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RESUMO Semiologia

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GUILHERME DAMIANI ATM 2013/1
ÍNDICE
1. Anamnese ................................................................................................
2. Exame Físico ...........................................................................................
3. Semiologia Cabeça e Pescoço .................................................................
4. Semiologia Cardiovascular ......................................................................
5. Semiologia Respiratória ..........................................................................
6. Semiologia Digestiva ..............................................................................
7. Semiologia do Sistema Urinário .............................................................
8. Semiologia Neurológica ..........................................................................
9. Semiologia Endócrina .............................................................................
10. Semiologia do Sistema Locomotor ........................................................
11. Semiologia do Sistema Vascular ...............................................................
3
5
9
14
27
37
51
55
77
84
93
GUILHERME DAMIANI ATM 2013/1 2
ANAMNESE
• Tópicos fundamentais da clínica médica: diagnóstico, tratamento, prognóstico e 
prevenção. Dentre os instrumentos para diagnóstico, a anamnese é a principal 
ferramenta disponível.
• Consiste na reconstituição dos fatos relacionados a doença e vida do paciente.
Roteiro da Anamnese
• Indispensável saber ouvir e deixar o paciente contar sua história, da sua maneira.
• Inicia-se com a sua apresentação e o propósito do entrevistador.
• Iniciar a anamnese com uma pergunta aberta, dê tempo para o paciente responder e 
assuma uma atitude de quem está ali para ouvir  empregar perguntas mais focadas 
quando já estiver ouvido o paciente suficiente para ter alguma idéia diagnóstica.
• Objetivos: identificar o paciente, definir claramente sua queixa principal, detalhar 
como a queixa principal ocorreu e como evoluiu até o momento da entrevista e 
revisar sintomas que possam ter significância clínica. Deve também revisar como 
foi o desenvolvimento, a ocorrência de patologias prévias e o seu manejo, pesquisar 
a presença de sintomas ou diagnósticos significativos na família no círculo social 
próximo; definir as condições sociais que favorecem os desfavorecem o paciente ou 
modificam o risco e o prognóstico das patologias em questão.
• Queixa Principal: formulada a partir das palavras da pessoa, indica quais os motivos 
do paciente para a busca de auxílio médico.
• Os sintomas do paciente devem ser definidos claramente (ex.: se a queixa é cansaço, 
definir se há perda de força, dispnéia, perda da vontade ou fatigabilidade).
Elementos Básicos da Anamnese
• Identificação : nome, leito, registro, idade, sexo, raça/cor, estado civil, profissão e 
respectivo local de trabalho, naturalidade, procedência, religião, responsável, etc.
• Queixa Principal (ou motivo da internação) : poucas palavras (máximo 3), procurar 
usar expressão utilizada pelo paciente e evitar rótulos diagnósticos.
• História da Doença Atual (HDA) : relatar tudo que estiver relacionado à queixa 
principal, características específicas da queixa, início e evolução, duração, 
localização dos sintomas (e irradiação), relação com outros sintomas, relação com 
outros órgãos, situações que aliviam e que agravam os sintomas. É importante 
relatar doenças preexistentes: doenças que o paciente apresenta no momento da 
consulta e medicações em uso (utilizar nome do genérico ou especificar como marca 
registrada).
• Revisão de Sintomas : busca reconhecer enfermidades que não tenham relação com o 
quadro sintomatológico registrados na HDA  geral e nutrição, pele, cabeça, olhos, 
ouvidos, nariz e seios paranasais, boca e orofaringe, pescoço, mamas, sistema 
respiratório, circulatório, digestivo, geniturinário, endócrino, musculoesquelético, 
nervoso e psiquismo. 
• História Médica Pregressa : gestação e nascimento, desenvolvimento, puberdade, 
menarca e ciclo menstrual, doenças prévias, cirurgias e internações prévias, 
imunizações, uso de drogas, alcoolismo, tabagismo, alergias, transfusões de sangue.
 Nos casos de vícios é importante relatar tipo de droga, data de início e término 
(se houver) e quantidade.
• História Familiar : Cônjuge, filhos, pais e irmãos, falecimentos (causa e idade), 
doenças mais comuns (enxaqueca, diabetes, tuberculose, HAS, asma, cardiopatias, 
GUILHERME DAMIANI ATM 2013/1 3
câncer, doenças alérgicas, úlcera péptica, colelitíase e varizes). Investigar hábitos de 
vida (alimentação, habitação, ocupação atual e anteriores, atividade física).
• Perfil Sócio-Econômicas : educação, estilo de vida, com quem mora, rendimentos 
mensais, situação profissional, dependência de familiares, dependência de 
instituições, custo de medicação, nível cultural, vida conjugal, ajustamento familiar, 
boa relação.
Revisão de Sintomas agrupados em Sistemas
 Geral e nutrição: febre, calafrios, peso e variações, fraqueza, fadiga, sudorese, 
história prévia de anemia, predisposição e sangramentos.
 Pele: ictérica, lesões, prurido, alopecia, hirsutismo, lesões ungueais.
 Cabeça: tonturas, cefaléia, dor facial.
 Aparelho Ocular: alteração da visão, prurido, secreção, lacrimejamento, sensação 
de corpo estranho, fotofobia, diplopia, dor ocular, catarata, glaucoma (também 
história familiar).
 Aparelho Auditivo: deficiência auditiva, vertigem, dor, secreção, zumbido, 
sensação de pressão.
 Nariz e seios paranasais: epistaxe, secreção, prurido, crises de espirro, história de 
pólipo.
 Boca e orofaringe: lesões da mucosa, alterações nos dentes, estomatorragia, gota 
pós-nasal.
 Pescoço: disfonia, protuberâncias, dor ao movimento, disfagia, odinofagia, doença 
da tireóide.
 Mamas: nódulos, secreção, dor, relação dos sintomas com o ciclo menstrual, auto-
exame, história familiar de mastopatia.
 Sistema Respiratório: dor torácica, dispnéia, tosse, expectoração, hemoptise, 
sibilância (“chiado”).
 Sistema Circulatório: dor torácica, hipertensão arterial. Palpitações, dispnéia aos 
esforços, dispnéia paroxística noturna, ortopnéia, história de infartos do miocárdio 
ou febre reumática, sopros, claudicação intermitente, edema de extremidades, 
varizes, tromboflebite, alterações tróficas.
 Sistema Digestório: apetite, dor abdominal, distensão abdominal, uso crônico de 
laxantes, vômitos, hematêmese, náuseas, pirose, hábitos intestinais, hematoquezia, 
enterorragia, melenas, fezes em fita, acolia.
 Sistema Geniturinário: noctúria, polaciúria, urgência, incontinência, ardência 
miccional, hematúria, colúria, eliminação de cálculos, dor no flanco, lesões 
genitais, infertilidade, histórias de DST, pruridos, sangramentos.
 Sistema Endócrino: intolerância ao calor e ao frio, alterações dos pêlos, mixedema, 
retardo psicomotor (ou aceleração), polifagia, polidipsia, poliúria, retardo do 
crescimento, hirsutismo.
 Sistema Musculoesquelético: fraqueza, artralgia, mialgia, dor a mobilização, 
limitações dos movimentos, deformidades, traumatismos, cãibras.
 Sistema Nervoso e Psiquismo: paralisia, parestesia, síncope, história de transtornos 
circulatórios encefálicos, movimentos involuntários, amnésia, disfasia, alterações 
da marcha.
GUILHERME DAMIANI ATM 2013/1 4
EXAME FÍSICO
• Estado Geral
- BEG: bom estado geral.
- REG: regular estado geral.
- PEG: péssimo estado geral.
• Nível de Consciência: consciente (LOC = lúcido orientado e consciente), estado de 
vigília, obnubilado, sonolência, confusão mental,delírio, torpor, coma.
• Mucosas: 
- Coloração: normo/hipo/descoradas, cianose, icterícia.
- Umidade: normal ou secas. (ex.: MUC = mucosas úmidas e coradas)
- Presença de lesões
• Tipos de Fácies: normal, hipocrática, renal, leonina, adenoideana, hipertireoidismo, 
mixedematosa, acromegálica, cushingóide.
• Pele: coloração, integridade, umidade, textura, espessura, temperatura, elasticidade, 
mobilidade, turgor, sensibilidade, lesões elementares.
LESÕES CUTÂNEAS LOCALIZADAS
 Lesões primárias, planas: Mácula (<1 cm) e Mancha (>1 cm).
 Lesões primárias com conteúdo líquido: Vesícula (<0,5cm), Bolha (>0,5 cm) e 
Pústula.
 Lesões primárias sólidas: Pápula (< 1 cm), Nódulo (1-2 cm), Tumor (>2 cm) e 
Placa.
 Outras lesões primárias: Comedão, Túnel, Cisto, Abscesso, Furúnculo, Carbúnculo, 
Milia. 
 Lesões secundárias, abaixo do plano da pele: Erosão, Úlcera, Fissura, Escoriação, 
Atrofia, Esclerose.
 Lesões secundárias, acima do plano da pele: Escama e Crosta.
