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TJDFT - PONTOS RESUMIDOS - PROVA ORAL

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DIREITO CONSTITUCIONAL
PONTO 6 - Poder Judiciário. Supremo Tribunal Federal. Superior Tribunal de Justiça. Justiça Federal. Justiça do Trabalho. Justiça Eleitoral. Justiça Militar. Juizados Especiais e de Paz. Poder Judiciário do Distrito Federal e dos Territórios. Direitos sociais relativos aos trabalhadores. Funções essenciais à Justiça. Ordem econômica e financeira. Seguridade social. Argüição de descumprimento de preceito fundamental.
Poder Judiciário
Ao lado das funções de administrar e legislar, ao Estado também compete também a função judicial, ou jurisdicional, dirimindo as controvérsias que surgem quando da aplicação das leis, que não se dá de forma automática e espontânea. É através do Poder Judiciário que o Estado substitui a vontade das partes e a atividade privada na composição das lides. 
“Podemos, assim, afirmar que função jurisdicional é aquela realizada pelo Poder Judiciário, tendo em vista aplicar a lei a uma hipótese controvertida mediante processo regular, produzindo, afinal, coisa julgada, com o que substitui, definitivamente, a atividade e vontade das partes. Evidentemente, tem-se que distinguir a atividade jurisdicional da administrativa e legislativa. As duas últimas, especialmente a administrativa, consistem em atuação em conformidade com a vontade da lei, mas são nitidamente diversas da atividade jurisdicional, pois esta é atividade secundária ou substitutiva, ao passo que a administrativa é primária.” (ARRUDA ALVIM).
Não se consegue conceituar um verdadeiro Estado Democrático de Direito sem a existência de um Poder Judiciário autônomo e independente. A independência judicial constitui um direito fundamental dos cidadãos, incluindo aí o direito à tutela judicial e o direito ao processo e ao julgamento por um Tribunal independente e imparcial.
A principal e mais distintiva característica da autuação jurisdicional é a definitividade (capacidade
de formação de coisa julgada). Classicamente, são apontados como traços característicos da
Jurisdição a lide e inércia o julgador. Todavia, existem situações em que a Jurisdição atua à
míngua da existência de uma lide, como ocorre nos processos de jurisdição voluntária, em que o
julgador atua como um administrador público de interesses privados. Também pode ocorrer, ainda
que excepcionalmente, de a função jurisdicional se manifestar sem a observância da inércia. São
exemplos o habeas corpus concedido de ofício, a declaração de inconstitucionalidade por
arrastamento.
FUNÇÕES TÍPICAS E ATÍPICAS
A função típica do Poder Judiciário é a jurisdicional, ou seja, julgar aplicando a lei a um caso concreto. Possui, porém, como os demais Poderes do Estado, outras funções, denominadas atípicas, de natureza administrativa (ex: concessão de férias aos seus membros e serventuários, prover os cargos de juízes de carreira) e legislativa (ex: edição de normas regimentais). 
Aos órgãos jurisdicionais incumbe a solução dos conflitos de interesses, aplicando a lei ao caso concreto, inclusive contra o governo e contra a administração.
Sistemas de Jurisdição
O sistema francês, ou sistema de contencioso administrativo, ou, ainda, sistema de dualidade de
jurisdição se opõe ao sistema inglês, ou sistema da unicidade de jurisdição. matérias administrativas (relativas à Administração Pública) são excluídas da apreciação do Judiciário. Somente no sistema francês, é
possível falar propriamente em coisa julgada administrativa.
No sistema inglês, adotado no Brasil (art. 5º, XXXV), o Judiciário atua de forma plena, todas as matérias podem ser levadas à sua apreciação. Excepcionalmente, a necessidade de se passar pelo processo administrativo aparece como condição para o ingresso no Judiciário: 
“Justiça Desportiva” e habeas data, (art. 8º, Lei 9.507/97).
Órgão especial de tribunal
A criação de um órgão especial em tribunais por mais de vinte e cinco julgadores é discricionária
(ADI 410). Todavia, se um tribunal decidir pela criação de um órgão especial, deverá observar o
regramento previsto no art. 93, XI, da CF, que determina que o “mínimo de onze e o máximo de
vinte e cinco membros, para o exercício das atribuições administrativas e jurisdicionais delegadas
da competência do tribunal pleno, provendo-se metade das vagas por antigüidade e a outra
metade por eleição pelo tribunal pleno”. 
O magistrado eleito para o órgão especial não pode recusar o posto, salvo o previsto no art. 99 da
Lei Orgânica da Magistratura Nacional (LC 35/79).
Competência: substituto do Plenário, em todas suas competências administrativas e jurisdicionais. 
 “Quinto” constitucional
Art. 94. Um quinto dos lugares dos Tribunais Regionais Federais, dos Tribunais
dos Estados, e do Distrito Federal e Territórios será composto de membros, do
Ministério Público, com mais de dez anos de carreira, e de advogados de notório
saber jurídico e de reputação ilibada, com mais de dez anos de efetiva atividade
profissional, indicados em lista sêxtupla pelos órgãos de representação das
respectivas classes.
Parágrafo único. Recebidas as indicações, o tribunal formará lista tríplice,
enviando-a ao Poder Executivo, que, nos vinte dias subseqüentes, escolherá um de seus integrantes para nomeação.
Se o número de membros do tribunal não for múltiplo de cinco, o arredondamento será feito em
favor dos membros externos, componentes do “quinto”.
Na Reclamação 5413, o STF decidiu que o tribunal pode recusar a lista sêxtupla, 
Foi confirmada pelo julgamento do MS 27920 RECURSO ORDINÁRIO EM MANDADO DE SEGURANÇA. CONSTITUCIONAL. ELABORAÇÃO DE LISTA TRÍPLICE PARA PREENCHIMENTO DE VAGA DESTINADA AOS ADVOGADOS NO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA [ART. 104, II C/C ART. 94 DA CB/88]. DEVER-PODER DO TRIBUNAL SUPERIOR. REJEIÇÃO DE LISTA SÊXTUPLA ENCAMINHADA PELO CONSELHO FEDERAL DA ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL. POSSIBILIDADE. HIPÓTESE DIVERSA DA QUE ALUDE O INCISO X DO ARTIGO 93 DA CONSTITUIÇÃO. RECURSO IMPROVIDO. RMS 27920 / DF - DISTRITO FEDERAL 
�� HTMLCONTROL Forms.HTML:Hidden.1 RECURSO EM MANDADO DE SEGURANÇA. Relator(a): Min. EROS GRAU. Julgamento: 06/10/2009
GARANTIAS DO PODER JUDICIÁRIO
Segundo JOSÉ AFONSO DA SILVA, as garantias estão divididas em:
GARANTIAS INSTITUCIONAIS: protegem o Poder Judiciário como um todo, ou seja, garantem a independência do Poder Judiciário no relacionamento com os demais Poderes. As garantias do Poder Judiciário são tão importantes que a CF considera crime de responsabilidade atentar contra o seu livre exercício (art. 85, CF), pois as imunidades da magistratura não constituem privilégios pessoais, mas relacionam-se com a própria função exercida e seu objeto de proteção contra os avanços, excessos e abusos dos outros poderes em benefício da justiça. 
Segundo ALEXANDRE DE MORAES, “a magistratura se desempenha no interesse geral e suas garantias têm fundamento no princípio da soberania do povo e na forma republicana de governo, de modo que todo avanço sobre a independência do Poder Judiciário importa em um avanço contra a própria Constituição”.
Desdobram em:
Garantias de autonomia orgânico-administrativa (CF, art. 96): é o próprio Poder Judiciário quem organiza suas secretarias e serviços auxiliares e os dos juízos que lhe forem vinculados, velando pelo exercício da atividade correcional respectiva. Além disso, a independência do Poder Judiciário Estadual pressupõe que o processo de provimento de cargos de desembargador, por acesso dos juízes de carreira, deve ser iniciado e completado no âmbito do próprio tribunal de Justiça não admitindo a participação de qualquer dos outros poderes do Estado (STF – ADI 202-BA).
Dentro desta garantia insere-se também a eleição dos órgãos diretivos dos tribunais que não pode sofrer a intervenção de qualquer outro poder. (CF, art. 96, I)
Garantia de autonomia financeira (CF, art. 99, §§ 1º e 2º e art. 165, II): os tribunais têm autogoverno e devem elaborar suas propostas orçamentáriasdentro dos limites estipulados conjuntamente com os demais Poderes na lei de diretrizes orçamentárias (LDO). Se os respectivos tribunais não encaminharem as respectivas propostas orçamentárias dentro do prazo estabelecido na LDO, serão considerados pelo Executivo, os valores aprovados na lei orçamentária vigente.
A EC 45/04 reforço a idéia de autonomia financeira do Judiciário e determinou que as custas e emolumentos sejam destinados exclusivamente ao custeio dos serviços afetos às atividades específicas da Justiça.
GARANTIAS FUNCIONAIS OU DE ÓRGÃOS – asseguram a independência e a imparcialidade dos membros do Poder Judiciário, previstas, aliás, não tanto em razão do próprio titular, mas em favor da própria instituição. Podem ser agrupadas em duas categorias:
Garantias de independência dos órgãos judiciários: vitaliciedade, inamovibilidade e irredutibilidade de subsídios.
Vitaliciedade: significa que após o estágio probatório de 02 anos de efetivo exercício da carreira, o juiz somente poderá perder seu cargo por decisão judicial transitada em julgado. Saliente-se que os magistrados de tribunais superiores ou membros do MP e da advocacia que ingressam na magistratura pelo quinto constitucional adquirem vitaliciedade imediatamente no momento da posse. A vitaliciedade permite aos magistrados liberdade de preocupações a respeito da aprovação pública, permitindo uma atuação mais técnica.
Exceção: o art. 52 da CF abranda a vitaliciedade ao prever a competência privativa do Senado Federal para processar e julgar e julgar os MINISTROS DO STF nos crimes de responsabilidade.
Inamovibilidade: uma vez titular do respectivo cargo, o juiz somente poderá ser removido ou promovido por iniciativa própria, nunca ex officio de qualquer outra autoridade, salvo no caso de interesse público e pelo voto da maioria absoluta do respectivo tribunal ou do CNJ, assegurada a ampla defesa.
