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A OAB e a reforma do judiciário

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C onselho Federal da OAB
Presidente 
V ice-Presidente 
Secretário-Geral 
Secretário-Geral A djun to 
Tesoureiro
Reginaldo O scar de Castro 
U rbano Vitalino de Melo Filho 
M arcelo G uim arães da Rocha e Silva 
Carlos A ugusto Tork de Oliveira 
R oberto A ntôn io Busato
Com issão de aco m p an h am en to d a Reform a do Judiciário:
Presidente
C oordenador
M em bros
C olaboradores
Reginaldo O scar de Castro 
Sérgio Ferraz
A da Pelegrini G rinover 
A ntôn io N abor Areias Bulhões 
José E duardo Rangel A lckm im 
R oberto de Figueiredo Caldas
C árm em Lúcia A ntunes Rocha 
Marcello A ugusto D iniz C erqueira 
M arcelo Fausto Figueiredo Santos 
M arcelo H enriques Ribeiro d e Oliveira 
Paulo Lopo Saraiva 
Ivon Ives C oelho C am p in h o
ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL
CONSELHO FEDERAL
A OAB 
E A REFORMA 
DO JUDICIÁRIO
Brasília, DF - 1 999
© O rd e m dos Advogados do Brasil 
Conselho Federal, 1999
Distribuidor: Centro de Documentação e Informação do Conselho Federal da OAB
Setor de Autarquias Sul - Q. 5 - Lote 2 - BI. N - Sobreloja 
Brasília - DF 
CEP 7 00 7 0 -0 0 0
Fones: (061) 316-9631 e 3 1 6 -9 6 0 5 
Fax: (0 6 1 ) 316 -9 63 2
e-mail: webmaster@oab.org.br
Tiragem: 1 .500 exemplares
FICHA CATALOGRÁFICA
Ordem dos Advogados do Brasil. Conselho Federal.
A OAB e a Reforma do Judiciário. - Brasília : OAB, 
Conselho Federal, 1999.
50p.
1. Reforma Judiciária - Proposta. I. Título.
CDD: 341.256
GDI/CF - OAB/Luiz Carlos Maroclo
A OAB E A REFORMA 
DO JUDICIÁRIO
R eto m an d o in ic ia tiva de 1997 , a OAB red iscu tiu , d e p o is d e a m p lo e 
ab ran g en te deba te , su a p ro p o s ta d e R eform a d o Ju d ic iá r io q u e , ap ro v ad a 
em reu n ião rea lizada em M aceió, n o d ia 2 4 d e ab ril des te ano , foi levada 
em ca rá te r oficial à C om issão E special d a C âm ara d o s D ep u ta d o s , a través 
de d e p o im e n to p a ra o qua l fui co n v id ad o , n a q u a lid a d e d e p re s id en te do 
C o n se lh o F edera l d a en tidade .
A p ro p o s ta d e e m e n d a co n s titu c io n a l co n sta , su m a r ia m e n te , d e três 
artigos. 0 p r im e iro acrescen ta ao art. 5° d o tex to em vigor, q u e tra ta dos 
D ireitos e G aran tias Ind iv idua is , três inc isos q u e tê m p o r ob je tivo am p lia r 
as garan tias co n stitu c io n a is q u e assegurem a ce le rid ad e d o s p rocessos 
ju d ic ia is e adm in is tra tivos , d e rro g a r p re rroga tivas p ro cessu a is d as pessoas 
ju r íd ica s de d ire ito p ú b lico in te rn o e v e d a r a ed ição de q u a lq u e r n o rm a 
ju r íd ic a te n d e n te a im p e d ir ou lim ita r o d e fe rim en to de m e d id a s cau te lares, 
lim inares o u an tec ipa tó ria s , in co m p atív e is c o m o e s tad o de direito .
0 s e g u n d o a rtigo re fo rm u la to d o o cap ítu lo 111 d o títu lo IV d a 
C onstitu ição , q u e tra ta do P o d e r Ju d ic iá r io e c o n s titu i a p a r te su b s tan tiv a 
da p ro p o s ta , a lte ran d o -se os arts. 92 a 125 d o tex to co n s titu c io n a l e 
su p r im in d o -se o s q u e in teg ram a Seção VII que tra ta d a Ju s t iç a Militar.
0 terceiro , p o r fim, acrescen ta três d ispositivos ao A to das D isposições 
C o n stitu c io n a is T ransitórias, co m vistas a a d a p ta r as ino v açõ es sugeridas ao 
tex to constituc iona l. São eles os q u e d e te rm in a m q u e os a tu a is m in is tro s do 
STF passam a in teg ra r a C o rte C o n stitu c io n a l p ro p o s ta pe la OAB, o que 
prescreve o ap ro v e itam en to d o s a tu a is m in is tro s d o TST n o STJ e o que 
p revê q u e as leis co m p le m e n ta re s e o rd in á ria s d e c o rre n te s d a re fo rm a 
deverão se r e lab o rad as n o p razo de 180 d ias a c o n ta r d a ap rovação da 
em enda.
N a e s tru tu ra d o P o d e r Ju d ic iá r io , co n te m p la m -se q u a tro in icia tivas que 
a O rd e m co n s id e ro u essenciais. T ransfo rm a o S u p re m o T ribuna l Federal 
em C orte C onstituc iona l, seg u in d o -se nes te caso a te n d ê n c ia o b se rv ad a n as 
C on stitu içõ es p ro m u lg a d a s d e p o is d a se g u n d a g u e rra m u n d ia l , d e q u e são
A OAB E A REFORMA D O J U D I C l^ iO
e x e m p lo s , as d a Itá lia , F ra n ç a , P o r tu g a l e E sp a n h a , a lém d a Lei 
F u n d a m e n ta l d e B onn, d a an tiga R epúb lica F edera l d a A lem anha . Institu i
0 C o n se lh o Federa l e os C onse lhos E stad u a is d e C on tro le A dm in is tra tivo 
do P o d e r Jud ic iá rio , c ircunscrevendo-se a ó rb ita d e suas a tr ib u içõ es sem 
ferir a in d e p e n d ê n c ia do Ju d ic iá r io e, f ina lm ente , a lém de assegurar às 
pessoas, ressalvadas as de d ire ito p ú b lic o q u e in teg rem a adm in is tração 
p ú b lica , o d ire ito d e o p ta rem pe lo ju íz o a rb itra i, se prevê a ch am ad a 
"quaren tena" de do is an o s dos q u e te n h a m o c u p a d o cargos d e con fiança na 
U nião , E stados, M unic íp io s e D istrito Federa l, n o s C o n se lh o s d a OAB e no 
M in is té rio P úb lico , n o s casos de des ig n ação p a ra ó rgãos do P o d e r 
Jud ic iá rio .
0 art. 93 , q u e é em su a m a io r p a r te re fo rm u lad o , c u id a d o s aspectos 
p ro g ram á tico s e das d ire tr izes a q u e d eve o b e d e c e r o E s ta tu to da 
M agistra tu ra , in c lu in d o as que tra tam d a ce le rid ad e d o s a to s ju d ic ia is e da 
observânc ia d o s p razos p rocessuais, a lém das in co m p a tib il id ad es d o s 
m ag istrados. Para d isc ip lina r a ind icação d o q u in to co n stitu c io n a l, o artigo 
segu in te su b s titu i as a tuais listas sêx tu p las p o r ind icaçóes u n in o m in a is e 
es tabelece p razo de v in te d ias p a ra a respec tiva nom eação . 0 art. 95 
re fo rm u la as garan tias d a m ag is tra tu ra , d is p o n d o o art. 9 6 sob re as 
co m p e tên c ias d a C o rte C o n stitu c io n a l, d o s T ribunais Superio res , dos 
T ribunais d e Justiça e d o s C o n se lh o s F edera l e E stadua l de C ontro le 
A dm in is tra tivo d o P o d e r Jud ic iário .
N o art. 98 , q u e tra ta d o s ju iz a d o s especia is e d a ju s t iç a de paz, se prevê 
a c riação de ju iz a d o s sim ilares no âm b ito d a Ju s tiç a Federa l, d a Ju s tiça do 
T rabalho e n a d o D istrito Federa l e Territórios. A grave e desafiadora 
q ues tão d o s c réd ito s d eco rren tes de dec isões ju d ic ia is , tan to os de n a tu re z a 
alim entíc ia , q u a n to os dem ais , está am p la e a d e q u a d a m e n te tra tad a n o art. 
100, p rev en d o -se n ão só a poss ib ilid ad e d e se q ü es tro d a ve rb a necessária à 
su a liqu idação , m as ta m b ém a c o m p en sação d o s d e n a tu re z a fiscal, no 
pag am en to d o s tr ib u to s dev idos à fazenda pública .
A C orte C o nstituc iona l será, n o s te rm o s d a p ro p o s ta , co n s ti tu íd a d e 15 
m in is tro s co m m a n d a to não renovável d e o ito anos. Sua ind icação caberá, 
respec tivam en te , ao STJ, ao C ongresso N aciona l e ao P residen te da 
R epública . O s q u in to s re s tan tes serão esco lh idos d en tre ad vogados e 
m e m b ro s d o s M inistério P úb lico Federa l, E stadual, d o D istrito F edera l e
A OAB E A REFORMA D O JUDICIÁRIO
d o s T erritórios, a k e rn a d a m e n le , m e d ian te ind icação em lista tr íp lice das 
respectivas classes, co m os req u is ito sde, n o m ín im o , v in te e c in co a n o s de 
advocacia o u v in te co m o m e m b ro s d o M inistério Público .
0 STJ terá su a c o m p o s ição a u m e n ta d a para , n o m ín im o , 101 ju ize s , 
e sco lh id o s u m te rço en tre m e m b ro s d o s T ribunais R egionais Federa is , 
a s seg u ran d o -se a rep resen tação d e , no m ín im o , 11 ju ize s d o s T ribunais 
R egionais d o T rabalho e u m te rço en tre os ju ize s d o s T ribunais d e Justiça .
0 te rço res tan te será co m p o s to , em p arte s iguais, de ad v o g ad o s e m e m b ro s 
d o M inistério P úb lico Federa l, E stadua l e d o D istrito Federa l e T erritórios, 
a lte rn a d a m e n te
A organ ização e co m p e tê n c ia d a ju s t iç a Federa l são m a n tid a s sem 
alterações, ressa lvada a c riação d o s ju iz a d o s especiais a q u e já fizem os 
a lusão . N o â m b ito d a Ju s tiça d o T rabalho é ex tin to o TST, a m p lia n d o -se n o 
e n ta n to su a co m p e tên c ia , a fim de a b ran g e r as m u d a n ç a s o co rr id a s nas 
re laçõ es t r a b a lh is ta s e m face d a s t r a n s fo rm a ç õ e s e c o n ô m ic a s q u e 
a tu a lm e n te carac te rizam o m e rc a d o d e trabalho .
