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AULA 5 - TEORIA GERAL DO DIREITO CIVIL

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AULA 5 - Direitos da Personalidade. 
- Conceito. 
- Características. 
- Proteção aos Direitos da Personalidade. 
- Classificação. 
- Direito à Integridade Física. 
- Tratamento Médico. 
- Proteção à Palavra e à Imagem. 
- Proteção à Vida Privada. 
- Direito ao Nome. (já vimos!!!) 
- Ausência. 
- Conceito. 
- Curadoria. 
- Sucessão Provisória. 
- Sucessão Definitiva. 
- Dissolução do Casamento do Ausente. 
 
Direitos da Personalidade 
 
O Código Civil dedicou um capítulo novo aos direitos da personalidade (arts. 11 a 
21)! 
 
Conceito 
 
Na conceituação de Maria Helena Diniz, os direitos da personalidade são “direitos 
subjetivos da pessoa de defender o que lhe é próprio, ou seja, a sua integridade 
física (vida, alimentos, próprio corpo vivo ou morto, partes separadas do corpo vivo 
ou morto); a sua integridade intelectual (liberdade de pensamento, autoria 
cientifica, artística e literária); e sua integridade moral (honra, recato, segredo 
profissional e domestico, identidade pessoal, familiar e social)”. 
 
Características 
 
Os direitos da personalidade são: 
- Inalienáveis (que estão fora do comercio e merecem proteção legal) 
- Irrenunciáveis 
- Imprescritíveis 
- Absolutos (oponíveis erga omnes) 
- Impenhoráveis 
- Vitalícios 
 
Constituição Federal Art. 5º, X e Código Civil art. 11 
 
Proteção aos Direitos da Personalidade e Classificação 
 
O Código Civil, no capitulo referente aos direitos da personalidade, disciplina os atos 
de disposição do próprio corpo (arts. 13 e 14), o direito à não submissão a 
tratamento medico de risco (art. 15), o direito ao nome e ao pseudônimo (arts. 16 a 
19), a proteção à palavra e à imagem (art. 20) e a proteção à intimidade (art. 21). E 
no art. 52, preceitua: “Aplica-se à s pessoas jurídicas, no que couber, a proteção dos 
direitos da personalidade” 
 
Direito à Integridade Física 
 
Código Civil arts. 13 e 14 
Lei 9.434/97 – lei especial que atualmente disciplina os transplantes 
 Art. 9º e parágrafos – permitem à pessoa juridicamente capaz dispor 
gratuitamente de tecidos, órgãos e partes do próprio corpo vivo, para fins 
terapêuticos ou para transplantes, desde que o ato não represente risco para a sua 
integridade física e mental e não cause mutilação ou deformação inaceitável. 
 A retirada post mortem é disciplinada nos arts. 3º a 9º. 
 A comercialização de órgãos do corpo humano é expressamente vedada pela 
CF (art. 199, §4º). 
 
Tratamento Médico de Risco 
 
Código Civil art. 15 
A regra obriga os médicos, nos casos mais graves, a não atuarem sem previa 
autorização do paciente, que tem a prerrogativa de se recusar a se submeter a um 
tratamento perigoso. 
 
Proteção à Palavra e à Imagem 
 
A transmissão da palavra e a divulgação de escritos já eram protegidas pela Lei n. 
9.610/98, que hoje disciplina toda a matéria relativa a direitos autorias. 
Segundo o Código Civil, art. 20, poderão ser proibidas, a requerimento do autor e 
sem prejuízo da indenização que couber. 
O mesmo tratamento é dado à exposição ou à utilização da imagem de uma pessoa, 
que o art. 5º, X da CF/88 considera um direito inviolável. A reprodução da imagem é 
emanação da própria pessoa e somente ela pode autoriza-la. Cabe indenização! 
 
Proteção à Vida Privada 
 
Código Civil art. 21 e CF/88 art. 5º, X, protegem todos os aspectos da intimidade da 
pessoa, concedendo ao prejudicado a prerrogativa de pleitear que cesse o ato 
abusivo ou ilegal. 
Caso o dano, material ou moral, já tenha ocorrido, o direito à indenização é 
assegurado expressamente pela norma constitucional mencionada. 
 
Ausência – Conceito 
 
Ausente é a pessoa que desaparece de seu domicilio sem dar noticia de seu 
paradeiro e sem deixar um representante ou procurador para administrar-lhe os 
bens (Código Civil art. 22). 
A situação do ausente passa por três fases. Na primeira, subsequente ao 
desaparecimento, o ordenamento jurídico procura preservar os bens por ele 
deixados, para a hipótese de seu eventual retorno. É a fase da curadoria do ausente, 
em que o curador cuida de seu patrimônio. Na segunda fase, prolongando-se a 
ausência, o legislador passa a preocupar-se com os interesses de seus sucessores, 
permitindo a abertura da sucessão provisória. Finalmente, depois de longo período 
de ausência, é autorizada a abertura de sucessão definitiva. 
 