Irredutibilidade de subsídios: o subsídio do magistrado não pode ser reduzido como forma de pressão, garantindo-lhe assim o livre exercício das atribuições. 
Garantias de imparcialidade dos órgãos judiciários: apresentam-se sob a forma de vedações (CF, art. 95, § único). Assim, aos juízes é vedado:
Exercer, ainda que em disponibilidade, outro cargo ou função, salvo uma de magistério. O exercício do magistério deve ser compatível com o expediente forense e para atividade acadêmica (Resolução nº 34/2007 do CNJ).
Receber a qualquer título ou pretexto, custas ou participação em processo.
Dedicar-se à atividade político-partidária.
Receber a qualquer título ou pretexto auxílios ou contribuições de pessoas físicas, entidades públicas ou privadas, ressalvadas as exceções legais.
Exercer a advocacia no juízo ou tribunal do qual se afastou antes de decorridos 03 anos do afastamento do cargo por aposentadoria ou exoneração (quarentena). Segundo ALEXANDRE DE MORAES, a expressão “no juízo do qual se afastou” deve ser interpretado como “na Comarca da qual se afastou”, pois seria de absoluta inutilidade proibir-se, por exemplo, o juiz aposentado da 3ª Vara Cível de Brasília de advogar apenas nessa vara e permitir-lhe a advocacia em todas as outras varas de Brasília.
Neste sentido, o CNJ, vedou a participação de magistrados na JUSTIÇA DESPORTIVA, mesmo sem remuneração.
Segundo entendimento do STF as garantias de imparcialidade ou vedações são aplicáveis aos membros do CNJ, pois “nenhum dos advogados ou cidadãos membros do Conselho Nacional de Justiça pode, durante o exercício do mandato, exercer atividades incompatíveis com essa condição, tais como exercer outro cargo ou função, salvo uma de magistério, dedicar-se a atividade político-partidária e exercer advocacia no território nacional”. (STF, ADI 3367/DF).
Conselho Nacional de Justiça. Órgão de natureza exclusivamente administrativa. Atribuições de controle da atividade administrativa, financeira e disciplinar da magistratura. Competência relativa apenas aos órgãos e juízes situados, hierarquicamente, abaixo do Supremo Tribunal Federal. Preeminência deste, como órgão máximo do Poder Judiciário, sobre o Conselho, cujos atos e decisões estão sujeitos a seu controle jurisdicional.
ÓRGÃOS DA FUNÇÃO JURISDICIONAL
 O art. 92 da Constituição estabelece que são órgãos do Poder Judiciário:
Supremo Tribunal Federal
Superior Tribunal de Justiça
Tribunais Regionais Federais e Juízes Federais
Tribunais e Juízes do Trabalho
Tribunais e Juízes Eleitorais
Tribunais e Juízes Militares
Tribunais e Juízes dos Estados e do Distrito Federal e Territórios
SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL
STF. ORGANIZAÇÃO E COMPETÊNCIA.
O STF não é corte exclusivamente constitucional, pois outras matérias também lhe foram atribuídas pela Carta Magna. É Órgão de cúpula do Poder Judiciário, com função primordial de guardião da constituição, tendo a atribuição de julgar questões constitucionais, a fim de que prevaleça a supremacia Constitucional em todo o Brasil. 
São requisitos para escolha dos 11 ministros:
Idade: 35 a 65 anos.
Ser brasileiro nato.
Ser cidadão (gozo dos direitos políticos).
Notável saber jurídico e reputação ilibada.
No STF não existe divisão preestabelecida (quinto constitucional) para a determinação das 11 vagas de ministros que são livre nomeação do Presidente da República, além disso, não se exige dos membros o Bacharelado em Ciências Jurídicas, mas tão somente o notável saber jurídico.
Os 11 membros do STF estão divididos em 02 turmas com 05 membros cada uma. O Presidente participa apenas das sessões plenárias.
COMPETÊNCIA
Originária:
Ação direta de inconstitucionalidade de lei ou ato normativo federal ou estadual;
Ação direta de inconstitucionalidade de lei ou ato normativo federal ou estadual e a ação declaratória de constitucionalidade de lei ou ato normativo federal; Nas infrações penais comuns, o Presidente da República, o Vice-Presidente, os membros do Congresso Nacional, seus próprios Ministros e o Procurador-Geral da República; 
Nas infrações penais comuns e nos crimes de responsabilidade, os Ministros de Estado e os Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica, ressalvado o disposto no art. 52, I, os membros dos Tribunais Superiores, os do Tribunal de Contas da União e os chefes de missão diplomática de caráter permanente;(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 23, de 1999)
O "habeas-corpus", sendo paciente qualquer das pessoas referidas nas alíneas anteriores; o mandado de segurança e o "habeas-data" contra atos do Presidente da República, das Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, do Tribunal de Contas da União, do Procurador-Geral da República e do próprio Supremo Tribunal Federal;
Litígio entre Estado estrangeiro ou organismo internacional e a União, o Estado, o Distrito Federal ou o Território;
Causas e os conflitos entre a União e os Estados, a União e o Distrito Federal, ou entre uns e outros, inclusive as respectivas entidades da administração indireta;
Extradição solicitada por Estado estrangeiro;
O habeas corpus, quando o coator for Tribunal Superior ou quando o coator ou o paciente for autoridade ou funcionário cujos atos estejam sujeitos diretamente à jurisdição do Supremo Tribunal Federal, ou se trate de crime sujeito à mesma jurisdição em uma única instância; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 22, de 1999)
Revisão criminal e a ação rescisória de seus julgados;
Reclamação para a preservação de sua competência e garantia da autoridade de suas decisões;
Execução de sentença nas causas de sua competência originária, facultada a delegação de atribuições para a prática de atos processuais;
Ação em que todos os membros da magistratura sejam direta ou indiretamente interessados, e aquela em que mais da metade dos membros do tribunal de origem estejam impedidos ou sejam direta ou indiretamente interessados;
Conflitos de competência entre o Superior Tribunal de Justiça e quaisquer tribunais, entre Tribunais Superiores, ou entre estes equalquer outro tribunal;
Com relação ao conflito de atribuições entre Ministérios Públicos, a competência para dirimir o conflito será do STF, quando não configurado virtual conflito de jurisdição que, por força da interpretação analógica do art. 105, I, d da CF seja de competência do STJ. 
Ressalte-se que inexiste conflito de competência entre o STF e qualquer outro tribunal, uma vez que é a própria Corte, que como guardiã da CF define sua competência, através da reclamação.
Pedido de medida cautelar das ações diretas de inconstitucionalidade;
Mandado de injunção, quando a elaboração da norma regulamentadora for atribuição do Presidente da República, do Congresso Nacional, da Câmara dos Deputados, do Senado Federal, das Mesas de uma dessas Casas Legislativas, do Tribunal de Contas da União, de um dos Tribunais Superiores, ou do próprio Supremo Tribunal Federal;
Ações contra o Conselho Nacional de Justiça e contra o Conselho Nacional do Ministério Público; (Incluída pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
Em sede de recurso ordinário:
O "habeas-corpus", o mandado de segurança, o "habeas-data" e o mandado de injunção decididos em única instância pelos Tribunais Superiores, se denegatória a decisão;
O crime político;
Em sede der recurso extraordinário, as causas decididas em única ou última instância, quando a decisão recorrida:
Contrariar dispositivo desta Constituição;
Declarar a inconstitucionalidade de tratado ou lei federal;
Julgar válida lei ou ato de governo local contestado em face desta Constituição.
Julgar válida lei local contestada em face de lei federal. (Incluída pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
(STF, ADI 3367/DF).Conselho Nacional de Justiça. Órgão de natureza exclusivamente administrativa. Atribuições de controle da atividade administrativa, financeira e disciplinar da magistratura. Competência relativa apenas aos órgãos e juízes situados, hierarquicamente, abaixo do Supremo Tribunal Federal. Preeminência deste, como órgão máximo do Poder Judiciário, sobre o Conselho, cujos atos e decisões estão sujeitos a seu controle jurisdicional.
COMPETÊNCIA DO STF – FORO POR PRERROGATIVA DE FUNÇÃO
Aqueles que defendem o foro sustentam que determinadas autoridades devem ser julgadas originariamente pelos tribunais pelos seguintes argumentos (GILMAR MENDES):
Os membros dos tribunais estariam fisicamente mais distantes das disputas políticas locais, daí as decisões seriam mais justas, imparciais.
Os membros dos tribunais, em razão da experiência acumulada com o tempo, profeririam decisões tecnicamente mais qualificadas.
Em sentido contrário:
O foro por prerrogativa de função ofende o princípio da igualdade e o princípio republicano (todos devem ser responsabilizados pelos seus atos). Na grande maioria dos casos, não se atinge uma decisão, gerando impunidade que não se comunga com o republicanismo.
PRERROGATIVA x PRIVILÉGIO
Prerrogativa: ofertada em razão do cargo ocupado, tem ligação com o exercício da função.
Privilégio: tem relação com a pessoa.
A autoridade dotada de foro por prerrogativa de função não responde a INQUÉRITO POLICIAL (presidido pelo Delegado de Polícia), mas sim a INQUÉRITO JUDICIAL (presidido por um dos membros do Tribunal). LFG critica esta construção, pois membro do tribunal presidir inquérito judicial ofende a imparcialidade do Magistrado.
A repercussão disso é a impossibilidade de indiciamento da autoridade dotada de foro por prerrogativa de função sem que ocorra a determinação do relator, caso contrário gera nulidade do indiciamento. STF decidiu desta forma nos seguintes casos: Aloisio Mercadante, Senador Magno Malta. 
A autoridade dotada de foro por prerrogativa de função não pode se valer dos recursos ordinários, apenas dos recursos extraordinários (RESP e RE), esta é uma mitigação do princípio do duplo grau de jurisdição. A Constituição exige o julgamento por órgão colegiado, que não precisa ser o Plenário ou órgão especial, desta forma, é possível o julgamento por Turma, Seção, conforme determinação do Regimento Interno.
Em uma interceptação telefônica é feita referência ao nome de um deputado federal, isto é suficiente para deslocar a competência para o STF?
Não é o bastante, além da menção do nome é necessária a presença de outros elementos de convicção.
Toda autoridade dotada de foro por prerrogativa de função tem direito ao procedimento previsto na Lei 8.038/90. Esta lei estabelece a defesa preliminar com prazo de 15 dias; e o julgamento antecipado da lide penal. 
