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Unidade III

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Prévia do material em texto

Responsável pelo Conteúdo: 
Prof. Dr. Rodrigo Medina Zagni 
"Natureza e dinâmica das culturas" 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
"Natureza e dinâmica das culturas" 
Nesta unidade iremos tratar do tema “natureza e dinâmica das 
culturas”. Para conhecer o conteúdo desta unidade leia 
atentamente o conteúdo teórico, qualquer dúvida entre em 
contato com seu professor tutor. 
Realize suas atividades nos prazos estabelecidos. 
Atenção 
Para um bom aproveitamento do curso, leia o material teórico atentamente antes de realizar 
as atividades. É importante também respeitar os prazos estabelecidos no cronograma. 
 
 
 
 
 
 
Caro aluno, 
Quando, em alguma situação do nosso cotidiano, dizemos que determinado indivíduo 
“não tem cultura”, por não dominar um determinado conhecimento, ou não demonstrar 
aquilo que entendemos como “boas maneiras”, estamos fazendo uma afirmação correta ou 
equivocada? 
Existe indivíduo sem cultura? Culturas podem ser superiores ou inferiores? 
Ocorre que todo Homem é portador de cultura, ainda que repertórios culturais sejam 
completamente distintos uns dos outros. 
Mas só o Homem é portador e produtor de cultura, os animais não. 
Nesta unidade, vamos conhecer a natureza da cultura, seus processos formadores e 
reprodutores, bem como questões como relativismo e diversidade cultural; o que nos servirá 
de base para compreender diferenças culturais que estão em nosso cotidiano e nos vários 
grupos e instituições sociais com os quais interagimos. 
Em busca das respostas às perguntas aqui elaboradas, embrenhe-se pelo conteúdo 
teórico, apresentação narrada e demais materiais dessa unidade, a fim de entender mais sobre 
a dimensão cultural da condição humana. 
Contextualização 
 
 
 
 
 
A cultura como ação transformadora do meio e do Homem 
 
Uma forma de se compreender a constituição cultural das sociedades é a partir da sua 
função transformadora do meio ambiente, do meio social e do próprio Homem. 
 
Já nos dissera o historiador e filósofo alemão, 
Oswald Arnold Gottfried Spengler (1880-1936), que o 
Homem não é tal qual aquele das pinturas chinesas, ou 
seja, solto no espaço, como se estivesse caindo no nada: 
o Homem existe no meio geográfico. Mais do que isso, 
ele retira desse meio o necessário a sua sobrevivência. 
Pensemos então a dimensão cultural humana a partir das 
relações entre Homem e meio-ambiente. 
 
O Homem, que é dotado de necessidades 
materiais, literalmente obedecendo a programações 
biológicas (comer, evacuar, beber, dormir, procriar etc.), 
realiza-as essencialmente no meio-ambiente. 
 
Pensemos no Homem que atende às suas necessidades de 
sobrevivência no meio-ambiente, mas sem interferir nele. A caça 
e a coleta, por exemplo, foram as atividades econômicas da 
maior parte do tempo de vida humana sobre a Terra, e nela o 
Homem apenas retirava do meio aquilo que necessitava, sem 
interferir nele, ao menos gravemente. 
Ocorre que o economista britânico Thomas Malthus 
(1766-1834) identificou que haveria um descompasso nessa 
relação. As necessidades humanas seriam maiores, em relação 
àquilo que o meio ambiente pode ofertar naturalmente. Malthus 
demonstrou que as necessidades humanas seriam então maiores 
Material Teórico 
Educator Oswald Spengler in Serious Pose 
Título original: Head and shoulder portrait of 
Oswald Spengler, (1880-1936), German 
historian, author of the Decline of the West. 
IMAGEM: © Bettmann/CORBIS 
DATA DA FOTOGRAFIA 1932 
COLEÇÃO Bettmann 
 
Engraving of Economist Thomas 
Robert Malthus by John Linnell 
Título original: Thomas Robert 
Malthus (1766-1834) English 
economist. Photo shows Malthus in a 
formal head and shoulder portrait. 
Undated engraving by J. Linnell. 
IMAGEM: © Bettmann/CORBIS 
NOME DO CRIADOR John 
Linnell 
DATA DE CRIAÇÃO 19th century 
COLEÇÃO Bettmann 
 
