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Um olhar sobre o delinquente - cap 6

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1111i1,1I", 111111111111111,ijIIHllllllllh'I'IIl' /ll'll/I f!11f'ílrl li lilb'lll dl;~ /lllhlll.1I1l
III"hlll!ll'I'~llillll'lllldl'\I,1111 1/11111.'111/111111111.1:1plol'
NIIIIII /11' !'01111'1IIIH' li 1'1'11111'/111.1/1'11/(,lI' qUI' }IIV(ll" 11'('('O/I 1111'il/I. 11'11111111
liIl11/lld':111l(' 11('/11l'l'fl)I'IIiI, () d('HIII/Il dn I'l'iIlI'l\'l'(,:1I1lH(','n /I('I'/I/lIddo ('0"1 li
IIOVII I'\('/II/J,IO I' IIIl l'IlII'lflll"IIH 1/IHliludol]lIiH dIHpOll{VI'/HI'/l) 'I/ldll ('01111hU('il) 11I1I'n f'('dl,y;/-Io.
I\qud(' quv, ('nl 11111.1priJll('il'lI vVY:, chegounnônÍll1o, 1'1.'101'1)[1vllqlll'
Lido, HOcinlllH'lllt, ro/u/nL/o; (,..-lpVf'a-Ht'que aLue Daf'nCOI1(;I'I1lIII' o ,,<'ilulo,
6
Um olharsobreo delinquente
Estecapítulo focaa pessoado delinquente.Trêsgrandes t('mlÍ111 '1111 ~,111
abordadas. J
Em primeiro lugar, investiga-seo que representao ato dI' dl,II'I'I"11
sob a ótica daquele que o pratica. Em seguida, trata-seda 1;('111'111'111'11/11
comportamento.
O capítulo encerra-secoma apresentaçãode algumasHilI IlH,'O('f11'111"'
ciais,sejapela incidência,sejapelo efeitomultiplicativo.
6.1DELINQUÊNCIA E PRAZER
Pode-seassociaro ato dedelinquir aoprazer psicológicode Ht'U ('X(,,"
ícjo?As consideraçõesseguintespropõem uma reflexãoa respeilo di'lillll
questão,que não pode deixar de ser consideradaquando se tn1tnd,l 1'('
uperaçãodo delinquente.Caso a respostasejapositiva, existcrn 111('(':1
nism08,cornoasublimaçãoeo deslocamento,entreinúmerosqUt'pod('1I1
Ht'rvmpregados,a respeitodos quais o instrumentalteóriconp"t'HI'lllndtl
pl'llporcil)lH)d j Vl'I't-lilHpOHI·;ibiIidnd('t-l d(, ;)pl il'n<,:ilo.
llri" p,\I':\ UI11ohjvlo I"Xh'I'I)O 111;1'111111,'11
ndn 110 ('XI"I'111111:0
III.!111"" .lI\11",',I11'('ov,Il'd('do C~\sO7.'1,pode ser LIrn eXI'IT1PI() dI'''he'
"tll\llIlll' 1\)',11111'plllo pl',1/('I'dI' :lw()dir,de l)(Irccbcroldor ((sll" (,P'.!
1,1 \1111111""1101III',kll'l"1)l'SS001l,S('IIS,11l1("('(,del1l(:sI' dtivi<illll('s«(llll"
I' 1,••,pc'IllI.
i 1,"11IIt'llll di' qll~1o OHHrlHHinotode urna crianço Hejol.'OIHII"
(11,,1,,111C'\I'I,~lt..dvlI dl."HHllnatureza. A. mode não era () objdivo,
I'!i"1111111'111111(\1H'lu du v(tima desencadeia a fatalidade, n 1110
I' 111111'1,0C'III 11IUil'OHsuicídios, quando a.pessoa se arI'\.'PI'I1
1I11,1I1'1I_,\:ldll,ló1);10 consegue reagir.
i IHI IlclI' do ()tilI'O pode,também, refletir uma caractcdHlir;1
,lhh,i1, ,lIllirlllol'lnl, em que o indivíduo agride a socicdade, fi'
!II p~'IIII\I'II'lo dll I'niva; o agredido não passa de coisa;o pr;);I,\II,
111!til li1111"i111111,'11n frw-ltriJção de não poder destruir; evenlu:t1
Ililli,11 ri lilllllldlldl",
1"'1';1,111',1':111"lbém,dois tipos de fenômenos que H('('11
I htlH{'OIYlporta mentos: o condicionamentoe a o/JSI'/"IIII
,ill, "" 1111111'1110dvriv() da exposição a situações sim iliJn,'Hdl"ill I"
P"_ '_'IHIIIIIII'llIl1o indivíduo a obter vantagens (rcfon,'o po
,111'di',"Ili.,! 1I11'lnl11cntosde agressão. A criança dCHcol'')j'("IIIH',
ili li, j 1111',l'f1l1,',1011p8icológica., na mãe, no pai, em irrnflll/" 1'(111
,,1'1.111ti" 111'lIHdI'HI.'jOH(por mais exóticos ou ingênu()H q'il" pll
11111"'I'1'11','110dOH0xpcri6ncias, condiciona-se a prOV0('lll' dOI'
Ijj,i til IIVI'1I1111'oulros tipos de estratégia, O cond,icionntll('lllo
li ,,!'Iti 11'11111110ti ,';i,.;/r'lItrlfamiliar se relaciona de modo a privll\"
H"niiil"11 tli! I'I:PI'VHH:)O.
Itltl!d'Jfl1I11"Illod,"loH 1II'(Htl('('('IHlHHilllnçill'H ('11)tjut'p"I,IlIdl" (111111
1',1111kil 11Vfl 1'lllHlllYIIdoI' 1'1111)1111'11HPI'HI\O:tH(, t'OtlHI'I'"dlllll'
fi '-'I1II'1l11'1't11111l't'VI'I'lli1,A "1'1111)1;11n/lH('j'YiI I' i'I'plll'li 11t'l1111
Hlt"l,jjlld!lIIlI'lII',l'III,dll'lllllll Hc' ,I IH'III11'!'lIli,
(,.'L'/ () pl"I~I'I' 1111dOI' do ('11/1'0
\/1'111dl'lllll1 IlIdlll',i1I;illl, 1111l1'jlll"llI/I'lfI ~h'l'''"11111,111.1
1',1'111'111'dll dl'II'II/lIIIIII'/1I A 11'1'III'lllllll_'IIIIlIH"dl_'1111111'1'111"li'1',111111111111floll '/lI '11.
NOlkillH dl" 11'1l!\(\l/OH1"/1'111111:td"I"1l11l11I11'!1m 111lI'ilr!1111í.1H
dlll110dv 1I1i1h()I"Hde 1(1/loI'(IH,/'illl/knlldil 11i)i'Il'11I1I111"1I1i!tli
,"lUblinw HnliHfnç:lo tk q"e, IllniH IIlil!! VI';I" 1'/11'/1/11111
do inForlúnio. p,.m';('rtll/(IH('çOlllpll'l1l ('01111)1II ido!
'/ôrio dn noite.
1\ clvIIIzuç50 cvolll iLI 10ntando vxdIriI' () .'11//1,'\ 1'1'/11/1 dil '.ili iil'
Pl,'HHOiJS,contudo, ncm de longl' nVilll<;OII111111l'1I1 1'11/1"'11,'(\11 li,
I'ilmcntos quc ocasionam pl'ofundn dOI' []OHHI'llll"llllillll'II, r"i/I[ 'I
IlliJndo estes se Ocultam no anonimDlo, f1m 1');(1"1/til I, 1111~ti Ilitl
n islra tivos (consti tui urn excrdcio <.10 iIl1ngiIlnçllo fll'l'l'l1/111I''" 11.'!
In ética esFacelada bastam pDI'í'lconll.'r n pníllclI 11111/'1',/111'111111
verba, que ocasiona sofrimento I.:mIllgu011lqlll' 1'/1'/11'11d"I'I"1 ,\'ii I
pouco provável benefício).
Vários fenômeno
dn, inconsdentel11entc, com
Um deles re/.aciona-
1'111dos acontecimentos.
nol que precisa Ser
dL' HDlisfac50.
LItro Fenômeno, t<lrnbém Iigodo D /WI'CL'PÇOO,d 1:'-1 I i'/illI'/lll fi
/il/Ilt1I', que banu/iza os cvenl'OHCOHlUl1ll.'irOH.A 1111'/111'1/1'/11'11\Itll'i
II/IIS 1/(' r/(jesfI pnriJ elirninéll' o dnno DOpsiqU1Hll1O;o IHI/dlwtl i,l,'IIIIJ
Aqui HL'tréltnelasf/lrfrolller/o 1I'(,lItfi8'lJtllll}(lrllll/III;~I'I'/I/, NIIlIl'lll!l'"lhll
1/1'l'/,Ilg'OI.'XpoHtni1 espl,'rudo !1I1111!-IIÜ/ dn cnl'ldnl/I',III',I/III 111\i!iíl,.,j 11
1'lIdlll'in, (,'011'1014(' fiy,eRsl.'pnrll' do pnl/'i111('11)10.
Mil i1nH Hi11I1l(':(Í('H,("1111\"(n/lI o, I'~'/Ol'ÍOIl/ll11/11'I'tini I,'11111111'li, i
l'iollOi.'-I(,Olllp/l'XOH, como nqlldllH ('111ti 111"() Illdivtdllli "S/I/I, I!I
,1/II/h'l';o HO/'I'iIlh'lllo do 01111'0l'OIlsliltd UI"\l'iO,"lo dI' lllllrt ('Iilr'll lIlfl
11I,11~/10/1'li11\fn1,1"1'I'Ilol'nl' I" ,IHH('I',lIl'lIHI"\flll' 1Ifolho 1'llill,'II"11 IId Id,
çíio /0/ 1'\OI'I'I)tlodllIH'IIIII 1:11\1'I1il1ll1dll 1'1'111111:11),tllll 1/I'/dlll'IIIIIIIII" (li
U'" 011l,l1'H\lh,'l'" I h'IIl"I',,,,,Il' ~12',
1('illtll',11'li,
IIiliIIllli
indumentária ed~coraçãorefletema opçãocomportamt'lll.d;
a pessoa cerca-se de símbolos que evocam a violêncin, nlrltlli
que não se dispotlha, em um primeiro momento, a pl'ílllt'n L,
sistematicamente;elesaparecemnos decalquesdos viel,'oHdll
veículos, emtatuqgenseoutros elementosi
o indivíduo proC1:t.rao convívio de pessoasviolentasi idl':1li/',I'
as e torna-asmodelos de referênciai
esportes, condicil)namento físico e outras atividades 850 1'1
colhidas e condu~idas de maneira a exteriorizar o desvjo di'
violênciai quandl) adequadamente praticadas, o indivídlltl
onsegueconviver emharmonia com asnormas socit'lis(HlIhll
mação)ientretantl),sãoconhecidíssimasas "explosõC8l'l11lll'i(I
nais" que produ:<:emcomportamentos extremos:aSHnsHilllltl1
no trânsito,direç~operigosa,crimespassionais, l'HpnlH'llll1l'1l
1'0de filhos etc.
•
•
•
•
() l',OI,l)11{\1lHI'lil1\lIn1'lvlllh\IIl'i11I'IHkll,11)11H('Htl'l1dl'~H('1'lP
qlll' IHlfIl1tlllllllllli'I'f\PllI'Ill'II\IIl't'/lIlllill'l'lill'li1l1l1111l'1lltlf\('Onlll)',ll
1'1'11I'dllll'lIhldllll
1l'IlloHPOl'quc,no meio em que vive, estaconstitui a linguagem de ÇOlll11
1Ill'11l:I\I)dOHformadoresde 'Opinião.
nK condicionamentos ~ a observaçãode modelos reforçam-!::l(.'IHII
1111Ill\l.'l'ltepara criar um inClivíduo que não distingue o comportarnt'lllo
vlllknto dos demaisinãop~rcebe quando equanto o pratica,nem qU(' r-li'
(1IIt'l'i'Jatisfcito,aliviado, ac,praticá-Io.A habitualidade, contudo, rl.'dm,
I Kt1tisfaçãopresenteem cadt:::lato. A soluçãopassaa ser intensificá-loH,('I))
qllllntidade e qualidade, ateeque a violência se torna praticamente('()Il
l(nun_ funcionacomo a dr<::>ga:quanto mais se ingere,mais é necesH<Íl'lo
pnramantero mesmoefeitc>.
"Nas famílias nasquais existeviolência físicaas relaçõesdo agrt':'1I4()I'
I'omos filhos-vítimas secar~cterizampor seremuma relaçãosujeito-ol*'10",assinalamAzevedo eGuerra (1995,módulo 3,p. 17).O objeto aprl'lI
t\crácom aviolência quere~ebeea repetirácom outros objetos: as PCSHO:lH
que com ele interagirem.D-esenvolve-se,pois, um processode objetivo
,50dos relacionamentosque sepropaga.
Esse" gozo na violência" adquire inúmerasmanifestações:
111111,111 ~1"'II\1i11
Jt:ml(' 1"'II'l,('I' O\,IH·llollnrdor enCOlllrll-flçpn..'t'll'nte('111 IIIUIlH'I'II/
l'tlllqHll'lnllll'lIh)HligndoHno ato de dclinguiri outrOHh6, etdTl'tlllll'O,lI'II'
Inllllll"1I1COIlt'orr'l'nlpnrnele.
gozo na violên.ciadistingue-se da situaçãoanterior pelo fato de ()
llldivfduo experimentarprazer com a violência em si, ainda que ela não
l)l'I.'('HHariamenteresulte em dor de outras pessoas e o indivíduo nem
Ill(':-;mose ,interesse,casoela ocorra, em avaliar sua intensidade e exten-
tinI).1\violênciaéo objetivo,observadocom facilidadenos transtornosd
c:H,Her,como a psicopatia.
1\ forma socialmenteaceitaé o esporte radical, praticado solitaria-
menteou não. Neste caso,há uma sublimação(mecanismode defesain-
vonHciente):a açãoviolenta manifesta-seem formas socialmenteaceitas
por exemplo, uma escalada,um mergulho em profundidade, um vôo
('mnsadeltaetc.).
