requerem boa dosagem, amassamento e adensamento uniforme para evitar diferenças 
significativas de endurecimento; 
- são os mais resistentes à ação de meios sulfato agressivos, tais como águas sulfatadas, 
esgotos, água do mar; 
- não deve ser usado em caldas de injeção de bainhas de aço para concreto protendido, pois 
tem pequenas quantidades de enxofre (em forma de sulfeto de cálcio) que podem 
eventualmente favorecer o ataque à armadura. 
CIMENTO POZOLÂNICOCIMENTO POZOLÂNICO
CLINQUER
POZOLANA
FILLER CALCÁREO
15 A 50%
0 a 5%
CIMENTO POZOLÂNICOCIMENTO POZOLÂNICO
- são os mais resistentes a meios agressivos do tipo água puras, ácidas e carbônico 
agressivas, porque combinam com a Ca(OH)2 formando compostos insolúveis, também e 
por isso são mais impermeáveis, sendo aconselháveis também para meios sulfato agressivos 
como água do mar; 
- as resistências mecânicas elevam-se mais vagarosamente e tornam o concreto mais 
elástico aumentando o alongamento de ruptura; 
- minora os efeitos da reação álcali-agregado, pois se dispomos de agregados reativos estes 
não terão mais tantos álcalis para reagir, pois o NaOH e KOH reagem e se fixam com as 
pozolanas; 
- requerem cura mais prolongada e cuidados na produção do concreto que garantam sua 
homogeneidade, e pelo mesmo motivo é conveniente colocá-los em contato com meio 
agressivo somente após um prazo longo, superior a 30 dias; 
PROPRIEDADES FÍSICAS E MECÂNICAS DO CIMENTO 
1. Pega e Endurecimento
Cimento + água
Perda de plasticidade e 
possibilidade de manuseio 
após o inicio das reações 
de hidratação
Pega
Inicio de pega
Tempo decorrido desde a adição de 
água até o inicio das reações com os 
compostos do cimento. Limita o tempo 
de trabalhabilidade dos concretos e 
argamassas
Tempo de fim 
de pega
Tempo decorrido desde a adição 
de água até a situação em que a 
pasta cessa de deformar sob a 
ação de cargas. A partir deste 
momento pode-se iniciar novos 
serviços sobre a superfície do 
concreto.
Falsa pega 
Provocada pela desidratação do gesso ou 
erro no proporcionamento no processo de 
moagem
Baixa resistência à tração 
e pouca deformabilidade
Mistura 
do 
cimento e 
da água
Início de 
pega
Fim de 
pega
~2 horas 4 a 16 horas
Crescimento 
da 
resistência
Pega
Endurecimento
Fatores que influenciam a pega
Teor de C3A , SO3 e Fe2O3
Finura 
Quanto mais fino o cimento mais rápida 
a pega
Temperatura 
Aumento – reduz 
Diminuição – aumenta
Quantidade de água quanto mais água menor o 
tempo de pega
Aditivos
Aceleradores (cloreto de cálcio, Cloreto de sódio, etc)
Retardores (Gesso, açucar, álcool, óxido de zinco)
Classificação quanto à pega
Normal > 1 h
Rápida < 1 h
Pega de cimentos comerciais
2 h 30 min
Determinação do tempo de pega: Aparelho de Vicat, com 
pasta de consistência normal)
2. Finura e Grau de moagem
Influencia:
InversoPega 
DiretaResistência
DiretaCalor de hidratação
Direta Retração
InversoExsudação
Determinação da Finura
Peneiramento:
índice de finura - % de massa que fica 
retida na peneira 200 com abertura de 
0,075 mm. (NBR 57 33)
Permeabilímetro de Blaine - Superfície específica
Baseado na velocidade de ar que passa por uma 
determinada amostra que é função do tamanho 
dos grãos. 
Blaine dos cimentos normais = 2500 a 4000 cm2/g
Para os cimento normais: % retida < 12 %
Granulômetro a laser
3. Massa específica
A massa especifica do cimento γ0 = 3,10 a 3, 15 kg/l.
A determinação é feita através do frasco de Le
Chatelier, usando querosene como líquido.
