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Depreciação de Bens do Imobilizado

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1 
 
Depreciação 
 
 Conforme o artigo 183, inciso V, § 2º da Lei das S.A., os bens do Ativo 
Não Circulante Imobilizado serão avaliados segundo os seguintes critérios: 
 
Art. 183. No balanço, os elementos do ativo serão avaliados 
segundo os seguintes critérios: 
V - os direitos classificados no imobilizado, pelo custo de 
aquisição, deduzido do saldo da respectiva conta de depreciação, 
amortização ou exaustão; 
 
§ 2º A diminuição de valor dos elementos do ativo imobilizado 
será registrada periodicamente nas contas de: 
 
a) depreciação, quando corresponder à perda do valor dos 
direitos que têm por objeto bens físicos sujeitos a desgaste ou perda de 
utilidade por uso, ação da natureza ou obsolescência; 
 
 
 Conforme se verifica na leitura atenta do artigo acima, a depreciação 
reduz os saldos das contas do Imobilizado, sendo, portanto, Retificadora. O 
significado das contas de amortização e exaustão será visto em tópicos 
subsequentes. 
 Como podemos perceber, a depreciação é a perda de valor dos bens 
tangíveis do Imobilizado, pelo seu uso, ação da natureza ou obsolescência. 
Imaginemos um veículo adquirido novo. Com o decorrer dos anos, os componentes 
vão se desgastando com o uso, a chuva e a maresia vão causando danos `a lataria e 
o lançamento de novos modelos vai tornando seu veículo obsoleto. Todos estes 
fatores causam diminuição do valor deste bem. É esta diminuição de valor que será 
registrada na conta de depreciação. 
 
2 
 
 Obs1: Ocorrem, em regra, com os bens do Ativo Não Circulante 
Imobilizado. No entanto, no Ativo Não Circulante Investimentos, encontramos a 
conta “Imóveis Alugados a Terceiros”, tratada como “Propriedade para 
Investimento”, que está sujeita à depreciação. 
 
 
 Obs 2: A partir do momento que um Ativo Não Circulante (tal como um 
Imobilizado) seja classificado como “Mantido para Venda” (a companhia tem a firme 
intenção de vendê-lo no prazo máximo de um ano) este não deve mais sofrer 
depreciação e deve ser reclassificado para o Ativo Circulante, compondo grupo 
destacado de contas. 
 
Bens não sujeitos à Depreciação 
 
 Não podem ser depreciados: 
 
� Terrenos, salvo em relação a benfeitorias e construções; 
� Bens que aumentam de valor com o tempo como obras de arte e 
antiguidades; 
� Bens que não estejam intrinsecamente ligados à produção (bens 
fora de uso) ou que estejam destinados à revenda (estoques). 
 
Base de Cálculo 
 
 A base de cálculo da depreciação é o custo de aquisição do bem do 
Imobilizado. 
 Nos termos da Deliberação CVM 583/2009 (Pronunciamento CPC 27 
– Ativo Imobilizado), em seu item 16, o custo de um item do ativo imobilizado 
compreende: 
� Seu preço de aquisição, acrescido de impostos de importação e 
impostos não recuperáveis sobre a compra, depois de deduzidos os descontos 
comerciais e abatimentos; 
3 
 
 
� Quaisquer custos diretamente atribuíveis para colocar o ativo no 
local e condição necessárias para o mesmo ser capaz de funcionar da forma 
pretendida pela administração; 
 
São exemplos de custos diretamente atribuíveis para a colocação do 
bem em condições de funcionamento: 
 
1) custos de preparação do local; 
2) custos de frete e de manuseio (para recebimento e instalação); 
3) custos de instalação e montagem; 
4) custos com testes para verificar se o ativo está funcionando 
corretamente. 
 
Obs1: Note que juros de um eventual financiamento para aquisição do 
bem não integram, em regra, o custo de aquisição do bem, devendo ser 
tratados como despesas. 
 
Obs2: O reconhecimento dos custos no valor contábil de um item do 
ativo imobilizado cessa quando o item está no local e nas condições 
operacionais pretendidas pela administração. Portanto, os custos incorridos no 
uso ou na transferência ou reinstalação de um item não são incluídos no seu valor 
contábil. 
 