 Outras lesões: Eritema, Petéquias (<0,5 cm), Púrpura (> 0,5 cm), Equimose, 
Telangiectasia, Cicatriz, Quelóide, Liquenificação.
• Fâneros: cabelos, pêlos e unhas.
• Cabeça: olhos, ouvidos, nariz e boca.
• Glândula Tireóide: inspecionar e palpar (tamanho, consistência, nodularidade). 
• Linfonodos: localização, tamanho, consistência, mobilidade, sensibilidade, 
alterações da pele.
• Sinais Vitais: pressão arterial (mmHg), freqüência cardíaca (bpm), freqüência 
respiratória (mpm), temperatura axilar (ºC).
• Aparelho Cardiovascular: pulsos, inspeção, palpação e ausculta.
• Aparelho Respiratório: inspeção, palpação, percussão e ausculta.
• Abdômen: inspeção, palpação, percussão e ausculta.
• Extremidades: edema, perfusão, temperatura, pulsos, varizes, úlceras. 
• Exame Neurológico: pescoço e coluna cervical, coluna lombossacra, nervos 
raquianos, marcha e equilíbrio, motricidade, tono muscular, coordenação, reflexos, 
sensibilidade, nervos cranianos.
• Exame Osteoarticular: inspeção e palpação 
GUILHERME DAMIANI ATM 2013/1 5
ROTEIRO DE EXAME FÍSICO
Posição do 
Paciente
Discriminação Abordagem
Sentado Examinador na frente do 
paciente
1. aparência geral.
2. unhas e mãos.
3. músculos e articulações dos MsSs.
4. pulsos radiais (freqüência e ritmo).
5. PA.
6. cabeça (escalpo e face).
7. movimentos oculares e reação pupilar, 
exame de fundo de olho.
8. escleróticas, conjuntivas.
9. orelhas e audição
10. fossas nasais
11. boca, orofaringe e dentição.
12. turgor cutâneo.
13. veias jugulares (paciente em posição 
45º)
14. fúrcula esternal
Examinad
or atrás do 
paciente
Exame tórax 
respiratório
15. coluna cervical e ombro.
16. linfonodos da cabeça e pescoço.
17. tireóide.
18. parede torácica posterior (inspeção e 
palpação).
19. punho-percussão da coluna vertebral/ 
lombar e da parede posterior do tórax.
20. ausculta dos pulmões
Deitado Examinad
or do lado 
direito
Gineco
Cardio
Abdômen 
Extremidade 
inferior
21. mamas e mamilos
22. linfonodos axilares
23. veias do pescoço e carótidas
24. ictus: inspeção e palpação.
25. palpação do tórax anterior: frêmitos, 
sopros.
26. ausculta do precórdio
27. ausculta das carótidas.
28. inspeção do abdômen.
29. palpação superficial e profunda do 
abdômen.
30. palpação do fígado.
31. palpação do baço.
32. palpação das áreas inguinais e femorais.
33. palpação da musculatura dos MsIs.
34. movimento articular dos MsIs.
35. pesquisa de edema.
36. palpação das artérias pediosas, tibiais 
posteriores e poplíteas.
37. pesquisa do reflexo cutâneo plantar.
38. força muscular
Em pé 39. marcha
40. equilíbrio.
GUILHERME DAMIANI ATM 2013/1 6
EXAME FÍSICO DIVIDIDO POR REGIÕES
CABEÇA E PESCOÇO
1 Mucosas (conjuntivas inclusive)
2 Fâneros (cabelos, face).
3 Fácies
4 Dentes
5 Língua
6 Tireóide
7 Linfonodos Reto e Retro Auricular
8 Linfonodos Occipitais
9 Linfonodos Cervicais (Posteriores e Anteriores - Sup e Prof)
10 Linfonodos Submandibulares
11 Linfonodos Submentonianos
12 Tonsilas
13 Fúrcula esternal
14 Carótidas (ausculta e palpação)
15 Jugular (turgência)
16 Turgor Cutâneo
17 Pele (lesões)
18 Pupilas (movimento ocular)
EXTREMIDADES
19 Pulsos (radial, braquial, axilar).
20 Pulsos (femoral, poplíteo, tibial posterior, pedioso).
21 Distribuição dos Fâneros
22 Unhas (baqueteamento)
23 Perfusão
24 Edema
25 Coloração
26 Temperatura
27 Panturrilha
28 Varizes
29 Alterações articulares
30 Linfonodos Axilares
31 Linfonodos Inguinais
PULMÃO
32 Inspeção Estática - Forma (escavatum, carinatum, barril, chato).
33 Inspeção Estática - Lesões
34 Inspeção Estática - Aranhas Vasculares ou circulação colateral
35 Inspeção Dinâmica - Tipo de respiração (torácica ou abdominal)
36 Inspeção Dinâmica - Tiragem
37 Freqüência Respiratória - Eu, Taqui ou Bradipneico (avaliar por 1 minuto).
38 Linfonodos Supraclaviculares
GUILHERME DAMIANI ATM 2013/1 7
39 Frêmito tóraco vocal (anterior, posterior e lateral).
40 Percussão (anterior, posterior e lateral) - todos espaços intercostais.
41 Ausculta (anterior, posterior e lateral).
CORAÇÃO
42 Inspeção - Ictus cordis 
43 Palpação - fúrcula esternal e ictus cordis
44 Ausculta - Mitral, Tricúspide, Aórtica, Pulmonar
45 Ritmo (Regular, irregular ou regular com extra sístole).
46 Freqüência cardíaca - avaliar por 1 minuto
47 Tempos - 2 Tempos, etc.
48 Bulhas - (normo, hipo, hiperfonéticas).
49 Sopros
ABDOMEN
50 Inspeção (forma, circulação venosa colateral, estrias, aranha vascular).
51 Ausculta (antes da palpação) - Ruídos Hidroáreos
52 Palpação superficial
53 Palpação profunda
54 Fígado (palpação, percussão, limites) - borda, superfície e consistência.
55 Cólon Sigmóide
56 Baço - o normal é não palpar
57 Piparote
58 Blumberg
59 Rim (palpação anterior - o normal é não sentir)
60 Aorta Abdominal - inspeção
GUILHERME DAMIANI ATM 2013/1 8
SEMIOLOGIA CABEÇA E PESCOÇO
CABEÇA E PESCOÇO: inspecionar tamanho e forma, movimentos e superfície.
 Pele: Coloração, Integridade, Umidade, Textura, Espessura, Turgor, Temperatura, 
Elasticidade, Mobilidade, Sensibilidade, Lesões elementares.
 Mucosas 
- Coloração: Normo/hipo/descoradas. Cianose, Icterícia 
- Umidade: Normal ou Secas 
- Presença de lesões
Couro cabeludo
• Palpar o couro cabeludo buscando protuberâncias ósseas dolorosas, descamações 
e/ou lesões na epiderme.
• Apreciar textura e quantidade de cabelo
- Calvície: perda normal de cabelos
- Alopecia: perda não localizada (patológico)
• Hirsutismo: pêlos grossos, longos e duros com distribuição normal (distúrbio 
hormonal).
• Hipertricose: crescimento de pêlos em regiões onde não deveria ocorrer.
Olhos
• Inspecionar movimentos oculares, campo visual, exame da retina e fundo do olho.
• Acuidade visual, inspecionar conjuntiva e escleróticas.
- Conjuntiva: MUC (mucosas úmidas e coradas), ictérica, sinal do guaxinim 
(fratura de base de crânio), xantilasma (acúmulo de gordura na parte medial do 
olho – dislipidemia).
• Globo Ocular: situação, volume e posição.
- Exoftalmia: protuberância do olho anteriormente para fora da órbita.
- Enoftalmia: afundamento do globo ocular dentro da órbita.
- Estrabismo: perda de paralelismo entre os olhos.
- Nistagmo: oscilações repetidas e involuntárias rítmicas de um ou ambos os 
olhos.
• Pupilas: testar reação pupilar à luz (reflexo fotomotor e consensual).
- isocóricas: normal.
- midriática: morte cerebral.
- anisocóricas: uma diferente da outra
• Ptose palpebral: 3º par craniano
- unilateral: neoplasia de ápice de pulmão
- bilateral: miastenia gravis
Ouvidos
• Sintomas freqüentes: 
- otalgia: dor de ouvido.
- otorréia: fluxo não hemorrágico pelo conduto auditivo externo.
- otorragia: saída de sanguepelo ouvido.
- hipoacusia: persa da sensibilidade auditiva.
- paracusia: distorção dos sons.
- vertigem: sensação de movimento do paciente ou do ambiente indica patologia 
vestibular.
GUILHERME DAMIANI ATM 2013/1 9
• Inspecionar ouvido externamente e com otoscópio
- Tímpano inflamado: perda da cor e se torna eritematoso, é possível observar 
secreções purulentas.
Nariz e Seios Paranasais
• Sintomas freqüentes: espirros, coceira, epistaxe (sangramento nasal), obstruções 
nasais, rinoliquorréia (saída de LCR pela cavidade nasal), dor facial (sinusite, 
cefaléia e dores neurológicas).