N ão h á a lterações su b stan c ia is n a Ju s tiça E leitoral, exceto q u a n to à 
rac ionalização d a esco lha d o s m e m b ro s q u e c o m p õ e m os TREs e o TSE, 
p a ra d a r co n sis tên c ia in te rn a ao tex to co n s titu c io n a l em vigor. P o r fim, 
su p rim e-se a Seção VII em face d a ex tin ção d a Jus tiça M ilitar e, e m relação 
à Ju s tiç a d o s E stados se co n c e d e p e rm issão p a ra q u e os E stad o s q u e o 
necessita rem , c o n s ti tu a m tr ib u n a is regionais, a fim de to rn a r m ais ágil e 
acessível a p res tação ju r isd ic io n a l q u e é, em ú lt im a análise , n ão só o 
ob je tivo d a s sugestões d a OAB, m as so b re tu d o u m a antiga, necessária , 
u rg e n te m a s q u a se s e m p re a d ia d a a sp ira ç ã o n a c io n a l , p a ra o 
a p r im o ra m e n to d o reg im e dem ocrá tico .
A p ro p o s ta assim de lin ead a te m su a co m p re e n sã o favorecida pe lo 
Q u a d ro C o m p ara tiv o anexo , o qua l lhe em p re s ta m ais ab ran g ên c ia e m a io r 
d e ta lh am en to .
Brasília, m a io de 1999.
Reginaldo Oscar de Castro
A OAB E A REFORMA D O JUDICIÁRIO
Q u a d r o C o m p a r a t i v o
P r o p íx s t a d e E m e n d a C o N 5 T /ru c iO N A L e m
FACE DO TEYTO DA CONSTÍTl/IC^O DA 
RtPÚBL/C:A DE 1998
Emenda substitutiva à proposta de 
em enda à Constituição
As M esas d a C â m a ra d o s 
D epu tados e do S enado F ed era l, nos 
te rm o s do art. 60 da C o n s titu ição 
F e d e ra l , p ro m u lg a m a s e g u in te 
em en d a ao tex to co n stitu c io n a l:
Texto da Constituição da República de 
1998 (atualizado até maio de 1999)
Art. 1° A crescente-se ao a rtig o 5° da 
C o n stitu ição F edera l os seg u in te s 
incisos:
Art. 5^*...................... Art. 5°
LXXVlil - aos interessados, no âm bito 
judicia! ou administrativo, são assegu­
rados a razoável duração do processo e 
os meios que garantam a celeridade de 
sua tramitação;
L X X IX -as pessoas juríd icas de direito 
público interno, em processo judicial 
ou administrativo, não terão prerroga­
tivas especiais, inclusive de prazo para 
manifestação ou de duplo grau obri­
gatório, ressalvadas as referentes a exe­
cuções fiscais;
LXXX - é vedada a edição de lei ou 
qualquer ato normativo tendente a 
im pedir ou limitar o deferim ento de 
medidas cautelares, liminares ou ante- 
cipatórias.
Obs.: 0 texto em negrito indica as alterações
I I
9AB
A OAB E A REFORMA D O JUDICIÁRIO
C apítu lo 111 C ap ítu lo 111
DO PO D ER JUDICIÁRIO DO PO D ER JUDICIÁRIO
Seção 1 Seção I
D isposições Gerais D isposições Gerais
Art. 2®. O capítulo 111 (“Do Poder 
Jud ic iá rio ”) do T ítu lo IV da 
Constituição Federal passa a vigorar 
com a seguinte redação:
Art. 92. São órgãos do Poder 
Judiciário:
I - a C o rte C o n stitu c io n a l;
1 1 - 0 Superior Tribunal de Justiça;
III - os Tribunais Regionais Federais e 
Juizes Federais;
IV - os Tribunais e Juizes do Trabalho; 
V- os Tribunais e Juizes Eleitorais;
VI - os Tribunais e Juizes dos Estados 
e o do Distrito Federal;
VII - o C onselho Federal de Controle 
A dm inistrativo do Poder Judiciário;
VIII - os C onselhos Estaduais de 
C ontro le A dm inistra tivo do Poder 
Judiciário.
§ 1°. A C o rte C onstituc iona l, os 
Tribunais Superiores e o C onselho 
Federal de C ontrole A dm inistrativo 
do Poder Judiciário , têm sede na 
Capital Federal e ju risd ição em todo o 
território nacional.
Art. 92. São órgãos do Poder 
Judiciário;
I - o Suprem o Tribunal Federal;
II - o Superior Tribunal de Justiça;
III - os Tribunais Regionais Federais e 
Juizes Federais;
IV - os Tribunais e Juizes do Trabalho;
V - os Tribunais e Juizes Eleitorais;
VI - os Tribunais e Juizes Militares;
VII - os Tribunais e Juizes dos Estados 
e do Distrito Federal e Territórios.
Parágrafo único. O Supremo Tribunal 
Federal e os Tribunais Superiores têm 
sede na Capital Federal e jurisdição 
em todo o território nacional.
A OAB E A R f FORM A D O JUDICIARJO
§ 2° . Fica assegurado o d ire ito às pes­
soas, ressalvadas as de d ire ito público 
e as que com ponham a A dm inistração 
Pública Direta ou Indireta da União, 
dos Estados, do Distrito Federal e dos 
M unicípios, optarem pelo ju izo arbi­
trai, in stitu ído em lei e organizado no 
âm bito nacional, para a so lução de 
seus litígios.
§ 3° . É vedada a nom eação para cargo 
de Ju iz cm qualquer Tribunal, de 
M inistro da Corte C onstitucional e de 
m em bro de C onselho de Controle 
A dm inistrativo do Poder Judiciário de 
quem tenha ocupado cargo, função ou 
em prego exonerável ad n u tu m em 
qua lquer dos Poderes da União, dos 
Estados, do Distrito Federal e dos 
M unicípios nos dois anos an teriores 
ao provim ento , independen tem ente 
do período de exercício ou de sua 
c o n tin u id a d e , ou o cargo de 
Conselheiro ou equivalente na O rdem 
d o s A dvogados do B rasil e no 
M inistério Público.”
Art. 93. A atividade jurisd ic ional é 
serviço público essencial e indelegã- 
vel, n o rtead a pelos p rin c íp io s da 
soberania, da publicidade, da respon ­
sabilidade, d a celeridade e da gra­
tuidade.
§ 1°. Lei Com plem entar, de iniciativa 
da C o rte C o n s titu c io n a l, d isp o rá 
sobre o E sta tu to da M agistra tura , 
observadas as seguintes norm as:
Art. 93. Lei com plem entar, de iniciati­
va do Suprem o Tribunal Federal, dis­
porá sobre o Estatuto da Magistratura, 
o b se n ’ados os seguintes princípios;
I - todos os ju lgam entos dos órgãos l - ingresso na carreira, cujo cargo ini-
A OAB E A REFORMA D O JUDICIÁRIO
do Poder Judiciário serão públicos e 
fundam entadas todas as decisões, sob 
p en a de nu lidade , podendo , se o 
interesse público o exigir, lim itar a 
presença, em determ inados atos, às 
próprias partes e a seus advogados, 
ou som ente a estes;
II - as decisões adm inistra tivas do 
Poder Judiciário serão m otivadas e 
tom adas em sessão pública, sob pena 
de nulidade, podendo , se o interesse 
público o exigir nos term os da lei, 
limitar-se a presença, em determ ina­
dos atos, às partes in teressadas e a 
seus advogados, ou som ente a estes. 
As dec isõ es ad m in is tra tiv as , em 
m atéria disciplinar, se rão tom adas 
pelo voto da m aioria absoluta de seus 
m em bros;
ciai será o deju iz substitu to , através de 
concurso público de provas e títulos, 
com a participação da O rdem dos 
Advogados do Brasil em iodas as suas 
fases, obedecendo-se, nas nomeações, 
à ordem de classificação;
II - p rom oção de en irãnc ia para 
entrância, alternadam ente, por antigu­
idade e m erecim ento , a tendidas as 
seguintes normas;
a) é obrigatória a prom oção do juiz 
que figure po r três vezes consecutivas 
ou cinco alternadas em lista de m ere­
cimento;
b) a prom oção por m erecim ento pres­
supõe dois anos de exercício na 
respectiva entrância e integrar o ju iz a 
p rim eira q u in ta parte da lista de 
antiguidade desta, salvo se não houver 
com tais requisitos quem aceite o lugar 
vago;
c) aferição do m erec im en to pelos 
critérios da presteza e segurança no 
exercício da jurisdição e pela freqüên­
cia e aproveitam ento em cursos reco­
nhecidos de aperfeiçoamento;
d) na apuração da antigüidade, o tri­
bunal som ente poderá recusar o juiz 
mais antigo pelo voto de dois terços de 
seus m em bros, conform e procedim en­
to próprio , repetindo-se a votação até 
fixar-se a indicação;
II I - a atividade ju risd ic iona l não se 111 - 0 acesso aos tribunais de segundo
A OAB E A REFORMA D O JUDICIÁRIO
in te r ro m p e , exe rcendo-se nos 
horários com uns de expedien te e com 
plan tões fora desses e nos feriados;
IV - é obrigatória a brev idade da 
prática dos atos jud icia is, som ente 
sendo justificável o excesso de prazo 
legal m edian te m otivação objetiva e 
cabal, p od en d o a dem ora im p o rta r em 
afastam ento do ju iz do exercício da 
ju risd ição no feito;
V - ingresso n a carreira, para o cargo 
de Ju iz Substitu to , m ed ian te concurso 
público de provas e títu los, com par­
ticipação da O rdem d o s Advogados 
do Brasil, em todas as suas fases, 
observ an d o -se , nas n o m eações , a 
o rdem de classificação; exigir-se-á, 
ainda, p receden tem ente à nom eação, 
aprovação do candidato em exame 
psico técnico específico à atividade 
jud icia l, realizado em institu ição ofi­
cial ou reconhecida e comprovação 
de te r o candidato com pletado v in te e 
cinco anos de idade e cinco anos de 
exercício de ativ idade em carreira 
ju ríd ica ou correlata;
VI - vedação a prom oções, afastam en­
tos, aposentadorias que não as com ­
pulsórias, gozo de férias, que não 
poderá se r superio r a trin ta dias a 
cada ano, e de licenças que não as
grau far-se-á por antiguidade e m ere­
cim ento, alternadam ente, apurados na 
última enirância ou, onde houver, no 
Tribunal de Alçada, quando se tratar 
de p rom o ção para o T ribunal de 
Justiça, de acordo com o inciso 11 e a 
classe de origem;
IV - previsão de cursos oficiais de 
preparação e aperfeiçoamento de m a­
gistrados com o requisitos para ingres­
so e prom oção na carreira;
V - 0 subsíd io dos M inistros dos 
Tribunais Superiores corresponderá a 
noventa e cinco por cento do subsídio 
mensal fixado para os Ministros do 
Suprem o Tribunal Federal e os subsí­
