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Anatomia e Fisiologia Humana

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ESSA – Escola da Saúde | Rua dos Jequitibás, 101 | Metrô Jabaquara| 5012-1020 | www.essa.g12.br 1 
Enfermagem 
 
 
 
 
 
 
 
 
Anatomia e Fisiologia Humana 
(Módulo I) 
 
 
 
 
 
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Enfermagem 
 
 
Aula 01 – Introdução ao Estudo da 
Anatomia Humana 
 
Considerações Gerais 
 
 No seu conceito mais amplo, a Morfologia é a ciência que estuda, 
macro e microscopicamente, a constituição e o desenvolvimento dos seres 
organizados. Microscopicamente a Morfologia é representada pela ação conjunta 
da Citologia (estudo da célula), com a Histologia (estudo dos tecidos e como 
estes se organizam para a formação de órgãos) e ainda pela Embriologia 
(estudo do desenvolvimento do indivíduo). Especificamente a Anatomia (Ana = 
em partes; tomein = cortar) é a ciência responsável pelo estudo macroscópico 
do corpo humano e se utiliza para isso da dissecação de peças previamente 
fixadas por soluções apropriadas. 
 Esta aula refere-se aos dados anatômicos macroscópicos considerados 
como referencias fundamentais para o reconhecimento dos órgãos e dos 
sistemas por eles constituídos visando á melhor compreensão de sua estrutura. 
Os sistemas que, em conjunto, compõem o organismo do indivíduo são os 
seguintes: 
 
 Sistema tegumentar; 
 Sistema esquelético; 
 Sistema articular; 
 Sistema muscular; 
 Sistema nervoso; 
 Sistema circulatório; 
 Sistema respiratório; 
 Sistema digestório; 
 Sistema urinário; 
 Sistema genital – feminino e masculino; 
 Sistema endócrino; 
 Sistema sensorial. 
 
 Alguns sistemas podem ser agrupados formando os aparelhos: 
 
 Aparelho locomotor: constituído pelos sistemas esquelético, articular e 
muscular; 
 
 
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Enfermagem 
 Aparelho urogenital: constituído pelos sistemas urinário e genital 
(masculino ou feminino) 
 
 
 
 
Divisão do Corpo Humano 
 
 Depois de conhecer os níveis de desenvolvimento do corpo humano 
devemos agora enxerga-lo como um todo. 
 
 O corpo humano divide-se em cabeça, pescoço, tronco e membros. A 
cabeça é constituída por um conjunto ósseo chamado crânio que aloja na 
cavidade craniana parte do sistema nervoso central, e ainda por uma parte 
visceral denominada face e está unida ao tronco por uma porção estreitada, o 
pescoço. O tronco compreende o tórax, o abdome e a pelve, anteriormente, 
com suas respectivas cavidades torácica, abdominal e pélvica; a parte posterior 
do tronco é chamada de dorso. 
 
 Os membros são divididos em superiores e inferiores, sendo os 
membros superiores constituídos por três segmentos: o braço, o antebraço e a 
mão. Na transição entre o braço e o antebraço há o cotovelo e entre o antebraço 
e a mão, o punho. Os membros inferiores também são constituídos por três 
segmentos: a coxa, a perna e o pé, sendo que, entre a coxa e a perna existe o 
joelho, e entre e perna e o pé, o tornozelo. 
 
Conceito de Variação Anatômica e Normal 
 
 As descrições anatômicas obedecem, necessariamente um padrão que 
já incluem a possibilidade das variações. Este padrão corresponde ao que ocorre 
na maioria dos casos ao que é mais freqüente; para o anatomista o padrão é 
normal, numa conceituação, portanto, puramente estatística. Para o médico, 
normal tem outro sentido; não é o que se representa na maioria dos casos, mas 
sim o que é sadio, ou com saúde, hígido, não doente. 
 
 Podemos, então chamar de normal ou padrão anatômico o individuo 
que apresenta todas as partes que constituem o corpo humano localizadas em 
local correto. A simples observação de um agrupamento humano evidencia de 
imediato diferenças morfológicas entre os elementos que compõem o grupo. 
Estas diferenças morfológicas são denominadas variações anatômicas e podem 
apresentar-se externamente ou em qualquer dos sistemas do organismo, sem 
que isso traga prejuízo funcional para o indivíduo 
 
 
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Enfermagem 
 
 Daí dizer-se que a variação, em anatomia, é uma constante. Quando 
examinar peças isoladas ou cadáveres, não se esqueça desse importante 
conceito. Não espere encontrar sempre no seu material de estudo a reprodução 
exata de figuras de Atlas ou de livros textos que estiver utilizando. 
 
Fatores Gerais de Variação Anatômica. 
 
 Idade – notáveis modificações anatômicas ocorrem desde a fase intra-
uterina até a fase senil. 
 Sexo – é o caráter do masculino ou feminino. 
 Raça – cada agrupamento humano possui caracteres físicos comuns, 
externa e internamente relacionados ás raças branca, negra e amarela. 
 Biótipo – é o resultado da soma dos caracteres herdados e dos caracteres 
adquiridos por influência do meio e da sua interrelação. Distinguem-se os 
grupos chamados de longilíneos, mediolíneos e brevelíneos. 
 Evolução – sugere o aparecimento de diferenças morfológicas, no decorrer 
dos tempos. 
 
Anomalia 
 
 Quando a modificação do padrão anatômico causa prejuízo funcional 
mas, permite a continuidade da vida do individuo, diz-se que se trata de uma 
anomalia e não de uma variação. 
 
Monstruosidade 
 
 Se a anomalia for acentuada de modo a deformar profundamente a 
construção do corpo do indivíduo, sendo, em geral, incompatível com a vida, 
denomina-se monstruosidade. O estudo desse assunto é feito em Teratologia. 
 
Nomenclatura Anatômica 
 
 Nome que se dá ao conjunto de termos empregados para designar e 
descrever o organismo ou suas partes. Ao designar uma estrutura do 
organismo, a nomenclatura atual procura adotar termos que estejam 
relacionados com a forma; posição ou situação; trajeto; conexões ou 
interrelações; relação com o esqueleto; função, deixando de lado os epônimos 
que na antiguidade produziam uma infinidade de termos repetitivos. 
 
 
 
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Enfermagem 
Posição Anatômica 
 
 Para evitar o uso de termos diferentes nas descrições anatômicas, 
considerando-se que a posição pode ser variável, optou-se por uma posição 
padrão, denominada posição de descrição anatômica (posição anatômica): 
indivíduo em posição ereta (em pé, posição ortostática ou bípede), com a face 
voltada para frente, o olhar dirigido para o horizonte, membros superiores 
estendidos, aplicados ao tronco e com as palmas voltadas para frente, membros 
inferiores unidos, com as pontas dos pés dirigidas para frente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
la 01 – Conceitos Gerais 
 
 
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Enfermagem 
 
Aula 02 – Osteologia 
 
 
 
Introdução 
 
 O termo osteologia significa o estudo dos ossos. Apesar de sua aparência simples, o 
osso é um tecido vivo, complexo e dinâmico, sendo formado por um conjunto de tecidos 
distintos e especializadosque contribuem para seu arranjo final. Entre eles destacam-se o tecido 
ósseo, cartilaginoso, epitelial, tecidos formadores de sangue, nervoso e adiposo. Por esta razão, 
cada osso individual é um órgão. Partindo-se do princípio que um conjunto de órgãos que atuam 
com o mesmo objetivo funcional constituem um sistema, pode se concluir que o conjunto 
formado por ossos e cartilagens dará origem ao Sistema Esquelético. 
 
 O esqueleto humano, como em outros vertebrados, é interno aos músculos com os 
quais se desenvolveu. Ele é um endoesqueleto constituído por um eixo, dividido em segmentos 
para dar flexibilidade e de dois pares de membros, superiores e inferiores, também divididos em 
partes articuladas para locomoção e preensão. O crânio é a extremidade expandida do eixo. 
No esqueleto do adulto, há 206 ossos distintos como segue: 
 
Esqueleto Axial: Esqueleto Apendicular: 
Coluna Vertebral – 26 
Crânio – 22 Membros Superiores – 64 
Osso hióide – 1 Membros Inferiores – 62 
Costelas e esterno – 25 Ossículos da orelha – 6 
Total - 74 Total - 132 
 
A contagem do numero de ossos está relacionada a diferentes critérios: 
 
Idade – o numero de ossos diminui com o passar do tempo, pois com o desenvolvimento 
alguns deles se soldam tornando-se um único osso. Ex. osso frontal (fig 82; pág 48/1; 
Sobotta) 
 
 Fatores individuais – Em alguns indivíduos ocorre a presença de ossos que se formam 
onde normalmente não existiriam e são chamados de heterotópicos ou 
extranumerários, termo que também se refere a ossos que não se fundiram na idade 
adulta. 
 
Funções do Sistema Esquelético 
 
 
 Sustentação e conformidade – Os ossos funcionam como arcabouço estrutural para o 
corpo, sustentando os tecidos moles e fornecendo um ponto de aderência para os 
tendões de grande parte dos músculos esqueléticos fazendo com isso com que o corpo 
ganha forma. 
 
