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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS BÁSICAS EM SAÚDE DISCIPLINA DE ANATOMIA HUMANA Medicina – UC I MEDULA ESPINAL Profª Juliane Sauter Dalbem Órgão mais simples do sistema nervoso Massa cilindróide de tecido nervoso Localiza-se dentro do canal vertebral Tamanho: 45cm Limites: ◦ Bulbo ◦ 2ª vértebra lombar Cone medular Filamento terminal Calibre não uniforme Duas dilatações: ◦ Intumescência cervical ◦ Intumescência lombar Sulcos longitudinais Sulco mediano posterior Fissura mediana anterior Sulco lateral anterior Sulco lateral posterior Sulcos longitudinais Medula cervical Sulco mediano posterior Fissura mediana anterior Sulco lateral anterior Sulco lateral posterior Sulco intermédio posterior Sulcos longitudinais Sulco lateral anterior Sulco lateral posterior Substância cinzenta Substância cinzenta Coluna anterior Coluna posterior Coluna lateral Substância branca Funículo anterior Funículo posterior Funículo lateral Substância branca Medula cervical Fascículo cuneiforme Funículo posterior Fascículo grácil Substância cinzenta Colunas anterior Coluna lateral Coluna posterior Substância branca Funículos anterior Funículo lateral Funículo posterior Canal central Filamentos radiculares ◦ Raiz ventral ◦ Raiz dorsal Raiz dorsal – sensitiva Raiz ventral - motora 31 segmentos medulares 31 pares nervos espinhais Ritmos de crescimento diferentes entre medula e canal vertebral Afastamento dos segmentos medulares das vértebras correspondentes Correspondência entre vértebra e medula: Regra Prática C2-T10 – processo espinhoso + 2 T11-T12 = 5 segmentos lombares L1= 5 segmentos sacrais DURA-MÁTER = PAQUIMENINGE ARACNÓIDE-MÁTER PIA-MÁTER LEPTOMENINGE FUNÇÃO : Proteção do sistema nervoso central Envoltórios da Medula Envoltórios da Medula Dura-Máter ◦ Saco dural Aracnóide Pia-Máter ◦ Ligamento denticulado ◦ Filamento terminal Espaço Localização Conteúdo Extradural – Epidural Entre a dura-máter e o periósteo do canal vertebral Tecido adiposo e plexo venoso vertebral Subdural Espaço virtual entre a dura-máter e a aracnóide Pequena quantidade de líquido Subaracnóideo Entre aracnóide e pia-máter Líquido cérebro- espinal (LCR) Machado, 1996 Anestesias: ◦ Raquidianas ◦ Epidurais- peridurais Anestesias Raquidianas O anestésico é introduzido no espaço subaracnóideo Anestesia Epidurais- peridurais O anestésico é introduzido no espaço epidural Meninges, Sistema Ventricular e Líquor Membranas conjuntivas que envolvem o sistema nervoso central. DURA-MÁTER = PAQUIMENINGE ARACNÓIDE-MÁTER PIA-MÁTER LEPTOMENINGE FUNÇÃO : Proteção do sistema nervoso central MENINGES MENINGES Dura-máter MENINGES: DURA-MÁTER Superficial, espessa e resistente ■ Formada por dois folhetos ● Externo: comporta-se como periósteo, porém sem capacidade osteogênica Interno: contínuo com a dura-máter espinal ■ Vascularização: artéria meníngea média PREGAS DA DURA-MÁTER Foice do cérebro Tenda do cerebelo Foice do cerebelo Diafragma da sela SEIOS DA DURA-MÁTER Canais venosos situados entre os dois folhetos que compõem a dura-máter encefálica Seios da abóboda: ■ Seio sagital superior ■ Seio sagital inferior ■ Seio reto ■ Seio transverso ■ Seio sigmóide ■ Seio occipital Seios da base: ■ Seio cavernoso ■ Seios intercavernosos ■ Seio esfenoparietal ■ Seio petroso superior ■ Seio petroso inferior ■ Plexo basilar ARACNÓIDE Membrana delicada Justaposta a dura-máter Granulações aracnóideas: adaptadas na absorção do líquor, encontrados no interior dos seios da