dios dos demais magistrados serão fi­
xados em lei e escalonados, em nível 
federal e estadual, conform e as respec­
tivas categorias da estru tura judiciária 
nacional, não podendo a diferença 
entre um a e outra ser superior a dez 
p o r cento ou inferior a cinco por 
cento, nem exceder a noventa e cinco 
p o r cento do subsídio mensal dos 
M inistros dos Tribunais Superiores, 
obedecido, em qualquer caso, o dis­
posto nos arts. 37, XI, e 39, § 4°;
VI - a aposentadoria dos m agistrados e 
a pensão de seus dependentes obser­
varão o d isposto no art. 40;
A OAB E A REFORMA D O JUDICIÁRIO
determ inadas p o r m otivo de saúde, 
de qua lquer m agistrado que tenha 
processo em seu poder, com des- 
cum prim ento dos prazos fixados na 
lei de que cogita o § 1°
VII - prom oção de en trância para 
e n trãn c ia , a l te rn a d a m e n te , p o r 
antigüidade e m erecim ento , a tendi­
das as seguintes regras:
a) é obrigatória a prom oção de ju iz 
que figure p o r três vezes consecutivas 
ou cinco a lternadas em lista de m ere­
cimento;
b ) aferição do m erecim ento m ediante 
critérios objetivos de verificação da 
produtiv idade, p resteza e segurança, 
no exercício da ju risd ição e pela fre­
qüência e aproveitam ento em cursos 
reconhecidos de aperfeiçoam ento;
c) na apuração da antigüidade, o tri­
bunal som ente poderá recusar o ju iz 
m ais antigo po r decisão m otivada de 
dois terços de seus m em bros, con­
form e p ro c e d im e n to p ró p rio , 
repetindo-se a votação até fixar-se a 
indicação;
VIII - acesso aos tribunais de segundo 
grau p o r antigüidade e m erecim ento, 
a lternadam ente , apurados n a ú ltim a 
entrância, de acordo com o inciso VII;
IX - os subsíd ios dos m agistrados 
serão fixados com diferença não supe ­
rio r a dez po r cento de u m a para
VII - o ju iz titular residirá na respecti­
va comarca;
VIII - o ato de remoção, disponibili­
dade e aposentadoria do magistrado, 
por interesse público, fundar-se-á em 
decisão p o r voto de dois terços do 
respectivo tribunal, assegurada ampla 
defesa;
IX - todos os julgam entos dos órgãos 
do Poder Judiciário serão públicos, e 
fundam entadas todas as decisões, sob
A O AB E A {^FO R M A D O JUDICIÁRIO
ou tra das categorias da carreira, não 
podendo, a títu lo algum , exceder os 
dos M inistros do Superior Tribunal 
de Justiça;
X - vedação ao m agistrado aposenta ­
do do exercício da advocacia nos dois 
anos im e d ia ta m e n te se g u in te s à 
aposentadoria;
XI - o ju iz titu la r resid irá n a respecti­
va comarca;
XII - 0 ato de remoção, d isponibili­
dade e aposentadoria e perda do cargo 
do magistrado, p o r interesse público, 
fundar-se-ã em decisão m otivada, por 
voto de dois terços do respectivo tri­
bunal, assegurada am pla defesa;
XIII - o ju iz mais antigo na carreira 
terá precedência nos casos de remoção 
a pedido;
XIV - o magistrado posto em disponi­
bilidade p o r co n d u ta incom patível 
com o exercício das funções, perce­
berá 05 subsídios do cargo, p ropor­
cionais ao tem po de serviço;
XV - não poderá se r nom eado para 
cargo em com issão ou designado para 
função de confiança, ou para o exercí-
pena de nulidade, podendo a lei, se o 
interesse público o exigir, limitar a 
presença, em determ inados atos, às 
próprias partes e a seus advogados, ou 
som ente a estes;
X - as decisões adm inistrativas dos tri­
bunais serão motivadas, sendo as dis- 
ciplinares tom adas pelo voto da m aio­
ria absoluta de seus membros;
XI - nos tribunais com núm ero superi­
o r a vinte e cinco julgadores poderá 
ser constituído órgão especial, com o 
m ínim o de onze e o m áxim o de vinte 
e cinco m em bros, para o exercício das 
atribuições adm inistrativas e jurisdi- 
cionais da com petência do tribunal 
pleno.
À O á B E A REFORMA D O JUDICtÁRiO
cio de qua lquer ou tra atividade de 
direção, de assessoria ou auxiliar, ou 
de conciliador, em qualquer órgão do 
Poder Jud ic iá rio , cônjuge, com pa­
nheiro ou paren te consangüineo ou 
afim, em linha reta ou colateral, até o 
terceiro grau, de m agistrado em ativi­
dade, salvo se titu lar de cargo efetivo 
do Poder Judiciário , vedado o exercí­
cio ju n to ao m agistrado que gerar o 
im pedim ento;
XVI - nos tribunais com núm ero supe­
rior a vinte e cinco julgadores, poderá 
ser constituído órgão especial, com 
m ínim o de onze e o m áxim o de vinte 
e cinco membros, para o exercício das 
atribuições administrativas e jurisdi- 
cionais da competência do tribunal 
pleno;
XVII - a aposentadoria e a pensão de 
seus dependen tes observarão o d is­
posto no artigo 40;
XVIII- responsabilidade adm inistra ­
tiva e civil do ju iz.
Ari. 94. Um quinto dos lugares dos 
Tribunais Regionais Federais, dos 
Tribunais dos Estados, e do Distrito 
Federal e Territórios será com posto de 
m em bros do Ministério Público, com 
mais de dez anos de carreira, e de 
advogados de notório saber ju ríd ico e 
de reputação ilibada, com mais de dez 
anos de efetiva atividade profissional, 
indicados, de forma uninom inal, pelos 
órgãos de representação das respecti­
vas classes.
Art. 94. U m quinto dos lugares dos 
T ribunais Regionais Federais, dos 
Tribunais dos Estados, e do Distrito 
Federal e Territórios será com posto de 
m em bros, do Ministério Público, com 
mais de dez anos de carreira, e de 
advogados de notório saber jurídico e 
de reputação ilibada, com mais de dez 
anos de efetiva atividade profissional, 
ind icados em lista sêx tup la pelos 
órgãos de representação das respecti­
vas classes.
A OAB E A REFORMA D O JU D IC U R ÍO
Parágrafo único . Recebidas as in d i­
cações, o P o d e r E x e c u t iv o , n o s 
v in te d ia s s u b s e q ü e n te s , p ro c e d e rá 
à n o m eação .
An. 95. Aos ju ize s são ineren tes as 
seguintes garantias:
I - estabilidade, que, no primeiro 
grau, só será adquirida após dois anos 
de exercício, dependendo a perda do 
cargo, nesse período, de deliberação 
do tribunal a que o juiz estiver v incu ­
lado, e, nos demais casos, de sentença 
judicial transitada em julgado, ou na 
form a do inciso XII do artigo 93;
II - inamovibilidade, salvo por motivo 
de interesse público, na forma do arti­
go 93, VIII;
III- irredu tib ilidade de subsid io , 
ressalvado o disposto nos artigos 37, X 
e XI , 39, § r , 150,11, 153, III e § 2°, 
1.
§ 1® . Aos juizes é vedado:
I - exercer, ainda que em disponibili­
dade, outro cargo ou função, salvo 
um a de magistério;
II - receber, a qualquer título ou p re ­
texto , custas ou partic ipação em 
processo;
III ' dedicar-se à atividade polltico- 
partidária.
§ 2°. Aplicam-se, no que couber, aos 
m em bros da C orte C onstitucional e
Parágrafo único. Recebidas as indi­
cações, o tribunal formará lista tríplice, 
enviando-a ao Poder Executivo, que, 
nos vinte dias subseqüentes, escolherá 
um de seus integrantes para nomeação.
Art. 95. Os juizes gozam das seguintes 
garantias:
I - vitaliciedade, que, no prim eiro 
grau, só será adquirida após dois anos 
de exercício, dependendo a perda do 
cargo, nesse período, de deliberação 
do tribunal a que o ju iz estiver v incu ­
lado, e, nos demais casos, de sentença 
judicial transitada em julgado;
II - inamovibilidade, salvo p o r motivo 
de interesse público, na forma do arti­
go 93, VIII;
III - irredu tib ilidade de subsíd io , 
ressalvado o disposto nos arts. 37, X e
XI, 39, § 150, 11, 153, III, e 153, §
2", I.
Parágrafo único. Aos juizes é vedado:
I - exercer, ainda que em disponibili­
dade, outro cargo ou função, salvo 
um a de magistério;
II - receber, a qualquer titulo ou pre­
tex to , custas ou partic ipação em 
processo;
III - dedicar-se ã atividade político- 
pariidária.
A OAB E A REFORMA D O JUDICIÁRIO
dos C onselhos A dm inistra tivos de 
C o n tro le d o Poder Ju d ic iá rio , as 
g a ran tia s e as vedações p rev is tas 
neste artigo.
A n. 96. C om pete privativamente:
I - à C orte C onstitucional e aos
Tribunais:
a) elaborar seus regimentos internos, 
com observância das norm as de 
processo e das garantias processuais 
das partes, d ispondo sobre a com ­
petência e o func ionam en to dos 
respectivos órgãos ju risd ic ionais e 
administrativos;
b) organizar suas secretarias e serviços 
auxiliares e os dos ju ízos que lhes 
forem vinculados, velando pelo exer­
cício da atividade correicional respec­
tiva;
c) prover, na forma prevista nesta 
Constituição, os cargos de juiz de car­
reira da respectiva jurisdição;
d) p ropor a criação de novas varas 
judiciárias;
e) prover, por concurso público de 
provas, ou de provas e títulos, obede­
cido o disposto no art. 169, parágrafo 
1°, os cargos necessários à adm inis­
tração da justiça, exceto os de confi­
ança assim definidos em lei;
0 conceder licença, férias e outros 
afastamentos a seus m em bros e aos
Art. 96. Com pete privativamente:
I - aos tribunais;
a) eleger seus órgãos diretivos e ela­
borar seus regimentos internos, com 
observância das norm as de processo e 
das garantias processuais das partes, 
d ispondo sobre a com petência e o fun­
cionam ento dos respectivos órgãos 
jurisdicionais e administrativos;
b) organizar suas secretarias e serviços 
auxihares e os dos ju ízos que lhes 
forem vinculados, velando pelo exercí­
cio da atividade correicional respecti­
va.