 Proteção – O arranjo ósseo determina a proteção de diversos órgão de importância vital. 
Por exemplo, os ossos do crânio protegem o encéfalo, as vértebras protegem a medula 
espinal, e o gradil costal protege as vísceras torácicas como o coração e os pulmões. 
 
 
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Enfermagem 
 
 Participação no movimento / alavancagem – O movimento é produzido quando da 
tração exercida pelos músculos esqueléticos sobre os ossos no momento de sua 
contração. Pelo fato de muitos ossos se articularem e esta união óssea permitir 
movimentos, o esqueleto desempenha um papel importante na determinação do tipo e da 
amplitude do movimento que o segmento será capaz de fazer, bem como a própria 
anatomia do osso acaba por limitar movimentos indesejáveis. 
 
 Homeostasia mineral – O tecido ósseo armazena vários minerais, especialmente cálcio 
e fósforo, que contribuem fortalecer o osso. O osso pode liberar minerais, na corrente 
sanguínea , para manter os balanços minerais críticos e para distribuir minerais para 
outros órgãos. 
 
 Produção de células sanguíneas – Dentro de certas partes dos ossos, um tecido 
conjuntivo, chamado medula óssea vermelha, produz células que vão fazer parte do 
sangue. Estas células são: os eritrócitos, os leucócitos e as plaquetas, por meio de um 
processo chamado de hematopoese. 
 
 Armazenamento de triglicérideos – No recém nascido, toda a medula óssea e 
vermelha e sta envolvida na hematopoese. Entretanto, com o avançar da idade, a 
produção de células sanguíneas diminui, e a maior parte da medula passa a ser formada 
por adipócitos e por isso chamada de medula óssea amarela. 
 
Divisão do esqueleto 
 
Esqueleto Axial – O esqueleto axial é constituído pelos ossos arranjados ao redor do eixo 
longitudinal e acomoda o Sistema Nervoso Central sendo então por isso chamado de neuro-eixo. 
Os ossos que constituem esta divisão do esqueleto são: os ossos do crânio, coluna vertebral, 
ossículos da orelha, osso hióide, costelas e esterno. 
 
Esqueleto Apendicular – O esqueleto apendicular é formado pelos ossos que compõem os 
membros superiores e inferiores, mais os ossos que formam os cíngulos que conectam os 
membros ao esqueleto axial. Os ossos que constituem esta divisão do esqueleto são: 
 
Membros superiores: 
 Segmento braço: úmero 
 Segmento antebraço: radio e ulna 
 Segmento mão: ossos carpais (escafóide, semilunar, piramidal e pisiforme, hamato, 
capitato, trapézio e trapezóide), metacarpais e falanges 
 Cíngulo superior: clavícula e escapula 
 
Membros inferiores: 
 Segmento coxa: fêmur 
 Segmento perna: tíbia e fíbula 
 Patela 
 Segmento pé: ossos tarsais (calcâneo, tálus, navicular, cubóide, cuneiforme medial, 
intermédio e lateral), metatarsais e falanges 
 Cíngulo inferior: ossos do quadril 
 
 
 
 
 
 
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Enfermagem 
 
Aula 03 – Artrologia 
 
Conceito: 
 
 Articulações ou junturas são uniões funcionais entre duas ou mais estruturas rígidas 
do esqueleto, que podem ou não permitir movimentos. 
 
 
Classificação das articulações quanto ao tecido interposto: 
 
 De acordo com o tecido que se interpõem entre as estruturas rígidas, classificam-se 
as articulações em três tipos principais: fibrosas, cartilagíneas e sinoviais. 
 
 Articulações Fibrosas (sinartroses; articulações imóveis) incluem todas as 
articulações onde as superfícies dos ossos estão quase em contato direto, reunidas, todavia, por 
interposição de tecido conjuntivo denso não modelado e nas quais não há movimento. Há três 
variedades de junturas fibrosas: sindesmose, sutura e gonfose. 
 
 Articulações Cartilagíneas (anfiartroses; articulação de movimentos limitados) é a 
forma de articulação na qual as superfícies articulares são unidas por cartilagem: há duas 
variedades: a sincondrose e a sínfise. 
 
Articulações Sinoviais 
 
Características Gerais: 
 
 As articulações sinoviais (diartroses) são especializadas para permitir maior ou menor 
liberdade de movimento. Seus componentes essenciais são os seguintes: 
 
 As superfícies articulares dos ossos são revestidas por cartilagem articular, que é 
do tipo hialina. Os ossos são unidos por uma cápsula articular e por ligamentos. Na cápsula 
articular é encontrado o líquido sinovial (sinóvia), que ocupa a cavidade articular e lubrifica 
a juntura. Este tipo de articulação também apresenta componentes chamados de acessórios, ou 
seja, não estão presentes em todas as articulações sinoviais. Discos e meniscos tendo função 
de coaptação entre as superfícies articulares auxiliando na redução de impactos mecânicos na 
articulação. Os lábios ou orlas aumentam a profundidade da cavidade articular permitindo 
melhor coaptação entre as superfícies que irão se articular. Bolsas sinoviais são estruturas 
saculares que contem liquido similar ao sinovial situadas entre a pele e o ossos, tendão e osso, 
músculo e osso e ligamento e osso, cuja função é aliviar o atrito em algumas articulações como 
joelho e ombro. As bainhas dos tendões são estruturas tubulares que envolvem os tendões 
nas regiões onde o atrito é maior 
 
 
 
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Enfermagem 
Miologia 
Conceito 
 
 As células musculares, chamadas de fibras musculares, são especializadas em realizar 
a contração e o relaxamento. Estas fibras seunem em feixes para formar músculos, os quais 
acham-se fixados por suas extremidades. Assim, músculos são estruturas que movem os 
segmentos do corpo por encurtamento da distância que existe entre suas extremidades fixadas, 
ou seja, por contração. A miologia os estuda. Dentro do aparelho locomotor, os músculos são 
elementos ativos do movimento. 
 
 Porém a musculatura não assegura só a dinâmica, mas também a estática do corpo 
humano. Realmente a musculatura não apenas torna possível o movimento como também 
mantém unidas as peças ósseas determinando a posição e a postura do esqueleto. 
Componentes anatômicos dos músculos estriados esqueléticos 
 
Um músculo esquelético típico possui uma porção média e extremidades. 
 
Ventre muscular – é a porção média e carnosa, verme lha no vivente (vulgarmente chamada 
carne). Nele predominam as fibras musculares, sendo, portanto a parte ativa do músculo, isto é, 
a parte contrátil. 
 
Tendão muscular – são pontos de fixação em forma de fita. 
 
Aponeurose – são extremidades que fixam os músculos e apresentam formato laminar. 
Tanto tendões quanto aponeuroses são esbranquiçadas e brilhantes, muito resistentes e 
praticamente inextensíveis, constituído por tecido conjuntivo denso, rico em fibras colágenas. Os 
tendões ou aponeuroses nem sempre se prendem ao esqueleto, podendo fazê-lo em outros 
elementos; septos intermusculares, derme, (músculos da mímica facial) tendão de outro 
músculo, etc.Em uns poucos músculos aparecem tendões interpostos a ventre de um mesmo 
músculo, e esses tendões são chamados de intersecções tendíneas e não servem para fixação no 
esqueleto. (Ex m. reto do abdome) 
 
Fáscia muscular - é uma lâmina de tecido conjuntivo que envolve cada músculo. Sua 
espessura pode variar de acordo com a função desempenhada. Para que os músculos possam 
exercer eficientemente um trabalho de tração para se contrair, é necessário que eles estejam 
dentro de uma bainha elástica de contenção, papel executado pela fáscia muscular que também 
permite o fácil deslizamento dos músculos entre si. Em certos locais, a fáscia muscular pode 
apresentar-se espessada e dela partem prolongamentos que vão terminar se fixando no osso, 
sendo denominados septos intermusculares. Estes separam grupos musculares em lojas ou 
compartimentos e ocorrem freqüentemente nos membros. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Enfermagem 
Aula 04 – Sistema Cardiovascular 
 
Conceito 
 É um sistema fechado formado por tubos chamados de vasos por onde circulam os 
humores corporais. Os humores são o sangue e a linfa que circulam nos vasos sanguíneos e 
linfáticos, respectivamente. Para que o sangue possa atingir as células levando nutrientes e 
oxigênio e ao mesmo tempo retirar resíduos metabólicos, deve ser constantemente 
impulsionado ao longo dos vasos sanguíneos pela contração rítmica do coração. 
 
Divisão do Sistema Cardiovascular 
 
O sistema cardiovascular é dividido em: 
 
 Sistema Sanguífero – composto por vasos sanguíneos – artérias, veias e capilares - e 
pelo coração. 
 Sistema Linfático – composto por vasos linfáticos – capilares linfáticos, vasos linfáticos e 
troncos linfáticos - e por órgãos linfóides – linfonodos e tonsilas. 
 Órgãos Hemocitopoéticos – constituídos pela medula óssea, baço e timo. Não existe o 
termo (hemopoIese) 
 
Sistema Sanguífero 
 
Coração 
 
 É um órgão fibromuscular que apresenta cavidades internas que são preenchidas pelo 
sangue. Sua morfologia externa lembra o formato de um cone. 
 
