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Hidráulica Hidrodinâmica Formação sob Medida para Empresas Pneumática © SENAI-SP, 2003 Trabalho elaborado pela Escola SENAI “Hermenegildo Campos de Almeida” Coordenação geral Adilson Augusto Lázaro Coordenação do projeto Gerencia Regional 2 Conteúdo Núcleo de Automação Hidráulica e Pneumática (NAHP) – UFP1.06 Edição de conteúdo Vagner Assumpção Peixoto Robson Paes Guedes Diagramação Susane Schmieg colaboração Núcleo de Automação Industrial UFP 1.06 SENAI Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial Escola SENAI “Hermenegildo Campos de Almeida” Av. Dr. Renato de Andrade Maia, 601 – Jd. Paraventi Guarulhos-SP CEP 07114-000 Telefone Telefax Teleatendimento (0XX11) 6461-3553 (0XX11) 6468-9090 0800 551000 E-mail Site senaiguarulhos@sp.senai.br www.sp.senai.br Sumário Temperatura 5 Pressão 7 Cavitação 11 Trabalho e Potência 15 Vazão 17 Golpe de Ariete 23 Tubulações 25 Válvulas industriais 27 Gaxeta 29 Acessórios 31 Seleção de válvulas 37 Questionário de estudos 80 Hidrodinâmica SENAI 5 Temperatura Modificações físicas Tanto o que está contido nas tubulações como ele própria sofrem modificações com as mudanças de temperatura. Quando desejamos curvar uma peça ( tubos por exemplo ) costumamos aquecê-lo para facilitar o trabalho. Este fator mostra que a resistência do material se modifica pela temperatura. Hidrodinâmica SENAI6 Hidrodinâmica SENAI 7 Pressão Pressão numa coluna de fluido O peso de um fluido varia em função de sua densidade em líquidos tais como a água, óleos, etc.. Um fato importante relacionado ao peso de um fluido é o efeito causado pelo mesmo em diferentes profundidades. O peso da água, por exemplo, cria uma pressão em todas as direções (Lei de Pascal) de 0,010 Kg/cm², no fundo de uma coluna de 1 metro de água. Assim, para calcular a pressão no fundo de uma coluna de água, basta multiplicar a altura da coluna de água, em metros, por 0,010 Kg / cm², ou essa altura, em decímetros por 1,0 Kg / dm³ Aplicando este princípio, consideremos, agora, as condições em que o reservatório esta localizado. Hidrodinâmica SENAI8 Acima ou abaixo da entrada da bomba Quando o nível da água esta acima da entrada da bomba, uma pressão positiva força a água para dentro da bomba. O nível da água acima da entrada alimenta a bomba Por outro lado, se o nível da água estiver localizado abaixo da entrada da bomba, um vácuo equivalente a 0,010 Kg/cm², por metro, será necessário para levantar a água até a entrada da bomba. Na verdade, a água não é levantada pelo vácuo, mas é forçado pela pressão atmosférica no vão criado no orifício de entrada, quando a bomba está em operação. O nível da água abaixo da bomba requer um vácuo para que a água seja succionada. Observação A água e os vários fluidos hidráulicos que resistem ao fogo são mais pesados que o óleo e, portanto, requerem mais vácuo por metro de levantamento. Hidrodinâmica SENAI 9 A pressão atmosférica alimenta a bomba A bomba é normalmente alimentada pela água proveniente da diferença de pressão entre o reservatório e sua entrada. Normalmente, a pressão do reservatório é a pressão atmosférica, ou seja, 1 Kg / cm². É necessário criar um vácuo parcial ou uma pressão reduzida para que haja fluxo. A figura seguinte demonstra um típico macaco hidráulico, ou seja, um simples pistão alternado. Puxando-se o pistão, cria-se um vácuo parcial na câmara de bombeamento. A pressão atmosférica no reservatório empurra a água, enchendo o vão. A pressão atmosférica nada mais é que a pressão exercida pelos gases que estão acima da superfície do líquido. A pressão atmosférica varia com a altitude e esta variação de pressão acaba por afetar diretamente a temperatura de ebulição da água. Como exemplo, ao nível do mar, a temperatura de ebulição da água é 100 °C; a uma altitude de 800 m. acima do nível do mar, a pressão atmosférica é menor e consequentemente a temperatura de ebulição da água será menor, cerca de 96 °C. Este aspecto se relaciona diretamente ao fenômeno de cavitação que examinaremos a seguir, e que acontece por ocasião da ebulição da água. Tal fenômeno ocorre tanto em altas como em baixíssimas temperaturas em função da variação da pressão. Hidrodinâmica SENAI10 Hidrodinâmica SENAI 11 Cavitação É a situação em que o líquido não preenche inteiramente o espaço existente, geralmente, a cavitação está associada à entrada de ar na bomba. A maioria dos fabricantes de bombas recomenda um vácuo máximo de 0,85 Kg/cm², absoluto na entrada da bomba. Assim, com uma pressão de 1 Kg/cm², resta uma diferença de 0,15 Kg/cm² a empurrar a água para dentro da bomba. Evitando-se um altura, as linhas de sucção permitem a suavidade do fluxo com o mínimo de atrito. Cavitação associada a diminuição da área de filtragem Com o entupimento dos filtros, a conseqüente diminuição da área de passagem do fluído, ocorre um aumento na velocidade das partículas do fluído. Com o aumento da velocidade ocorre a diminuição da pressão no local, podendo ocorrer vácuo e conseqüente ebulição do fluído, ocasionando assim o fenômeno de cavitação. Ocorrem problemas de cavitação e conseqüente corrosão mecânica dos componentes hidráulicos, quando se diminuem a área de filtragem, ou por falta de limpeza dos filtros ou mesmo por substituição inadequada. Cavitação associada a ebulição da água A cavitação ocorre no momento de ebulição da água, ocasionando corrosão dos componentes da tubulação e bombas. Com a ebulição da água, ocorre a formação de bolhas gasosas no meio do líquido, que são carregadas pelo líquido até uma região de maior pressão, onde implodem (desaparecem por implosão), originando uma forte onda de pressão causadora do ruído e de danos no interior do equipamento. Corrosão – É o ataque químico ao equipamento, pelos líquidos corrosivos como ácidos, cáusticos e sais. Erosão – É o desgaste sofrido pelas partes do equipamento, devido ao atrito com o líquido. Recomendações • Se possível formar um vácuo completo na entrada, haverá então 1,00 Kg / cm² de pressão para empurrar a água para dentro da câmara. Hidrodinâmica SENAI12 • A diferença de pressão deve ser a menor possível na tubulação de sucção da bomba, principalmente quando estas instalações estão em lugares altos e nestes locais a Pressão atmosférica é menor. • Mesmo que a água tenha boas características de vaporização, uma pressão muito baixa na entrada ( alto índice de vácuo ) permitirá que escape ar misturado com água . Portanto evite esta condição na sua instalação. • A mistura de ar com água pode causar cavitação . Quanto mais rápido a bomba girar, menor será a pressão, aumentando, assim, a possibilidade de cavitação. • Manter as conexões de entrada bem vedadas, o ar à pressão atmosférica concentra- se na área de baixa pressão e entra na bomba. Essa mistura também é inconveniente e barulhenta, mas é diferente da que provoca a cavitação . O ar, quando exposto à pressão de saída, é comprimido, formando um amortecedor, e não cede violentamente. Não se dissolve no fluido, mas entra nos sistemas como bolhas compressíveis, que causam operações irregulares. Aeração É o ar existente no fluido hidráulico . Aeração excessiva faz com que o fluido tenha aparência leitoso e que os componentes operem irregularmente devido à compressibilidade do ar retido no fluido. Como é criada a pressão A pressão resulta da resistência oferecida ao fluxo do fluido. A resistência ocorre em função de : • Carga de um atuador. • Restrição ou orifício na tubulação. Pressão e carga de trabalho Pressão A pressão é proporcional à carga, e a leitura do manômetro indica, em Kg / cm² a carga do trabalho a qualquer momento. A pressão é igual a força dividida pela área do pistão . É expressa pela fórmula :P = _ F . A Onde : P = pressão, em Kg / cm² F = força, em Kg A = área, em cm² Hidrodinâmica SENAI 13 Observação O aumento ou decréscimo na carga resultará num aumento ou decréscimo na pressão de operação. A força é proporcional à pressão e a área. Quando se utiliza um cilindro hidráulico para fechar ou prensar, a força gerada pode ser calculada por : F = P . A Como exemplo, suponhamos que uma prensa hidráulica tenha uma regulagem de 100 Kg/cm² de pressão e essa pressão seja aplicada numa área de 20 cm² . A força gerada será de 2.000 Kg, como se vê na figura seguinte : Hidrodinâmica SENAI14 Computando a área do pistão Calcula-se a área de um pistão pela fórmula : A = 0,7854 . d″ Onde : A = área em cm″ D = diâmetro do pistão, em cm Da fórmula básica P = F / A deduzem-se : F = P . A e : A = _ F . P Hidrodinâmica SENAI 15 Trabalho e Potência Trabalho Quando se movimenta uma força por determinada distância, efetua-se um trabalho. Trabalho = Força . Distância Expressamos o trabalho em quilogrâmetros ( KGM ). Por exemplo, se um peso de 10 quilos for levantado 10 metros, o trabalho será : 10 quilos x 10 metros = 100 quilogrâmetros ( KGM ) A fórmula acima não considera a velocidade em que o trabalho é feito. Potência O trabalho realizado por unidade de tempo chama – se potência . Potência = Força . Distância ou Trabalho Tempo Tempo A unidade padrão de potência é o cavalo-vapor ( CV ), que eqüivale a levantar 75 Kg a um metro de altura em um segundo . Também existe o equivalente em potência elétrica e calor. 