• Alterações no olfato:
- Anosmia: perda do olfato (endonasal ou endocranial)
- Hiperosmia: aumento da sensação olfatória.
- Cacosmia: sensação constante ou freqüente de odor desagradável.
- Parosmia: percepção olfatória errônea do odor.
• Inspecionar septos e cornetos.
Boca e Glândulas Salivares
• Alterações da cavidade bucal:
- Queilite: inflamação da mucosa e dos lábios (deficiência de vitamina B).
- Glossodínea: língua dolorosa, acompanhada frequentemente de hipovitaminose 
B e déficit de ferro sérico nos casos de anemia.
- Glossite: inflamação da língua
- Asialia: falta de saliva.
- Tialismo: aumento da quantidade de saliva.
- Halitose: mal odor devido fundamentalmente a má higiene.
- Gengivorragia: sangramento da gengiva
- Agusia: perda total do gosto.
- Paragusia: percepção diferente dos sabores.
- Macroglossia: tamanho excessivamente grande da língua (acromegalia e 
hipotireoidismo).
- Microglossia: tamanho pequeno da língua.
• Avaliar a mobilidade da boca e da língua.
• Inspecionar arcada dentária.
- Anadontia: falta completa dos dentes.
- Presença ou não de dentes sépticos.
• Língua: avaliar em repouso e seus movimentos (12º par craniano). A língua normal 
é úmida e tem cor avermelhado escuro.
- língua não patológica: geográfica, pilosa, escrotal.
- língua patológica: cândida.
• Lábios: leporino, lesões ulceradas (carcinomas), herpes (na linha de transição do 
lábio com a pele).
• Glândulas Salivares:
- palpar glândula parótida e submaxilares.
Laringe e Faringe
• Alterações:
- Disfonia: alteração da qualidade da voz.
- Ronqueira: é um tipo de disfonia em que predomina o som grave.
- Odinofonia: dor ao emitir som
- Odinofagia: deglutição dolorosa.
- Dispnéia: sensação subjetiva da falta de ar relacionado com a laringe.
GUILHERME DAMIANI ATM 2013/1 10
• Palpação: osso hióide, cartilagem tireóide e cartilagem cricóide.
• Inspeção das amídalas: tamanho e aspecto
Cadeias Ganglionares
• Palpar gânglios da cadeia cervical posterior, retoauriculares, retroauriculares, 
submaxilares e submentonianos.
Fácies
• Normal
• Fácies tetânica ou sardônica: é das mais típicas e de excepcioal valor diagnóstico; 
observa-se contratura muscular da face, com acentuação dos sulcos naturais, 
enrugamento da região frontal e modificação do aspecto da boca (lábios distendidos 
transversalmente como para sorrir = riso “cínico” produzido pela contratura tônica 
dos músculos faciais dos músculos masseteres e peribucais); sobrancelhas 
contraídas; olhar fixo e angustiado; o conjunto dá ao doente a aparência de quem 
esboça um riso forçado (trismo), pela hipertonia dos músculos da mímica, o que 
constitui o chamado “riso sardônico”.
• Hipocrática: mucosas úmidas, nariz afilado, enoftalmia e cianose nos lábios 
(peritonite aguda).
• Renal: edematosa, pele pálida, edema bipalpebral (pálpebras entumescidas; olhos 
“empapuçados”); “face de lua cheia”.
• Fácies cushingóide: parece também de “lua cheia”, rosto arredondado devido ao 
depósito de gordura; pele brilhante e mais ou menos rosada; acne e hirsutismo 
podem ser observados; não há intumescimento das pálpebras e os olhos 
permanecem com aspecto natural, diferindo da fácies renal e mixedematosa, em que 
há infiltração das pálpebras (lupus eritematoso sistêmico).
• Hipertireoidismo: visão fixa, rigidez da expressão, exoftalmia.
• Hipotireoidismo: face redonda, pele seca, pálida, visão triste e voz arrastada.
• Mixedematosa: é própria do hipotireoidismo; observa-se intumescimento difuso 
(infiltração edematosa) do rosto, pálpebras semicerradas, tornando os olhos 
pequenos; lábios grossos, boca semi-aberta com macroglossia; pele pálida e seca, 
face inexpressiva e sonolenta; apatia, expressão letárgica, indiferente, sem 
vivacidade; supercílios escassos; madarose (queda dos supercílios nos terços 
externos); a alteração da pele é o sinal que chama mais atenção - observa-se uma 
tumefação difusa, lembrando uma almofada (diferente do edema comum, não cede à 
pressão digital), principalmente na face e dorso das mãos; a pele do rosto é 
amarelada, com poucos pêlos, rosto com expressão sonolenta.
• Acromegálica: aspecto grotesco; proeminência dos ossos frontais e malares; há 
acentuado desenvolvimento da mandíbula (prognatismo acentuado = proeminência 
da mandíbula [maxilar inferior]), evidente crescimento do nariz, da língua 
(macroglossia) e dos lábios (lábios volumosos = macroqueilia) e orelhas, dando à 
fisionomia um aspecto grosseiro; pálpebras espessas; espessamento e alongamento 
das orelhas; as sobrancelhas longas, duras e espessas se reúnem no centro sobre o 
nariz (sinofre ou sinofridia); há crescimento excessivo das partes moles distais do 
corpo (onde existem condroblastos, há crescimento), principalmente extremidades; 
hiperpituitarismo.
• Fácies parkinsoniana: representada por uma fisionomia inexpressiva, mímica facial 
diminuída; olhar parado, vago e fixo; omobilidade palpebral e elevação dos 
GUILHERME DAMIANI ATM 2013/1 11
supercílios; cabeça um pouco inclinada para frente; esse conjunto dá a impressão de 
uma figura de máscara: “fácies de máscara”.
• Fácies leonina ou lepromatosa: nas fases avançadas da lepra lepromatosa; infiltração 
da pele - o rosto é deformado pelos múltiplos tubérculos, face com rugas rígidas, 
principalmente ao nível das regiões malares, aletas nasais, fronte e mento.
• Fácies lúpica: eritema facial em asa de borboleta (vespertílio).
• Fácies de paralisia facial: evidente assimetria do rosto, desvio da comissura labial 
para o lado são (paralisia dos músculos antagônicos), aumento da fenda palpebral e 
desaparecimento dos sulcos faciais do lado paralisado; na paralisia facial periférica, 
o doente não consegue enrugar a testa do lado lesado por comprometimento do 
nervo facial superior, o que não ocorre na paralisia central.
• Fácies miastênica: ptose palpebral bilateral, com enrugamento da testa; paralisia de 
certos músculos (distúrbio na transmissão neuromuscular) - fraqueza muscular 
acometendo principalmente a musculatura ocular; essa fácies apresenta a 
particularidade de não ser permanente, pois o doente geralmente, pela manhã tem a 
face normal e no decorrer do dia, ela se transforma, aparecendo blefaroptose 
bilateral, mais acentuada de um lado; ptose: achado mais freqüente; os olhos são 
imóveis (olho sonolento de Hutchinson) e o doente, para enxergar, é obrigado a 
elevar a cabeça para trás; completa a fácies a debilidade dos músculos dos lábios e 
das bochechas; também pode ser reconhecida no acidente ofídico crotálico ou 
elapídico = ambas as serpentes veiculam agentes neurotóxicos através de sua 
peçonha.
Pescoço
• Inspeção: tamanho, forma, simetria, deformidades e palpitações.
- Verificar alinhamento postural.
- Avaliar os movimentos ativos: flexão, extensão, rotação e inclinação.
- Avaliar turgência jugular (paciente em ângulo de 45º)  bilateral: IC, 
unilateral: IC ou Pneumonia.
• Auscultar Artérias Carótidas: presença ou não de sopro.
• Palpação: zonas posteriores,anteriores e laterais.
- coluna cervical: processos espinhosos, vértebras.
- avaliação dos músculos: mão em pinça fazendo rotação do pescoço.
- palpação da glândula tireóide: tamanho, consistência, forma, simetria, 
mobilidade e sensibilidade. Palpação é feita por traz do paciente com as duas 
GUILHERME DAMIANI ATM 2013/1 12
mãos sobre o pescoço (ístimo da glândula localiza-se abaixo da cartilagem 
cricóide) pedindo para que o paciente faça deglutição de saliva. 
- palpação das veias e artérias. 
- gânglios linfáticos cervicais: no trajeto da jugular interna (anteriores: bordo 
anterior do músculo. Esternocleidomastoideo e posteriores: bordo posterior do 
músculo. Esternocleidomastoideo). 
Palpação da Glândula Tireóide
GUILHERME DAMIANI ATM 2013/1 13
SEMIOLOGIA CARDIOVASCULAR
1. SINAIS E SINTOMAS
Dispnéia
• Sensação de falta de ar gerada pela percepção de aumento de esforço muscular para 
realizar a manobra de respiração.
• Características: relação com o decúbito, relação com esforços, sintomas associados, 
instalação, duração, evolução do quadro, fatores de risco associado, fatores de alívio 
e agravo e doenças pré-existentes. 