 
 
que aquilo que o meio ambiente poderia prover, sem que o Homem interferisse nele. 
Desse descompasso resultaria um grave problema à sobrevivência humana, que 
depende vitalmente de alimento e água. Já dissera o filósofo grego Platão, no séc. IV a.C., que 
“a necessidade é a mãe de todas as invenções” e; portanto, para esse problema de 
sobrevivência a solução encontrada pelo Homem foi interferir no meio-ambiente. 
A primeira forma encontrada pelo Homem para 
empreender essa ação transformadora do meio foi a 
agricultura. Aliando um bastão de madeira, extraído da 
natureza, conjugando-o a uma lasca de pedra polida com o 
uso de uma amarra feita com tripas secas de um animal 
abatido, o Homem desenvolveu a enxada. Com o uso 
adequado desse instrumento o Homem passou a arar a 
terra e prepará-la para o plantio de sementes que, por meio 
da observação, percebeu que poderia germinar e dar frutos. 
Irrigando periodicamente o terreno plantado, foi possível 
obter mais alimentos e solucionar o problema do 
descompasso identificado por Malthus, possibilitando a 
sobrevivência. 
Ocorre que, para que isso ocorresse, foi 
preciso o desenvolvimento de materiais e 
técnicas: o desenvolvimento dos materiais 
necessários à atividade do plantio bem como 
das técnicas adequadas para sua utilização. Os 
materiais constituem, segundo o filósofo 
alemão Karl Marx (1818-1883), os “meios de 
produção da vida social”, junto do mais 
importante meio: a terra; as formas ou as 
técnicas para utilizá-los consistem na tecnologia 
desenvolvida, ambos, para o trabalho. 
Segundo a definição marxista, o trabalho é a 
ação transformadora do meio ambiente que 
tem a finalidade de garantir a sobrevivência 
humana. 
Platão de Atenas 
cafehistoria.ning.com 
 
Portrait of Karl Marx 
An engraving by Charles Baude after Gaston Vuillier. 
IMAGEM: © Stefano Bianchetti/Corbis 
NOME DO CRIADOR Gaston Vuillier 
DATA DE CRIAÇÃO ca. 1883 
FOTÓGRAFO Stefano Bianchetti 
COLEÇÃO Historical 
 
 
 
Contudo, todas essas relações acabam determinando um outro aspecto da vida social: 
a cultura. O desenvolvimento da agricultura, que aqui mencionamos, implica num 
desenvolvimento cultural, nesse caso, da “cultura da enxada”. Não é por acaso que o termo 
“cultura” foi utilizado pela primeira vez para se referir a atividades econômicas na lavoura, isso 
porque, ainda segundo Marx, por meio do trabalho o Homem altera não só o meio ambiente, 
mas a si mesmo. 
E como isso ocorre? 
Não dissemos, citando Spengler, que o Homem não existe solto no espaço, que ele 
existe no meio geográfico? Sendo assim, sua identidade social se constrói na interação do 
indivíduo com o seu entorno, com o meio físico, e como esse entorno foi modificado pelo 
próprio Homem, nesse sentido o Homem alterou a si mesmo, por conseguinte, alterou suas 
necessidades e, sendo novas necessidades, a mesma forma de trabalho não pode mais dar 
conta delas, são necessárias novas ações transformadoras para atender a esse novo Homem e 
suas novas necessidades. Por sua vez, o meio é mais uma vez alterado, criando um novo 
Homem, portador de novas necessidades, novas formas de trabalho e, essencialmente, novos 
sistemas culturais. 
É por isso que não existem sociedades estacionadas, todas estão fadadas à 
transformação. 
Mas, isso dito, parece que 
estamos então contradizendo 
Malthus, citado no início da análise 
do quadro em questão. Isso porque, 
tendo alterado o meio ambiente, o 
Homem teria resolvido o 
descompasso entre suas necessidades 
e aquilo que o meio ambiente 
poderia lhe oferecer,isso porque suas 
necessidades não mais seriam 
maiores em relação ao que o meio 
poderia, transformado, fornecer. 
Sendo assim, por que então as 
sociedades mudam, se o problema do 
descompasso teria deixado de existir? 
Feature: Syria at the Crossroads 
The family of Jamil Hemedoush picks olives in their fields in the Alawite 
Mountains. 
IMAGEM: © Ed Kashi/Corbis 
DATA DA FOTOGRAFIA 6 de outubro de 2008 
LOCAL Damascus, Syria, Syria 
FOTÓGRAFO Ed Kashi 
COLEÇÃO Corbis New 
 
 
 