Ressalte-se que encerrado o exercício do mandato/cargo, cessa a prerrogativa de foro e não subsiste a competência do STF para o processo e julgamento dessas ações originárias. Revogada a Súmula 394 STF: Cometido o crime durante o exercício funcional, prevalece a competência especial por prerrogativa de função, ainda que o inquérito ou a ação penal sejam iniciados após a cessação daquele exercício.
Segundo ALEXANDRE DE MORAES, “não mais ocorrerá a perpetuação da competência do STF para o processo e julgamento dos crimes comuns praticados pelas autoridades previstas no art. 102, I, b e c, quando cessarem seus mandatos/cargos. Deixa, portanto, de ter aplicação a regra da contemporaneidade da infração penal comum com o exercício do mandato/cargo e, conseqüentemente, deverão os autos ser remetidos à Justiça de 1ª instância”.
Art. 102, inciso I, alínea “b”: infração penal comum está utilizada em contraposição a crime de responsabilidade, significa:
Crime comum em sentido restrito (CP)
Crime eleitoral 
Crime militar
Crime doloso contra a vida
Contravenção penal
Crime político (art. 109, IV, CF, Lei 7.170/83- Lei de Segurança Nacional)
Autoridades julgadas originariamente pelo STF – critério foi da importância do cargo dentro dos órgãos que exercem poder:
LEGISLATIVO: Deputados federais, senadores (suplentes não possuem foro por prerrogativa de função, salvo se estiverem no exercício do cargo); Ministros do TCU. 
EXECUTIVO: Presidente e vice-Presidente, Ministros de Estado(?), Presidente do BACEN, AGU, Comandantes Militares (Exército, Marinha e Aeronáutica), Ministro Chefe da CGU, Ministro Chefe da Secretaria Geral da Presidência da República, Chefe de representação diplomática permanente.
Lei 10.683/2003 – organiza a Presidência da República – arts. 25: define quem são os Ministros de Estado; os cargos do art. 38 não são equiparados a Ministro de Estado para fins de julgamento perante o STF, apenas para fins protocolares: Secretário especial de desenvolvimento econômico, de aqüicultura e pesca; especial de direitos humanos... (INFO 374 – STF).
JUDICIÁRIO: Ministros do STF, Ministros dos Tribunais Superiores (STJ, TST, TSE e STM).
MINISTÉRIO PÚBLICO: PGR.
A LC 75/93 não estabelece mecanismos para aplicação do art. 28 do CPP, caso o PGR peça arquivamento o STF deverá fazê-lo. 
A Lei 8.625/93 estabelece uma situação em que o PGJ pede o arquivamento e o TJ não é obrigado a concordar com o arquivamento. 
PRINCÍPIO DA TAXATIVIDADE DAS PREVISÕES CONSTITUCIONAIS DE PRERROGATIVA DE FORO – INCONSTITUCIONALIDADE DA LEI 10.628/2002
A idéia de taxatividade constitucional das competências constitucionais dos tribunais superiores nasceu com a idéia de supremacia jurisdicional por meio do controle de constitucionalidade. Assim, desde a criação do STF na CF/1891, jamais se admitiu que o Poder Legislativo alterasse a competência originária do tribunal por meio de legislação ordinária.
A Lei 10.628/2002 alterou a redação do art. 84 do CPP para estabelecer que a ação de improbidade administrativa deveria ser proposta perante o tribunal competente para julgar criminalmente o funcionário ou autoridade na hipótese de prerrogativa de foro em razão do exercício de função pública. Houve, portanto, extensão da competência do STF e STJ.
Além disso, estabeleceu que o foro por prerrogativa deveria permanecer mesmo que cessado o exercício da função (perpetuação dacompetência).
O STF em sede de controle concentrado de constitucionalidade decidiu que:
O Tribunal concluiu julgamento de duas ações diretas ajuizadas pela Associação Nacional dos Membros do Ministério Público - CONAMP e pela Associação dos Magistrados Brasileiros - AMB para declarar, por maioria, a inconstitucionalidade dos §§ 1º e 2º do art. 84 do Código de Processo Penal, inseridos pelo art. 1º da Lei 10.628/2002 - v. Informativo 362. Entendeu-se que o § 1º do art. 84 do CPP, além de ter feito interpretação autêntica da Carta Magna, o que seria reservado à norma de hierarquia constitucional, usurpou a competência do STF como guardião da Constituição Federal ao inverter a leitura por ele já feita de norma constitucional, o que, se admitido, implicaria submeter a interpretação constitucional do Supremo ao referendo do legislador ordinário. Considerando, ademais, que o § 2º do art. 84 do CPP veiculou duas regras - a que estende, à ação de improbidade administrativa, a competência especial por prerrogativa de função para inquérito e ação penais e a que manda aplicar, em relação à mesma ação de improbidade, a previsão do § 1º do citado artigo - concluiu-se que a primeira resultaria na criação de nova hipótese de competência originária não prevista no rol taxativo da Constituição Federal, e, a segunda estaria atingida por arrastamento. Ressaltou-se, ademais, que a ação de improbidade administrativa é de natureza civil, conforme se depreende do § 4º do art. 37 da CF, e que o STF jamais entendeu ser competente para o conhecimento de ações civis, por ato de ofício, ajuizadas contra as autoridades para cujo processo penal o seria. Vencidos os Ministros Eros Grau, Gilmar Mendes e Ellen Gracie que afastavam o vício formal, ao fundamento de que o legislador pode atuar como intérprete da Constituição, discordando de decisão do Supremo, exclusivamente quando não se tratar de hipótese em que a Corte tenha decidido pela inconstitucionalidade de uma lei, em face de vício formal ou material, e que, afirmando a necessidade da manutenção da prerrogativa de foro mesmo após cessado o exercício da função pública, a natureza penal da ação de improbidade e a convivência impossível desta com uma ação penal correspondente, por crime de responsabilidade, ajuizadas perante instâncias judiciárias distintas, julgavam parcialmente procedente o pedido formulado, para conferir aos artigos impugnados interpretação conforme no sentido de que: a) o agente político, mesmo afastado da função que atrai o foro por prerrogativa de função, deve ser processado e julgado perante esse foro, se acusado criminalmente por fato ligado ao exercício das funções inerentes ao cargo; b) o agente político não responde a ação de improbidade administrativa se sujeito a crime de responsabilidade pelo mesmo fato; c) os demais agentes públicos, em relação aos quais a improbidade não consubstancie crime de responsabilidade, respondem à ação de improbidade no foro definido por prerrogativa de função, desde que a ação de improbidade tenha por objeto ato funcional
ADI 2797/DF e ADI 2860/DF, rel. Min. Sepúlveda Pertence, 15.9.2005. (ADI-2797) (ADI-2860)
Pet 3421 AgR / MA - MARANHÃO 
AG.REG. NA PETIÇÃO
Relator(a): Min. CEZAR PELUSO
Julgamento: 25/06/2009
EMENTA: COMPETÊNCIA. Ação civil pública por improbidade administrativa. Ação cautelar preparatória. Propositura contra ex-deputado federal. Foro especial. Prerrogativa de função. Inaplicabilidade a ex-titulares de mandatos eletivos. Jurisprudência assentada. Ausência de razões novas. Decisão mantida. Agravo regimental improvido. Ex-deputado não tem direito a foro especial por prerrogativa de função, em ação civil pública por improbidade administrativa.
AP 396 / RO - RONDÔNIA 
�� HTMLCONTROL Forms.HTML:Hidden.1 AÇÃO PENAL
Relator(a): Min. CÁRMEN LÚCIA
Revisor(a): Min. DIAS TOFFOLI
Julgamento: 28/10/2010
EMENTA: QUESTÃO DE ORDEM NA AÇÃO PENAL. DEPUTADO FEDERAL. RENÚNCIA AO MANDATO. ABUSO DE DIREITO: RECONHECIMENTO DA COMPETÊNCIA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL PARA CONTINUIDADE DO JULGAMENTO DA PRESENTE AÇÃO PENAL. DENÚNCIA. CRIMES DE PECULATO E DE QUADRILHA. ALEGAÇÕES DE NULIDADE DA AÇÃO PENAL, DE INVESTIGAÇÃO PROMOVIDA POR ÓRGÃO DO MINISTÉRIO PÚBLICO DE PRIMEIRO GRAU, DE OFENSA AO PRINCÍPIO DO PROMOTOR NATURAL, DE CRIME POLÍTICO, DE INÉPCIA DA DENÚNCIA, DE CONEXÃO E DE CONTINÊNCIA: VÍCIOS NÃO CARACTERIZADOS. PRELIMINARES REJEITADAS. PRECEDENTES. CONFIGURAÇÃO DOS CRIMES DE PECULATO E DE QUADRILHA. AÇÃO PENAL JULGADA PROCEDENTE. 
SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
NOÇÕES GERAIS
O Superior Tribunal de Justiça – STJ é órgão do Poder Judiciário brasileiro (art. 92, II, CF), possuindo regulamentação constitucional na Seção III (Do Superior Tribunal de Justiça), do Capítulo III (Do Poder Judiciário), do Título IV (Da Organização dos Poderes) da Constituição da República. É o órgão de cúpula da Justiça Comum, ou seja, da Justiça Estadual e da Justiça Federal não especializada.
O STJ foi criado pela CF/1988, sendo que o Supremo Tribunal Federal – STF, ao lado de sua atribuição de guardião da Constituição, também exercia a tarefa de uniformização da aplicação e interpretação da legislação federal. Para JOSÉ AFONSO DA SILVA, “o que dá característica própria ao STJ são as suas atribuições de controle da inteireza positiva, da autoridade e da uniformidade de interpretação da lei federal.” (SILVA, José Afonso da. Curso de direito constitucional positivo. 18. ed. São Paulo: Malheiros, 2000. cit. p. 564). Pode-se concluir que o STJ é o guardião do ordenamento jurídico federal.
A composição inicial do STJ foi feita pelo aproveitamento dos Ministros do antigo e extinto Tribunal Federal de Recursos – TFR e pela nomeação de membros necessários para completar o número mínimo de 33 (trinta e três) Ministros (art. 27, § 2.º, ADCT). Esses foram indicados em lista tríplice pelo próprio TFR, conforme a regra do art. 104, parágrafo único, da CF (art. 27, § 5.º, ADCT), sendo que para efeitos desse dispositivo, os Ministros do TFR foram considerados pertencentes à classe de que provieram, quando de sua nomeação (art. 27, § 3.º, ADCT).
