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FACULDADE ASSIS GURGACZ – FAG PRISCILA CAROLINE ZANATTA ANÁLISE DA ACESSIBILIDADE DOS PRÉDIOS DA PREFEITURA, TERMINAL RODOVIÁRIO E POSTO DE SAÚDE DA CIDADE DE MAMBORÊ - PR CASCAVEL - PR 2014 FACULDADE ASSIS GURGACZ – FAG PRISCILA CAROLINE ZANATTA ANÁLISE DA ACESSIBILIDADE DOS PRÉDIOS DA PREFEITURA, TERMINAL RODOVIÁRIO E POSTO DE SAÚDE DA CIDADE DE MAMBORÊ - PR Trabalho apresentado na disciplina de Trabalho de Conclusão de Curso II, do Curso de Engenharia Civil, da Faculdade Assis Gurgacz – FAG como requisito parcial para obtenção do título de Bacharel em Engenharia Civil. Professora Orientadora: Mestre Karina Sanderson CASCAVEL - PR 2014 DEDICATÓRIA Aos meus pais e irmão, que com muito carinho e apoio, não mediram esforços para que eu chegasse até esta etapa e aos amigos pelo incentivo e apoio constantes. AGRADECIMENTOS Primeiramente a Deus que permitiu que tudo isso acontecesse, ao longo de minha vida, não somente nestes anos como universitária, mas em todos os momentos. A Faculdade Assis Gurgacz, seu corpo docente, direção e administração por toda estrutura ofertada durante os anos de curso. A minha orientadora Karina Sanderson pelo suporte, pelas correções e incentivos. A todos os professores que fizeram parte de minha formação profissional. Agradeço aos meus pais, que me deram apoio, incentivo nas horas difíceis, de desanimo e cansaço. Aos amigos, fiéis companheiros, que fizeram parte de minha formação e vão estar presentes em minha vida. A todos que direta ou indiretamente fizeram parte de minha formação, o meu muito obrigado. RESUMO A adaptação de locais visando aqueles que possuem alguma dificuldade de locomoção, não importando o motivo, é um quesito avaliado nos projetos em execução. Porém aqueles que já estão construídos também tem o dever de promover tal adaptação permitindo o acesso de todos. Sendo assim, este trabalho tem o objetivo de analisar se os prédios da Prefeitura Municipal, o Terminal Rodoviário e o Posto de Saúde da cidade de Mamborê tem a capacidade de atender as pessoas com alguma limitação para se locomover. A partir da observação dos locais e da comparação com a NBR 9050/2004, será estipulado se os locais possuem condições ou não de atender a pessoas com necessidades especiais. Palavras- chave: Acessibilidade, NBR 9050, locomoção. LISTA DE FIGURAS Figura 1: Prefeitura Municipal de Mamborê - PR. ........................................................................ 23 Figura 2: Vista Prefeitura Municipal de Mamborê - PR. .............................................................. 23 Figura 3: Terminal Rodoviário de Mamborê - PR. ....................................................................... 24 Figura 4:Vista Terminal Rodoviário de Mamborê - PR. ............................................................... 24 Figura 5: Posto de Saúde de Mamborê - PR. ............................................................................... 25 Figura 6: Vista Posto de Saúde de Mamborê - PR. ..................................................................... 25 Figura 7: Símbolo Internacional de acesso. .................................................................................. 30 Figura 8: Símbolo Internacional de pessoas com deficiência visual. ........................................ 31 Figura 9: Símbolo Internacional de pessoas com deficiência auditiva. .................................... 32 Figura 10: Dimensões referenciais para deslocamento de pessoas em pé. ........................... 33 Figura 11: Cadeira de rodas. ........................................................................................................... 34 Figura 12: Dimensões do Módulo de Referência (M.R.). ............................................................ 34 Figura 13: Largura para deslocamento em linha reta.................................................................. 35 Figura 14: Transposição de obstáculos isolados. ........................................................................ 35 Figura 15: Área para manobra sem deslocamento. ..................................................................... 36 Figura 16: Alcance manual frontal - pessoa em pé ..................................................................... 36 Figura 17: Alcance manual frontal - pessoa sentada .................................................................. 37 Figura 18: Alcance manual frontal com superfície de trabalho - pessoa em cadeira de rodas ............................................................................................................................................................... 37 Figura 19: Alcance manual lateral - pessoa em cadeira de rodas ............................................ 38 Figura 20: Sinalização tátil de alerta - modulação do piso. ........................................................ 40 Figura 21: Sinalização tátil de alerta em obstáculos suspensos - Exemplo ............................ 41 Figura 22: Sinalização tátil de alerta nos rebaixamentos das calçadas - Exemplo. ............... 41 Figura 23: Sinalização tátil de alerta nos rebaixamentos das calçadas - Exemplo. ............... 41 Figura 24: Sinalização tátil de alerta nas escadas - Exemplo. ................................................... 42 Figura 25: Sinalização tátil de alerta junto a porta do elevador - Exemplo. ............................. 42 Figura 26: Sinalização tátil de alerta junto a desnivel em plataforma de embarque e desembarque - Exemplo. .................................................................................................................. 42 Figura 27: Sinalização tátil direcional - Modulação de uso. ....................................................... 44 Figura 28: Composição de sinalização tátil de alerta e direcional - Exemplo .......................... 45 Figura 29: Composição de sinalização tátil de alerta e direcional - Exemplos de mudanças de orientação. ..................................................................................................................................... 45 Figura 30: Composição da sinalização tátil de alerta e direcional nos rebaixamentos das calçadas - Exemplos .......................................................................................................................... 46 Figura 31: Composição da sinalização tátil de alerta e direcional junto às portas de elevadores - Exemplo ........................................................................................................................ 46 Figura 32: Sinalização tátil de alerta e direcional em travessias de pedestres - Exemplos. . 46 Figura 33: Sinalização tátil no ponto de ônibus - Exemplo ......................................................... 47 Figura 34: Dimensionamento de rampas - Exemplo. .................................................................. 47 Figura 35: Inclinação transversal e largura de rampas - Exemplo. ........................................... 48 Figura 36: Patamares das rampas - Exemplo. ............................................................................. 48 Figura 37: Altura e largura do degrau. ........................................................................................... 49 Figura 38: Empunhadura do corrimão. .......................................................................................... 50Figura 39: Prolongamento do corrimão - Exemplos .................................................................... 50 Figura 40: Corrimão laterais em escadas - Exemplos. ............................................................... 51 Figura 41: Corrimão intermediário. ................................................................................................. 51 Figura 42: Guarda-corpo - Exemplo ............................................................................................... 52 Figura 43: Dimensões de guarda corpo ........................................................................................ 52 Figura 44: Porta com revestimento e puxador horizontal - Exemplo ........................................ 54 Figura 45: Sinalização horizontal de vagas .................................................................................. 55 Figura 46: Sinalização vertical como símbolo internacional de acesso.................................... 56 Figura 47: Barras de apoio .............................................................................................................. 57 Figura 48: Bacia sanitária - Barras de apoio lateral e de fundo ................................................. 58 Figura 49: Bacia sanitária - barra de apoio lateral com fixação na parede do fundo ............. 58 Figura 50: Bacia sanitária com caixa acoplada ............................................................................ 59 Figura 51: Áreas de transferência para bacia sanitária ............................................................... 59 Figura 52: Adequação da bacia sanitária suspensa .................................................................... 60 Figura 53: Adequação de altura da bacia sanitária alongada .................................................... 