Regiões anatômicas : 
 
 O coração apresenta duas regiões anatômicas distintas; o ápice e a base 
 
Localização anatômica do coração 
 
 O coração está localizado na cavidade torácica em uma região denominada de 
mediastino médio entre as pleuras na porção inferior dos dois pulmões. O coração relaciona-se 
anteriormente com o osso esterno e com as extremidades mediais da 3ª a 6ª cartilagens 
costais. 
A região apical, que corresponde aos ventrículos cardíacos, esta voltada inferior e anteriormente 
e ligeiramente para esquerda, em razão da sua adaptação à cúpula diafragmática. A base é 
formada pelos átrios e está dirigida para direita, ficando superior e posterior em relação ao 
ápice. 
 
Faces do coração 
 
 É chamada de face, a parede de um órgão voltada ou em contato com outra parede 
ou outro órgão. Em razão da posição do coração surgem três faces cardíacas: 
 
 Face esternocostal – face voltada para o osso esterno e para as cartilagens costais, que 
compreende o átrio direito e sua aurícula, o ventrículo direito e uma pequena parte do 
ventrículo esquerdo. 
 
 
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 Face diafragmática – achatada devido ao contato com o m. diafragma compreende os 
dois ventrículos, sendo a maior parte formada pelo ventrículo esquerdo. 
 Faces pulmonares – faces voltadas para os dois pulmões. 
 
Anatomia externa das câmaras cardíacas 
 
 O coração do adulto mede cerca de 12 cm de comprimento, por 9 cm de largura e 6 
cm de espessura e pesa aproximadamente 310 gramas no homem e 250 gramas nas mulheres. 
 A bomba contrátil propulsora é formada por quatros câmaras cardíacas, sendo duas 
maiores chamadas de ventrículos com paredes musculares espessas que se localizam ínfero-
anteriormente; e duas pequenas, denominadas de átrios que apresentam paredes musculares 
delgadas e localização mais superior e posterior. 
Pericárdio 
 É formado por um saco fibroso e uma membrana serosa que revestem e protegem o 
coração, limitando sua expansão durante o relaxamento muscular e mantendo-o posicionado na 
região do mediastino. 
Vasos da base do coração 
 Na região da base do coração, mais especificamente no átrio direito chegam as veias 
cavas superior e inferior que trazem o sangue venoso drenado de todos os tecidos corpóreos. No 
átrio esquerdo são as quatro veias pulmonares quem conduzem o sangue arterial que sofreu o 
processo de hematose (troca gasosa) nos pulmões. A saída do sangue dos ventrículos também 
se dá na região da base do coração, sendo feita pelo tronco pulmonar que conduz o sangue 
venoso do ventrículo direito aos pulmões e neste trajeto se ramifica dando origem às a.a 
pulmonares direita e esquerda. O sangue arterial que sai do ventrículo esquerdo, para irrigar 
todos os tecidos do corpo, circula pela artéria aorta 
 
Anatomia interna do coração 
 
 Em um corte frontal do coração pode-se observar a existência de três camadas que 
constituem a parede do coração. A camada externa é o epicardio, a média é o miocárdio e a 
interna o endocárdio. 
 Internamente podemos observar as quatro câmaras cardíacas, por onde o sangue irá 
circular, são elas: átrio e ventrículo direito e átrio e ventrículo esquerdo. 
 
 Átrio Direito – é maior em relação ao esquerdo e apresenta músculos pectíneos 
 Aurícula Direita – É uma bolsa fechada, associada ao átrio direito que possui em toda a 
sua superfície interna presença de músculos pectíneos. 
 Átrio Esquerdo – é menor do que o direito, porém as suas paredes são mais espessas e 
totalmente lisas. 
Entre os átrios existe uma estrutura anatômica que impede o contato entre eles, chamada de 
septo interatrial. 
 
 Aurícula esquerda – ocupa a região que marca o inicio da a. coronária esquerda, sendo 
esta bolsa um tanto mais estreita do quea do lado direito e internamente também 
apresenta m.m pectíneos. 
 Ventrículo Direito – forma a maior parte da superfície anterior do coração. Sua parede 
tem cerca de um terço da espessura da parede do ventrículo esquerdo. No interior do 
ventrículo aparecem as seguintes estruturas: 
 O óstio atrioventricular direito: é uma abertura que comunica o átrio direito com o 
ventrículo direito, por onde o sangue venoso irá passar. Este óstio está c ircundado por um 
anel fibroso que constitui o esqueleto cardíaco onde se prendem as três válvulas, em forma 
de cúspides, a valva atrioventricular direita também chamada de valva tricúspide. A 
 
 
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mecânica valvar, ou mecanismo involuntário de abertura e fechamento das valvas 
atrioventriculares é extremamente importante, pois evita com isso o refluxo de sangue dos 
ventrículos para os átrios. Participam desta ação involuntária as cordas tendíneas que são 
pequenos filamentos fibrosos que inserem-se nas cúspides valvares por uma de suas 
extremidades e na porção apical dos músculos papilares pela outra extremidade. Estes 
músculos papilares são projeções das trabéculas cárneas. As trabéculas cárneas são feixes 
de fibras musculares que se salientam do assoalho do ventrículo. 
 
 Com a contração do miocárdio do ventrículo direito (sístole ventricular), os músculos 
papilares tracionam as cordas tendíneas, que por estarem fixadas nas cúspides valvares, 
impedem que estas se abram no sentindo inverso impedindo com isto o refluxo do sangue. 
Como não reflui, o sangue é lançado na direção dos pulmões atravessando uma abertura 
chamada de óstio do tronco pulmonar que é guarnecida pela valva do tronco pulmonar. Esta 
valva arterial é formada por três válvulas cujo formato lembra uma meia lua e por isso são 
chamadas semilunares. 
 
Ventrículo Esquerdo – Em razão do maior trabalho realizado pelo miocárdio ventrículo esquerdo, 
a camada média desta câmara cardíaca se apresenta hipertrofiada fisiologicamente. Sua 
extremidade inferior forma o ápice do coração. Na anatomia interna verifica-se a existência de 
duas aberturas: a atrioventricular e a aórtica que são protegidas pelas valvas atrioventricular 
esquerda ou mitral e aórtica, respectivamente. O óstio atrioventricular esquerdo é menor em 
diâmetro que o direito e possui um anel fibroso que apresenta densa parede circundando-o. A 
valva atrioventricular esquerda, valva bicúspide ou mitral é composta por duas cúspides. As 
cordas tendíneas são mais espessas, mais fortes e em menor número do que no ventrículo 
direito. Já as trabéculas cárneas são mais numerosas nesta câmara cardíaca que apresenta, no 
entanto, apenas dois músculos papilares. A valva aórtica, composta por três válvulas 
semilunares, protege o óstio aórtico, evitando com isso o refluxo do sangue arterial novamente 
para o interior do ventrículo esquerdo. Os seios aórticos são dilatações que aparecem entre as 
válvulas semilunares e a parede da aorta. Em duas destas dilatações aparecem os óstios das 
artérias coronárias, vasos que irão irrigar o próprio miocárdio. 
 
 O septo que impede a comunicação entre os ventrículos é denominado septo 
interventricular que consiste de uma porção muscular e uma membranácea. A porção 
membranácea é mais cranial, mais fibrosa e separa o átrio direito do ventrículo esquerdo sendo 
por isso chamada de septo atrioventricular. A maior parte do septo é muscular tendo na grande 
espessura seu ponto mais característico.. 
 
Complexo Estimulante do Coração 
 
 O complexo estimulante do coração consiste de fibras especializadas na condução de 
impulsos nervosos que percorrerão todo território cardíaco. A freqüência cardíaca é controlada 
pelos marcapassos fisiológicos, enquanto o ritmo dos marcapassos é dado por impulsos vindos 
dos centros vasomotores do tronco encefálico. 
 O sistema de condução de impulsos compreende o nó sinoatrial, o nó atrioventricular 
e o feixe atrioventricular com seus dois ramos que se ligam as fibras condutoras finais ou de 
Punkinje que se unem ao músculo cardíaco. 
 
 
 
 
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Aula 05 – Vasos Sangüíneos 
 
 
 
 O sistema cardiovascular é constituído por um sistema de tubos e por uma bomba 
percussora que tem como função impulsionar um líquido circulante de cor vermelha por toda a 
rede vascular. 
 
 Estes tubos são artérias e veias que servem de passagem ao sangue que é o líquido 
circulante responsável pela oxigenação e nutrição das células e essa bomba percussora é o 
coração, músculo responsável pelo bombeamento de sangue. 
 
Artérias 
 
Conjunto de vasos que saem do coração e se ramificam sucessivamente distribuindo-se para 
todo o organismo. Do coração saem o tronco pulmonar (relaciona-se com a pequena circulação, 
ou seja, leva sangue venoso para os pulmões através de sua ramificação, duas artérias 
pulmonares uma direita e outra esquerda) e a artéria aorta (carrega sangue arterial para todo o 
organismo através de suas ramificações). 
 