dura-máter Espaço subaracnóideo: contém o líquor Espaço subdural: virtual Cisterna magna Cisterna pré -pontina Cisterna interpeduncular Cisterna quiasmática Cisterna ambiens Cisterna da fossa lateral do cérebro PIA-MÁTER Mais interna das meninges Adere-se intimamente aos sulcos, giros e depressões do encéfalo Membrana pio-glial • Ventrículos laterais • Corpo • Corno anterior • Corno posterior • Corno inferior • Terceiro ventrículo • Quarto ventrículo LÍQUOR Fluido aquoso e incolor que ocupa o espaço subaracnóideo e as cavidades ventriculares FUNÇÃO: ■ Proteção mecânica do sistema nervoso central ■ Torna mais leve o encéfalo, reduzindo o risco de traumatismo do encéfalo resultantes do contato com os ossos do crânio. FORMAÇÃO DO LÍQUOR Plexos coróides (corno inferior e parte central dos ventrículos laterais, teto do III e IV ventrículos) Epêndima das paredes ventriculares Vasos da leptomeninge CIRCULAÇÃO DO LÍQUOR VENTRÍCULO LATERAL FORAME INTERVENTRICULAR ABERTURA LATERAL LUSCHKA TERCEIRO VENTRÍCULO VENTRÍCULO LATERAL FORAME INTERVENTRICULAR QUARTO VENTRÍCULO ABERTURA LATERAL LUSCHKA ABERTURA MEDIANA MAGENDIE AQUEDUTO DO MESENCÉFALO CIRCULAÇÃO DO LÍQUOR ABSORÇÃO DO LCR Granulações aracnóides – principalmente no seio sagital superior Como ocorre a passagem do líquor do sistema ventricular para o espaço subaracnóide? 1. Formação contínua do líquor 2. Efeito postural 3. Pulsão sístole-diástole do plexo coróide 4. Pela ação ciliar do epitélio ependimário CARACTERÍSTICAS DO LÍQUOR Punção lombar Punção sub-occipital Punção ventricular PRESSÃO: Varia de acordo com o local da coleta 5 a 20 cm³ de água COMPOSIÇÃO: Células : 0 a 4 por mm3 Proteínas: 20 a 40 mg% Glicose: 2/3 da glicemia COLETA: 150 cm3 Renova-se a cada 8 horas CARACTERÍSTICAS DO LÍQUOR VOLUME: INDICAÇÕES PARA COLETA: Meningites Tumores Doenças desmielinizantes Hemorragias Trajeto da agulha: Pele Subcutâneo ligamento interespinhoso ligamento amarelo dura-máter aracnóide Punção lombar: Espaço entre as vértebras L2-L3, L3-L4 ou L4-L5. Hipertensão intracraniana Discrasias sanguíneas Infecção cutânea na região lombar Hidrocefalia Hipertensão intracraniana Hérnias intracranianas Hematomas intracranianos Caracteriza-se por um aumento dos ventrículos cerebrais e/ou dos espaços subaracnóides. Malformações congênitas Tumores Infecções do sistema nervoso Síndromes genéticas Síndrome de Bickers-Adams Infecções congênitas Síndrome de Dandy-Walker Infecção congênita por toxoplasmose Processo expansivo em IV ventrículo Hidrocefalia ligada ao X DERIVAÇÃO VENTRÍCULO PERITONIAL (DVP) DERIVAÇÃO VENTRÍCULO ATRIAL(DVA) Hidrocefalia pós DVP Pressão intracraniana (PIC) é aquela encontrada no interior da caixa craniana, tendo como referência a pressão atmosférica. Possui uma variação fisiológica de 5 a 15 mmHg. A hipertensão intracraniana afeta a função cerebral por meio de dois mecanismos: Diminuição do fluxo sangüíneo cerebral; Hérnias encefálicas, levando a isquemia do tronco cerebral. Cefaléia Vômitos Alterações de consciência Diplopia Crises convulsivas Fontanela anterior tensa Alterações de nervos cranianos Papiledema A HIC poderá levar a uma tríade compensatória denominada Tríade de Cushing: - Hipertensão - Bradicardia - Alteração do ritmo respiratório São protusões de um tecido para um local que originalmente não é o seu, em resposta ao aumento de pressão intracraniana. HÉRNIA DO ÚNCUS Aumento de volume do andar supratentorial, uni- ou bilateral, força o cérebro para baixo através da incisura da tenda do cerebelo. A