1 cv = 0,986 HP 1 cv = 4 500 KGM/min ou 75 GM/s 1 cv = 736 W ( POTÊNCIA ELÉTRICA ) 1 cv = 41,8 BTU/min = 10,52 KCAL/s 1 hp = 33 000 lb . pé por minuto 1 hp = 746 W 1 hp = 42,4 BTU/min A potência necessária para movimentar 1 l / min a uma pressão de 1 KG/cm2 é equivalente a 0,0022 cv . Portanto: CV = Vazão (1/min) . Pressão (KG/cm2) . 0,0022 Hidrodinâmica SENAI16 Todavia, a potência requerida para girar a bomba deverá ser um pouco maior, desde que o sistema não tenha 100 % de eficiência. Na prática usa-se a seguinte fórmula: CV = 1/min . KG/cm2 426 Para o sistema Inglês, a equivalente é expressa pela seguinte fórmula : HP = 0,0007GPM . PSI Onde : HP = CAVALO – FORÇA GPM = GALÕES POR MINUTO PSI = LIBRAS POR POLEGADA QUADRADA Potência e torque Se for necessário converter cv em torque ou vice – versa, em qualquer equipamento rotativo, sem computar pressão e fluxo, teremos : Torque = 725 . CV ou CV = Torque . rpm Rpm 725 O Torque nesta fórmula será dado em KGM . Tambëm: HP = Torque (lb/pol) . rpm No sistema inglês. 63025 Hidrodinâmica SENAI 17 Vazão Vazão é a quantidade de fluido que escoa por uma tubulação e seus acessórios durante um intervalo de tempo considerado. O tempo pode ser dado em segundos, minutos, horas, dias, etc. A quantidade pode ser dada em volume ou em massa. Vazão volumétrica Q = volume transferido = V . tempo de transferência T Principais unidades de vazão volumétrica: m3 / seg m3 / min m3 / h m3 / d Bpd = ( Barris por dia ) Vazão em massa W = massa transferência = M . tempo de transferência T Principais unidades de vazão em massa: KG / min KG / hora Ton / hora ( mais utilizada ) Exemplos 1) VOLUME TRANSFERIDO = 2 m3 TEMPO = 2 h VAZÃO = 2 m3 / 2 h = 1 m3/h 2) VOLUME TRANSFERIDO = 2 ton TEMPO = 2 h VAZÃO = 2 ton / 2 h = 1 ton/h Hidrodinâmica SENAI18 Velocidade de escoamento Velocidade de escoamento é a vazão que passa por uma tubulação ou equipamento por unidade de área (fig. 1). Velocidade linear Consideramos as condições abaixo ( fig. 2 ) . Dados: Diâmetro menor = 0,5 m 2 Diâmetro maior = 1 m 2 Q = 100 m 3 /h Para calcular a velocidade linear temos que considerar o seguinte: A vazão, tanto na tubulação de maior área transversal, é a mesma. De onde concluímos que a velocidade linear de escoamento na tubulação de menor diâmetro será diferente da velocidade de escoamento na tubulação de maior diâmetro. Na tubulação Menor: VEL = 100 m2/h = 200 m / h 0,5 m2 Na tubulação Maior: VEL = 100 m2/h = 100 m / h 1 m2 Se D1 > D2 => V1 < V2, porém, Q1 = Q2 A unidade normalmente utilizada é: “metro / segundo” (m/s) Hidrodinâmica OBS : A velocidade linear representa a velocidade com que as moléculas do fluido se deslocam na tubulação ( fig. 3 ) . A = Posição inic B = Posição fina ∆S = Deslocame Velocidade em m Obtém-se a veloc transversal. Q = vazão trans secção tran Obs.: A velocida varia bastante e Pressão em esc Para termos um devemos conside Pressão estática É aquele que oco Pressão dinâmi É aquela que oc de velocidade (fig SENAI 19 ial da molécula l da molécula nto assa idade em massa dividindo-se a vazão em massa pela área da secção versal = ton/h sversal m2 de em massa é muito utilizada para gases, pois o volume dos gases a massa não. oamento de fluidos a idéia exata da pressão que exerce um fluido em uma tubulação, rar dois tipos de pressão, que são: rre quando o fluido está parado. ca orre com o fluido em movimento. É também conhecida como pressão . 4) Hidrodinâmica 20 Notamos que no indicador de pressão (manômetro) indica 1 Kg / cm 2. Este valor mede a pressão estática que uma coluna de 10 metros de água está exercendo no ponto onde se fez a medição. A válvula está completamente fechada, por isso não há movimentação do líquido. Se ao contrário, a válvula estiver totalmente aberta, vamos notar uma diferença na indicação, conforme o esquema abaixo (fig. 5). Como vemos, o PI assinala 0,95 KG/cm2, que é a pressão de velocidade (ou pressão de escoamento) exercida naquele ponto, no momento em que o líquido se encontre em movimento. Normalmente, esta velocidade é menor que a velocidade estática correspondente. Para aumentar esta pressão e, consequentemente, sua velocidade, existem os compressores e as bombas. Os compressores são usados para gases e as bombas para os líquidos. Tipos de escoamento Escoamento laminar As partículas do fluido deslocam-se paralelamente uma às outras, ou seja, é como se formassem camadas de deslocamento com sentido preferencial de fluxo, praticamente sem se misturarem (fig. 6). Deslocamento tu As partíc direções e pro redemoinhos (fig. SENAI rbulento ulas fluem em todas as vocam turbilhonamento e 7). Hidrodinâmica Fatores que influenciam no tipo de escoamento Velocidade do fluido Diâmetro da tubulação Viscosidade do fluido Densidade do fluido Velocidades elevadas associadas a viscosidades baixas tendem ao escoamento turbulento. O escoamento da água e dos gases é do tipo turbulento. A turbulência favorece as trocas de calor e a mistura do próprio fluido no interior da tubulação, tornando-o mais homogêneo. Perda de carga Chama-se perda de carga à queda de pressão que um fluido sempre sofre quando escoa para uma tubulação ou equipamento, devido ao atrito do fluido com essa tubulação ou equipamento (fig. 8). Exemplos: 1) Suponhamos que uma bomba centrífuga fornece uma pressão constante de 10 Kg/cm2. À medida e o fluido se afasta da descarga ao longo da tubulação, a sua pressão cai. A perd mais adian 2) Após o fluid Fatores que in Característica comprimen rugosidade diâmetro número e ti Característica viscosidade densidade qu SENAI 21 a de cargaé a diferença de pressão entre um ponto A e um ponto B te. o ter passado por um trocador de calor a pressão obtida foi 6 Kg/cm2. fluenciam na perda de carga s da tubulação to pos de acidentes (acessórios) s do fluido Hidrodinâmica SENAI22 Hidrodinâmica SENAI 23 Golpe de Ariete Ariete é a peça que faz o papel de martelo nas máquinas usadas para fincar estacas na fundação das construções. Quando se muda bruscamente o sentido de escoamento de um líquido que corre dentro de uma calha , ele sobe de nível na calha, escoamento de um líquido que corre dentro de um calha, ele sobe de nível na calha, escorrendo pêlos lados. O que acontece dentro de um tubo, quando se muda bruscamente a direção de escoamento de um líquido, é idêntico. Como o líquido não tem para onde ir, aumenta de forma rápida a força contra as paredes do tudo e demais componentes da tubulação. Esta é a causa principal do “GOLPE DE ARIETE” também conhecido como pressão de choque e que pode inutilizar uma tubulação. Golpe de ariete é o nome adotado para explicar a força que aparece toda vez que se cria uma mudança repentina na direção da circulação de um líquido. Hidrodinâmica SENAI24 Hidrodinâmica SENAI 25 Tubulações O termo tubulações é usado na planta industrial para designar um conjunto de tubos e seus acessórios. Os tubos são utilizados para transportar todos os tipos de fluido de processo, sejam fluidos limpos ou com sólidos em suspensão, pastosos. O transporte pode ser feito numa gama de pressões e temperaturas usuais nos processos industriais. Materiais para tubos Os tubos são feitos de materiais apropriados para cada fluido e suas condições no processo, tais como: temperatura de operações, pressão de trabalho, grau de corrosão, etc. Distinguem-se duas classes de materiais para tubulação: materiais metálicos e materiais não-metálicos. Aços ao carbono Aços liga Aços inox Ferro forjado Ferro fundido Ferro ligado Ferrosos Ferro nodular Cobre Latões Bronzes Metal monel Cromo-níquel Níquel Chumbo Alumínio Materiais metálicos Não-ferrosos Titânio Cloreto de polivinil (PVC) Acetato de celulose Teflon Poliestireno, polietileno Materiais plásticos Epoxi, poliester, etc. Vidro Cerâmica Barro vidrado Porcelana Concreto armado Borrachas Materiais não-metálicos Outros materiais Cimento amianto, etc. Hidrodinâmica SENAI26 Hidrodinâmica SENAI 27 Válvulas industriais As válvulas são dispositivos destinados a estabelecer, controlar, e interromper o fluxo. São os acessórios mais importantes na tubulação, para tanto devem ser tratados com cuidados especiais na sua especificação. (obs.: Representam em média de 8% a 10% do custo de uma instalação de processos). Classificação das válvulas 1) Válvulas de bloqueio - Destinam-se especificamente a fluxo, funcionam normalmente aberta ou fechada. • Válvula de gaveta • Válvula de macho • Válvula de esfera • Válvula de comporta 2) Válvulas de regulagem - Destinam-se especificamente a estabelecer o controle do fluxo, permitindo fechamento parcial ou total do fluxo. • Válvula globo • Válvula agulha • Válvula de controle • Válvula de borboleta • Válvula diafragma 3) Válvulas de único sentido - Válvulas que permitem sentido único no fluxo. • Válvula de retenção • Válvula de retenção e fechamento • Válvula de pé 4) Válvulas controladora de pressão • Válvulas de segurança e alivio • Válvulas de contra pressão • Válvulas redutora e reguladora de pressão Hidrodinâmica SENAI28 Acionamento correto de válvulas manuais As válvulas devem ser operadas com técnica correta de modo correto a facilitar o trabalho do operador. Uma válvula adequadamente lubrificada e engraxada dificilmente oferecerá dificuldades para sua movimentação. Para abertura e fechamento o limite do esforço físico despendido será dado pela própria dimensão da válvula. Chaves de válvulas Seu uso se justifica no caso de válvulas de grande dimensão em que o esforço físico aplicado torna-se multiplicado pelo auxílio da chave, esta atuando como mão-de-força. Obs.: Não se deve utilizar artifícios, tais como alavancas, chaves de encanador, golpes ou pancadas, uma vez que isso poderá causar danos à sua válvula. Movimentação de válvulas manuais se brusca alteração no processo Ao movimentar a válvula para a posição de abertura ou fechamento o operador deve estar ciente das alterações que esta operação poderá provocar. Assim logo sendo, o movimento de abertura e fechamento deverá ser lento, ordenado e com a mesma intensidade de movimentos, procurando minimizar a influencia do diferencial existente à montagem e à jusante desta válvula. Dessa forma, o equilíbrio é atingido sem causar interferência significativas ao processo. O limite de abertura e fechamento é dado pelo próprio curso da haste ; deve-se deixar ao final da abertura uma folga de aproximadamente 1/8 de volta, a fim de facilitar a movimentação quando houver necessidade de fecha-la. No fechamento, ao final, deverá apenas ser dado um pequeno esforço adicional a fim de certificar-se de que o fechamento fez-se integralmente. Também a fim de preservar a válvula, não deverão ser feitos apertos no fechamento. Observação 1. Em qualquer caso não se deve forçar o volante em demasia, seja na abertura ou no fechamento, para não danificá-lo. 2. As demais partes componentes das válvulas também estarão a salvo de danos se as válvulas forem corretamente operadas. Hidrodinâmica SENAI 29 Gaxeta É um material de vedação, que serve para impedir o vazamento do fluido pelo espaço entre a haste e o castelo de uma válvula, juntas de expansão, eixo de bomba e o corpo da mesma etc. Constituição As gaxetas podem ser de fibra torcida ou trançada com algodão, asbestos, náilon, juta, teflon, cobre, alumínio, chumbo, aço, amianto etc. As gaxetas para válvulas ou bombas contêm material lubrificante para reduzir o atrito entre elas e a haste da válvula ou eixo de uma bomba. Aplificação ou função As gaxetas são usadas em engraxamentos de válvulas, bombas e jutas de pensão; seu uso depende da especificação técnica, bem como da temperatura, pressão e grau de corrosão do produto. VAPOR (alta pressão) Amianto, asbestos , metálica, semi-metálica, cobre e aço. VAPOR (baixa pressão) Amianto, asbestos , metálica, semi-metálica. ÁGUA QUENTE Asbestos, lona e borracha, semi-metálica, algodão ou plásticos. ÁGUA FRIA Asbestos, semi-metálicos, plásticos. AR Asbestos, lona e borracha, semi-metálica. AMONIA Asbestos, lona e borracha, semi-metálica. ÁCIDOS Asbestos, teflon, plásticos. Os tipos mais comuns de gaxetas são: quadrada (fig. 1) e redonda (fig. 2). 1 Hidrodinâmica SENAI30 Observação As gaxetas devem ser cortadas em forma de arruelas e da maneira ilustrada nas figuras 3, 4 e 5. 21 3 4 5 Hidrodinâmica SENAI 31 Acessórios São componentes auxiliares usados nas tubulações e equipamentos do processo, com a finalidade de auxiliar e garantir o bom funcionamento dos mesmos. Filtros São acessórios instalados nas tubulações, com a finalidade de reter poeiras, sólidos em suspensão e corpos estranhos no fluxo de liquido ou gases. Classificação Industrialmente, existem duas classes mais comuns de filtros: Permanentes e Provisórios. Filtros permanentes São acessórios instalados definitivamente na tubulação. Os principais empregos dos filtros permanentes são: - em tubulações com fluidos que sempre apresentarão corpos estranhos; - em caso de necessidade de purificação rigorosa e controlado do fluido; - em tubulações de entrada de equipamentos tais como, bombas de engrenagens, medidores volumétricos etc. Esses filtros são. geralmente, construídos em caixa de aço, de ferro fundido do ou bronze,com bocais de conexões as tubulações de entrada e saída (figs. 1 e 2). Os elementos filtrantes e os materiais de construção dos mesmos, variam de acordo com as características do fluido, o grau de filtragem desejado e a dimensão da impureza a filtrar 21 Hidrodinâmica SENAI32 Filtros provisórios São intercalados nas tubulações, próximo dos bocais de entrada dos equipamentos (bombas, compressores, turbinas, etc.), para evitar que sujeiras e corpos estranhos deixados nas tubulações durante a montagem penetrarem nesses equipamentos quando o sistema for posto em funcionamento. Após certo tempo de funcionamento, os filtros provisórios podem ser removidos da tubulação. Os filtros provisórios mais comuns são os discos de chapa ou anéis de chapa fina com um cone de tela. São introduzidos e fixados entre dois flanges da tubulação. Medidas das telas Malhas (cm) N.º da malha Abertura (mm) Abertura (microns) 20.61 50 0,297 297 28.52 70 0,210 210 39.76 100 0,150 150 56.24 140 0,105 105 78.74 200 0,075 75 106.40 270 0,053 53 127.16 325 0,044 44 Peneira Peneira é um dispositivo de arame (malha) que tem funções semelhantes às do filtro. Filtro de sucção feito de malha de arame fino Hidrodinâmica Tamanho comparativo das partículas micrônicas Tamanhos comparativos limite de visibilidade (a olho nu) 40 microns células brancas do sangue 25 microns células vermelhas do sangue 8 microns bactéria 2 microns Equivalência linear 1 milímetro 0,394- polegada 1 000 microns 1 mícron 3,94 x 1~-~ polegada 0,001 milímetro 1 polegada 25,4 milímetros 25.400 microns Os elementos filtrantes mais comuns tanto para filtros provisórios como para filtros permanentes são os seguintes: - Grades metálicas, chapas perfuradas e telas metálicas para filtragem grosseira. - Telas finas, filtros, nylon, porcelana, papel para filtragem fina de líquidos. - Folhas metálicas, feltro, camurça, elemento cerâmico poroso para filtragem de gases. Filtros de ar São dispositivos destinados a eliminar água, partículas solidas em suspensão, óleo e umidade do ar comprimido, para poder utiliza-lo em equipamentos pneumáticos. Funcionam pelo princípio de alta centrifugação do ar, que projeta as partículas de impurezas, lateralmente, de encontro ao corpo, pelo qual descem as mesmas, acumulando-se na parte inferior, onde são eliminadas facilmente pelo dreno. Tipos Os filtros de ar, apresentam-se em 3 tipos: - com dreno manual; - com dreno automático e - higroscópio. SENAI 33 Hidrodinâmica SENAI34 Componentes (fig. 3): 1) Defletor Dirige o fluxo de ar no sentido circular para que o liquido se já extraindo pela força centrífuga. 2) Elemento filtrante Serve para remover partículas solidas. Os materiais mais usa dos nesses elementos são: bronze sintetizado; papel - filtro; laminas de fibra. Recomendações de instalação Uma instalação apropriada é essencial para evitar vazamentos, contaminação do sistema e operação barulhenta. Algumas recomendações gerais de instalação seguem: Limpeza A maior causa de falhas em sistemas hidráulicos é o óleo sujo. Os componentes de precisão estão especialmente sujeitos a danos devido a resíduos na instalação do encanamento. Portanto é necessário limpar bem o encanamento na instalação. Quando são feitas as operações tais como cortar. afunilar e mosquear, verifique sempre se os cavacos de metal não se depositaram em lugares onde o óleo possa ser contaminado. Os métodos recomendados para o tratamento de canos e tubos antes de instalação são: jatos de areia, eliminação de graxa e decapagem química. Mais informações sobre estes processos podem ser obtidas dos fabricantes de componentes e dos distribuidores de equipamentos de limpeza. 3 Hidrodinâmica SENAI 35 Suportes As linhas hidráulicas longas são sujeitas a vibrações e choques quando o óleo que nelas flui é parado repentinamente ou tem seu sentido invertido. O vazamento pode ocorrer pela fadiga das juntas ou quando elas se soltarem. As linhas devem ter apoios a intervalos regulares. com braçadeiras ou grampos, sendo melhor colocá-los afastados das conexões para facilitar a montagem e desmontagem. Materiais moles tais como madeira ou plástico são melhores para este fim. Funções das linhas hidráulicas Há numerosas considerações especiais relativas às funções das linhas (tubulações) que devem ser mencionadas: 1) O pórtico de entrada da bomba é normalmente maior que o da saída para acomodar uma linha de bitola maior. É recomendável manter esta bitola pôr toda a linha de sucção, e fazê-la tão curta quanto possível. As curvas devem ser evitadas e a quantidade de conexões deve ser reduzida ao mínimo. 