Diversos fatorescontribuem para que a violência se transformeem
I)hjetode gozo.
ondicionamento constitui fator marcante:o indivíduo, continua-
Il1cntesubmetido a experiênciasem que a violência constitui o diferen-
l'Inl (no lar, na escola,no lazer), com o tempo integra-aao seu esquema de
t'()llIlIorl'r:lInentoi o cérebrodesenvolvepadrõesderespostaspara estímulos
violentos e o indivíduo comporta-sede maneiranão apenasdestinadaa
l'(IHpondera tais estímulos,mas,também,aprovocá-Ios.
3llbrnetido aambientesnãoviolentos,esteindivíduo mostradescon-
(mloi seu organismo ressente-seda falta de estímulos com os quais en-
l'ol)lrn-seacostLllnado.
I';HHDsituaçãoé perceptívelentre alunos irriql.lietos,tjunndo se tenta
itll'l:I'l.loHti aulas que exigem reflexão,em situaç30I'HI(ílicllI'Hilenciosa.
10liI'l)l'onlra-sepresenteentreex-detentose crinlll::H4t'lllllilll:lI,'1I0dI.'rua.
1\ VII110nçintOrl1'H;eIugar-comum,conforta(!)I' 111'1111111'1'lI1111111( 'iIHIll,'iiod"
1('1',111'1111\11.IIln inh.'groUI11é:llillg/lagel/l qlll' II)(,Hpl'III'III\ 111III1Idl'lllldndl' /,
('llIldo di' pvrl'('nççrn um grupo dislinl'o.
1\ OIIlIlII'Vl1l,'II()dI' IllIHI('loHlilllll 111) IIl(IHlllIll'tt'lllidll j I 1IIIIIvldllll d('
1'11Vlllvt,l'I'P"I'IIlI'lIlI'nl('i't'()lipllIlllI' 11111111111111,11 1!l11-!III'1l1lllll1ll1'III11~1viI I
11.'1.2O l!OZO na violência
{'./.2O gozono violência
() go/',ollfio H('IlI1l11ni) vloll\IIl'11If(Hkn,I1HIH\,'sl't'IHI(,-H('1'1pHit'olo)',h'ft,
1111'1IIlIlHldllllíllliWI PlIl'Ill',illIl'I'H1I11111't,IIII'iollllllli'IlloH('olljlll',nin.Llllllllil
1'1'li I' dI 1 1I'oh" 1111),
• indumentária edecoraçãorefletema opçãocomporta11H'11111I,
• a pessoa cerca-sede símbolos que evocam a violênci:l, ,tillllil
que não se disponha, em um primeiro momento, a pl'lllic,i 111
sistematicamente;elesaparecemnos decalquesdos vidrOHdll
veículos, em tatuagense outroselementos;
• o indivíduo procura o convívio de pessoasviolentas; idculiY,iI
as e torna-asmodelos de referência;
• esportes, condicionamento físico e outras atividades 850 ('I
colhidas e conduzidas de maneira a exteriorizar o dest'jo til'
violência; quando adequadamente praticadas, o indivídtll)
consegueconviver emharmonia com asnormas sociais (Hilhl
mação);entretanto,sãoconhecidíssimasas "explosõescn)(wlo
nais" que produzem comportamentos extremos: <lSH;)SHillllliI
no trânsito,direção perigosa, crimes passionais, esp:1ncnIlll 'li
to de filhos ctc.
I.Jrll (llIldl Hdlll'111ti llllqlh'1I111:}I,
11'Il!OHporque, nomeio emque vive, estaconstitui a linguagem dv COIIIII
I1icllçiio dos formadoresde opinião.
H condicionamentose a observaçãode modelos reforçam-fJt:11\11
Illl1mcntcpara criar um indivíduo que não distingue o comportanWII!O
violento dos demais;não percebequando e quanto o pratica,nem qU('111'
Hentesatisfeito,aliviado, ao praticá-Io.A habitualidade, contudo, I"t'd11:',
n sotisfaçã.opresenteemcadaato.A soluçãopassaa ser intensifi.cá-lofJ,('111
quantidade e qualidade, até que a violência se torna praticamente('011
lfnua - funciona como a droga: quanto mais se ingere,mais é neccsH:'í,'io
paramantero mesmoefeito.
"Nas famílias nas quaisexisteviolência física asrelaçõesdo agrVHH(11'
om os filhos-vítimas secaracterizampor seremuma relaçãosujeito-ohjl'
to", assinalamAzevedo e Guerra (1995,módulo 3,p. 17).O objetoapn'il
dcrá com aviolência que recebee a repetirácom outrosobjetos:asPCHHO:H
que com ele interagirem.Desenvolve-se,pois, um processode objctivn
çãodos relacionamentosque sepropaga.
Esse" gozo na violência" adquire inúmerasmanifestações:
(1IlI'Ollli'lHI\'pl'I'Ht'illc'I'ill 1111/1111'11"1
110 dtO tlt'llnqul"iOI,II'OIllli'!.Ililll'l'l.llllu, '1111'
1':11I11'/1"01'1,1'" ol'lIl1i()lllll'dOI'
1,'11111/IW'lllllH'IllolI 111',,,doH 110
/111,111\'111t'()IH'OI'I'I'1l1POI'O('Iv,
4'O;/,o nn violência d istinguc-::;eda :;>itlloçâonnterior rX'lo (u1'0di' ()
Indivfc/uo experimcntar pra%:crcom a violênciaemsi, aindtl que clu IHIl,
1l('l:vfJHólrinmentcrcsulte em dor de outras pessoase o indivíduo 11('111
IIlt'HfnOse intercssc,casoela ocorra, em avaliar ::;uaintensidadc c exh'll
HlIO.1\ violênciaéo objetivo,observadocon1facilidade nos transtornosdi'C:IrótC.l~C0l110a psicopatia.
1\ forma socialmenteaceitaé o esporte radical, praticado sol,itDl'Ín
IIlvnte ou não. Neste caso,há uma sublimação(mecanismode defcsa il).
t'onsciente):a açãoviolenta manifesta-seem formas socialmenteacc,itn,
(por exemplo, uma escalada,um mergulho em profundidade, um vôo1'masadclta etc.).
Divcrsos fatorescontribuem para que a violência se transforrneenobjetode gozo.
condicionamentoconstitui fator marcante:o indivíduo, contiJ.1uc'-
Illl'ntc submetido a experiênciasem que a violência constitui o diferen-
l'lnl (no f.al~na escola,no lazer), com o tempointegra-aao seuesquemaC!,
''OI/lllortCll1lento; o cérebrodesenvolvepadrõesderespostaspara estímuloR
v/o/vnto::;e o indivíduo comporta-sede maneiranão apenasdestinada
1'l'Hpondera taisestímulos,mas,também,aprovocá-Ios.
.;llbmetido a ambientesnão violentos,esteindivíduo mostra descon-
I'O/'IOiScuorganismo ressente-seda falta de estímulos com os quais cn-'I )111"lH,c acostumado.
HHHasituaçãoéperceptívelentre alunos irriquietos, quando se tenta
(ol'<;I~-loHn aulas que exigem reflexão,em situaçãoestáticae silenciosa.
Hlnt'l1contríJ-sepresenteentrcex-detentose criançasem situaçãode rua.
 v;o/(\l1ciatorn()-sc'ugar-comum,conforta (1) eproporciona sensação
1('''''II'l1lIçn,H/I)integra uma lillguagettl que lhes proporcionn id('nl:idíJd"1\
II'/II/do dv I)(,/'I'CI1('('ríJ um grupo distinto.
 o/lH(I/'vllçilodi' 1ll0delOHUlllll no I1WsnlO11I"IIld.,() IlIdlvidllo dI'
11'/IVlllvl'I'('P('I'II')I'/lli'HII'/'(\OllplIdo(' lliJlI)III:íllclI d('I'II"1/1111'/111111'11/1'11v/o
nslIhillH'l]tO,porém, não terminou por aí. Todos os dias, St'rgio ill~I)(1
I IlIllolV,1.111111lw/.)elacasae colocava exigênciasmaise maisdescabicl,ls(·h·
1111""110It.IO11Iani(cstavaqualquer tendênciaa excessode higiene).P,lSSUI/,I
••1.'I,dI'I',I (~sposa,cada vez que encontravaalgo que escapassea seunit('r1o
dI' ,I""(lio.
Ih'pois, vieramas roupas.Audrey sempresevestiucom esmeroe sügUll
do IHi dil,)rnCsda moda.Sérgiopassoua restringirsuascompras(nãogOZ,IV,IIlI
dI' pl'Ohiemasfinanceiros)e, pouco a pouco, a limitarsuasidasa superm('rc,\
,lI I', (' \ojns.Mais tarde,passarama escassearasvisitasa amigose famili:Jr(I~.
() resultadoéque,apóscinco anosdecasada,Audreypercebeu-seprisill
111'11',\do próprio lar.Iniciaram-secrisesobsessivase compulsivase, maistardl',
'olil,lisde depressão.Quando, após dez anos de inferno conjugal, consegllÍlI
, ol':lgcmparaabandonaro maridoe refugiar-secom parentes,davasin:Jisd('
lc'l\dênciassuicidas,Foimuito recriminadapelospais,que a percebiamreei"
IIl,Ulcioem berço esplêndido.O maridoacusou-ade abandonodo lar.
, ,
Ilnl 1111,,11",,1'11'" I"1111'11"111,
rgio, dotado de requintes de perversidade, experimentava indiHvtl
lfv<.:\prazer com o sofrimento psicológico de Audrey. O acomp8nh:IIII1'1l
111do caso permitiu identificar o caráter evolutivo das pressões pHlcolPI',
.'.\H,minando as resistências do agredido.
om isso, o prazer de fazer sofrer aumenta quando o agrcHH()I'IiI"
i'i'bc o agredido sem referências, sem noção do que lhe acontecc, t'OI"( I I'
por quê. Veja o leitor que, neste capítulo, não se analisa em pro(ulldldn
.I.'o comportamento da vítima, seus possíveis ganhos secundários, llJ{'
('lInismos de defesa, condicionamentos e outros fatores que possam. nll'
llH'smO, contribuir para o comportamento do agressor.
A violência psicológica torna-se ainda mais prazerosa quando (I
tl1l"i,:ssorsabeque a dor provocada apresenta uma permanênciaque se \11'(.
longa muito além.do alcance da flagelação física; um simples tclcfolH'IIl.1
pode desencadear uma crise; a lembrançade um sarcasmo, umn all\(\1I
Çll, uma ridicularizaçã.o podem continuar a martelar impiedosClI1H'IlI(1II
111.\11te do agredido por tempo indeterminado (isso se acentua (linda l"fI
,,"nndo se trata de pessoa obsessiva, que fica ruminando o suplício, i'()llltl
IIl'ilIltt'('l'II com Âudrcy, no caso 6.1).
Noi4 i'l)n(1II'Oi4 l'nlr(' cOi4ois l' entre lrnbalhadores (' cheCiaH,.,1:1"'dllllll
,'(.I('vl'\Iwi[\pOl'qll\' 11111()dnH pllrt\'H, ('tll gl'l'i)t, t'ontwl'(' 1')()l)tOHdI' f'1'r'l,.llid"
de'doIOlllí'll, 1,\'vt'IIlt\OHpCII"('()lIVIV(\I\l'lII, (' Vnl("IH' .h'h'H li I'X"11~lt'l(l. ()illlll
11",,111 HIIII.1I11
Caso6.1- Reclamandoemberçoesplêndido
I\udrey,moça de rarabeleza,casou-se,apósrápido namoro,com um for-
1110"0nlédico recém-formado,Sérgio,de idadepróximaà dela, cobiçado por
11oV(' ('l)lrcdez de suascolegas.
Iniciou-se,enU'ío,longo e tormentososuplício psicológico, ).í I]OSprimC'i-
"OSdidS,Srrgio deel<lrou-lheque não via sentidoem (,1.1d.1I I"r( 10,ll.lqll('/('
IIIOlllt'"lo, ,I (,l( uldnd('com que'I<lnlosonhava.D('v('riddglldld,lI 11111pOIl(o (,
dc'pol~d(l( idiri,IlIl.l\lIdr('y so(r('II,choroll (' con(ofllHIII ~\',1',"~lIl1d ',I'dl'di(.I1
dO 1.11 (",h',d(' (.110, IlIOlll.ldo (Ofl1lodo~OS It,xosI' ll'qlllll""~,II '1"1'd"j"oll
f'\III'IlIdllll'lllc' f.·II/I'"O~,p,tlsdl' AI/dl'll)"/l1/', ('IHIlllllol/lllll 111111111,111",dl/l.ll11
",'1.:_, () p.cW,U 011 vlul.1llda pr.d.'ulol!.'l'lI
1\ vlol{\l)cio pHkológlcn,1..'0/11li 111nnH rc!tlçÕCH fU/lJiIIOl'(IH, Ill'OI lHllj()1 1II
\ I Hodn IH,podeH<.'I'I1'lnI C()I11prccnd ida por obscrvadorl'H qut' /li,o (I \'Xlll 'I'
11H'111'lll'llmou fivcr811'lcontato openas superficial com Pí.'HHOIlHlI'll' (I 1'1'1"
1111'11111,Héll1I'lCoprofundar na compreensão daSu.agrnvidnd('.
O fft,licoprevalece, na percepção, sobre o psicológico p0r<,lU(',11111
[UHVC%C8, esta violência pode surgir de modo sutil e assumir divl'l'tlll
(ol'mas de expressão, com a humilhação e o autoritarismo. À8 cnnH'I\'
l'Íslicas diferenciadoras da violência psicológica devem ser compr('\'1I
didat; para que se entenda sua importância e a extensã.o dos danos qUIIpodeocasionar,
indivíduo que desenvolve o gozo pela violência psicológica prl'
dispõe-se a aplicá-Ia com requintes que se aperfeiçoam ao longo do tC1I1po, por vários motivos,
Um deles é a descrença, entre quem não compreende o dano so(ri~
do pela vítima, de que os relatos são, de fato, reais, Muito comum enll'('
cnsais, quando um ou outro cônjuge fala a respeito do seu sofrimento,
3urgirem comentários do tipo "você imagina coisas", "ele (ou ela) jamaiH
furia isso, conheço-o(a) muito bem", "acho que você deveria procura,'11111psicólogo" .. ,
A descrença reiterada leva a vítima a duvidar da própria dor e dc-
'nvolver sentimentos de culpa ("será que sou eu quem está destruindo
110H80casamento?"), que se acentuam quando o outro cônjuge é pesso<
mLIito apreciada e respeitada no círculo de relacionamentos do casal.