herniação pode comprimir o mesencéfalo. HÉRNIA DE AMÍGDALA As amígdalas cerebelares insinuam-se pelo forame magnocausando compressão bulbar e eventualmente parada respiratória. - Hematoma entre o osso e a dura-máter - Ocorrem por fratura da porção escamosa do osso temporal - artéria meníngea média. - São circunscritos e arredondados. Deslocam o lobo temporal em direção medial e provocam hérnia de úncus. - Os hematomas subdurais são encontrados na convexidade cerebral. - Podem ser volumosos, cobrindo todo um hemisfério em forma de lente biconvexa. - Ruptura de veias tributárias do seio sagital superior. SEIOS DA DURA-MÁTER • Meninge mais superficial, espessa e resistente. DURA-MÁTER = PAQUIMENINGE Funções: -Proteção do encéfalo. - Sustentação para artérias, veias e seios venosos. • Irrigação: artéria meníngea média, ramo da artéria maxilar. • Ricamente inervada, causa de cefaléia. • Suprimento nervoso: • Ramos do trigêmeo • Nervo vago • 3 primeiros nervos espinais cervicais • Ramos do tronco simpático Dois folhetos ou camadas Externo / Endóstea Comporta-se como periósteo Interno/ Meníngea Pregas da Dura-Máter Cavidades da Dura-Máter/Seios Venosos Foice do cérebro Tenda do cerebelo Foice do cerebelo Diafragma da sela Cavo trigeminal – contém o gânglio trigeminal Seio da dura-máter Canais venosos revestidos de endotélio situados entre os dois folhetos da dura- máter. Suas paredes são mais rígidas que as das veias e não se colabam quando seccionadas. Função: Receber sangue do cérebro, por meio das veias cerebrais e líquor do espaço subaracnóideo, através das granulações aracnóideas. Veias do encéfalo Bulbo ocular SEIOS DA DURA-MÁTER Veias jugulares internas Veias do encéfalo Bulbo ocular SEIOS DA DURA-MÁTER Veias jugulares internas Comunicam-se com as veias da superfície externa do crânio, através das veias emissárias. As veias emissárias conectam os seios venosos com as veias fora do crânio. SEIOS DA DURA-MÁTER Seios da abóbada: ■ Seio sagital superior ■ Seio sagital inferior ■ Seio reto ■ Seio transverso ■ Seio sigmóide ■ Seio occipital Seios da base: ■ Seio cavernoso ■ Seios intercavernosos ■ Seio esfenoparietal ■ Seio petroso superior ■ Seio petroso inferior ■ Plexo basilar Localizam-se ao longo da inserção das pregas da dura-máter. • Ímpar e mediano, percorre a margem de inserção da foice do cérebro. • Início: na crista etmoidal • Término: protuberância occipital interna na confluência dos seios. Seio sagital superior Seio reto Seio transverso Seio occipital • Recebe em seu trajeto as veias cerebrais superiores. Na confluência do seios ele se torna contínuo com o seio transverso direito, se liga ao seio transverso do lado oposto e recebe o seio occipital. • Recebe as veias superiores do cérebro e se comunica com as lacunas laterais – expansões laterais do seio sagital superior. • As granulações aracnóides se projetam até as lacunas laterais. Corpos de Pacchioni 1. Extremidade anterior do seio sagital superior 2. Extremidade posterior do seio sagital superior Situa-se na margem livre da foice do cérebro, terminando no seio reto. Localiza-se na linha de união entre a foice do cérebro e tenda do cerebelo. União do seio sagital inferior com a veia magna do cérebro – Veia de Galeno. Recebe veias cerebrais da superfície medial dos hemisférios cerebrais. Término: confluência dos seios. Sistema venoso profundo. Paredes finas, facilmente rompidas. Malformação arteriovenosa da veia de Galeno. Principal manifestação: Insuficiência cardíaca congestiva. • É par, se dispõe