60 Figura 54: Altura de acionamento da descarga ............................................................................ 61 Figura 55: Área de aproximação para pessoa com mobilidade reduzida ................................ 61 Figura 56: Área de aproximação para pessoa em cadeira de rodas ........................................ 62 Figura 57: Balcão - Exemplo ........................................................................................................... 62 Figura 58: Mesa - Exemplo .............................................................................................................. 63 Figura 59: Banco - Exemplo ............................................................................................................ 63 Figura 60: Bebedouro - Exemplo .................................................................................................... 64 Figura 61: Cabine de sanitário para portador de necessidades especiais .............................. 65 Figura 62: Localização de Mamborê no Paraná. ......................................................................... 66 Figura 63:Estreitamento na calçada de acesso da Prefeitura Municipal .................................. 72 Figura 64: Calçamento acesso - Prefeitura Municipal ................................................................. 72 Figura 65: Guias rebaixadas com 16 e 17 % de inclinação ....................................................... 73 Figura 66: Guia rebaixada com 7% de inclinação ........................................................................ 73 Figura 67: Estacionamento próprio - Prefeitura Municipal .......................................................... 75 Figura 68: Sinalização vertical da vaga de estacionamento para pessoas portadoras de deficiência ............................................................................................................................................ 76 Figura 69: Sinalização da vaga reservada para idosos .............................................................. 76 Figura 70: Calçamento do acesso a Prefeitura Municipal .......................................................... 77 Figura 71: Acesso principal da Prefeitura Municipal .................................................................... 78 Figura 72: Parta principal de Acesso a Prefeitura Municipal ...................................................... 78 Figura 73: Degrau e rampa localizados na entrada principal da Prefeitura Municipal ........... 79 Figura 74: Degrau do estacionamento que dá acesso a Prefeitura Municipal ........................ 80 Figura 75: Gráfico da avaliação da Prefeitura Municipal – Estrutura externa ......................... 81 Figura 76: Circulação horizontal - Prefeitura Municipal ............................................................... 84 Figura 77: Escada de acesso ao pavimento superior - Prefeitura Municipal ........................... 85 Figura 78: Corrimãos escada de acesso ao pavimento superior - Prefeitura Municipal ........ 85 Figura 79: Porta de acesso - Prefeitura Municipal ....................................................................... 86 Figura 80: Sinalização sanitário - Prefeitura Municipal ............................................................... 87 Figura 81: Portas dos sanitários - Prefeitura Municipal ............................................................... 88 Figura 82: Sanitário - Prefeitura Municipal .................................................................................... 89 Figura 83: Lavatórios dos sanitário - Prefeitura Municipal .......................................................... 90 Figura 84: Balcões de atendimento acessíveis - Prefeitura Municipal...................................... 91 Figura 85: Balcões de atendimento - Prefeitura Municipal ......................................................... 92 Figura 86: Assentos - Prefeitura Municipal ................................................................................... 92 Figura 87: Gráfico da avaliação da Prefeitura Municipal – Estrutura interna .......................... 93 Figura 88: Calçada de acesso ao Terminal Rodoviário com obstáculo ................................... 96 Figura 89: Calçada deteriorada de acesso ao Terminal Rodoviário ......................................... 96 Figura 90: Guia rebaixada de acesso ao Terminal Rodoviário .................................................. 97 Figura 91: Desalinhamento guia rebaixada - Terminal Rodoviário ........................................... 98 Figura 92: Vagas de estacionamento do Terminal Rodoviário .................................................. 99 Figura 93: Pavimentação do estacionamento do Terminal Rodoviário .................................... 99 Figura 94: Calçada de acesso do estacionamento até o Terminal Rodoviário ..................... 100 Figura 95: Espaço utilizado como estacionamento ................................................................... 101 Figura 96: Conservação da calçada de acesso ao Terminal Rodoviário ............................... 102 Figura 97: Acesso - Terminal Rodoviário .................................................................................... 102 Figura 98: Gráfico da avaliação do Terminal Rodoviário – Estrutura externa ....................... 104 Figura 99: Circulação horizontal - Terminal Rodoviário ............................................................ 107 Figura 100: Porta de acesso a área de embarque..................................................................... 108 Figura 101: Placas de indicação dos sanitários ......................................................................... 109 Figura 102: Porta de acesso aos sanitários - Terminal Rodoviário ......................................... 109 Figura 103: Portas dos sanitários .................................................................................................110 Figura 104: Cabine do sanitário .................................................................................................... 111 Figura 105: Lavatório - Terminal Rodoviário ............................................................................... 112 Figura 106: Telefone para uso público - Terminal Rodoviário ................................................. 113 Figura 107: Balcões de atendimento - Terminal Rodoviário .................................................... 114 Figura 108: Assentos fixos - Terminal Rodoviário ............................................................................... 114 Figura 109: Gráfico da avaliação do Terminal Rodoviário – Estrutura interna ...................... 115 Figura 110: Obstáculo na calçada - Posto de Saúde ................................................................ 118 Figura 111: Calçamento do acesso ao Posto de saúde ........................................................... 118 Figura 112: Inexistência de guia rebaixada na esquina - Posto de Saúde ............................ 119 Figura 113: Faixa de pedestres sem guia rebaixada nos lados opostos da rua ................... 120 Figura 114: Estacionamento na rua - Posto de Saúde ............................................................. 121 Figura 115: Sinalização vertical com placas - Vagas reservadas ........................................... 121 Figura 116: Circulação horizontal - Posto de Saúde ................................................................. 122 Figura 117: Portão de acesso - Posto de Saúde ....................................................................... 123 Figura 118: Rampa que dá acesso ao Posto de Saúde ........................................................... 124 Figura 119: Gráfico da avaliação do Posto de Saúde – Estrutura externa ............................ 125 Figura 120: Circulação horizontal interna - Posto de Saúde .................................................... 128 Figura 121: Porta circulação interna - Posto de Saúde ............................................................. 129 Figura 122: Localização dos sanitários - Posto de Saúde ........................................................ 129 Figura 123: Sanitários - Posto de Saúde ..................................................................................... 130 Figura 124: Vaso sanitário - Posto de Saúde ............................................................................. 131 Figura 125: Lavatório - Posto de Saúde ...................................................................................... 132 Figura 126: Telefone público - Posto de Saúde ......................................................................... 133 Figura 127: Bebedouro - Posto de Saúde ................................................................................... 134 Figura 128: Balcão de atendimento - Posto de Saúde .............................................................. 135 Figura 129: Assentos fixos - Posto de Saúde ............................................................................. 135 Figura 130: Gráfico da avaliação da Posto de Saúde – Estrutura interna ............................. 136 Figura 131: Gráfico de comparações dos dados - Área externa ............................................. 137 Figura 132: Gráfico de comparações dos dados - Área interna .............................................. 