 Imagine, por exemplo, que uma determinada empresa comercial 
importe uma máquina com as seguintes características: 
 
Valor Nominal da máquina 100.000,00 
Descontos Obtidos (5.000,00) 
II 15.000,00 
IPI 20.000,00 
Armazenagem no Porto 500,00 
Desembaraço Aduaneiro 1.000,00 
Frete e Seguro do Transporte 1.000,00 
Preparo do Local 500,00 
Instalação e Montagem 1.000,00 
Testes de Funcionamento 1.000,00 
Custo do Bem (Base de Cálculo da Depreciação) 135.000,00 
4 
 
 
Início da Depreciação 
 
 De acordo com o item 55 do Pronunciamento CPC 27 (Ativo Imobilizado), 
aprovado pela Deliberação CVM 583/2009, é a data em que o bem é instalado, 
colocado em funcionamento, ou esteja em condições de produzir. Não é, 
necessariamente, a data de aquisição do bem!!! 
 Independentemente do dia do mês em que o bem comece a ser 
explorado, a depreciação será computada como sendo de um mês inteiro, 
não havendo apropriação proporcional de dias para esta despesa. 
 Por exemplo, se o bem foi posto em funcionamento no dia 08/09/X0, 
calcularemos a depreciação do mês de setembro inteiro e não somente de 22 dias. 
Devemos, também, contar sempre o mês de início e de término das operações 
dentro do período de depreciação. 
 
Taxas de Depreciação 
 
 As taxas de depreciação são calculadas com base no tempo estimado de 
vida útil de um determinado bem. São divulgadas periodicamente pela Secretaria da 
Receita Federal e referem-se a um período de utilização diária de 8 horas. São muito 
úteis para o cálculo da depreciação pelo método linear que, como veremos, é o mais 
utilizado em prova. 
 Abaixo vemos a tabela com as principais taxas máximas de depreciação 
admitidas pela SRF para certos tipos de bem: 
 
Descrição Vida Útil Taxa Anual 
Móveis e Utensílios 10 anos 10% 
Imóveis 25 anos 4% 
Máquinas e Equipamentos 10 anos 10% 
Computadores e Periféricos 5 anos 20% 
Veículos 5 anos 20% 
 
 Obs1: A Receita Federal controla as taxas máximas a serem utilizadas. 
Portanto, não há nenhum problema em utilizar taxas inferiores para depreciar os 
bens. A preocupação do fisco ao determinar as taxas máximas é limitar o valor a ser 
lançado como despesa de depreciação. Tal valor, se demasiadamente elevado, 
reduziria ainda mais o lucro do exercício e, consequentemente, o imposto de renda a 
ser recolhido. 
 Obs2: Apesar desta limitação das taxas máximas, é admitida a utilização 
de taxas superiores a estas, desde que haja comprovação por laudo técnico pericial 
emitido pelo Instituto Nacional de Tecnologia ou outra entidade oficial de pesquisa 
científica ou tecnológica. 
5 
 
 
Lançamento Contábil de Depreciação 
 
 A depreciação de um bem é uma diminuição ou extinção do valor 
econômico de um ativo. É um caso típico de ocorrência de despesa. Sua 
contrapartida será a conta retificadora do ativo não circulante imobilizado 
denominada “Depreciação Acumulada” que registrará, como o próprio nome 
indica, o acúmulo das despesas de depreciação no decorrer da vida útil do bem. 
 
 Exemplo: Vamos registrar a depreciação de R$ 1.000,00, sofrida por 
uma determinada máquina adquirida por R$ 120.000,00, após o primeiro mês de 
uso (em breve aprenderemos a calcular o valor da depreciação). 
 
Desp. c/ 
Depreciação 
 Depreciação 
Acumulada 
1.000 1.000 
 
 
 Assim, no nosso Balanço Patrimonial teríamos a seguinte configuração: 
 
Ativo Imobilizado 
 
 Máquinas e Equipamentos 120.000 
 (-) Depreciação Acumulada (1.000) 
 (=) Valor Contábil 119.000 
 
 Obs1: Conforme veremos com mais detalhes em capítulo futuro, o valor 
contábil de um bem do imobilizado é o seu custo de aquisição deduzido da 
respectiva depreciação acumulada. 
 