de cada lado ao longo da inserção da tenda do cerebelo no osso occipital, desde a confluência dos seios até a parte petrosa do osso temporal, onde passa a ser chamado de seio sigmóide. Geralmente o seio direito é contínuo com o seio sagital superior e o esquerdo com o seio reto. O sangue recebido pela confluência dos seios é drenada pelos seios transversos. Raramente de maneira idêntica, normalmente o seio esquerdo é dominante. Lesão dos seios venosos durante o nascimento. Lesão do seio sagital superior na sua união com o transverso, com hemorragia subaracnóidea ou subdural. Em forma de S, continuação do seio transverso até o forame jugular, onde continua diretamente com a veia jugular interna. O seio sigmóide drena a quase totalidade do sangue venoso da cavidade craniana. Pequeno e irregular. Ocupa a margem fixa da foice cerebelar. Comunica-se com as veias vertebrais, drenando para a confluência dos seios. • Um dos mais importantes. • Grande e irregular, situado de cada lado do corpo esfenóide e da sela turca. • Trabéculas cruzam o seu interior, resultando uma aparência esponjosa. Recebe sangue: • Veias oftálmica superior, • Veia oftálmica inferior, • Veia central da retina, • Veia cerebral superficial média, • Seio esfenoparietal. •Drena através dos seios petroso superior e petroso inferior e das veias emissárias para os plexos pterigóideos. •Comunica-se com o seio cavernoso do lado oposto através do seios intercavernosos. É atravessado: Artéria carótida interna, Nervo abducente, Nervo troclear, Nervo oculomotor e Ramo oftálmico do trigêmeo. - Aneurismas de carótida podem comprimir o nervo abducente determinando distúrbios do movimento do bulbo ocular. - Perfuração da carótida interna formando uma fístula carótido-cavernosa que determina dilatação e aumento da pressão no seio cavernoso. - Inversão da circulação das veias que nele desembocam (veias oftálmicas) causando protrusão do bulbo ocular. - Infecções superficiais da face – como espinhas - podem se propagar para o seio cavernoso. - Há comunicações entre as veias oftálmicas, tributárias do seio cavernoso e a veia angular que drena a região nasal. Unem os seios cavernosos envolvendo a hipófise. Percorre a face interior da asa do esfenóide e desemboca no seio cavernoso. Localizado na parte superior da parte petrosa do osso temporal, ao longo da inserção da tenda do cerebelo. Drena para o seio transverso. Localizado na parte inferior da parte petrosa do osso temporal, drena para a veia jugular interna. Ímpar. Ocupa a porção basilar do occipital. Comunica-se com os seios petroso inferior e cavernoso. Liga-se ao plexo do forame occipital e através deste ao plexo venoso vertebral interno. Trombose, tromboflebite, tumores Os seios da dura-máter que mais apresentam trombose são os seios transversos, cavernosos, e sagital superior. Órbita Infecções: Seios paranasais Parte superior da face As veias faciais constituem conexões clinicamente importantes com os seios cavernosos através das veias oftálmicas superiores. A infecção pode se propagar para o lado oposto através dos seios intercavernosos. A trombose séptica do seio cavernoso pode evoluir para meningite. Seio Basilar Seio Occipital Plexos venosos vertebrais internos. Válvulas Compressões do tórax, abdome da pelve podem levar sangue venoso para o sistema venoso vertebral interno e daí para os seios venosos. Pus ou células tumorais situadas nestas regiões podem se propagar para as vértebras e o cérebro.
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