 O STJ foi instalado sob a Presidência do STF (art. 27, caput, ADCT). Até a sua instalação o STF exerceu plenamente as atribuições e competências definidas na ordem constitucional precedente (art. 27, § 1.º, ADCT).
O STJ compõe-se de, no mínimo, 33 (trinta e três) Ministros, tem sede na Capital Federal e jurisdição em todo o território nacional (art. 92, parágrafo único, c/c art. 104, caput, CF). 
São requisitos para ser Ministro do STJ:
Idade: entre 35 e 65 anos.
Ser brasileiro nato ou naturalizado.
Notável saber jurídico e reputação ilibada.
COMPOSIÇÃO
Dentre os Ministros, as 33 vagas deverão ser divididas na seguinte proporção:
1/3 entre desembargadores dos TRF’s
1/3 entre desembargadores dos TJ’s
1/3 divididos da seguinte forma:
1/6 de advogados
1/6 entre membros do MPF, MPE e MPDFT, alternadamente, indicados na forma do art. 94 CF.
A listas tríplices dos membros dos TRF’s e TJ’s serão elaboradas pelo próprio STJ, sendo que a escolha poderá recair sobre desembargador estadual ou federal não pertencente originariamente à classe da magistratura (MS n.º 23.455/DF, Rel. Min. Néri da Silveira, STF- pleno, j. 18.11.99. pub. Info STF n.º 171). No caso dos advogados e dos membros do Ministério Público, serão elaboradas listas sêxtuplas pelas respectivas instituições (OAB ou MP), que as encaminhará ao STJ que, por sua vez, elaborará lista tríplice, a ser encaminhada ao Presidente da República.
Funcionarão junto ao STJ: Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados e o Conselho da Justiça Federal.
COMPETÊNCIA
Originária
Nos crimes comuns, os Governadores dos Estados e do Distrito Federal, e, nestes e nos de responsabilidade, os desembargadores dos Tribunais de Justiça dos Estados e do Distrito Federal, os membros dos Tribunais de Contas dos Estados e do Distrito Federal, os dos Tribunais RegionaisFederais, dos Tribunais Regionais Eleitorais e do Trabalho, os membros dos Conselhos ou Tribunais de Contas dos Municípios e os do Ministério Público da União que oficiem perante tribunais;
Os mandados de segurança e os habeas data contra ato de Ministro de Estado, dos Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica ou do próprio Tribunal;(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 23, de 1999)
Súmula 41 do STJ:
O Superior Tribunal de Justiça não tem competência para processar e julgar, originariamente, mandado de segurança contra ato de outros tribunais ou dos respectivos órgãos.
Os habeas corpus, quando o coator ou paciente for qualquer das pessoas mencionadas na alínea "a", ou quando o coator for tribunal sujeito à sua jurisdição, Ministro de Estado ou Comandante da Marinha, do Exército ou da Aeronáutica, ressalvada a competência da Justiça Eleitoral; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 23, de 1999)
Os conflitos de competência entre quaisquer tribunais, ressalvado o disposto no art. 102, I, "o", bem como entre tribunal e juízes a ele não vinculados e entre juízes vinculados a tribunais diversos; 
Súmula 348 do STJ:
Compete ao Superior Tribunal de Justiça decidir os conflitos de competência entre juizado especial federal e juízo federal, ainda que da mesma seção judiciária.
Súmula 03 do STJ:
Compete ao Tribunal Regional Federal dirimir conflito de competência verificado, na respectiva região, entre juiz federal e juiz estadual investido de jurisdição federal.
As revisões criminais e as ações rescisórias de seus julgados;
A reclamação para a preservação de sua competência e garantia da autoridade de suas decisões;
Os conflitos de atribuições entre autoridades administrativas e judiciárias da União, ou entre autoridades judiciárias de um Estado e administrativas de outro ou do Distrito Federal, ou entre as deste e da União;
O mandado de injunção, quando a elaboração da norma regulamentadora for atribuição de órgão, entidade ou autoridade federal, da administração direta ou indireta, excetuados os casos de competência do Supremo Tribunal Federal e dos órgãos da Justiça Militar, da Justiça Eleitoral, da Justiça do Trabalho e da Justiça Federal;
A homologação de sentenças estrangeiras e a concessão de exequatur às cartas rogatórias;(Incluída pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
Em sede de recurso ordinário:
Os habeas corpus decididos em única ou última instância pelos Tribunais Regionais Federais ou pelos tribunais dos Estados, do Distrito Federal e Territórios, quando a decisão for denegatória;
Os mandados de segurança decididos em única instância pelos Tribunais Regionais Federais ou pelos tribunais dos Estados, do Distrito Federal e Territórios, quando denegatória a decisão;
As causas em que forem partes Estado estrangeiro ou organismo internacional, de um lado, e, do outro, Município ou pessoa residente ou domiciliada no País; 
Em sede de recurso especial, as causas decididas, em única ou última instância, pelos Tribunais Regionais Federais ou pelos tribunais dos Estados, do Distrito Federal e Territórios, quando a decisão recorrida:
Contrariar tratado ou lei federal, ou negar-lhes vigência;
Julgar válido ato de governo local contestado em face de lei federal; 
Der a lei federal interpretação divergente da que lhe haja atribuído outro tribunal.
FORO POR PRERROGATIVA DE FUNÇÃO NO STJ
O art. 105, I, “a” CF – crime comum tem o mesmo sentido de infração penal comum. Dentro desta expressão estão contidas as seguintes práticas:
Crime comum em sentido restrito (CP)
Crime eleitoral
Crime militar
Crime doloso contra a vida
Contravenção penal
Crime político
O TSE não possui competência originária para ações penais condenatórias, mas possui competência para julgar HC.
Autoridades julgadas originariamente pelos STJ – critério – autoridades estaduais e federais:
Governador nos crimes comuns.
Existe uma decisão do STJ em que se determinou que o Governador que comete crime eleitoral é julgado originariamente pelo TSE (Min. Francisco de Assis Toledo). Entretanto, esta decisão foi alterada pelo STF, sendo competente o STJ.
Vice-governador não é julgado originariamente pelo STJ. O julgamento do vice-governador depende da Constituição Estadual.
Desembargadores dos TJ’s
Conselheiros do TCE’s
Juízes dos TRF’s, TRT’s, TRE’s
Membros do MPU que oficiem perante Tribunais: MPF, MPT, MPM, MPDFT 
Quem julga o PGJ de todos os Estados? Tribunal de Justiça.
Quem julga o PGJ do MPDFT? STJ, pois é membro do MPU que oficia perante tribunais.
Membros dos Tribunais de Contas Municipais. A CF veda a criação de corte de contas municipais, permanecem apenas aquelas que já existiam em 1988.
Desmembramento de feito e conexão. 
O STF deferiu o desmembramento de inquérito em curso no STJ, nele permanecendo apenas o detentor da prerrogativa de foro. Reconhecida a competência do tribunal do júri para processar e julgar o co-réu.
Conexão e continência não poderiam alterar competência fixada na CF. Ademais, asseverou-se que o argumento de ordem prática no sentido de se evitar, mediante a reunião de ações penais, decisões conflitantes não se sobreporia à competência funcional estabelecida em norma de envergadura maior.
(STF - HC 89056 – INFORMATIVO 515)
JUSTIÇA FEDERAL
Em 1º grau de jurisdição, foi criada a Justiça Federal pela lei 5.010/66. De 1966 a 1988, o TFR (Tribunal Federal de Recursos) era o 2º grau da jurisdição federal. Em 1988, o TFR foi extinto, e foram criados 5 TRFs, criando 5 regiões:
1ª Região:sede em Brasília. Abrange: DF, todos os Estados da Região Norte, Centro-Oeste (com exceção de MS), além de MG, BA, MA e PI.
2ª Região: RJ (Sede) e ES.
3ª Região: SP (Sede) e MS.
4ª Região: RS (Sede – Porto Alegre), PR e SC.
5ª Região: PE (Sede – Recife), todos os Estados do Nordeste com exceção de BA, MA e PI.
	
TRIBUNAIS REGIONAIS FEDERAIS
Cada um dos TRIBUNAIS REGIONAIS FEDERAL contará com no mínimo 07 juízes com idade mínima de 30 anos, respeitada a regra do 1/5 constitucional. Nos termos da EC 45/2004, os TRF’s instalarão a justiça itinerante com a realização de audiências e demais funções da atividade jurisdicionais, nos limites das respectivas jurisdições e poderão funcionar de forma descentralizada, constituindo câmaras regionais, a fim de assegurar o pleno acesso do jurisdicionado à justiça em todas as fases do processo. 
JUÍZES FEDERAIS
Em 1º grau de jurisdição, a divisão é feita por seções judiciárias (cada Estado é uma Seção Judiciária, que pode ser subdividida em subseções judiciárias). A escolha da promoção por merecimento é feita pelo Presidente da República.
COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA FEDERAL
Art. 109. Aos juízes federais compete processar e julgar:
I - as causas em que a União, entidade autárquica ou empresa pública federal forem interessadas na condição de autoras, rés, assistentes ou oponentes, exceto as de falência, as de acidentes de trabalho e as sujeitas à Justiça Eleitoral e à Justiça do Trabalho;
Cabe à Justiça Federal decidir sobre a existência de interesse jurídico que justifique a presença, no processo, da União, suas autarquias ou empresas públicas, nos termos da Súmula 224 do STJ: Excluído do feito o ente federal, cuja presença levara o Juiz Estadual a declinar da competência, deve o Juiz Federal restituir os autos e não suscitar conflito. Assente-se, igualmente, que decisão de juiz federal que excluir da relação processual ente da federação não pode ser reexaminada no juízo estadual. 