Mudam e mudarão constantemente, isso porque Malthus demonstrou que o 
descompasso mencionado nunca deixaria de existir. Para defender essa tese, Malthus 
demonstrou que os homens crescem em progressão geométrica (multiplicando-se entre si), 
enquanto os meios de subsistência cresceriam em progressão aritmética (por somatória, não 
por multiplicação). 
Sendo assim, um novo meio (alterado pela ação humana) traria novos problemas à 
existência humana, que demandariam sempre novos tipos de soluções, novas ações 
transformadoras, e novos sistemas culturais vão se formando daí. 
Por que sistemas culturais teriam então, segundo a visão marxista, uma determinação 
decorrente das relações de produção? 
Ora, para Marx, a infraestrutura econômica das sociedades, ou seja, sua base 
econômica, determinaria a superestrutura política e ideológica, sendo a cultura a somatória 
dessas relações, pois se inscreve no modus vivendi das sociedades. 
A infraestrutura seria o modo de produção da vida 
social, ou como aquela sociedade produz o suficiente a sua 
existência material, produzindo os sentidos, significados, 
valores, morais e identidade que mencionamos no início 
desse texto. O modo de produção da vida social seria 
determinado pelo modo de produção de bens de consumo, 
composto por sua vez pelos meios de produção 
(instrumentos, terra – incluindo seu regime de propriedade -, 
etc.), força de trabalho (se é assalariada, escrava, servil, 
voluntária etc.), tecnologia (forma com que a força de 
trabalho opera os meios de produção), determinando os 
aspectos políticos, ideológicos e culturais dessa sociedade. 
Nessa perspectiva, o trabalho é a ação transformadora 
humana do meio ambiente, geradora de cultura (que 
também pode ser definida como trabalho), ato 
exclusivamente humano por ser consciente de sua finalidade, 
no que é, portanto, intencional. 
É preciso estar claro que por meio do trabalho o Homem transforma o mundo e a si 
mesmo, porque ao alterar o meio o Homem altera o próprio Homem. É preciso que fique 
Liberia - Fisherman detangles fishing 
net 
A man untangles his fishing net on the 
beach in Robertsport, Liberia. 
IMAGEM: © Jane Hahn/Corbis 
DATA DA FOTOGRAFIA 22 de março 
de 2009 
LOCAL Robertsport, Liberia 
FOTÓGRAFO Jane Hahn 
COLEÇÃO Corbis News 
 
 
 
claro que, transformando o meio e a si mesmo, o Homem redefine suas dinâmicas culturais, 
redefinindo valores, sentidos, significados e identidades. 
A ação transformadora humana na natureza passa a ser mediada pelos símbolos 
criados pelo Homem, que dão sentido as suas ações, desta forma a Cultura pode também ser 
definida como o conjunto desses símbolos, relativos no tempo e espaço, com múltiplas 
manifestações. 
Com isso o Homem, colocando em movimento o meio, a cultura e desta forma a si 
mesmo, é o único ser histórico consciente de sua condição e, portanto, produtor de sua 
própria história. 
 
 
O problema da cultura 
 
O mais importante questionamento já feito pelo Homem em torno dos fenômenos da 
cultura foi, indubitavelmente, aquele que se referia às diferenças culturais. Isso porque, desde 
os primeiros contatos que grupamentos humanos tiveram com outros grupos provenientes de 
outras regiões ou, ainda, dadas as distintas visões de mundo que as gerações mais velhas 
manifestavam frente às gerações jovens, com maior ou menor intensidade, a existência 
humana pressupõe o contato com o diverso. 
Sendo assim, desde o período mais remoto da existência humana, o Homem foi 
impelido pelo questionamento sobre as origens da diversidade não apenas biotípica (cor da 
pele, dos olhos, tipo e cor dos cabelos, estatura, compleição física etc.); senão também de 
diferenças culturais (tipos de organização social, de habitação, de utensílios e técnicas para a 
sobrevivência, forma de organização econômica, religiosa, familiar etc.). 
Obviamente, este questionamento se torna mais grave nos períodos em que o contato 
entre distintos grupos humanos se intensifica. Podemos então inferir que, com o advento das 
primeiras cidades que se desenvolveram, contemporaneamente, na região do Oriente 
Próximo (Egito e Mesopotâmia), Índia e China - provenientes dos primeiros grandes 
aglomerados humanos em torno de atividades que requeriam o trabalho organizado 
(primordialmente as obras hidráulicas, dado que se tratam, os três casos, de regiões cortadas 
por importantes rios que permitem as práticas agrícolas), as atividades comerciais, os 
deslocamentos populacionais e até mesmo as guerras colocaram em contato não apenas 
 