A massa unitária do cimento: γ = 1,5 Kg/l 
4. Resistência a esforços mecânicos 
(resistência à compressão)
Fatores que influenciam na resistência à compressão:
Direta
Inversa
direta
Principalmente C3S e C2S
Finura 
Quantidade de água
Composição química
Idade
Determinação da resistência à compressão (NBR 7215)
Corpos de prova cilindricos: 5 X 10 cm
Argamassa Normal: 1 : 3 : 0,5 
Areia Normal = Areia do rio Tietê
Ruptura aos 3, 7 e 28 dias.
CP 25 8 15 25
CP 32 10 20 32
CP 40 14 24 40
Classes de cimento (em MPa)
5. Exsudação
é o fenômeno de segregação da água que ocorre na 
pasta de cimento antes do início da pega
Quanto mais fino o cimento menor a exsudação
É importante na tecnologia de concretos e argamassas
PROPRIEDADES QUÍMICAS DO CIMENTO
1. Estabilidade de volume
A existência indesejável de cal livre (CaO) e óxido de 
magnésia (MgO), pode provocar expansão do 
concreto endurecido.
Determinação: Agulha de Le Chatelier com pasta de 
consistência normal
Ensaio a frio: evidencia a presença de MgO
Ensaio a quente: evidencia a presença de CaO
2. Calor de hidratação
É a quantidade de calor gerado pela hidratação 
completa dos compostos do cimento.
3 dias 41 a 90 cal/g - 50%
7 dias 46 a 97 cal/g 
28 dias 61 a 109 cal/g - 90%
60 dias 72 a 114 cal/g
180 dias 74 a 116 cal/g
C3A - 207 cal/g
C4AF – 100 cal/g
C3S – 120 cal/g
C2S – 62 cal/g
2. Resistência a Agentes Agressivos
Influi diretamente na durabilidade e depende muito da 
porosidade (relação água/cimento)
Em contato com a água:
Retirada do Ca(OH)2 por dissolução
Ataquede águas ácidas aos silicatos hidratados
Ataque de águas sulfatadas ao C3A, formando 
etringita expansiva (sal de Candlot)
Em contato com o ar:
Carbonatação do Ca(OH)2
Em atmosferas marinhas Corrosão de armaduras 
Corrosão de armaduras 
4. Reação álcali-agregado
Reação entre os álcalis do cimento e a silica ativa 
da areia (amorfa)
Só ocorre em 3 condições:
Equivalente de Na2O: % Na2O + 0,658 (% K2O) > 0,6
Ocorrência de sílica amorfa (Opala)
Umidade
Como evitar: 
Limitar o equivalente alcalino
Utilizar material pozolânico
Evitar umidade
Transporte armazenamento do cimento
Em saco: Lugar limpo e seco
Estrado de madeira a 30 cm do chão
Cobertura 
Pilhas de, no máximo 10 sacos
A granel: Transportado em carretas e containers
Armazenagem em silos dotados de 
sistemas de abastecimento e dosados 
por gravidade, por parafuso sem fim ou 
elevadores de caneca
DESIGNAÇÕES DOS CIMENTOS PORTLAND
a) Cimento Portland Comum
CP I – Cimento Portland Comum
CP I-E – Cimento Portland Comum com Adição de escória
b) Cimento Portland Composto
CP II-E – Cimento Portland Composto com Escória
CP II-Z – Cimento Portland Composto com Pozolana
CP II-F – Cimento Portland Composto com Filler
c) Cimento Portland de Alto Forno – CP III
d) Cimento Portland Pozolânico – CP IV
e) Cimento Portland de Alta Resistência Inicial – CP V-ARI
f) Cimento Portland Resistente à Sulfatos
São designados pela sigla original de seu tipo acrescida de RS.
Sigla Clínquer + 
sulfato de 
cálcio 
Escória 
granulada de 
alto-forno 
Material 
pozolânico 
Material 
carbonático 
CP I 100 0 0 0 
CP I-S 99-95 1-5 1-5 1-5 
 CP II-E 94-56 6-34 - 0-10 
CP II-Z 94-76 - 6-14 0-10 
CP II-F 94-90 - - 6-10 
 CP III 65-25 35-70 - 0-5 
 CP IV 85-45 - 15-50 0-5 
 CP V-ARI 100-95 - - 0-5

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