 
II - as causas entre Estado estrangeiro ou organismo internacional e Município ou pessoa domiciliada ou residente no País;
III - as causas fundadas em tratado ou contrato da União com Estado estrangeiro ou organismo internacional;
IV - os crimes políticos e as infrações penais praticadas em detrimento de bens, serviços ou interesse da União ou de suas entidades autárquicas ou empresas públicas, excluídas as contravençõese ressalvada a competência da Justiça Militar e da Justiça Eleitoral;
Segundo interpretação do STF são considerados crimes políticos os crimes contra a segurança nacional. Neste sentido RC 1468:
EMENTA: CRIME POLÍTICO. COMPETÊNCIA. INTRODUÇÃO, NO TERRITÓRIO NACIONAL, DE MUNIÇÃO PRIVATIVA DAS FORÇAS ARMADAS, PRATICADO POR MILITAR DA RESERVA (ARTIGO 12 DA LSN). INEXISTÊNCIA DE MOTIVAÇÃO POLÍTICA: CRIME COMUM. PRELIMINARES DE COMPETÊNCIA: 1ª) Os juízes federais são competentes para processar e julgar os crimes políticos e o Supremo Tribunal Federal para julgar os mesmos crimes em segundo grau de jurisdição (CF, artigos 109, IV , e 102, II, b), a despeito do que dispõem os artigos 23, IV, e 6º, III, c, do Regimento Interno, cujas disposições não mais estão previstas na Constituição. 2ª) Incompetência da Justiça Militar: a Carta de 1969 dava competência à Justiça Militar para julgar os crimes contra a segurança nacional (artigo 129 e seu § 1º); entretanto, a Constituição de 1988, substituindo tal denominação pela de crime político, retirou-lhe esta competência (artigo 124 e seu par. único), outorgando-a à Justiça Federal (artigo 109, IV). 3ª) Se o paciente foi julgado por crime político em primeira instância , esta Corte é competente para o exame da apelação, ainda que reconheça inaplicável a Lei de Segurança Nacional. MÉRITO: 1. Como a Constituição não define crime político, cabe ao intérprete fazê-lo diante do caso concreto e da lei vigente. 2. Só há crime político quando presentes os pressupostos do artigo 2º da Lei de Segurança Nacional (Lei nº 7.170/82), ao qual se integram os do artigo 1º: a materialidade da conduta deve lesar real ou potencialmente ou expor a perigo de lesão a soberania nacional, de forma que, ainda que a conduta esteja tipificada no artigo 12 da LSN, é preciso que se lhe agregue a motivação política. Precedentes. 3. Recurso conhecido e provido, em parte, por seis votos contra cinco, para, assentada a natureza comum do crime, anular a sentença e determinar que outra seja prolatada, observado o Código Penal.
(RC 1468 segundo, Relator(a):  Min. ILMAR GALVÃO, Relator(a) p/ Acórdão:  Min. MAURÍCIO CORRÊA, Tribunal Pleno, julgado em 23/03/2000, DJ 16-08-2000 PP-00088 EMENT VOL-02078-01 PP-00041) 
V - os crimes previstos em tratado ou convenção internacional, quando, iniciada a execução no País, o resultado tenha ou devesse ter ocorrido no estrangeiro, ou reciprocamente;
V-A as causas relativas a direitos humanos a que se refere o § 5º deste artigo;(Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
Na hipótese de grave violação de direitos humanos, o PGR com a finalidade de assegurar o cumprimento de obrigações decorrentes de tratados internacionais de direitos humanos dos quais o Brasil seja parte, pode suscitar perante o STJ, em qualquer fase do inquérito ou processo, incidente de deslocamento de competência para a Justiça Federal. 
Conforme salienta GILMAR MENDES, “a possível objeção quanto à intervenção ou restrição à autonomia dos Estados-membros e da Justiça Estadual pode ser respondida com o apelo aos valores envolvidos (proteção dos direitos humanos e compromisso da União de defesa no plano internacional) e com o caráter excepcional da medida.”
Sobre o assunto, já decidiu o STJ:
CONSTITUCIONAL. PENAL E PROCESSUAL PENAL. HOMICÍDIO DOLOSO QUALIFICADO. (VÍTIMA IRMÃ DOROTHY STANG). CRIME PRATICADO COM GRAVE VIOLAÇÃO AOS DIREITOS HUMANOS. INCIDENTE DE DESLOCAMENTO DE COMPETÊNCIA – IDC. INÉPCIA DA PEÇA INAUGURAL. NORMA CONSTITUCIONAL DE EFICÁCIA CONTIDA. PRELIMINARES REJEITADAS. VIOLAÇÃO AO PRINCÍPIO DO JUIZ NATURAL E À AUTONOMIA DA UNIDADE DA FEDERAÇÃO. APLICAÇÃO DO PRINCÍPIO DA PROPORCIONALIDADE. RISCO DE DESCUMPRIMENTO DE TRATADO INTERNACIONAL FIRMADO PELO BRASIL SOBRE A MATÉRIA NÃO CONFIGURADO NA HIPÓTESE. INDEFERIMENTO DO PEDIDO.
1. Todo homicídio doloso, independentemente da condição pessoal da vítima e/ou da repercussão do fato no cenário nacional ou internacional, representa grave violação ao maior e mais importante de todos os direitos do ser humano, que é o direito à vida, previsto no art. 4º, nº 1, da Convenção Americana sobre Direitos Humanos, da qual o Brasil é signatário por força do Decreto nº 678, de 6/11/1992, razão por que não há falar em inépcia da peça inaugural.
2. Dada a amplitude e a magnitude da expressão “direitos humanos”, é verossímil que o constituinte derivado tenha optado por não definir o rol dos crimes que passariam para a competência da Justiça Federal, sob pena de restringir os casos de incidência do dispositivo (CF, art. 109, § 5º), afastando-o de sua finalidade precípua, que é assegurar o cumprimento de obrigações decorrentes de tratados internacionais firmados pelo Brasil sobre a matéria, examinando-se cada situação de fato, suas circunstâncias e peculiaridades detidamente, motivo pelo qual não há falar em norma de eficácia limitada. Ademais, não é próprio de texto constitucional tais definições.
3. Aparente incompatibilidade do IDC, criado pela Emenda Constitucional nº 45/2004, com qualquer outro princípio constitucional ou com a sistemática processual em vigor deve ser resolvida aplicando-se os princípios da proporcionalidade e da razoabilidade.
4. Na espécie, as autoridades estaduais encontram-se empenhadas na apuração dos fatos que resultaram na morte da missionária norte-americana Dorothy Stang, com o objetivo de punir os responsáveis, refletindo a intenção de o Estado do Pará dar resposta eficiente à violação do maior e mais importante dos direitos humanos, o que afasta a necessidade de deslocamento da competência originária para a Justiça Federal, de forma subsidiária, sob pena, inclusive, de dificultar o andamento do processo criminal e atrasar o seu desfecho, utilizando-se o instrumento criado pela aludida norma em desfavor de seu fim, que é combater a impunidade dos crimes praticados com grave violação de direitos humanos.
5. O deslocamento de competência – em que a existência de crime praticado com grave violação aos direitos humanos é pressuposto de admissibilidade do pedido – deve atender ao princípio da proporcionalidade (adequação, necessidade e proporcionalidade em sentido estrito), compreendido na demonstração concreta de risco de descumprimento de obrigações decorrentes de tratados internacionais firmados pelo Brasil, resultante da inércia, negligência, falta de vontade política ou de condições reais do Estado-membro, por suas instituições, em proceder à devida persecução penal. No caso, não há a cumulatividade de tais requisitos, a justificar que se acolha o incidente.
6. Pedido indeferido, sem prejuízo do disposto no art. 1º, inc. III, da Lei nº 10.446, de 8/5/2002.
(IDC . 1/PA, Rel. Ministro ARNALDO ESTEVES LIMA, TERCEIRA SEÇÃO, julgado em 08/06/2005, DJ 10/10/2005 p. 217)
VI - os crimes contra a organização do trabalho e, nos casos determinados por lei, contra o sistema financeiro e a ordem econômico-financeira;
Os crimes contra a organização do trabalho estão elencados nos arts. 197 a 209 do CP. Doutrina e jurisprudência entendem que só será competência da Justiça Federal se o crime, a conduta ofender a organização do trabalho coletivamente considerada. Se a conduta ofender a organização do trabalho individualmente considerada a competência será da Justiça Estadual.
Exemplo: art. 197 CP: Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça: I - a exercer ou não exercer arte, ofício, profissão ou indústria, ou a trabalhar ou não trabalhar durante certo período ou em determinados dias. Se uma pessoa é constrangida a competência é da justiça estadual, mas se várias pessoas forem constrangidas (número conforme o caso concreto) a competência será da justiça federal (RE 156. 527).
Trabalho escravo: não é crime contra a organização do trabalho. O STF definiu que a competência é da JUSTIÇA FEDERAL.
DIREITO PROCESSUAL PENAL. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. AGRAVO REGIMENTAL. REPERCUSSÃO GERAL. PREQUESTIONAMENTO. OFENSA DIRETA À CONSTITUIÇÃO. DECISÃO MONOCRÁTICA. COMPETÊNCIACRIMINAL DA JUSTIÇA FEDERAL. RE 507110 ED
Sistema financeiro nacional
Não basta que o crime seja contra o sistema financeiro nacional para que a competência seja da JUSTIÇA FEDERAL, é necessária previsão em lei. Ex.: Lei 7.492/86, art. 29 – define a competência da Justiça Federal.
Instituição financeira pode ostentar várias naturezas jurídicas. Ex.: CEF (empresa pública); BANCO DO BRASIL (sociedade de economia mista), BRADESCO (privado). Assim, crimes contra o sistema financeiro nacional que envolvam qualquer instituição financeira, inclusive privados, serão de competência da JUSTIÇA FEDERAL, pois leva-se em conta apenas a matéria envolvida. 
Ex.: Gerente do Banco do Brasil que libera R$ 10.000.000,00 em crédito para cliente que não tem condições cadastrais. Ele praticou crime de gestão fraudulenta (art. 4º Lei 7.492). A competência será da Justiça Federal, pois o bem jurídico penalmente tutelado é o sistema financeiro nacional. Há quem defenda na doutrina que gerente de agência não poderia cometer crime contra o sistema financeiro, mas esta não é a posição dominante.
VII - os "habeas-corpus", em matéria criminal de sua competência ou quando o constrangimento provier de autoridade cujos atos não estejam diretamente sujeitos a outra jurisdição;
VIII - os mandados de segurança e os "habeas-data" contra ato de autoridade federal, excetuados os casos de competência dos tribunais federais;
IX - os crimes cometidos a bordo de navios ou aeronaves, ressalvada a competência da Justiça Militar;
NAVIO: é uma espécie do gênero embarcação. Para o STJ, navio é a embarcação que pode navegar grandes distâncias, maritimamente. O critério não é o tamanho da embarcação, mas sua capacidade de navegação.