Métodos de Depreciação 
 
 Existem diversos métodos para calcularmos a depreciação. Dentre eles, 
destacaremos os três que são aceitos pela Deliberação CVM 583/2009 
(PronunciamentoCPC 27 – Ativo Imobilizado): O Método Linear, o Método da Soma 
6 
 
dos Dígitos em Quotas Decrescentes (Método Cole) e o Método das Unidades 
Produzidas. 
 Vale notar que, para efeitos de dedutibilidade desta despesa para fins 
fiscais, o limite anual é aquele que decorre da aplicação das taxas máximas 
estipuladas pela Receita Federal e vistas em capítulo anterior. Portanto, a empresa 
pode, do ponto de vista contábil, escolher qualquer método. Mas para fins fiscais 
terá que ajustar os valores à tabela vista. 
 
 
Método Linear (ou das Quotas Constantes ou da Linha Reta) 
 
 Neste método, que é o mais utilizado em prova, a depreciação 
acumulada varia de maneira constante e diretamente proporcional ao tempo. 
 Para chegarmos ao valor da depreciação anual, temos duas 
possibilidades: 
 
1) Multiplicar a taxa anual de depreciação pelo custo de aquisição do 
bem; 
2) Dividir este mesmo custo pelo tempo de vida útil 
 
Caso possuíssemos um veículo (com tempo de vida útil de 5 anos, 
portanto, depreciável em 20% ao ano) colocado em uso em 01 de janeiro de X0, 
adquirido por um valor de R$ 24.000,00, teríamos a seguinte situação: 
 
R$ 24.000,00 x 20% (Taxa anual máxima) = R$ 4.800,00 a.a. 
 
ou 
 
R$ 24.000,00 ÷ 5 anos (Tempo de vida útil) = R$ 4.800,00 a.a 
 
 
 
 
7 
 
Ano Vr. Bem Depreciação Deprec. Acumulada Vr Contábil 
1 24.000 4.800 4.800 19.200 
2 24.000 4.800 9.600 14.400 
3 24.000 4.800 14.400 9.600 
4 24.000 4.800 19.200 4.800 
5 24.000 4.800 24.000 ZERO 
 
 Obs1: Observe que, se desejarmos apurar a depreciação de um único 
mês, basta dividir o valor do encargo anual por 12 meses. No nosso caso, este valor 
seria de 4.800 ÷ 12 meses = 400 ao mês. Isto pode ter especial importância, caso 
um bem seja adquirido ao longo do ano e desejemos saber a depreciação acumulada 
ao longo daquele ano. Imagine no caso anterior, se o bem tivesse sido adquirido em 
01 de abril de X0: 
 
1. 24.000 * 20% a.a = 4.800 a.a 
2. 4.800 a.a ÷ 12 meses = 400 a.m 
3. 400 a.m * 9 meses (Abr/Dez) = 3.600 (Depreciação de X0) 
 
Método da Soma dos Dígitos 
 
 Também conhecido como Método Cole, este método pode ter suas 
quotas de depreciação calculadas de maneira crescente ou decrescente. 
 
 Obs1: Se a questão não mencionar se devemos utilizar as quotas 
crescentes ou decrescentes, devemos priorizar esta última. 
 
 Vejamos como calcular das duas maneiras: 
 
1) Somamos os algarismos que compõem o tempo de vida útil do bem; 
 
2) Multiplicamos o custo de aquisição, pela fração cujo denominador será 
o valor obtido no primeiro passo e o numerador será, no método das quotas 
decrescentes, n para o primeiro ano, (n-1) para o segundo ano e assim 
sucessivamente, até o último ano em que o numerador será 1. No método das 
quotas crescentes, ao contrário, o numerador do primeiro ano será 1 e aumentará 
até atingir n. 
8 
 
 
1) Pelo método das quotas decrescentes, utilizaremos as frações 5/15, 
4/15, 3/15, 2/15, 1/15, para cada ano de vida útil. No método das quotas 
crescentes, utilizaremos as mesmas frações invertendo apenas a ordem. 
 