2) Como sempre há um vácuo na entrada de uma bomba, as conexões na linha de entrada precisam ser apertadas de modo a não permitir a entrada de ar no sistema. 3) Nas linhas de retorno, as restrições são responsáveis pela contra pressão, resultando em desperdício de energia. Usar bitolas adequadas para assegurar a velocidade baixa. Aqui também deve-se evitar curvas e multas conexões. 4) As linhas de retorno soltas podem também admitir ar no sistema pela aspiração. Estas linhas precisam ser apertadas e devem terminar abaixo do nível do óleo para que não haja aeração nem turbulência. 5) As linhas entre os atuadores e válvulas de controle de fluxo devem ser curtas e rígidas para um controle de fluxo preciso. Hidrodinâmica SENAI36 Hidrodinâmica SENAI 37 Seleção de válvulas Generalidades Em muitos casos, defeitos apresentados em válvulas são evidenciados por má instalação, ou pela falta de manutenção, ou também pelo uso inadequado num determinado serviço, decorrentes de erros na seleção, por ocasião da compra. A seleção de válvulas começa com conhecimento da função desejada e dos fatores que poderão afetar o seu desempenho, assim como conhecer as propriedades dos fluídos que passarão pelas válvulas, condições de operação, materiais de construção e tamanho das mesmas. Os modelos de cada tipo de válvula, suas variações, vantagens e desvantagens de cada uma são igualmente importantes para que se possa eleger uma válvula condizente com a função requerida. Fatores importantes para seleção de válvulas de bronze Funções da válvula Para selecionar válvulas é muito importante que se conheça as funções que elas terão numa rede de condução de fluídos, sendo estas funções definidas em serviços para bloqueio, regulagem ou estrangulamento, prevenção de um refluxo, ou outros, como definidos na tabela 1. Hidrodinâmica SENAI38 Tabela 1: Recomendações de serviços mais usuais para válvulas Serviços Válvula B lo q u e io R e g u la g e m O p e ra çõ e s F re q ü e n te s B a ix a p e rd a d e ca rg a F lu íd o s V is co so s A ci o n a m e n to R á p id o P a ss a g e m L iv re P re ve n çã o n ã o re to rn o P re ve n çã o d e so b re p re ss ã o Gaveta X - - X X - X - - Gaveta fecho rápido X - X X X X X - - Globo reta X X X - - - - X* - Globo Angular X X X - - - - X* - Globo Oblíqua X X X - - - - - - Globo Agulha - X X - - - - - - Macho X - - X X X X - - Esfera X - X X X X X - - Retenção portinhola - - X X - X X X - Retenção horizontal - - X - - X - X - Retenção vertical - - X - - X - X - Fundo de poço - - X - - X - X - Alívio - - - - - X - - X *Quando dotado de recurso (mecanismo) para não retorno (retenção). Características dos fluídos em contato com a válvula As características dos fluídos precisam ser bem conhecidas, principalmente quanto a aspectos relacionados a propriedades de abrasão e corrosão ocasionadas pelos mesmos quando em contato com válvulas. Os fluídos em questão podemser líqüidos ou gasosos e devem ser compatíveis com os materiais empregados na construção das válvulas. Relação pressão e temperatura Para se determinar a faixa de pressão apropriada durante a seleção de uma válvula, deve-se conhecer tanto pressões quanto temperaturas máximas e mínimas. A Tabela 2 classifica a relação “pressão-temperatura” para as válvulas de bronze nas diferentes classes de pressão existentes. Hidrodinâmica SENAI 39 Tabela 2: Relação “pressão-temperatura” para válvulas de bronze Classe 125 150 200 300 Material ASTM-B 62 3) ASTM-B 61 4) Extremidade Rosca Flange Rosca Temperatura 2) ºC Pressão admissível 1) PSI -30 à 65 200 300 225 400 600 100 185 270 210 375 560 125 170 240 195 350 525 150 155 210 180 325 490 175 140 180 165 300 450 200 - - - 275 410 210 125 150 150 - - 225 - - - 255 378 250 - - - 230 345 275 - - - 208 315 290 - - - 200 300 Notas: 1) As pressões admissíveis são consideradas na condição de não haver choque (golpe de ariete). 2) As temperaturas consideradas são as do fluído que passa na válvula. 3) As válvulas classe 125 e 150 são fabricadas com liga ASTM-B 62 para operações até 210 ºC. 4) As válvulas classe 200 e 300 são fabricadas com liga ASTM-B 61 para operações até 290 ºC. 5) Válvulas com elementos de vedação não metálicos tem limitações de temperatura em função dos mesmos. 6) Sob consulta, as hastes das válvulas poderão ser fabricadas com liga ASTM-B 62 ou ASTM-B 61. Conceitos envolvendo os tipos de válvulas Válvulas de bloqueio São as válvulas que trabalham geralmente em condições de abertura ou fechamento total da passagem do fluído. A operação para abertura ou fechamento ocorre manualmente por meio de volante (válvulas globo e gaveta) ou por meio de alavanca (válvulas de esfera e macho). Válvulas de regulagem e/ou estrangulamento São também válvulas de bloqueio, porém permitem operar em condições intermediárias para melhor controle da passagem do fluído através das mesmas. (Ex.: válvulas tipo globo). Hidrodinâmica SENAI40 Válvulas auto operadas São as válvulas que apresentam um elemento sensor (obturador) internamente ao corpo. Apresentam-se em diversos tipos construtivos, específicos para cada finalidade, onde a operação é feita através do próprio elemento de controle do fluxo, deslocando-se sob o efeito direto da ação do fluído. (Ex.: válvulas de retenção e de alívio). Válvulas combinadas São as válvulas que devido sua forma construtiva apresentam durante o seu funcionamento características relativas ora a um grupo, ora a outro (Ex.: válvula globo com retenção). Extremidades das válvulas Entende-se por extremidades das válvulas as regiões onde se fazem os acoplamentos destas aos tubos, conexões ou diretamente aos equipamentos. Estas extremidades podem ser concebidas com formas construtivas mais diversas, em função de características próprias de projeto de uma tubulação ou equipamento, onde fatores como o diâmetro nominal (DN), a pressão nominal, (PN), o tipo de fluido, facilidades de manutenção, custos, investimentos e outros fatores específicos, devem ser considerados. As extremidades mais comuns para válvulas de bronze, são: Roscadas • São aquelas cujo acoplamento é feito por roscas padronizadas, internas ou externas. • É um sistema econômico, de fácil instalação e muito usado em válvulas de pequeno e médio portes, até DN 100. • Válvulas maiores até DN 200, também podem ter extremidades roscadas, porém, face ao peso e volume desfavoráveis, extremidades com flanges são mais aconselháveis. • As roscas utilizadas obedecem os padrões da Norma Mercosul NM ISO 7.1., (origem ISO-7.1 e BS 21), normalmente conhecidas como roscas Whitworth Gás ou BSP. • Roscas da norma americana ANSI B 21 (NPT) também são largamente aplicadas, principalmente nas áreas de petroquímica e indústria do petróleo. • No caso específico das roscas internas das válvulas as roscas BSP normalmente são paralelas, com roscas cônicas (BSPT) somente sendo produzidas sob encomenda. Flangeadas • São aquelas cujo acoplamento é feito por meio de flanges padronizados, unidos por parafusos. • Existem vários tipos de flanges para os diferentes tipos de materiais da válvula. • No caso de válvulas de bronze a superfície de vedação do flange dever ser sempre lisa, e as normas mais usuais são a ANSI B 16-24 (americana) e DIN (alemã). Hidrodinâmica SENAI 41 • Válvulas flangeadas normalmente têm um custo mais alto, porém, as facilidades de instalação, manutenção e reposição justificam o investimento, sendo disponíveis a partir DN 15. Nas tabelas 3 e 4 são apresentadas as dimensões básicas de flanges ANSI e DIN, respectivamente. Tabela 3: Perfil e dimensões básicas de flanges ANSI B 16-24 Dimensões mm DN (Bitola) A B C D E Número de Furos 15 ( ½ ) 88,9 60,3 12,7 7,9 20 ( ¾ ) 98,4 69,8 19,0 8,7 25 ( 1 ) 107,9 79,4 25,4 9,5 32 ( 1 ¼ ) 117,5 88,9 31,8 15,9 10,3 38 ( 1 ½ ) 127,0 98,4 38,0 11,1 50 ( 2 ) 152,4 120,6 50,8 12,7 65 ( 2 ½ ) 177,8 139,7 63,5 14,3 80 ( 3 ) 190,5 152,4 76,2 15,9 4 100 ( 4 ) 228,6 190,5 101,6 19,0 17,4 125 ( 5 ) 254,0 215,9 127,0 19,0 150 ( 6 ) 279,4 241,3 152,4 20,6 200 ( 8 ) 342,9 298,4 203,2 22,2 23,8 8 Encaixe para solda São aqueles cujo acoplamento se faz com tubos específicos, próprios para este fim, que penetram em encaixe padronizado. Uma solda de estanho ou de latão preenche as folgas existentes, formando um colar nas extremidades, sendo a solda de estanho recomendada para maiores temperaturas. A norma mais utilizada para este tipo de acoplamento, é a ANSI B 16 –18. Na tabela 11 são apresentadas as dimensões básicas de encaixe para solda conforme ANSI. Hidrodinâmica SENAI42 Tabela 4 : Perfil e dimensões básicas de encaixes para solda conforme ANSI B 16 – 18 Dimensões da bolsa mm Diâmetro interno DN (Bitola) Mínimo Máximo Profundidade mínima Espessura mínima de parede 