• Etiologia: quando ocorre o aumento da pressão diastólica final no VE em resposta a 
doença, tal aumento reflete em todo o sistema venoso pulmonar, ficando a pressão 
média dos capilares pulmonares igual à pressão diastólica final do VE. Com isso 
ocorre aumento da pressão hidrostática nos capilares pulmonares extravasando 
líquido do capilar para interstício e para os alvéolos, causando congestão pulmonar. 
O pulmão reduz sua expansão e o número de alvéolos funcionais, causando 
dispnéia.
• Reflete ICE.
• Sinal clínico é a tiragem intercostal (utilização da musculatura acessória 
respiratória).
• Ruídos pulmonares encontrados são estertores (crepitações) basais.
• Gravidade crescente da dispnéia: quanto maior a pressão capilar pulmonar, pior a 
dispnéia. 
• Tipos de Dispnéias:
- Cardíaca: dispnéia aos esforços que piora ao decúbito, alivia com o repouso e 
ao sentar ou levantar (ortopnéia) com uso de vários travesseiros para dormir (posição 
recumbente – supino com cabeceira elevada), edema dos MI, dispnéia paroxística 
noturna (inicia 2-4h após o início do sono e demora 15-30 min para alívio após se 
levantar, associada à tosse seca, sibilos e sudorese, mas a dispnéia precede a tosse), 
alívio com repouso, diuréticos, digitais e vasodilatadores. Causas: IC, disfunção 
valvular, miocardiopatia.
- Pulmonar: dispnéia contínua que piora aos esforços e a noite. Associada a 
longa história de tabagismo, tosse crônica produtiva, sibilância proeminente, melhora 
com inclinação para frente (uso da musculatura acessória), alívio com broncodilatadores 
e corticóides (asma). Se noturna, é precedida por tosse e expectoração. Obstrutivas: 
DPOC e asma; Circulatória: embolia pulmonar; Mecânica: pneumonia, derrames 
pleurais, pneumotórax.
- Neuromuscular: dispnéia contínua, sem relação com o decúbito, associada com 
fraqueza e atrofia muscular. Alívio com repouso.
GUILHERME DAMIANI ATM 2013/1 14
DISPNÉIA
Estertores ou sibilos; ou 
assimetria auscultária.
Sim DPOC. Asma, ICE, Pneumotórax, Derrame.
Não Taquipnéi
Sim
Não
Acidose, Sepse, 
Obstrução nasal, 
Gravidez, Sedentarismo.
Dor Torácica
• Causas:
- Cardíacas: angina, infarto, pericardite, dissecção aórtica torácica, cardiopatia 
hipertensiva ou hipertrófica.
- Não cardíacas: embolia pulmonar, pneumotórax, osteomuscular, trato 
digestivo, pneumonia.
• Fisiopatologia: O DC normal é de 6-8l/min. Com esforço, há aumento do trabalho 
cardíaco e da demanda de energia, sendo o O2 levado pelas coronárias, mantendo o 
equilíbrio. Se há resistência (placa ateroma), o aumento do fluxo é impedido, o que 
pode não ser importante na demanda normal. Na demanda aumentada, a área suprida 
pela artéria com ateroma sofre isquemia. Dependendo do diâmetro do obstáculo, há 
diferentes manifestações: menor que 50%: assintomático; 50-90%: angina estável ou 
típica ou crônica (isquemia a grandes e médios esforços).
• Outros fatores que causam angina típica: estenose aórtica (↑ pós-carga), 
insuficiência aórtica, miocardiopatia hipertrófica.
• Tipos de dor: dolente (aperto/pressão), urente (ardência, queimação), picante 
(agulhada, pontada), cortante.
 Angina:
- qualidade: pressão/aperto, queimação, indigestão, sinal de Levine (punho 
cerrado sobre área cardíaca para descrever a dor).
- localização: retroesternal, irradiada para face ulnar do braço E (+ comum) ou 
D, pescoço, mandíbula, ombro, epigástrio.
- duração: 2-10min.
- fatores precipitantes: exercício, frio, estresse emocional.
- fatores de alívio: repouso ou nitratos. 
 Infarto Agudo do Miocárdio (IAM):
- qualidade: pressão, peso, queimação, mais intensa que angina.
- localização: = angina.
- duração: 30 min ou +.
- fatores precipitantes: pode ocorrer ao repouso.
- fatores de alívio: não alivia ou alivia parcialmente com repouso ou nitratos.
- manifestações associadas: diaforese (sudorese fria), náuseas, vômito, dispnéia.
- obs.: em 6hs, necrose total da área não perfundida. 
- risco coronariano: história familiar, dislipidemia, HAS, DM, tabagismo, 
obesidade, estresse, álcool (HAS, miocardiopatia alcoólica).
 Pericardite:
- qualidade: cortante, como facada.
- localização: retroesternal ou em direção ao ápice, pode irradiar para pescoço ou 
ombro, mais localizada que a dor isquêmica.
- duração: horas a dias.
- fatores precipitantes: respiração profunda, posição supina, rotação do tórax.
- fatores de alívio: sentar-se, inclinar-se para frente.
- manifestações associadas: atrito pericárdico.
 Dissecção da aorta (ruptura da íntima, sangue entra na parede, havendo chance de 
ruptura da aorta):
- qualidade: aguda, excruciante, lacerante, como facada, agitante.
GUILHERME DAMIANI ATM 2013/1 15
- localização: tórax anterior pode irradiar para costas e pescoço.
- duração: sem melhora.
- fatores precipitantes: HAS, Marfan.
- fatores de alívio: + intensa no início, depois vai diminuindo. 
- manifestações associadas: sopro de insuficiência aórtica, assimetria pulsos, 
alterações neurológicas focais, derrame pleural ou pericárdico, aterosclerose, aneurisma 
aorta (dilatação).
 Dor de origem Psicogênica
- parece em indivíduos com ansiedade e/ou depressão.
- limita-se a região da ponta do coração.
- acentua-se quando o paciente tem contrariedades ou emoções desagradáveis.
- alivia parcialmente com o repouso, analgésicos, tranqüilizantes e placebos.
Palpitação
• Percepção desagradável dos batimentos cardíacos.
- fisiológica aos esforços, quando há ↑ da freqüência cardíaca.
- patológica quando não há esforço, refletindo arritmia: bradi ou taquiarritmia.
• A arritmia pode ser rítmica ou arrítmica.
Edema
• A causa básica de edema cardíaco é a insuficiência ventricular direita. Ocorre pelo ↑ 
da pressão diastólica final do VD, que se reflete ao AD, e então à VCS e VCI, 
gerando congestão venosa, com ↑ da P venosa central e da P capilar periférica, 
GUILHERME DAMIANI ATM 2013/1 16
DOR TORÁCICA
localização
NÃO PRÉ-CORDIALPRÉ-CORDIAL
Ventilatório 
Dependente
Ventilatório 
Dependente
SIM NÃO NÃOSIM
Dores 
anginosas
Pericardites 
Costocondrite
Tumores, Herpes, 
Linfonodos, Nervos.
Pleura, Ossos, 
Músculos.
Fator desencadeante: 
posição e 
digito-pressão
Fator desencadeante: 
deglutição, esforço 
físico, movimento, 
stress, temperatura e 
digito-pressão.
Fator desencadeante: 
movimento e 
digito-pressão
Fator desencadeante: 
movimento, tosse, 
repouso, trauma e 
digito-pressão.
extravasandolíquido. A ICE pode ser a causa da ICD. Quando há ICE + ICD = IC 
(congestiva ou global).
• No início, acorda com MI desinchados (tendo edema nas costas), surgindo edema no 
vespertino, pela gravidade. Quando dorme, volta ao normal. Mas depois de um 
tempo o edema pode ser permanente.
• Pode ocorrer ascite, hepatomegalia, esplenomegalia e anasarca (edema 
generalizado).
• O edema ocorre nos 2 lados é mais intenso no MI E por questão anatômica: como a 
aorta está mais para a E, a VCI mais para a D, a veia ilíaca esquerda passa por baixo 
da artéria ilíaca E para atingir o MI E, enquanto a veia e artéria ilíacas D são 
paralelas. Essa compressão na veia ilíaca E prejudica o RV, tendo maior edema.
• Sinais da ICD: ingurgitamento das jugulares, reflexo hepatojugular e hepatomegalia.
Tonturas e síncope 
• Redução da perfusão (hipoxemia) cerebral leve gera tontura, e acentuada gera 
síncope, que é a perda transitória de consciência. A causa mais comum de síncope é 
estenose aórtica (isquemia cerebral).
• Pré-síncope: iminente perspectiva de perda de consciência.
• A redução da oxigenação cerebral ocorre pela queda do DC (PA), por: estenose 
aórtica, taquicardia (não enche cavidades), bradicardia acentuada (síncope de Stock-
Adams, que reflete bloqueio cardíaco completo, bloqueio AV), transtornos de 
condução, hipovolemia aguda, IAM, etc.
• Sincope de origem cardíaca: início rápido, sem movimentos convulsivos, sem 
incontinência urinária, sem estado confusional pós-ictal (após recuperação 
consciência), que sugerem origem neurológica.