 
povos distintos, senão culturalmente diferentes, movendo a reflexão humana a questionar as 
origens das desigualdades. 
Desde a Antiguidade, o Homem desenvolveu explicações míticas ou filosóficas que 
respondiam a esta questão por meio da hereditariedade e da origem geográfica. 
Vimos na unidade anterior, 
dedicada às “teorias da cultura”, que 
quando, no séc. XIX desenvolve-se a 
Antropologia como ciência humana e 
social, gozando de rigor metodológico 
e primeiros referenciais teóricos, o 
darwinismo social tendia a fornecer 
explicações científicas (pautadas na 
teoria da evolução das espécies) para 
uma compreensão então já muito 
antiga: a da determinação biológica e 
geográfica. Sabemos também que o 
debate teórico em torno dessas 
questões desmontou, paulatinamente, 
as convicções rácicas que 
determinavam as diferenças culturais, impondo não apenas outra ordem de compreensão, 
mas modificando de forma irreversível os objetos, objetivos, métodos e natureza desta 
nascente ciência. Contudo, ainda que liberta das amarras explicativas do evolucionismo, a 
cultura não carecia apenas de explicações sobre a questão das diferenças, mas 
primordialmente sobre sua natureza, origens e dinâmicas de transformação. 
Essas questões ganharam também, com o advento 
dessas percepções pós-evolucionistas, outro âmbito de 
ocorrência, uma vez que diferenças culturais se verificavam 
não somente externamente aos grupos sociais, mas também 
internamente. Se as explicações evolucionistas não davam 
conta de esclarecer as diferenças entre povos distintos, 
também falhou em atribuir as diferenças entre homens e 
mulheres por meio da hereditariedade. Obviamente homens 
e mulheres mantêm relevantes diferenças biológicas, contudo, 
Iimagem em: www.colegioweb.com.br/.../evolucao-das-especies 
 
 
 
o papel que desempenham em distintas sociedades, segundo essas novas percepções, foram 
sendo definidos por essas mesmas sociedades, ou seja, os papeis de gênero, e também 
geracionais, religiosos, laborais etc., são construídos socialmente, não determinados. 
Junto do meio geográfico, o clima também deixou a condição de fator 
determinantemente explicativo de diferenças culturais primordialmente utilizados para 
escalonar povos mais aptos para o trabalho em climas frios, e menos aptos em climas quentes. 
Isso porque uma série de povos, postos sob análise e comparação, desenvolveram dinâmicas 
diametralmente opostas em regiões cujas condições climáticas eram praticamente idênticas. A 
questão seria então a de que a cultura que adjetiva outra como menos apta ao trabalho utilizaas suas próprias referências sobre o que seria a forma e o ritmo ideal de trabalho, ou seja, 
trata-se de uma postura etnocêntrica. 
Obviamente o clima, assim como a configuração geográfica, incide sobre as práticas 
econômicas (agricultura, pastoreio, indústria, comércio etc.) e, assim sendo, sobre a própria 
totalidade da vida social (estruturas políticas, práticas culturais); contudo, não se trata de 
fatores únicos e, tampouco, unicamente determinantes. 
O que explicaria então as diferenças no próprio perfil desses grupos? Por que alguns 
estariam mais inclinados às hostilidades? Por que outros estariam mais inclinados para a paz? 
 
 
O conceito antropológico de cultura 
 
Foi preciso praticamente um século para 
que fosse definida conceitualmente a “cultura”. 
Inicialmente, o termo apareceu em documentos 
escritos que se referiam ao âmbito da agricultura 
e, de sua designação como tipo de prática 
agrícola (cultura da cana-de-açúcar, cultura do 
café etc.), passou a ser utilizado para se referir ao 
modo de vida dos camponeses. Com o passar do 
tempo, do modo de vida de sociedades simples, 
o termo passou a ser utilizado para designar a 
área de estudo que tentavam compreender esses Slaves Picking Cotton in Field 
Título original: As a slave. 
IMAGEM: © Bettmann/CORBIS 
COLEÇÃO Bettmann 
 
 
 
modos de vida. Mas é a perspectiva antropológica que define mais precisamente a cultura, a 
partir de 5 de suas características principais: 
 
1) a cultura se refere a transmissão de caracteres extra-somáticos, ou seja, 
não se transmitem geneticamente; 
2) a cultura é particular ao Homem. Os animais possuem, no máximo, 
sociedades; 
3) adaptação: os animais se adaptam ao meio de modo genético e o 
Homem culturalmente, a despeito das adaptações genéticas ao meio ambiente. Ao 
inserir elementos de cultura material no processo adaptativo, o Homem acelera sua 
adaptação; contudo, retarda sua resposta genética ao meio ambiente; 
4) a cultura é padronizada: língua, religião, economia etc. são convenções 
simbólicas que existem, ao alcance dos olhos, nas sociedades constituindo culturas 
dominantes. Neste caso, os itens de cultura se converteriam em vetores de relações 
sociais, cujas referências para a compreensão dessas convenções e símbolos são 
partilhadas no contexto dessa sociedade culturalmente padronizada; 
5) a sociedade é o veículo da cultura, que só existe sob essa condição. A 
cultura dá a tônica da interação entre núcleos, como o educacional e o econômico, por 
exemplo. 
Sendo assim, em termos antropológicos, pode-se entender a cultura como o sistema 
humano de hábitos ou costumes adquiridos por processos extra-somáticos, difundidos na 
sociedade por símbolos ou convenções criados nas dinâmicas de adaptação do indivíduo ao 
meio ambiente. 
Essa definição ganha corpo teórico na 
década de 1930, a partir da obra de dois autores: 
Franz Boas (1858-1942) e Bronislaw Malinowski 
(1884-1942), que rompem com o evolucionismo 
linear assumido pela Antropologia por meio das 
teses de Spencer, representante máximo do 
darwinismo social e que postulava que o Homem 
evoluiria do estágio de barbárie ao estágio de 
civilização. 
American 
Anthropologi
st Franz J. 
Boas with 
Ashton 
Talbott 
IMAGEM: © 
Bettmann/CO
RBIS 
DATA DA 
FOTOGRAFIA 
ca. 1940s 
COLEÇÃO 
Bettmann 
 