 
 
Ano Quotas Decrescentes Quotas Crescentes 
 Vr. Bem Fração Depreciação Vr. Bem Fração Depreciação 
1 30.000 5/15 10.000 30.000 1/15 2.000 
2 30.000 4/15 8.000 30.000 2/15 4.000 
3 30.000 3/15 6.000 30.000 3/15 6.000 
4 30.000 2/15 4.000 30.000 4/15 8.000 
5 30.000 1/15 2.000 30.000 5/15 10.000 
 
 Obs1: Observe que, se desejarmos apurar a depreciação de um único 
mês, basta dividir o valor do encargo anual por 12 meses. No nosso caso, por 
exemplo, no ano 1, em quotas decrescentes, este valor seria de 10.000 ÷ 12 meses 
= 833,34 ao mês. Isto pode ter especial importância, caso um bem seja adquirido 
ao longo do ano e desejemos saber a depreciação acumulada ao longo daquele ano. 
9 
 
Imagine no caso anterior, se o bem tivesse sido adquirido em 01 de abril do citado 
ano: 
 
1. 30.000 * 5/15 = 10.000 a.a 
 
2. 10.000 a.a ÷ 12 meses = 833,34 a.m 
 
3. 833,34 a.m * 9 meses (Abr/Dez) = 7.500 (Depreciação ano 1) 
 
Obs2: A vantagem do método das quotas decrescentes em relação aos 
outros é que ele proporciona uma uniformidade nos custos se considerarmos junto à 
depreciação, os gastos com manutenção, Como a depreciação decresce e os gastos 
com manutenção aumentam com o tempo, teríamos certo equilíbrio entre os dois. 
 
Método das Unidades Produzidas 
 
Consiste em estimar o número total de unidades que devem ser 
produzidas pelo bem ao longo de sua vida útil. A quota de depreciação de cada 
período será obtida dividindo-se o número de unidades produzidas no período pelo 
número de unidades estimadas a serem produzidas ao longo de sua vida útil. 
Por exemplo, imagine que uma determinada empresa adquira uma 
máquina por R$ 100.000 e a estimativa de sua capacidade total de produção ao 
longo de sua vida útil seja de 500.000 unidades. Assim, se no primeiro ano de uso, 
ela tiver produzido 75.000 unidades, teremos: 
 
1. 75.000 unidades / 500.000 unidades = 15% 
 
2. 100.000 x 15% a.a = 15.000 (Depreciação deste ano) 
 
Depreciação Acelerada Normal 
 
 Esta faculdade é admitida pela Secretaria da Receita Federal, nos casos 
de bens móveis que sejam utilizados por mais de um período de 8 horas diárias. 
 Consiste em aplicar coeficientes multiplicativos às taxas máximas 
admitidas, de acordo com a seguinte tabela: 
 
Períodos de 8 horas Coeficientes Fiscais 
1 1,0 
2 1,5 
3 2,0 
 
 Obs1: Note que, apesar de serem o dobro e o triplo das horas 
trabalhadas, os coeficientes não acompanham este aumento, aumentando apenas 
50% para dois turnos e 100% para três turnos. 
 
10 
 
 Assim, se uma máquina com custo de aquisição R$ 10.000,00 estiver 
sendo utilizada em três turnos, sua depreciação anual será de R$ 10.000,00 x 10% x 
2,0 = R$ 2.000,00 e a máquina, se mantido o regime de três turnos, estará 
totalmente depreciada em 5 anos e não mais em 10 anos, como inicialmente 
admitido. 
 
Valor Contábil x Valor Residual 
 
 Estes dois conceitos são impropriamente confundidos, inclusive no texto 
de algumas questões. Vejamos a seguir o significado de cada um deles: 
 
 
� Valor Contábil: Conforme já mencionado anteriormente, é o 
valor do custo de aquisição do bem deduzido da depreciação acumulada. 
Assim, se um veículo for adquirido por R$ 20.000,00 e possuir depreciação 
acumulada de 20% de seu valor, este possuirá um valor contábil de R$ 16.000,00. 
� Valor Residual: é o valor estimado que a entidade obteria com a 
venda do ativo caso o mesmo já tivesse a idade e a condição esperadas para o fim 
de sua vida útil. Em outras palavras, é o valor da provável realização do bem após 
totalmente depreciado. 
 