137 LISTA DE TABELAS Tabela 1: Dimensão do piso tátil de alerta ................................................................ 39 Tabela 2: Dimensões da sinalização tátil direcional. ................................................ 43 LISTA DE QUADROS Quadro 1: Dados coletados no Prefeitura Municipal – Área externa ........................ 70 Quadro 2: Dados coletados no Prefeitura Municipal – Área interna ......................... 81 Quadro 3: Dados coletados no Terminal Rodoviário – Área externa ....................... 94 Quadro 4: Dados coletados no Terminal Rodoviário - Área interna ....................... 104 Quadro 5: Dados coletados no Posto de Saúde – Área externa ............................ 116 Quadro 6: Dados coletados no Posto de Saúde - Área interna .............................. 125 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 19 1.1 OBJETIVOS ........................................................................................................ 20 1.1.1 Objetivo geral ................................................................................................... 20 1.1.2 Objetivos específicos........................................................................................ 20 1.2 JUSTIFICATIVA .................................................................................................. 21 1.3 CARACTERIZAÇÃO DO PROBLEMA ................................................................ 22 1.4 DELIMITAÇÃO DA PESQUISA ........................................................................... 22 2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA .................................................................................. 26 2.1 ACESSIBILIDADE ............................................................................................... 26 2.1.1 Deficiência ........................................................................................................ 26 2.1.1.1 Deficiência no Brasil ...................................................................................... 27 2.1.2 Barreiras de acessibilidade e dificuldades encontradas ................................... 27 2.1.3 Acessibilidade em prédios públicos .................................................................. 28 2.2 MUNICÍPIO DE MAMBORÊ ................................................................................ 28 2.2.1 Prefeitura Municipal de Mamborê ..................................................................... 28 2.2.2 Terminal rodoviário ........................................................................................... 29 2.2.3 Posto de saúde ................................................................................................ 29 2.3 REFERÊNCIAS TÉCNICAS ................................................................................ 29 2.3.1 Símbolos .......................................................................................................... 29 2.3.1.1 Símbolo internacional de acesso ................................................................... 30 2.3.1.1.1 Representação ........................................................................................... 30 2.3.1.1.2 Finalidade ................................................................................................... 30 2.3.1.1.3 Aplicação .................................................................................................... 30 2.3.1.2 Símbolo internacional de pessoas com deficiência visual ............................. 31 2.3.1.2.1 Representação ........................................................................................... 31 2.3.1.2.2 Finalidade ................................................................................................... 31 2.3.1.3 Símbolo internacional de pessoas com deficiência auditiva .......................... 32 2.3.1.3.1 Representação ........................................................................................... 32 2.3.1.3.2 Finalidade ................................................................................................... 32 2.3.2 Pessoas em pé .................................................................................................32 2.3.3 Pessoas em cadeira de rodas .......................................................................... 33 2.3.3.1 Cadeira de Rodas.......................................................................................... 33 2.3.3.2 Módulo de Referência (M.R.) ........................................................................ 34 2.3.4 Área de circulação ............................................................................................ 34 2.3.5 Área de aproximação ....................................................................................... 36 2.3.6 Alcance manual ................................................................................................ 36 2.3.7 Acessos e circulação ........................................................................................ 38 2.3.7.1 Pisos .............................................................................................................. 38 2.3.7.1.1 Sinalização tátil no piso .............................................................................. 38 2.3.7.1.2 Piso tátil de alerta ....................................................................................... 39 2.3.7.1.3 Piso tátil direcional...................................................................................... 43 2.3.7.2 Rampas ......................................................................................................... 47 2.3.7.3 Degraus e escadas........................................................................................ 49 2.3.7.4 Corrimãos e guarda corpos ........................................................................... 49 2.3.7.4.1 Corrimãos ................................................................................................... 49 2.3.7.4.2 Guarda-corpos ........................................................................................... 52 2.3.7.5 Corredores .................................................................................................... 53 2.3.7.6 Portas ............................................................................................................ 53 2.3.7.8 Vagas para veículos ...................................................................................... 54 2.3.8 Sanitários ......................................................................................................... 56 2.3.8.1 Barras de apoio ............................................................................................. 56 2.3.8.2 Área de transferência .................................................................................... 59 2.3.8.3 Bacia sanitária ............................................................................................... 60 2.3.8.4 Acionamento da descarga ............................................................................. 60 2.3.8.5 Lavatórios ...................................................................................................... 61 2.3.9 Atendimento ao público .................................................................................... 62 2.3.10 Mobiliário ........................................................................................................ 64 2.3.10.1 Bebedouros ................................................................................................. 64 2.3.10.2 Telefones ..................................................................................................... 64 2.3.10.3 Cabines de sanitários públicos .................................................................... 64 3 METODOLOGIA .................................................................................................... 66 3.1 CARACTERIZAÇÃO DA AMOSTRA ................................................................... 66 3.2 COLETA DE DADOS .......................................................................................... 67 3.2.1 Observação do local ......................................................................................... 67 3.2.2 Verificação in loco a partir do formulário .......................................................... 67 3.2.3 Registro fotográfico .......................................................................................... 68 3.2.4 Dados gráficos e tabelas .................................................................................. 68 4 RESULTADOS E DISCUSSÕES ........................................................................... 69 4.1 PREFEITURA MUNICIPAL – ÁREA EXTERNA .................................................. 69 4.1.1 Calçada em frente ao imóvel ............................................................................ 71 4.1.2 Estacionamento ................................................................................................ 74 4.1.2.1 Estacionamento próprio ................................................................................. 