 
Estrutura: 
 
 Túnica externa: é composta basicamente por tecido conjuntivo. Nesta túnica 
encontramos pequenos filetes nervosos e vasculares que são destinados à inervação e a 
irrigação das artérias. Encontrada nas grandes artérias somente. 
 Túnica média: é a camada intermediária composta por fibras musculares lisas e pequena 
quantidade de tecido conjuntivo elástico. Encontrada na maioria das artérias do 
organismo. 
 Túnica íntima: forra internamente e sem interrupções as artérias, inclusive capilares. São 
constituídas por células endoteliais. 
 
Ramificações: 
 
 Ramos colaterais: surgem dos troncos principais em ângulo agudo, em ângulo reto ou em 
ângulo obtuso 
 Ramos terminais: são os que irrigam com certa exclusividade um determinado território. 
São os ramos mais ditais. 
 
Relação volumétrica: a soma da área dos lumes dos ramos distais é sempre maior que a área 
do vaso que lhe deu origem. 
 
Relações: 
 
 
 1- Com as veias: a norma geral é que um artéria seja acompanhada por pelo menos uma 
veia, sendo chamadas veias satélites. Artérias de grosso calibre geralmente são 
acompanhadas por uma veia e artérias de médio e pequeno calibre são seguidas em seu 
trajeto por duas veias. 
 
 
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 Com os músculos: certos músculos servem como ponto de reparo às artérias que os 
acompanham, sendo chamados de músculos satélites, como por exemplo o músculo 
esternocleidomastóideo que acompanha a artéria carótida comum. 
 Com as articulações: as artérias sempre passam pela superfície flexora da articulação. 
 
Veias 
 
 As veias têm como função conduzir o sangue dos capilares para o coração. As veias, 
também como as artérias, pertencem a grande e a pequena circulação. O circuito que termina 
no átrio esquerdo através das quatro veias pulmonares trazendo sangue arterial dos pulmões 
chama-se de pequena circulação ou circulação pulmonar. E o circuito que termina no átrio direito 
através das veias cavas e do seio coronário retornando com sangue venoso chama-se de grande 
circulação ou circulação sistêmica. Em relação à forma: é variável quanto mais cheia mais 
cilíndrica e quanto mais vazia maisachatada. Fortemente distendidas apresentam a forma 
nodosa devido à presença de válvulas. Quanto ao calibre pode ser grande, médio ou pequeno 
calibre. Tributárias ou afluentes: sua formação aumenta conforme está chegando mais perto do 
coração pela confluência das tributárias. O leito venoso é praticamente o dobro do leito arterial. 
Situação: São classificadas em superficiais e profundas e também podem receber a 
denominação de viscerais e parietais dependendo de onde estão drenando se é na víscera ou em 
suas paredes. Válvulas: são pregas membranosas da camada interna da veia que tem forma de 
bolso. 
 
Sistema Linfático 
 
 É um sistema auxiliar de drenagem formado por vasos e órgãos linfóides que tem 
como objetivo a circulação de linfa (um líquido aquoso, claro que está contido dentro deste 
sistema). Este sistema auxilia o sistema venoso pois nem todos as moléculas que estão contidas 
nas células conseguem passar diretamente para os capilares sangüíneos, elas precisam ser 
recolhidas por capilares especiais, capilares linfáticos, de onde a linfa segue para os vasos 
linfáticos e destes para os troncos linfáticos que lançam a linfa em veias de médio e grande 
calibre. Estes vasos linfáticos são muito encontrados na pele e nas mucosas e estes e 
apresentam válvulas como as veias que asseguram que o fluxo corra em uma só direção, ou 
seja para o coração. No sistema linfático encontramos estruturas denominadas linfonodos que 
tem como objetivo servir de barreira ou filtro contra a penetração de toxinas na corrente 
sangüínea, estes linfonodos encontram-se no trajeto dos vasos linfáticos, e são estrutura de 
defesa do organismo, e para isso produzem glóbulos brancos principalmente os linfócitos. Muitas 
vezes os linfonodos estão localizados ao longo de um vaso sangüíneo no pescoço, no tórax, no 
abdômen e na pelve e em um processo inflamatório estes se tornam doloridos e são chamados 
de íngua. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Aula 06 – Avaliação 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 06 
 
 
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 Aula 07 – Sistema Nervoso 
 
Conceito 
 
 Este sistema é o centro cont rolador de todas as ações voluntárias e involuntárias do 
corpo humano, e através de seus componentes anatômicos é capaz de perceber estímulos 
aplicados á superfície do corpo, as vísceras em geral, interpretá-los e desencadear respostas 
adequadas a estes estímulos. 
 
Divisão do Sistema Nervoso 
 
 Anatomicamente o sistema nervoso é dividido em duas partes fundamentais: o 
sistema nervoso central (SNC) e o sistema nervoso periférico. O sistema nervoso central é uma 
porção de recepção de estímulos, de comando e desencadeadora de respostas. A porção 
periférica esta constituída pelas vias que conduzem os estímulos ao sistema nervoso central ou 
que levam até os órgãos efetuadores as ordens emanadas da porção central. Pode-se dizer que 
o SNC está constituído por estruturas que se localizam no esqueleto axial (coluna vertebral e 
crânio): são a medula espinal e o encéfalo. O sistema nervoso periférico compreende os nervos 
cranianos e espinhais, os gânglios e as terminações nervosas. 
 
Meninges 
 
 O encéfalo e a medula espinhal são envolvidos e protegidos por lâminas (ou 
membranas) de tecido conjuntivo chamadas, em conjunto, meninges. Estas lâminas são, de 
fora para dentro: a dura-máter, a aracnóide e a pia-máter. A dura-máter é a mais espessa delas 
e a pia-máter a mais fina. Esta última está intimamente aplicada ao encéfalo e á medula 
espinhal. Entre as duas está a aracnóide, da qual partem fibras delicadas que vão ter á pia-
máter, constituindo uma rede semelhante a uma teia de aranha. A aracnóide é separada da 
dura-máter por um espaço capilar denominada espaço subdural e da pia-máter pelo espaço 
subaracnóide, onde circula o liquido cérebro-espinhal (ou líquor). 
 
Partes do Sistema Nervoso Central: 
 
 Encéfalo 
 - Cérebro 
 - Cerebelo 
 - Tronco Encefálico 
 
 Medula Espinal 
 
Partes do Sistema Nervoso Periférico: 
 
 Nervos 
 - espinais 
 - cranianos 
 Gânglios 
 Terminações Nervosas 
 
 
 
 
 
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Aula 08 – Sistema Respiratório 
 
 
 
 A respiração é uma das características básicas dos seres vivos e consiste na absorção, 
pelo organismo, de oxigênio, e a eliminação do gás carbônico resultante de oxidações celulares. 
O sangue é um elemento intermediário entre as células do organismo e o meio, servindo como 
condutor de gases entre eles. O órgão respiratório por excelência é o pulmão, mas para facilitar 
a condução do ar desenvolvem-se órgãos especiais que promovem o rápido intercambio entre o 
ar e sangue. No conjunto estes órgãos constituem o sistema respiratório. 
 
Divisão do sistema respiratório 
 
Anatomicamente, o sistema respiratório pode ser dividido em duas partes: 
Vias aéreas superiores 
Vias aéreas inferiores 
 
Vias aéreas superiores – constituída por órgãos tubulares cuja principal função é a de 
conduzir o ar inspirado, filtrando, aquecendo e umidificando-o para facilitar o 
processo de troca gasosa, bem como conduzir o ar a ser expirado eliminando 
assim o dióxido de carbono. 
 Das vias aéreas superiores, fazem parte, o nariz, cavidade nasal, a faringe, a 
laringe e os terços superior e médio da traquéia. Além de condutores de ar, a 
cavidade nasal, a faringe e a laringe cumprem as funções olfatoria, de via de 
condução de alimento e de fonação, respectivamente. 
 
 Vias aéreas inferiores – tem inicio a partir do terço inferior da traquéia estendendo-se 
até os alvéolos pulmonares, passando por brônquios principais, lobares e segmentares e 
bronquíolos terminais, respiratórios e ductos alveolares. 
 
Funcionalmente, o sistema respiratório também pode ser dividido em duas partes: 
 
 Zona condutora 
 Zona respiratória 
 
Zona condutora – dessa porção do sistema respiratório fazem parte órgãos tubulares cuja 
função é a de levar o ar inspirado até a porção respiratória. Estende-se desde o nariz até os 
bronquíolos terminais. 
 
Zona respiratória –É constituída pelos bronquíolos respiratórios, ductos alveolares e alvéolos 
pulmonares onde já acontecem as trocas gasosas (hematose). 
 
A partir de agora vamos conhecer os órgãos que compõem o sistema respiratório. 
 
 
 
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Nariz 
 
 É visível externamente no plano mediano da face apresentando três regiões 
anatômicas: a raiz, o dorso, o ápice e a base onde existem duas aberturas chamadas narinas 
que funcionam como porta para a entrada do ar. O esqueleto do nariz é osteocartilaginoso, 
sendo formado pelos ossos nasais e pelos processos frontais da maxila e pelas cartilagens 
laterais, alares maior e menor 
 
Cavidade Nasal 
 
 Comunica-se com o meio externo através das narinas e com a porção nasal da faringe 
através dos cóanos. Lateralmente a cavidadenasal é limitada pelas conchas e meatos nasais, 
superiormente pelos ossos que constituem a fossa craniana anterior e inferiormente pelo 
processo palatino da maxila e pela lâmina horizontal do osso palatino. O septo nasal também é 
osteocartilaginoso sendo constituído pela lamina perpendicular do osso etmóide, pelo osso 
vômer e pela cartilagem septal e divide a cavidade nasal em metade direita e esquerda. 
Anatomicamente a cavidade nasal é dividida em três partes: 
 
Vestíbulo nasal – é a parte anterior da cavidade nasal que vai das narinas até o limiar do 
nariz. Nessa porção encontram-se as vibrissas que iniciam o processo de filtração do ar. 
 