c) prover, na forma prevista nesta 
Constituição, os cargos de ju iz de car­
reira da respectiva jurisdição;
d) p ropor a criação de novas varas 
judiciárias;
e) prover, po r concurso público de 
provas, ou de provas e títulos, obede­
cido o disposto no art. 169, parágrafo 
único, os cargos necessários à adm inis­
tração da Justiça, exceto os de confi­
ança assim definidos em lei;
0 conceder licença, férias e outros 
afastamentos a seus m em bros e aos
A OAB E A REFORMA D O JUDICIÁRIO
juizes e sen 'idores que lhes forem ime­
diatam ente vinculados;
g) criar seções, câm aras, tu rm as e ju í ­
zos especializados e regionais;
II - aos Tribunais Superiores e aos 
T rib u n a is de Ju s tiça , p ro p o r ao 
C o n se lh o F edera l d e C on tro le 
A dm inistrativo do Poder Jud iciário 
ou ao C o n se lh o de C on tro le 
A dm inistrativo do Poder Judiciário 
respectivo, o b se n a d o o disposto no 
art. 169:
a) a alteração do núm ero de m em bros 
dos Tribunais Inferiores;
b) a criação e a extinção de cargos e a 
rem uneração dos seus serviços auxi- 
liares e dos ju ízos que lhes forem vin ­
culados, bem com o a fixação do subsi­
dio de seus m em bros e dos juizes, 
ressalvado o disposto no art. 48, XV;
c) a alteração da organização e da 
divisão judiciárias;
III - aos Tribunais de Justiça:
a) ju lg a r os ju izes de d ireito e os 
m em bros do M inistério Público dos 
Estados e do D istrito Federal, nos 
crim es de responsabilidade, ressalva­
da a com petência da Justiça Eleitoral;
ju izes e ser\’idores que lhes forem im e­
diatam ente vinculados;
II - ao Suprem o Tribunal Federal, aos 
Tribunais Superiores e aos Tribunais 
de Justiça propor ao Poder Legislativo 
respectivo, observado o d isposto no 
art. 169:
a) a alteração do núm ero de m em bros 
dos tribunais inferiores;
b) a criação e a extinção de cargos e a 
rem uneração dos seus se r\iços auxi- 
liares e dos juízos que lhes forem vin ­
culados, bem com o a fixação do subsí­
d io de seus m em bros e dos juizes, 
inclusive dos tribunais inferiores, onde 
houver, ressalvado o disposto no art. 
48, XV;
c) a criação ou extinção dos tribunais 
inferiores;
d) a alteração da organização e da 
divisão judiciárias;
111 - aos Tribunais de Justiça ju lgar os 
juizes estaduais e do Distrito Federal e 
Territórios, bem com o os m em bros do 
M inistério Público , nos crim es 
com uns e de responsabilidade, ressal­
vada a com petênc ia da Justiça 
Eleitoral.
A OAB E A REFORMA EX) J U D K M U O
b) p ro p e r ao Poder Legislativo, após 
aprovação do C onselho de Controle 
A dm inistrativo respectivo, a criação 
de ou tro T ribunal na m esm a unidade, 
de igual h ierarquia e com petência 
m aterial e ju risd ição restrita à área 
geográfica indicada no ped ido motiva­
do de sua instituição;
§ 1°. O s p residen tes e vice-presi- 
den tes dos tr ibunais, escolhidos den ­
tre os m em bros do órgão especial 
onde houver, ou da m etade de seus 
m em bros m ais antigos,serão eleitos 
d ireta e secretam ente po r todos os 
ju iz e s es táve is em a tiv idade , do 
prim eiro e segundo graus, vedada a 
reeleição para o m esm o cargo, não se 
ap lican d o essa reg ra à C orte 
C o n s titu c io n a l e aos T ribuna is 
Superiores.
§ 1° . O s T rib u n a is S u p erio res
poderão, de ofício ou po r provocação, 
após re iteradas decisões sobre deter­
m in ad a m até ria , ap rovar sú m u la 
m ediante decisão fundam entada de, 
no m ínim o, quatro qu in tos (4/5) dos 
m em bros de seu Plenário ou Órgão 
Especial, e declarar que, a pa rtir de 
sua publicação, o enunciado consti­
tui-se cm im pedim ento à interposição 
de recursos contra a decisão que a 
houver aplicado.
§ 3°. A lei disciplinará o procedim en­
to p ara a proposta, aprovação, revisão 
e cancelam ento da súm ula, podendo a 
iniciativa pa rtir do p róprio Tribunal
A OAB E A REFORMA D O JUDICIÁRIO
OU dos legitimados à propositura da 
ação direta de inconstilucionalidade.
Alt. 97. Somente pelo voto da maioria 
absoluta de seus m em bros ou dos 
m em bros do respectivo órgão especial, 
poderão os tribunais declarar a incons- 
ticucionalidade de lei ou ato normativo 
do poder público.
Art. 98. A União e os Estados criarão:
I - ju izados especiais, providos por 
juizes togados, ou togados e leigos, 
com petentes para a conciliação, o jul­
gamento e a execução de causas cíveis 
de m enor com plexidade e infrações 
penais de m enor potencial ofensivo, 
mediante os procedim entos oral ou 
sumarissimo, perm itidos, nas hipóte­
ses previstas em lei, a transação e o ju l ­
gamento de recursos por turm as de 
juizes de prim eiro grau, cuja indi­
cação observará, alternadam ente , os 
critérios de merecimento e de antigüi­
dade;
II - justiça de paz, rem unerada, com ­
posta de cidadãos eleitos pelo voto 
d ire to , un iversa l e secre to , com 
m andato de quatro anos e com petên ­
cia para, na forma da lei, celebrar casa­
mentos, verificar, de ofício ou face de 
im pugnação apresentada, o processo 
de habilitação e exercer atribuições 
conciliatórias, sem cará te r ju r isd i- 
cional, além de outras previstas na le­
gislação.
Art. 97. Somente pelo voto da maioria 
absoluta de seus m em bros ou dos 
m em bros do respectivo órgão especial, 
poderão os tribunais declarar a incons- 
titucionalidade de lei ou ato normativo 
do Poder Público.
Art. 98. A União, no D istrito Federal e 
nos Territórios, e os Estados criarão:
1 - ju izados especiais, p ro \id o s por 
juizes togados, ou togados e leigos, 
com petentes para a conciliação, o ju l ­
gam ento e a execução de causas cíveis 
de m enor com plexidade e infrações 
penais de m enor potencial ofensivo, 
m edian te os p roced im en tos oral e 
sum arissim o, perm itidos, nas h ipóte ­
ses previstas em lei, a transação e o ju l ­
gam ento de recursos por turm as de 
juizes de primeiro grau;
11 - justiça de paz, rem unerada, com ­
posta de cidadãos eleitos pelo voto 
d ire to , universal e secreto , com 
m andato de quatro anos e com petên ­
cia para, na forma da lei, celebrar casa­
m entos, verificar, de ofício ou em face 
de im pugnação apresentada, o proces­
so de habilitação e exercer atribuições 
concilia tórias, sem cará ter ju r isd i- 
cional, além de outras previstas na le­
gislação.
2 3
Ctài
A OAB E A REFORMA D O JUD ICIÁ M O
§ 1®. Lei federal d isporá sobre a cri­
ação de ju izados especiais no âm bito 
da Ju s tiç a Federal, d a Ju s tiça do 
Trabalho e da Jus tiça do D istrito 
Federal e dos Territórios, bem como 
as técnicas de m ediação aplicáveis 
por esses órgãos.
§ 1° . A lei estabelecerá as h ipó teses 
de conciliação e transação penal para 
os casos de infrações que não sejam 
co n s id e rad as de m e n o r po ten c ia l 
ofensivo.
Art. 99. Ao Poder Judiciário é assegu­
rada au to n o m ia adm in is tra tiva e 
financeira.
§ 1®. Os tribunais elaborarão suas pro ­
postas orçamentárias den tro dos li­
mites estipulados conjuntam ente com 
os demais Poderes, na lei de diretrizes 
orçamentárias.
§ 2°. O encam inham ento da propos­
ta, ouvidos os tribunais interessados, 
compete:
I - no âm bito federal, ao C onselho 
Federal de C ontrole A dm inistrativo 
do Poder Judiciário , após a aprovação 
dos respectivos tribunais;
II - no âm bito dos Estados, aos 
C o n se lh o s E stad u a is de C on tro le 
A dm inistrativo do Poder Judiciário , 
após a aprovação dos respectivos tri­
bunais.
Art. 99. Ao Poder Judiciário é assegu­
rada autonom ia administrativa e finan­
ceira.
§ 1®. Os tribunais elaborarão suas pro ­
postas orçamentárias dentro dos li­
mites estipulados conjuntam ente com 
os demais Poderes na lei de diretrizes 
orçamentárias.
§ 2®. O encam inham ento da proposta, 
ouvidos os ou tros tribunais interessa­
dos, compele;
I - no âm bito da U nião, aos 
P residentes do S uprem o Tribunal 
Federal e dos Tribunais Superiores, 
com a aprovação dos respectivos tri­
bunais;
II - no âm bito dos Estados e no do 
D istrito Federal e Territórios, aos 
Presidentes dos Tribunais de Justiça, 
com a aprovação dos respectivos tri­
bunais.
A OAB E A REFORMA D O JUDiClARJO
Art. 100. À exceção dos créditos de 
natureza alimentícia, os pagam entos 
devidos pela Fazenda Federal, 
Estadual ou Municipal, em virtude de 
sentença judiciária, far-se-ão exclusi­
vam ente na ordem cronológica de 
apresentação dos precatórios e à conta 
dos c réd itos respectivos, com as 
ressa lvas ad ian te estabe lec idas , 
proibida a designação de casos ou de 
pessoas nas dotações orçamentárias e 
nos créditos adicionais abertos para 
este fim.
§ 1°. O s créd itos de natureza alim en­
tícia, decorren tes de salários, venci­
m entos, subsíd ios, proventos, pen ­
sões e suas com plem entações, benefí­
cios previdenciários e acidentários e 
indenizações po r m orte ou invalidez 
fundadas na responsabilidade civil 
serão pagos, independen tem en te de 
precatório, em tr in ta dias, contados 
da de term inação judicial, a tendida a 
o rd em de c u m p rim e n to d a s in t i ­
mações, po d en d o a penhora decreta­
da em processo de execução recair 
sobre b en s dom iniais não afetados a 
atividade estatal.
§ 2° . Relativam ente aos créd itos indi­
cados no parágrafo anterior, cum pre à 
en tidade pública devedora consignar 
dotação suficiente ao seu im ediato 
pagam ento, que não poderá se r inferi­
or ao m ontan te dos créditos para sa­
tisfação dos precatórios referentes ao 
m esm o exercício.
Art. 100. À exceção dos créditos de 
natureza alimentícia, os pagam entos 
dev idos pela F azenda Federal, 
Estadual ou Municipal, em virtude de 
sentença judiciária, far-se-ão exclusi­
vam ente na o rdem cronológica de 
apresentação dos precatórios e ã conta 
dos créditos respectivos, proibida a 
designação de casos ou de pessoas nas 
dotações orçam entárias e nos créditos 
adicionais abertos para este fim.