74 4.1.2.1 Estacionamento na rua .................................................................................. 75 4.1.3 Acessos ao estabelecimento ............................................................................ 77 4.1.4 Circulação horizontal ........................................................................................ 78 4.1.5 Circulação vertical ............................................................................................ 79 4.1.5.1 Escadas ......................................................................................................... 79 4.1.5.2 Rampas ......................................................................................................... 80 4.1.6 Gráfico de conformidades da estrutura externa da Prefeitura Municipal .......... 80 4.2 PREFEITURA MUNICIPAL – ÁREA INTERNA ................................................... 81 4.2.1 Circulação horizontal ........................................................................................ 83 4.2.2 Circulação vertical ............................................................................................ 84 4.2.2.1 Escada .......................................................................................................... 84 4.2.2.2 Rampa ........................................................................................................... 86 4.2.3 Portas ............................................................................................................... 86 4.2.4 Sanitários ......................................................................................................... 87 4.2.4.1 Vaso Sanitário ............................................................................................... 88 4.2.4.2 Lavatórios ...................................................................................................... 89 4.2.5 Mobiliários interno ............................................................................................ 90 4.2.5.1 Telefones ....................................................................................................... 90 4.2.5.2 Bebedouros ................................................................................................... 90 4.2.5.3 Balcão de atendimento .................................................................................. 91 4.2.5.4 Assentos fixos ............................................................................................... 92 4.2.6 Gráfico de conformidades da estrutura interna da Prefeitura Municipal ........... 93 4.3 TERMINAL RODOVIÁRIO – ÁREA EXTERNA ................................................... 93 4.3.1 Calçada em frente ao imóvel ............................................................................ 954.3.2 Estacionamento ................................................................................................ 98 4.3.2.1 Estacionamento próprio ................................................................................. 98 4.3.2.2 Estacionamento na rua. ............................................................................... 100 4.3.3 Acessos ao estabelecimento .......................................................................... 101 4.3.4 Circulação horizontal ...................................................................................... 103 4.3.5 Circulações vertical ........................................................................................ 103 4.3.6 Gráfico de conformidades da estrutura externa do Terminal Rodoviário........ 103 4.4 TERMINAL RODOVIÁRIO – ÁREA INTERNA .................................................. 104 4.4.1 Circulação horizontal ...................................................................................... 106 4.4.2 Circulação vertical .......................................................................................... 107 4.4.3 Portas ............................................................................................................. 107 4.4.4 Sanitários ....................................................................................................... 108 4.4.4.1 Vaso Sanitário ............................................................................................. 110 4.4.4.2 Lavatórios .................................................................................................... 111 4.4.5 Mobiliário interno ............................................................................................ 112 4.4.5.1 Telefones ..................................................................................................... 112 4.4.5.2 Bebedouros ................................................................................................. 113 4.2.5.3 Balcão de atendimento ................................................................................ 113 4.2.5.4 Assentos fixos ............................................................................................. 114 4.4.6 Gráfico de conformidades da estrutura interna do Terminal Rodoviário......... 115 4.5 POSTO DE SAÚDE – ÁREA EXTERNA ........................................................... 115 4.5.1 Calçada em frente ao imóvel .......................................................................... 117 4.5.2 Estacionamento .............................................................................................. 120 4.5.2.1 Estacionamento próprio ............................................................................... 120 5.3.2.2 Estacionamento na rua. ............................................................................... 120 4.5.3 Acessos ao estabelecimento .......................................................................... 122 4.5.4 Circulação horizontal ...................................................................................... 123 4.5.5 Circulação vertical .......................................................................................... 123 4.5.5.1 Escadas ....................................................................................................... 123 4.5.5.2 Rampas ....................................................................................................... 124 4.5.6 Gráfico de conformidades da estrutura externa do Posto de Saúde .............. 124 4.6 POSTO DE SAÚDE – ÁREA INTERNA ............................................................ 125 4.6.1 Circulação horizontal ...................................................................................... 127 4.6.2 Circulação vertical .......................................................................................... 128 4.6.3 Portas ............................................................................................................. 128 4.6.4 Sanitários ....................................................................................................... 129 4.6.4.1 Vaso Sanitário ............................................................................................. 130 4.6.4.2 Lavatórios .................................................................................................... 131 4.4.5 Mobiliário interno ............................................................................................ 132 4.4.5.1 Telefones ..................................................................................................... 132 4.4.5.2 Bebedouro ................................................................................................... 133 4.2.5.3 Balcão de atendimento ................................................................................ 134 4.2.5.4 Assentos fixos ............................................................................................. 135 4.6.6 Gráfico de conformidades da estrutura interna do Terminal Rodoviário......... 136 4.7 COMPARAÇÃO DOS DADOS DOS LOCAIS ANALISADOS ........................... 136 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................. 138 6 SUGESTÕES PARA TRABALHOS FUTUROS .................................................. 139 REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS ....................................................................... 140 ANEXO A: FORMULÁRIO DE ANÁLISE DAS EDIFICAÇÕES – ÁREA EXTERNA ................................................................................................................................ 