Curadoria 
 
Em caso de ausência, o juiz, a requerimento de qualquer interessado, ou do MP, 
declarará a ausência, e nomear-lhe-á curador. Também será este nomeado quando o 
ausente deixar mandatário que não queria ou não possa exercer ou continuar o 
mandato, ou se os seus poderes forem insuficientes (CC, art. 23). 
“O cônjuge do ausente, sempre que não esteja separado judicialmente, ou de fato 
por mais de dois anos antes da declaração de ausência, será o seu legitimo curador.~ 
Na falta do cônjuge, a escolha recairá em ordem preferencial, nos pais e nos 
descendentes. Dentre estes os mais próximos precedem os mais remotos. Na falta 
das pessoas mencionadas, o juiz nomeará curador dativo (CC, art. 25). 
O Juiz determina a arrecadação dos bens do ausente e os entregará a administração 
do curador nomeado. 
A curadoria dura 1 (um) ano, publicando-se editais de 2 (dois) em 2 (dois) meses 
convocando o ausente a comparecer (CPC, art. 1.161). 
Sem o retorno do ausente, sem ter noticias de sua morte, sem ter deixado o ausente 
procurador ou representante, passados 3 (três) anos, podem os interessados abrir a 
Sucessão Provisória (CC, art. 26). 
Cessa a curadoria: 
a) pelo comparecimento do ausente, seu procurador ou quem o represente; 
b) pela certeza da morte do ausente; 
c) pela sucessão provisória (Procedimentos Especiais CPC, arts. 1.164 e s.). 
Sucessão Provisória 
 
Segundo ao art. 27 do Código Civil, estão legitimados a requerer a abertura da 
sucessão provisória: 
a) o cônjuge não separado judicialmente; 
b) os herdeiros presumidos, legítimos ou testamentários; 
c) os que tiverem sobre os bens do ausente direito dependente de sua morte; 
d) os credores de obrigações vencidas e não pagas. 
Como funciona? (CC, art. 28). 
Os bens serão entregues aos herdeiros, porem em caráter provisório e condicional, 
ou seja, desde que prestem garantias da restituição deles, mediante penhores ou 
hipotecas equivalentes aos quinhões respectivos (CC, art. 30 e parágrafos). 
Os imóveis do ausente só se poderão alienar, não sendo por desapropriação, ou 
hipotecar, quando o ordene o juiz, para lhes evitar a ruína (CC, art. 31). 
Cessa a sucessão provisória pelo comparecimento do ausente. 
Converte-se a sucessão provisória em definitiva: 
a) quando houver certeza da morte do ausente; 
b) 10 (dez) anos depois de passa em julgado a sentença de abertura da sucessão 
provisória; 
c) quando o ausente contar oitenta anos de idade e houverem decorridos cinco 
anos das ultimas noticias suas (CPC, art. 1.167, III; CC, arts. 37 e 38). 
 
Sucessão Definitiva 
 
Há o levantamento das cauções prestadas. 
Os sucessores deixam de ser provisórios, adquirindo o domínio dos bens, mas 
resolúvel, porque se o ausente regressar nos 10 (dez) anos seguintes a abertura da 
sucessão definitiva, ou algum de seus descendentes ou ascendentes, aquele ou estes 
haverão só os bens existentes no estado em que se acharem, os sub-rogados em seu 
lugar, ou o preço que os herdeiros e demais interessados houverem recebido pelos 
bens alienados depois daquele tempo. Se, entretanto, o ausente não regressar 
nesses dez anos, e nenhum interessado promover a sucessão definitiva, os bens 
arrecadados passarão ao domínio do Município ou do Distrito Federal, se localizados 
nas respectivas circunscrições, incorporando-se ao domínio da União, quando 
situados em território federal (CC, art. 39 e paragrafo único). 
 
Dissolução de Casamento do Ausente 
 
Como a curadoria do ausente fica restritaaos bens, não produzindo efeitos de 
ordem pessoal, o cônjuge do ausente não é considerado viúvo(a). 
Para se casar, terá de promover o divórcio citando o ausente por edital. 
(Maria Helena Diniz fls. 187) Há no direito brasileiro, ação direta para a declaração 
de dissolução do vinculo matrimonial por ausência do cônjuge, que declarada 
judicialmente tem o condão de produzir ipso iure a dissolução do casamento (CC, art. 
1.571, § 1º).

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