• A perda gradual de consciência sugere síncope vaso-vagal ou associada à hipotensão 
postural, raramente por hipoglicemia.
- Síncope vaso-vagal: reação inapropriada do organismo frente a um estímulo, 
como ver sangue. O RV cai, estimula o S, aumenta a contração cardíaca, que estimula 
receptores, o cérebro interpreta que há muita P no coração, ocorrendo reflexo de 
vasodilatação, queda da PA e da freqüência cardíaca, reduzindo o DC. Na horizontal 
melhora, porque aumenta o RV. Levantam-se as pernas. Acompanha náusea, sudorese, 
visão preta. 
- Hipotensão postural: ao sair do decúbito, há queda abrupta do RV, caindo o 
DC. Barorreceptores estimulam S: ↑ da freqüência cardíaca, contratilidade e resistência 
vascular sistêmica, mantendo PA estável ortostática. Pode gerar síncope.
• Recuperação da consciência lenta nos estados convulsivos e rápida nos demais.
Cianose
• É a coloração azulada da pele e das mucosas.
• Causa freqüente é o shunt de sangue da D para a E, como nas comunicações 
interatriais e interventriculares. Deve-se ao aumento da carboxi-Hb no sangue 
capilar. Pode ser central (lábios) e periférica (dedos da mão).
2. EXAME FÍSICO
Exame do pescoço
• Inspeção e palpação da fúrcula esternal: verifica-se, na dilatação aórtica (HAS) e 
estenose aórtica, batimento e frêmito (este mais na estenose) durante a sístole.
GUILHERME DAMIANI ATM 2013/1 17
• Palpação e ausculta das carótidas: estão na borda medial do músculo 
esternocleidomastoideo. O pulso ocorre logo após B1. Pode haver sopros e frêmito. 
Em idosos, um sopro sistólico sugere obstrução parcial secundária à aterosclerose. 
Em jovens, sopros costumas ser inocentes. O sopro aórtico pode irradiar-se para a 
carótida e simular o sopro carotídeo. Cuidar para não pressionar o seio carotídeo (ao 
nível da cartilagem tireóidea), o que pode gerar queda reflexa de PA ou freqüência 
de pulso. 
• Estimativa da pressão venosa central (pela P venosa jugular): a PVC reflete a P 
do AD. A melhor forma de avaliá-la é pelas pulsações da jugular interna D. O ponto 
inicial habitual é 30º. Localiza-se o ponto mais alto de pulsação da jugular interna 
(menisco). Caso não seja visualizada pulsação da interna, tenta-se a externa. Caso 
também não haja, usa-se o ponto acima do qual as jugulares estão colabadas. Em 
pacientes euvolêmicos essa inclinação será suficiente. Em hipovolêmicos, espera-se 
que a P jugular esteja baixa, tendo que abaixar a cabeceira pela melhor perceber o 
ponto de oscilação. Em hipervolêmicos, espera-se a P jugular aumentada, sendo 
preciso elevar a cabeceira para detectá-la. Em todas essas posições, o ângulo 
esternal (adjacente à 2ª costela) mantém-se cerca de 5 cm acima do AD. A partir do 
menisco, traça-se uma linha horizontal imaginária até encontrar uma régua vertical 
ao ângulo esternal. Mede-se a distância desde o ângulo esternal até a linha 
imaginária. Esta distância, somada a 5 fornece a pressão do AD aproximada em cm 
de água. Uma PVC maior que 9 cm é elevada, sugerindo falência de câmaras D ou, 
mais raramente, pericardite constritiva ou obstrução da VCS.
• Sinais:
- Turgência jugular: distensão da jugular interna (profunda ao m. esternocleido) 
no paciente em decúbito dorsal com cabeceira a 45º e cabeça levemente rotada para a E. 
Encontrada na ICD, pericardite constritiva e tamponamento cardíaco. 
- Refluxo hepatojugular: é a compressão da região periumbilical por 10-30 seg. 
associada à distensão jugular sustentada superior a 3 cm, encontrado em pacientes com 
ICD, regurgitação tricúspide. 
Medida da Pressão arterial e Freqüência cardíaca
• Freqüência Cardíaca:
- Pulsos: radial, braquial, carotídeos ou femorais.
- Verificar se o pulso está regular ou irregular.
- Normal: 60-100 bpm
- Taquicardia: >100 bpm  ansiedade, febre, anemia, hipertireoidismo, 
exercício, hipovolemia, isquemia miocárdica, embolia pulmonar, choque, 
insuficiência cardíaca, etc.
- Bradicardia: <60 bpm  associado a medicamentos, hipotireoidismo, elevação 
da pressão intracraniana, distúrbios do sistema de condução, hipotermia, etc.
• Pressão Arterial
- Paciente deve manter-se em repouso por 20 min. antes da medida.
GUILHERME DAMIANI ATM 2013/1 18
- Primeira medição deve ser realizada em ambos os membros superiores. 
Havendo diferença considerar sempre o de maior pressão.
- Posição adequada do paciente: sentado mantendo o braço na altura do coração 
com a palma da mão voltada para cima e o cotovelo ligeiramente fletido.
Classificação Sistólica Diastólica
Normal < 120 e < 80
Pré-hipertensão < 120-139 ou 80 < 90
Hipertensão estágio 1 140-159 ou 85-89
Hipertensão estágio 2 > 160 > 100
Palpação dos pulsos
• Radiais, braquiais (medial ao tendão do bíceps, envolvendo o braço do paciente), 
femorais, poplíteos, tibiais posteriores e pediosos, analisando freqüência, 
regularidade, simetria. Pulso normal: fase rápida de aceleração e descenso mais 
suave. Pacientes idosos ou hipertensos costumam ter enrijecimento vascular, o que 
exacerba a fase rápida do pulso. Situações que cursam com elevação na P de pulso 
(ansiedade, tireotoxicose, anemia, gravidez) também podem aumentar a amplitude 
dos pulsos. Pulso irregular é típico de fibrilação atrial. Na coarctação de aorta 
(estreitamento após dar aos ramos superiores), os carotídeos e braquiais são amplos 
e simétricos, mas há redução ou ausência simétrica nas extremidades inferiores, 
geralmente acompanha HAS. Na aterosclerose, os pulsos são assimétricos, 
dependendo da localização da placa.
- Pulso parvus et tardus: na estenose aórtica crônica grave, pulso com pico 
tardio e de baixa amplitude.
- Pulso em martelo d’água ou de Corrigan: na insuficiência aórtica crônica 
grave, com pico amplo e precoce, e descenso abrupto.
- Pulso paradoxal: redução da amplitude do pulso na inspiração. Exagero no 
declínio normal do pulso (em mais de 10mmHg na sistólica) durante a 
inspiração, porque normalmente a diferença não passa de 3-4 mmHg. No 
tamponamento cardíaco, pericardite constritiva, embolia pulmonar, enfisema 
(doençaobstrutiva da via respiratória), obesidade, gravidez.
- Pulso paradoxal reverso: aumento da amplitude na inspiração, na 
miocardiopatia hipertrófica.
Inspeção e palpação da aorta abdominal 
• No epigástrio. Pode ser palpável normalmente ou na insuficiência aórtica, aneurisma 
(dilatação), tumor adjacente.
Exame do tórax
• Consideração inicial – projeções superficiais normais: 
- VD: paraesternal inferior E, no 4º espaço intercostal. Foco tricúspide.
- VE: 4º-5º espaço intercostal E, medial à linha hemiclavicular. Foco apical ou 
íctus. Foco mitral.
- Foco pulmonar: paraesternal superior E, no 2º espaço intercostal.
- Foco aórtico: paraesternal superior D, no 2º espaço intercostal.
Obs: * o 2º espaço está abaixo do ângulo de Luis do esterno.
GUILHERME DAMIANI ATM 2013/1 19
* dextrocardia: coração no lado D do corpo.
* situs inversus: coração, fígado e estômago no lado oposto do normal.
* alguns especialistas desestimulam o uso desses nomes, porque sopros de mais 
de uma origem podem ocorrer em qualquer área:
Inspeção
• Formato: pectus carinatum, escavatum, em barril  podem sugerir variações na 
posição do coração.
• Avaliar o padrão respiratório.
• Visualização dos vasos superficiais na porção superficial do tórax sugere 
compressão da VCS. Já o fluxo sanguíneo superficial no sentido cranial pode indicar 
obstrução da cava inferior.
• Impulsões torácicas secundárias: observar as regiões apical, paraesternal esquerda, 
segundo espaço intercostal direito e terceiro espaço intercostal esquerdo para avaliar 
dilatação ventricular esquerda, ventricular direita, aórtica e da artéria pulmonar, 
respectivamente.
Palpação
• A palpação da região apical deve utilizar toda a extensão dos dedos. As demais 
regiões podem ser examinadas com as extremidades dos dedos.
• A palpação simultânea do pulso carotídeo orienta a localização das impulsões no 
ciclo cardíaco. Procuram-se impulsões e frêmito no íctus, região paraesternal E, 
foco aórtico e pulmonar.