11,Illdl/llt\'IIlII,'i1 I111,,11)lr'llI'ill,1111111)ItllllH I'rÍi'lll.lI'tllIlIl'/II'llllt'li-ln I"'lilqt
1/111,,,11111'11l'11111di) III'/I'dldo Ili' i'II/I':II/'II'I'('''1 Illllhll' 111111/1,N,) 11/1111-111., 1111
1'111(1I1(H{IO .Ui li/( )(~IO ,I ,li MI\I,IIAI )M~,2()()7),IHHO/11' 1l1111tilt'lllllli" 1111
llll'I'llflli)III11'I"llHI l'OIHl'lY.iIHlo (I )\I'I1Vl'H('llf(II'lllldndl'H 1111vlllIIIO, 11/"111di!
/I"('/llfY,OH110PIIII'iIlIClJ)10v HociniH.
Nl'HI(IH lt>pit.'OHiniçiniH, nV(,IIlI'OlI~I''lt'1poit-l,[I quvHhlO di' '1'11'\I ,I,ll"t
qill'III'I' POHHllHl'r 11mindivíduo que Hl' snl/sfny; pl'lo Hofi'illlt'lllo dll 01/111
Oil '1"(', si 111p/('HI1H.'nI'l',aprecie fl pnHiçú dn vioI0nl'ill, n pVI'I'I'Pl.,'IIOdrl,ljlj
(,;preciso, pois, inveslig<1r<1origen"l dl.'SH('HCOInPOI'llllIll'lllolll 1111nlil
IlvOH pclos qUúis o indivíduo se dispõe <J correr OHriscos di' pl'lllllll I"
I'Ot/V-HCtlVcntDr que, em geral, vários microfDtores l'OnCOIT('lll PoIl'll111.1.111
d'lln ilícitt:l,como afirma Pablos de Moliné:l, ao definir o (,ol1('('ilodi' 1'1'/111
Ilologi,), qut:lndo se refere ao necessário estudo do delito, do dl,I/'IlI".'1111
dn víl imiJ e do controle social do comportamento delil ivo. 1\0 l"l'HHII/111i
quI.' l'stes são os objetos do estudo da criminologi<l, evidencin 11II('t'l'
dndl' de conjugar fatores indiv.iduais aos sociais.
(;,2 1\CfiNESE DA DELINQUÊNCIA
N\,'$taseção, abordam-se hipóteses a respeito dOti fatores qUl' ('(11111
1>11('1))para que um indivíduo venha a deJinquir.
(,,2:1Predisposiçãogenética
1\ hipótese de fatores genéticos associados ao comportanWlllo 1','1111
iI(IHO1(lm I')idoaventada e investigada ao longo dos tempos; ÇOnllHlOI ItI'l
dll 1/11t'nlguns t:lchados indiquem essa possibilidade, não hó COlllP"llVl1í,'lllll,f('livn netlHesentido.
"I.und ObservOll que élproporção de delinguenteH cOlldellfldoH 'li"
di'l/loH gruvCHémoi.or entre f1quelescujo:,;pais também forOIl) d('llllqlh'lI
111/l11I "('giSIl'(l111Comes (' Molina ('1997,p. 208);conludo, o('((lil(HIP"I'1111
,01/',1'111('Ollslilll1 vnJ'i6vvl pOHHivcinlcn 1'(.'dl'h.'l'I))infllll.' I]() ('Olllplll'lrlllll'"
111,()/1 IlH'HlllOHoul'or(IH nHHinnlonll por oulro /lldn, '/lH' 1/0 dl'll'll/lil'lIll'
1'1111'IIPIIIIII'('P/'('Hl'llln(111)p(I/'('I'IlIIIl11Illltllo I'('d'i:!,il!nllnlol.il dll /101'1"11
,,'ftnd(IIiIIl/l'('IIII,I1., '11/('110'110101'1'111'11'dOH 1,11"111(')'1'/1dll 11,11'11111'111'1'.'11
d\'IIII'IIII'IIII' 11()l"1111I11(;( )MH~:;M( H,INI\, II/I/'!.j1 '''''1)
11,11 11111", ,,,li 111 ,,1"'11'11111"11" '.1."1
IIhllt'nl 'I1I11(j Sidney Shine sugerem que a preva lêncitl dL' PSkOPlltll
illllltl I\li P()PldllÇdo C'orccrária do que na população clínica. (Inr(' SU,
1\1,'IP\I' li pl'l'vnl0ncin de psicopatas na população carcerária tierin d,'
, 1 11)""/IlllllllUnto na população em geral éem torno de 1%.Ainda nH~
liil IlllIl'IlIí\1l1 Comes e Molina, "a conexão entre a enfermidade mentnl
i I1111I1i)" 11Illll:odébil" (1997,p. 229).
\1",111111111objeções são relativamente óbvias:
I' pOHsível que pessoas com determinadas condições mentnir
Hlljum t)usceptíveis de escolher modelosdecondutainadequado,
('(1m maior facilidade; fossem outros os modelos, não comel('
dnll1 crim
('SSOSmesmas pessoas podem escolher situações e comporto~
líwntos ma.is favoráveis ao comportamento delituoso; elas HV
('xI/fle"l mais e, portanto, cometem mais crimes;
IS pessoas que convivem com tais indivíduos os tratam dI'
Illaneira diferenciada e podem estabelecer condições de 1"('10
cionamento que se transformem em estímulos indiretos [) pl'lI
(Íl'é'I cri minosa.
lilJIHlHpest)oas,em outros ambientes, não encontrariam motivos, Illn
til I,111Illl oportunidades para os atos criminosos, e se comportarinrll dll
11II'llIlIfII'nrmn que as dem.ais pessoas.
t 'lllllprl'cndc-se, pois, que para os modelos de aprendizagel'DHol'inll
IIIi l"lfllçi1o de pautas e modelos criminais se concretiza por meio de li 111
I1111I'('Wllldi' aprendizagem evolutivo, que se baseia na observação e imi·
1,,111)dlll'Ol11portamento delitivo alheio", concluem Gomes e Molinn.
I h'HHIIçonclus50 aproximam-se Fernandes e Fernandes (1995,p. 1I
'1lllllldll lIHHinnlnm que "parece irrecusável que existe uma contriblli(,:OIl
l\I'I\I'llt'lI Plll'O qUDse toda forma de comportamento. Mas não é iJbHOltllll
1111'111.'v,'j'(lndvil'O que o cornportamento específico dos seres hUll111llm
1~'111tI,'I.'l'ltlinnt/o opcnDs gent'ticnmente. As potencialidadcH 8110gl'l1('ll
l fl~('li) IIlIlt ()I'ip,Vf'I1.... O ('é)Ivnto musica I herdado não bnsl'íl parn fo1'1lI11I'
1I11111l1Irill'(IIl,
Hq',lllldIlIHlll\\'HllIlHlllllltll'I'H (I')I)!), p, 17/1')1"ndll)itl'-Hl', llHltil'l'lIll1lIi '11
In.III\l'l'lilil~1I d" 11I,.,tllHIHI/i1I,'III),til' 1I1\l11ltll'lill"\;"0 1\111'11'11\('II'I'IIIII,I;\III'ill
fl"t\lIIl'I'lvl'lIi,I't1t1I'I'II()II'Vlll'lllll\ill)llI)I~I'llIlI,1I (1i\t;I{NI\NI )I':~l;IiI.\l{NI\NUH:1,
PIIII",-. j(II/), ""1111"11111111d••Ilt'I'IIIH,'1II' .'I'11l11111111ddd."11I1dl'1'11'ihliHII
111'111111111'1111'.íll',hlll'lll'LI d., Illllfl 1l".'dinpo!11t,'litl(,I'IIlI1'lc11'tI'111,111'11
tI indivíduo recebe estímulos que ultrapassam os limiares Sll
!lI'I'iores de percepção; o cérebro atua defensivamente e "deHli
gnl!nlguns mecanismos mentais, embora isso não evite os da
11014ffsicot;;(por exemplo, ao sensível tímpano);
iJ p<.'nsarnentoorganizado torna-se impossível porque o cCr('-
hl'O sc vê forçado a se concentrar na resposta aos estímuloH
vio\<.'ntos,que exigem rituais corporais complexos que abHor
wm í) capacidade mental do indivíduo (trata-se do fenôrnl'l)I)
I'lgura c fundo);
014movimentos tornam-se profundamente estereotipadol-l; I) ill
t1ivfdl.lOpassa a obedecer compulsivamente os comandOH dOI
que conduzem os espetáculos e perde a condição de rdll'll,' 11
I't'Hpcito dos acontecimentos; torna-se presa fácil de COI1VIII't
/wduçõcs e estímulos inadequados; o cérebro limita-se D 1lHH\'
l',llrar os rnecanismos de sobrevivência;
• 1'I4t:nbclccc-seo isolamento virtual; a multidão comprimidn 1'1'
prt'H(,'ntnULn êxtase e um deserto afetivo; a interação tornll-HI.'
I'ndo vez lYl.aisdifícil, até a impossibilidade;
:l drogn psicoativa surge redentora; ratifica o êxtase e conforto
l'lllot;iona Imente; o pedágio físico e psíquico fica para depoil4; o
llldivídl.lo passa no vestibular do mundo do aquieagora.
11," I 111101',,,1111""1',il'"J1,,,,,I,, ,',\I
( 11'.'HIIII'ndo(: que uma parcela s.ignificativa dos participnntt'H lll.'nh:l
11111111111,
11111',I'OI',,':\flrldo t'rillH', dil',n-Ht',C' dC'mocrntica. Niio h,) c1nHH\\HlH'i.1I
1111 Ilpu d(, illlllvídllO IIIH' llli' HI'III illllllH', prdt'rido 011prt'I'0lldl'I',1I1il',
\1111111111>1\1111'1011,11tH'IH' "11111111111IIOI! litnitl'H HIH'iaiH,rlllllirllltl I' 1'1'011
illklltl "IIII'H tdlll, l'ilpllll'dVI,jll () 11I"(IIIi,dll pllll;n nO IliHq"\' 'IH IIIIIHI.,'
j I 11I.'llllltI.
ii!lill' IIc'\II, dl'Ogn c violência compõem o coquetel amargo dil dI'
lI! O I'MIIII':n qlli' propicia o condicionamento para a prátictl do ('I'iml'
h,!,," d" 11i'!'1111l':ll1los escuros de ruas mal iluminadas e praças CHqlll'
1111111,11111'11I'lWOIlI r,H acolhida nos locais confinados que em.botam I)
lli!i'IlIirllllll,
1-' 11I'lli'I'HHOl'xistente nesses locais, do ponto de vista neurológko,
11!!!I.~I'I'd"HI'I'itl) oproxil:nadamente como se segue:
() 1A(,fl'llnl'Udovló/'lll"nu ag('ogl'a(/ado ('/'Iuh'
(' ..2.
n IIll'gnvvl 11geogrnfill do cril1w qllt' hlHhH'iclllnl'llIv 1'11'1'1111111'11'\I' li
11'I'ln/nu/Hdv II'l111HPOltt'dt' POHHDgdrOHpor lodo o IlI'f\Hil, l'onl 1':11'11
t,'III'H,/\H "t'HI'oçÜt'HrodoviórinH" 1'50edi(jeaçõt'H qUt':-lV l'Ill'Olll"f1111k11ltll
dI' Il'pr(,Hcntnr locaiH propícioH à e/<.'vaç50dOHl'HpírilOH 1'111IlI'II.'III'I(1 d,I11'111to 111li 111•.•
HHl'lnSregiões constituem éll.ltênticoschaméJrizes <.:k
ho I' violência, representados pelo degradante aspe
t,'OI'Hc.:pc/as caracteristica.s da população circulantc.
1\ I"OdOviáriatradic.ion,a,1traz em.seu âm.agoé.lexpcctllliv,l do II'fil1l11111
I'lo, II nnonimato confortável da multidão que se desloca _ él IWI'lllll'I'Il,',j
dI' "n50 Ser flagrado em.pecado"; esse desenho fisico, CConÔ'llil'o I' Illlt 1,,1
l!ll'l' ('spaço para inúmeros comportamentos inadequndos, ponp/(' 11I'"
Il'neinl vítima encontra-se fragilizada (não sabe bem onde l'HI'Ó,pn'l'llhl II
pill'n nlgun1 lugar, não tem amigos no local, quer cuidar dOHperlvlll'\'Il, II'II1
f()lll<.:e sede e, muitos, vêem esse trânsito como uma chal1C't'dv :lVI'IIIIII'1!
(il'llsionn 1dentro do imaginário do viajante e, por isso, se expt\('111",),
) outro I,adodessa moeda é a multidão de oportunistaH qllt' pl'lIl h~11I11
1111)71()yellri81'1lodo roubo, que se aproveitam do monopólio C'o/lH'I'('//l1dn
pl'\':ilnç50 de serviços, que se estabelecem nas imed iaçõeH puI':l fl •"I di'
"11i;1I0do sexo mai.sdegradante. O encontro desses dob lIIUl1d\)H11I'odll
o qlH' h:'í de pior. No meio disso, a população trabalhadora c 11011i'1l111111
1('11din <ldin de turismo e negócios, Cpratica a arte de n50 vt'r o lulll \'1,
qtl,ll1lo p;)Hsciano trigal.
1':HHí1invisibilid[ldc rnti.fica a banalidade do crime c (,oI1Hol/dil11l"'l
("'Pt,'lill dI' impunidade. Um aval indireto para pequeno/-!c/t'lil'o/1.
l)Iilil';lltlo [HI"i pnro fins de nnologia (nfinnl, UH r(ld,)v/:~,.jIlH,pC'I'd.,-
1'11111,/);) Illllilo 1t'll1pO,o privil(gio de H(' çl)llsLiluf/'('II1 /lll n'dtllo, fllll' 1'\
I '1,111111'111,d('HHlII'l'iIII iI)nIid,)t1t'HIIjn I'dl.'HPI'('/'lIjg indli), ii "1,1'1,110n \110\11"1'111
1"'I'~ilHI.',/lllH11'1'11izntlo, I'(llll 1I0VllHI)OI1I('H(' 1i'1'1li ilill',I.111,
1';1111,11\1'01'.1'111'1.1Ilt'I'Vi'/'/lí1/Il1dllplll'lIlf /I('I',lI'll 1111'11111'(1/1 "",111111'11',1
'1"11111I-11'1101','1",0/1"1'llIlh'/I d(, 1,1111",".II'C'/I,Ihllll"ll c' Illtll!llJI'ttll (11111'(111111
11.:~,t1A ~~H('olne a inffl.lcin
11111 ( 111111 I 1lI111 11II 11 111'111111111"11111 ~!\,
IIII 1'"111Hllo IlIlIlHHOHou ousentes, existirão colegas mais prÓXiilH)H qlH"
'1I11II'i1nllll'IIOllnport<:lntelugar como modelos de com porta n'lcnt'O. No
1,1,d"/h'.i,wlo, podcrão desempenhar o papel de heróis da juventud('.