 É bastante claro que após cinco anos de uso, um veículo ainda possuirá 
valor econômico, ou seja, a entidade ainda conseguirá negociá-lo por um 
determinado valor. 
 Tendo em vista a dificuldade de quantificação deste valor e o fato de 
que, utilizando este artifício, o valor da despesa de depreciação será menor e o 
imposto a recolher será maior, é usual que este seja considerado igual a zero sendo, 
por este motivo, confundido com o valor contábil. 
 Se estimarmos, no exemplo anterior que o veículo valerá R$ 5.000,00 
após o término de sua vida útil, devemos efetuar o seguinte cálculo para efetuar a 
depreciação: 
 
1. 20.000 (Custo) – 5.000 (Vr. Residual) = 15.000 (Vr. Depreciável) 
 
2. R$ 15.000 x 20% = R$ 3.000 (Encargo anual de depreciação) 
 
11 
 
 Com isto, teríamos, ao fim do primeiro ano, um valor contábil do bem de 
R$ 20.000,00 – R$ 3.000,00 = R$ 17.000,00, diferente do calculado quando 
estimamos valor residual igual a zero no primeiro exemplo. 
 
 Obs 1: O valor residual de um ativo pode aumentar.Caso o valor 
residual do ativo exceda o seu valor contábil, a depreciação deverá ser 
interrompida. 
 
Depreciação de Bens Usados 
 
 Os bens adquiridos já usados terão um tratamento diferenciado com 
relação aos bens novos, em termos de taxa anual de depreciação. A taxa de 
depreciação do bem usado é fixada em função do seu tempo de uso, sendo regra 
geral considerar a metade da vida útil de um bem novo ou o restante de sua vida 
útil, escolhendo-se a opção que apresentar o maior prazo e, consequentemente, a 
menor taxa. 
 
 Exemplo: 
 
 Um equipamento foi adquirido, com 2 anos de uso, pela Cia X por um 
valor de R$ 50.000,00. A depreciação será assim calculada: 
 
� T.V.U da máquina quando nova – 10 anos. Metade = 5 anos 
 
� Tempo de vida útil restante 8 anos 
 
 Deve ser utilizado o maior dos dois prazos, que resultará na menor taxa 
anual de depreciação, portanto, 8 anos. Assim: 
 
 Taxa de depreciação = 100% / 8 anos = 12,5% a.a. 
 Depreciação anual de R$ 50.000 x 12,5% = R$ 6.250,00. 
12 
 
 
Depreciação de Edificações 
 
 Para efetuarmos a depreciação de edifícios e construções, devemos 
observar que o valor das edificações deve estar destacado do valor de aquisição do 
terreno, admitido o destaque com base em laudo pericial, uma vez que o terreno 
não poderá sofrer depreciação. 
 Por exemplo, se determinada Cia. possui um imóvel avaliado em R$ 
400.000,00 dos quais R$ 100.000,00 correspondem ao terreno em que está situada 
a construção, depreciaremos com base apenas em R$ 300.000,00, já que o valor do 
terreno não é depreciável. 
 Assim, um imóvel com vida útil de 25 anos, nestas condições seria 
depreciado da seguinte forma: 
 
(400.000.000 (Custo) – 100.000 (Terreno)) * 4% a.a = 12.000 ao ano. 
 
 
 
 
 
13 
 
2. (Analista Contador / TRT 20ª Região / 2011) Uma máquina (ativo 
imobilizado) deve ter sua depreciação iniciada, quando: 
a) for firmada a compra com o fornecedor. 
b) começar a produzir. 
c) estiver disponível para uso. 
d) for entregue na fábrica. 
e) finalizar a primeira produção. 
Comentários 
 
 Questão clássica em termos de prova, devemos observar o que 
determina o item 55 do Pronunciamento CPC 27 (Ativo Imobilizado): 
 
“A depreciação do ativo se inicia quando este está disponível para uso, ou 
seja, quando está no local e em condição de funcionamento na forma 
pretendida pela administração...” 
 
 Observe, pois, que a depreciação não se inicia na data da compra, ou do 
pagamento (independe da forma e datas de pagamento), ou na data de 
recebimento do bem, ou mesmo na data em que inicia a produção. Basta que o bem 
seja instalado, colocado em funcionamento, ou esteja em condições de produzir, o 
que ocorrer primeiro. 
 Note, também, que tal colocação pode ter implicações de ordem prática 
em provas, pois não é raro um enunciado mencionar que um bem é comprado em 
março, por exemplo, mas instalado apenas em abril. A depreciação se iniciaria 
apenas em abril!! 
 
 O gabarito procurado é a letra c). 
 