• Pulsação aórtica pode ser detectada junto à fúrcula esternal, alertando para uma 
possível dilatação.
• Íctus Cordis : percebido medial e superiormente à intersecção da linha 
hemiclavicular e do quinto espaço 
intercostal esquerdo, apresentando 
diâmetro não superior a 2 cm e ocupar um 
espaço intercostal (tamanhos superiores 
indica aumento do volume cardíaco). A 
palpação do ictus revela impulsão única e 
breve. O ictus pode impalpável ou 
palpável normal (discreto, com batida 
brusca) ou anormal (propulsivo, 
exuberante), se palpável, estimar o 
tamanho do íctus em polpas digitais, sua 
localização, amplitude e duração.
GUILHERME DAMIANI ATM 2013/1 20
A
P MT
P
 Ictus sustentado/persistente: perdura até a fase final da sístole, ou seja, tem 
duração aumentada, tendo mesma duração que o pulso carotídeo, e indica 
hipertrofia do VD, e não deslocamento. 
 Ictus hipercinético/hiperdinâmico: tem duração normal (impulsão breve e 
proeminente, ou seja, apenas com amplitude aumentada) e está associado à 
dilatação do VE, estando deslocado para baixo do 5º espaço intercostal e para fora 
da linha hemiclavicular esquerda. 
• Dependendo da situação algumas impulsões podem ser percebidas na região apical 
durante a diástole, destacando a sístole atrial (B4), que surge pouco antes do ictus.
• VD: não é usualmente palpável. Se é, indica hipertrofia do VD. Ocasionalmente B3 
e B4 são palpáveis  quando o ventrículo trabalha em condição de sobrecarga 
pressórica crônica (aumento da pós-carga), suas paredes hipertrofiam. A sobrecarga 
de volume (aumento da pré-carga) produz tanto dilatação como hipertrofia.
• Foco pulmonar: não é usualmente palpável. Se B2 for palpável, indica dilatação e 
aumento da P pulmonar. Diagnostica hipertensão arterial pulmonar.
• Foco aórtico: não é usualmente palpável. Se B2 for palpável, indica dilatação da 
aorta e sugere HAS.
Ausculta
• Quatro principais áreas a serem auscultadas:
- Foco Aórtico: paraesternal superior D, no 2º espaço intercostal.
- Foco Pulmonar: paraesternal superior E, no 2º espaço intercostal.
- Foco Tricúspide: paraesternal inferior E, no 4º espaço intercostal.
- Foco Mitral: ápice do pulmão (5 º espaço intercostal).
• Primeira Bulha (B1): som de alta freqüência gerada pelo fechamento das válvulas 
tricúspide e mitral, quando a pressão intraventriculares supera a pressão atrial da 
sístole. Quando há bloqueio do ramo direito, os dois sons se distanciam, ouvindo-se 
o desdobramento de B1.
a) Sístole: 1º) fechamento mitral (E)
2º) fechamento tricúspide (D)
3º) abertura da pulmonar (D)
4º) abertura da aórtica (E)
• Segunda Bulha (B2): som de alta freqüência gerado pelo fechamento das válvulas 
aórtica e pulmonar. B2 é formada 1º pelo componente aórtico e 2º pelo pulmonar. O 
pulmonar é mais fraco, sendo restrito, na maioria das vezes, ao foco pulmonar. O 
aórtico pode ser auscultado por todo precórdio. O desdobramento da B2 é melhor 
avaliado no foco pulmonar. Durante e inspiração, a sístole do VD é prolongada 
(como a VCI vem do abdome, onde há maior P na inspiração, o sangue chega com 
GUILHERME DAMIANI ATM 2013/1 21
B1
mais propulsão no AD, e o RV direito e o vol. sistólico aos pulmões aumenta), 
havendo um atraso do componente pulmonar, ocorrendo um desdobramento 
fisiológico, que se aproxima na expiração (volta a ser 1 só bulha). Também é normal 
em crianças. É anormal em adultos: persistente ou amplo (auscultam-se os 2 
componentes em todo ciclo respiratório, mas com maior intervalo na inspiração), 
fixo (auscultam-se os 2 componentes em todo ciclo respiratório, não havendo 
alterações com a respiração, como na comunicação interatrial) ou paradoxal 
(auscultam-se os 2 componentes só na expiração, por retardo do componente 
aórtico, que passa a ocorrer após o pulmonar, e indica bloqueio de ramo esquerdo). 
Estenose ou atresia podem abolir um dos componentes de B2. Quando não se 
distinguem os 2 componentes de B2, freqüentemente o pulmonar é inaudível.
b) Diástole: 1º) fechamento aórtica (E)
2º) fechamento pulmonar (D)
3º) abertura tricúspide (D)
4º) abertura mitral (E)
- A sístole é mais curta que a diástole. 
- B3: início da diástole, pela vibração das paredes ventriculares no enchimento rápido. - 
B4: na pré-sístole (sístole atrial).
• Ausculta-se o íctus, depois VD, depois foco pulmonar e aórtico. No íctus, verifica-
se o ritmo cardíaco (regular ou irregular). Em cada foco, identifica-se e analisa-se 
separadamente: B1, B2, sístole e diástole.
• Ruídos Normais: Para facilitar a identificação, auscultar o tórax palpando o pulso 
carotídeo, que é sistólico. B1 o antecede (porque contração ventricular ocorre após o 
fechamento da mitral), e B2 o sucede. 
- Podem ser normais ou anormais (hipo ou hiperfonéticas).
- Normalmente, B1 é mais intensa no ápice e B2 na base.
- Prótese mitral deixa B1 hiperfonética, e prótese aórtica deixa B2.
- B2 hiperfonética em área pulmonar pode indicar hipertensão arterial pulmonar.
- B2 hiperfonética em área aórtica indica HAS.
- B2 hipofonética em área aórtica indica estenose aórtica; em área pulmonar, 
estenose pulmonar.
- B1 é mais forte que B2 no íctus e VD, e B2 é mais forte que B1 nos focos 
aórtico e pulmonar.
• Algumas Manobras 
1) Inspiração: o aumento da intensidade de um som na inspiração sugere origem D.
2) Decúbito lateral E: palpação do íctus não-identificado em decúbito dorsal e 
identificação de B3, B4, estalido de abertura mitral e sopro de estenose mitral.
3) Sentado inclinado para frente: sopros aórticos e atrito pericárdico. 
4) Valsava: paciente deve fazer contração abdominal sem ventilar por 20 seg. Evidenciasopros.
Anormalidades
• B3: início da diástole, pela vibração das paredes ventriculares no enchimento rápido, 
representando um aumento da resistência à distensão. Pode ser fisiológica (crianças) 
GUILHERME DAMIANI ATM 2013/1 22
B2
B1 B1B2
sístole diástole
B3 B4
(até cerca dos 40 anos), mas a patológica é mais forte. Causas patológicas: 
insuficiência mitral e ICE. Na ICE, indica dilatação, flacidez do VE. Sugestiva de 
falência ventricular (redução da contratilidade) ou sobrecarga volumétrica do 
ventrículo. Ritmo de galope ventricular se taquicárdico. 
• B4: na pré-sístole (sístole atrial), frente a um ventrículo com alteração do 
relaxamento, da complacência (aumento da rigidez, hipertrófico, com cavidade 
reduzida, tendo o AE fazer muito esforço ao contrair para enchê-lo). Pode ocorrer 
em idosos, angina instável, IAM, HAS, estenose aórtica. Pode ser fisiológica em 
atletas.
• Estalidos de abertura valvar: é anormal auscultar a abertura valvar. Podem ser 
estalidos de ejeção aórtica e pulmonar, auscultados após B1. Pode ser estalido de 
abertura mitral, que ocorre na diástole, antes do enchimento rápido, e indica m 
estenose.
• Clicks sistólicos: prolapso da mitral, que é seu abaulamento anormal para dentro 
AE. Costuma acompanhar sopro de regurgitação mitral.
• Atrito pericárdico: produzido por inflamação do saco pericárdico. Anão restrito a 
uma parte do ciclo cardíaco. Mais agudo (diafragma), como raspagem.
Sopros
• Descrever:
- Cronologia (sistólico e/ou diastólico, com ou sem lacuna entre sopro e bulhas).
- Formato (crescendo decrescendo ou contínuo).
- Local de intensidade máxima (é o local de origem do sopro).
- Irradiação a partir desse local
- Intensidade (1 a 6).
- Tom (agudo, intermediário, grave).
- Qualidade (aspirativo, retumbante, musical, áspero).
• Podem ser sistólicos (mais comum, mais na região apical), diastólicos ou contínuos 
(começa na sístole e termina na diástole, não significa que dure todo ciclo cardíaco, 
e é restrito a doenças incomuns).
• Sopros são o correspondente acústico de turbulência do fluxo sanguíneo, o qual 
normalmente, é laminar.
- Sopro sistólico pode ser normal (fisiológico) ou patológico.
- Sopro diastólico é sempre patológico.
- Intensidade: grau 1 a 6 (não usar cruzes).
Intensidade
1
Audível somente após ausculta cuidadosa, muito sutil, de baixa 
intensidade. Geralmente, precisa de manobra, não está relacionado à 
doença, e se está, não é grave.