6 (¼) 9,58 9,68 8,0 10 (3/8) 12,75 12,85 9,5 15 (½) 15,93 16,03 12,5 1,3 20 (¾) 22,28 22,38 19,0 1,5 25 (1) 28,65 28,75 23,0 32 (1 ¼) 35,00 35,10 24,5 1,8 38 (1 ½) 41,35 41,48 28,0 2,0 50 (2) 54,05 54,18 34,0 2,3 65 (2 ½) 66,75 66,88 37,5 2,5 80 (3) 79,45 79,58 42,0 2,8 Tamanho de válvulas-diâmetro nominal-dn. As válvulas de bronze são fabricadas normalmente nos DN 6 à 200, onde DN é designação numérica de tamanho das válvulas, se relacionando tão somente com o acoplamento das mesmas à tubulação. Nota: Os DN 6, 10, 15, 20, 25, 32, 38, 50, 65, 80, 100, 125, 150 e 200 correspondem, respectivamente, às bitolas em polegadas de ¼, 3/8, ½, ¾, 1, 1 ¼, 1 ½, 2, 2 ½, 3, 4, 5, 6 e 8 definidas pela ANSI. Classe de pressão de válvulas-pressão nominal-pn. As válvulas de bronze são fabricadas geralmente para as classes 125, 150, 200 e 300 da ANSI, onde a classe de pressão corresponde à pressão nominal-PN ISO-que é uma designação numérica relativa à capacidade de trabalho de uma válvula à temperatura de vapor. Nota: As classes de pressão 125, 150, 200 e 300 da ANSI correspondem, respectivamente, às pressões nominais PN ISO 16, 20, 25 e 50. Dentificações e marcações de válvulas As válvulas de bronze trazem as seguintes identificações gravadas em alto relevo no corpo: DN, classe de pressão ou PN e seta indicativa de fluxo, no caso específico de válvulas unidirecionais. Hidrodinâmica SENAI 43 A identificação de DN e PN podem ser conforme ANSI e/ou pelo sistema ISO, geralmente ambos. Independentemente destas identificações, as válvulas de bronze trazem uma plaqueta de identificação que permite caracterizar o código de referência do produto. Referida plaqueta pode ser vermelha para identificação de válvula com extremidades com flangesou com roscas BSP, ou pode ser verde para identificação de válvula com extremidades com roscas NPT. As válvulas com extremidades com roscas NPT trazem ainda um sulco nas faces correspondentes. Principais tipos de válvulas de bronze Os principais tipos de válvulas de bronze são apresentados à seguir, de forma bastante elucidativa, mostrando-se o princípio de funcionamento de cada tipo, o comportamento do fluído ao passar através de válvulas, principais formas construtivas, bem como sua vantagens e desvantagens. Válvulas gaveta Generalidades Considerada, como uma das válvulas mais utilizadas para fins de bloqueio, as válvulas gaveta têm uma forma construtiva tal que, como se pode observar na figura 1, o fluído ao passar em linha reta através do corpo com o obturador na posição totalmente aberta, sofrerá uma resistência mínima e consequentemente terá uma baixa perda de carga. O obturador, que pode ter a forma de disco ou de cunha, atua através de uma haste que fica montada na tampa da válvula, promovendo por meio de um rosca própria, movimentos de translação do disco ou cunha, em sentidos ascendente e descendente, perpendiculares à trajetória do fluído, abrindo ou fechando, respectivamente, a válvula. As válvulas gaveta são indicadas para operar em serviços onde não haja necessidade de operações freqüentes, visto que o movimento de translação do obturador é muito lento e portanto deve-se utilizá-las de preferência nas condições de totalmente aberta ou totalmente fechada. Recomenda-se ainda, não se utilizar as válvulas gaveta em serviços de regulagens e/ou estrangulamentos, pois nestes casos o impacto do fluído com o obturador parcialmente aberto, fatalmente causará vibrações e ruídos indesejáveis, como também poderá ocasionar erosão nas superfícies das sedes e do obturador (ver figuras 1, 2 e 3). Hidrodinâmica SENAI44 Figura 1: Válvula gaveta-forma básica Características das válvulas gaveta • Passagem totalmente desimpedida quando totalmente aberta. • Estanques para quase todos os tipos de fluídos. • Construção em ampla gama de tamanhos. • Permitem fluxo nos dois sentidos. • Não são indicadas em operações freqüentes. • Não se aplicam em regulagens e/ou estrangulamento de fluxo. • Ocupam grande espaço (altura) devido ao movimento de translação do obturador, no caso de ser do tipo haste ascendente. Comportamento do fluído através de válvulas gaveta a) com o obturador totalmente aberto Com o obturador totalmente aberto, o fluído não sofre restrições na passagem (ver figura 2). Hidrodinâmica SENAI 45 Figura 2: Válvula gaveta-detalhe da passagem do fluído com obturador totalmente aberto b) com o obturador semi aberto Com o obturador semi-aberto, o fluído aumenta sua velocidade provocando ruídos e vibrações que são indesejáveis e prejudiciais ao bom desempenho da válvula (ver figura 3). Figura 3: Válvula gaveta-detalhe da passagem do fluído com o obturador semi-aberto Hidrodinâmica SENAI46 Principais formas construtivas Válvula gaveta com haste não-ascendente - HNA Tipo de válvula em que quando se gira a haste, esta não se desloca longitudinalmente e sua altura do centro ao topo permanece sempre constante, esteja o obturador na posição aberta ou fechada. Esse fator possibilita sua instalação mesmo com espaços limitados porém, com a inconveniência de não se poder observar à distância a posição em que estará o obturador no interior da válvula (ver figuras 4, 5 e 6). Figura 4 : Válvula gaveta de haste não ascendente – vista em corte Hidrodinâmica SENAI 47 Figura 5 : Válvula gaveta de haste não ascendente aberta – detalhe distância centro a topo constante Figura 6 : Válvula gaveta de haste não ascendente – forma construtiva básica até DN 4 Hidrodinâmica SENAI48 Válvula gaveta com haste ascendente Tipo de válvula gaveta onde a altura do centro ao topo é variável para mais ou menos, de acordo com o sentido de giro que se dá à haste, podendo-se assim, observar mesmo à distância, a posição em que estará o obturador no interior da válvula. Dois tipos básicos de hastes ascendentes são normalmente utilizados para este tipo de válvula, a saber: a) válvula gaveta com haste de rosca interna ascendente Neste tipo de válvula a rosca da haste permanece sempre no interior da mesma, e quando acionada por meio do volante preso na sua extremidade, desloca-se longitudinalmente (ver figuras 7 e 8). Este manuseio poderá ficar prejudicado se o espaço (altura disponível) não for considerado, isto em razão da grande extensão de deslocamento do conjunto haste e volante (ver figura 8). Figura 7 : Válvula gaveta com haste de rosca interna ascendente – forma construtiva básica Hidrodinâmica SENAI 49 Figura 8 : Válvula gaveta com haste de rosca interna ascendente – vista em corte, aberta e fechada. b) Válvula gaveta com haste de rosca externa ascendente Neste tipo de válvula a haste permanece sempre fora da válvula, não ficando assim em contato com o fluído que passa pela mesma (ver figuras 9, 10 e 11). O deslocamento da haste neste tipo de válvula é apenas longitudinal, ocasionado pelo movimento rotativo do volante encaixado no castelo da válvula. Válvulas gaveta com esse tipo de haste são indicadas para operar com qualquer tipo de fluido, mesmo agressivo, pois permitem lubrificação da rosca da haste. Hidrodinâmica SENAI50 Figura 9 : Válvula gaveta com haste de rosca externa ascendente – vista em corte Hidrodinâmica SENAI 51 Figura 10: Válvula gaveta com haste de rosca externa ascendente-detalhe da distância centro a topo variável Válvula gaveta de fecho rápido É um tipo de válvula (ver figura 11) onde o sistema de vedação é composto de dois discos independentes montados à uma alavanca que se desloca radialmente em torno de um eixo comandado externamente por outra alavanca. Neste tipo de válvula as ações de abertura e fechamento são extremamente rápidas e portanto são somente indicadas para usos em linhas de baixa pressão com os mais diversos fluidos, tais como: água, óleo e derivados de petróleo. Hidrodinâmica SENAI52 Figura 11 : Válvula gaveta de fecho rápido – forma construtiva básica Válvulas globo Generalidades Válvulas globo têm esse nome universalizado devido a forma globular concebida inicialmente no projeto de seu corpo. Estas válvulas têm como função principal efetuar operações de bloquear, de regular ou estrangular a passagem de fluídos em uma tubulação. Seu funcionamento para abrir ou fechar é feito manualmente por um volante fixo à extremidade da haste provida de uma rosca alojada na tampa da válvula e quando girada, promoverá um movimento de translação em sentido ascendente ou descendente do obturador acoplado a outra extremidade da haste que atuará na sede localizada no corpo da válvula, abrindo, fechando ou regulando a passagem do fluxo. Existem quatro versões deste tipo de válvula, todas elas com características comuns quanto ao funcionamento, mas com projetos de disposição do corpo de forma tal que as diferenciam, proporcionando assim melhores opções aos projetistas e instaladores em montagens de tubulações. Hidrodinâmica SENAI 53 Características das válvulas globo • Permitem controle parcial do fluxo. • Abertura e fechamento mais rápido do que as válvulas