3. (ATRFB/2012 - ESAF) A firma Mobiliada S.A. possui móveis e utensílios 
adquiridos em dezembro de 2010 por R$ 40.000,00. Incorporados ao grupo 
imobilizado em janeiro de 2011, esses bens são depreciados com valor 
residual de 5%, considerando-se uma vida útil de 10 anos como é 
costumeiro. No exercício de 2012, no balanço de 31 de dezembro, a 
empresa deverá apresentar esses móveis com valor contábil de: 
a) R$ 40.000,00. 
b) R$ 32.400,00. 
c) R$ 32.000,00. 
d) R$ 30.400,00. 
e) R$ 30.000,00. 
 
14 
 
Comentários 
 Para podermos calcular a depreciação, temos que observar os seguintes 
detalhes na questão: 
 
• A depreciação somente se iniciará em janeiro de 2011, quando o bem atingiu 
os critérios para reconhecimento no imobilizado; 
• Há um valor residual de 5%, ou seja, R$ 2.000,00. Portanto, o valor 
depreciável é R$ 38.000,00. 
• A taxa de depreciação é de 10% a.a e o bem já está na empresa há 2 anos 
completos (2011 e 2012). Assim, a depreciação acumulada será 20% do valor 
depreciável. 
 
Desta forma, a depreciação acumulada será: 
 
(40.000,00 – 2.000,00) X 20% a.a. = R$ 7.600,00 
 
O gabarito procurado é a letra b) 
 
4. (ICMS SP-2009 – FCC) A depreciação de uma máquina, pelo método 
linear, relativa ao ano de 2008, adquirida por R$ 100.000,00, em 01 de 
julho de 2008, com vida útil estimada de 10 anos, valor residual de 5% do 
valor histórico, e que trabalha em dois turnos, é: 
a) R$ 14.250,00 
b) R$ 10.000,00 
c) R$ 7.125,00 
d) R$ 5.000,00 
e) R$ 4.750,00 
Comentários 
 
 Nesta questão, temos outra novidade que é a depreciação acelerada, 
que, na prática, consiste em aplicar coeficientes multiplicativos às taxas máximas 
admitidas, de acordo com a seguinte tabela, já vista: 
 
 
Períodos de 8 horas Coeficientes Fiscais 
1 1,0 
2 1,5 
3 2,0 
 
15 
 
 Trazendo aos dados da questão, vamos calcular, normalmente, a 
depreciação do bem pelos parâmetros vistos anteriormente e, multiplicar o valor 
obtido pelo fator de aceleração. O bem possui um residual de 5% de seu valor 
e que só esteve na empresa durante metade do ano de 2008. 
 
Depreciação → (100.000 – 5%) x 10% a.a. X 1,5 = 7.125 
 2 
 
 O gabarito procurado é a letra c). 
 
5. (ICMS RO / 2010 – FCC) Uma empresa adquiriu uma máquina, em 
01/01/X1, pelo valor de R$ 240.000,00 para utilização em suas operações. 
A vida útil econômica, estimada pela empresa, para esta máquina foi de 6 
anos, sendo que a empresa esperava vendê-la por R$ 60.000,00 ao final 
deste prazo. No entanto, no início do segundo ano de uso, a empresa 
reavaliou que a vida útil remanescente da máquina era de três anos e o 
valor estimado de venda ao final deste período era R$ 45.000,00. A empresa 
utiliza o método das quotas constantes e, no final de X1, não houve ajuste 
no valor do ativo pelo teste de recuperabilidade. Sendo assim, os valores 
das despesas de depreciação nos anos X1 e X2, em relação a essa máquina, 
foram, respectivamente, e em reais, 
a) 45.000,00 e 50.000,00 
b) 40.000,00 e 70.000,00 
c) 40.000,00 e 40.000,00 
d) 30.000,00 e 65.000,00 
e) 30.000,00 e 55.000,00 
 
Comentários 
 
 Nesta questão, vamos observar a mudança de parâmetros de 
depreciação ao longo da vida útil de um bem. Observemos, inicialmente, como se 
comportaria a depreciação do bem em X1 para, só então, discutirmos as mudanças 
posteriores. 
 Em X1, o bem foi depreciado pelo seu custo de R$ 240.000 e tinha um 
valor residual de R$ 60.000, sendo, portanto, depreciável em R$ 180.000 durante 
um período de 6 anos. Assim: 
 
