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PARASITOLOGIA Prof. João Marcelo Oliveira Biomédico – Patologia Clínica e Micologia Médica Parasitoses intestinais de interesse Biomédico causadas por protozoários INTRODUÇÃO • As parasitoses intestinais constituem grave problema de saúde pública em países em desenvolvimento. • Associando-se a quadros de diarreia crônica e desnutrição são um dos principais fatores debilitantes da população. • A incidência de parasitas intestinais tem relação direta com condições ambientais, higiênicas e sanitárias às quais uma população está submetida. w w w .a u la sd o b io m ed ic o .c o m INTRODUÇÃO • Em crianças carentes as parasitoses intestinais são especialmente graves por causarem déficits orgânicos severos. • As parasitoses intestinais são doenças cujos agentes etiológicos são helmintos ou protozoários; • em pelo menos uma das fases do ciclo evolutivo, localizam-se no aparelho digestivo do ser humano. w w w .a u la sd o b io m ed ic o .c o m INTRODUÇÃO • Estima-se que infecções intestinais causadas por helmintos e protozoários afetem cerca de 3,5 bilhões de pessoas; • Desnutrição, anemia, diminuição no crescimento, retardo cognitivo, irritabilidade, aumento de suscetibilidade a outras infecções e complicações agudas são algumas das morbidades decorrentes. w w w .a u la sd o b io m ed ic o .c o m INTRODUÇÃO • A prevalência de infecções por parasitos intestinais é um dos melhores indicadores do status socioeconômico de uma população; • Associada a diversos determinantes, como instalações sanitárias inadequadas, poluição fecal da água e de alimentos consumidos, fatores socioculturais, contato com animais, e ausência de saneamento básico. w w w .a u la sd o b io m ed ic o .c o m INTRODUÇÃO • Estudo realizado no Brasil em 1988 revelou prevalência de 55,3% em crianças, sendo a maior parte poliparasitada; w w w .a u la sd o b io m ed ic o .c o m PROTOZOOLOGIA • Protozoários são seres unicelulares que fazem parte do reino protista, subreino protozoa. Podem ser amebóides, flagelados, ciliados e produtores de esporos. w w w .a u la sd o b io m ed ic o .c o m PROTOZOOLOGIA • Parasitoses intestinais causadas por “protozoários”. w w w .a u la sd o b io m ed ic o .c o m PRINCIPAIS AGENTES Balantidium coli Blastocistis hominis Cryptosporidium parvum Giardia lamblia e G. intestinalis Isospora belli CICLO BIOLÓGICO DAS PRINCIPAIS PARASITOSES INTESTINAIS w w w .a u la sd o b io m ed ic o .c o m 1 2 3 5 4 Esquema: Prof. Marcelo Oliveira/Thiago Braga w w w .a u la sd o b io m ed ic o .c o m Esquema: Prof. Marcelo Oliveira/Thiago Braga 1 2 4 3 5 BALATIDIOSE • INTRO: Parasita cosmopólita; raro em humanos. • AGENTE ETIOLÓGICO: Baladium coli. • HOSPEDEIROS: Ainda desconhecido, mas, o porco é um dos que apresentam o protozoário, além de água e alimentos. • FORMAS DE VIDA: cisto e trofozoíto. w w w .a u la sd o b io m ed ic o .c o m BALATIDIOSE • CICLO BIOLÓGICO: Ingestão por água e alimentos contaminados. Vive no intestino grosso, ciliado grande, multiplica-se por divisão binária. Observa-se cistos em fezes formadas e menos frequentemente trofozoítos. • DIAGNÓSTICO LABORATORIAL: Holffman. w w w .a u la sd o b io m ed ic o .c o m BLASTOCISTOSE • INTRO: É um protozoário cosmopólita, entérico dos seres humanos, comensal e possivelmente oportunista. • AGENTE ETIOLÓGICO: Blastocystis hominis. • HOSPEDEIROS: ? Transmissão via água e alimentos contaminados. w w w .a u la sd o b io m ed ic o .c o m BLASTOCISTOSE • FORMAS DE VIDA: Cisto e trofozoíto. • CICLO BIOLÓGICO: a transmissão está compreendida pela contaminação fecal-oral, por meio da ingestão de formas císticas do protozoário. • DIAGNÓSTICO LABORATORIAL: fezes conservadas para Hoffman. Não usar água, mas, solução salina (0,85%)¨¨. w w w .a u la sd o b io m ed ic o .c o m CRIPTOSPORIOSE • INTRO: Doença cosmopolita, desenvolve-se nas microvilosidades das células epiteliais do trato gastrointestinal. • AGENTE ETIOLÓGICO: Cryptosporidium parvum. • FORMAS EVOLUTIVAS: oocistos. • HOSPEDEIROS: homem e animais. • TRANSMISSÃO: Pessoa a pessoa, alimentos contaminados, animal a pessoas. w w w .a u la sd o b io m ed ic o .c o m CRIPTOSPORIOSE • CICLO BIOLÓGICO: monoxênico, com reprodução sexuada e assexuada. • DIAGNÓSTICO LABORATORIAL: O diagnóstico da criptosporidiose é feito pela demonstração de oocistos nas