AERONAVE: o Código Aeronáutico Brasileiro define aeronave. Alguns crimes de competência estadual podem se tornar de competência federal se praticados a bordo de aeronave. Ex.: infanticídio cometido a bordo de aeronave.
E se a aeronave estiver em solo e o crime ocorreu dentro da aeronave?
O STF decidiu que a competência continua sendo da JUSTIÇA FEDERAL.
X - os crimes de ingresso ou permanência irregular de estrangeiro, a execução de carta rogatória, após o "exequatur", e de sentença estrangeira, após a homologação, as causas referentes à nacionalidade, inclusive a respectiva opção, e à naturalização;
XI - a disputa sobre direitos indígenas.
Segundo interpretação do STF, a disputa sobre direitos indígenas, para os fins da competência da Justiça Federal, deve envolver necessariamente questões vinculadas a direitos ou interesses indígenas típicos e específicos (e não interesse ou direitos de toda a comunidade). Assim, os crimes ocorridos em reserva indígena ou praticados por índios ou contra índios, sem qualquer elo ou vínculo com a etnicidade, o grupo e a comunidade indígena são da competência da Justiça Comum.
JUSTIÇA DO TRABALHO
Trata-se de Justiça especializada em razão da matéria, portanto, com competência taxativamente prevista na Constituição. 
Prevista pela Carta de 1934 e criada em 1942, como órgão do Poder Executivo ligado ao Ministério do Trabalho. Passou a ter os contornos hoje consagrados a partir da Constituição Federal de 1946, que a colocou como órgão do Poder Judiciário.
A EC 24/99 extinguiu a participação classista temporária de representantes de empregados e empregadores na Justiça trabalhista, transformando seu órgão de 1ª instância em monocrático, qual seja, os juízes do trabalho, em substituição às Juntas de Conciliação e Julgamento.
TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO - TST
O TST compõe-se de 27 Ministros, escolhidos dentre brasileiros com mais de 35 anos e menos de 65 anos, nomeados pelo Presidente da República, após aprovação pela maioria absoluta do Senado Federal, sendo:
1/5 entre advogados com mais de 10 anos de efetiva atividade profissional e membros do MPT com mais de efetivo exercício.
Os demais dentre juízes dos TRT’s, oriundos da magistratura de carreira, indicados pelo próprio TST.
Requisitos para pertencer ao TST:
Idade entre 35 e 65 anos.
Ser brasileiro nato ou naturalizado.
Na hipótese do quinto constitucional, será encaminhada lista tríplice ao Presidente da República que escolherá o candidato a ser sabatinado pelo Senado. No caso de candidatos oriundos da magistratura, segundo a EC 45/2004, não foi prevista elaboração de lista tríplice pelo TST, mas sim a indicação do tribunal diretamente ao Senado. Nas duas hipóteses é necessária aprovação pela maioria absoluta do Senado.
Funcionarão junto ao TST: Escola de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados do Trabalho e o Conselho Superior da Justiça do Trabalho.
TRIBUNAIS REGIONAIS DO TRABALHO
Haverá pelo menos um Tribunal Regional do Trabalho em cada Estado e no Distrito Federal. Os TRT’s serão formados por no mínimo 07 juízes, recrutados, quando possível na respectiva região, e nomeados pelo Presidente da República dentre brasileiros com mais de 30 anos e menos de 65 anos de idade sendo:
1/5 entre advogados com mais de 10 anos de efetiva atividade profissional e membros do MPT com mais de 10 anos de efetivo exercício.
Mediante promoção de juízes do trabalho por antiguidade e merecimento, respectivamente.
RESPONSABILIDADE CONTRATUAL. Subsidiária. Contrato com a administração pública. Inadimplência negocial do outro contraente. Transferência consequente e automática dos seus encargos trabalhistas, fiscais e comerciais, resultantes da execução do contrato, à administração. Impossibilidade jurídica. Consequência proibida pelo art. 71, § 1º, da Lei federal nº 8.666/93. Constitucionalidade reconhecida dessa norma. Ação direta de constitucionalidade julgada, nesse sentido, procedente. Voto vencido. É constitucional a norma inscrita no art. 71, § 1º, da Lei federal nº 8.666, de 26 de junho de 1993, com a redação dada pela Lei nº 9.032, de 1995” (ADC 16, Rel. Min. Cezar Peluso, Plenário, DJe 9.9.2011)
Os TRT’s instalarão a justiça itinerante, com a realização de audiências e demais funções de atividade jurisdicional, nos limites territoriais da respectiva jurisdição, servindo-se de equipamentos públicos e comunitários.
JUÍZES DO TRABALHO
A lei instituirá as Varas do Trabalho, podendo, nas comarcas onde não forem instituídas, atribuir sua jurisdição aos juízes de direito. Nas Varas do Trabalho, a jurisdição será exercida por um juiz singular.
Observação: O art 2º da Emenda Constitucional 24, de 9.12.99 assegurou o cumprimento até o término dos mandatos dos ministros classistas temporários do Tribunal Superior do Trabalho e dos atuais juízes classistas temporários dos Tribunais Regionais do Trabalho e das Juntas de Conciliação e Julgamento.
COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA DO TRABALHO
Art. 114. Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar:  (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
I - as ações oriundas da relação de trabalho, abrangidos os entes de direito público externo e da administração pública direta e indireta da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
O STF suspendeu qualquer interpretação do art. 114, I da CF na redação dada pela EC 45/2004 que inclua na competência da Justiça do Trabalho, a “apreciação de causas que sejam instauradas entre o Poder Público e seus servidores, a ele vinculados por típica relação de ordem estatutária ou de caráter jurídico administrativo (ADI 3395/DF). Além disso, o tribunal ententeu que não existe inconstitucionalidade formal do referido dispositivo (ADI 3684).
II - as ações que envolvam exercício do direito de greve; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
III - as ações sobre representação sindical, entre sindicatos, entre sindicatos e trabalhadores, e entre sindicatos e empregadores; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
IV - os mandados de segurança, habeas corpus e habeas data , quando o ato questionado envolver matéria sujeita à sua jurisdição; (Incluído pelaEmenda Constitucional nº 45, de 2004)
Sobre a competência em matéria penal da Justiça do Trabalho, o STF decidiu que: “seria incompatível com as garantias constitucionais da legalidade e do juiz natural inferir-se, por meio de interpretação arbitrária e expansiva, competência criminal genérica da Justiça do Trabalho, aos termos do art. 114, I, IV e IX da CF. Quanto ao alegado vício formal do art. 114, I, da CF, reportou-se à decisão proferida pelo Plenário na ADI 3395/DF (DJU de 19.4.2006), na qual se concluiu que a supressão do texto acrescido pelo Senado em nada alterou o âmbito semântico do texto definitivo, tendo em conta a interpretação conforme que lhe deu.” ADI 3684 MC/DF, rel. Min. Cezar Peluso, 1º.2.2007. (ADI-3684)
V - os conflitos de competência entre órgãos com jurisdição trabalhista, ressalvado o disposto no art. 102, I, o; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
VI - as ações de indenização por dano moral ou patrimonial, decorrentes da relação de trabalho; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
EMENTA: CONSTITUCIONAL. COMPETÊNCIA JUDICANTE EM RAZÃO DA MATÉRIA. AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS E PATRIMONIAIS DECORRENTES DE ACIDENTE DO TRABALHO, PROPOSTA PELO EMPREGADO EM FACE DE SEU (EX-)EMPREGADOR. COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA DO TRABALHO. ART. 114 DA MAGNA CARTA. REDAÇÃO ANTERIOR E POSTERIOR À EMENDA CONSTITUCIONAL Nº 45/04. EVOLUÇÃO DA JURISPRUDÊNCIA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. PROCESSOS EM CURSO NA JUSTIÇA COMUM DOS ESTADOS. IMPERATIVO DE POLÍTICA JUDICIÁRIA. (STF – CC 7204, INFORMATIVO 412).
Deve-se salientar que inicialmente, a interpretação do STF, apesar da nova redação dada pela EC 45/2004, era pela competência da justiça comum estadual para julgar as causas relativas a indenizações por acidente de trabalho. Posteriormente, o Plenário alterou seu entendimento, porque a orientação anterior era baseada em julgados firmados sob a égide de Constituições anteriores.
VII - as ações relativas às penalidades administrativas impostas aos empregadores pelos órgãos de fiscalização das relações de trabalho; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
VIII - a execução, de ofício, das contribuições sociais previstas no art. 195, I, a , e II, e seus acréscimos legais, decorrentes das sentenças que proferir; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
IX - outras controvérsias decorrentes da relação de trabalho, na forma da lei. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
JUSTIÇA ELEITORAL
São órgãos da Justiça Eleitoral: o Tribunal Superior Eleitoral (TSE); os Tribunais Regionais Eleitorais (TRE’s); os Juízes Eleitorais e as Juntas Eleitorais. Lei complementar disporá sobre a organização e competência dos tribunais, dos juízes de direito e das juntas eleitorais (art. 121 CF).
TRIBUNAL SUPERIOR ELEITORAL
Não se aplica a regra do 1/5 constitucional ao TSE, que será composto por no mínimo 07 Juízes, sendo:
03 Ministros do STF.
02 Ministros do STJ
02 Advogados com notável saber jurídico e idoneidade moral, indicados em lista sêxtupla elaborada pelo STF e encaminhada ao Presidente da República, que nomeará dois, não havendo necessidade de aprovação do Senado Federal.
Os Ministros do STF e STJ serão escolhidos através de eleição por voto secreto, nos próprios tribunais. Obrigatoriamente, o presidente e o vice-presidente do TSE serão Ministros do STF, eleitos pelos 07 juízes eleitorais e o corregedor será Ministro do STJ, igualmente eleito.
São irrecorríveis as decisões do Tribunal Superior Eleitoral, salvo as que contrariarem esta Constituição e as denegatórias de habeas-corpus ou mandado de segurança.