2 Intensidade suave-média, audível imediatamente após colocação do 
esteto.
3 Moderadamente intenso, sem frêmito.
4 Intenso, com frêmito.
5 Muito intenso, com frêmito, mas audível com esteto junto ao tórax, 
mesmo que não esteja na posição ideal.
6 Muito intenso, com frêmito, audível com esteto afastado do tórax.
- Graus 1 e 2 podem ser patológicos ou não. De 3 para cima, é sempre patológico.
GUILHERME DAMIANI ATM 2013/1 23
- Frêmito é a palpação do sopro.
• Sopros sistólicos :
- De ejeção (mesossistólico em crescendo-decrescendo): cresce e decresce. 
Breves lacunas são escutadas entre os sopros e as bulhas. Na estenose aórtica e 
pulmonar.
- De regurgitação (holo ou pansistólico rude): inicia com B1 (não ouve B1, só o 
sopro; o sopro mascara B1) e pára em B2, não havendo lacuna entre o sopro e as bulhas, 
e é contínuo. Na insuficiência (ou regurgitação) mitral, tricúspide ou comunicação 
interventricular.
• Sopros diastólicos : 
- De enchimento/ruflar (mesodiastólico em rolar de baixas freqüências): começa 
um pouco depois de B2, é contínuo. Na estenose tricúspide e mitral.
- De regurgitação (protodiastólico em crescendo-decrescendo de altas 
freqüências): começa logo após, B2, sem lacuna, decrescente. Na insuficiência aórtica 
ou pulmonar.
• Sopro contínuo: cresce na sístole e decresce na diástole. Na persistência do canal 
arterial.
Valvulopatias
• Pode ocorrer em qualquer uma das 4 válvulas:
• Estenose : não abre apropriadamente quando devia (abertura estreita). Tem relação 
com a hipertrofia.
- Mitral ou tricúspide na diástole → sopro diastólico.
- Aórtica ou pulmonar na sístole → sopro sistólico.
• Insuficiência : não fecha apropriadamente quando devia (permite refluxo). Tem 
relação com a dilatação.
- Mitral ou tricúspide na sístole → sopro sistólico. 
- Aórtica ou pulmonar na diástole → sopro diastólico.
• Na estenose mitral, o VE está normal e o AE dilatado. Na insuficiência mitral, o VE 
está dilatado.
3. PRINCIPAIS SÍNDROMES
SOPRO INOCENTE
• Não associado à anormalidade anatômica ou fisiológica detectável. 
GUILHERME DAMIANI ATM 2013/1 24
SOPRO FISIOLÓGICO
• Na anemia, febre, exercício, gestação, hipertireoidismo.
INSUFICIÊNCIA CARDÍACA ESQUERDA
• Geral: diminuição da pressão de pulso, taquicardia sinusal, distensão venosa jugular, 
crepitantes pulmonares, edema de membros inferiores, achados de derrame pleural e 
ascite.
• Exame do precórdio: ictus em geral propulsivo e hiperdinâmico, desviado para 
baixo e lateralmente, sopro de insuficiência mitral por dilatação da cavidade 
ventricular esquerda.
INSUFICIÊNCIA CARDÍACA DIREITA
• Geral: distensão venosa jugular, refluxo hepatojugular, hepatomegalia congestiva 
(com dor em hipocôndrio D pela distensão da cápsula de Glisson), edema, ascite, 
impulsões paraesternais (aumento do VD).
• Na maioria das vezes a ICD pode ser secundária a ICE havendo achados de 
congestão pulmonar e ICC (insuficiência cardíaca congestiva).
• Quando primária (estenose pulmonar congênita, hipertensão pulmonar secundária a 
tromboembolismo) os sintomas de congestão pulmonar são incomuns.
ESTENOSE AÓRTICA
• Etiologia: degenerativa, febre reumática ou congênita.
• Sintomas: longo período assintomático. Apresenta-se com angina péctoris, síncope 
ou insuficiência cardíaca.
• Exame Físico: ictus sustentado, aumentado e proeminente. Sopro mesossistólico no 
foco aórtico com irradiação para a região apical e carótidas.
INSUFICIÊNCIA AÓRTICA
• Etiologia: degenerativa, endocardite, congênita, febre reumática, Marfan, dissecção 
aórtica, sífilis e outras. Ocorre o aumenta a P sistólica (pelo aumento de sangue no 
VE) e diminui a P diastólica, o que aumenta a P diferencial (S-D).
• Sintomas: sintomas da insuficiência cardíaca.
• Exame Físico: movimento da cabeça a cada batimento cardíaco (sinal de Musset), 
pulso arterial amplo e rápido, ictus com dimensão aumentada, sopro no foco aórtico 
com irradiação para ápice e bordo esternal direito, aumento da pressão de pulso 
(sistólica aumentada e diastólica diminuída) com sons de Korotkoff audíveis até 
zero.
ESTENOSE MITRAL
• Etiologia: febre reumática.
• Sintomas: pode apresentar hemoptise devido o aumento da pressão pulmonar, com 
conseqüente extravasamento de sangue para o pulmão, bem como fenômenos 
tromboembólicos secundários a dilatação atrial.
• Exame Físico: turgência jugular, ictus cordis discreto, sopro diastólico em região 
apical sem irradiação.
INSUFICIÊNCIA MITRAL
• Etiologia: febre reumática, endocardite infecciosa, trauma, ruptura das cordoalhas 
tendíneas, disfunção ou necrose dos músculos papilares.
GUILHERME DAMIANI ATM 2013/1 25
• Sintomas: pode ser assintomática ou com sintomas de insuficiência cardíaca.
• Exame Físico: pulsos periféricos diminuídos, sopro em região apical com irradiação 
para a axila e bordo esternal esquerdo.
PROLAPSO MITRAL
• Na sístole, a mitral prolapsa para AE. É benigno. Pode ocorrer por endocardite 
infecciosa, em que microorganismo se aloja em válvula defeituosa. Pode ter 
sintomas de insuficiência mitral.
ESTENOSE PULMONAR
•Etiologia: congênita e outras
• Sintomas: ICD
• Exame Físico: frêmito presente, sopro mesossistólico no foco pulmonar.
INSUFICIÊNCIA PULMONAR
• Etiologia: dilatação do anel valvar, endocardite e outras.
• Sintomas: insuficiência cardíaca direita
• Exame Físico: sopro no foco pulmonar.
PERICARDITE
• Etiologia: viral, urêmica, causas reumatológicas e pós-operatória.
• Sintomas: dor retroesternal.
• Exame Físico: som de timbre alto, ocorre com inflamação do saco pericárdico.
TAMPONAMENTO CARDÍACO
• Tríade de Beck: pulso paradoxal, bulhas hipofonéticas e turgência jugular.
FIBRILAÇÃO ATRIAL
• Relação com estenose mitral, porque o AE dilata (por aumento de P) e a condução 
atrial fica prejudicada. É a causa mais comum de pulso irregular. Além disso, há 
mais batimentos no coração que no pulso radial, porque nem todos os batimentos 
cardíacos resultam em pulso periférico.
COR PULMONALE
• Aumento da P pulmonar por doença pulmonar gera ICD.
GUILHERME DAMIANI ATM 2013/1 26
SEMIOLOGIA RESPIRATÓRIA
1. SINAIS E SINTOMAS
Chiado no peito ou Sibilância
• Ruído que o paciente pode perceber, predominantemente na fase expiratória da 
respiração, quase sempre acompanhado de dispnéia.
• O ruído tem timbre elevado, comparado ao miado de gato. Resulta da redução do 
calibre da árvore brônquica, por broncoespasmo ou edema da parede, podendo ser 
indicativo de uma crise asmática. 
• Quando for localizada ou unilateral e persistente, pode indicar presença de tumor ou 
corpo estranho ocluindo brônquio. 
• Podem ocorrer na TBC brônquica, neoplasias benignas e malignas. 
• A insuficiência ventricular esquerda acompanhada de broncoespasmo é a condição 
extrapulmonar que mais provoca chiado (asma cardíaca).
Cianose
• Coloração azulada da pele e mucosas pelo aumento da hemoglobina reduzida no 
sangue capilar (> 5g por 100ml). 
• Se presente desde o nascimento pensar em doença cardíaca congênita.
• Há 4 tipos de cianose: central, periférica, mista e por alterações da hemoglobina. A 
central ocorre apenas a saturação de O2 cair abaixo de 75%. Indica hipóxia.
Coriza ou gota anterior
• Obstrução e prurido nasal acompanhados por espirros em salva são indicativos de 
alergia.
• Investigar sinais e sintomas que a acompanham, a cronologia, os fatores 
desencadeantes e a via de eliminação.
Cornagem ou Estridor 
• Dificuldade predominantemente inspiratória por redução do calibre das vias 
respiratórias centrais, na altura da laringe, que se manifesta por ruído (estridor) alto.
• Causas: laringite, difteria, edema de glote, corpo estranho.
Dispnéia 
• Sensação subjetiva de falta de ar, referida também como diminuição do fôlego ou 
fadiga.
