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Prof. Dr. Rafael de Freitas Valle Dresch 1. As Invasões iniciam já no século II 2. Convivência lado a lado, sem se misturar, entre romanos e bárbaros 3. Diferença entre Católicos (romanos e galo-romanos) e Arianos, que não acreditam no filho como co-eterno e consubstanciado ao pai (godos, ostrogodos) 4. Pessoalidade da leis (as leis são aplicadas de acordo com a origem de cada pessoa). Tal característica vai durar até o final da idade média 5. Ocorrem retrocessos: populacionais (guerras, saques e pestes); moeda, estradas e comunicações desaparecem; 6. Os reis bárbaros se convertem ao catolicismo mas aplicam todo tipo de castigo e punição semelhantes (torturas e mutilações) 7. O Islamismo toma conta de todo o oriente e norte da África ALTA IDADE MÉDIA 1. Consolidação de Costumes 2. Francos (Rei Clóvis – norte da França); Ostrogodos (Rei Teodorico – norte da Itália); Visigodos (Reis Eurico e Alarico – sul da França e Hispania); OBS: Galia-Romana (centro-sul da França) é disputada por Francos e Visigodos. Os Francos vencem e os visigodos dominam a Ibéria. 3. Direito dos Costumeiro dos Bárbaros: Consolidação de costumes, proteção ao patrimônio, castigos corpóreos e indenizações às vítimas (ausência de prisão), ex. Lei Salica dos Francos 4. Direito Romano dos Bárbaros: Lex Romana Visighotorum (Lei Romana Visigótica - 506) baseada no Código de Teodósio (438) O Direito nos reinos bárbaros 1. Vazio Político e Instituições Eclesiásticas 2. Ausência de um Estado 3. Presença de Poderes Senhoriais, Costumes locais e regras eclesiásticas 4. Ameaças do paganismo e das religiões heréticas (arianismo) 5. Respostas com os Concílios e a Cultura Monástica 6. Concílios reúnem os bispados descentralizados para discutir os temas religiosos e sociais 7. Apenas em disputas insolúveis o bispo de Roma se destaca em importância 8. Monges se espalham tomando as confissões e aplicando as penitencias como forma de doutrinar Concílios e a Igreja 1. Disputa entre o Poder Secular e o Poder Eclesiástico (Ocidente) 2. Ordens e Estamentos: Oradores (clérigos), Bellatores (Cavaleiros, guerreiros) e Laboratores (servos) 3. Comunas, Burgos e Corporações 4. Sistema Feudal – Relação Senhor e Senhor-Vassalo: troca de terra por lealdade com fundamento sacro e perpétuo. Rompia-se pela diffidatio, falta de fidelidade 5. Sistema Senhorial – Relação entre Senhor e Servo – Apropriação da renda da terra 6. No séc. XI o feudalismo é incrementado: hereditariedade, alienabilidade, domínio útil (exploração) e eminente (renda) 7. Governar é administrar a justiça: Reis - Dar regras gerais (legislar), Senhores e Tribunais locais - dar regras locais (julgar) 8. Guerras e duelos podem ser instrumentos para solucionar conflitos se não existe um poder para tanto (Julgamento Divino) O direito medieval feudal 1. Poder de jurisdição (julgar os casos no território) e direitos de utilidade 2. Direitos de utilidade: 3. Tenência Geral - direito de caça, pesca e banalidades (cozer o pão para o senhor, moer o trigo para o senhor e pagar as prestações pelos serviços mantidos pelo Senhor (privilégios monopolizados) 4. Censo: percentual no resultado (censo), parcela fixa (foro ou pensão) Propriedade da terra Invasões Européias (séc. VI – X) 1. Fim do período de invasões ao Ocidente (Muçulmanos, Vikings e Húngaros) 2. Gregório VII (Papa - 1073-1085) transforma a Igreja de uma confederação de Igrejas nacionais para uma monarquia centrada em Roma. 3. Fim da acomodação entre os Senhores Feudais e os Senhores Religiosos (Bispos) 4. Surge o Direito Canônico: Dominação burocrática racional, legal e formal como forma de acarbar com a diversidade de ritos das diferentes Igrejas nacionais. 5. Surge conjuntamente uma Organização do Sistema de Jurisdição 6. Objetivo de libertar a Igreja do Poder Secular 7. Direito Canônico por sua eficiência, racionalidade e organização passa a ser a referência para as organizações jurídicas seculares. Direito Canônico 8. Dictatus Papae (1075) – Centralização de todo poder no Bispo de Roma, desvinculação e sobreposição ao poder secular 9. Guerra das Investiduras (1076-1122) – Gregório VII x Henrique IV – Fim do modelo carolíngeo e surgimento da Igreja como poder autonomo e superior ao dos Imperadores e Reis 10. Sistema de Compadrio - Benefício – Concessão de Terras e Cargos (rendas) mediante fidelidade recíproca. Como cargos eram do clero, o poder eclesiástico se subordinava ao poder