Nlll LI, t'Ollllldo, r('tira do lar o privilégio da formação inicial dOH('Oll\-
j1rill"'IlI'lllm!. 1\111r<.'tanto,comportamentos e conhecimentos são aC1I1I/1I111
il"fi1j I' 111'/','11'n importância das influências posteriores aos pr.i:meiroHD 110H
i"1111'111'11111Ill'gnr tl capacidade adaptativa do ser humano.
( ) 11111'1111Hl' impõe sobre o estritamente biológico. O fato de viver ('llI
111/,,1111111'confere a esta notável poder sobre o indivíduo e, seja por fon,'ll
111IlIdll, Hl'jn pela dos pequenos grupos dos quais participa, as influ(\'l
!l\!fl iltid,tis Horrcl11relativo enfraquecimento (ou, no mínimo, uma Ç(lll
1,'lo.lll,dlzll,fio)j6 no início da idade escolar.
A 1'1í1'('IIHnOem que isso acontecerá está diretamente ligada ao fell
11\1'1111dllH.fi'olll'eiras entre subsistemas do complexo familiar. Em famílinr
IllIill" l'Ol'HnH,onde os relacionamentos são jusionais,com graves prçjllí
1111"1lilllividualidade, prevalecerão sempre os valores e comportC1n1l'l1
1"llllilquiridos no lar; quando as famílias são mais abertas, permitindo.1
Illdll 11I11"grnntcdesenvolver plenamente a individualidade, as i'lflll(111
I 111M11"('Hl'ola,dos novos amigos (e, mais tarde, dos colegas de lrllh.t1llo),
,llllltllI'IH) ('111importância.
A 1'IK'olatel11sido, insistentemente, sugerida como fonte dl' I',I'IIVI'/
tiIMI,)j'(:O\'Hcom portamentais (constata-se essa reclamação, com rr('lI,h 'li
l in, 1111l'iínic@ psicológica), porque pode ser a porta de entradé'l
dll'l'trifl lipllra a violência.
A polkil.l cstncionada nos portões denuncia esse quadro dc rniNl'I'11I'1I'lld. Vidl'ON qLlebrados, muros pichados, aproveitamento escolar /1111\)
I.\11111li H'II) (,HHecoIdo indigesto.
( )/1 1'0111portamentos anti-sociais iniciam-se, cada vez mais cedo, mil
111I1t1i'ldo('111um mesmo ser o vitimizado e o vitimário. Evidenci:lIl1' H('
1",11111.iI'/l'HHilcHviolentas perpetradas por crianças contra seus prof(111HO
il'H I' I'lllq',ilH, coloridas por demonstrações de raiva ncm de long(' l'ol1dl
1'1111'11t'OIlI (l que H(,'espera de um indivíduo no início dC1vldn.
(:"ilVIHHilllOH prohl('IlIIlH fllmililll'('H ('ncont'l'<lI11-H('no bnH\'dOr}dt,llllll
IlIIlllIlll flH II'OrlllH jlí OP"\llIt'I!lOtlflHpVrJlIil("11lfOl"ll)tl111I' div(II'Hllrl ltil'ol ••
"/1111'1'11111'110(', IflIlIh('IlI, 11111I'tllmlv1'1pl,dldo dI' H()('OI'l'l)IHH'111'1'.'111,1'
IH11111'IIIIIIII1"1'1.1111:1111q\lI'Il/,/ldl'11I, vllllllllll tlt' (11111'11111'01'1111111dt~1l1',1"'IHHII'
111111 III ~llIlllllil
pela aprendizagem de vaLoresinadequados ao convívio 11thIl'd
saudável; a criança ouve o pai ou a mãe fa/.arda COI'/'UP<.'li(l'11"'
comete, do cheque sem fundo que emite, da dívida q'll' 111111
paga, e acredita que esses procedimentos fazem parte dli IIlh'
singular de "levar vantagem em tudo";
pelo condicionamento em inúmeros comportament'oH1 COll/,"
me já comentado;
pela observação de modelos - o pai, a mãc, irmãos mniHV( '1111,
parentes próximos - cujos comportamen tos não cond i:;;('I111'011'
os paradigmas da ética, para dizer o meno
•
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",~t.:'() 11lI'lC'Ulltllc'IcIIl,I/lJC'Il!UN" lIwtlc'/U
Wllll)/l'oll, IIOl:'IVI'1 ('HludloHo do cOlnpol'lnflll'lIln 1111'01111/,111111111
t'llll1 IH'I'Hpl('lklll, que "11/1111cr/IIII~:IIIJi)rJllfll ..• 11.'111111'1(lI/tll/IIO /lll'h'll /1//111
/II/'lil' ..• 11111'fi l,mrJlI8('II IJlidl'r r/l' rll'8/III('8rtll~ dl'8lm/r, fI.'inll,'III//~ 11/111111/1/1/11,11/
,'1/111111'I' "1 II'II/J/'/tll '-81'. '/lIdo o '1"1' II'VII nR JI{'88(1(I," (/IIU I r/li 111111/,'/(111/ ({til I /IIIII/Ii(!
///111.'1)11'111,';('11('qllivnlelllc IIlI/'IIInlll1l ÍJ1é1I1C/II, 1(,(,11'1'111('170dll 1'1'11111('1/1'01//f'/!/'11
/I/'Ili lI/r" (WINNICOTI~ apLld I3FI ,MONT~ 2000,p. 45).
Ik fato, JlO larinsta/am-se as bases de crcnçns, VnIOl'('HI' Illlldil
IlWlltOH dos comportamentos de cada indivíduo, qu<.'HI.'rdl('lil'll(l, 11111
Inrd(', ("m condicionamentos positivos ou negativoH (,'/1),Y('lIH"('/IIt'/tlllllIll<.'ntos; nterpcssoais.
1\dinâmica familiar apresenta influência no modo como o illtl/vidllll
Irií Herelacionar com o meio, inclusive em questõcs envolvendo lllnH /lkj.
IOH.I~ssainfluência manifesta-se:
1\ I'Hl'O/1I(I '0/1'I',lI.'lI' pl'Orl'/I~lIH'I'H)11'111Illlnt'll'I'''~ l'I/I'illlll'llI 1"11':1('1'1111
' I \ilOI'tlH011fllndllll'lll' lllfih'/.'H qlh' 111'1'11111/.'11II'm" (l
Porém, além do lar, outros elementos contr·ibuem paI'a n rorll'''t:'I! I
dOH vn/ores morais e éticos, notadamente quando a prescnçil dOH fi 1111
1000lln-se"na;He mais escassa junto aos filhos (fato cada vez nH)iHrl'('II"4'II
It'). /)(,HHnmaneirn, os valores quc c/es poderian'l e deveriam 11'il1l1i111l11,
podt "I)} ficar COmprol11etidose seus espaços ocu pndos por OUII'OH,1'('('oU,
(l( li, dI' ronlt.'S('xtNnaH. Jí;nlrc cl:)tas,destaCC1-selJ 1'~I'olll.
di'/II'ohI'lJ' 01'1próprios corpos, seLlSnovos desejos, as lrans(or
1I11t(:IIl'Hlj"l' (\xpL't'iencioITlisuas novas percepçõesi
d"III'IIVolvl'l' I)OV8Hcompreensões de mundo, de relaci.onanWIl
li I/j /lI)('llIiH;
tI"I' i1111l'wnlidoà sexualidade que desponta e se consolidai
j'nl.ih('ll'cer objetivos para a vidai
11'1'11·I(,fl/'~Ht'<:matividades não de todo autorizadas pelos paii'll'
I'l'HIl(lI1HI~vl.~iSi
l'OtHPllI'li Ihor segredosi estabelecer cumplicidades.
~11/"/',.'I'nl 1'('('ICHpoderoso contrato psicológico de fidelidade, cel('hl'll
dll 1111'()IH1I'I.'II!'I,'lllentee que reflete esse estado de cumplicidadc.
1'111'11'1110,IllU1t[H-Jarnizades da adolescência ficam para toda a vidn. ;\111
tI,í IIlh' /lI' H('porcm geograficamente, esses jovens guardam consigo 11'111
11111111;11111Il\'lllornveis daquele tempo e não faltam motivos para Rolwl'lo I'
I'.i111111111( ':Il'lOHCHcreveremque "0 quefoi felicidade,memataagoradeSIII 1I/1/1I1 ," ,
t\t, 11l'qltipC, o /'Í'/7'le, une-se em torno de comportamentos inad('qlill'
,li 11.111)P(llllo de vista legal ou social, cada integrante terá forte propt'nHMo
I l"I'llI'l'llI'ó~loí:lJ 8CLIrepertório, ofuscando assim os valores inicialm(llllv
11"'l/.llllilldllH ((', em geral.,apenas pretendidos) pelos pais. Mai.s uma Vl)",
jlll[ll'llIllIo/ Hlll-prccnde a postura dos pais e das pessoas próximas (1n1'('ni
n"ld{lI,l'loH dI' que o jovem integra urna equipe que o prejudica.
".:l.h () WIlpu na instituiçãodeexclusão
1!li"Ii'llrlil'~I' I"d" 1'11111//(11/,'/111' I(II'!/'IIII, qtll' /ot'tnl"('I'III'(H'HliO 1'11\IliIllll dlll
IIl1l1HIIIlllI I 1111'11111'11111I1ti()H(YHI{(;;\HI\, 1l)i)I), p. 11\,1»),
I 11111'/1111/11I' ('1"1111'111111'",""FlO de('OIl'gnHdOI-lpriml,\iroi'l unOHdi' .'H('O
111111IIIIIll, Plil'lI tl'IIlIHfl)rll1M-Se em tloni')lieJdo equipe de r('lll('lo
i111111"1111••11IIII,IIId,i 11"'\HI'lIHintegrantes pastlam, em conjLlnto, n:
(1.11,\dllll,!il fi'oIW'lilu\'ldlll'llIltlllll'ldl,dil('1111111.11111'
'I)lU, p. 1/l1.1)
I Ilt dlll"ltldllllldlllllll'llI!' "111'1'1111.1"1IItr'1'111/1d"lh'l 1111111IilidrlrllliI,
l'ltlll Itr'lIhl"lllIlIh'lI 1'l'IIldlll 1I ('III,'tiltl"1I llld"IIIltl';I"11'1"1'Itll'P'II'i! fi t'11(IIIi,1I
1'111'/1li IIIIPIII'IIIIl!rI1Hliilll filHl'do l'Ii'lo vlllll "li, qH,'lh' ,lil ill.'ollllil. I ','lil" llli
VIIII VII101'('11/Illodl,loH 1'('Olllpol'/rllll('llloH: IllIdol"Hl'(\/I\'III.
('.:l.r. A od()I(~/'lcêJlclfl:o edllco llWlIlt.:nI'o tln I "lIIHJ!t:llll
;\lgUIlH flll'or(,HconlriOllcl1I 1"111'111'()1'I)1l1'o ndol('HI'I'1l11'11111111vldllill'fl,',1I
pl'lílkll lIn ddinqll(\ncio, em con'pOI'Dçtio 1'(11)0'111('11('01111'1'."'111"H/III
pl'dodoH lID vida. ;\ IgLln8já fo/'Drn conwn l'I.JOH 110( '111'(1j do !I,'li l/tllll, , '"
"lllltdlll'OI11tl8Drincipoi8 COrJcteríSliCElHdo dUH('llvolvill\('II[O PI111'''1II1t1l1,11
tapa do vida.
'1'I'C'sfenômenos, entretanto, deHtocnm-Hc.O prirnviro dl'II'H " 11fI/lI'Ir
ml,llitlfIIlr' do ndolescen/'eàs mensagens qlle indIlZ(illl/) V/O/r111('/11I' I) /1'11I"'lj~'('II"'I(I
Jlllllll'H e desenhos (do tipo Sin CiI'y) consli luem exemplo I1100'ClIlll\',( I1IrH1I1
I'llloH, repletos de frases c facescarregadas de rnivo ('ogrüHHivldl1d.',H','l1li;
1('xploclil~demonstram o funcionamento detlsc proceHHo1X'l'v('r/-lo,
Surpreende nesse quadro, entretanto, n absolut;) ('()IIII,IIII'/!III'III 1'111('11
/111 (' 80cinl.A ideologia do ódio invade os lores sem qLl(' OHplliH 1'11/)(11"'111
"I'IIt.:<1('s- enqLlanto se lamuriam, reclamam da c::;col,é'lCdo gOV('1'110,"\1111
l'I'III~HCno trabalho (a fuga mais bem aceita do ponto ele ViHl'1lHol'inl), 11
IIlhoH partem para as baladas, em busca da droga e do ó/tool, do /11'\11I,
d" d('Hcorga da agressividade.
O Hcgundo fenômeno consiste na percepçãodefal/'a de/\<J/JIIÇIl 11111111111
1111 11(111/10, ;\8 perspectivas futuras exigem urn prepol'o pH(qllivo ljltl' 11
IlllI-H'parental e escolar parece longe de proporcionar. O üdolvH('('llll' ,'/',1
11Y;[l11m!)contabilidade de Suas chances em rcl.ação aOHdl'Hllf/oH I', Ilpll
n'llll'Jnenl'e, descobre um passivo descoberto. An::;icdDde l' rl'vollrt 111111
IJ'nl',('IH('opil'ois de giro para cobri-Io. Não há caminho HCg"I'O, /II'iil /111
IIm/,' lIf~l'ivoi drogJS c heróiH que acenam COI1"1vitórinH fl~l'I'IHII'lI~,C'11l
1'01doriu ('1110<':iOn111.