 
 
Malinowski, rompendo com o evolucionismo, dando ênfase ao relativismo e à 
pluralidade da cultura, acrescentou que, em um determinado contexto, a cultura funcionaria 
como uma unidade com engrenagens relacionadas. 
A resposta dessa Antropologia para a questão da diversidade cultural é o aprendizado, 
que se dá por sua vez por meio de relações culturais muito especificas. Por meio da educação 
o indivíduo é introduzido ao mundo ou, se quisermos ser mais profundos, é humanizado; por 
meio da educação transmitem-se saberes que explicam (cada qual a sua forma) o mundo e o 
Homem, bem como o papel do Homem no mundo. Diferentes povos desenvolvem diferentes 
formas de transmitir seus saberes ou diferentes formas de educar, processo no qual são 
transmitidos repertórios culturais inteiros. 
Sendo assim, não é nem a genética e nem o meio geográfico que determinariam o 
comportamento dos povos e suas diferenças; mas a cultura, por sua vez distinguida por conta 
da diversidade de experiências de aprendizado verificáveis em diferentes povos. 
Não se trata de um processo de ensino meramente teórico. A criança que recebe os 
primeiros 
ensinamentos de seus 
pais, da família, do 
grupo social ao qual 
pertence, da educação 
formal ou da religião, aprende 
não só a como 
interpretar o mundo; mas 
como agir sobre ele. 
Chamou à atenção 
de inúmeros estudiosos, fundamentalmente, o fato de que o Homem, graças à cultura, teria 
superado suas limitações biológicas. Se pensarmos nas possibilidades de sobrevivência do 
Homem frente à hostilidade da natureza – desde a diversidade do meio, as intempéries do 
clima, o assédio de animais predadores e a fragilidade frente aos desastres naturais -, ele não 
teria sobrevivido sem o advento da cultura. 
Ou seja, ainda que portador de capacidades biológicas simples, se compararmos o 
Homem em força, por exemplo, em relação a um leão, o Homem está muito mais apto a 
sobreviver do que o leão, primordialmente porque o Homem é, antes de um ser biológico, um 
ser cultural. 
Family Eating 
Cookies 
IMAGEM: © 
Ken 
Seet/Corbis 
COLEÇÃO 
Flame 
 
 
 
Isso para dizer que o Homem é capaz, por ser produtor, portador e difusor de cultura, 
de adaptar-se ao meio natural ou mesmo de adaptar o próprio meio natural as suas 
necessidades; coisa que os leões não podem fazer, apesar da sua imensa força física e destreza 
na caça. 
A diferença consiste no poder que guarda a cultura, o que faz com que o Homem não 
limite a sua existência e suas possibilidades de sobrevivência única e exclusivamente ao seu 
potencial biológico; mas também aos instrumentos que cria para facilitar sua sobrevivência. 
Por exemplo, ainda que o Homem 
seja mais frágil que um urso em relação a 
regiões de clima frio, ele é capaz de 
desenvolver instrumentos e técnicas que lhe 
permitam caçar o urso, extrair sua pele, secá-
la e usá-la como vestimenta, para escapar ao 
frio e viabilizar com isso sua existência. 
Outra questão primordial e que coloca 
o conhecimento humano à frente das demais 
espécies em natureza, é seu caráter cumulativo. Ou seja, por meio da educação são 
transmitidos saberes culturais já erigidos, permitindo ao Homem que os recebe pensar para 
além dessas culturas, propondo e realizando inovações que, por sua vez, por meio do 
aprendizado, serão transmitidas às gerações futuras. Ao longo das gerações, portanto, as 
culturas se transformam apontando invariavelmente para horizontes até então inexplorados 
pelo humano. 
 
 
Etnocentrismo e apatia 
 
Uma forma extremamente eficiente para entendermos questões de estranhamento 
cultural é imaginar que as pessoas veem o mundo a partir da sua cultura. Sendo assim, não se 
trata do mesmo mundo, mas de como ele é lido e interpretado de diferentes formas por 
diferentes pessoas, isso porque são portadoras de diferentes sistemas culturais. 
 