Porção olfatória – compreende a porção da cavidade nasal onde está a concha nasal superior. 
 
Porção respiratória – é o local por onde passam dois terços do ar inspirado, compreende a 
região onde esta a concha nasal media e a concha nasal inferior. 
As conchas nasais são projeções ósseas revestidas por tecido epitelial e os meatos nasais são 
depressões localizadas entre as conchas nasais onde desembocam as secreções vindas dos seios 
paranasais. 
 
Seios Paranasais 
 
 Os ossos são classificados como pneumáticos por possuírem cavidades revestidas por 
epitélio respiratório e preenchidas por ar. Estas cavidades existentes nos ossos, frontal, etmóide, 
esfenóide e maxilar são chamadas de seios paranasais. 
 
Faringe 
 
 É um tubo muscular associado a dois sistemas: respiratório e digestório, situando-se 
posteriormente à cavidade nasal, cavidade da boca e à laringe, o que faz com que ela seja 
dividida em três partes: parte nasal, parte oral ou bucal e parte laríngea. 
 Na parede lateral da parte nasal da faringe existe uma comunicação deste tubo com a 
orelha media chamada óstio faríngeo da tuba auditiva que na sua extremidade medial é 
revestido por uma cartilagem chamada toro tubário que visa minimizar a entrada de corpos 
estranhos no pavilhão auditivo. Também nesta região pode-se encontrar uma estrutura 
anatômica cuja função é a de proteção chamada tonsila faríngea que após episódios repetitivos 
de inflamações se hipertrofia aumentando de tamanho e dificultando a passagem do ar e sendo 
chamada neste momento de adenóide (carne esponjosa). 
 
 
 
 
 
 
 
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Laringe 
 
 É um órgão tubular situado no plano mediano e anterior do pescoço que além de via 
aérea é órgão da fonação ou seja, responsável pela produção do som. Coloca-se anteriormente à 
faringe e é continuada diretamente pela traquéia. 
 
Esqueleto da laringe 
 
 O esqueleto da laringe é cartilaginoso, sendo a maior das cartilagens a tireóidea, 
constituída de duas laminas que se unem anteriormente para formar a proeminência laríngea. 
A cartilagem cricóidea é impar, tem forma de anel e limita inferiormente a laringe. A cartilagem 
aritenóidea é par e posterior apresentando-se na forma piramidal e articulando-se 
inferiormente com a cartilagem cricóidea. A cartilagem epiglótica, impar e mediana, 
funcionalmente é muito importante, pois impede a passagem de líquidos e sólidos para as vias 
respiratórias. As cartilagens cuneiformes e corniculadas completam o esqueleto da laringe. 
 Na anatomia interna da laringe pode-se observar a presença de uma fenda antero-
posterior que leva a uma pequena invaginação, o ventrículo da laringe, que é limitado 
superiormente pela prega vestibular e inferiormente pela prega vocal. O espaço que vai do 
adito da laringe (abertura da laringe) até a prega vestibular é chamado de vestíbulo da 
laringe, já o espaço aéreo compreendido entre as pregas vestibular e vocal é conhecido como 
glote. 
 As pregas vocais são constituídas pelo ligamento e músculos vocais, e o espaço 
existente entre elas é denominado rima glótica. As pregas vestibulares possuem função 
protetora. 
 
Traquéia 
 
 Inicia-se na região cervical, situada anteriormente ao esôfago, descendo em direção 
ao tórax sendo que no mediastino superior divide-se dando origem aos brônquios principais 
direito e esquerdo. Ë uma estrutura mediana composta anteriormente por anéis cartilaginosos 
unidos entre si por ligamentos anulares o que visa impedir um possível colapso do tubo aéreo. 
Já posteriormente a traquéia possui uma parede membranácea constituída principalmente por 
músculo liso e tecido fibroelástico. Próximo de sua extremidade inferior a traquéia se desvia 
para a direita em razão da presença do coração, ocasionando características morfológicas 
distintas as suas ramificações. 
 
Brônquios Principais 
 
 A traquéia bifurca-se e origina os brônquios principais direito e esquerdo. Neles os 
anéis cartilaginosos da traquéia são substituídos por placas irregulares de cartilagem. 
 O brônquio principal esquerdo é mais longo, mais horizontalizado e tem menor calibre 
passando sob o arco aórtico e anteriormente à aorta descendente para alcançar o hilo do pulmão 
esquerdo. 
 O brônquio principal direito é quase a continuação da direção da traquéia e, portanto, 
é mais vertical, mais calibroso e também mais curto que o esquerdo. Por esta razão, corpos 
estranhos que passam pela traquéia penetram no brônquio principal direito mais facilmente. 
 
Brônquios Lobares 
 
 São tubos aéreos que apresentam as mesmas características morfológicas que os 
brônquios principais tendo como função ventilar os lobos pulmonares. O pulmão direito possui 
três lobos e conseqüentemente três brônquios lobares, o superior, o médio e o inferior, já o 
 
 
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pulmão esquerdo possui apenas dois lobos que são ventilados por dois brônquios lobares, o 
superior e o inferior. 
 
Brônquios Segmentares 
 
 São tubos aéreos que surgem da ramificação dos brônquios lobares e vão ventilar os 
segmentos broncopulmonares. São nomeados de acordo com o respectivo segmento 
broncopulmonar em que atuam. 
 
Bronquíolos 
 
 São tubos aéreos que gradualmente apresentam um calibre menor. 
 
Bronquíolos Terminais 
 
 Os bronquíolos se ramificam repetidamente em tubos ainda menores chamados de 
bronquíolos terminais. É neste tubo aéreo que termina a chamada zona condutora do sistema 
respiratório. 
 
Bronquíolos Respiratórios 
 
 São tubos aéreos que já apresentam nas suas paredes a presença de alvéolos, 
portanto, já ocorrem a esta altura as trocas gasosas (hematose). 
 
Ductos Alveolares 
 
 Os bronquíolos respiratórios por sua vez, se subdividem em diversos ductos 
alveolares. Da traquéia ate chegar aos ductos alveolares, o ar passa por cerca de vinte e cinco 
divisões. 
 
Alvéolos 
 
 Em torno da circunferência dos ductos alveolares encontram-se numerosos alvéolos e 
sacos alveolares. O alvéolo é uma evaginação caliciforme revestida por epitélio escamoso 
simples e sustentada por uma fina membrana basilar elástica; sacos alveolares são dois ou mais 
alvéolos que compartilham uma abertura comum. 
 
Pulmões 
 
 São órgãos pares, em forma de cone, localizados na cavidade torácica. O pulmão 
direito é mais curto que o esquerdo em razão da elevação da cúpula diafragmática direita, o que 
ocorre pela presença do fígado. Em compensação, é mais largo que o esquerdo, porque o 
coração se desloca para a esquerda. 
 
Regiões 
 
 O pulmão apresenta um ápice que pode ser palpado acima do terçomédio da 
clavícula, pois ultrapassa a abertura superior do tórax e uma base que fica apoiada sobre o m. 
diafragma e, portanto, é côncavo. 
 
Lobos e Fissuras 
 
 
 
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 Cada pulmão é dividido em lobos por uma ou mais fissuras. O pulmão direito é 
dividido em três lobos por duas fissuras, obliqua e horizontal. O lobo superior é dividido do lobo 
médio pela fissura horizontal e do lobo inferior pela fissura obliqua. 
Por sua vez, o pulmão esquerdo apresenta, apenas dois lobos, o superior e o inferior, separados 
pela fissura obliqua. A borda anterior do pulmão esquerdo é protusa, formando um 
prolongamento que é chamado de língula, correspondendo ao lobo médio do pulmão direito. 
 
Segmentos Broncopulmonares 
 
 Podem ser considerados como unidade clínica e cirúrgica do pulmão, pois se um 
segmento colaba por doença ou é removido cirurgicamente o restante do pulmão se distende 
para ocupar o espaço deixado. 
 
Mediastino 
 
 O espaço entre os dois pulmões envolvidos pela pleura é chamado de mediastino. 
 
Pleura e Cavidade Pleural 
 
 Na cavidade torácica os pulmões estão envolvidos por um saco seroso de dupla 
parede chamado pleura, que apresenta dois folheto em continuidade: a pleura parietal e a 
pleura pulmonar. 
 