( ) ll'r('l'iro (('I)OIlH'1l0é ITIJrcnnlc tJO/l1'/' do ,l;rtI/'o, () 1',I'lIPOdl'ixfI 11('/11'1
1111'1'0,'o"/lII11() di' 1'11pny;('i'lou Il'lO\lIH t'O/11li Iivldnd, 'li 1'/11'01111'1'/1('01111111
1'"1'11li'III'/lflil'IIIiIl'~I'1I't'Il1 ttlll 111111', tlllHI 111/1I1/'('/I'lIpil~,.I" IIlodll'lí'III'III'IIII"/I
1'/11 (11111"11111/1111'/111111'11/01/ (10 1IIIIf'I/M/l1I I'111111'('1110POI' IlHllIl1 vldll, HHln.'lllti'lI
11/111.10o indivíduo torna-se delinquente e é recolhido o lll11ll 111111
11//\,I/tI '/1' "I'I'IIU·u70, ('\(' il'l~,Ilg01':ldl' I11nncirarn,oi.sOLl rncnOHcompltlH6l'ill/
111'1111'111'111'111'0gl'lIpOH jlí l'xlnl("III'H, ol1lI(', no visfío ck BIl'lj('J~OHIIHllv
til I11ti i'llqtllllll(l 1011'11)(11)1(l1l11~,I(IHI('IH'ill('('Illrl' Ol'lqWliH OrWl'llUlllll 1,'IIiH
Ilvldlldi' P('i'IIHli\('IlII' (I'JHl)II, p. (li)
dependentesO'LI.simbi6ticos, que utilizam o gwpo como um lot'[)I 1'111'11II
l'xurcício dessamesma dependênciae tentam estabelecersuaHil/('1I11dlldl'
por meioda identidade grupal, percebidaestacomoa identidade ninli'l\'0111
plL\tnque atin,giriamno curso de seu desenvolvimento.
1/11111Idl'lllldlldl' j111l'11c1l11l1',!"\' IIl'lIl POd"III(HI ('/HIIIIII" d(, Id"lllldlld" "'111
lI/li HII)I'I',I(/(,1I(, IItll' H~'IlplÍllI l)ilOH()bl'l~lillHl 111(I'gl'ii<,'IIO,fIO/II'111111111IlIlt'nl
l•.llo dI' 1'('/',1'111'1d(' I)fv('ll'Volllrd(l, I1WHHohl'('1I111f1HOl'IIIII:t,lh"'ill'111ql/lil iI~'i1,
II"lIl('H 11Iio l'XIHI'l'l1l;clldü (/1'11dnqu('il'1'lqUI' VI'I1)()Htil' 11111ll(lIllll dI' 1'1,,1111
lillllll'!IIIHI'1l('orno Hl.ljl.:itOH(ll' indivíciuOH011PCHHOIHl"110[,'/lI Idllillldlldi
"llqIHlIll'() I'(limüHSll11 ickntidnde rcside '10HUnflllnçl1()!I01j1'(ipO(!lI,1':(:1'1
/')HlJu, p. 65-(6).
I dlllHOluç50 ou uma tentativade mudança de uma organizaçãopode pl'O
dlllt,ll'diretamenteuma desagregaçãoda personalidade; não por projt.:'çiio,
1I111f1('111I'nzãodireta do fato de que o grupo e a organizaçãosãoa pel"sonnli-
dlldi' dol'lscus membros,Assim seexplica a grande frequênciadas dOCnÇll
11I'1',{llliçnl'lgr:wes entreos recém-aposentados(BLEGER, 1989a,p. 69).
llH r('squfcios de valores e crenças presentes na bagagem pl·rt~
qllictl, encontram-se marcados no inconsciente e não são sirn-
plcHmente descartados; surgem, nesse confronto, dissonétncia,i'
f'/IS /Ii /'ivas, cujas consequências são reconhecidas;
1tl'1lltodo integrante possui total competência para dar conto
dUHtarefas e sacrifícios que a equipe impõe.
liln llllld" "lIln'I' ,,11<'11'1'11""11" "" \
l'lllll"H(' afirmar que o grupo ou equipe constitui um fator-chave paru
Inh'lfll', I indivíduo na prática do delito e, mais tarde, para mantê-Io nessu
'1111I1I(:fll),O momento crítico em que isso acontece, com muita frequên~
, I", I' I1ndolcscência, por se tratar de uma fase do ciclo vital em que todo,
I Hí Vltll)I'l'HCcomportamentos são atualizados e ressignificados.
::1' 1Il'quipe conduz a comportamentos inadequados, bastaria ent50
1/111'///1'di' l'lluipe, Isso, entretanto, constitui um desafio tão grande qunnLo
111I1I1rll'dt' personalidade. O delinquente faz a opção de pertencer à liOl'il'
,/,1'/,' tftli1IJioj'es, na feliz expressão de Eleger, da qual se orgulha e qut'/111'
I"'jItlllt' í'omprovar sua superioridade unindo-se a traficantes, sequ('Hll'lI
,I,111'11,l'uI18ticos políticos ou religiosos etc.
11111/',1'1"Hugere essas questões quando a.firma que
,1\11'111dl'HHlldificuldade, de origem externa a cada indivíduo, exiHI:('I))
1l1l11'lHldI' lll'igl'll) interna:
1\ pl'iHfio,8q~llndo este enfoque, coloca o indivíduo em uma Sitll[l(;l111
!!111l1'1"\llHob n ótica de pertencer a um grupo, porque na instituiç50 dI'
I'~,1111111011('1'6compelido a integrar uma nova equipe, eventLlOlnwnt(' ('111
111'11111';110Olj ('oncorrC'nte da anterior.
1\0 Illgl'l'HHOI'nll inHlillliçfíl1 de exclusão, o indivíduo nbnndl/lIll 11,lU)
I/l/fl/IIIII/t1I'lllIr 11I/I'1'tI('1;II,l'OI'IIl'/(,dKllcll dll~ PCHHOUHquc O[:Wdl'('I'11l:)1'1 1'(T,I'IH
1\"lllltl,111nl"Hllhnlllltrdn 1'1'10/l1i1'/I'III11/I'"ilttl'rl~lit:ll, qU(' dt'I-I('II'IH'III1:11/ jlnjl(,1
til' (11'1111111,1'\1'('1',Illllllh'l' l' 1111111('111111'I1dIHIAIll'11lt'1l11't'IIlÇiiOn (l1l11'1i;11/1/1/11
1,1/l1'llllil'llíllllll\ 1\lIlllillll I' ('llIlll,I(III'llllp IIt' I1vIllllndl' ('1)111qlll' ",1111'111til'"
tal quc, quanto l11.éJiorfor () grnll ('111ijlll' ,,111
ntidadc grupal sincrétic(l" (I3U';CHH, /i)/l'lll
IIlli1' "'\pli'~{llllll' li 1'ldIVfdj/illl~I/lI/1l111lllllfl II\lVII Idt'/llltl'lll ••
\
Xo poder dessa fjliação
I('()lll<.'cel~"maior será a id
II, ()6),
WDllon (apud BLECEJZ, 1989a,p. 65) acentua ainda m(1is (IHHI'('1111'11
dlll1(ll1to,ao afirmar que "a noção de sincretismo designa um l'l'lllldo 1',111
hol L' indiferenciado dos fenômenos pS,íquicos e se aplica n afctividod", ,",
Hodnbilidade, ao pensamento e ao comportamento",
HssiJ.situação de "troca de identidade individual pela gnlpal" 11'111111/111
lI)iHK: em um clímax do desenvolvimento do indiví.duo quando S('11'11111111
1\ gal1gue é o exemplo dramático, revi vendo a saga dos MOHlPlI'll'
l'Of!,"11111por todos, todos por um". Nela, os integran.tes cnconLrOll1 "~1111
IJllldndl' e 1::luporteafetivo; trocam a incerteza que a sociednde propol'l'l"
1111,Iwlnconfiança no resultado (ainda que ideaJ:izado) coletivo,
1\14 vtll1tngcn~do grupo, m,ais ainda da equipe, el110c:ionn/nH'IJ!'t"tllll t
11111111'1'01-1.1\Soci('dade cobra o desempenho individua.I.; (;lüquipl' d('/lI'111
1Il'Ilhll (,O/l'livnmcntc; desde qlle exista a fidcJjdndc, n fnlhn 011() HII('I'Wlll
/""'I('IH'(llllot/o ...•.
1'111'11111('I'l'('('"I'I-!H('confOI"'o Pl-lfqlti('O,OHinlt'/II'llI)It'H 1'1!f1'1'1l1'1)11I .I 1111
!'lI'tllll/I 'i píltlHllI)I, (In/ I'('Lo111'0,I) con viV('I' l'1li)) o dI '11111'11di I 1"'111'111'/11,,' 11
I"fll't'lllllvllli l/oI1l'()Pl'lo I',I'llpn, ('UjIIHl'I'I;I'dtllll'tll'/rlllltllll,,'IIII1' (~dl,I'('lId"1
'Ol,/U 1"/11 ,,1/'/1/irq'lI,
H (hi mlcrofatores externos
LJIII (Jlhlll' ~;\Illl'l\U I )ldlllql/lllllp ~'\"
I )1\Ifd(\I'('Hunlissociais são hábeis para manipular grupos de dqwlI
d.illl"H 011Himbi6licos, acenando-Ihes com segurança, vidas idcaliz<H"llI,
11"1111'IIltllldo ()U C1'11outros e constroem realidades virtuais que o:; mnn-
I, 111IlllidoH em torno de castelos de areia,
11",11('11m lado, existe o indivíduo propensoà prática de delitos, por.i nli-
IIIIII'IIU l'I1ZÕeS,dc outro, evidenciam-se indiscutíveis estímulosà delinq'/l(1/1
,1" 1\IgIII1S,Histematicamente apontados, permanecem negligenciados.
1':tl~lI'Hestímulos, eminentemente de fundo social, têm origem no n(l-
, !t'"Idlnlliar c na sociedade em geral; caracterizam-se pela diversidade ('
I ··11'1'11\11complcxidade de neutralização.
Hlltl ('xempLos de microfatores externos negativos o abandono escol:lI'
!,""'O!'i', n exposição a ambientes em que se consomem produtos etílicm;
li11111HIIOncins psicoativas, a instabilidade profissional dos pais, o dcscm
1-111''''11,IIIÓI-lcondições socioeconâmicas, a migração excessiva com POtl('lI
( Illt'lIl.lçi1o à vizinhança, entre outros que serão analisados a seguir.
Ajitllll ele/irnitesdurante a infância constitui o mais proeminente v 1\1'11
l_' I'HI(I11llloà delinquência. Ainda que ela não se traduza, mais tnrdl', ('111
11111/111'1-1criminosas, conduz a comportamentos inadequados do ponlo di'
vl/1111 dn hon convivência social. Constituem exemplos disso o eSllldl111ll'
'111"1111\'1'I'Ompca aula com o celular tocando, o profissional que se nll'IIHII
1IIIIIitlltlíl os trabalhos, o cliente que faz exigências descabidas, o çid:1
1111111111('HI'Henteno direito de usufruir regalias em relação aos demaiH t'll',
I'11lHIrn'Hponsáveis, incapazes de educar, preferem assinar uma noln
I11 I 11I1!fIH{lrincontra o futuro apostando no surgimento de algum mecnni,-
1111,1111\1:1111Íl,'o(em.geral, a escola) que resgate a falta de comprometinwll
I!IPI-II'II\'<)11)(1criança.
'1\III1IH~ll)pnrn isso concorre a incorreta ideia de educação liber81,qlll'
I il'flidlt' IlIdo t'n1troca de nada e gera indivíduos incapazes dc divid ir 1)('
111Ill'IlIlI ('l'olllpnrlilhar dificuldades, a essência da boa convivêncin.
1111111dllH l'onHequêncidl-lm8is graves da faltn de limite ó j') ill('I'/lI/{'il1l1l1l'
,11 '1/1/111',I':H11'11111j'll-Hl'li mil P( 'I'HonnI idrlc!e com fortes ('()rí)cl'(.'1'Í1-l1il'llH lllll
lH_lilillllll, IlI) 1I11nilllo,,'(llll ('/H'IH-1Kn,'oIlHl'i(\I)('Ínsoei:,I, levnndo o llldlvl
dllilll1'1','1'qll(' lI/tio I' 1'011111(11'1, qlll' 01101111'0,'11/11111'1111111/1'11/dil'l'lllI,'1, () ('WI'l'Í
! lil dl'tllllt IIl'lH'I'illl'ltllltll' jlllllllll'lI HI' 1"·lof\ IIl1'i(Hlqlll' dlnjllllltv,'I/l: 1'1)1\'11,
I'[IIJ,_'"{'I"i1I(\IHII"I, 1'lIi'IHllili,11",1111_'1111,'1,'
11
11111,IIi ~lilllld'll
o estilo da equipe é notadamente determinado pe.lo lídL'r; ()HI11
tegrantes tendem a replicar seus comportamerltoo, tanto 11III
quanto mais carismática for a base de sua liderança;
a coesãoda equipe é tanto maior quanto mais forte fOr n Ild"
rança; esse comportamento aparece com muita clareza IlIl l'lle'
são das equipes esportivas - muitos treinadores obtêni g"tllll I••
ucesso mais pela integração que conseguem obter do qll\' PI,III
excelência de suas orientações técnicas;
os objetivos do líder e os da equipe tendem a se con (1I1ll!11'I'
quanto maior for a integração em torno deles, tanto mnlll (,li'
c tornarão o objetivo de cada integrante.
A liderança: o efeitodomodelo
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1-'11I'I'if'liltl/I l'I'IIHllIO/HlIl, 1111110íllltiOI' qllll1ltO piOn'H OHd('/1l01l,1\1"111d
11"111'1111'111,'tl f"Il<lIlH'1I0dn prisionizoçiio,
() Nll('I'HHOdv IIlnn t'qllipe depende cio desempenho dt' t.'lHltl;lli('/'/II11
1l";n li11lido, nõo h;~('(/"i/li' sem uma Iidern nça cfiCé1z.
("
I':quipes de delinqucntes (as gangues, por exemplo) P08811<.'n1l(di'I'I'
!;('1l1t'HtCS,o conjunto não se constitui e nem se mantén'l coeso.
N50 interessa, para as finalidades deste texto, um aprofundnlllt'lllll
1111t'onceito de liderança, cujo estudo detalhado o leitor enconll'í.l ('111fI/,I
1'1,1/1(2006). Alguns aspectos relevantes a serem consideradOI-l pelo 1('II!"