§ 1®. É obrigatória a inclusão, no orça­
m ento das entidades de direito púb li­
co, de verba necessária ao pagam ento 
de seus débitos constantes de pre­
catórios judiciários, apresentados até 
1° de ju lho , data em que terão atua­
lizados seus valores, fazendo-se o 
pagam ento até o final do exercício 
seguinte.
§ 2®. As dotações orçam entárias e os 
créditos abertos serão consignados ao 
P oder Jud ic iá rio , reco lhendo-se as 
im portâncias respectivas à repartição 
com petente, cabendo ao Presidente do 
Tribunal que proferir a decisão exe- 
q ü en d a d e te rm in a r o pagam ento , 
segundo as possibilidades do depósito, 
e autorizar, a requerim ento do credor e 
exclusivamente para o caso de preteri-
A OAB E A REFORMA D O JU D lClà R iO
§ 3®.O orçam ento das en tidades de 
d ire ito público consignará dotação 
sufic ien te ao pagam ento dos p re ­
catórios apresentados até 1° de ju lho , 
consoante os valores fornecidos pelo 
Tribunal com jurisd ição sobre o ju ízo 
da execução, ao qual serão transferi­
dos os respectivos recursos e os dos 
créditos adicionais, em seis parcelas 
m ensais iguais e sucessivas, a partir de 
1® de fevereiro do ano subseqüente e 
na forma prevista na lei orçamentária.
§ 4°. O s valores devidos, atualizados 
até a da ta do pagam ento, serão pagos 
a té 30 de se tem bro do exercício 
seguinte ao da apresentação do pre­
catório , d evendo o P res id en te do 
Tribunal com petente, vencido o prazo 
ou em caso de om issão no orçam ento, 
ou de preterição ao direito de pre­
cedência, de term inar o seqüestro de 
verba de qualquer dotação da entidade 
executada, suficiente ã satisfação do 
débito, ressalvadas as destinadas às 
atividades de saúde, educação e segu­
rança.
§ 5®. O s pagam entos devidos pela 
Fazenda Pública em v irtude de sen­
tença jud iciária transitada em julgado, 
de qualquer das entidades federadas, 
poderão ser com pensados com tribu­
tos devidos pelo credor, no caso de 
precatórios não liquidados até o fim 
do exercício previsto para o seu paga­
m ento de seu direito de precedência, 
do seqüestro da quantia necessária à 
satisfação do débito.
§ 3®. O disposto no caput desie artigo, 
relativam ente à expedição de p re ­
catórios, não se aplica aos pagamentos 
de obrigações definidas em lei como 
de p eq u en o valor que a Fazenda 
Federal, Estadual ou Municipal deva 
fazer em virtude de sentença judicial 
transitada em julgado.
A OAB E A R f FORM A D O JUDICIÁRIO
m ento, sem preju ízo da responsabili­
dade pela falta de pagam ento nos pra­
zos previstos neste artigo.
S e ç ã o I I SnçÁo II
D a C o r t e C o n s t i t u c i o n a l D o S u p r e m o T r i b u n a l F e d e r a l
Art. 101. A C orte C onstitucional com ­
põe-se de qu inze M inistros, escolhi­
dos den tre b rasileiros na tos com m ais 
de quaren ta e m enos de sessen ta e 
dois anos de idade, de notável saber 
ju ríd ico e reputação ilibada.
§ 1°. O s M in is tro s da C o rte
C onstitucional serão nom eados pelo 
Presidente da República, depo is de, 
nas h ipó teses dos incisos I, III e IV do 
§2° deste artigo, aprovada a escolha 
pe la m a io r ia a b so lu ta do S enado 
Federal, para o exercício de oito anos, 
vedada a recondução.
§ 1° . O s M in is tro s da C o rte
C onstitucional serão escolhidos da 
form a seguinte;
I - u m q u in to d e n tre Ju iz e s do 
Superior Tribunal de Justiça , indica­
dos em listas tríplice e laborada pelo 
p róprio Tribunal;
II- u m q u in to den tre indicados em 
lis ta tr íp lice e lab o rad a pe lo 
C ongresso N acional parlam en ta res 
ou não;
III - u m q u in to in d icad o pelo 
Presidente da República;
Art. 101. O Suprem o Tribunal Federal 
com põe-se de onze Ministros, escolhi­
dos dentre cidadãos com m ais de trin ­
ta e cinco e m enos de sessenta e cinco 
anos de idade, de notável saber ju r íd i­
co e reputação ilibada.
Parágrafo único . O s M inistros do 
Suprem o Tribunal Federal serão 
no m ead o s pelo P residente da 
República, depois de aprovada a esco­
lha pela maioria absoluta do Senado 
Federal.
A OAB E A REFORMA D O JUDICIÁRIO
IV - u m qu in lo den tre advogados e 
u m q u in to d e n tre m em b ro s do 
M inistério Público Federal, Estadual, 
do D is tr ito Federa l e T erritórios, 
a lte rnadam ente , m ediante indicação 
em lis ta tr íp lice e lab o rad a pe los 
órgãos de representação das respecti­
vas classes, devendo os indicados 
terem , n o m ínim o, vinte anos de exer­
cício da advocacia ou vinte como 
m em bro do M inistério Público.
§ 3°. F indo o m andato , os M inistros 
da C orte C onstitucional perceberão 
proventos correspondentes ao cargo, 
vedadas a prática da advocacia e a 
ocupação de cargo ou em prego púb li­
cos, bem com o o exercício de função 
pública, exceto com relação ao m a­
gistério ju ríd ico superio r ou cargo ele­
tivo, exigindo-se, para este ú ltim o, o 
in terregno m ín im o de quatro anos, 
contado desde a data da extinção do 
m andato até a da eleição a que con­
correr.
§ 4 ”. Aplicam-se aos M inistros da 
Corte Constitucional, no que couber, 
as norm as e princípio atinentes a 
d ire ito s , g a ran tia s , p rerrogativas , 
deveres e vedações referentes à magi­
stratura.
Art. 102. C om pete à Corte Consti- Art. 102. C om pete ao Suprem o 
tucional a guarda desta C onstitu ição e Tribunal Federal, p recipuam ente, a 
do s se u s va lo res fu n d am en ta is , guarda da Constituição, cabendo-lhe: 
cabendo-lhe:
1 - processar e julgar, originariamente: 1 - processar e julgar, originariamente:
A OAB E A IN FO RM A D O JUDICIÁRIO
a ) OS conflitos de a tribuições en tre a 
Presidência da República, as Casas do 
Congresso Nacional, a p róp ria Corte, 
e os Tribunais Superiores;
b) a ação d ire ta de inconstitucionali- 
dade de lei ou ate norm ativo federal 
ou estadual;
c) as causas e os litígios en tre a U nião 
e os Estados, a U nião e o D istrito 
Federal, ou en tre uns e outros;
d) o litígio en tre Estado estrangeiro 
ou organism o in ternacional e a União,
o E stado , o D is tr i to F edera l ou 
Território;
e) o habeas-corpus, quando o coator 
ou o pacien te estiver d ire tam en te 
sujeito à ju risd ição da p róp ria Corte 
C onstitucional;
0 o m a n d a d o de seg u ran ça e o 
habeas-data contra atos que tenham 
vinculação a sua ju risd ição direta;
a) a ação direta de inconstilucionali- 
dade de lei ou ato norm ativo federal 
ou estadual e a ação declaraiória de 
consiitucionalidade de lei ou ato no r­
mativo federal;
b) nas infrações penais com uns, o 
P residente da R epública , o Vice- 
Presidente, os m em bros do Congresso 
Nacional, seus p róprios Ministros e o 
Procurador-Geral da República;
c) nas infrações penais com uns e nos 
c rim es de responsab ilidade , os 
Ministros de Estado, ressalvado o dis­
posto no art. 52, 1, os m em bros dos 
Tribunais Superiores, os do Tribunal 
de Contas da União e os chefes de m is­
são d ip lom ática de caráter p erm a­
nente;
d) o habeas-corpus, sendo paciente 
qua lquer das pessoas referidas nas 
alíneas anteriores; o m andado de segu­
rança e o habeas-data contra atos do 
Presidente da República, das Mesas da 
Câm ara dos D eputados e do Senado 
Federal, do Tribunal de Contas da 
U nião , do P rocurador-G eral da 
República e do p ró p r io Suprem o 
Tribunal Federal;
e) o litígio entre Estado estrangeiro ou 
organism o internacional e a União, o 
E stado, 0 D istrito Federai ou o 
Território;
0 as causas e os conflitos entre a União 
e os Estados, a União e o Distrito 
Federal, ou entre uns e outros, inclu-
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g) a reclam ação p ara a preservação de 
sua com petência e garantia da au to ri­
dade de suas decisões;
h ) o ped ido de m edida cau telar em 
ações de su a com petência;
i) a ação em que m ais da m etade dos 
m em bros do Superior Tribunal de 
Justiça estejam im ped idos ou sejam 
d ire ta ou ind ire tam ente interessados;
j ) o m andado de injunção, quando a 
elaboração da norm a regulam entado- 
ra for a tr ib u ição do C ongresso 
Nacional;
l) a rev isão c rim in a l e a ação 
rescisória de seus ju lgados;
m ) os m andados de segurança contra 
os a tos p ra ticados pelo C onse lho 
Federal de Controle A dm inistrativo 
do Poder Judiciário , em processo dis- 
ciplinares;
n) nas infrações penais com uns,seus 
p róprios m inistros;
sive as respectivas entidades da adm i­
nistração indireta;
g) a extradição solicitada por Estado 
estrangeiro;
h) a hom ologação das sen tenças 
estrangeiras e a concessão do exe­
quatur às cartas rogatórias, que podem 
ser conferidas pelo regimento interno 
a seu Presidente;
i) o habeas-corpus, quando o coator 
for Tribunal Superior ou quando o 
coator ou o paciente for autoridade ou 
funcionário cujos atos estejam sujeitos 
diretam ente à jurisdição do Supremo 
Tribunal Federal, ou se trate de crime 
sujeito à m esm a jurisdição em um a 
única instância;
j) a revisão criminal e a ação rescisória 
de seus julgados;
1) a reclamação para a preservação de 
sua com petência e garantia da autori­
dade de suas decisões;
m ) a execução de sentença nas causas 
de sua com petência originária, faculta­
da a delegação de atribuições para a 
prática de atos processuais;
n) a ação em que todos os m em bros da 
magistratura sejam direta ou indireta­
m ente interessados, e aquela em que
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II - julgar, n a form a da lei, em grau de 
recurso constitucional as causas deci­
d idas em única ou ú ltim a instância 
pelo S uperio r T ribunal de Justiça, 
q u ando a decisão recorrida d e r à 
C onstitu ição in terpre tação divergente 
da que lhe haja a tribu ído a Corte 
Constitucional.