 
 
 
 
 
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Aula 09 – Sistema Digestório 
 
 
 
Conceito: 
 
 A célula se mantém viva graças ao constante recebimento, através do sangue, de 
oxigênio e de um grande aporte nutricional. Estes nutrientes provêm do processo de digestão 
dos alimentos, que sofrem modificações químicas para que sejam absorvidos e assimilados Os 
órgãos que, no conjunto, compreendem o sistema digestório são especialmente adaptados para 
que estas exigências sejam cumpridas. Na verdade, existem várias ações conjuntas que 
possibilitam a chegada dos nutrientes à corrente sanguínea, bem como, a eliminação dos 
resíduos finais. Estas ações compreendem: a ingestão, a preensão, a mastigação, a deglutição, a 
peristalse, a digestão química, a absorção dos nutrientes, sais minerais e líquidos e ainda a 
expulsão dos resíduos, eliminados sob a forma de fezes. 
 
Divisão do Sistema Digestório: 
 
 O sistema digestório é formado por um canal alimentar aberto nas suas duas 
extremidades (boca e ânus), e estruturas anexas. Este canal apresenta dilatações e 
estreitamentos, porém, nenhuma interrupção, sendo composto por órgãos situados na cabeça, 
pescoço, tórax, abdome e pelve. O canal alimentar inicia-se na cavidade bucal, continuando-se 
na faringe, esôfago, estomago, intestinos (delgado e grosso), para terminar no reto, que se abre 
no meio externo através do ânus. Entre os anexos incluem-se as os dentes, a língua, glândulas 
salivares, o fígado, a vesícula biliar e o pâncreas. 
 
Boca e Cavidade Bucal: 
 
 A boca é a abertura inicial do canal alimentar, limitada pelos lábios superior e inferior 
que quando se aproximam promovem o aparecimento da rima bucal A partir do momento em 
que o alimento ultrapassa a boca adentra uma região chamada de cavidade bucal. A cavidade 
bucal esta limitada, anteriormente pelos lábios superior e inferior, lateralmente pelas bochechas, 
superiormente pelo palato, inferiormente por músculos que constituem o soalho da boca e 
posteriormente pelo istmo da garganta. Nesta cavidade fazem saliências as gengivas, os dentes 
e a língua. 
 
Divisão da Cavidade Bucal: 
 
 A cavidade bucal é dividida em duas porções, sendo os limites superior e inferior 
comum as duas regiões: 
 
Vestíbulo da boca – é o espaço situado entre os lábios, bochechas, dentes e gengivas. 
 
Cavidade própria da boca – é o espaço delimitado anteriormente pelos dentes e gengivas, 
lateralmente pelas bochechas e posteriormente pelo istmo da garganta. 
 
 
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Palato: 
 
 O teto da cavidade bucal e constituído pelo palato duro que é anterior e ósseo e pelo 
palato mole, posterior e muscular. O palato é o limite entre a cavidade nasal da cavidade bucal. 
A porção do palato mole apresenta uma projeção mediana chamada de úvula palatina. 
Lateralmente existem duas pregas anteriores denominadas arcos palatoglossos e ainda duas 
pregas posteriores chamadas de arcos palatofaríngeos originadas por músculos que recebem os 
mesmos nomes dos arcos. Entre os arcos há um espaço, a fossa tonsilar, ocupado pela tonsila 
palatina, importante órgão linfóide. Portanto, o istmo da garganta é delimitado lateralmente 
pelos arcos palatoglossos, inferiormente pela língua, é superiormente pela úvula palatina. 
 
Língua: 
 
 É um órgão muscular importante na preensão do alimento quando da mastigação e no 
processo da deglutição, atuando também como órgão gustativo e na articulação da palavra. A 
língua apresenta duas regiões anatômicas distintas, delimitadas pelo sulco terminal. A porção 
anterior ao sulco é chamada de corpo da língua sendo sua região superficial denominada de 
dorso, já a região situada posteriormente ao sulco é chamada de raiz. No dorso da língua é 
possível identificar um série de projeções, as papilas linguais, que são morfologicamente 
diferentes; as maiores, facilmente identificáveis, dispõem-se junto ao sulco terminal e são 
denominadas papilas circunvaladas. Ao longo do dorso da língua distribuem-se também as 
papilas chamadas de foliáceas, fungiformes e filiformes. Algumas delas apresentam 
receptores gustativos que possibilitam o reconhecimento dos diversos sabores. O frênulo da 
língua é uma prega da mucosa que limita sua projeção anterior fixando-a ao soalho da boca 
 
Dentes: 
 
 Auxiliam no processo de digestão triturando o alimento. 
 
Glândulas Salivares: 
 
 São as primeiras glândulas anexas que atuam no canal alimentar, produzindo e 
secretando a saliva, que digere o amido ainda na cavidade da boca e umidece o bolo alimentar 
facilitando a deglutição. Apesar de numerosas, só estudaremos as que se localizam fora do canal 
alimentar e utilizam ductos para liberação da secreção no seu interior . Compreendem três pares 
de glândulas: parótidas, submandibulares e sublinguais. 
 
 Glândulas parótidas – Localizadas lateralmente na face e anterior ao lóbulo inferior da 
orelha externa. O ducto parotideo abre-se no vestíbulo da boca, ao nível do segundo 
molar superior. A infecção da glândula parótida (parotidite) é conhecida popularmente 
por caxumba. 
 
 Glândulas submandibulares – Localizam-se no terço lateral do corpo da mandíbula 
próximo ao ângulo. O ducto submandibular desemboca no soalho da boca, lateralmente 
ao frênulo da língua. 
 
 Glândulas sublinguais – São as menores, localizadas lateral e inferiormente à língua. Sua 
secreção é lançada diretamente na cavidade da boca em sua porção mais anterior. 
 
 
 
 
 
 
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Faringe: 
 
 A parte nasal da faringe foi descrita no sistema respiratório. A parte bucal da faringe 
tem comunicação com a cavidade própria da boca atravésdo istmo da garganta, já a parte 
laríngea comunica-se anteriormente com o adito da laringe e, posteriormente, é continuada pelo 
esôfago. 
 
Esôfago: 
 
 É a partir deste órgão que tem inicio o trato gastrintestinal. O esôfago é um tubo 
muscular que apresenta três porções: a cervical, a torácica e a abdominal, sendo a torácica a 
maior delas. Nas porções cervical e torácica o esôfago apresenta duas constricções, a 
cricofaríngea e a broncoaortica, respectivamente. Para atingir o abdome ele atravessa o músculo 
diafragma, através do hiato esofágico, apresentando nesta região a terceira constricção 
chamada diafragmática, desembocando quase imediatamente no estomago. Na camada 
muscular do trato gastrintestinal existem fibras musculares dispostas circular e 
longitudinalmente, que ao contraírem impulsionam óbolo alimentar em direção ao estomago 
.Estes movimentos acontecem em todo o restante do trato gastrintestinal e são denominados 
movimentos peristálticos. 
 
 
Peritônio: 
 O peritônio é uma membrana serosa de parede dupla que reveste a parede 
abdominal. 
 
Estômago: 
 
 É a primeira dilatação do canal alimentar que se segue ao esôfago e se continua no 
intestino. Esta situado logo abaixo do diafragma , sendo que sua maior porção esta localizada a 
esquerda do plano mediano. Apresenta dois óstios: um que o comunica com o esôfago, chamado 
de óstio cárdico, e outro chamado de óstio pilórico, que o comunica com o duodeno. Na junção 
gastreosofágica ocorre uma condensação das fibras musculares dispostas tanto circular quanto 
longitudinalmente, formando nesta região um esfíncter chamado de gastroesofágico, que por 
sua localização próxima ao coração, também recebe o nome de cárdia. Um esfíncter semelhante 
também é encontrado ao nível do óstio pilórico, sendo responsável pela abertura e fechamento 
ativos da comunicação gastroduodenal. Esta estrutura anatômica é conhecida por esfíncter 
gastroduodenal ou piloro. A morfologia do estomago varia de acordo com a idade, biótipo, dieta 
nutricional, posição em que se encontra o individuo e o estado fisiológico do órgão. 
 
 
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Anatomia externa do estômago: 
 
 Cardia – corresponde com a junção com o esôfago 
 Piloro – corresponde com a junção com o duodeno 
 Fundo – situado superiormente a um plano horizontal traçado próximo à junção 
gastroesofágica 
 Corpo – corresponde à parte média do órgão 
 Região pilorica – porção terminal, continuada pelo duodeno. 
 Curvatura maior – margem situada à esquerda do órgão 
 Curvatura menor – margem situada à direita do órgão 
 
Anatomia interna do estomago: 
 
 A mucosa do estomago apresenta numerosas pregas de direção predominantemente 
longitudinal que desaparecem com a distensão do órgão. 
 
Intestinos: 
 
 Devido às diferenças morfológicas apresentadas no trato gastrintestinal pode-se dizer 
que o estomago é continuado pelo intestino delgado e em seguida pelo intestino grosso. 
 
Intestino Delgado: 
 
 Morfologicamente subdivide-se em três segmentos: duodeno, jejuno e íleo. 
 