gaveta. • As características construtivas do conjunto sede-obturador permitem estanqueidade total. • Manutenção favorecida pelo fácil acesso aos componentes internos da válvula sem a necessidade da sua remoção da linha. • Admitem fluxo em um só sentido. • Perda de carga mais elevada que outros tipos de válvulas de bronze. • Indicadas para operações (acionamentos) freqüentes. Formas construtivas de válvulas globo Válvula globo reta Mais conhecida simplesmente pelo nome de válvula globo, têm as extremidades de entrada e saídacoaxiais admitindo fluxo pela extremidade de entrada (sempre determinada por uma seta indicativa de fluxo), que ao adentrar na câmara inferior fará uma curva de 90 graus em relação ao seu eixo, ultrapassando a região de passagem onde está localizada a sede, envolvendo a câmara superior onde se localiza o obturador, (que neste caso está na posição aberta) saindo pela extremidade oposta, sendo novamente desviada a 90 º (ver figuras 12, 13 e 14). Este percurso em “S” através da válvula, faz com que o fluído tenha uma perda de carga maior do que as válvulas que têm passagem livre, (válvulas gaveta, macho, esfera, etc.) porém excelentes quando utilizadas para aquilo que foram projetadas ou seja: bloqueio, regulagens e/ou estrangulamento. Hidrodinâmica SENAI54 Figura 12 : Válvula Globo com extremidades flangeadas Figura 13 : Válvulas Globo com extremidades roscadas Hidrodinâmica SENAI 55 Figura 14 : Válvulas Globo – detalhes da forma do bloqueio do fluído e passagem em “S” Válvula globo angular Mais conhecida como válvula angular (ver figura 15) diferencia-se da válvula globo reta, apenas na configuração do corpo onde as extremidades de entrada e saída estão dispostas a 90 graus entre si. Este arranjo possibilita duas vantagens interesssantes que devem ser levadas em conta principalmente pelos projetistas, pois neste caso a perda de carga é menos acentuada em relação às válvulas globo reta, como também propícia diminuição do número de conexões na instalação (ver figura 16 e 17). Hidrodinâmica SENAI56 Figura 15 : Válvula globo angular com extremidades roscadas Figura 16 : Válvula Angular – detalhes da passagem do fluído e vedação Hidrodinâmica SENAI 57 figura 17 : Válvulas globo reta e angular – detalhes típicos de instalação (na 1ª com uso de 4 junções, 1 niple e 1 cotovelo e na 2ª somente 2 junções) A vista em corte (figura 16) evidencia a passagem do fluído mais livre se confrontada com as válvulas globo reta e através da figura 17 se evidencia a economia de conexões. Válvula globo oblíqua Conhecida também, embora inadequadamente, como válvula globo de passagem reta, ou simplesmente válvula tipo “Y” (ver figura 18), possui as mesmas características de funcionamento das válvulas globo reta, inclusive com as extremidades de entrada e saída coaxiais, porém todo o conjunto que engloba o mecanismo de abertura e fechamento e consequentemente a região de vedação ficam numa posição oblíqua ao eixo de entrada e saída, o que possibilitará desta forma, o uso de menor espaço (altura) em uma instalação. Esta válvula tem ainda a vantagem de propiciar uma perda de carga compatível com as válvulas angulares (ver figura 19). Hidrodinâmica SENAI58 Figura 18 : Válvula globo oblíqua Figura 19 : Válvula globo oblíqua – detalhe da passagem do fluído Hidrodinâmica SENAI 59 Válvula globo de agulha Ou simplesmente válvula de agulha, é uma variação das válvulas globo e portanto de funcionamento semelhante. Ela difere basicamente no seu elemento de vedação (obturador) que se caracteriza pelo seu formato cônico extremamente agudo, normalmente construído na própria extremidade da haste que promove os movimentos de abertura, fechamento e principalmente regulagens (ver figuras 20 e 21). Este tipo de válvula tem o orifício de passagem bastante reduzido em relação à bitola da válvula para obter-se assim uma maior sensibilidade nas regulagens de vazão. As válvulas de agulha são indicadas para serem utilizadas em aparelhos de instrumentação para ar comprimido, gases e líquidos em geral com baixa viscosidade. Figura 20 : Válvula globo de agulha – tipo monobloco para DN ¾ e menores Hidrodinâmica SENAI60 Figura 21 : Válvula globo de agulha – com tampa roscada ao corpo e sede postiça, para DN 1 e maiores Válvulas de retenção Pertencentes ao grupo de válvulas auto operadas e conhecidas também como válvulas de não-retorno, elas têm como característica principal a propriedade de permitir a direção do fluxo em um só sentido, retendo-o automaticamente quando houver a tendência de refluxo. Uma seta gravada na parte externa do corpo indica o sentido de fluxo. Válvula de retenção horizontal Este tipo de válvula tem o corpo com características idênticas ao corpo das válvulas globo, e portanto com o mesmo comportamento de passagem do fluxo do fluído que, ao adentrar a válvula, levantará o obturador, normalmente guiado na sua parte inferior pelo orifício de passagem e na parte superior pelo orifício localizado na tampa, saindo pela extremidade oposta (Ver figuras 22, 23 e 24). O efeito retenção (bloqueio de refluxo) se dá quando a pressão do fluído à montante da válvula for menor que a pressão à jusante da mesma, com o obturador se fechando automaticamente quando houver refluxo (ver figura 24). Hidrodinâmica SENAI 61 As válvulas de retenção horizontal são indicadas para serviços em linhas de fluídos, tais como: ar, gases, líquidos em geral e vapor, e normalmente utilizadas em conjunto com as válvulas globo, sempre em tubulação horizontal. Os obturadores de válvulas de retenção horizontal têm as mesmas características dos obturadores das válvulas globo na região de contato com a sede, e também com as mesmas finalidades de uso, em relação aos diversos tipos de fluídos. Figura 22 : Válvula de retenção horizontal – vista em corte Hidrodinâmica SENAI62 Figura 23 : Válvula de retenção horizontal – detalhe da passagem do fluído Figura 24 : Válvula de retenção horizontal – detalhe do efeito retenção (bloqueio no refluxo) Hidrodinâmica SENAI 63 Válvula de retenção com portinhola Tipo de válvula que consiste de um obturador em forma de disco (portinhola) preso a um braço articulado, pivotado superiormente por um eixo transversal, apoiado no interior do corpo da válvula (ver figura 25). Seu funcionamento é automático. O fluído ao adentrar na válvula transpassa a região da sede, levantando o obturador articulado, saindo pela extremidade oposta, e o efeito retenção (bloqueio no refluxo) se dá quando o fluído tiver uma pressão à montante menor que a pressão à jusante da mesma, com tendência de refluxo (ver figuras 26 e 27). Este tipo de válvula por ter uma passagem livre, oferece perda de carga mínima, e pode ser instalada tanto em tubulações horizontais como verticais. Recomenda-se o uso de válvulas de retenção com portinhola, sempre em conjunto com válvulas de bloqueio do tipo gaveta, macho, esfera, etc., e não se recomenda usar em linhas que tenham fluxos pulsantes ou com altas velocidades de escoamento, que poderão ocasionar ruídos e vibrações indesejáveis, como também diminuição de sua vida útil. Os obturadores de válvulas de retenção de portinhola têm sempre a forma de um disco, podendo ser totalmente metálicos ou insertados, com anéis feitos de elastômero (buna N ou neoprene). Figura 25 : Válvula de retenção com portinhola – vista em corte Hidrodinâmica SENAI64 Figura 26 : Válvula de retenção com portinhola – detalhe da passagem do fluído Figura 27 : Válvula de retenção com portinhola – detalhe efeito retenção (bloqueio de refluxo) Hidrodinâmica SENAI 65 Válvula de retenção vertical É o tipo de válvula que se aplica tão somente em fluxos ascendentes, e portanto concebida, para operar sempre na posição vertical. Seu corpo tem formato cilíndrico, com extremidades de entrada e saída coaxiais, tendo internamente o obturador, que na região de contato com a sede, tem formato de um tronco de cone dotado de um eixo guia (ver figuras 28 e 29). Seu funcionamento é automático. O fluxo (sempre ascendente) eleva o obturador, abrindo a válvula, que se fecha automáticamente quando houver tendência de refluxo. Figura 28 : Válvula de retenção vertical – vista em corte Hidrodinâmica SENAI66 Figura 29 : Válvula de retenção vertical – modelo básicoVálvula de retenção para fundo de poço Também conhecida como válvula de “pé”, com funcionamento idêntico à válvula de retenção vertical, possuindo na extremidade de entrada (lado inferior) uma grade de proteção (crivo) para impedir a entrada de materiais mais grosseiros (ver figura 30). Esta válvula é utilizada em fundo de poços ou de reservatórios, acoplada verticalmente ao tubo de sucção de um sistema de recalque, que quando em funcionamento, mantém o obturador suspenso, permitindo a passagem do fluído aspirado. Quando cessa a sucção do fluído, o obturador retorna para a posição normalmente fechado, impedindo o retorno do líqüido, mantendo desta forma, a tubulação e