143 ANEXO B: FORMULÁRIO DE ANÁLISE DAS EDIFICAÇÕES – ÁREA INTERNA 145 19 1 INTRODUÇÃO O município de Mamborê – PR, está localizado no centro-oeste do Estado. Desmembrou-se do município de Campo Mourão em 1960 ao conseguir sua emancipação político-administrativa, e então foi criado o Município de Mamborê. Possui cerca de 14.000 habitantes, uma área de 788,06 m2 e tem como principal fonte de economia a agricultura. Mesmo sendo um município pequeno, o Decreto nº 5.296/2004 no art. 19º firma que as edificações de uso público devem ter ao menos um de seus acessos ao interior atendendo aos preceitos de acessibilidade e estar interligado a todas as dependências e serviços sem que haja barreiras e/ou obstáculos que compliquem ou dificultem o acesso. A Lei nº 10.098/2000 define acessibilidade como “possibilidade e condição de alcance para utilização, com segurança e autonomia, dos espaços, mobiliários, equipamentos urbanos das edificações (...), por pessoa portadora de deficiência ou mobilidade reduzida”. Assim sendo, todo ambiente deve estar preparado para receber o público definido como portadores de necessidades especiais. Um ambiente preparado para receber pessoas com deficiência ou com alguma dificuldade de locomoção promove a inclusão social dessas pessoas, impedindo o isolamento das mesmas. Um ambiente público adaptado, permite que o público de interesse visado neste trabalho, possa participar ativamente e possa realizar atividades de seu interesse e do interesse público. Segundo o CREA-SC (2011), é necessário reforçar os critérios de acessibilidade, devido a falta de conhecimento, sobre o assunto, que engloba os envolvidos. Isso permite com que haja uma melhor conscientização, principalmente, dos profissionais que oferecem atendimento ao público portador de deficiência ou com dificuldade de locomoção. Visando a necessidade de um ambiente adaptado para o atendimento de pessoas com alguma deficiência ou que possuam alguma dificuldade de locomoção, este trabalho tem como objetivo analisaras condições de acessibilidade da Prefeitura Municipal, Terminal Rodoviário e Posto de Saúde da cidade de Mamborê – PR 20 utilizando como fundamento a NBR 9050 (2004), a qual estabelece parâmetros e critérios a serem observados a fim de promover a acessibilidade. 1.1 OBJETIVOS 1.1.1 Objetivo geral Verificar as condições de acessibilidade dos prédios da Prefeitura Municipal, do Terminal Rodoviário e Posto de Saúde da cidade de Mamborê –PR. 1.1.2 Objetivos específicos Conferir se as condições de acessibilidade desses locais estão de acordo com a NBR 9050/2004, no que diz respeito a cadeirantes, deficientes visuais e pessoas com mobilidade reduzida; Realizar a análise crítica das condições mínimas de acessibilidade conforme a NBR 9050/2004; Apresentar sugestões que se adequam a NBR 9050/2004 para ao atendimento do público em questão; Verificar se as condições externas das edificações atendem a NBR 9050/2004; Analisar se as rampas, escadas e degraus atendem a NBR 9050/2004; Verificar se existe piso tátil para deficientes visuais; Avaliar sanitários e mobiliários dessas edificações; Verificar se existem vagas de estacionamento e se as mesmas estão de acordo com a norma. 21 1.2 JUSTIFICATIVA A NBR 9050/2004 determina que todas as edificações a serem projetadas ou reformadas devem atender o que é disposto na mesma para poderem ser considerados acessíveis, visando proporcionar de maneira segura e autônoma de um ambiente independentemente da limitação de mobilidade, percepção, entre outros. O CREA-SC (2011), afirma que é necessário compreender o conceito de restrições de mobilidade, e valorizar as diferenças entre os cidadãos que compreendem a sociedade. Sendo assim, as áreas que compõem uma edificação devem ser incorporadas, possibilitando o acesso de todos de maneira digna e respeitosa. O Decreto nº 3.298/1999 no art. 2º determina que: Cabe aos órgãos e às entidades do Poder Público assegurar à pessoa portadora de deficiência o pleno exercício de seus direitos básicos, inclusive dos direitos à educação, à saúde, ao trabalho, ao desporto, ao turismo, ao lazer, à previdência social, à assistência social, ao transporte, à edificação pública, à habitação, à cultura, ao amparo à infância e à maternidade, e de outros que, decorrentes da Constituição e das leis, propiciem seu bem-estar pessoal, social e econômico. Muitos dos municípios brasileiros não possuem a estrutura adequada para o atendimento da população portadora de deficiência ou com alguma dificuldade de locomoção. É de suma importância a conscientização de toda a população que independente de alguma limitação todos são cidadãos e devem cumprir com seus deveres e também reivindicar seus direitos. O Município de Mamborê – PR, em sua estrutura, deixa a desejar em alguns aspectos o acesso da população com necessidades especiais de locomoção. Alguns exemplos que podemos citar são: a falta do piso tátil para deficientes visuais, acessos mal identificados e estrutura preparada para atender o público. Sendo assim, a análise a ser realizada neste trabalho será feita de maneira a identificar as barreiras enfrentadas por aqueles que encontram dificuldades ao acessar o prédio da Prefeitura Municipal, a qual proporciona serviços aos cidadãos em geral, o Posto de saúde que oferece atendimentos básicos de direito a população, 22 sem distinção de raça, cor ou limitação e o Terminal Rodoviário que permite a possibilita a locomoção intermunicipal à todos. 1.3 CARACTERIZAÇÃO DO PROBLEMA O presente trabalho busca fazer uma análise das dificuldades apresentadas por aqueles que possuem algum tipo de deficiência ou limitação física e precisam ter seu acesso facilitado de maneira que possa exercer seu deveres como cidadão e também usufruir de seu direitos. Dessa maneira, busca-se responder a seguinte pergunta: “Os prédios da Prefeitura Municipal de Mamborê, do Terminal Rodoviário e do Posto de Saúde atendem as exigências da NBR 9050/2004?” 1.4 DELIMITAÇÃO DA PESQUISA O objetivo deste trabalho é verificar as condições de acessibilidade de três órgãos públicos no município de Mamborê – PR, sendo eles: a) Prefeitura Municipal de Mamborê – PR, localizada na Rua Guadalajara entre as avenidas Augusto Mendes dos Santos e Manoel Francisco da Silva, a qual está representada na Figura 1 e Figura 2. 23 Figura 1: Prefeitura Municipal de Mamborê - PR. (Fonte: Adaptado Google Maps, 2014) Figura 2: Vista Prefeitura Municipal de Mamborê - PR. (Fonte: AUTOR, 2014) b) Terminal Rodoviário da cidade em questão. O mesmo se localiza na Avenida Antônio Chiminácio, esta também denominada PR-471, esquina com a Rua Vereador Sidney Barth. O terminal rodoviário pode ser identificado nas Figura 3 e Figura 4. 24 Figura 3: Terminal Rodoviário de Mamborê - PR. (Fonte: adaptado Google Maps,2014) Figura 4:Vista Terminal Rodoviário de Mamborê - PR. (Fonte: AUTOR, 2014) c) Posto de Saúde do Município. Este se localiza na Avenida São Josafat, esquina com a Rua Itacil, podendo ser identificado na Figura 5 e Figura 6. 25 Figura 5: Posto de Saúde de Mamborê - PR. (Fonte: adaptado Google Maps, 2014) Figura 6: Vista Posto de Saúde de Mamborê - PR. (Fonte: AUTOR, 2014) 26 2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 2.1 ACESSIBILIDADE Segundo a NBR 9050/2004, acessibilidade é a “possibilidade e condição de alcance, percepção e entendimento para a utilização com segurança e autonomia de edificações, espaço, mobiliário equipamento urbano e elementos”. Sendo assim, todo ambiente deve estar preparado para receber o público, independentemente de este possuir algum tipo de limitação. Um espaço acessível, é aquele que pode ser utilizado em sua totalidade por todos os cidadãos, incluído aqueles que possuem mobilidade reduzida. Sendo assim, pode-se citar como adaptações que facilitam o acesso às rampas, sinalização visual, tátil e sonora, espaços mais largos para passagem entre outros. 2.1.1 Deficiência Segundo a Organização Mundial da Saúde - OMS (2011), deficiência pode ser definida como a perda ou anormalidade estrutural ou funcional, sendo elas psicológica, fisiológica ou anatômica. Os problemas da funcionalidade humana são divididos em três áreas, sendo elas: Alterações das estruturas e funções corporais: onde significa que há problemas com as funções corporais ou alterações na estrutura do corpo. Como exemplo, pode- se citar a paralisia ou cegueira. Limitações: englobam a dificuldade para se executar determinadas tarefas, como comer ou caminhar. Restrições a participação: em determinadas atividades são problemas que envolvem qualquer aspecto de vida, como enfrentar discriminação em um emprego ou algum meio de transporte. 27 Sendo assim, pode-se referir a deficiência às dificuldades encontradas em alguma ou todas as áreas citadas. 2.1.1.1 Deficiência no Brasil Segundo o Censo 2010, realizado pelo IBGE, cerca de 24% da população brasileira, quase 46 milhões de pessoas, declarou possuir pelo menos um tipo de deficiência. Foi registrado também que a desigualdade perdura em relação aos deficientes, pois foi identificado que estes tem menores taxas de escolarização em relação a parte da população que não possui nenhuma deficiência. Os dados transmitidos pelo IBGE mostram que a porcentagem da população que possui algum tipo de deficiência não é pequena. Por isso torna-se necessário a adaptaçãodas edificações urbanas, a fim de promover a interação daqueles que possuem algum tipo de deficiência ao meio social, facilitando seu acesso. 