mais da m etade dos m em bros do tri­
bunal de origem estejam im pedidos ou 
sejam direia ou indiretam ente interes­
sados;
o) os conflitos de com petência entre o 
Superior Tribunal de Justiça e quais­
q u e r tr ibuna is , en tre Tribunais 
Superiores, ou entre eles e qualquer 
outro tribunal;
p) o pedido de m edida cautelar das 
ações diretas de inconstitucionalidade;
q) o m andado de injunção, quando a 
elaboração da norm a regulam entadora 
for a tribu ição do P residen te da 
República, do Congresso Nacional, da 
Câmara dos D eputados, do Senado 
Federal, das Mesas de um a dessas 
Casas legislativas, do Tribunal de 
Com as da União, de um dos Tribunais 
Superiores, ou do p róprio Suprem o 
Tribunal Federal;
II - julgar, em recurso ordinário;
a) o habeas-corpus, o m andado de 
segurança, o habeas-data e o m andado 
de in junção dec id id o s em única 
instância pelos Tribunais Superiores, 
se denegatória a decisão;
b) o crime político;
III - julgar, m ediante recurso extra­
ord inário , as causas dec id idas em 
única ou últim a instância, quando a 
decisão recorrida:
a) co n tra ria r d ispositivo desta
A OAB £ A REFORMA D O JUDICiÁRiO
Art. 103. Podem p ropor a ação direta 
de inconstitucionalidade, às quais se 
aplicam as garantias dos incisos LIV e 
LV do artigo 5°:
I - o Presidente da República;
II - a Mesa do Senado Federal;
III - a Mesa da Câmara dos Deputados;
IV - a Mesa de Assembléia Legislativa 
ou da Câm ara Legislativa do D istrito 
Federal;
V - o G overnador de Estado ou do 
D istrito Federal;
VI - o Procurador-Geral da República;
VII - 0 Conselho Federal da Ordem 
dos Advogados do Brasil;
VIII - partido político com represen­
tação no Congresso Nacional;
IX - confederação sindical ou entidade 
de classe de âm bito nacional.
§ 1°. O Procurador-Geral da República 
deverá ser previamente ouvido nas 
ações d ire tas de inconstitucionalidade 
de com petênc ia da C orte 
Constitucional.
§ 2°. Declarada a inconstilucionali- 
dade por omissão de m edida para 
to rnar efetiva norm a constitucional
Constituição;
Art. 103. Podem p ropor a ação de 
inconstitucionalidade:
I - o Presidente da República;
II - a Mesa do Senado Federal;
III - a Mesa da Câmara dos Deputados;
IV - a Mesa de Assembléia Legislativa;
V - o G overnador de Estado;
VI - o Procurador-Geral da República;
VII - o Conselho Federal da Ordem 
dos Advogados do Brasil;
VIII - partido político com represen­
tação no Congresso Nacional;
IX - confederação sindical ou entidade 
de classe de âm bito nacional.
§ 1®. O Procurador-Geral da República 
deverá ser previam ente ouvido nas 
ações de inconstitucionalidade e em 
todos os processos de com petência do 
Suprem o Tribunal Federal.
§ 2°. Declarada a inconstitucionali­
dade p o r omissão de m edida para 
to rnar efetiva norm a constitucional,
A OAB E A R f FORM A D O JUDICIÁRIO
pela C orte Constitucional, será inti­
m ado o órgão ou a au toridade com pe­
ten te para supri-la em p razo razoável 
e, em se tratando de órgão adm inistra ­
tivo, para fazê-lo em trinta dias, sob 
pena de crim e de responsabilidade do 
dirigente.
§ 3°. E nquanto não suprida a om issão 
declarada pela Corte Constitucional, 
a norm a constitucional será aplicada 
n o s te rm o s d e te rm in a d o s pela 
decisão.
§ 4°. Na apreciação de ação prevista 
neste artigo, a Corte C onstitucional 
poderá de te rm inar a in tim ação da 
U nião, do E stado ou do D istrito 
Federal, conform e o caso.
§5°. Na ação direta de inconstitu- 
cionalidade, qua lquer dos titulares 
referidos neste artigo poderá manifes­
tar-se no prazo de trinta dias, a contar 
da publicação de seu ajuizamento, 
sobre o pedido formulado.
Seção III 
Do Superior Tribunal de Justiça
Art. 104 . O Superior Tribunal de 
Justiça com põe-se de, no m ínim o, 
cento e um juizes.
§ 1® . Os Juizes do Superior Tribunal 
de Justiça serão n o m ead o s pelo 
Presidente da R epública, den tre 
brasileiros com mais de trinta e cinco 
e m enos de sessenta e cinco anos de
será dada ciência ao Poder com petente 
p a ra a adoção das p rovidências 
necessárias e, em se tratando de órgão 
adm inistrativo, para fazê-lo em trinta 
dias.
§ y . Q uando o Suprem o Tribunal 
Federal apreciar a inconstitucionali- 
dade, em lese, de norm a legal ou ato 
n o rm ativ o , citará, p rev iam ente , o 
A dvogado-G eral da U nião, que 
defenderá o ato ou texto impugnado.
§ 4°. A ação declaratória de constitu- 
cionalidade poderá ser proposta pelo 
Presidente da República, pela Mesa do 
Senado Federal, pela Mesa da Câmara 
dos D eputados ou pelo Procurador- 
Geral da República.
Seção III 
Do S uperio r Tribunal de Justiça
Art. 104. O Superior Tribunal de 
Justiça com põe-se de, no m ínim o, 
trinta e três Ministros,
Parágrafo ún ico . Os M inistros do 
Superio r Tribunal de Justiça serão 
n o m ead o s pelo P residente da 
República, dentre brasileiros com mais 
de trinta e cinco e m enos de sessenta e
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idade, de notável saber ju ríd ico e re­
putação ilibada, depois de aprovada a 
escolha pelo Senado Federal, sendo:
I - um terço den tre ju ize s dos 
Tribunais Regionais Federais, assegu­
rando-se a representação de, no m íni­
m o, onze ju iz e s d o s T rib u n a is 
Regionais do Trabalho, e um terço 
dentre ju izes dos Tribunais de Justiça, 
indicados em lista tríplice elaborada 
pelo próprio Tribunal;
II - um terço, em partes iguais, dentre 
advogados e m em bros do Ministério 
Público Federal, Estadual e do Distrito 
Federal e Territórios, alternadam ente, 
indicados na forma do art. 94;
§ 2°. A perm anência no cargo de Juiz 
do Superior Tribunal de Justiça, não 
será superior a dezesseis anos, sendo 
compulsória, decorrido este prazo, a 
aposentadoria.
Art. 105 . C om pete ao Superio r 
Tribunal de Justiça;
l - processar e julgar, originariamente;
a) nas infrações penais com uns, o 
P res iden te da R epública , o Vice- 
P residen te , o s m em b ro s do 
Congresso Nacional, seus p róprios 
M inistros e o Procurador-Geral da 
República;
cinco anos, de notável saber ju ríd ico e 
reputação ilibada, depois de aprovada 
a escolha pelo Senado Federal, sendo:
I - um terço den tre ju izes dos 
Tribunais RegionaisFederais e um 
terço den tre desem bargadores dos 
Tribunais de Justiça, indicados em lista 
tríp lice e laborada pelo p ró p rio 
Tribunal;
II - u m terço, em partes iguais, dentre 
advogados e m em bros do Ministério 
Público Federal, Estadual, do Distrito 
Federal e Territórios, alternadam ente, 
indicados na forma do art. 94.
Art. 105. C om pete ao Superio r 
Tribunal de Justiça;
I - processar e julgar, originariamente;
a) nos crim es com uns, os
G overnadores dos E stados e do 
Distrito Federal, e, nestes e nos de 
responsabilidade, os desembargadores 
dos Tribunais de Justiça dos Estados e 
do Distrito Federal, os m em bros dos 
Tribunais de Contas dos Estados e do 
D istrito Federal, os dos Tribunais 
Regionais Federais, dos T ribunais 
Regionais Eleitorais e do Trabalho, os
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b) nas infrações penais com uns e nos 
c rim es de re sp o n sa b ilid a d e , os 
M inistros de Estado, ressalvado o dis­
posto n o art. 52, I, os m em bros dos 
Tribunais Superiores, os do C onselho 
Adm inistrativo do Poder Judiciário 
Federal, os do T ribunal de C ontas da 
U nião e o s chefes de m issão 
diplom ática de cará ter perm anente;
c) o habeas-corpus, sendo paciente 
qua lquer das pessoas referidas nas 
a líneas an te rio res; o m a n d a d o de 
segurança e o habeas-data contra atos 
do Presidente da República, do Vice- 
Presidente, das M esas da C âm ara dos 
D eputados e do Senado Federal, do 
T ribunal de C ontas da União, do 
Procurador-Geral da República, dos 
M inistros de E stado e do p róprio 
Tribunal;
d) nas infrações penais com uns, os 
G o v e rn ad o re s d o s E stad o s e do 
D istrito Federal, e, nes tes e nos de 
re sp o n sab ilid ad e , o s ju iz e s dos 
T ribunais de Justiça dos E stados e do 
D istrito Federal, o s m em bros dos 
T ribunais de C ontas dos Estados e do 
D istrito Federal, os dos Tribunais 
Regionais Federa is , dos T ribunais 
Regionais E leitorais e do Trabalho, os 
m em bros dos C onselhos ou Tribunais 
de C ontas dos M unicíp ios e os do
m em bros dos Conselhos ou Tribunais 
de C ontas dos M unicípios e os do 
M inistério Público da União que ofi­
ciem perante tribunais;
b) os m andados de segurança e os 
habeas-daia contra ato de Ministro de 
Estado ou do próprio Tribunal;
c) os habeas-corpus, quando o coator 
ou paciente for qualquer das pessoas 
m encionadas na alínea “a”, quando 
coator for tribunal, sujeito à sua ju ris ­
dição, ou Ministro de Estado, ressalva­
da a com petência da Justiça Eleitoral;
d) os conflitos de com petência entre 
quaisquer tribunais, ressalvado o d is­
posto no an . 102, I, “o”, bem como 
entre tribunal e juizes a ele não v incu­
lados e entre juizes vinculados a tri­
bunais diversos;
A OAB E A REFORMA D O JUDICIÁRIO
M inistério Público da U nião que ofi­
ciem peran te tribunais;
e) os habeas-corpus, quando o coator 
for q u a lq u e r d a s p e sso a s m en ­
cionadas na alínea a, tribuna l sujeito 
à su a ju r isd ição , ou M in is tro de 
Estado, ressalvada a com petência da 
Justiça Eleitoral;
f) os conflitos de com petência entre 
quaisquer tribunais, bem com o entre 
tribunal e ju izes a ele não vinculados 
e en tre ju izes vinculados a tribunais 
diversos;
g) as revisões crim inais e as ações 
rescisórias de seus julgados;
h ) a reclam ação para a preservação de 
su a com petência e garantia d a autori­
dade de suas decisões;
i) os conflitos de a tribuições entre 
au to ridades adm inistrativas e ju d i ­
ciárias da União, ou en tre au to ridades 
jud iciárias de um Estado e adm inis­
tra tiv as d e o u tro ou d o D is tr i to 
Federal, ou entre as deste e d a União,
e) as revisões criminais e as açòes 
rescisórias de seus julgados;
0 a reclamação para a preser\’ação de 
sua com petência e garantia da autori­
dade de suas decisões;
g) os conflitos de atribuições entre 
au to ridades adm inistrativas e ju d i ­
ciárias da União, ou entre autoridades 
judiciárias de um Estado e adm inistra ­
tivas de outro ou do Distrito Federal, 
ou entre as deste e da União;
h) o m andado de injunção, quando a 
elaboração da norm a regulam entadora 
for atribuição de órgão, entidade ou 
autoridade federal, da administração 
direta ou indireta, excetuados os casos 
de com petência do Suprem o Tribunal 
Federal e dos órgãos da Justiça Militar, 
da Justiça Eleitoral, da Justiça do 
Trabalho e da Justiça Federal;
A OAB E A REFORMA D O JUDICIÁRIO
ressalvada a com petência da Corte 
C onstitucional;
j ) o m andado de injunção, q u ando a 
elaboração da n o rm a regulam entado- 
ra for atribuição de órgão, en tidade 
ou au to ridade federal, da adm inis­
tração d ireta ou indireta , excetuados 
os casos de com petência da Corte 
C onstitucional e dos órgãos da Justiça 
Eleitoral, da Justiça do Trabalho e da 
Jus tiça Federal;
1) os d issíd ios coletivos que tenham 
p o r objetivo in te rp re ta r os in s tru m en ­
tos norm ativos avençados entre tra­
b a lh a d o re s e em p reg ad o s , cuja 
abrangência territorial u ltrapasse a 
ju r is d iç ã o de u m ún ico T ribuna l 
Regional do Trabalho.