10OHseguintes:
Pura O bem ou para o mal, o papel do líder écwcial e dcfinilivo, 1.f,II'
I'('H1111que conquistam as mentes dos liderados e os conduzem i'lHnIVII!;rlli
(lIlll'()H,U ruínd. O leitor encontra magnífica demonstraç50 do poll"I' dll /1,1"
/'11111;11no nntol6gico filme Águias emchalllas,cm que o cOl11andnnl('n\('111'1'1'/1
I oIlll()('HIiIIlDde um desorientddo c dcsmorali:.-:adoconjunto dt' piloltlll,
()1'11'('HlIltnd()Hpnrn n sociedade podem ser dcvl1Htodor('Hqll1l1ld" 11
l't/llÍpi' (~('oIHIIIZidu p()I' limo lidcl'nnçu meHsiônicn t' /'l'l'H'(,H('II!'lHIII1'''1
111111I P( 'i'Htllllllit!llllt' nnliHHoçiaI, LIiHP()HhlnOHpiOf"('HII10H(1('I'I'OriIIIIlIJ, lle'
l/lh'IIII'IJ, Il'iHic(l d(, drognH, IWrVl.'rH()l'HHl'XtlldH1'11',),1':1'111(\lipo d(, 11111111,"111
" ('()IIIH'I'idll i' l/nl',I'lIlll(' ('111IlH)villll'IlI()H Ptl!{III'OHli1'(,III',II)H()/I,~ildl'fdlll
"III,'llvllll dI' P"Il/lllllllllglld,lll" /hlllrl/lllll(l ('\;('IIII'IIlI'l'
Caso6.2- Corrupçãoantidroga
Foi como se a espadade Dâmocles, finalmente,tivessecaído sobre SU,I
cabeça,rompendoos fios que há séculosa sustentavam.
Orestes,casado,pai de quatrofilhos, funcionário público há 12 anos, l'1I
carregado'dosetorde comprasde uma repartiçãopública, descobriuque Sl'lI
filho maisvelho era dependentede drogase que vinha sofrendoameaçascI('
traficantesem consequênciade dívidascontraídas.
Dono de excelentereputação,Orestesviu sua imagemperantesuperiorl's
e colegas desmoronarrapidamente;tornou-se mal-humorado,passoua d('s
cumprir prazos,os documentosque sempreforamproduzidosde maneiraim
pecávelmostravam-sefalhose obrigavama contínuasrevisões.
O estressefamiliar deslocou suas atençõespara o dramavivido pelo fi
lho, fazendo-odebater-seentrealternativasdeação queo torturavamC<lel.1VI'
maispor não sabero que fazer.
Sentindo-sena obrigação de ajudar o filho, sem recursosfinanceirosSll
ficientes,propôsa umfornecedorque ele consideravade suaconfiança() P,I
gamentode determinadaquantiaparaobterfavorecimentoem uma licit,Il",lIl
próxima.
Foi denunciado e o que parecia um purgatóriopassageirotranSforl110l1
se em autênticoinfernode Dante,onde seviu rodeadopor Cérberosem UIll,\
travessiasemfim.
oestresseprofundo,ocasionadopelasituaçãoparaa qualseençOl1
travatotalmentedespreparado,maisa esperançadenãoserdescobl.'rltl,
desencadearamo comportamentodeOrestes.
A heroizaçãodomalfeitor,subprodutodesituaçõescomoa do pn)lllO
torcitado,constituioutroilT'lporITlnl'cfatordeestímulo.
Ind 11:1.11111 pe'loHm<.'iOK de'I '1l1IIIII liCIH;:lO dr 1"t"l;;lSKO,ri IwroiznçnlH'( 111/111111'
('i111'llIldll'l.ll' () 1I'IInK1V'('HHOI'IIU t'IIII'i'lillll, 1'111III11nçondit;:io I !I' ('HIII'l'lrtlldll
dl"') qllltllll'IHHIlIH l'i)llIltllr\ 101111111" kl'lllll\ "I'I'HIl(l,() 1I1:t1fl\1I(lI'IWl'Illllll'lI.1
fi" 1111111,,111l'I\Ill 1II1IlIul\; 111I1",llIlfllllivildllillll d" ,1l1',tilllllltllltlllHI dL' 1,11111'
Estetipo deocorrênciaavalizaapráticadedelitossemelhantt'HIH)I
pessoasquedetêmpoderesiguaisou equivalentesou quesepercdWIlI
segurasparadelinquirdentrodesuaáreadeatuação,comoexemplifiç:t
o casoseguinte.
I'romotorqueatropelouematoufamíliavoltaatrabalharemAraçatuba(SP)-
folha on Line. Disponívelem:<www.uol.com.br>.Acessoem:26fev.2008.
opromotorestadualWG, 42, queatropeloue matoutrêspessoasda mes-
lllt1família, no dia 5 de outubro,em uma rodoviadeAraçatuba(530km,ano-
rocstede São Paulo),voltou a trabalharnestasemana.
De acordo com o Ministério Público Estadual,ele reassumiuo cargo a
p,lrtirde segunda-feira(18),masa CorregedoriaGeral pediu ao Conselho Su-
IH'rior do órgão a remoção çompulsória de WG paraoutra cidade. O órgão
,lil1danão analisouo pedido.
WG foi afastado,cautelarmente,do cargo.A própria investigaçãodo Mi-
ili~lérioPúblico mostraque o promotortrafegouna contramão, ignorouduas
lombadas,estavaacima da velocidademáximapermitida- que é de 40 km/h
I' ('l11briagado.Segundoum médico que realizou a perícia apóso acidente,
WC linha "hálito etílico", olhos vermelhose coordenaçãoalterada.
O Ministério Público tambémpediu a apreensãoda carteira de habili-
1,]1.,10dc WG. "A merapossibilidadede ser o doutorWG visto pelas ruasde
1\1,II,dIUb,l(Ia volantede umveículo automotorgeraprejuízo àordempL'lblica,
,111i<',I sCllsi1ç50de impunidadeque issoderiva", dizia o doclIrnl'lllo d(1.1pU-
1,11,,10d(, de'li!()de trânsitoapresentadopelo procuradorde'11I~lil,,'111'1'111,11111
111'1",1",llId('r,d('signtlcloparélacompanharo caso.
1\ dl'l1tIlH'i,l (I'il;í ~oh,1(lvnIi,H:i'iocio Órg.io I.~p('(i,,1dll II (111111111,,1 d" 111"
111" dt, ',''o11,lIdo),
( 11111'111111111'dI'gl'lIlld(\Hlgnlficadoparaeslimul.lI'll111'11111'11di'dl'lito::l1'>
'1'1/11'1'/11//1111 t!"IIII/I/llIiI111111', desenvolvidaapartirdaObl:lI.."I'Vlll,,'II(lduI'calida-
111', 1\ I'I'lllll\'lljt~percebe,pelasconversas,pelasnotícias,quepcs::loascome-
11'11\()I-!Innil:l variadosdelitosepoucoounadalhesacontece;issoseagrava
qlllllKlo,emseuambientedeconvivência,encontram-seindivíduosquese
vllllgloriomdefeitoscondenáveis(paradizeromenos),menosprezamou-
II'UHpessoaseridicularizamosmecanismosdecontrolesocial.
Poucoapouco,eladesenvolveacrençaarraigadadequeapuniçãope-
10Hdelitosnãoseaplicaatodoseque,assumidoscertoscuidados,poderá
praticá-Ioscomriscocalculado.
A confirmaçãodestacrençanas primeirasincursõespelo terreno
pnntanosodapráticadelituosafortalece-aeaumentaaousadia.Notícias
comoaseguinte,amplamenteveiculadas,constituemnotáveisestímulos
pnraapráticacriminosa.
UIl' Olh,lI' 10(,111'" 11 11,011"'1'10'111" ~~II~\
o homem, o empresário, conduz o negócio, burla os impOHLOr"
C'lllbllte contrabando em seus contêineres etc.;
li mulher participa de atividades beneficentes; conquista rt'-
l'onhccimento pela bondade ao distribuir fartos recursos aOH
l'nn.'ntes;
no fina] do ano, ganham menção homosa pelos méritos sociaif:li
de fa:t discurso (no clube, nas reuniões da igreja) a respeito 0<1
importância de se lutar contra os desequilíbrios (tudo isso en-
tre duas notas fiscais, uma fria e outra congelada).
•( ) dvlinquente contempla esse longa-metragem do cinema social.
JlI." VI' IWHHoasde respeito mergulhadas na doce prática de adquirir mo-
It~1l1l1t'Ontrnbandeado, de partir em aventurosas viagens com mochil.os
úl'l,lllll,de alim.entar barracas de camelôs e um sem-número de OUtrOH
111t1l,••diml.'ntos que se multiplicam pela extraordinária criatividade da
Ill'illlC'ndl.'lituosa.
;\11 tl'orias que objetivam estudar o fenômeno da delinquência, ba/'l('n-
,liltl 1'111modelos sociológicos, indicam alguns caminhos que cruzan') li
\'I'II"/ll\'i'l mais individuais com aspectos extraídos da sociedad ....
I>lvVI'Hnsteorias surgiram nessa corrente. Em sua maioria, COnl('1I1
1"11111\o foto delitivo como fenômeno social, identificando fatos que k'V11I1I
II lilllll propensão ao cometimento de crimes, tais como abandono eAC'olll"
,di'liIIIfilllO dos genitores, más condições sociais, deterioração dos grupo/
/'IIIIHII'lo/'l, desenvolvimento em lar substituto, alta mobilidade e p('l'(lll
Illi 1'111;1,('14,<.:risede valores.
I JII111dOHtemi.as- a Anomia - pretende expressar a crise, a perdü tln
t'!"llvldlld(, e o desmoronamento das normas e valores vigentes em umn
IIt 1,'do(II-,como consequência de um acelerado desenvolvimento 1.'1.'0-
I IIli I1It'l),I' que a conduta irregular é normal- sem ela, a sociedade S('I'll\
1 "11 11'I! d('/·H'l1volvida.
( hlll'lI I(,Ol'inque va'le destacar - Conflito - pressupõe a existênçin I)n
111 II'dlidc' d(1 IIn18 plLlrnlidndc de grupos e subgrupos, que "prcHI'lllllIII
dI/li ",,,,1111'11114em HllLlHplllllllH v:t1ol'()LivnH,ou tlej8, cndn um POHHlli /1('11
II '1H'lol'odlgo dl' VnlOl'\'HqlH' '1,'111H(lmpr('coincidem l'om o dOlllilllllll(',
1111\Apl'('lldl:;,lI1't"111~;(1!'11I1P""fllllljllll' q'"' o l'OlllpOl'loIlIH'lllo illtilV
dlllll Ili'II,1 111'IH'I'IIIfIIII'III"IIII'lllt, IlItHIl,Intio 1H'luH">qll'l'lC\Ill'l,Hldll vldn
i-i illd1111101
li"" III ~I'"Ii',111
1I1ldll'1lh' p.HIHIII',C'j,'II,po/mlll O COndlio dt, rdi 1'0I' O l/ldlvidllo do IlnO/l//lI,1
ftl dn'lll,'II'H '11/('('dif/CIlIll n vldu (,Olllll/litl~rin, Por qUt' 11110 I('/lllll'
A Ili~I('IlIl'IlI(' ('('1(11>1'(1co!>erlur;)dtl C('I(ll>ra~';lOdo l'tl!'>tlllll'lllodI' (,I
IIlmo chl'(I' d(' trMko dI' drogd5do ~i()dI' Janl'iro rl'pr(15(ll1ltl('x(,lllplo ,
I,l(llglll,lli( o dl'55('f('lll)flll'no. QUillldo trndicionaffssinl.l ('scol,1C/{' ~.II
f'llln'gd ,I noiva uma p/elCtlde 110nraao Mérilo, quando a I'(.IC'vis,"o1>1',1
11,/1'.1dl'dil ••,10cV('ntoum espaço precioso em SUilprogr,Hnac.',io("IlO c/('V
di' I)('m in(orll1eH"),qUilndo °requinte da festa é rctr,1I151llitidopMel loc/
fi Br.15il,fica eSlllbe/ccido que importam os objetivos, (' n,lo 05 n1l'ios,(I
11m,Icinle 5emproporções aos trabalhadoresque regatei.lmo pr<'c,'OdO!lll1
floIdillllO(' dn cerveja para acompanhar o bolo de noiva fcito com cMinh
1'1'/01 vi/illh ••.
I Outro estímulo notável é a absolvição, em geral tida Con'lOC(,I'IIl,di!
ljll(IIt:H que praticam a corrupção, principalmente os que detêl11enl'!',tI
I1Ilhlicos. No mesmo diapasão soam os aplausos a governantCS, enlp1'I'I1j)
1'l0H(' profissionais da política que pouco ou nada fizeram para d(lllltlll
I "li I' o equívoco de acusações a eles dirigidas. Quando esses profiHHion,li
I li'I'pduam-se em seus cargos ou são consolados com missões dI' d"IHI
1';"llvOpelos amigos detentores do poder, a população recebc' cHl(IIIHI"
Ili11'li ('nveredar pelos mesmos caminhos.
IHHO,quando não se trata de endeusar aqueles que, apÓt>aL"oddlldl'
t'O/OCillYIos vestesbrancas do arrependimento e solicitam novn ucolldd,1
p,'lll Hocicdade. "O condenado se tornava herói pela enormidad(, d('III'1I
l'I'IIlH'H/orgôl'nente propa]ados, e às vezes, pela afirmação deHell :1I'I'C'I'I'1I
dlllll'l1l'O tardio" (POUCAULT, 1987,p. 55).