2.1.2 Barreiras de acessibilidade e dificuldades encontradas As barreiras arquitetônicas se caracterizam por obstáculos ao acesso existentes em edificações de uso público ou privado, bem como à sua utilização interna. Estas construções podem ser de saúde, educação, cultura, lazer, locais de trabalho ou moradia. (MINISTÉRIO DA JUSTIÇA, 1998, p. 23) Como exemplo de barreira arquitetônica, cita-se as escadas para acesso das edificações, a falta de rampas para facilitar o acesso, portas estreitas, elevadores pequenos sem a sinalização em Braile, a falta de banheiros adaptados, balcões de atendimento especiais, entre outros. (MINISTÉRIO DA JUSTIÇA, 1998) Há ainda as dificuldades encontradas no meio urbano, como calçadas com revestimentos ou desníveis inadequados para locomoção, pavimentação deteriorada, a inexistência de vagas especiais para estacionamento, inexistência de mobiliado urbano preparado para atender a população que utiliza cadeiras de rodas, entre outros. (MINISTÉRIO DA JUSTIÇA, 1998) 28 2.1.3 Acessibilidade em prédios públicos A Lei nº 10.098/2000 no art.11º define que a construção, ampliação ou reforma de edifícios públicos ou privados destinados a uso coletivo devem ser executadas de maneira que sejam acessíveis e permitam o acesso de pessoas portadoras de deficiência ou que possuam mobilidade reduzida. Os mínimos quesitos que devem ser observados são as vagas de garagens destinadas aos portadores de deficiência e as mesmas deverão estar próximas dos acessos de circulação de pedestres, ao menos um dos acessos ao interior da edificação deverá estar livre de barreiras arquitetônicas, ao menos um dos itinerários que comuniquem as dependências e serviços do edifício deve cumprir os requisitos de acessibilidade e os edifícios deverão dispor ao menos de uma banheiro acessível que possua todos os equipamentos e acessórios necessários par atender um pessoa portadora de deficiência. (BRASIL, 2000) 2.2 MUNICÍPIO DE MAMBORÊ A criação do município de Mamborê se deu em 25 de julho de 1960, quando o mesmo desmembrou-se do município de Campo Mourão. Antes disso a terra onde se localiza o município já foi território espanhol em épocas de colonização. (OLIPA, 2008) Mamborê fica localizada na região centro-oeste do estado do Paraná. Sua principal fonte de renda deriva da agricultura e pecuária. Segundo o Censo 2010, realizado pelo IBGE, a população do município gira em torno de 14.000 habitantes. 2.2.1 Prefeitura Municipal de Mamborê A atual sede da prefeitura municipal de Mamborê, foi inaugurada em 20 de fevereiro de 1981. A mesma está nomeada como Paço Municipal Nelson Chiminácio, 29 em homenagem ao primeiro Prefeito após o Município se desmembrar de Campo Mourão. (OLIPA, 1998) Antes de se instalar a Prefeitura em seu local atual, a mesma já foi sediada em diversos lugares, desde casas alugadas, até o local onde se situa o atual terminal rodoviário. (OLIPA, 1998) 2.2.2 Terminal rodoviário O terminal rodoviário de Mamborê, foi inaugurado em maio de 1982. Sua última reforma foi realizada em junho do ano 2000. Antes de ser terminal rodoviário, o local do mesmo já serviu como sede da Prefeitura municipal. (OLIPA, 1998) 2.2.3 Posto de saúde O posto de saúde da cidade de Mamborê, tem a função de proporcionar aos moradores as necessidades básicas referente a saúde dos moradores. Em visitas ao local, foram encontradas placas, indicando que sua última ampliação foi realizada no ano 2000. 2.3 REFERÊNCIAS TÉCNICAS 2.3.1 Símbolos São representações em forma de figura ou outra forma convencionada que tem como objetivo estabelecer uma analogia entre um objeto ou informação e sua representação. (NBR 9050,2004) 30 2.3.1.1 Símbolo internacional de acesso 2.3.1.1.1 Representação Indica a acessibilidade de uma edificação, mobiliário, espaço ou equipamento urbano. Sua representação é feita a partir de um pictograma branco sobre fundo azul. Pode também ser representada em preto e branco, conforme a Figura 7. Deve estar sempre voltada para o lado direito e não admite nenhum tipo de modificação ou estilização. (NBR 9050, 2004) Figura 7: Símbolo Internacional de acesso. (Fonte: NBR 9050, 2004) 2.3.1.1.2 Finalidade O símbolo internacional de acesso tem como finalidade indicar acessibilidade aos serviços e identificas os espaços, edificações, mobiliário e equipamentos onde existem equipamentos acessíveis ou que possam ser utilizados por pessoas portadoras de deficiência. (NBR 9050, 2004) 2.3.1.1.3 Aplicação O sinalização deve ser fixada em local que seja visível ao público, é utilizada especialmente em entradas, áreas e vagas de estacionamento de veículos, sanitários, 31 áreas reservadas para pessoas em cadeira de rodas, equipamentos de uso exclusivo para pessoas portadoras de deficiência. (NBR 9050, 2004) Quando um acesso não apresenta condições de acessibilidade, o mesmo deve possui uma informação visual indicando o acesso mais próximo que atenda as condições de acessibilidade estabelecidas na NBR 9050/2004. 2.3.1.2 Símbolo internacional de pessoas com deficiência visual 2.3.1.2.1 Representação A representação do símbolo internacional de pessoas com deficiência visual é feita a partir de um pictograma branco sobre um fundo azul, pode ser representado, também, em preto e branco, conforme a figura 8. Nenhuma modificação deve ser feita neste símbolo. (NBR 9050,2004) Figura 8: Símbolo Internacional de pessoas com deficiência visual. (Fonte: NBR 9050, 2004) 2.3.1.2.2 Finalidade Este símbolo tem a finalidade de indicar equipamentos, mobiliários ou serviços que possam ser utilizados por pessoas portadoras de deficiência visual. (NBR 9050,2004) 32 2.3.1.3 Símbolo internacional de pessoas com deficiência auditiva 2.3.1.3.1 Representação A representação do símbolo internacional de pessoas com deficiência auditiva é feita a partir de um pictograma branco sobre um fundo azul, pode ser representado, também, em preto e branco, conforme a figura 9. Nenhuma modificação deve ser feita neste símbolo. (NBR 9050,2004) Figura 9: Símbolo Internacional de pessoas com deficiência auditiva. (Fonte: NBR 9050, 2004) 2.3.1.3.2 Finalidade Este símbolo tem a finalidade de indicar equipamentos, mobiliários ou serviços que possam ser utilizados por pessoas portadoras de deficiência auditiva (NBR 9050, 2004). 2.3.2 Pessoas em pé Muitas pessoas possuem dificuldade em se locomover, mas não chegam a fazer o uso da cadeira de rodas, mas mesmo assim precisam da ajuda de algum equipamento que as ajude na locomoção, como muletas bengalas ou até mesmo cães 33 guias. A NBR 9050/2004 apresenta dimensões para serem usadas como referência para este tipo de público (Figura 10). Figura 10: Dimensões referenciais para deslocamento de pessoas em pé. (Fonte: NBR 9050, 2004) 2.3.3 Pessoas em cadeira de rodas 2.3.3.1 Cadeira de Rodas Uma cadeira de rodas (Figura 11), é um dispositivo rodado utilizado por pessoas com deficiência física, em que o usuário fica sentado. Pode ser movimentada manualmente, através de motores elétricos ou com ajuda de um indivíduo empurrando a mesma. (INERCIA SENSORIAL, 2014) 34 Figura 11: Cadeira de rodas. (Fonte: NBR 9050, 2004) 2.3.3.2Módulo de Referência (M.R.) Segundo a NBR 9050/2004, o módulo de referência (Figura 12) “é a projeção de 0,80 m por 1,20 m ocupado por uma pessoa utilizando cadeira de rodas Figura 12: Dimensões do Módulo de Referência (M.R.). (Fonte: NBR 9050, 2004) 2.3.4 Área de circulação A área de circulação compreende a área necessária para que um pessoa que utiliza cadeira de rodas possa se deslocar livremente em linha reta (Figura 13), 35 transpor obstáculos isolados (Figura 14) e área de manobras de cadeira de rodas sem que haja deslocamento (Figura 15. (NBR 9050, 2004) Figura 13: Largura para deslocamento em linha reta. (Fonte: NBR 9050, 2004) Figura 14: Transposição de obstáculos isolados. (Fonte: NBR 9050, 2004) 36 Figura 15: Área para manobra sem deslocamento. (Fonte: NBR 9050, 2004) 2.3.5 Área de aproximação É necessário garantir o posicionamento frontal ou lateral da área definida pelo M.R. em relação ao objeto, avançando sob este entre 0,25m e 0,55m, em função da atividade a ser desenvolvida. (NBR 9050, 2004) 2.3.6 Alcance manual Dimensões referenciais para alcance manual de pessoa em pé (Figura 16), pessoa sentada (Figura 17), pessoa em cadeira de rodas (Figura 18 e 19). Figura 16: Alcance manual frontal - pessoa em pé (Fonte: NBR 9050, 2004) 37 Figura 17: Alcance manual frontal - pessoa sentada (Fonte: NBR 9050, 2004) Figura 18: Alcance manual frontal com superfície de trabalho - pessoa em cadeira de rodas (Fonte: NBR 9050, 2004) 38 Figura 19: Alcance manual lateral - pessoa em cadeira de rodas (Fonte: NBR 9050, 2004) 2.3.7 Acessos e circulação 2.3.7.1 Pisos A superfície dos pisos deve ser regular, firme, estável e antiderrapante. Também não deve provocar trepidações em dispositivos que possuam rodas, como cadeira de rodas e carrinhos de bebê. Para pisos internos, é admitido até 2% de inclinação da superfície, e para pisos externos até 3%. Quando a inclinação é superior a 5%, o piso é considerado como rampa. (NBR 9050.2004) 2.3.7.1.1 Sinalização tátil no piso Segundo a NBR 9050/2004, a sinalização tátil no piso pode ser do tipo direcional ou do tipo alerta. Sua cor deve contrastar com a cor do piso adjacente e pode ser sobreposta ou integrada ao piso existente. A sinalização tátil deve atender as seguintes condições: 39 a) Quando esta for sobreposta, o desnível entre a superfície do piso já existente e a superfície do piso inserido não deve exceder a 2 mm; b) Quando o piso tátil for integrado, não deverá existir desnível. 