II - julgar, em recurso ordinário:
a) os habeas-corpus decid idos em 
ún ica ou ú ltim a instância pelos 
Tribunais Regionais Federais ou pelos 
tr ibuna is dos Estados, do Distrito 
Federal e Territórios, q u a n d o 
denegatória a decisão;
b) os m andados de segurança decidi­
dos em única instância pelos Tribunais 
Regionais Federais ou pelos tribunais 
dos Estados, do Distrito Federal e 
Territórios, q u a n d o denegató ria a 
decisão;
c) as causas em que forem partes 
Estado estrangeiro ou organism o 
internacional, de um lado, e, do outro.
II - julgar, em recurso ordinário:
a) os habeas-co rpus dec id idos em 
ún ica ou ú ltim a instância pelos 
Tribunais Regionais Federais ou pelos 
tr ib u n a is d o s E stados, do Distrito 
Federal e Territórios, q u an d o a decisão 
for denegatória;
b) os m andados de segurança decidi­
dos em única instância pelos Tribunais 
Regionais Federais ou pelos tribunais 
dos Estados, do Distrito Federal e 
Territórios, q u a n d o denega tó ria a 
decisão;
c) as causas em que forem partes 
Estado estrangeiro ou organism o inter­
nacional, de u m lado, e, do outro,
A OAB E A REFORMA D O JU D K là R iO
M unicípio OU pessoa residente ou 
domiciliada no País;
III - julgar, em recurso especial, as 
causas decididas em única ou última 
instância, pelos Tribunais Regionais 
Federais ou pelos tr ib u n a is dos 
E stados, do D istrito Federal e 
Territórios, quando a decisão recorri­
da;
a) co n tra ria r d isp o sitiv o d es ta 
Constituição;
b ) declarar a inconstitucionalidade de 
tra tado ou lei federal;
c) ju lg a r válida lei ou ato de governo 
local c o n te s ta d a em face d es ta 
C onstitu ição ou de lei federal;
d) contrariar tratado ou lei federal, ou 
negar-lhes vigência;
e) der à lei federal interpretação diver­
gente da que lhe haja atribuído outro 
Tribunal.
IV — julgar, em recurso trabalh ista 
constitucional, as causas decididas 
em única ou ú ltim a instância pelos 
Tribunais Regionais do Trabalho, nas 
h ipó teses d as alíneas “a” e “b ” , do 
inciso anterior.
Seção IV 
Dos Tribunais Regionais Federais 
e dos Ju izes Federais
A n . 106. São órgãos da Justiça
M unicípio ou pessoa residen te ou 
domiciliada no País;
III - julgar, em recurso especial, as 
causas decididas, em única ou última 
instância, pelos Tribunais Regionais 
Federais ou pelos tribuna is dos 
Estados, do D istrito Federal e 
Territórios, quando a decisão recorri­
da:
a) contrariartratado ou lei federal, ou 
negar-lhes vigência;
b) ju lgar válida lei ou ato de governo 
local contestado em face de lei federal;
c) der à lei federal interpretação diver­
gente da que lhe haja atribuído outro 
tribunal.
Parágrafo único. Funcionará ju n to ao 
S uperio r T ribunal de Jus tiça o 
Conselho da Justiça Federal, cabendo- 
lhe, na forma da lei, exercer a super­
visão administrativa e orçam entária da 
Justiça Federal de prim eiro e segundo 
graus.
Seção IV 
D os Tribunais Regionais Federais 
e dos Ju izes Federais
Art. 106. São órgãos da Justiça
A OAB E A REFORMA D O JUDICIÁRIO
Federal:
I - 05 Tribunais Regionais Federais;
II - os Juizes Federais
Art. 107. O s Tribunais Regionais 
Federais com põem -se de, no m ínim o, 
sete juizes, recrutados, quando possí­
vel, na respectiva região e nom eados 
pelo Presidente da República dentre 
brasileiros com mais de trinta e m enos 
de sessenta e cinco anos, sendo:
I - um quinto dentre advogados com 
mais de dez anos de efetiva atividade 
profissional e m em bros do Ministério 
Público Federal com mais de dez anos 
de carreira;
II - os demais, mediante prom oção de 
Juizes Federais com mais de cinco 
anos de exercício, p o r antigüidade e 
m erecim ento, alternadamente.
Parágrafo único. A lei disciplinará a 
remoção ou a perm uta de juizes dos 
Tribunais Regionais Federais e deter­
m inará sua jurisdição e sede.
A n. 108. C om pete aos Tribunais 
Regionais Federais:
l - processar e julgar, originariamente:
a) os Juizes Federais da área de sua 
jurisdição, incluídos os da Justiça do 
Trabalho, nos crimes com uns e de 
responsabilidade, e os m em bros do 
Ministério Público da União, ressalva­
da a competência da Justiça Eleitoral;
Federal:
I - os Tribunais Regionais Federais;
II - os Juizes Federais
Art. 107. Os Tribunais Regionais 
Federais com põem -se de, no mínimo, 
sete juizes, recrutados, quando possí­
vel, na respectiva região e nom eados 
pelo Presidente da República dentre 
brasileiros com mais de trinta e m enos 
de sessenta e cinco anos, sendo:
I - u m quinto dentre advogados com 
mais de dez anos de efetiva atividade 
profissional e m em bros do Ministério 
Público Federal com mais de dez anos 
de carreira;
II - os demais, mediante prom oção de 
juizes federais com mais de cinco anos 
de exercício, po r antiguidade e m ere­
cim ento, alternadamente.
Parágrafo único. A lei disciplinará a 
remoção ou a perm uta de juizes dos 
Tribunais Regionais Federais e deter­
m inará sua jurisdição e sede.
Art. 108. C om pete aos Tribunais 
Regionais Federais:
I - processar e julgar, originariamente:
a) os ju izes federais da área de sua 
ju risd ição , inclu ídos os da Ju s tiça 
M ilita r e da Justiça do Trabalho, nos 
crim es com uns e de responsabilidade, 
e os m em bros do Ministério Público 
da União, ressalvada a com petência da 
Justiça Eleitoral;
A OAB E A REFORMA D O JUDICIÁRIO
b) as revisões criminais e as ações 
rescisórias de seus julgados ou dos 
Juizes Federais da região;
c) os m andados de segurança e os 
habeas-data contra ato do próprio 
Tribunal ou de Ju iz Federal;
d) os habeas-corpus, quando a autori­
dade coatora for ju iz federal;
e) os conflitos de com petência entre 
Ju izes Federais v incu lados ao 
Tribunal;
II - julgar, em grau de recurso, as 
causas decididas pelos Juizes Federais 
e pelos Juizes Estaduais no exercício 
da competência federal da área de sua 
jurisdição.
Art. 109. Aos Juizes Federais compete 
processar e julgar;
I - as causas em que a União, entidade 
autárquica ou em presa pública federal 
forem interessadas na condição de 
autoras, rés, assistentes ou opoentes, 
exceto as de falência, as de acidentes 
de trabalho e as sujeitas à Justiça 
Eleitoral e à Justiça do Trabalho;
II - as causas entre Estado estrangeiro 
ou organism o in ternac iona l e 
Município ou pessoa domiciliada ou 
residente no País;
III - as causas fundadas em tratado ou 
con tra to da U nião com estado
b) as revisões criminais e as ações 
rescisórias de ju lgados seus ou dos 
juizes federais da região;
c) os m andados de segurança e os 
habeas-data con tra ato do p róprio 
Tribunal ou de ju iz federal;
d) os habeas-corpus, quando a autori­
dade coatora for ju iz federal;
e) os conflitos de com petência entre 
juizes federais vinculados ao Tribunal;
II - julgar, em grau de recurso, as 
causas decididas pelos juizes federais e 
pelos juizes estaduais no exercício da 
com petência federal da área de sua 
jurisdição.
