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CURSO: DIREITO
 DISCIPLINA: DIREITO PENAL I
	
	
	
Número: 040028 Ano/Sem.: 2013/2 Horário: 61
	Professor: André Luís Callegari 
Atividade: trabalho de composição da nota do Grau A Peso: 3 pontos
QUESTÃO DISCURSIVA:
1. O cidadão brasileiro João enviou, do Brasil, um pacote contendo uma bomba, para a Alemanha, com a intenção de causar a morte do destinatário da entrega. Ao chegar ao destino, no momento da entrega, o artefato explode e causa a morte de quatro pessoas de nacionalidade francesa que se encontravam na Alemanha em missão diplomática por seu país de origem. Considerando essa situação hipotética, com base na lei brasileira, poderá o Judiciário brasileiro julgar o caso? Fundamente sua resposta, especificando qual a teoria adotada pelo Brasil em relação ao lugar do cometimento do crime.
Padrão de resposta: Considerando que o Brasil, conforme o artigo 6º do CP, adota a teoria da ubiquidade (ou mista) em relação ao lugar do crime, será ele considerado consumado tanto no local da ação ou omissão, como onde se produziu ou se deveria produzir o resultado. Assim, em razão de ter a ação sido praticada em território brasileiro e, em decorrência disso, ser considerado o crime praticado no Brasil, o Judiciário nacional será competente para julgamento e processamento do fato criminoso.
QUESTÕES OBJETIVAS: assinale as alternativas corretas das questões a seguir:
2. André foi condenado em um país estrangeiro pelo cometimento de um crime e, em decorrência da condenação, cumpriu pena restritiva de liberdade com duração de cinco anos. Todavia, o Brasil também possuía interesse e legitimidade para o julgamento do crime, motivo pelo qual, com a vinda de André para o território nacional, processou-o e o condenou a pena privativa de liberdade com duração de doze anos. Considerando essa situação hipotética, podemos dizer que:
a) o Brasil não poderá executar a sentença condenatória proferida pelo Judiciário brasileiro, porque André já cumpriu pena em país estrangeiro.
b) o Brasil poderá executar a sentença condenatória brasileira pela integralidade do tempo de condenação (doze anos), porque a sentença estrangeira não possui eficácia no Brasil e não limita a administração da justiça em nosso país.
c) o Brasil somente poderá executar parte da pena de doze anos, em razão de sua atenuação pela pena já cumprida no estrangeiro.
d) a pena cumprida no estrangeiro deverá ser computada na pena imposta no Brasil, de maneira que André não terá sua liberdade restringida pela condenação proferida no Brasil.
3. Mário foi preso em flagrante, no dia 13 de janeiro de 2012, vendendo a substância psicotrópica “X”, considerada ilícita por assim constar em resolução da ANVISA. No dia 27 de outubro de 2012, durante o curso do processo de Mário, a substância “X” foi retirada da lista de substâncias ilícitas da ANVISA. Assim, considerando esse conflito aparente de normas penais no tempo, pode-se dizer que houve:
a) alteração da lei, benéfica ao agente, devendo retroagir, mesmo em se tratando de lei penal em branco heterogênea.
b) alteração da lei, benéfica ao agente, que não deverá retroagir, por se tratar de lei penal em branco heterogênea.
c) abolitio criminis (abolição do crime), em razão de a alteração do complemento legal ter revogado o crime, devendo retroagir para beneficiar o réu.
d) novatio legis in pejus, que não deverá retroagir, por se tratar de complemento extralegal.
4. Em uma embarcação brasileira de natureza pública, ancorada em um porto localizado na Argentina, é cometido um crime. Nessa situação, o Judiciário brasileiro:
a) poderá processar e julgar o crime, independentemente de condição legal, por se tratar de fato cometido em extensão territorial brasileira.
b) poderá processar e julgar o crime, com a condição de que o autor do fato entre no território nacional, seja o fato também punível na Argentina, dentre outros requisitos.
c) não poderá processar e julgar o crime, por ter sido cometido sob a jurisdição Argentina, sendo essa a única competente para processamento e julgamento do fato.
d) somente poderá processar e julgar o crime se o autor do fato for brasileiro.
5. Em uma embarcação brasileira de propriedade privada, localizada em território estrangeiro, é cometido um crime. Nessa situação, o Judiciário brasileiro:
a) poderá processar e julgar o crime, independentemente de condição legal, por se tratar de fato cometido em extensão territorial brasileira.
b) poderá processar e julgar o crime, com a condição de que o autor do fato entre no território nacional, seja o fato também punível na Argentina, dentre outros requisitos específicos.
c) não poderá processar e julgar o crime, por ter sido cometido sob a jurisdição Argentina, sendo essa a única competente para processamento e julgamento do fato.
d) somente poderá processar e julgar o crime se o autor do fato for brasileiro.

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