2.3.7.1.2 Piso tátil de alerta O Piso tátil de alerta deve ser utilizado para sinalização de situações que envolvem risco de segurança. Este piso deve possuir cor diferente do piso utilizado. A sinalização tátil de alerta é composta por um conjunto de relevos tronco- cônicos conforme a Tabela 1 e sua disposição deve estar conforme a Figura20. (NBR 9050,2004) Tabela 1: Dimensão do piso tátil de alerta Mínimo (mm) Máximo (mm) Diâmetro de base do relevo 22 30 Distância horizontal entre centros de relevo 42 53 Distância diagonal entre centros de relevo 60 75 Altura do relevo Entre 3 e 5 NOTA Distância do eixo da primeira linha de relevo até a borda do piso = 1/2 distância horizontal entre centros Diâmetro do topo = 1/2 a 2/3 do diâmetro da base (Fonte: NBR 9050, 2004) 40 Figura 20: Sinalização tátil de alerta - modulação do piso. (Fonte: NBR 9050, 2004) Segundo a NBR 9050/2004, a sinalização tátil de alerta deve ser colocada de maneira que fique perpendicular ao sentido de deslocamento do piso nas situações a seguir: a) obstáculos suspensos ente 0,60 m e 1,20 m de altura do piso acabado, que tenham um volume superior maior que a base. A superfície sinalizada não deve exceder 0,60 cm a projeção do osbstáculo em toda superfície ou somente em seu perímetro (Figura 21); b) rebaixamentos de calçadas, em cor que contraste com o piso (Figuras 22 e 23); c) início e termino de escada fixas, rolantes e rampas. Sua largura deve ser entre 0,25 m e 0,60 m e deve estar afastada no máximo 0,32 m, do ponto onde ocorre mudança de plano (Figura 24); d) junto a portas de elevadores com largura entre 0,25 m a 0,660 m, afastada no máximo 0,32 m da alvenaria (Figura 25); e) junto aos desníveis, como plataformas de embarque e desembarque, palcos, vãos, entre outros. Deve ter largura entre 0,25 m e 0,60 m, instalado ao longo de toda 41 extensão que apresentar risco de queda e estar a, no mínimo, 0,50 m da borda (Figura 26). Figura 21: Sinalização tátil de alerta em obstáculos suspensos - Exemplo (Fonte: NBR 9050, 2004) Figura 22: Sinalização tátil de alerta nos rebaixamentos das calçadas - Exemplo. (Fonte: NBR 9050, 2004) Figura 23: Sinalização tátil de alerta nos rebaixamentos das calçadas - Exemplo. (Fonte: NBR 9050, 2004) 42 Figura 24: Sinalização tátil de alerta nas escadas - Exemplo. (Fonte: NBR 9050, 2004) Figura 25: Sinalização tátil de alerta junto a porta do elevador - Exemplo. (Fonte: NBR 9050, 2004) Figura 26: Sinalização tátil de alerta junto a desnivel em plataforma de embarque e desembarque - Exemplo. (Fonte: NBR 9050, 2004) 43 2.3.7.1.3 Piso tátil direcional O piso tátil direcional deve ser utilizado quando não há ou existe uma descontinuidade de uma linha-guia identificável, como guia de caminhamento em ambientes internos e externos ou quando houver caminhos preferenciais de circulação. (NBR 9050, 2004) A sinalização tátil direcional tem textura com um seção trapezoidal, qualquer que seja o piso adjacente, deve ser instalada no sentido do deslocamento e possuir largura entre 0,20m e 0,80 m e deve possuir cor diferente em relação ao piso adjacente (NBR 9050, 2004). A textura da sinalização tátil direcional é comporta por relevos lineares, dispostos regularmente conforme a Tabela 2 e Figura 27. Tabela 2: Dimensões da sinalização tátil direcional. Mínimo (mm) Máximo (mm) Largura de base do relevo 30 40 Largura do topo 20 30 Altura do relevo Entre 4 e 5 (quando em placas sobrepostas, a altura do relevo pode ser de 3) Distância horizontal entre centros de relevo 70 85 Distância horizontal entre bases de relevo 45 55 NOTA Distância do eixo da primeira linha de relevo à borda do piso = 1/2 distância horizontal entre centros (Fonte: NBR 9050, 2004) 44 Figura 27: Sinalização tátil direcional - Modulação de uso. (Fonte: NBR 9050, 2004) A sinalização tátil direcional, sempre é substituída pela sinalização tátil de alerta na presença de algum obstáculo no percurso. Segundo a NBR 9050/2004, a aplicação da sinalização tátil de alerta e direcional deve atender as seguintes condições: a) quando houver mudança de direção entre duas ou mais linhas de sinalização tátil direcional, deve haver uma área de alerta indicando que existe alternativas de trajeto. As áreas de alerta devem ter dimensão proporcional a largura da sinalização direcional (Figura 28); b) quando a mudança de direção formar um ângulo superior a 90o, a linha-guia deve ser sinalizada com piso tátil direcional (Figura 29); c) nos rebaixamentos de calçadas, quando houver a guia tátil direcional, a mesma deve encontrar com a sinalização tátil de alerta (Figuras 30); d) nas portas de elevadores, quando houver a guia tátil direcional,a mesma deve encontrar com a sinalização tátil de alerta (Figura 31); 45 e) Nas faixas de travessia, a sinalização tátil de alerta deverá ser instalada de maneira que fique perpendicular ao sentido de deslocamento a uma distância de 0,50 m do meio fio. Também é recomendado a instalação do piso tátil direcional no sentido do deslocamento para que o mesmo sirva como linha guia (Figuras 32); f) no pontos de ônibus, a sinalização tátil de alerta deve ser instalada ao longo do meio-fio e o piso tátil direcional de forma que demarque os locais de embarque e desembarque (Figura 33). Figura 28: Composição de sinalização tátil de alerta e direcional - Exemplo (Fonte: NBR 9050, 2004) Figura 29: Composição de sinalização tátil de alerta e direcional - Exemplos de mudanças de orientação. (Fonte: NBR 9050, 2004) 46 Figura 30: Composição da sinalização tátil de alerta e direcional nos rebaixamentos das calçadas - Exemplos (Fonte: NBR 9050, 2004) Figura 31: Composição da sinalização tátil de alerta e direcional junto às portas de elevadores - Exemplo (Fonte: NBR 9050, 2004) Figura 32: Sinalização tátil de alerta e direcional em travessias de pedestres - Exemplos. (Fonte: NBR 9050, 2004) 47 Figura 33: Sinalização tátil no ponto de ônibus - Exemplo (Fonte: NBR 9050, 2004) 2.3.7.2 Rampas Segundo a NBR 9050/2004, a inclinação das rampas (Figura 34) deve ser calculada conforme a seguinte equação: 𝑖 = ℎ 𝑥 100 𝑐 onde: 𝑖 é a inclinação; ℎ é a altura do desnível; 𝑐 é o comprimento da projeção original. Figura 34: Dimensionamento de rampas - Exemplo. (Fonte: NBR 9050, 2004) 48 Para inclinações entre 6,25% e 8,33% deverão ser previstas áreas de descanso nos patamares a cada 50 metros. A Largura das rampas é estabelecida de acordo com o fluxo de pessoas, porém a largura mínima recomendada é 1,50 m, podendo ser admitido 1,20m. quando não houver presença de paredes laterais, as rampas devem incorporar guias de balizamento com altura mínima de 0,05 m instaladas ou construídas nos limites da largura da rampa e na projeção dos corrimãos (Figura 35) (NBR 9050, 2004) Figura 35: Inclinação transversal e largura de rampas - Exemplo. (Fonte: NBR 9050, 2004) No início e término das rampas devem ser previstos patamares com dimensões de 1,50 m, podendo ser admitidos com no mínimo 1,20 m (Figura 36). A inclinação dos patamares não pode exceder 2% em rampas interna e 3% em rampas externas. (NBR 9050, 2004) Figura 36: Patamares das rampas - Exemplo. (Fonte: NBR 9050, 2004) 49 2.3.7.3 Degraus e escadas Degraus e escadas fixas em rotas acessíveis devem estar coligados a rampas ou a um equipamento de transporte vertical. Em rotas acessíveis não devem possuir degraus e escadas com espelhos vazados. Quando for utilizado bocel ou espelho inclinado, a projeção dos mesmos não devem avançar no máximo 1,5 cm sobre o piso (Figura 37). (NBR 9050, 2004) Figura 37: Altura e largura do degrau. (Fonte: NBR 9050, 2004) 2.3.7.4 Corrimãos e guarda corpos Os corrimãos e guarda-corpos devem ser construídos de material rígido, estar firmemente fixados nas paredes, barras de suporte ou guarda-corpos e sempre oferecer segurança quando utilizados. (NBR 9050, 2004). 2.3.7.4.1 Corrimãos A instalação do corrimão deve ser feita em ambos os lados dos degraus, de escadas fixas e de rampas. Sua largura deve ter entre 3,0 e 4,5 cm, e não deve possuir arestas vivas. Um espaço livre de no mínimo 4,0 cm deve ser deixado entre a 50 parede e o corrimão, permitindo a boa empunhadura e deslizamento, e de preferência sendo se seção circular (Figura 38.). (NBR 9050, 2004) Figura 38: Empunhadura do corrimão. (Fonte: NBR 9050, 2004) Quando o corrimão for lateral, deve haver um prolongamento do corrimão de no mínimo 30 cm antes do início e após o término da rampa ou escada que não interfira nas área de circulação ou prejudique a vazão (Figura 39). Quando houver uma edificação existente e for inviável a utilização do prolongamento no corrimão no sentido de caminhamento, o mesmo pode ser feito ao longo da área de circulação ou ser fixado na parede adjacente. (NBR 9050, 2004) Figura 39: Prolongamento do corrimão - Exemplos (Fonte: NBR 9050, 2004) O acabamento das extremidades dos corrimãos devem possui acabamento recurvado, ser fixadas ou justapostas a parede ou piso e possuir um desenho continuo 51 sem protuberâncias. O corrimãos laterais devem possuir continuidade e não serem interrompidos nos patamares das escadas ou rampas (Figura 40).