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O etnocentrismo consiste no fenômeno de o indivíduo, ou um grupo de indivíduos, 
considerar a sua forma de interpretar o mundo como a única possível ou a melhor dentre as 
demais. Comisso, outros sistemas culturais passariam a ser alvo de discriminação por serem 
consideradas “tortos”, “distorcidos” ou 
“equivocados”. 
O etnocentrismo é, portanto, 
valorativo, ou seja, a cultura diversa é 
sempre objeto de juízos de valor, 
entendida como inferior, exótica ou 
absurda. 
Contudo, o comportamento 
etnocêntrico, nocivo como é, verifica-se 
como fenômeno cultural universal; isso 
porque toda cultura tende a posicionar-se como 
central no mundo que interpreta, sendo todas as 
demais culturas periféricas. 
O etnocentrismo, absorvido pela cultura 
que é dada como inferior, absurda ou desviada, leva ao fenômeno oposto: o da apatia. 
Consiste na absorção dos valores de uma cultura etnocêntrica por parte daquela valorada 
negativamente, resultando na depreciação dos indivíduos pertencentes àquela cultura por seu 
próprio sistema cultural. 
 
 
As mudanças culturais 
 
A existência humana não consiste apenas numa existência biológica; trata-se, 
primordialmente, de uma existência cultural. Isso porque tudo aquilo que o Homem cria, 
ensina, aprende e volta a criar, constitui-se como cultura. Ao aprender sobre aquilo que seus 
antepassados criaram, o Homem recria a cultura, a natureza e a si mesmo, e quando passa 
seu conhecimento às demais gerações, já se trata de uma cultura recriada. 
 
ROCHA, 
Everaldo. O 
que é 
etnocentrismo. 
Coleção 
Primeiros 
Passos. São 
Paulo: 
Brasiliense. 
1988. 
 
 
Mesmo que um indivíduo esteja imerso em um sistema cultural, ele nunca terá domínio 
pleno de todos os elementos que constituem aquela cultura, dada a riqueza e diversidade que 
preenchem os sistemas culturais. Contudo, ele é forçado a dominar um número mínimo de 
caracteres culturais para que seja reconhecido pelo grupo como alguém pertencente à mesma 
cultura. Mas a questão é que, ainda que os indivíduos de um grupo se conectem por meio do 
mesmo sistema cultural, ele não é lido nem praticado de forma idêntica por todos. São 
exatamente essas nuances e pequenas distinções que desvelam uma importante dimensão dos 
fenômenos de mudança cultural. 
Culturas mudam constantemente, mesmo 
porque a natureza, sua base material, também 
muda por conta da interferência humana, 
primordialmente cultural. Isso para dizer que, ao 
alterar a natureza (que provem o Homem da 
base material, em estado bruto, de sua 
existência) para atender as suas necessidades, o 
Homem, por meio do trabalho (que envolve o 
desenvolvimento de meios, ferramentas e 
técnicas) altera não só a natureza, mas a si 
mesmo. Isso quer dizer que, ao alterar o meio, 
altera suas formas de interação social, sendo assim, ainda que suas necessidades biológicas 
sigam sendo as mesmas, suas necessidades sociais, ou culturais, mudam; mudando junto com 
o meio, novas formas de interferência à natureza que, como dissemos, não é mais a mesma, 
tende a produzir sempre um novo Homem, junto de novas formas de trabalho, organização 
social e, primordialmente, sistemas culturais fadadas à perene transformação. 
Com isso, já podemos dizer que as culturas são distintas não tão somente no espaço; 
mas também no tempo, já que nunca permanecem inalteradas, pois, ainda que lentamente, 
sempre se verificam transformações sendo operadas. 
As mudanças culturais podem ser: 
 Internas ao próprio sistema cultural, transformando-se lentamente e obedecendo a 
manifestações internas de mudança. 
 Externas ao sistema cultural, como produto do contato com outro sistema, caso no 
qual, em relação à forma interna, é muito mais rápida e dinâmica. 
 
wind turbines and smoke stacks 
IMAGEM: © Images.com/Corbis 
NOME DO CRIADOR ImageZoo 
COLEÇÃO Images.com (RF) 
 
 
 
Endoculturação 
 
Antes de tratarmos das categorias fundamentais da 
Antropologia para a definição dos mecanismos de 
mudança cultural, é importante tratarmos daquela que se 
refere a sua transmissão que, de alguma forma, também 
implica em transformação. 
Trata-se do conceito de “endoculturação”, 
conforme empregou o linguista e antropólogo norte-
americano Roger Martin Keesing (1935–1993) para se 
referir ao permanente processo de aprendizagem de uma 
cultura que se inicia já desde o nascimento do indivíduo, 
quando passam a ser-lhe ensinados os valores e 
experiências que constituem, paulatinamente, seu 
repertório cultural. Trata-se de um processo contínuo, 
cujo término só se dá com a morte do indivíduo. 
Tanto Felix Keesing como E. Adamson Hoebel (1906-1993), também antropólogo 
norte-americano, e Frost Herskovits, referem-se à função da endoculturação em constituir o 
suporte de transmissão dos códigos de conduta sociais, por meio dos padrões de 
comportamento social que difundem, o que tem um papel importantíssimo para a estabilidade 
do corpo social e do próprio sistema cultural. 
Obviamente, apesar de padrões culturais serem difundidos e assimilados pelo 
indivíduo, o espaço do livre-arbítrio opera criando gradações distintas de comportamento; 
contudo, é notável a assimilação de comportamentos, verificáveis inclusive em condutas de 
desobediência. 
Uma contrapartida a essa possibilidade é o caráter de controle exercido pela sociedade, 
para condutas desviadas do padrão socialmente construído, bem como as formas de coerção 
exercidas para constranger o indivíduo à assimilação dos valores culturais dominantes. 
 