fezes, em material de biópsia intestinal ou em material obtido de raspado de mucosa. Necessita concentração para visualizar melhor no EPF de rotina. w w w .a u la sd o b io m ed ic o .c o m CRIPTOSPORIOSE w w w .a u la sd o b io m ed ic o .c o m www.ufrgs.br ISOSPORÍASE • INTRO: Coccídio cosmopolita, autolimitada e assintomática, exceto para imunodeprimidos. • AGENTE ETIOLÓGICO: Isospora belli. • HOSPEDEIROS: homem. • FORMAS DE VIDA: oocistos. w w w .a u la sd o b io m ed ic o .c o m D. P. Neves. Isospora belli Sarcocystis hominis ISOSPORÍASE • CICLO BIOLÓGICO: monoxênico, com reprodução sexuada e assexuada. • DIAGNÓSTICO LABORATORIAL: encontro de oocistos não- esporulados nas fezes. Métodos de concentração são indicados. w w w .a u la sd o b io m ed ic o .c o m SARCOCISTOSE • INTRO: Parasita cosmopolita; infecção autolimitada; Vários distúrbios gastrintestinais, incluindo diarreia, náusea, dor abdominal, anorexia e cólicas. • AGENTE ETIOLÓGICO: Sarcocystis hominis. • HOSPEDEIROS: Boi, porco, homem e alguns primatas. • FORMAS DE VIDA: oocistos, esporocistos. w w w .a u la sd o b io m ed ic o .c o m D. P. Neves. Isospora belli Sarcocystis hominis SARCOCISTOSE • CICLO BIOLÓGICO: A ingestão de carne crua e a contaminação oral-fecal fazem parte do ciclo biológico. • DIAGNÓSTICO LABORATORIAL: É feito pelo encontro de oocistos esporulados ou esporocistos, em exames de fezes. Os métodos de concentração, como a flutuação centrífuga com solução açucarada e o método de Kato-Katz, são os mais indicados. w w w .a u la sd o b io m ed ic o .c o m DADOS CIENTÍFICOS Estudo realizado em São Paulo, em 200 1, revelou que 100% das 50 amostras de quibe cru provenientes de 25 restaurantes árabes estavam positivas para Sarcocystis, sendo 94% por S. hominis. Entre sete voluntários humanos que ingeriram dessas amostras, seis excretaram oocistos nas fezes e dois apresentaram diarreia. O período prepatente dessa infecção experimental variou de dez a 14 dias e o período patente de cinco a 12 dias. w w w .a u la sd o b io m ed ic o .c o m GIARDÍASE • INTRO: Cosmopolita, causa mais frequente em crianças. Diarreia forte. • AGENTE ETIOLÓGICO: Giardia lamblia e G. intestinalis • HOSPEDEIROS: Homem. • TRANSMISSÃO:água e alimentos contaminados. • FORMAS DE VIDA: Cisto e trofozoíto. • CICLO BIOLÓGICO: Monoxênico. • DIAGNÓSTICO LABORATORIAL: Hoffman. w w w .a u la sd o b io m ed ic o .c o m w w w .a u la sd o b io m ed ic o .c o m MORFOLOGIA DOS PROTOZOÁRIOS CISTO TROFOZOÍTO Imagem: Prof. Marcelo Oliveira (Atlas de Parasitologia Clínica) Giardia lamblia MORFOLOGIA DOS PROTOZOÁRIOS w w w .a u la sd o b io m ed ic o .c o m Entamoeba coli Iodamoeba butschilii MORFOLOGIA DOS PROTOZOÁRIOS w w w .a u la sd o b io m ed ic o .c o m Baladium coli research.vet.upenn.edu MORFOLOGIA DOS PROTOZOÁRIOS w w w .a u la sd o b io m ed ic o .c o m Entamoeba coli Iodamoeba butschilii Entamoeba histolytica MORFOLOGIA DOS PROTOZOÁRIOS w w w .a u la sd o b io m ed ic o .c o m Isospora belli MORFOLOGIA DOS PROTOZOÁRIOS w w w .a u la sd o b io m ed ic o .c o m Entamoeba coli Iodamoeba butschilii MORFOLOGIA DOS PROTOZOÁRIOS w w w .a u la sd o b io m ed ic o .c o m Blastocystis hominis MORFOLOGIA DOS PROTOZOÁRIOS w w w .a u la sd o b io m ed ic o .c o m www.cdc.gov trialx.com CISTO TROFOZOÍTO Giardia lamblia MORFOLOGIA DOS PROTOZOÁRIOS w w w .a u la sd o b io m ed ic o .c o m www.medical-labs.net Isospora belli MORFOLOGIA DOS PROTOZOÁRIOS w w w .a u la sd o b io m ed ic o .c o m Blastocystis hominis www.phsource.us www.darmaandoening.nl MORFOLOGIA DOS PROTOZOÁRIOS w w w .a u la sd o b io m ed ic o .c o m Baladium coli vetbook.org www.atlas-protozoa.com REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS • REY, L. Parasitologia. 3 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2001. • NEVES, D. P. Parasitologia Dinâmica. 2 ed. São Paulo: Atheneu, 2005. • NEVES, D. P. Parasitologia Humana. 11 ed. São Paulo: Atheneu, 2004. • REY, L. Bases da Parasitologia Médica. 2 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2002. • http://www.e-gastroped.com.br/jun13/parasitoses_intestinais.pdf • http://www.scielo.br/pdf/rpp/v30n2/07.pdf w w w .a u la sd o b io m ed ic o .c o m Prof. João Marcelo Oliveira – Biomédico Patologia Clínica e Micologia Médica E-mail: marcelo.biomed91@gmail.com
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