Depreciação X1 → (240.000 – 60.000) = 30.000 
 6 anos 
 
 Ocorre que, após X1, houve uma alteração nos parâmetros de tempo de 
vida útil restante e de valor residual. Como vamos efetuar cálculos de depreciação 
16 
 
sobre novas bases, iremos baixar a depreciação acumulada anterior conforme o 
seguinte lançamento: 
 
Depreciação Acumulada 
A Máquinas e Equipamentos 30.000 
 
 Desta forma, o bem estaria, neste momento, avaliado a seu valor 
contábil (R$ 240.000 – R$ 30.000 = R$ 210.000) e este deve ser a base para os 
novos cálculos a serem efetuados. 
 Quando em X2, temos um residual de R$ 45.000 e uma vida útil restante 
de 3 anos, calculamos a depreciação da seguinte forma: 
 
Depreciação X2 → (210.000 – 45.000) = 55.000 
 3 anos 
 
 Vale como observação que os testes de recuperabilidade de ativos, 
mencionados no enunciado, são decorrentes do artigo 183, §3º da Lei das S.A e do 
Pronunciamento CPC 01 (Deliberação CVM 639/2010) e teriam o poder de alterar o 
cálculo da depreciação. Comentaremos detalhes sobre o assunto na aula sobre 
critérios de avaliação de ativos. 
 
 O gabarito procurado é a letrae). 
 
6. (TCE GO 2010 / FCC) Uma empresa possui em seu imobilizado uma 
máquina adquirida por R$ 100.000,00 à vista. A empresa decide vender esta 
máquina por R$ 80.000,00, sendo 30% a prazo. No momento da venda, esta 
máquina possui uma depreciação acumulada de R$ 45.000,00. Com base 
nessas informações, o resultado obtido com a venda da máquina será 
evidenciado na Demonstração de Resultados, de acordo com a Lei no 
11.638/07, como: 
a) lucro não-operacional de R$ 25.000,00. 
b) prejuízo não-operacional de R$ 20.000,00. 
c) outras receitas de R$ 25.000,00. 
d) outras despesas de R$ 20.000,00. 
e) lucro não-operacional de R$ 1.000,00. 
 
Comentários 
 
 Analisando os dados da questão, vamos verificar, inicialmente, o valor 
contábil do bem na data da venda, conforme vimos na questão anterior: 
 
17 
 
Máquinas e Equipamentos R$ 100.000,00 
(−) Depreciação Acumulada (R$ 45.000,00) 
(=) Valor contábil R$ 55.000,00 
 
 Desta forma, lembrando que os lançamentos efetuados são exatamente 
os vistos na questão anterior, podemos apurar o resultado da seguinte forma: 
 
Outras Receitas (valor da venda) 80.000 
(-) Outras Despesas (baixa do bem) (55.000) 
(=) Lucro c/ Imobilizado 25.000 
 
 Vale lembrar o comentado na questão 37 no sentido de que formas de 
pagamento ou de venda em nada afetam o cálculo da depreciação ou a apuração do 
resultado (apurado por competência). 
 Vale, também, notar que, apesar da questão ser de 2010, portanto, 
posterior à alteração de tratamento mencionada na observação da questão anterior, 
o gabarito da mesma contempla o tratamento antigo dos resultados apurados na 
venda de imobilizado como não operacionais. No entanto, o tratamento correto 
seria como resultado operacional. 
 
 O gabarito procurado é a letra a). 
 
7. (ISS-RJ / 2010) A Cia. das Máquinas S/A faz seus balanços considerando 
um exercício coincidente com o ano calendário. Nesse exercício, a conta 
Máquinas e Equipamentos apresenta um saldo devedor de R$ 900.000,00. A 
empresa utiliza contabilização mensal dos encargos de depreciação e uma 
taxa anual de 12%, para os cálculos. Entre os equipamentos, R$ 400.000,00 
foram comprados em abril de 2008; R$ 300.000,00 foram comprados em 
abril de 2009 e o restante, em agosto de 2009. Ao encerrar o ano de 2009, 
na Demonstração do Resultado do Exercício, os encargos de depreciação 
com esses equipamentos terão o valor de: 
a) R$ 144.000,00. 
b) R$ 121.000,00. 
c) R$ 108.000,00. 
d) R$ 85.000,00. 
e) R$ 60.000,00. 
Comentários 
 Note, inicialmente, que a questão pede os encargos de depreciação 
(despesa) relativos ao ano de 2009. A empresa entrou no exercício de 2008 
possuindo R$ 400.000,00 na conta de equipamentos (adquiridos em abril de 2008) e 
18 
 
quanto a estes, a depreciação do exercício será relativa ao ano de 2009 inteiro. 
Assim: 
 