Art. 109. Aos juizes federais com pete 
processar e julgar:
I - as causas em que a União, entidade 
autárquica ou em presa pública federal 
forem interessadas na condição de 
autoras, rés, assistentes ou oponentes, 
exceto as de falência, as de acidentes 
de trabalho e as sujeitas à Justiça 
Eleitoral e à Justiça do Trabalho;
II - as causas entre Estado estrangeiro 
ou organism o in te rnac iona l e 
M unicípio ou pessoa domiciliada ou 
residente no País;
III - as causas fundadas em tratado ou 
con tra to . da U nião com Estado
A O AB E A REFORMA D O JUDICIÁRIO
estrangeiro ou organism o in te rn a ­
cional;
IV - os crimes políticos e as infrações 
penais praticadas em detrim ento de 
bens, ser\iços ou interesses da União 
ou de suas entidades autárquicas ou 
empresas públicas, excluídas as con ­
travenções e ressalvada a competência 
da Justiça Eleitoral;
V - 05 crimes previstos em tratado ou 
convenção internacional, quando , ini­
ciada a execução no País, o resultado 
tenha ou devesse ter ocorrido no 
estrangeiro, ou reciprocamente;
VI - os crimes contra a organização do 
trabalho e, nos casos determ inados 
por lei, contra o sistema financeiro e a 
ordem econômico-financeira;
VII - os habeas-corpus, em matéria 
criminal de sua com petência ou qu an ­
do o constrang im en to p rov ier de 
au to ridade cujos atos não estejam 
d iretam ente sujeitos a outra ju r is ­
dição;
VIII - os m andados de segurança e os 
habeas-data contra ato de autoridade 
federal, excetuados os casos de com ­
petência dos tribunais federais;
IX - os crimes com etidos a bordo de 
navios ou aeronaves;
X - os crimes de ingresso ou per­
manência irregular de estrangeiro, a
estrangeiro ou o rganism o in te rn a ­
cional;
IV - os crimes políticos e as infrações 
penais praticados em detrim ento de 
bens, serviços ou interesses da União 
ou de suas entidades autárquicas ou 
em presas públicas, excluídas as con ­
travenções e ressalvada a competência 
da Jus tiça M ilitar e da Justiça Eleitoral;
V - os crimes previstos em tratado ou 
convenção internacional, quando, ini­
ciada a execução no País, o resultado 
tenha ou devesse ter ocorrido no 
estrangeiro, ou reciprocamente;
VI - os crim es contra a organização do 
trabalho e, nos casos determ inados 
po r lei, contra o sistema financeiro e a 
ordem econômico-financeira;
VII - os habeas-corpus, em matéria 
criminal de sua com petência ou qu an ­
do o co n s tran g im en to provier de 
au to ridade cu jos atos não estejam 
diretam ente sujeitos a outra jurisdição;
VIII - os m andados de segurança e os 
habeas-data contra ato de autoridade 
federal, excetuados os casos de com ­
petência dos tribunais federais;
IX - os crimes com etidos a bordo de 
navios ou aeronaves, ressa lvada a 
com petência da Ju s tiça Militar;
X - os crim es de ingresso ou per­
m anência irregular de estrangeiro, a
A OAB E A REFORMA D O JUDICIÁRIO
execução de carta rogatória, após o 
exequatur, e de sentença estrangeira, 
após a homologação, as causas refe­
rentes à nacionalidade, inclusive a 
respectiva opção, e à naturalização;
XI - a disputa sobre direitos indíge­
nas.
§ 1°. As causas em quea União ior 
autora serão aforadas na seção ju d i ­
ciária onde tiver domicílio a outra 
parte.
§ 2°. As causas intentadas contra a 
União poderão ser aforadas na seção 
judiciária em que for dom iciliado o 
autor, naquela onde houver ocorrido o 
ato ou fato que deu origem ã dem anda 
ou onde esteja situada a coisa, ou, 
ainda, no Distrito Federal.
§ 3® Serão processadas e julgadas na 
Justiça estadual, no foro do domicílio 
dos segurados ou beneficiários, as 
causas em que forem parte instituição 
de previdência social e segurado, sem ­
pre que a comarca não seja sede de 
vara do juízo federal, e, se verificada 
essa condição, a lei poderá perm itir 
que ou tras causas sejam tam bém 
processadas e julgadas pela Justiça 
estadual.
§ 4°. Na hipótese do parágrafo anteri­
or, 0 recurso cabível será sem pre para
o Tribunal Regional Federal na área de 
jurisdição do ju iz de primeiro grau.
execução de carta rogatória, após o 
exequatur, e de sentença estrangeira, 
após a homologação, as causas refe­
rentes à nacionalidade, inclusive a 
respectiva opção, e à naturalização;
XI - a disputa sobre direitos indígenas.
§ 1®. As causas em que a União for 
autora serão aforadas na seção ju d i ­
ciária onde tiver domicílio a outra 
parle.
§ 2°. As causas intentadas contra a 
União poderão ser aforadas na seção 
judiciária em que for dom iciliado o 
autor, naquela onde houver ocorrido o 
ato ou fato que deu origem á dem anda 
ou onde esteja situada a coisa, ou. 
ainda, no Distrito Federal.
§ 3°. Serão processadas e julgadas na 
justiça estadual, no foro do domicílio 
dos segurados ou beneficiários, as 
causas em que forem parte instituição 
de previdência social e Segurado, sem ­
pre que a comarca não seja sede de 
vara do juízo federal, e, se verificada 
essa condição, a lei poderá perm itir 
que o u tra s causas sejam tam bém 
processadas e ju lgadas pela justiça 
estadual.
§ T . Na hipótese do parágrafo anteri­
or, o recurso cabível será sem pre para
o Tribunal Regional Federal na área de 
jurisdição do ju iz de prim eiro grau.
Art. 110. Cada Estado, bem com o o Art. 110. Cada Estado, bem com o o
A OAB E A REFORMA D O JU D iC U R K )
Distrito Federal, constituirá um a seção 
judiciária, que terá p o r sede a respec­
tiva capital, e varas localizadas segun­
do 0 estabelecido em lei.
Parágrafo ún ico . N os Territórios 
Federais, a jurisdição e as atribuições 
cometidas aos Juizes Federais caberão 
aos juizes da Justiça local, na forma da 
lei.
Seção V
D os Tribunais e Ju izes do Trabalho
Art. I l l . São órgãos da Justiça do 
Trabalho:
I - os T rib u n a is R egionais do 
Trabalho:
II - os Ju izes do Trabalho.
Distrito Federal, constituirá um a seção 
judiciária que terá p o r sede a respecti­
va Capital, e varas localizadas segundo
0 estabelecido em lei.
Parágrafo ún ico . N os Territórios 
Federais, a jurisdição e as atribuições 
com etidas aos juizes federais caberão 
aos juizes da justiça local, na forma da 
lei.
Seção V
Dos Tribunais e Ju izes do Trabalho
Art. 111. São órgãos da Justiça do 
Trabalho:
I - o Tribunal Superior do Trabalho;
II ' os T ribunais Regionais do 
Trabalho;
III - as Ju n ta s de C onciliação e 
ju lgam ento .
§ 1°. O Tribunal Superior do Trabalho 
compor-se-á de vinte e sete Ministros, 
escolhidos dentre brasileiros com mais 
de trinta e cinco e m enos de sessenta e 
cinco anos, nom eados pelo Presidente 
da República após aprovação pelo 
Senado Federal, sendo:
1 - dezessete togados e vitalícios, dos 
quais onze escolhidos dentre juizes de 
carreira da m agistratura trabalhista, 
três dentre advogados e três dentre 
m em bros do Ministério Público do 
Trabalho;
A OAB E A RfFO R M A D O JUDICIÁRIO
Art. 112 - A lei d isporá sobre os 
critérios objetivos para a criação de 
Tribunais Regionais do Trabalho, da 
ju risd ição e sede, considerando sem ­
p re a população m ín im a da área terri­
torial respectiva, a qual poderá ser 
coincidente ou não com a de um 
Estado federado.
An. 113 A lei disporá sobre a consti­
tuição, investidura, jurisdição, com ­
petência, sede, garantias e condições 
de exercício dos órgãos da Justiça do 
Trabalho.
11 - dez classistas temporários, com 
representação paritária dos trab a ­
lhadores e empregadores.
§ 2®. O Tribunal encam inhará ao 
Presidente da República listas tríplices, 
obser\’ando-se, quan to às vagas desti­
nadas aos advogados e aos m em bros 
do Ministério Público, o d isposto no 
art. 94, e, para as de classistas, o resul­
tado de indicação de colégio eleitoral 
integrado pelas diretorias das confe­
derações nacionais de trabalhadores 
ou empregadores, conforme o caso; as 
listas tríplices para o provim ento de 
cargos destinados aos juizes da magis­
tratura trabalhista de carreira deverão 
ser elaboradas pelos Ministros togados 
e vitalícios.
§ 3°. A lei disporá sobre a competência 
do Tribunal Superior do Trabalho,
Art. 112. Haverá pelo m enos um 
Tribunal Regional do Trabalho em 
cada Estado e no Distrito Federal, e a 
lei instituirá as Jun tas de Conciliação e 
Julgam ento, podendo , nas comarcas 
onde não forem instituídas, atribuir 
sua jurisdição aos juizes de direito.
Art. 113. A lei disporá sobre a consti­
tuição, investidura, jurisdição, com ­
petência, garantias e condições de 
exercício dos órgãos da Justiça do 
Trabalho, assegurada a paridade de 
re p re sen tação d e tra b a lh a d o re s e 
em pregadores.
A OAB E A REFORMA D O JUDICIÁRIO
Art. 114. C om pete à Ju stiça do 
Trabalho conciliar e julgar:
I - os d issíd ios individuais en tre tra ­
balhadores e em pregadores, abrangi­
dos os en tes de d ireito público ex ter­
no e da adm inistração pública d ire ta e 
indireta dos M unicípios, do D istrito 
Federal, dos Estados e da União;
II - os d issíd ios individuais en tre 
se rv id o res pú b lico s federa is e os 
órgãos aos quais estão v inculados, de 
qua lquer regime juríd ico , inclusive 
aqueles não regidos pelas n o rm as da 
Consolidação das Leis do Trabalho;
III - as causas que decorram da 
relação de trabalho, envolvendo tra ­
balhadores sem vinculo em pregatício 
e os to m ad o res dos respec tivos 
serviços;
IV - os dissíd ios coletivos que te­
nham p o r objeto in te rp re ta r os in s tru ­
m en tos norm ativos avençados entre 
trabalhadores e em pregadores;
V - os dissíd ios que envolvam o exer­
cício do direito de greve;
VI - os litígios que envolvam d ireito 
sindical, inclusive m atéria relativa à 
representação sindical;
VII - as ações relativas a acidentes de 
trabalho;
VIII - as ações de reparação de danos 
e indenizatórias m ovidas pelo traba-
Art. 114. C om pele à Jus tiça do 
Trabalho conciliar e ju lgar os dissídios 
individuais e coletivos entre traba­
lhadores e empregadores, abrangidos 
os entes de direito público externo e 
da adm inistração pública direta e indi­
reta d o s M unicíp ios, do D istrito 
Federal, dos Estados e da União, e, na 
form a da lei, ou tras controvérsias 
decorrentes da relação de trabalho, 
bem com o os litígios que tenham 
origem no cu m p rim en to de suas 
próprias sentenças, inclusive coletivas.
§ I®. Frustrada a negociação coletiva, 
as partes poderão eleger árbitros.
§ 2®. Recusando-se q u a lq u e r das 
partes à negociação ou à arbitragem, é 
facultado aos respectivos sindicatos 
ajuizar dissídio coletivo, podendo a 
Justiça do Trabalho estabelecer norm as 
e condições, respeitadas as disposições 
convencionais e legais m ínim as de 
proteção ao trabalho.
§ 3®. Com pete ainda à Justiça do 
Trabalho executar, de ofício, as con ­
tribuições sociais previstas no art. 195,
I, a, e II, e seus acréscimos legais, 
decorrentes das sentenças

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