(NBR 9050, 2004) Figura 40: Corrimão laterais em escadas - Exemplos. (Fonte: NBR 9050, 2004) Quando uma escada ou rampa possui largura superior a 2,40 m, se torna necessário a instalação de um corrimão intermediário que só deve ser interrompido se o comprimento do patamar for superior a 1,40 m, fazendo com que haja um espaçamento de, no mínimo, 0,80 m entre o término de um seguimento e inicio do seguinte (Figura 41). (NBR 9050, 2004) Figura 41: Corrimão intermediário. (Fonte: NBR 9050, 2004) 52 2.3.7.4.2 Guarda-corpos As rampas e escadas que não forem isoladas das áreas adjacentes através de paredes, deverão possuir guarda corpo associado a um corrimão, conforme a Figura 42. (NBR 9050, 2004) Figura 42: Guarda-corpo - Exemplo (Fonte: NBR 9050, 2004) Em ambientes internos, os guarda-corpos deverão possuir no mínimo 1,05 m ao longo de patamares e corredores. Pode ser reduzido para até 0,92 m em escadas internas (Figura 43). (NBR 9077, 2001) Figura 43: Dimensões de guarda corpo (Fonte: NBR 9077, 2001) 53 2.3.7.5 Corredores Segundo a NBR 9050/2004, os corredores devem ser dimensionados de acordo com o fluxo de pessoas, assegurando a existência de uma faixa livre de barreiras ou obstáculos. As larguras mínimas para corredores em edificações e equipamentos urbanos são: a) 0,90 m para corredores de uso comum com até 4,0 m de extensão; b) 1,20 m para corredores de uso comum com extensão até 10,0 m; c)1,50 m para corredores com extensão superior a 10,0 m; d) 1,50 m para corredores de uso público. Em edificações existentes, onde é impraticável a adequação de corredores, devem ser implantados bolsões de retorno com dimensões que permitam a manobra completa de uma cadeira de rodas. (NBR 9050,2004) 2.3.7.6 Portas As portas, incluindo as de elevadores, deverão ter, no mínimo, um vão de 0,80 m e altura mínima de 2,10 m. Portas de mais de uma folha deverão ter, no mínimo uma folha, com vão de 0,80 m. (NBR 9050,2004) As portas devem ter condições de serem abertas com apenas um movimento e as maçanetas devem ser do tipo alavanca, estando instaladas entre 0,90 m e 1,10 m de altura. Quando as mesmas estiverem em rotas acessíveis, é recomendado que as portas possuam em sua parte inferior, inclusive no batente, revestimento resistente 54 ao impacto de bengalas, muletas e cadeiras de rodas até uma altura de 0,40 m a partir do piso (Figura 44). (NBR 9050, 2004) Figura 44: Porta com revestimento e puxador horizontal - Exemplo (Fonte: NBR 9050, 2004) 2.3.7.8 Vagas para veículos Segundo a NBR 9050/2004, as vaga de estacionamento para veículos que sejam conduzidos ou conduzam pessoas portadoras de deficiência devem: a) ter sinalização horizontal, apresentada naFigura 45; b) ter um espaço adicional de circulação com no mínimo 1,20 m de largura quando o mesmo for afastado da faixa de travessia de pedestres. Quando houverem duas vagas, esse espaço de circulação pode ser compartilhado pelas mesmas, caso o estacionamento seja paralelo ou perpendicular ao meio fio. Não é recomendado o compartilhamento deste espaço em estacionamentos oblíquos; 55 c) ter sinalização vertical para vagas localizadas em vias públicas (Figura 46); d) possuir espaço adicional para circulação de cadeira de rodas, quando afastada de faixas de travessia de pedestres, e estar associada a rampas de acesso à calçada; e) Estar localizada de forma a evitar circulação entre veículos. Figura 45: Sinalização horizontal de vagas (Fonte: NBR 9050, 2004) 56 Figura 46: Sinalização vertical como símbolo internacional de acesso (Fonte: NBR 9050, 2004) 2.3.8 Sanitários Os sanitários e vestiários acessíveis devem estar localizados em rotas acessíveis e estar próximos as circulações principais, e estar preferencialmente perto ou integrados as instalações sanitárias, e estarem sinalizados. (NBR 9050, 2004) 2.3.8.1 Barras de apoio As barras de apoio devem ter diâmetro de 3 cm a 4,5 cm e estarem fixadas firmemente em paredes ou divisórias as uma distância mínima de 4 cm da face interna da barra (Figura 47). (NBR 9050, 2004) 57 Figura 47: Barras de apoio (Fonte: NBR 9050, 2004) Segundo a NBR 9050/2004, as barras de apoio devem estar localizadas: a) junto a bacia sanitária, na lateral e no fundo. Devem ter comprimento mínimo de 0,80 m de comprimento e estar a uma altura de 0,75 m do piso acabado. A distância entre o eixo da bacia e a face da barra lateral do vaso deve ser de 0,40 m (Figura 48); b) quando não for possível instalar barras nas paredes laterais, é permitido a instalação de barras laterais articuladas ou fixas desde que sejam observados os parâmetros de segurança e que os apoios não interfiram na área de giro e transferência (Figura 49); c) no caso de bacia com caixa acoplada, é necessário garantir a instalação da barra a parede do fundo, deforma a evitar que a caixa seja utilizada como apoio (Figura 50); 58 Figura 48: Bacia sanitária - Barras de apoio lateral e de fundo (Fonte: NBR 9050, 2004) Figura 49: Bacia sanitária - barra de apoio lateral com fixação na parede do fundo (Fonte: NBR 9050, 2004) 59 Figura 50: Bacia sanitária com caixa acoplada (Fonte: NBR 9050, 2004) 2.3.8.2 Área de transferência Para a instalação de bacias sanitárias devem estar previstas áreas de transferência lateral, perpendicular e diagonal (Figura 51). (NBR 9050, 2004) Figura 51: Áreas de transferência para bacia sanitária (Fonte: NBR 9050, 2004) 60 2.3.8.3 Bacia sanitária Segundo a NBR 9050/2004, as bacia sanitárias devem estar a uma altura entre 0,43 m e 0,45 m do piso acabado. Essa altura deve ser medida a partir da borda superior, sem levar em conta o assento (Figuras 52 e 53). Figura 52: Adequação da bacia sanitária suspensa (Fonte: NBR 9050, 2004) Figura 53: Adequação de altura da bacia sanitária alongada (Fonte: NBR 9050, 2004) 2.3.8.4 Acionamento da descarga Segundo a NBR 9050/2004, o acionamento da descarga deve estar a uma altura de 1,0 m do piso acabado e de preferência ser do tipo alavanca ou com mecanismos automáticos (Figura 54). 61 Figura 54: Altura de acionamento da descarga (Fonte: NBR 9050, 2004) 2.3.8.5 Lavatórios Para pessoas com mobilidade reduzida, deve ser previsto uma área de aproximação frontal de 0,60 m (Figura 55), e para pessoas em cadeira de rodas, deve ser prevista uma área de aproximação frontal de 1,20 m (Figura 56), devendo ambas estender-se no mínimo 0,25 m sob o lavatório. (NBR 9050, 2004) Figura 55: Área de aproximação para pessoa com mobilidade reduzida (Fonte: NBR 9050, 2004) 62 Figura 56: Área de aproximação para pessoa em cadeira de rodas (Fonte: NBR 9050, 2004) 2.3.9 Atendimento ao público Segundo a NBR 9050/2004, em locais em que o atendimento for realizado em balcões, estes devem ser acessíveis, sendo assim, os balcões: a) devem estar localizados em rotas acessíveis; b) ter uma parte de sua superfície deve ter altura máxima de 0,90 m de altura do piso acabado e profundidade livre de 0,30 m (Figura 57). Figura 57: Balcão - Exemplo (Fonte: NBR 9050, 2004) 63 Quando o atendimento ao público for realizado em mesas, pelo menos 5% das mesmas deverão ser acessíveis de forma que possuam altura livre inferior de no mínimo 0,73 m do piso acabado e possibilitem uma pessoa de cadeira de rodas avançar soba a mesma até no máximo 0,50 m (Figura 58). (NBR 9050, 2004) Figura 58: Mesa - Exemplo (Fonte: NBR 9050, 2004) Quando houver local para espera com assentos fixos, ao lado dos mesmos, em uma rota acessível, deve ter um módulo de referência sem interferir a faixa de circulação (Figura 59). Este espaço deve estar previsto em no mínimo 5% do total de assentos e que ao menos outros 10% sejam possíveis de adaptar a favor da acessibilidade. (NBR 9050, 2004) Figura 59: Banco - Exemplo (Fonte: NBR 9050, 2004) 64 2.3.10 Mobiliário 2.3.10.1 Bebedouros Deve estar prevista a instalação de pelo menos 50% de bebedouros acessíveis por pavimento e no mínimo um deles deve estar em rota acessível. A Bica deverá estar localizada no lado frontal do bebedouro e possuir altura de 0,90 m e permitir a utilização de copo (Figura 60). (NBR 9050, 2004) Figura 60: Bebedouro - Exemplo . (Fonte: NBR 9050, 2004) 2.3.10.2 Telefones Nos espaços externos, ao menos 5% do telefones, com no mínimo um, dos telefones deverão ser acessíveis. (NBR 9050,2004) 2.3.10.3 Cabines de sanitários públicos As cabines de sanitários devem garantir áreas de transferência diagonal, lateral e perpendicular, assim como a área de manobra para rotação em 180o (Figura 65 61). Um lavatório deve ser instalado dentro da cabine de maneira que não interfira na área de transferência. E a porta da cabine deve abrir para o lado externo da mesma. (NBR 9050, 2004) Figura 61: Cabine de sanitário para portador de necessidades especiais (Fonte: NBR 9050, 2004) 66 3 METODOLOGIA Este trabalho pode ser caracterizado como uma pesquisa de campo, uma vez que a mesma coincide com o pensamento de Lakatos (1999), consistindo na observação dos fatos e fenômenos, como ocorrem e o registro de variáveis importantes que se mostram relevantes para a análise. A pesquisa de campo não é simplesmente uma coleta de dados, pois esta exige, primeiramente, a realização de uma pesquisa bibliográfica abordando o assunto que se deseja. Posteriormente, determina-se a técnica que se deseja aplicar para a coleta de dados e determinação da amostra, devendo esta última ser o suficiente para apoiar as conclusões (LAKATOS e MARCONI, 1999). Sendo assim, este trabalho verificou as condições de acessibilidade dos prédios da Prefeitura Municipal, Terminal Rodoviário e Posto de Saúde do município de Mamborê – PR, e posteriormente realizou-se a comparação das condições de acessibilidade, estipuladas através da NBR 9050/2004. 3.1 CARACTERIZAÇÃO DA AMOSTRA A Prefeitura Municipal está localizada na Rua Guadalajara, bairro Centro
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