Sendo assim, a ideia de liberdade deve ser relativizada ao padrão cultural por meio do 
qual o indivíduo age, uma vez que suas referências comportamentais, inclusive para as 
condutas de obediência e desobediência, são resultado do meio em que foi socializado. 
 
imagem em: www.princeton.edu/pr/pictures/g-
k/hoebel/ 
 
 
 
Contracultura e subcultura 
 
Ocorre que não podemos 
incorrer no erro de imaginar que por 
haver uma cultura dominante em 
sociedade, todos passem a incorporá-
la plenamente. Como dito, há 
comportamentos de desobediência. 
Por sua vez, esses comportamentos 
desviantes da norma geram outros 
sistemas culturais, chamados de 
subculturas, para o caso de sistemas à 
margem da cultura dominante; ou 
contraculturas, para o caso de 
sistemas que se defrontam com a 
cultura dominante. 
 
A “contracultura” se caracteriza pelo espírito crítico, questionador e 
desobediente em relação a tudo aquilo que é visto como vigente em um 
determinado contexto sócio-histórico. 
A contracultura, por sua vez, oferece alternativas para interpretar o mundo 
e mais, para defender o mundo que acredita possível. Essas visões alternativas 
são expressas nas artes visuais, na literatura e nas ideias, tendo fomentado uma 
série de movimentos de contestação em nossa história recente, como: os 
Hippies, os Beats, os Punks e o Anarquismo. 
 
Hippie Couple, Cat, and Payphone 
A hippie couple hangs out on Sunset Boulevard in Los Angeles. 
Absent a bowl, their cat is served spilt milk in a payphone. 
"Hanging Out" was a full time occupation while waiting for a party. 
IMAGEM: © William James Warren/Science Faction/Corbis 
LOCAL Los Angeles, California, USA 
FOTÓGRAFO William James Warren 
COLEÇÃO Encyclopedia 
 
 
 
Por vezes, movimentos de 
contestação, na forma da contracultura, 
conseguiram vitórias significativas na 
mobilização das massas para provocar as 
mudanças que defendiam. É o caso de 
John Lennon e Yoko Ono, que deitados na 
cama de sua casa ofereceram uma das 
mais graves resistências à Guerra do 
Vietnã, defendendo que se fizesse amor, 
não a guerra. A opinião pública teve, nesse 
caso, uma importância fundamental no 
conjunto de pressões culminou na derrota 
política dos EUA nesse desigual 
enfrentamento.Imagem em: franklarosa.com/vinyl/ 
 
Closeup J.Lennon W/Bride Y. Ono In Bed 
Título original: 3/25/69-Amsterdam, Holland: Beatle John Lennon and his bride of five days, Yoko Ono, pose in the 
Presidential Suite of the Amsterdam Hilton Hotel, March 25th. Lennon declared they would "conceive a baby in 
Amsterdam" during press conference. Yoko nodded in agreement. They said they intend to stay in bed for seven days. 
IMAGEM: © Bettmann/CORBIS 
DATA DA FOTOGRAFIA 25 de março de 1969 
LOCAL Amsterdam, Holland 
COLEÇÃO Bettmann 
 
 
 
Aculturação 
 
Dentre os processos externos de transformação cultural, o mais significativo é o da 
aculturação, decorrente do contato entre duas culturas distintas que, fundidas, dão origem a 
uma terceira cultura. Refere-se também a relações assimétricas em que uma cultura passa a 
exercer sobre outra um papel de dominação, culminando na absorção da cultura dominada. 
Uma questão a se pensar é se no processo, ainda que assimétrico, a cultura dominante não 
assumiria traços da cultura dominada. Em verdade, as correntes mais recentes da 
Antropologia e das Ciências Humanas e Sociais (como no caso da corrente crítica pós-
colonial), verificam que contatos culturais, ainda que assimétricos e vetorizados por relações 
de força e poder, não se restringem a meras relações de assédio e resistência; mas resultam 
em trocas, negociações e mútuas transformações. 
 