R$ 400.000,00 X 12% a.a = R$ 48.000,00 
 
 Quanto aos bens adquiridos ao longo de 2009, teremos que fazer uma 
proporcionalidade em meses: 
 
Abril/09 ���� [(30.000,00 X 12% a.a) X 9 meses] ÷ 12 meses = 27.000,00 
Agosto/09 ���� [(20.000,00 X 12% a.a) X 5 meses] ÷ 12 meses = 10.000,00 
 
 Assim, a depreciação de 2009 será o total, ou seja, R$ 85.000,00. 
 Note a semelhança desta questão com a questão 39!! 
 
 O gabarito procurado é a letra d). 
 
8. (AFRFB/2012 – ESAF) A Cia. Gráfica Firmamento adquire uma máquina 
copiadora, em 02/01/2008, pelo valor de R$ 1,2 milhões, com vida útil 
estimada na capacidade total de reprodução de 5 milhões de cópias. A 
expectativa é de que, após o uso total da máquina, a empresa obtenha por 
este bem o valor de R$ 200.000,00, estabelecendo um prazo máximo de até 
5 anos para atingir a utilização integral da máquina. No período de 
2008/2009, a empresa executou a reprodução de 2.500.000 das cópias 
esperadas e no decorrer de 2010 foram reproduzidas mais 1.300.000 
cópias. Ao final de 2010, o Departamento de Gestão Patrimonial da empresa 
determina como valor recuperável desse ativo R$ 440.000,00. Com base nos 
dados fornecidos, é possível afirmar que 
a) o valor depreciável dessa máquina é de R$ 1.000.000,00. 
b) o saldo da depreciação acumulado em 2010 é de R$ 720.000,00. 
c) em 2010 a empresa deve registrar como despesa de depreciação o valor de R$ 
640.000,00. 
d) o valor líquido dessa máquina ao final de 2010 é R$ 240.000,00. 
e) ao final de 2010 a empresa deve reconhecer uma perda estimada de R$ 
200.000,00. 
Comentários 
 Analisando as alternativas oferecidas: 
 Na letra a), o valor depreciável é obtido reduzindo o valor residual do 
custo de aquisição de um imobilizado: 
 
 
19 
 
 
Máquinas 1.200.000,00 
(-) Valor Residual (200.000,00) 
(=) Valor Depreciável 1.000.000,00 
 Na letra b), podemos calcular a depreciação acumulada pelo método das 
unidades produzidas, ou seja, comparando o total já produzido com a expectativa 
total de produção. Não se esqueça que o valor depreciável é aquele calculado na 
alternativa a)!! 
 
(1.200.000,00 – 200.000,00) X [(2.500.000 + 1.300.000) ÷ 5.000.000] 
 
Assim a depreciação acumulada ao fim de 2010 será R$ 760.000,00 
 
 Na alternativa c), a despesa com depreciação no ano de 2010 pode ser 
obtida multiplicando o valor depreciável pelo fator obtido pela produção de 2010 em 
relação ao total de produção esperado. 
 
(1.200.000,00 – 200.000,00) X (1.300.000 ÷ 5.000.000) 
 
Assim a depreciação de 2010 será R$ 260.000,00 
 
 Na alternativa d), devemos tomar cuidado pois o valor líquido do bem 
(valor contábil) é obtido comparando o custo de aquisição (e não o valor 
depreciável!!) com a depreciação acumulada. Assim: 
 
Máquinas 1.200.000,00 
(-) Depreciação Acumulada (760.000,00) 
(=) Valor Contábil 440.000,00 
 
 Finalmente, na alternativa e), o teste de recuperabilidade consiste em 
comparar o valor contábil com o valor recuperável e, caso este último seja inferior 
ao primeiro, efetuar uma redução ao valor recuperável. Como o valor recuperável é 
exatamente igual ao valor contábil na data, não cabe falar em desvalorização do 
bem e não há perdas a reconhecer. 
 
O gabarito procurado é a letra a)

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