a bomba sempre cheias, para posteriormente, permitir um novo ciclo de funcionamento do sistema de recalque, sem a necessidade de escorva. Hidrodinâmica SENAI 67 Figura 30 : Válvula de retenção de fundo de poço – modelo básico Válvula macho Historicamente é uma das mais antigas válvula de bloqueio conhecida. Seu mecanismo consiste de um obturador (macho cônico) que funciona rotativamente dentro do corpo, necessitando de apenas ¼ de volta para abrir ou fechar. Ambos, macho e corpo têm orifícios de passagens ajustados de forma a coincidir um com o outro, para permitir a passagem do fluído. As válvulas macho são recomendadas como válvulas de bloqueio, não sendo entretanto recomendadas para serviços de regulagem e/ou estrangulamento e em serviço de operações freqüentes de abertura e fechamento da válvula, pois o filme de graxa aplicado entre o corpo e o macho, que tem as funções de diminuir o atrito entre as partes e vedação, poderá se escoar, ocasionando vazamentos. Os dois tipos mais usuais de válvulas macho construídos em bronze são: Hidrodinâmica SENAI68 Válvula macho passante É um tipo de válvula muito simples, recomendada para uso no bloqueio de líqüidos, não sendo, entretanto, recomendada para uso em vapor ou outras condições com variações acentuadas de temperatura, que possam ocasionar o emperramento da mesma, na dilatação térmica dos materiais. Sua forma construtiva consiste de um macho cônico (obturador) que se auto-ajusta ao corpo, transpassando-o, de forma a admitir, em sua extremidade inferior, uma arruela de arrasto e uma porca, utilizadas para ajustes e regulagens necessárias para o bom funcionamento do sistema de giro da válvula (ver figura 31). Figura 31 : Válvula de macho passante – modelos básicos Hidrodinâmica SENAI 69 Válvula esfera Basicamente, válvula esfera é uma variação da válvula macho que, ao invés de um obturador cônico, tem um obturador esférico vazado, que atua entre dois anéis (sedes) resilientes que requer igualmente apenas ¼ de volta para abertura ou fechamento da passagem do fluído, porém com um baixo torque de acionamento (ver figura 32). As válvulas esfera podem ser do tipo bipartido ou tripartido (ver figuras 33 e 34). Podem ainda ser de passagem plena ou de passagem reduzida (ver figura 35). As válvulas esfera tripartidas, em relação às bipartidas, oferecem maiores facilidades de manutenção, pois para esta finalidade não requerem a sua retirada da linha. As válvulas esfera proporcionam sempre ótima estanqueidade tanto em baixas como em altas pressões e quando totalmente abertas ocasionam baixa perda de carga, principalmente aquelas de passagem plena. As válvulas esfera são recomendadas para uso como válvula de bloqueio de líquidos, ar comprimido ou vapor, a temperaturas até 208 ºC, compatíveis com o bronze, gaxetas e sedes de PTFE, empregadas nas válvulas tripartidas, ou a temperaturas até 90 ºC, compatíveis com as gaxetas de VITON, empregadas nas válvulas bipartidas. Assim como as válvulas macho, as válvulas esfera não são recomendadas para regulagens e/ou estrangulamento, pois caso contrário o fluído, ao passar pela região da esfera parcialmente fechada, poderá danificá-la com o aumento de velocidade do fluído. Os obturadores (esfera) das válvulas são construídos em aço inoxidável microfundido ou em latão revestido com cromo, apropriados para diversas aplicações, compatíveis com as características da grande maioria dos fluídos. Figura 32 : Válvula esfera – vista em corte Hidrodinâmica SENAI70 Figura 33 : Válvula esfera – modelos corpo bipartido Figura 34 : Válvula esfera – modelo corpo tripartido Figura 35 : Esferas – modelo de esferas : passagem plena e reduzida Hidrodinâmica SENAI 71 Válvula de alívio Generalidades Inicialmente faz-se necessário conhecer as diferenças entre válvulas de alívio e de segurança. As funções básicas para ambas são 3, apresentadas a seguir: – abrir a uma pressão pré-determinada; – descarregar todo o volume previsto no seu dimensionamento, na sobrepressão prevista; – fechar dentro do diferencial de alívio previsto. Estas funções devem ocorrer de forma confiável e precisa. Embora as funções básicas de ambas sejam as mesmas, existem diferenças fundamentais entre ambas, no que se refere à forma de descarga e tipos de fluídos admissíveis. As válvulas de alívio são recomendadas para uso com líqüidos, ar comprimido ou mesmo alguns gases inertes, quando se deseja realizar de forma automática e gradativa, pequenas compensações (alívio) de pressão, com a válvula se abrindo ou fechando gradativamente, na medida em que a pressão do sistema aumenta ou diminui, respectivamente. As válvulas de alívio, são recomendadas para baixas vazões de descarga e, preferencialmente, para fluídos não compressíveis, como por exemplo a água, onde pequenas descargas resultam sempre em grande redução de pressão. Por outro lado, as válvulas de segurança são recomendadas para uso com vapor e gases, quando se deseja um dispositivo capaz de aliviar a pressão de forma automático e instantânea. Geralmente as válvulas de segurança são dotadas de efeito “POP ACTION”-ação de abertura instantânea, recurso não disponível em válvulas de alívio. A existência de recurso “POP ACTION” nas válvulas de segurança permite que as mesmas atuem de forma eficaz mesmo com fluídos compressíveis ou sejam aqueles fluídos que requerem sempre grandes descargas, até mesmo para pequenas reduções de pressão Características da válvula de alívio Concebida no grupo de válvulas autoperadas, a válvula de alívio como pode ser visto nas figuras 36 e 37 tem características funcionais baseadas numa sede onde o fluído fica permanentemente em contato com o obturador que se abre (eleva-se) caso a força resultante da pressão do fluído vença a força da mola que o suporta. O fechamento da válvula (obturador) se dá em sentido contrário sempre que a força resultante da pressão do fluído for menor que a força exercida pela mola. Hidrodinâmica SENAI72 Por opção do usuário, a descarga do excesso de pressão é feita diretamente para a atmosfera ou para um reservatório que no caso deverá estar conectado à extremidade de saída do corpo da válvula. O corpo da válvula que é conectado com a sede, além do obturador e da mola, comporta na sua parte superior o mecanismo de regulagem da válvula constituído pelo parafuso de ajuste e porca de trava que permitem ajustar a tensão da mola em correspondência com as necessidades do usuário numa faixa de pressão para abertura da válvula (descarga). Figura 36 : Válvula de alívio – vista em corte Hidrodinâmica SENAI 73 Figura 37 : Válvula de alívio – modelo básico Regulagem de válvulas de alívio Exceto quando previamente solicitada pelo cliente uma regulagem numa pressão previamente definida, as válvulas de alívio são fornecidas reguladas para 100 PSI. Assim sendo, caso a necessidade do usuário seja de operação em pressão diferente de 100 PSI, cabe a este proceder a conveniente regulagem por ocasião da instalação da válvula, respeitando-se sempre os limites permitidos de regulagem para as válvulas que vão de uma pressão de cerca de 10 até 150 PSI,bem como todos os procedimentos e condutas necessárias para uma correta regulagem de válvulas de alívio. A regulagem de válvulas de alívio em princípio é uma operação muito simples com a aplicação de uma pressão em que se deseja que a válvula seja aberta (início de descarga), sendo assim o parafuso de ajuste fixado em posição correspondente através da porca de trava. Neste caso, o controle da pressão de regulagem deve ser feito através de um manômetro instalado em linha com a válvula, admitindo-se como ideal o início da abertura da mesma à exata pressão de regulagem desejada, sua abertura total (descarga plena) com cerca de 25% de sobrepressão e fechamento com cerca de 90% da pressão de regulagem desejada. Para execução de regulagem de válvulas de alívio o executante deve dispor de chave de fenda para aumentar ou diminuir a tensão da mola (pressão de regulagem) através do parafuso de ajuste e um sistema como por exemplo uma bomba para gerar a pressões requeridas. Com o acionamento (rosqueamento) do parafuso de ajuste no sentido horário aumenta-se a tensão da mola, reduzindo-se a mesma com acionamento em sentido contrário. Hidrodinâmica SENAI74 Para prevenir possíveis problemas em regulagens de válvulas de alívio é recomendável que a porca de trava esteja sempre solta no acionamento do parafuso de ajuste. Capacidade de descarga de válvulas de alívio A capacidade de descarga é dado imprescindível na seleção de válvulas de alívio através do qual se determina o tamanho (DN) da válvula requerida, que no caso deve ter uma capacidade de descarga igual ou superior à geração do sistema, acrescida da descarga desejada. Nas tabelas 3, 4 e 5 são apresentados dados de referência para a capacidade de descarga das válvulas de alívio para água, ar e vapor respectivamente, com valores intermediários podendo ser