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Aula 05 - Organização dos serviços de saúde

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Organização dos Serviços de Saúde 
Organização dos Serviços de Saúde 
Prof.ª Alane Costa Cuiabá-MT 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A Concepção Hierárquica do SUS 
Níveis de Atenção à Saúde 
Organização dos Serviços de Saúde 
 
Serviços de Atenção Primária 
Serviços de Atenção Secundária 
Serviços de Atenção Terciária 
Em geral prestados pelas Unidades Básicas de Saúde (UBS) ou pelos Postos de 
Saúde: 
 Consultas simples (clínica geral, pediatria, ginecologia e saúde bucal). 
 Serviços de enfermagem, atividades de educação em saúde, vacinação e 
vigilância epidemiológica e sanitária. 
 Outras atividades clínicas (oftalmologia e psiquiatria). 
 Programas preventivos. 
 Algumas unidades contam com psicologia e serviço social. 
 São as “portas de entrada” do sistema de saúde. 
Constituídos pelos ambulatórios de especialidades e pelos hospitais de baixa 
complexidade e resolutividade, capazes de realizar partos, internações 
clínicas que exijam menos cuidados especializados e cirurgias simples. São o 
maior apoio para os serviços de atenção primária. 
É a atenção à saúde de terceiro nível, integrada pelos serviços ambulatoriais 
e hospitalares especializados de alta complexidade. 
O elenco de serviços terciários é assim definido: 
 
Organização dos Serviços de Saúde 
Níveis de Atenção à Saúde 
O SUS ordena o cuidado com a saúde em níveis de atenção, que são de básica, média 
e alta complexidade. Essa estruturação visa à melhor programação e planejamento das 
ações e dos serviços do sistema de saúde. Não se deve, porém, desconsiderar algum desses 
níveis de atenção, porque a atenção à saúde deve ser integral. 
O que é atenção básica em saúde? 
Constitui o primeiro nível de atenção à saúde adotada pelo SUS. É um conjunto de 
ações que engloba promoção, prevenção, diagnóstico, tratamento e reabilitação. 
Desenvolve-se por meio de práticas gerenciais e sanitárias, democráticas e participativas, 
sob a forma de trabalho em equipe, dirigidas a populações de territórios delimitados, pelos 
quais assumem responsabilidade. Utiliza tecnologias de elevada complexidade e baixa 
densidade, objetivando solucionar os problemas de saúde de maior frequência e relevância 
das populações. É o contato preferencial dos usuários com o sistema de saúde. Deve 
considerar o sujeito em sua singularidade, complexidade, inteireza e inserção sociocultural, 
além de buscar a promoção de sua saúde, a prevenção e tratamento de doenças e a 
redução de danos ou de sofrimentos que possam comprometer suas possibilidades de viver 
de modo saudável. 
Por que as Unidades Básicas são prioridade? 
Porque, quando as Unidades Básicas de Saúde funcionam adequadamente, a 
comunidade consegue resolver com qualidade a maioria dos seus problemas de saúde. É 
comum que a primeira preocupação de muitos prefeitos se volte para a reforma ou mesmo 
a construção de hospitais. Para o SUS, todos os níveis de atenção são igualmente 
importantes, mas a prática comprova que a atenção básica deve ser sempre prioritária, 
porque possibilita melhor organização e funcionamento também dos serviços de média e 
alta complexidade. Estando bem estruturada, ela reduzirá as filas nos prontos-socorros e 
hospitais, o consumo abusivo de medicamentos e o uso indiscriminado de equipamentos de 
alta tecnologia. Isso porque os problemas de saúde mais comuns passam a ser resolvidos 
nas Unidades Básicas de Saúde, deixando os ambulatórios de especialidades e hospitais 
cumprirem seus verdadeiros papéis, o que resulta em maior satisfação dos usuários e 
utilização mais racional dos recursos existentes. 
Saúde da Família é a saúde mais perto do cidadão 
A Saúde da Família é parte da estratégia de estruturação eleita pelo Ministério da 
Saúde para reorganização da atenção básica no País, com recursos financeiros específicos 
para o seu custeio. Cada equipe é composta por um conjunto de profissionais (médico, 
enfermeiro, auxiliares de enfermagem e agentes comunitários de saúde, podendo agora 
contar com profissional de saúde bucal) que se responsabiliza pela situação de saúde de 
determinada área, cuja população deve ser de no mínimo 2.400 e no máximo 4.500 pessoas. 
Essa população deve ser cadastrada e acompanhada, tornando-se responsabilidade das 
equipes atendê-la, entendendo suas necessidades de saúde como resultado também das 
condições sociais, ambientais e econômicas em que vive. Os profissionais é que devem ir até 
suas casas, porque o objetivo principal da Saúde da Família é justamente aproximar as 
equipes das comunidades e estabelecer entre elas vínculos sólidos. 
Fonte: PEREIRA, Ana Lucia et al. O SUS no seu município: garantindo saúde para todos. Brasília: Ministério da Saúde, 2004. 
Fonte: KUSCHNIR, R. C. et al. Gestão dos Sistemas e Serviços de Saúde. Brasília: CAPES: UAB, 2010. 
Organização dos Serviços de Saúde 
O Cuidado Ambulatorial de Especialidades 
O modelo tradicional de rede de atenção é o de especialidades/serviços cujo acesso 
se dá por referência a partir do primeiro nível – denominados de cuidado secundário – por 
meio do estabelecimento de listas de espera. Há diferentes modos de organizar a atenção 
ambulatorial especializada, que tanto pode ser ofertada em hospitais como em unidades 
ambulatoriais autônomas, por exemplo, as policlínicas. 
Os Serviços de Diagnóstico e de Terapia 
Os serviços de diagnóstico e de terapia são comumente denominados “auxiliares” na 
prestação de serviços clínicos e envolvem diagnóstico laboratorial clínico de anatomia 
patológica e de imagem. Os de terapia, mais comumente referidos, são os de quimioterapia, 
radioterapia, hemodiálise e hemoterapia. Os serviços de laboratório de análise clínicas 
podem ser organizados de forma centralizada ou cada unidade pode dispor de seu próprio 
laboratório, que caracteriza a forma mais tradicional encontrada em serviços públicos. 
Os Serviços de Emergência 
A definição do que sejam casos de emergência e de urgência varia e é pouco precisa. 
De forma geral, as emergências são definidas como “(...) condições de agravo à saúde que 
impliquem em risco iminente de vida ou sofrimento intenso, exigindo, portanto, tratamento 
médico imediato (...)” e as urgências como “(...) a ocorrência imprevista de agravo à saúde 
com ou sem risco potencial de vida, cujo portador necessita de assistência médica imediata 
(...)” (CFM, 1995). 
Perceba que tanto as urgências como as emergências podem ser oriundas de trauma 
(causas externas) ou de situações clínicas (infarto agudo do miocárdio, apendicite aguda, 
etc.), o que nos permite afirmar que mesmo com a imprecisão das definições a maioria dos 
casos atendidos em serviços de emergência não são emergências ou urgências (...). Para que 
seja equacionado o problema de utilização dos serviços de emergência por casos que não 
tenham indicação para tal, existem diferentes estratégias: uma delas certamente é a 
organização do primeiro nível de atenção, mas de forma que contemple o problema do 
acesso. Por exemplo, um serviço de primeiro nível cujo acesso é determinado por um 
número limitado de senhas distribuídas pela manhã ou cujo funcionamento se dá em um 
horário restrito, na prática está impondo barreiras de acesso que levarão o indivíduo 
inevitavelmente à procura dos serviços de emergência. 
Temos também a questão das emergências clínicas. Muitas situações não chegam a 
ser emergências, pois parte dessas são casos crônicos agudizados, necessitando de 
internação clínica; outros são casos que necessitam de observação ou ainda são 
efetivamente emergências, como o coma diabético. Cada um desses tipos de problema 
poderia ser tratado em diferentes tipos de serviços, ligados à rede do primeiro nível, em 
hospitais gerais com pequenas emergências ou serviços de emergência propriamente ditos. 
Hospitais 
As funções do hospital podem ser definidas como cuidado ao paciente relativo à 
internação cirúrgica eletiva, à internação clínica, aocuidado ambulatorial, à emergência e à 
reabilitação. 
As características dos outros componentes da rede definem e redefinem os hospitais. 
Em especial, as características do primeiro nível de atenção – o nível de cobertura 
alcançado, a acessibilidade, o grau de resolubilidade – determinam em boa parte a 
demanda que será gerada para o cuidado realizado nos hospitais. 
Organização dos Serviços de Saúde 
 