Intestino Grosso: 
 
 Constitui a porção final do trato gastrintestinal, sendo mais calibroso e mais curto que 
o intestino delgado. Morfologicamente subdivide-se em: 
 
 Ceco – Segmento inicial, em fundo cego, que se continua no colo ascendente. Apresenta 
uma projeção cilíndrica, o apêndice vermiforme. 
 Colo ascendente – Continuação do ceco que fica preso à parede posterior do abdome. 
Superiormente, ao nível do fígado, se dobra à esquerda formando a flexura cólica direita 
ou hepática. 
 Colo transverso – É bastante móvel, estendendo-se da flexura cólica direita à flexura 
cólica esquerda ou esplênica, onde se dobra para continuar no colo descendente. 
 Colo descendente – É o mais curto dos colos e como o ascendente, está fixo à parede 
posterior do abdome, iniciando-se na flexura esplênica e terminando na altura da crista 
ilíaca. 
 Colo Sigmóide – É a continuação do colo descendente e tem um trajeto que corresponde 
à letra sigma do alfabeto grego, dirigindo-se para o plano mediano da pelve onde é 
continuado pelo reto. 
 Reto - Continua o colo sigmóide e constitui a porção final do trato gastrintestinal. 
Apresenta um estreitamento em sua parte distal denominado canal anal. Atravessa o 
conjunto de partes moles que oblitera inferiormente a pelve óssea (períneo) e se abre no 
exterior através do ânus. 
 
 
 
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Anexos do canal alimentar: 
 
 As glândulas salivares já foram descritas e por esta razão, resta abordar os aspectos 
morfológicos do fígado e do pâncreas. 
 
Fígado: 
 
 É, depois da pele, o segundo maior órgão do corpo humano. Localizado abaixo do 
diafragma, em sua maior parte no quadrante superior direito, o fígado também possui uma 
pequena porção localizada no quadrante esquerdo. 
 
 
Pâncreas: 
 
 Situa-se posteriormente a curvatura maior do estomago, em posição retroperitoneal, 
estando portanto fixada á parede abdominal posterior. Na anatomia externa do órgão observam-
se três regiões: uma extremidade dilatada que se acomoda na porção descendente do duodeno 
chamada de cabeça, um corpo disposto transversalmente, e uma calda, extremidade afilada, 
que continua diretamente o corpo. O pâncreas é uma glândula mista, ou seja, com característica 
exócrina e endócrina. A secreção endócrina é a insulina e a exócrina sulco pancreático. Este é 
recolhido por ductos que confluem, quase sempre em dois canais: o ducto pancreático e o ducto 
pancreático assessório. Na sua terminação o ducto pancreático muitas vezes se une ao ducto 
colédoco para desembocar na papila duodenal maior, enquanto, o ducto pancreático assessório 
desemboca na papila duodenal menor. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Aula 10 – Sistema Urinário 
 
 
 
 
Conceito 
 
 O sistema urinário compreende os órgãos responsáveis pela formação da urina que é 
um dos veículos de excreção com que conta o organismo. Os órgãos que compõem esse sistema 
são: os rins, os ureteres, a bexiga urinária e a uretra. 
 
Funções do Sistema Urinário 
 
 Manutenção do balanço interno (homeostase) através da eliminação ou conservação de 
água e demais produtos do metabolismo celular, tais como, a uréia, o ácido úrico e a 
creatinina. 
 Produção do hormônio eritropoietina que estimula a produção dos eritrócitos do sangue. 
 Regulação da composição e do pH do liquido intersticial, pois por serem seletivos, os rins 
impedem a saída de substâncias vitais para o corpo e ainda liberam a saída de 
substâncias tóxicas, conseguindo com isso a excelência do meio interno o que é 
considerado ótimo para a sobrevivência das células. 
 
 
Rim 
 
 São dois órgãos de localização retroperitoneal, fixados na parede posterior da 
cavidade abdominal, à direita e a esquerda da coluna vertebral, ocupando o direito uma posição 
inferior em relação ao esquerdo, em virtude da presença do fígado à direita. 
 
Anatomia externa do rim 
 
 Na anatomia externa dos rins podemos visualizar: 
 
 Faces: anterior e posteriorPólos: superior (glândula supra-renal) e inferior 
 
 Bordas: medial e lateral 
 
 Camadas de revestimento: cápsula fibrosa, cápsula adiposa e fáscia renal. 
 
 A borda medial do rim apresenta uma fissura vertical chamada hilo renal, por onde 
passam o ureter, a artéria e a veia renal, linfáticos e nervos que em conjunto constituem o 
pedículo renal. Dentro do rim o hilo se expande em uma cavidade central denominada seio 
renal que funciona como alojamento para a pelve renal que na verdade é a porção dilatada do 
ureter. 
 
Anatomia interna do rim 
 
 Na anatomia interna do rim pode-se observar mais perifericamente uma região de 
coloração menos evidente chamada córtex renal e ainda uma região mais escura chamada 
 
 
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medula renal. O córtex renal se projeta na medula renal separando estruturas chamadas de 
pirâmides renais. Estas projeções do córtex são chamadas de colunas renais. As pirâmides 
renais tem os ápices voltados para a pelve renal, enquanto suas bases são envolvidas pelo 
córtex renal, estando portanto, voltadas para a superfície do órgão. A pelve renal por sua vez, 
esta dividida em dois ou três tubos curtos e largos, os cálices renais maiores que se 
subdividem em números variável de cálices renais menores. Cada destes últimos oferecem 
um encaixe em forma de taca, para receber o ápice das pirâmides renais. Este ápice denomina-
se papila renal, região anatômica que apresenta uma área perfurada, área crivosa, por onde 
goteja o ultrafiltrado que será recebidos nos cálices renais menores. Um exame cuidadoso da 
medula renal mostra a presença de estriações, os raios medulares. 
 
Ureteres 
 
 São definidos como tubos musculares que unem os rins á bexiga. Partindo da pelve 
renal, que constitui sua extremidade superior dilatada, o ureter, com trajeto descendente 
também é retroperitoneal. Em virtude do seu trajeto, distinguem-se duas partes do ureter: 
abdominal, quando o ureter desce paralela a parede posterior da cavidade abdominal, revestido 
pelo peritônio e pélvica, quando na altura das cristas ilíacas se dirigem medialmente indo 
desembocar póstero-lateralmente na bexiga urinária. O tubo muscular é capaz de contrair-se e 
realizar movimentos peristálticos. 
 
Bexiga 
 
 É uma bolsa de localização infraperitonial, situada posteriormente à sínfise púbica e 
que funciona como reservatório da urina. O fluxo continuo de urina que chega pelos ureteres é 
transformado, graças a ela, em emissão periódica (micção). A forma, o tamanho, a situação e as 
relações da bexiga com órgãos vizinhos variam com suas fases de vacuidade, plenitude ou 
intermediárias, com as mesmas fases em que se encontram os órgãos vizinhos e ainda com a 
idade e o sexo. No adulto, vazia, ela se achata contra a sínfise púbica: cheia, toma a forma de 
um ovóide e faz saliência na cavidade abdominal. É chamado de trígono da bexiga o espaço 
triangular delimitado pelos óstios ureterais e pelo óstio interno da uretra localizado mais 
anteriormente. No sexo masculino, o reto coloca-se posteriormente a ela; no sexo feminino, 
entre o reto e a bexiga, situa-se o útero. Externamente evidenciam-se três regiões anatômicas 
na bexiga urinaria: o ápice, o corpo e o fundo da bexiga que no sexo masculino aparece 
associado à próstata. 
 
Uretra 
 
 Constitui o ultimo segmento das vias urinárias. É importante lembrar que ela difere 
nos dois sexos, mas em ambos é um tubo mediano que estabelece a comunicação entre a 
bexiga urinaria e o meio exterior. No homem é uma via comum para a micção e a ejaculação, 
possui cerca de 20 cm de comprimento e termina no óstio externo da uretra localizado na glande 
do pênis. A uretra masculina é composta por quatro porções: 
 
 Intramural - que é circundada por musculatura lisa da bexiga, musculatura esta que 
apresenta fibras circulares que constituirão o esfíncter interno da uretra. enquanto na 
mulher, serve apenas á excreção da urina. 
 
 Prostática – atravessa longitudinalmente a próstata. 
 
 Membranácea – atravessa o diafragma urogenital. 
 
 
 
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 Esponjosa – vai do diafragma urogenital até o ostio externo da uretra sendo portanto a 
maior das porções uretrais. No interior da glande existe a fossa navicular da uretra, que 
se trata de uma dilatação que diminue a pressão de chegada da urina minimizando a 
possibilidade de ocorrência de micro lesões nas paredes que se seguem. 
 
 No sexo feminino, a uretra é menor, possuindo aproximadamente 4 cm de 
comprimento. Está localizada anteriormente a vagina e assim como a masculina também 
atravessa o diafragma urogenital abrindo-se para o meio externo através do ostio externo da 
uretra que está localizado entre o clitóris e o ostio da vagina. A uretra feminina é composta por 
apenas duas porções: 
 
 Intramural - que é circundada por musculatura lisa da bexiga, musculatura esta que 
apresenta fibras circulares que constituirão o esfíncter interno da uretra. enquanto na 
mulher, serve apenas á excreção da urina. 
 
 Membranácea – atravessa o diafragma urogenital. 
 
 
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Aula 11 – Sistema Genitais 
 
 
 A importância dos órgãos genitais é produzir e permitir a união dos gametas. 
 
 Diferente dos outros sistemas eles não são necessários à sobrevivência do indivíduo, 
mas sim para a perpetuação da espécie por meio da reprodução sexuada. 
 