obtidos por interpolação, ressaltando-se entretanto que dados reais obtidos por medições e/ou verificações diretas nas instalações são sempre recomendáveis para maiores segurança e precisão. Tabela 3: Válvulas de alívio-capacidade de descarga de água, em litros por minuto Descarga de água com 25% de sobre pressão (l / min) DN Pressão de abertura (PSI) ½ ¾ 1 1 ¼ 1 ½ 2 2 ½ 3 25 4,6 7,9 18,9 25,0 32,9 47,3 106,0 220,0 50 7,6 12,5 32,9 50,3 60,6 94,9 140,0 291,0 75 10,2 17,0 45,4 68,5 91,6 136,0 174,0 348,0 100 13,2 21,6 57,5 80,3 121,0 170,0 208,0 401,0 125 16,6 26,5 68,5 91,5 150,0 205,0 242,0 454,0 150 20,4 30,3 79,0 100,0 179,0 240,0 276,0 507,0 Tabela 4: Válvulas de alívio-capacidade de descarga de ar livre, em m3 / min Descarga de ar livre com sobre pressão de 10% (m3 / min) DN Pressão de abertura (PSI) ½ ¾ 1 1 ¼ 1 ½ 2 2 ½ 3 25 0,90 1,36 1,89 3,65 4,41 6,34 50 1,39 2,15 3,59 6,37 8,15 10,47 75 1,95 2,69 4,44 8,89 10,93 14,01 100 2,49 3,11 5,35 10,33 12,40 17,27 125 2,97 3,45 6,08 11,49 14,46 19,90 150 3,43 3,94 6,82 12,48 16,82 23,13 Não recomen dado o uso com ar. Não recomen dado o uso com ar. Hidrodinâmica SENAI 75 Tabela 5: Válvulas de alívio-capacidade de descarga de vapor, em kg/hora Descarga de vapor com sobre pressão de 10% (kg / hora) DN Pressão de abertura (PSI) ½ ¾ 1 1 ¼ 1 ½ 2 2 ½ 3 25 40,8 61,2 85,3 163,0 202,0 285,0 50 62,4 96,2 162,0 287,0 366,0 470,0 75 87,5 121,0 200,0 400,0 492,0 630,0 100 112,0 139,0 241,0 465,0 557,0 776,0 125 134,0 155,0 274,0 509,0 650,0 895,0 150 154,0 177,0 307,0 561,0 756,0 1041,0 Não recome ndado o uso com vapor. Não recomend ado o uso com vapor Indicador de nível para líquidos O indicador de nível para líqüidos (ver figura 38) é constituído basicamente por 2 válvulas tipo agulha, interligadas na instalação por um tubo de vidro e 2 varetas de proteção. É dotado ainda de torneira para dreno DN 1/8. O tubo de vidro cujo diâmetro deve ser de 5/8” normalmente não é fornecido com o conjunto. As varetas de proteção são fornecidas no diâmetro 5/32” e 420 mm de comprimento, podendo entretanto, por conveniência e responsabilidade do usuário, ser substituída na instalação por outra equivalente, com o mesmo diâmetro e comprimento adequado às necessidades. O indicador de nível para líqüidos é recomendado para uso em reservatórios, caldeiras, autoclaves e outras instalações similares e compatíveis com os materiais empregados na construção do mesmo, quais sejam torneiras de dreno de bronze, com gaxetas de teflon e anel de neoprene empregado na junta de fixação do tubo de vidro. Figura 38 : Indicador de nível para líqüidos Hidrodinâmica SENAI76 Visor O visor de bronze (ver figura 39), que tem o corpo de bronze e visor de vidro temperado, é recomendado para uso em linha de condensado de vapor até a pressão máxima de 50 PSI, bem como para líqüidos até 60 ºC e pressão máxima de 100 PSI. Em linhas de condensado, o visor permite verificar a saída do condensado da instalação e, por extensão, verificar a eficiência de purgadores, de forma individual quando instalado um visor para cada purgador, ou de diversos purgadores simultaneamente, quando instalado em tubo coletor. Figura 39 : Visor Hidrodinâmica SENAI 77 Válvula de fecho rápido com mola A válvula de fecho rápido com mola (ver figura 40) é uma válvula do tipo normalmente fechado recomendada para uso em comando de acionamento de elevadores hidropneumáticos e para outros serviços correlatos com líqüidos. Figura 40 : Válvula de fecho rápido com mola Hidrodinâmica SENAI78 Válvula solenóide Os solenóides são bobinas eletromagnéticas que, quando energizadas, geram um campo magnético capaz de atrair elementos com características ferrosas, comportando-se como um imã permanente. Numa eletroválvula, hidráulica ou pneumática, a bobina do solenóide é enrolada em torno de um magneto fixo, preso à carcaça da válvula, enquanto que o magneto móvel é fixado diretamente na extremidade do carretel da válvula. Quando uma corrente elétrica percorre a bobina, um campo magnético é gerado e atrai os magnetos, o que empurra o carretel da válvula na direção oposta a do solenóide que foi energizado. Dessa forma, é possível mudar a posição do carretel no interior da válvula, por meio de um pulso elétrico. Hidrodinâmica SENAI 79 Em eletroválvulas de pequeno porte, do tipo assento, o êmbolo da válvula é o próprio magneto móvel do solenóide. Quando o campo magnético é gerado, em conseqüência da energização da bobina, o êmbolo da válvula é atraído, abrindo ou fechando diretamente as passagens do fluido ou ar comprimido no interior da carcaça da válvula. Hidrodinâmica SENAI80 Hidrodinâmica SENAI 81 Questionário de estudos 1) Nas mudanças de temperatura, tanto para mais como para menos graus Cº, o que pode ocorrer com os condutores de fluído ou gases? (pág. 5) _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ 2) Qual é o peso aproximado de um décimo cúbico? (pág. 7) _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ 3) O que é pressão positiva de sucção? (pág. 8) _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ 4) O que é pressão negativa de sucção? (pág. 8) _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ 5) Explique o que você entende por vácuo. (pág. 9) _______________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________________________________________ 6) Qual é a temperatura de ebulição da água ao nível do mar? Por quê? (pág. 11) _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ Hidrodinâmica SENAI82 7) O que é cavitação? (pág. 11) _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ 8) O que deve ser feito para evitar a cavitação? (pág. 11, 12) _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ 9) Explique o que você entende por corrosão? (pág. 11) _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ 10) Explique o que você entende por aeração? (pág. 12) _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ 11) Explique o que é pressão. (pág. 12) _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ 12) Explique o que é vazão. (pág. 17) _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ 13) O que é velocidade de escoamento? (pág. 18) _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ Hidrodinâmica SENAI 83 14) O que é velocidade cimiar (pág. 18) _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ 15) O que é pressão estatística? (pág. 19, 20) _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ 16) O que é pressão dinâmica? (pág. 19, 20) _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ 17) O que é viscosidade de um fluído? (pág. 19, 20, 21) _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ 18) O que é perda de carga? (pág.21) _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ 19) A perda de carga é influenciada por quais fatores? (pág. 21) _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ 20) O que você entende por Golpe Ariete? (pág. 23, 24) _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ Hidrodinâmica SENAI84 21) Como são classificados os tipos de materiais para os tubos ou condutores de fluídos ou gases? (pág. 25) _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ 22) Descreva o que são válvulas industriais. (pág. 27) _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ 23) Descreva a classificação das válvulas. (pág. 27) _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ 24) O que é gaxeta? (pág. 29) _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ 25) Descreva os materiais que constituem uma gaxeta. (pág. 29) _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ 26) Descreva as aplicações e funções das gaxetas. (pág. 29) _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ 27) O que são e para que servem os filtros provisórios? (pág. 32) _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ Hidrodinâmica SENAI 85 28) O que é peneira? (pág. 32) _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ 29) O que é filtro de ar ? (pág. 33) _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ 30) Cite algumas funções de uma linha hidráulica. (pág. 35) _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ 31) Explique o que são válvulas de bloqueio. (pág. 39) _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ 32) O que é extremidade de válvula? (pág. 40) _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ 33) Quais os tipos de extremidades de válvulas? (pág. 40) _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ 34) Descreva suas aplicações. (pág. 40) _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ 35) Descreva as características das válvulas de gaveta. (pág. 43) _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ Hidrodinâmica SENAI86 36) O que é válvula de gaveta com haste não ascendente? (pág. 43) _______________________________________________________________ _______________________________________________________________
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