TRIBUNAIS REGIONAIS ELEITORAIS
Haverá um Tribunal Regional Eleitoral na Capital de cada Estado e no Distrito Federal, que serão compostos, mediante eleição e voto secreto de:
02 Desembargadores do TJ
02 Juízes de Direito escolhidos pelo TJ
01 Juiz do TRF com sede na capital do Estado ou DF, ou não havendo 01 juiz federal escolhido pelo TRF.
02 Advogados com notável saber jurídico e idoneidade moral, indicados em lista sêxtupla elaborada pelo TJ e nomeados pelo Presidente da República.
O Tribunal Regional Eleitoral elegerá seu Presidente e o Vice-Presidente dentre os desembargadores. Os juízes dos tribunais eleitorais, salvo motivo justificado, servirão por dois anos, no mínimo, e nunca por mais de dois biênios consecutivos, sendo os substitutos escolhidos na mesma ocasião e pelo mesmo processo, em número igual para cada categoria.
Art. 121, § 4º CF - Das decisões dos Tribunais Regionais Eleitorais somente caberá recurso quando:
I - forem proferidas contra disposição expressa desta Constituição ou de lei;
II - ocorrer divergência na interpretação de lei entre dois ou mais tribunais eleitorais;
III - versarem sobre inelegibilidade ou expedição de diplomas nas eleições federais ou estaduais;
IV - anularem diplomas ou decretarem a perda de mandatos eletivos federais ou estaduais;
V - denegarem "habeas-corpus", mandado de segurança, "habeas-data" ou mandado de injunção.
JUÍZES ELEITORAIS
Se um Juiz de direito, no exercício da função eleitoral, é vítima de crime. Qual o Juízo competente?
A competência é da Justiça Federal, pois se trata de exercício de função federal (crime federal). 
COMPETÊNCIA
Código Eleitoral. Art. 35. Compete aos juizes:
I - cumprir e fazer cumprir as decisões e determinações do Tribunal Superior e do Regional;
II - processar e julgar os crimes eleitorais e os comuns que lhe forem conexos, ressalvada a competência originária do Tribunal Superior e dos Tribunais Regionais;
III - decidir habeas corpus e mandado de segurança, em matéria eleitoral, desde que essa competência não esteja atribuída privativamente a instância superior.
IV - fazer as diligências que julgar necessárias a ordem e presteza do serviço eleitoral;
V - tomar conhecimento das reclamações que lhe forem feitas verbalmente ou por escrito, reduzindo-as a termo, e determinando as providências que cada caso exigir;
VI - indicar, para aprovação do Tribunal Regional, a serventia de justiça que deve ter o anexo da escrivania eleitoral;
VIII - dirigir os processos eleitorais e determinar a inscrição e a exclusão de eleitores;
IX- expedir títulos eleitorais e conceder transferência de eleitor;
X - dividir a zona em seções eleitorais;
XI mandar organizar, em ordem alfabética, relação dos eleitores de cada seção, para remessa a mesa receptora, juntamente com a pasta das folhas individuais de votação;
XII - ordenar o registro e cassação do registro dos candidatos aos cargos eletivos municiais e comunicá-los ao Tribunal Regional;
XIII - designar, até 60 (sessenta) dias antes das eleições os locais das seções;
XIV - nomear, 60 (sessenta) dias antes da eleição, em audiência pública anunciada com pelo menos 5 (cinco) dias de antecedência, os membros das mesas receptoras;
XV - instruir os membros das mesas receptoras sobre as suas funções;
XVI - providenciar para a solução das ocorrências para a solução das ocorrências que se verificarem nas mesas receptoras;
XVII - tomar todas as providências ao seu alcance para evitar os atos viciosos das eleições;
XVIII -fornecer aos que não votaram por motivo justificado e aos não alistados, por dispensados do alistamento, um certificado que os isente das sanções legais;
XIX - comunicar, até às 12 horas do dia seguinte a realização da eleição, ao Tribunal Regional e aos delegados de partidos credenciados, o número de eleitores que votarem em cada uma das seções da zona sob sua jurisdição, bem como o total de votantes da zona.
JUSTIÇA MILITAR
Justiça Militar da União
Julga os crimes militares (aqueles previstos no CP Militar – DL 1001/69). Julga MEMBROS DAS FORÇAS ARMADAS e CIVIS, desde que cometam crimes militares. É formada pelo STM, Tribunais militares (apesar da referência na CF, ainda não foram criados) e Auditorias militares.
A CF não diz quais são as autoridades julgadasdiretamente pelo STM ou pelas auditorias militares, vez que a Lei 8.457/92 organiza a Justiça Militar da União. O STM julga originariamente OFICIAIS GENERAIS do EXÉRCITO, MARINHA E AERONÁUTICA.
Auditoria militar divide-se em Conselho Especial e Conselho Permanente. 
Conselho Especial julga oficiais militares, com exceção dos generais que são julgados pelo STM. O Conselho permanente julga não oficiais (soldado, cabo, sargento etc).
Não existe conexão entre crime militar e crime comum, separam-se os julgamentos.
SUPERIOR TRIBUNAL MILITAR
O Superior Tribunal Militar compor-se-á de 15 Ministros vitalícios, sendo 10 militares e 05 civis, divididos da seguinte forma:
03 oficiais-generais da Marinha, da ativa e do posto mais elevado da carreira.
04 oficiais-generais do Exército, da ativa e do posto mais elevado da carreira.
03 oficiais generais da Aeronáutica, da ativa e do posto mais elevado da carreira.
05 civis, sendo:
03 advogados
01 juiz auditor
01 membro do MPM.
São requisitos especiais para os ministros civis:
Idade maior de 35 anos
Ser brasileiro nato ou naturalizado (OBS: VER ART. 13, §3º, IV DA CR/88)
Notório saber jurídico e conduta ilibada, no caso das 03 vagas para advogados
10 anos de efetiva atividade profissional, igualmente no caso das 03 vagas para advogados
O Presidente da República, livremente, sem necessidade de lista sêxtupla ou tríplice, respeitada a proporção constitucional, apontara o candidato, respeitada a proporção, que será sabatinado pelo Senado Federal e após aprovação por maioria simples, será nomeado pelo Presidente.
Justiça Militar dos Estados
Somente o TJ do Estado possui legitimidade para oferecer projeto de lei para criação da Justiça Militar Estadual (competência exclusiva). É composta por Conselho de Justiça (primeiro grau de jurisdição) e pelo TJ (segundo grau de jurisdição).
Nos Estados cujo efetivo da polícia militar for superior a 20.000 componentes cria-se o TJM (Tribunal de Justiça Militar). No Brasil existem nos seguintes Estados: SP, RS, MG.
A Justiça Militar do Estado NUNCA JULGA CIVIS. Súmula 53 do STJ.
A Justiça Militar do Estado NÃO JULGA o crime de ABUSO DE AUTORIDADE praticado por MILITARES (Lei 4.898/65).
A Justiça Militar do Estado não julga CRIME DE TORTURA, Lei 9.455/97.
A Justiça Militar do Estado não julga CRIMES CULPOSOS PREVISTOS NO CÓDIGO DE TRÂNSITO, os quais serão julgados pela Justiça Comum.
A Justiça Militar do Estado nunca julga CRIMES DOLOSOS CONTRA A VIDA praticados por policiais militares contra civis, 
A Justiça Militar do Estado funciona de duas formas:
Colegiadamente: Conselho de Justiça Militar
Singularmente: Juiz Auditor Militar, que pode ser juiz de direito da Justiça Comum Estadual ou concurso próprio.
Quando houver vítima civil, quem julga é o juiz singularmente, com exceção dos crimes dolosos contra a vida que serão remetidos para a Justiça Comum. Se a vítima for policial militar quem julgará é o órgão colegiado.
	EC 45/2004: Juiz Singular e Crimes Militares Impróprios
A EC 45/2004, ao incluir o § 5º ao art. 125 da CF, atribuiu competência aos juízes singulares para o julgamento de crimes militares impróprios (“§ 5º Compete aos juízes de direito do juízo militar processar e julgar, singularmente, os crimes militares cometidos contra civis e as ações judiciais contra atos disciplinares militares, cabendo ao Conselho de Justiça, sob a presidência de juiz de direito, processar e julgar os demais crimes militares.”). Com base nesse entendimento, a Turma indeferiu habeas corpus em que se sustentava a competência do Conselho Permanente de Justiça para processar policial militar denunciado pela suposta prática dos delitos de roubo e extorsão mediante seqüestro (CPM, artigos 242, § 2º, II e 244, § 1º, respectivamente), bem como se alegava o cerceamento à sua defesa ante a supressão da fase de alegações orais. Rejeitou-se o argumento de ofensa ao devido processo legal e salientou-se, ainda, que, na falta de normas procedimentais no Código de Processo Penal Militar, devem ser observadas as regras do Código de Processo Penal comum, nas quais não há previsão de alegações orais. 
HC 93076/RJ, rel. Min. Celso de Mello, 26.8.2008. (HC-93076 – INFO 517)
JUIZADOS ESPECIAIS E DE PAZ
A União, no Distrito Federal e nos Territórios, e os Estados criarão juizados especiais, providos por juízes togados, ou togados e leigos, competentes para a conciliação, o julgamento e a execução de causas cíveis de menor complexidade e infrações penais de menor potencial ofensivo, mediante os procedimentos oral e sumaríssimo, permitidos, nas hipóteses previstas em lei, a transação e o julgamento de recursos por turmas de juízes de primeiro grau.
Lei federal disporá sobre a criação de juizados especiais no âmbito da Justiça Federal.
Causas cíveis de menor complexidade (art. 3º, Lei 9.099/95)
I - as causas cujo valor não exceda a quarenta vezes o salário mínimo;
II - as enumeradas no art. 275, inciso II, do Código de Processo Civil;
III - a ação de despejo para uso próprio;
IV - as ações possessórias sobre bens imóveis de valor não excedente ao fixado no inciso I deste artigo.
Infrações de menor potencial ofensivo
Art. 61.  Consideram-se infrações penais de menor potencial ofensivo, para os efeitos desta Lei, as contravenções penais e os crimes a que a lei comine pena máxima não superior a 2 (dois) anos, cumulada ou não com multa.