Sistema genital masculino 
 
Funções do sistema genital masculino: 
 
 Produzir gametas - espermatozóides 
 Transferi-los para o sistema genital feminino 
 Produzir e secretar hormônios sexuais 
 
Classificação das estruturas: 
 
 Órgãos sexuais primários: 
Composto pelas gônadas masculinas (testículos) com funções de espermatogênese e 
produção de hormônio sexual (testosterona) localizados no escroto (genitália externa). 
 
 Órgãos sexuais secundários: 
Composto pelas estruturas condutoras do espermatozóide como Epidídimo, Ducto deferente, 
Ducto ejaculatório e Uretra prostática, membranácea e esponjosa, esta última localizada no 
órgão da cópula (pênis). Neste trajeto, ao espermatozóide são unidos à secreções das 
glândulas anexas, como glândulas seminais, próstata e glândulas bulbouretrais. 
 
 Caracteres sexuais secundários: 
Aparecimento na idade de maturação sexual, como voz grave, aumento de pêlos nas 
genitálias externas e pelo corpo todo, etc. 
 
Testículos: 
 
 Em número de dois, ovóides, facilmente palpáveis, ficam localizados dentro do 
escroto, onde o esquerdo está em geral, inferior ao direito o que proporciona melhora no retorno 
venoso e evita o atrito permanente entre eles. 
 Os testículos são formados na cavidade abdominal e durante o desenvolvimento fetal 
descem na direção do escroto, para ocupá-lo definitivamente, o que ocorre em geral até o 8º 
mês de vida intra-uterina. 
 
 
Escroto: 
 
 È o nome dado à bolsa cutânea que aloja os dois testículos. Medianamente é dividida 
em duas porções laterais pela rafe do escroto, que se prolonga desde a face uretral do pênis, 
acompanhando a linha mediana do períneo, até o ânus._________________________________________________________________________________ 
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Epidídimo: 
 
 Em número de dois, é uma estrutura em forma de C, associada a margem posterior 
do testículo, podendo ser percebido pela palpação. Descrevem-se no epidídimo as seguintes 
partes: cabeça, corpo e cauda. 
 
 É neste órgão que os espermatozóides produzidos pelos testículos ficam armazenados 
para maturação até o momento da ejaculação. 
 
Ducto deferente: 
 
 Em número de dois é a continuação da cauda do epidídimo que conduz os 
espermatozóides até o ducto ejaculatório. Ele parte do escroto e penetra na cavidade 
abdominopélvica anterior, lateralmente ao púbis, seguindo lateralmente ao corpo da bexiga, se 
encontrando com o ducto da glândula seminal posterior e inferiormente na próstata. 
 
 Devido ao grande trajeto foi divido em partes: escrotal, funicular, inguinal e pélvica. 
 
Funículo Espermático: 
 
 Fáscia muscular que envolve os vasos sanguíneos, linfáticos e nervos que suprem os 
testículos e ainda o ducto deferente. Estende-se do canal inguinal até os testículos, sendo que o 
situado a esquerda é maior do que o cordão situado a direita, razão pela qual o testículo 
esquerdo é inferior ao direito. 
 
Ducto ejaculatório: 
 
 É formado pela junção do ducto deferente com o ducto da glândula seminal. Das vias 
condutoras dos espermatozóides, é a porção de menor dimensão e de calibre reduzido. Seu 
trajeto está situado dentro da próstata, desembocando na parte prostática da uretra por meio de 
uma saliência denominada colículo seminal. 
 
Glândulas Seminais: 
 
 Consiste em um tubo enovelado que emite vários divertículos situados na parte 
póstero-inferior da bexiga. Inferiormente, sua extremidade torna-se estreita e reta para formar 
o ducto da glândula seminal, que se junta ao correspondente ducto deferente para formar o 
ducto ejaculatório. 
Estas glândulas produzem o liquido seminal, substancia com função ativar os espermatozóides e 
facilitar a progressão dos mesmos através de suas vias de passagem. 
 
Próstata: 
 
 É um órgão pélvico, ímpar, situado inferiormente à bexiga e atravessado em toda sua 
extensão pela uretra. O líquido prostático se junta à secreção das glândulas seminais para 
constituir o sêmen, sendo lançado diretamente na parte prostática da uretra por meio de 
numerosos dúctulos prostáticos (não visíveis macroscopicamente) e confere odor característico 
ao sêmen. 
 
 
 
 
 
 
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Glândulas bulbouretrais: 
 
 São duas formações arredondadas, pequenas, situadas nas proximidades da parte 
membranácea da uretra. Seus ductos desembocam na uretra esponjosa e sua secreção é 
mucosa com função de alterar o pH da uretra antes da passagem do sêmen. 
 
Pênis: 
 
 Órgão da cópula, o pênis é normalmente flácido, mas quando seus tecidos eréteis se 
enchem de sangue, apresenta-se túrgido, rígido e com sensível aumento de volume. Esta 
modificação morfológica recebe o nome de ereção. 
 
 O pênis é formado por três cilindros de tecido erétil, sendo os dois dorsais chamados 
de corpos cavernosos e o ventral de corpo esponjoso. Ambos são envolvidos por fáscias, túnicas 
fibrosas e externamente por pele fina e extremamente distensível. 
 
 O pênis é divido em duas partes, uma interna, a raiz (fixa) e uma externa, o corpo 
(móvel). 
A raiz do pênis é formada pela junção dos ramos do pênis, nome dado as extremidades 
posteriores dos corpos cavernosos, e pelo bulbo do pênis que é a dilatação proximal do corpo 
esponjoso do pênis. 
 
 O corpo esponjoso apresenta ainda, uma dilatação anterior, a glande do pênis. Como 
a parte esponjosa da uretra percorre o corpo esponjoso, encontra-se na extremidade da glande 
uma fenda mediana – é o óstio externo da uretra. A glande está recoberta, em extensão 
variável, por uma dupla camada de pele – o prepúcio, onde se encontram as glândulas 
prepuciais que secretam o esmegma, secreção importante na proteção das terminações 
nervosas situadas superficialmente na glande do pênis. O frênulo do prepúcio é uma prega 
mediana e inferior que passa de sua camada profunda para as adjacências do óstio externo da 
uretra. 
 
Assoalho Pélvico: 
 
 O assoalho pélvico é formado por duas camadas superpostas de músculos que limitam 
inferiormente a cavidade pélvica. 
 
Diafragma Pélvico: 
 Nome dado à camada mais profunda do assoalho pélvico. Os músculos que formam o 
diafragma pélvico são o m. levantador do ânus e suas partes e o m. coccígeo. 
 
M. levantador do ânus e suas partes 
o m. pubococcígeo 
o m. puboretal 
o m. íliococcígeo 
 
M.coccígeo 
 
Funções do Diafragma Pélvico: 
 
 Sustentação das vísceras pélvicas 
 Resistir aos aumentos da pressão intra-abdominal 
 
 
 
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Períneo: 
 
 Constitui a região correspondente à saída da pelve, tendo como limites a sínfise 
púbica, anteriormente e o osso sacro, posteriormente formando neste espaço uma figura 
semelhante a um losango. É dividido em regiões urogenital e anal. 
 
 Clinicamente associa-se o períneo com a região entre o ânus e o bulbo do pênis no 
homem ou entre o ânus e a vagina na mulher 
 
Períneo Masculino: 
 
 Formado por músculos dispostos em duas camadas, uma profunda e outra superficial. 
 
Camada superficial 
 
 M. transverso superficial do períneo - Contrai juntamente com o m. bulbocavernoso para 
fixar o centro tendíneo do períneo. 
 
 M. bulbocavernoso - Esvazia o canal da uretra após a bexiga ter expelido seu conteúdo e 
auxilia na ereção do pênis. 
 
 M. isquiocavernoso - Comprime a raiz do pênis retardando o retorno do sangue para as 
veias e auxilia na ereção 
 
 
Camada profunda – Diafragma urogenital 
 
 M. transverso profundo do períneo 
 
 M. esfíncter da uretra 
 
A ação conjunta e bilateral dos músculos do diafragma urogenital comprime a porção 
membranácea da uretra após a passagem do líquido, auxiliando na eliminação das últimas 
gotas. 
 
Períneo Feminino: 
 
 Também formado por músculos dispostos em duas camadas, uma profunda e outra 
superficial. 
 
Camada superficial 
 
 M. transverso superficial do períneo - Fixação do centro tendíneo do períneo 
 
 M. bulbocavernoso - Diminui o orifício da vagina e contribui para a ereção do clitóris 
 
 M. isquiocavernoso - Ereção do clitóris 
 
Camada profunda - Diafragma urogenital 
 
 M. transverso profundo do períneo 
 
 
 
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 M. esfincter da uretra 
 
Músculos da região anal: 
 
 M. corrugador da pele do ânus -Contraindo-se provoca rugas na pele ao redor do ânus. 
 
 M. esfíncter externo do ânus - Sempre contraído para manter fechado o orifício e o canal 
anal auxiliando a na fixação do centro do períneo 
 (bulbocavernoso) 
 M. esfíncter interno do ânus - Auxiliar do m. esfíncter externo 
 
 
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