 
 
A proposta pensada para vencer os desafios de ter uma assistência integral à saúde 
começa pela reorganização dos processos de trabalho na rede básica e vai somando-se a 
todas outras ações assistenciais, numa complexa trama de atos, de procedimentos, de 
fluxos, de rotinas, de saberes, num processo dialético de complementação, mas também de 
disputa, vão compondo o que entendemos como cuidado em saúde. A maior ou menor 
integralidade da atenção recebida resulta, em boa medida, da forma como se articulam as 
práticas dos trabalhadores. Imaginamos, portanto que a integralidade começa pela 
organização dos processos de trabalho na atenção básica, onde a assistência deve ser 
multiprofissional, operando através de diretrizes como a do acolhimento e vinculação de 
clientela, onde a equipe se responsabiliza pelo seu cuidado. Este é exercido a partir dos 
diversos campos de saberes e práticas, onde se associam os da vigilância à saúde e dos 
cuidados individuais. Nesse caso, o usuário passa a ser o elemento estruturante de todo 
processo de produção da saúde, quebrando com um tradicional modo de intervir sobre o 
campo das necessidades, de forma compartimentada. O trabalho passa a ser integrado e 
não partilhado, reunindo na cadeia produtiva do cuidado um saber-fazer cada vez mais 
múltiplo. 
O conceito de Atenção Integral à Saúde, defendido na 10ª CNS, e a definição de seus 
princípios romperam teórica e politicamente com os conceitos de Atenção Primária, 
Secundária e Terciária em Saúde: um rompimento ainda não verificado tanto nas ações e 
serviços de saúde do Brasil quanto nas bases conceituais dos processos de formação e de 
gestão. Vale lembrar a perpetuação da troca de palavras sem mudança radical dos modelos 
de atenção e de gestão em saúde como, por exemplo, das expressões “atenção elementar, 
intermediária e de apoio” passando-se para “atenção primária, secundária e terciária, e 
mais recentemente, adotando-se as expressões “atenção básica, de média e de alta 
complexidade”. 
Fonte: LAGROTTA, M. T. F. Redes de atenção a saúde, territorialização e implementação de linhas de cuidado. 1 maio de 
2010. Disponível em: <http://teiasmesquita.ning.com/profiles/blogs/redes-de-atencao-a-saude>. Acesso: 01 maio 2012. 
Rede Integrada de Cuidados

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