 
Sincretismo 
 
O fenômeno do sincretismo se refere a uma 
fusão de doutrinas de diversas origens, tanto 
religiosas como filosóficas. 
O termo é utilizado com maior fluência para 
se referir ao fenômeno da absorção de traços de 
uma religião por outra, culminando então numa 
forma sincrética. Sendo assim, o conceito é dotado 
de significados conciliadores entre distintos 
repertórios culturais, que passam a complementar-
se e a serem compreendidos por meio de 
correspondências simbólicas. 
Candomblé Beads and Catholic Symbols, originally 
uploaded by Sabrina Gledhill. 
Imagem em: mrquerino.blogspot.com/2008/07/smbolos-
religi.. 
 
 
 
 
 
 
Ainda sobre o tema “natureza e dinâmica das culturas”, indico os textos abaixo, 
disponíveis na internet, a título de leitura complementar: 
 
JOBIM, Sonia; “O que é cultura?”; site Orixás, disponível no link: 
http://orixas.com.br/afrodesc/index.php?option=com_content&task=view&id=25&Itemid=63. 
KONDER, Leandro; “O que é a cultura?; site Fundação Lauro Campos, disponível no link: 
http://www.socialismo.org.br/portal/filosofia/155-artigo/404-o-que-e-a-cultura. 
SANTOS, José Luis; “O que é cultura?”; site Shvoong, disponível no link: 
http://pt.shvoong.com/books/1771319-que-é-cultura/. 
 
Indico ainda os filmes: 
Dersu Uzala; dir.: Akira Kurosawa, Japão / URSS, drama, colorido, 1975. 
A Missão; dir.: Roland Joffé, Inglaterra, drama, colorido, 1986. 
Koyaanisqatsi; dir.: Godfrey Reggio; EUA, documentário, 1983. 
Baraka: Um Mundo Além das Palavras; dir.: Ron Fricke; 24 países, documentário, 1992. 
Crianças invisíveis; dir.: Mehdi Charef, Kátia Lund, John Woo, Emir Kusturica, Spike Lee, 
Jordan Scott, Ridley Scott e Stefano Veneruso; Itália, documentário, 2005. 
 
Na internet, indico os conteúdos: 
VídeoLog: “Uma só palavra: o que é cultura?”; disponível no link: 
http://videolog.uol.com.br/video.php?id=274548. 
 
 
Material Complementar 
 
 
 
 
 
 
 
 
BENEDICT, Ruth. Padrões de cultura. Lisboa: Livros do Brasil, s.d. 
BOAS, Franz. Antropologia Cultural. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2004. 
CHILDE, V. Gordon. A evolução cultural do homem. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1966. 
KUPER, Adam. Cultura: a visão dos antropólogos. Bauru, Edusc, 2002. 
MALINOWSKI, Bronislaw. Argonautas do Pacífico Ocidental. Coleção Os Pensadores. 
São Paulo: Abril, 1977. 
MALTHUS, Thomas Robert. Princípios de economia política: e considerações sobre sua 
aplicação prática; Ensaio sobre a população. São Paulo: Abril Cultural, 1983. 
MARGARIDA MARIA MOURA. Nascimento da Antropologia Cultural: A Obra de Franz 
Boas. São Paulo: Hucitec, 2004. 
MARX, K.; ENGELS, F. Manifesto do Partido Comunista. Petrópolis: Vozes, 1997. 
MEIRA PENNA, J. O. de; “Malthus e o princípio de população”; Digesto Econômico, 
Novembro-Dezembro - 1994. 
MELLO, L. G. Antropologia Cultural: Iniciação, Teoria e Temas. Petrópolis: Vozes, 2004. 
PALTRINIERI, Anna Casella; “Imigração, raça e cultura: o ensinamento de Franz Boas”; 
Revista Outros Tempos - UFMA. ISSN 1808-8031; vol.6, no.7, São Luís, Jul. 2009 
(disponível no sítio: 
http://www.outrostempos.uema.br/vol.6.7.pdf/Anna%20Casella%20Paltrinieri.pdf). 
Referências 
 
 
PEREIRA, Carlos Alberto Messeder. O que é contracultura. São Paulo: Nova Cultural / 
Brasiliense, 1986. 
PEREIRA, José Carlos. Sincretismo religioso & ritos sacrificiais: influências das 
religiões afro no catolicismo popular brasileiro. São Paulo: Zouk, 2004. 
PLATÃO. A República. São Paulo: Atena, 1962 
ROCHA, Everaldo. O que é etnocentrismo. Coleção Primeiros Passos. São Paulo: 
Brasiliense, 1988. 
ROSZAK, Theodore. A contracultura: reflexões sobre a sociedade tecnocrática e a oposição 
juvenil. Petrópolis: Vozes, 1972. 
 
 
 
 
 
 
 
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Anotações

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