secular. Os clérigos podiam ter filhos e os cargos eram transmitidos por hereditariedade. Os bispos eram investidos pelo Imperador mediante a aceitação de 3 outros bispos 11. Instituição do Celibato e da Investidura somente pelo Papa 12. Defesa da superioridade da lei sobre o costume 13. Surge a Milícia de Cristo e, em seguida, as Cruzadas Direito Canônico 1. Poder de jurisdictio e imperium: Jurisdição, Legislação e Administração 2. Hermenêutica – Atividade era basicamente a de interpretar as escrituras, segundo a tradição 3. Decretum (1140) – De Graciano, é uma coletânea de mais de 3800 textos comentados 4. Método Escolástico – Em caso de contradição (antinomia) deve se estabelecer uma distinção (significado, tempo, local e especialidade) 5. Decretais – Decisões dos Papas 6. Inquisição – Tribunal Extraordinário (de exceção) da Santa Sé em matéria de heresias que afastava a jurisdição ordinária dos bispos locais 7. Corpus iuris canonici – Decreto de Graciano e Decretais de gregório IX 8. Processo Canônico: 1) Conduzido por juristas; 2) Recursos que permitiam a uniformização das decisões; 3) perspectiva inquisitorial (investigativa) e não adversária (dialógica); 4) forma escrita em detrimento à oralidade 9. Competência em razão da pessoa e da matéria Leis e Processos Prof. Dr. Rafael de Freitas Valle Dresch Processo histórico que passa pela novas ideias de Tomás de Aquino (Aristotelismo) e Guilherme de Ockham (Humanismo) no século XIII e XIV 1453 - QUEDA DO IMPÉRIO ROMANO DO ORIENTE-CONSTATINOPLA Início 1. TRANSIÇÃO ENTRE A MENTALIDADE MEDIEVAL PARA A MENTALIDADE MODERNA 2. BUSCA DA RECUPERAÇÃO DA CULTURA GRECO-ROMANA 3. AFIRMAÇÃO E INDEPENDÊNCIA DO ESPÍRITO HUMANO Renascimento 1. Antropocentrismo 2. Humanismo 3. Dignidade Humana 4. Relativismo 5. Secularismo 6. Racionalismo 7. Sistematização 8. Cientificismo Características Centrais 1. Novas interpretações da Bíblia 2. Corrupção do Clero 3. Nova Ética Protestante (individualismo) 4. Traduções para os idiomas locais 5. Uso Político pelos Reis Soberanos 6. Martin Lutero – Monge Agostiniano, busca uma retomada das origens do cristianismo 7. Relação direta entre Deus e o Homem 8. Salvação apenas pela fé Reforma Protestante 1. Direito fundamentado no homem e não na ordem divina 2. Estados Nações – Direito concentrado no poder soberano do Estado 3. Direito para todos os súditos (declínio da pessoalidade) 4. Caráter Instrumental 5. Busca de Segurança e Paz 6. Relativismo 7. Separação entre gradativa entre Direito, Ética e Política 8. A Lei escrita começa a preponderar como fonte principal Direito 1. Homem é o animal racional 2. Busca de um Direito Ideal 3. Direito centrado na razão 4. Sistemático 5. Direito positivo não tem por fundamento a razão, mas ela é o critério para o direito positivado pelo estado 6. Busca de Certeza 7. Segurança jurídica 8. Objetivos: Liberdade e igualdade formal 9. Instrumento jurídico: Códigos e Constituições 10. Codificação e Constitucionalismo Liberais Jusracionalismo Debate Ético-Político no Século XIX Análises Consequencialistas (Bentham) Análises Deontológicas (Kant) Simplificação do problemas éticos (dever ou consequência) No Direito Privado Visão Deontológica Visão Consequencialista Formalismo Funcionalismo Social FuncionalismoEconômico Fundamentos Formalistas 1. Formalismo 2. Direito Liberal 3. Estado não interfere nas relações privadas e no mercado 4. A Constituição não normatiza o direito privado 5. Fim único interno: Igual Liberdade 6. Estrutura: Justiça Comutativa 7. Propriedade como Direito Absoluto 8. Autonomia da Vontade 9. Exemplo: Savigny e Ernest Weinrib (atual) Funcionalismos 1. Estrutura: Justiça Distributiva 2. Funcionalismo Social (Direito Social) 3. Finalidades: Redução das desigualdades, equilíbrio nas relações, proteção do mais frágil, redistribuição de renda 4. (Duguit, Ihering, Gierke, Ewald) 5. Funcionalismo Econômico (Direito e Economia) 6. Finalidade: Eficiência Econômica - maximização de bem-estar 7. (Bentham e AED) Funcionalismo e Direito “Tudo o que brota sobre o solo do direito, nasceu através de sua finalidade e em função de sua finalidade.” “[...] Para quem não se esquiva da busca e da reflexão, em nenhum campo é tão certa a descoberta da finalidade como no âmbito do direito – buscá-la é a suma missão da ciência jurídica, tanto no que diz respeito à dogmática, quanto à história do direito” (Rudolph Von Jhering, A finalidade do direito)
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