A f/<:<;[íoé pródiga em apresentar o "bandido-bom-herói", o 1I10dl'l
:110Rohin Ilood, que prodigaliza sofisticado esqucm;, deapoio fi (1IlIlili"
'íll'I'IlIl'H Vil) Iroco de fidelidade e conivência; com jljHO,nlinWllln HI' ti /,'1
'"do".c'do ('011 fii1'0 ('ntre() /egn/-e-m im c o ileg'C//-c-lJolI/. O qUI' /-lI' •'111'1111111'
10I"tlo do "/1("11",lkixn-Hc corromper e écego nHnl'l'I.'HHidadl'Hd.•110111/
It,'IlCll'lll'('lIlc'iOHdo Indo do "moi" bélliznm, nlim('lll'rlll), plll',lllll fi l'lh',dll
"1""'111IH\("'HNldlld"H(íl';ICllHl' nf('llvllH,
H/llh''1l1lldl'ot'Olllc~IIII1HC'()I'c'Htio /"/1'//1/11,1'11rllI//I','>lII/lrIllill'I'lIlIil'III/IIII'ílllt'11
11111111111'11110.'111t'i"llIl'l' 11111IH'dV,' t'lldHIIIII /hll'llll.lltil' IIIC'/tl,lclllI,,1I
6.2.9 Papéis
,.1,1ln"IIIlIIl, 111'"-/olI'nlgul)f-lcorncntári68 ri "CHPl'il,odI' (h'I(""11
do 1',1111",
111I 'lIhIlNflITFTTI
11["'1liIidi'llYII IIlIIlH, () crimedafraude ganha o estímulo da compitlC('f1
,-"tlll""'1I l'IIf'loIIOH 1l1('ConiHm.osde defesa, manifestos em comcnl(Í·
ti"1 "1'"
I II 111I1t,,11I1'I'II11tk'deve ser vi.stocomo fator de sobrevivência. \2lll'J)l
111111,1, "11'1'111',1',"
'\ 1"I'IIt'I'VIli,'1I0do negócio, a salvação dos empregos que prop0t:'cio
I! liIllllllft'/Il i1Indoinha típi,caque nutre o mecanismo de defesa psico
1IIIpft' t'lllnl>i11:;.no psiquismo do fraudador.
11,11It'lIlpl'i', l'nmbém, um caminho da absolvição pela via rápida dn
111111111",11111,porti' desse curioso sincretismo religioso-político-social ti·
,tilllllll'lill,I>I'oHileil"o.
('tII'IWlll/lI(~I1te,o mesmo indivíduo que advoga o relaxamento para ()
i'lllHI 11,'1'I'l1llilepode solicitar maior rigor contra o crime de sangue.
I 111I,,.IIIII'H da vioLência,principalmente aqueles cometidos no rcd li
Ili do 1111',I(lm grande importância pela ocultação. Incluem o incCHlo, II
111 frsico ou moral, a rejeição e a negligência. Sabe-se da Crill1li,'1I
1IIIIIilIIIII IH'('HOno quarto ou atada ao pé da cama, do idoso dl'ixIH/o I)
111111/',1111,du costela fraturada da dona de casa; histórias sussurl"lldnn 1I0
I't eltl tlllvklo que aJimentam fofocas de familiares e vizinhos; 0/"111)111'
1111;1/1111do i'l)cobertamento preservam honras e interesses e impedt'II1 ri
11dll'llhilldlldr da .lei.
( III l'r/lIIi'l? desangue, contudo, parecem agredir mais os sentimcnloN:
1,1i1"'1'111 l'i'Plllso cm se acobertar o que tirou a vida de alguém, principlll
ml'lll,' 1"'irIlH;oH.Isso, entretanto, em conformidade com o tradicionol cn
1['leI,tth'oplo de paradoxos que forma o comportamento social brasil('im
1I!l1)Vltl 111li i1ualém de indignações pontuais contra este ou aquele ind iv
ellIlIl'f11 (,OHOHespecíficos com que a divulgação choca a opinião públlcll'
11'I,ldflllll'nl'l', o s/:a/:us quo retorna, a rotina se instala.
1';Wlt,1'/"Ilndode espírito contemporâneo, de convivência I'claliv(lIlH'1I
li}1.'llIllpllll'I'I1Ii' e pacíficn com ['lcriminoJidade e com () cxtrnol'tli,)[~rlo
lllllltllllH'illl !f11t'i'ln i"i'P"I'HI'nl;\,n'lwl'c () alerta de Policrlt 11I'o n'spt'ilo do
1IIlitl t1tllll\,tdo XVIII (I')/-{'/,p, 71.): "//1//11 1'1'18('rfi' 1/1',I!,1I/lrlllllt,/iO/IU/llr",
O 1"" 'I 'I11H'1,11o ti(' \'111'111'1'.'/',11d., ,'(lio('111'UIlI r()11do /;('Ogi'(íIkl)llOHfll'( 111
1"l'iIlIl'llllHI, 1'('1111111It'llIIUIIII'I'1I1111111'('1'11""'11111,111I1IfllvI,IIH-l,1I01~11Illl'1'OH(lflel.·
11""111, ~"'IIIIIIII
1);~lingLlem-
I/nqucntes: o fO/11
,)I'1l11l1)f'I'I('IlHiiodi' ('HI;OIIII'o LI'/I10,IllOH" 11111/11"""\""11/ do Plll'll dll
I' li upllcllt,'jlo dll II'glHIIII:II0 1l('f1IlI,llo !fil.' 1.'(IlIi\t'/II'_'1I1'I"IIIII/dll'lldll e 11
três papéis d.iferentes e comp/en"'lCntnl'i'/"I('l1ll'('OHd"
ntado.l~o agente e o conivente.
''Omen.ladorlidera o grupo ou atua s6. Mont(:ro, as mãoH limpnH i'll
(p,anto os demais as maculam nas prátjcas proibidas; prefere o riHCOviI
ll/nl 00 físico; homem-aranha, trabalha com teias nas quais envolvi' 11
1l10/"lcasoperárias, sem se enredar. Aparece para dar o bote. Não:-.;c ir1('OIIlodo com o anonimato.
() 1':llqlh'IIIIJl('lIl0 HIH'/',I'IlIl dt;i'III/0 di' '/O, i' i'Oill-litll'l'nII1"'III:rlll
UIlI I',lflt:iln dll i'olldlllll di'HVlndn i' l'nli'ndi' qth' O 11l<llldll/IU'lllo111,
dll 1I01'lllilp<'no//'li't/<'/"Iviu HlIh"tnncin Iml.:l11'('qllllni/o /lIlHHII/ll'/U 1'l'lvII 1/.
('I','IUMl'1/ll'OHn/Inl1)en1'('Hi'Ii'tiVOHe d;HCl'iIII in{)1'()I'lOH!fIh' nllui/II /',111111/11
IH'/O cl'll(irio do 81011/8SOcial do infrator.
agen.le,na atuação em grupo, inclui a absoluta maioria do!:!qlli'
l'l1veredam pelo caminho do delito. Se ao primeiro cOlTesponde a PCI'HII
Iín/idade antissocial, ao segundo ajusta-se a dependência, a instabilidll
d(' emocional, a falta de iniciativa. Depende do primeiro, cuja lideranclIdCl'; ta e reconhece.
onivente,representado pelo cidadão comum, aSSume atitude!) (fili'
vllO de ignorar a dar cobertura. A conivência manifesta-se, ainda, no pi.
('lIr far6is na rodovia para denunciar a presença do po.Jicial rodov;rír/u
no missão de coibir excessos e aplicar a lei; na vergonha de exigir a nO/li
1'1/"1i'o/;enfim, em um sem-número de situações que indicam esse compor
lllillcnto de benevolênciaem relação aos delitos. Ela decorre, também, do
///1'(/0 de se defrontar COmo deIinquente, consequente à sensação dc VI/I
II('/'nbilidade ante a pouca efetividade da segurança pública a curto 01/longo prazo.
O dclinquente percebe esse estado de coisas e adquir,
dlllll('f)l'tlda, de que poderá dele beneficiar-se.
lí.2./0 ('dlJ1c c l'ontlcquência
('111
A IIlflO qlli' I'\'pl'lllli',IIIIIlIIII:lI '1111'l'il/IIII'IIII,llllllhl'llll '11111111'111dt11ilh
1"11Hlll'loW'(lI'.I',ífll'n; illll/lII'II'/h' 111111111'/'lI'IIY,'111111111'I"PI' 111111jT11ntli.,
1'1'011011ti 1'0dOH ldi'nlll'icudoH 1111IH'r\ll(,1IdOHdt'lllulI, t'(IIII1II'.'1dlçllnd" HII
1I'I'lw'IlI('nll' nll 11'01'10do "i'l Iql l\'lfl111('1110",HHHll1'l)IlHllillIÇfill 111l'lliI,l!ll\lIi
fil'llllvflllll'I1le, '"11 dl'H~'qllllrllrlo d\' pI'lInlldlldl' Pfll'fI (111dll!'II"III_'/i "i"lí
dl'l/(Igldidnde, COnfOl'll1l.'jlí IIpOlllnv[l I"OIJ('lllill (Itmí', 1" í'~l),
NilO Hl'ITl l11olivOH,Hnqllill1lo Jill'/u (' /'U/i{1(I 1'1111\1'1'1'111111'1'I'III'IIl,'i!ti"
Ilftl/'('/i() /lU/Ire, que S(' pr('HIIIlH' POIICO dOllldu irlll'I('dlllllllll'lllt', fh'lId fll
lllhvlí;r,ndo e I'l"Hlrgin('dizni.JonD hienHljll1n HOl'lld, "('N.'I'VIIIII /lI' 11/1/Hl
Pl'i111Hsobrejm/ldes de todos os tipos pnnl (I IJI'I/lI(,(), rl('u I' I'('II{II'I/IIIII'I, li
til'\' N(,accntua ainda maiH nos sagr-ndoH niçhoH (1:1g~IHllloI'llhlll'll (' ilil
'i1)11I'Utolegislativo.
H/-I/-Inpcrcepção viciosa faz com que as P(IHHOi1:-;"llllllll'nllll('llll,1I 111'1
1'1'11:11)1comportamentos indicadore~ de delilos que /-lI'lljllNl.llll 11I1111111
l'I'I'I)<;a8arraigadas a respeito dos prováveis pralical)ll,'H, Ullld IIH'IIII"11
qlll' veste Arrnanj não passa de um lapso de mem6rin ou UI1l0 IIHH'I'111l
('()IlI:nbulação que F'reud expl ica, enqua nto o esqucci n1l.'nlu tio tII'IHI.'11
Indo Sebastião, receptador de autopeças no populnr d<:8ml1lH'IH'do 1'1'11
1'('I'iI1,(> visto como uma estratégia ingênua para bLlrlar é) polkln t' 'nllu',"
o II'HI('munho.
A punição, contudo, seria uma força redutora do l'SUI)IlI/() pnl'll li,
lIIH/1Iir. Sc a intim idação resul tante atingi r um nível sa1isfnI(ll'lo, lIi'I'I'11
111/lI' que o indivíduo desista c busquc soluçõcs sociall11cnl(' IIjllHlntl/1
lImo, l1L'mscmprc, segue uma lógica cartcsiana, cxplicDI'l1COllH'H I' MI"
I Iil (11)1)7, p. li"
1p('nll podl.'HeI' imprCBcindfvcl, poróm, ..., cstigmélli;t;no 111j'l'ilio,~dl'llI'll
('(Iddn 11141111"cnrJ'(;irocriminal", consolidando 1-1('1/ li/li/li,'! di' "dl'HVllldll" I
1'11'1.qlll' /-l(' cllIlIprnm (nlnll11(,I1I'(;OH sel11prepesl'lilniHlllHI'XIH'!'flllivIlIIIIlHlil
I 1'('Hpl'ilodo I'OmpOl'lnnwnl'OI'uluro do {'x-punido(li/'/llil/jlIIIIlS /11'111111'1'1/)
Hq;tllHlo Ol!1111IOI'('H,n did('in do 1)('1111ti.'II('lIti(' ti" divI'l'IIlHI IIIIIH'"
(\11/,'(· 1111I/IHII/1:
1,,',1, IItI,/tI,', dl'vI' 111'1'('OIlHkkr:Hln sigllifÍl.'IIllvo OU Il,l() jll'Odl1
111 1'/(,11(11I(lllt'l'n l'OlllpOI'I'nmenlo; a rnultn dI' IrnnHilo il'1'IHill'i.l
11111/111111111111c\l'llIplol'()J1hecido;
n /III'/'{I':1'111111/111'(' II{J/il'lldll; a dcmora na apl.icação l0l'l1,1-UPI'O
1'/('HHlvl"III'IIlI' 11'l'iHóriuou pouco concctada, do ponto de ViHIII
1'ldqlill--,Il,I'illlllll'V('I"lto cuusador; existe a perda da emocão rio lI/li
11/,'/1/11I' il t'I(//'r"/III'cilll{'I//'O do efeito prático;
IJ/llfl/l/J/I/rllIIll' rll' 1/1/('ocorm; tem a ver com a já comentada CXP('t'
1llllvII doilllpunidade.
Ih'('('ill'ill, IIp,,d J"orez Cirino dos Santos (2002,p. 56),observa quI.' n
iíilllllld(lI;11111'1)Il\Oprl'venção para a ação criminosa funcionaria mais ('Ill
1111111~111111('l'lth.' reflexão (crÍlTl.eSeconômicos, crimes ecológicos), j')111H
11.111,'1111'1'11111'HIlHpont5neos (crimes violentos, por exemplo),
"''''11111'I'xplkllrio pelo poder da emoção: a hiperexcitação torna pnlt'
li!!llíll il(lIlIIHjI,'~lIms(relação figura-e-fundo) que desencadeiam podcroHoc
11111iillf,"loHlH'gnlivo8; o indivíduo deixa-se dominar e emite comporln
lillTillll! Itllp(IIlHndos e inesperados. A falta de uma estrutura corn.'nl(' I'
, 1111111ti ltlnd11dv crenças c valores contribui para a fragilidade do auIOVOI]
1111",1l111,'ilHV~'Z(,'H,o excesso de rigidez (o fanatismo, por exemplo) COlHI""
11"1dlllllln l.k t.:omportam,entos.
llll.dqlll'l' que seja o caso, contudo, a certeza da punição é o gnllllll' U
I1111I1'll'ldfll'glln1ento a favor da pena, que pode ser a reclusão ou peilo lil
I! I ilIlllvl\ n priHtlO;a expecta/:iva da n.ão punição estimula a tentativa, llllllo
1iHd/1'1111111ltlrnoiores forem a disposição do indivíduo para aventurnr-HI'
li'''''li'"1'tI1l'lorUHHo"e a divulgação de insucessos do mecanismo rcprcsHol',
IIl'lf'ilo dn peno também está diretamente relacionado com as cOl/di
i'!l'1'lti,· (lltllI d(l slIjl'i/'o. Enquanto para alguns a reclusão a uma cela [1111.'1'
lfhl,l,lll'lll dlri'ilo de ir e vir, possa parecer a antecâmara do inferno, pnt'll
í liI' 11111IHNoPOllCO d ifere do ambiente sórdido em que vive, sem pcn·'1w('
I"1111I' dl'Hj1I'ovido de afeto digno de nota. Além disso, poderá C11('0I1
II !lI 1111III)V(1 Il)('io alguma forma de compartilhamento do sofrinwlllo
Il'dllÇilll til' ('obrnnçaH, garnntia de sobrevivência (comida <lsHeg'll"Il(ln,
111111"I'Illplo) l' oulroH fnlol'l'H Il1uilo pessoais (Iider<lnça, poder), qll(' 1111'
1111111'111I'HIII\opçi\o (lIWI),IH 11l.lIHIII1)[lcnlrc ()ulrl"lSigunlmcnll' innti('qlld
i11I11,lill\11.1f1HHilll,o qtll' HI'Olllil'l'Vll (' qlll' li conquiHI;l de abrigo l' "liIlH'"
II'Il:iilll'lll d('II'iII1('I\ln doI 11111'I'dlldl'IIIH) t!l'11H1I1Hll'n/-11'1'IIIllII OPCIIOlll1ll11
Illlilllll'IIII'IIl'dlllol'll.
h.2,'n A b:.lIloli:l.l'Iç50doC)'/nl'~
(I ,'I/h'lI nll lIi' /lVllilllf' (I lll'llllí'ln 111'i/filO jll'llltlldndc, I' III~'II\-It,'tlII, II
(1111'11d" il"11I 1I1l1'1,'dlldl' ,'(,lltllvOIII('ílll' 11('1111'1I11111t,II'('ldil,IIlIl'Ji II tjwd II .11
IIli'lIll1l1)dll jll'llll PIII'('I'(\fHtI'HI'llltllvfI,('/illlll'('('ndo'IIl'di'ljill'llIi 1IIlilllllll II
dlldi' illllí'I',lllldlz;odu,HI,.\llIdll'vll'OHl~('Xlwl'IllllvlIH,
A. pnHici1cl'iminoI semprc existiu; el8pnrecl' fn:l.vl' pnrlv do 1'1llld iliJil1
odlll; <.:onludo,modifica-seacomporlhandoos trnnHtlWIIIII(;(II'Mdo 111)1 11,
dndl'. Diversos fatores.faze'J)'I,por exemplo, com que 1.'11101.'11/11'llolII\ 1'1
I'Hpnçorw eCOn0J11ÜIcontemporânea.