Também criarão justiça de paz, remunerada, composta de cidadãos eleitos pelo voto direto, universal e secreto, com mandato de quatro anos e competência para, na forma da lei, celebrar casamentos, verificar, de ofício ou em face de impugnação apresentada, o processo de habilitação e exercer atribuições conciliatórias, sem caráter jurisdicional, além de outras previstas na legislação. (art. 98)
JUSTIÇA ESTADUAL
Os Estados organizarão sua Justiça, observados os princípios estabelecidos nesta Constituição:
A competência dos tribunais será definida na Constituição do Estado, sendo a lei de organização judiciária de iniciativa do Tribunal de Justiça;
 A instituição de representação de inconstitucionalidade de leis ou atos normativos estaduais ou municipais em face da Constituição Estadual, vedada a atribuição da legitimação para agir a um único órgão;
A possibilidade de criação, mediante proposta do Tribunal de Justiça, da Justiça Militar estadual, constituída, em primeiro grau, pelos Conselhos de Justiça e, em segundo, pelo próprio Tribunal de Justiça, ou por Tribunal de Justiça Militar nos Estados em que o efetivo da polícia militar seja superior a vinte mil integrantes;
Designação por parte do Tribunal de Justiça de juízes de entrância especial, que sempre que necessário à eficiente prestação jurisdicional, o juiz far-se-á presente no local do litígio, com competência exclusiva para questões agrárias;
 Aplicabilidade de regra na composição dos Tribunais Estaduais, segundo a qual um quinto dos lugares dos Tribunais dos Estados e do Distrito Federal e Territórios será composto por membros do Ministério Público e de advogados com mais de 10 anos de carreira ou efetiva atividade profissional e como notório saber jurídico e reputação ilibada.
O tribunal de Justiça poderá funcionar descentralizadamente, constituindo Câmaras regionais, a fim de assegurar o pleno acesso do jurisdicionado à justiça em todas as fases do processo.
Instalação de justiça itinerante com realização de audiências e demais funções da atividade jurisdicional, nos limites da respectiva jurisdição, servindo-se de equipamentos públicos e comunitários.
Da competência dos Juizados Especiais da Fazenda Pública
Os Juizados Especiais da Fazenda Pública são competentes para a conciliação e julgamento das causas cíveis de interesse dos Estados, do Distrito Federal, dos Territórios e dos Municípios, até o valor de 60 (sessenta) salários mínimos. Tal como vem disciplinado no artigo 2º, caput da Lei.
Em seguida,a Lei admite duas fontes de limitação da competência, uma de ordem legal, e definitiva, e outra de natureza infra-legal, e temporária. A limitação legal, e definitiva, consta do §1º, do artigo 2º, estabelecendo as matérias que em momento algum poderão ter curso no Juizado Especial, in verbis:
§ 1o Não se incluem na competência do Juizado Especial da Fazenda Pública:
I – as ações de mandado de segurança, de desapropriação, de divisão e demarcação, populares, por improbidade administrativa, execuções fiscais e as demandas sobre direitos ou interesses difusos e coletivos;
II – as causas sobre bens imóveis dos Estados, Distrito Federal, Territórios e Municípios, autarquias e fundações públicas a eles vinculadas;
III – as causas que tenham como objeto a impugnação da pena de demissão imposta a servidores públicos civis ou sanções disciplinares aplicadas a militares.
O limite infra-legal, e temporário, ficará a cargo dos Tribunais de Justiça de cada Estado, que, na forma do art. 23 da Lei, poderão limitar, por até 5 (cinco) anos, a competência dos Juizados Especiais da Fazenda Pública, atendendo à necessidade da organização dos serviços judiciários e administrativos.
Os juízos admitidos a processarem ações pelo rito do JEFP são as Varas da Fazenda Pública, as Varas Cíveis (em comarcas que não possuem Varas de Fazenda Pública) e as Varas Únicas. Dessa forma, não se admite a competência original de Varas de Juizados Especiais (aqueles da Lei 9.099/95). O mesmo entendimento restou insculpido em enunciado do FONAJE- Fórum Nacional de Juizados Especiais
PODER JUDICIÁRIO DO DF E TERRITÓRIOS
LOJDFT: Art. 2o  Compõem a Justiça do Distrito Federal e dos Territórios:
I – o Tribunal de Justiça; 
II – o Conselho Especial; 
III – o Conselho da Magistratura; 
IV – os Tribunais do Júri; 
V – os Juízes de Direito do Distrito Federal e dos Territórios; 
VI – os Juízes de Direito Substitutos do Distrito Federal; 
VII – a Auditoria e o Conselho de Justiça Militar.
Art. 17.  A Justiça de Primeiro Grau do Distrito Federal compreende as Circunscrições Judiciárias com o respectivo quantitativo de Varas definido no Anexo IV desta Lei.
(...)
§ 2o  O Tribunal de Justiça poderá utilizar, como critério para criação de novas Circunscrições Judiciárias, as Regiões Administrativas do Distrito Federal, mediante Resolução. 
Divisão de competência das Varas em 1ª instância:
Tribunal do júri
Vara criminal
Vara de entorpecentes e contravenções penais
Vara de delitos de trânsito
Vara de execuções penais
Vara de execuções das penas e medidas alternativas
Vara cível
Vara da Fazenda Pública
Vara de Família
 Vara de órfãos e sucessões
 Vara de acidentes do trabalho
 Vara da Infância e juventude
 Vara de registros públicos
 Vara das precatórias
 Vara de falências e concordatas
Vara do meio ambiente, desenvolvimento urbano e fundiário
 Vara de execução fiscal
 
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO DISTRITO FEDERAL E TERRITÓRIOS
Cada um dos Estados e o DF terão o seu próprio Tribunal de Justiça com no mínimo 07 desembargadores que contem com idade mínima de 30 anos.
O TJDFT compõe-se de 35 (trinta e cinco) desembargadores e exerce sua jurisdição no Distrito Federal e nos Territórios. 
O Presidente, o Primeiro Vice-Presidente, o Segundo Vice-Presidente e o Corregedor serão eleitos por seus pares, na forma da Lei Orgânica da Magistratura Nacional - LOMAM, para um período de 2 (dois) anos, vedada a reeleição. 
COMPETÊNCIA DO TJDFT
LOJDFT. Art. 8o  Compete ao Tribunal de Justiça: 
I – processar e julgar originariamente: 
a) nos crimes comuns e de responsabilidade, os Governadores dos Territórios, o Vice-Governador do Distrito Federal e os Secretários dos Governos do Distrito Federal e dos Territórios, ressalvada a competência da Justiça Eleitoral; 
b) nos crimes comuns, os Deputados Distritais, e nestes e nos de responsabilidade, os Juízes de Direito do Distrito Federal e dos Territórios, os Juízes de Direito Substitutos do Distrito Federal e dos Territórios, ressalvada a competência da Justiça Eleitoral; 
c) os mandados de segurança e os habeas data contra atos do Presidente do Tribunal e de qualquer de seus órgãos e membros, do Procurador-Geral da Justiça do Distrito Federal e dos Territórios, dos Juízes do Distrito Federal e dos Territórios, do Governador do Distrito Federal, dos Governadores dos Territórios, do Presidente do Tribunal de Contas do Distrito Federal e de qualquer de seus membros, do Procurador-Geral do Distrito Federal e dos Secretários de Governo do Distrito Federal e dos Territórios;
d) os habeas corpus, quando o constrangimento apontado provier de ato de qualquer das autoridades indicadas na alínea c deste inciso, exceto o Governador do Distrito Federal; 
e) os mandados de injunção, quando a elaboração da norma regulamentadora for atribuição de órgão, entidade ou autoridade do Distrito Federal, quer da administração direta, quer da indireta; 
f) os conflitos de competência entre órgãos do próprio Tribunal; 
g) as ações rescisórias e as revisões criminais de seus julgados; 
h) os pedidos de uniformização de sua jurisprudência; 
i) os embargos infringentes de seus julgados; 
j) os embargos declaratórios a seus acórdãos; 
l) as reclamações formuladas pelas partes e pelo Ministério Público, no prazo de 5 (cinco) dias, contra ato ou omissão de juiz de que não caiba recurso ou que, importando em erro de procedimento, possa causar dano irreparável ou de difícil reparação; 
m) as representações por indignidade para o Oficialato da Polícia Militar e Corpo de Bombeiros do Distrito Federal e dos Territórios; 
n) a ação direta de inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do Distrito Federal em face de sua Lei Orgânica;
o) a ação declaratória de constitucionalidade de lei ou ato normativo do Distrito Federal em face de sua Lei Orgânica; 
II – julgar as argüições de suspeição e impedimento opostas aos magistrados e ao Procurador-Geral de Justiça; 
III – julgar os recursos e remessas de ofício relativos a decisões proferidas pelos Juízes de Direito do Distrito Federal e dos Territórios; 
IV – julgar a exceção da verdade nos casos de crime contra a honra em que o querelante tenha direito a foro por prerrogativa da função; 
V – julgar os recursos das decisões dos membros do Tribunal nos casos previstos nas leis de processo e em seu Regimento Interno; 
VI – executar as decisões que proferir, nas causas de sua competência originária, podendo delegar aos juízes de primeiro grau a prática de atos não decisórios; 
VII – aplicar as sanções disciplinares aos magistrados; decidir, para efeito de aposentadoria, sobre sua incapacidade física ou mental, bem como quanto à disponibilidade e à remoção compulsória de Juiz de Direito; 
VIII – aplicar pena de demissão ou perda da delegação, se for o caso, aos integrantes dos serviços auxiliares da Justiça do Distrito Federal e dos Territórios;
IX – decidir sobre a perda de posto e da patente dos oficiais e da graduação dos praças; 
X – elaborar lista tríplice para o preenchimento das vagas correspondentes ao quinto reservado aos advogados e membros do Ministério Público, bem como para a escolha dos advogados que devem integrar o Tribunal Regional Eleitoral do Distrito Federal, observado o disposto no inciso III do art. 120 da Constituição Federal; 
XI – eleger os desembargadores e juízes de direito que devam integrar o Tribunal Regional Eleitoral do Distrito Federal; 
XII – indicar ao Presidente do Tribunal o juiz que deva ser promovido por antigüidade ou merecimento e autorizar permutas; 
XIII – indicar ao Presidente do Tribunal os juízes que devam compor as Turmas Recursais; 
XIV – promover o pedido de Intervenção Federal no Distrito Federal ou nos Territórios, de ofício ou mediante provocação; 
XV – elaborar o Regimento Interno do Tribunal; 
XVI – aprovar o Regimento Administrativo da Secretaria e

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