Não se pode acusar de casual a derivação pnr[l o Cl"llllt'dO~1fll/ill
dI' criminosos; seria ,in.genuidade~uporque não hOUVCHHé 11111111'1'/111
I'() I' um despertar da motivaçã,opara dar contil1uidndu 11 1l\'()I'Hl'ldll
1'('HlIltadossociais e econômicos .foram picnam.enteHatisful'ôrlol
('WJpraticantes.
rüne profissional goza de predicados reco,nhecidos- mUH1111(Idi'
1'1111'L1dal11ente- por substancialparcela da popLJ!ação,entreVIL'H:
(lfI vldn, '1I'1llD vantagemdenão incomodar no cotidinno,(,OIllO
\1 1m',o lodr50baratoquerouba o sono e transformaa vidn 1'11)
l'I,'IHI1I11!l'preocupaçãocom a segurança.
I IIdl'! IrJir!ruJ,,:
'lidvl'Y:t'Hsnsejauma dasmais fantásticasqualidadesdo profiH
lilol)01.1\lc buscaprodutividade; sua reconhecida inteligôncin
1"v(J'·on atuar de modo seletivo,valorizando cada minuto dt\
~nlllobro.Do tipo "assaltantedo trempagador", toma-seestrl'
10I' conquistaespaçoinvejávelna sociedadequeo acolhe- lllll
('OilCdentw da mediocridadedo crimecomum. Quando a 111
LIlu o r@tifica,éaglória.
f ~,12I':reito-divulgação
111\1()II',II' ,,,11'11'\I 1"'11"'1""111' ',,11.1
1\ Illll'il'tindcoptapela confortávelsoluçãode ignorá-Io eevitao ri.sco
11l\ IIIII! qitlxotescacontraum inimigo invisível do qual ignora o formtlto,
I"11111I1'IlHí)t'HC apenasavalia o poder.Acreditando que os danos provo-
! 1,1'111!,'li' l'/'ltletipo de crime encontram-sedemocraticamentedjstribu 1
di11.1'1111'1'l'odos,que seusefeitossefarão sentirempessoasque, "no (LI 11
!III",1"',,('IHnmdividir seusbens,queelesconstituemapenasum pequl'l)o
II1'111lI11,)11111nis,opta-sepor nadafazer.
1'1)1'vXl'mplo, se há ou não um grupo de parlamentaresque bll1)',1 1
111111")VIII'OH,querecebempequenosincentivospara apoiar esteOUlllP li'
I1II 11'i,11'10,o maissim.pleséacreditarna velha eboa "mão invisível" tllll'
11'111 IH'loIwncfício socialno final dascontas,acendendo,por via dOi-! ti",
I Idllll, tlllHlvela votiva a "São" Adam Smith.
Hlllll'('01'1crirninosos,essecomportamentoproduz efeitosnotáveJs,ni!
t'Jdirlliiloi'HlliJ dedicaçãoao aperfeiçoamentodas suas atividades iHcil'nl1.
1'111'/1IIlHO,c()11tribuia divulgação.
I )11Illl'il)/-lde comunicaçãoconstituemvilões naturais nesta hiHl6rli"
111./11I'I'l~Ilcnl'orriqueirade elarpublicidadeexcessivae indeviclaaosdrr/llllJ:: 1111
11/11111'1'11. AI) 1'1\/';(\-10,prOVOI':1111ti iversos tipos deefc.it01:lHobrl'n 11IIdit\l\dn
(/11'''1111'('\'111'1'1\1'('ck onl'lI'rVIII'11Hllf"inwnl'()[llheio,um suovenwcllniHllIOdI'
d••lllflli IlI;!('IJI(')gil'o),plll'li'li;'Itiltln('IIIll'lll'i'('lll014(('n(\I1I('1101'\dI' pl'n'('p(:iI().
1\ i""('I'IIt:ilo p(i1tlll'lld,! IH'IHIllilr1,(''''IHllllflHlIO l'id(Ciillldo gOY,Od,' li'"
101,IIIlII,illil\I"Il'I,,,dll1)I'lli 1\'ql\lll'III:II(1Illllril,dlHlI1I' l"lil'iiHllllidI) 1iI.'lJlIlI'I
aeficiência:
O criminoso profissional não atua randomical:l1Cntl';11llO('I,,'f('
o risco de atacaro transeuntecapaz de se defcndcl~dt' lllvndl,
a residência"errada", de combinar a corni.ssàocom nlgrllll 1'('
ponsável por obras e depois ter que br,igarpor cio; ul(' l'vlln II
sanguee a violência gratuitas.Mãos limpas baJanç;nl1111MI",
btdosnasprocissõesde penitência.
a aura da especialidade:
As pessoasapreciam serem "cuidadas" por espcçjoli1410ll,di 1
h01;ipitaJao posto de gasolina;o criminoso não foy,eX('I',1I0;Ildl1
A50 poucasas vitimas que relatam,com urnapontélindIHl'lli":1l
vcl de orgulho, que tiveran.1a sortede seremseqllcHll'lIdnHl'llI
UI1lespecialisto,nãoCOrrendo(portanto)(ll'nlqLl('rfwl'll\íI. Vn.,OHnnéiI'J ...
I1 ill7Ji.'li/Ji/irlrull':
Ntio h[~IlllllivOHpor:!/-il\1'/-J('Olll!t'i'011('vlI!'11"'/")"'/11\'1'1(\11111)114'
"llllJI"lt; IIII/lt ('OlllOn Jllllo lllviH(V,,1dn 1IIIIIII'4't',1IU 101'1111IIt'lHH'lt1
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1\ fn/{\ncindos vnlorr's lIIorais, entretnnto, n50 HC<.:HgolnIlU ,,\(11111111111:1
d('o/6giCíJ das n'lCntwgen.sde rev istas: e/@encon lra poderoHo I'Vfo1'1,'1I 1111
p"ogl'nmo::;de televisão - talvez o mais notável vcfculo ck COllllllill'lli
IllliliH criado -, principalmente em novelas c progra/'l'lélHd(' nlltlllttl'lIl
1'lfjOHdiversos q'uadros promovem:
11," (111,,11""1,",, 11"1111'1111'111":}';-I
I II'ilIlHI))iHS50da percepção de que as vítimas, de fato, mereCl'1Ii
d~'tIII!lnr seu rosário de sofrimentos.
~,II(1 il1~'ontáveisos casos em que são apresentadas como meJ')ol'l
1I11lndns,ignorantes, mal intencionadas, ingênuas, emocionnl-
1Ilt'1l1\'instáveis etc. Seus desempenhos em tela, nos mais 1é1-
1I1vnl6vcis programas de televisão, constituem o atestado in-
diHcutível de suas limitações e defeitos;
IIH pl\H80aS de mau caráter conquistam seus momentos dl'
1'1IJ)1é1e, se não se saem exatamente bem, muitas das falhnH
qll(.' COIY1ctempodem ser interpretadas como lapsos de com-
pOl'tnn:lento circunstanciais.
I)cpendcndo da intenção do noticiário, ao malfeitor imputa-H"
lIm<:limagem de vítima da sociedade e se induz o pensamen-
10deque suas falhas podem ser facilmente sanadas por sábiOr
programas de recuperação. Outras vezes, é tratado como 1(1)1
Her perverso, irrecuperável, estabelecendo-se um pré-jl1l/j1l
rn.<.:ntoque estigmatiza;
o mnlfeitor é gratificado pela ampliação do prejuízo CIIIISllllo I1
Jfl'i /lIa.
Mtlneil'as maliciosas de mostrar os acontecimentos têm o corl
150de promover o delinquente àcondição de intelecl'ual du 1'/'1
/111',conduzindo os expectadores a se irmanar a ele na buscD do
HlICCHSO.Surge o fenômeno da heroização, comentado anteriol'-
Inentc, O Dia do Chacal explora essa transformação na perCCI'-
'50; no final, já não se sabe se o Chacal deve ou não ter SLICt'SI'lO
lU) Hua missão de assassinar o presidente da República (eslv
H('11lnenhum atrativo especial),
lillO ht'í motivo para se deixar levar por valores morais elcvndor ..
,;110Inuitos os produtos de comunicação que induzem o Ivilol'
"illd" que d(' I1lnlwirn subliminar, tl acreditar que na vidn I'vlIl o
11\('11101'(i "Ivvnl' v:1I11ng('1I1"sohr(\ os oulrOH, que n1('I'('('('gnl1l\lll'
Illol/l '1'1('11)polll'"'Itin,
1':11111111I1'IIH;II',"lllPl'f'VI'I'IHII',ílltlll) 1'01'(,'11qllllll(lo '111('11111dlvllIl',fl
vI'HII' li 1'(II'1l1ll',I'lIllk' dull'IIIIIII'11d" 11'1',111111.1111'I' lIil ('111'11,11\11'
ílllll1lg/l~'lr(lIIW('/I,'III!II contém mensagens de grande efeito psicolúgi
j, Illq:IIIl:lo lIol'iol()gico, tais como:
')O/flltlO,'1 /11111I ,I
111111,111 ~I.IIII,IIII
sistemática e intencional desvalorizaçêío do ser 1/I/ll/fll/O, II'IIII/,h,
orno objel'o de consumo;
n sugesl'ão de valores despidos de inl'er
lIlais rudil'tfenl'ar egocenl'rismo;
a sutil disseminação de técnicas de violência física l', prl'Il'11'1I1
rnente,psicológica;
modificação dos costumes sem que esta aconteça C(lfll fi 1"""
tima apreciação pela sOciedade; as inovações reflcl't'm () l'/lllidll
de espírito, os valores e os in teresses dos autores, li i1'1'101'1'li 1
rOdutores, nos mais diversos campos (político, Hl\Xwd, \'/,11111
rcliQ'ioso etc.).
•
•
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1111'1illl, 11111111 11l' Illllfl/'OIIIl/lOll/lytllI 111/'tllo/'I'MlltI/',1\ dUI~ /(1/11'11 1' illl pl1l'-/lI
1'11 Iljll'j'l'd",' 111'\('I'P('/Ollldldllt/(',I>,lIl,dly,ow',
1"11'1'1111" (:W():~,p, /1:1)/"lllg(\l\\qllv "0M I'I'VIHIIlH/lI'IIIIII\oIlr1IIpj'1'1111I ln"
1>1'"I "IHII O IIHI IlIIH Id('O /6g1c(lHdOH ~'(lIwd I OH (' P1'('('01 li '(,li ()/l d,I 1'1'111/11'I, H
dln", HlulI dl'H('lllpvn!l:Hll () llllpOI'll1nlv f1l1pl'/ dl' crlOI' li /i/I/'/'t'/IVI'" 'I'!I
lillploH IwlOI'('Hd:1pnp,dnç:io nd<'/llil'emdo vi()l~nl'in, do Cl'll\ll', du IIIII'!!
Idd,lIl(" dn (,ol'I'llpç:io. '1t,l11bél1ldCtlcnvolvCllllll11 inwgIIlMlo(IIIIIIH/llllh
1'r1ll1oMdv vid~1,que conduy.cm o mllitoH OHpil't1\:Õ('Hdl'HpmvidnH dl'/II'II""1I" l'('0I idnde.
":HHt'Hefeitos agravam-se quando as mensagens Vç/i] 11'IlV('lll/d'l
dI' prt'tl'I1S0Hcricdade, utilizando recursos subliminares quv PI'OVOI'liltl
1'/iOI'Ill(' j IT)pnc!:o,pri nciP<:l'nwn te ntlquel8s pessoas com menol' (':lI)111'1,1",
di' d(, ('l'Ílicn. O t'I1Hinnnwnto é acolhido dirctomcnl:l' nOHlíll'~IH(' 1111/11111'I
IIIY,I'"Plli'lv do quc JUl1g chnmnri" de "inCOnHd('nl'(' ('0/('1ivo",
('ol\Hid('I'illH'O-H~'(/1/(' o grnndl' (e11Ô111('I10dll "Ollllllilt'IH:il() di' IlIfllllíil
dI 111," 1i/lIOH!mllllOH,('xvi1/ídn 11 i111('1'1H'I, foi 11'i ,11'v111111" I' I11-1111'1"'(\('1ldl'II'"
l/t'/'t"lldll','IIO'I" ('W1IllllJ('H('Xlh''';/iI('llllltlll P('IIIIII ,,'11'111111,\II11111I'r1/110l'I'I'fll
dI,. I~dllle'II'"10

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