• É necessário caracterizar a dispnéia em relação a sua duração, condição de 
aparecimento (relação com postura decúbito, repouso e tipo de esforço), etapa 
(inspiratória ou expiratória), sintomas e sinais associados, modo de instalação e 
intensidade.
 
Dispnéia: instalação
AGUDA SUBAGUDA CRÔNICA
Minutos ou horas
ex edema agudo de 
pulmão, TEP.
Dias ou semanas
ex. TBC, asma crônica.
Meses ou anos
ex. DPOC, neoplasia 
pulmonar.
GUILHERME DAMIANI ATM 2013/1 27
• Termos designados para situações específicas:
- Eupnéia: respiração normal.
- Dispnéia: sensação de respiração difícil, inadequada ao nível de esforço.
- Taquipnéia: freqüência respiratória maior que 20mpm em adultos (em crianças, 
maior que 30mpm).
- Bradipnéia: freqüência respiratória menor que 15mpm.
- Apnéia: parada respiratória.
- Hiperpnéia: aumento anormal da profundidade e da freqüência da respiração.
- Hipopnéia: redução anormal da profundidade e da freqüência da respiração.
- Hiperventilação: aumento na quantidade de ar que chega aos alvéolos, 
causando hipocapnia (Diminuição da concentração de dióxido de carbono no sangue 
arterial).
- Ortopnéia: dispnéia que surge em posição supina ou deitada (dispnéia em 
decúbito), e o paciente senta para obter alívio (principalmente na insuficiência cardíaca 
congestiva).
- Platipnéia: dispnéia que ocorre quando o paciente está sentado ou em pé 
(ortostática), sendo observado em pacientes pós-pneumonectomia, com cirrose hepática, 
doenças neurológicas ou hipovolemia.
- Trepopnéia: dispnéia que aparece quando em determinado decúbito lateral, 
sendo aliviada pelo decúbito lateral oposto (ocorre nos pacientes com derrame pleural, 
que deitam sobre o lado acometido para liberar o lado sadio).
Dor torácica
• Investigar: localização, irradiação, caráter ou qualidade, intensidade, duração, 
evolução, relação com as funções orgânicas, fatores desencadeantes ou agravantes, 
fatores que aliviam e manifestações concomitantes.
• A dor relacionada à patologia pulmonar resulta do envolvimento da parede torácica 
ou pleura parietal, pois há abundantes fibras nervosas. O tecido pulmonar não possui 
fibras álgicas, assim, a dor de quadros pulmonares, como pneumonia e infarto, é 
secundária a inflamação da pleura parietal adjacente, ou esforço muscular gerado 
por tosse recorrente de longa duração.
- Pleurites costais: dor aguda, intensa, em pontada (dor pleurítica), bem delimitada.
- Pleurite diafragmática periférica: dor na área dos nervos intercostais mais 
próximos.
- Pleurite diafragmática central: dor no território inervado pelo frênico, incluindo 
ombro. 
- Pneumotórax: súbita, aguda, intensa, como punhalada, podendo ser acompanhada 
de dispnéia.
- Pneumonias bacterianas: como iniciam na porção periférica dos lobos, onde há 
estreito contato com a pleura parietal, a dor é como a da pleurite.
- Pneumonites intersticiais: dor difusa, retroesternal, exacerbada com tosse, que é 
seca.
- Dor mediastínica: surge dos tumores malignos da região, é profunda, mal definida. 
Epistaxe
• Hemorragia nasal.
• Principal de origem traumática e infecciosa das vias aéreas superiores.
Expectoração
• Escarro expelido com a tosse.
GUILHERME DAMIANI ATM 2013/1 28
• Escarro: avaliar volume, cor, consistência, transparência e o tipo (mucosos, seroso, 
purulento, hemóptico).
Hemoptise
• Eliminação, geralmente com a tosse, de sangue proveniente da traquéia, brônquios 
ou pulmões. As vezes o paciente sente uma sensação de calor ou borbulhamento 
dentro do tórax no local onde se o origina o sangramento.
• Origem:
- Artérias Brônquicas: geralmente de grande volume, ocorrendo nas 
bronqiectasias, nas cavidades tuberculosas, na estenose mitral e nas fístulas 
arteriovenosas.
- Ramos da Artéria Pulmonar: volume costuma ser menor, como acontece nas 
pneumonias, nos abscessos e no infarto pulmonar.
• Principais causas: TBC, bola fúngica, carcinoma brancogênico, bronquiectasias, 
bronquite e tromboembolismo pulmonar (TEP).
Obstrução nasal
• É sintoma conseqüente ao edema da mucosa nasal e manifestação comum em 
rinites.
• Investigar: fatores desencadeantes, a duração e a severidade. Verificar outras 
manifestações de alergias e história familiar de atopia.
Rouquidão
• Mudança no timbre da voz por alteração nas cordas vocais.
• Causa mais freqüentes: TBC, micoses e neoplasias em cordas vocais, mas também 
podem ocorrer por envolvimento do nervo recorrente esquerdo em seu trajeto 
intratorácico.
Tiragem
• É o aumento da retração dos espaços intercostais na inspiração, também ocorre o 
uso de musculatura acessória supraclavicular e supraesternal.
• Pode ocorrer nas oclusões brônquicas (por tumor, corpo estranho ou 
broncoespasmo) pela impossibilidade de o ar penetrar na árvore respiratória, 
aumentando a negatividade intrapleural na inspiração. 
Tosse
• Consiste em uma inspiração rápida e profunda, seguida de fechamento da glotee 
contração dos músculos inspiratórios, terminando com uma expiração forçada, após 
abertura súbita da glote.
• É um mecanismo de defesa das vias aéreas. Pode ser seca ou produtiva.
• Avaliação semiológica: freqüência, ritmo, intensidade, tonalidade, presença ou não 
de expectoração, relação com o decúbito e período em que predomina.
• Causas mais comuns: tosse crônica dos tabagistas, secundária a infecções 
(pneumonia, TBC) ou inflamações (asma), após intubação traqueal, relacionada a 
doença do refluxo gastro-esofágico, por aspiração de corpo estranho, associada a 
doenças pulmonares intersticiais (fibrose pulmonar...), causada por fármacos, ICE.
GUILHERME DAMIANI ATM 2013/1 29
Vômica
• Eliminação brusca pela glote de quantidade abundante de pus ou líquido de aspecto 
seroso ou mucóide. 
• Principais causas: abscesso pulmonar, empiema, mediastinites supuradas, abscesso 
subfrênico e TBC.
2. ANATOMIA
• Ângulo de Louis ou manúbrio-esternal : ao 
lado há a segunda costela, está na mesma 
altura de T4, corresponde à bifurcação da 
traquéia e à parte mais alta da croça da 
aorta.
• Ângulo de Charpy ou costal-xifoideano .
• Os pulmões estendem-se 3-4 cm acima da 
clavícula.
3. EXAME FÍSICO
AVALIAÇÃO INICIAL
• Boca e nasofaringe: estado dos dentes, halitose, amígdalas, gota posterior, 
características da voz, mucosa nasal (secreção, desvio de septo, cornetos).
• Pescoço: posição e mobilidade da traquéia (mover para lados e deglutir), linfonodos, 
nódulos e massas, turgência jugular, tiragem da musculatura acessória.
• Mãos: baqueteamento digital (tumores malignos pulmonares, doenças supurativas 
crônicas, hepatopatias, DPOC, cardiopatia congênita), cianose periférica.
SEMIOLOGIA DO TÓRAX
• Examinar a região posterior com paciente sentado, com braços cruzados com as 
mãos nos ombros opostos para afastar escápulas, e região anterior com paciente em 
decúbito dorsal. 
Inspeção
• Divide-se a expansão do tórax em estática e dinâmica. A inspeção estática 
compreende a forma do tórax e a presença ou não de abaulamentos e depressões 
enquanto a inspeção dinâmica analisa-se o tipo respiratório, o ritmo e a freqüência 
da respiração, a amplitude dos movimentos respiratórios, a presença ou não de 
tiragem e a expansibilidade dos pulmões.
a) Inspeção Estática
• Biótipo: longelíneo, normolíneo ou brevelíneo.
• Estado de consciência.
• Pele: coloração (cianose e palidez), hidratação, lesões cutâneas e cicatrizes.
• Anomalias congênitas/adquiridas, localizadas/difusas, simétricas ou não.
• Mamas: ginecomastia e assimetrias.
• Sistema muscular: pontos de ancoragem.
• Partes ósseas: retrações, abaulamento, depressões, escoliose, giba, cifose, lordose.
• Circulação venosa colateral.
• Forma do tórax:
GUILHERME DAMIANI ATM 2013/1 30
- Normal: simétrico em volume e forma, não apresenta massas, nódulos ou outras 
lesões. Nos adultos, o tórax normal apresenta relação entre os diâmetros antero-
posterior e lateral (ou transverso) de 1:2 e 5:7. Nas crianças o tórax 
tende a ser redondo e se faz elíptico com a idade.
- Em tonel ou barril: envelhecimento normal ou enfisema, 
decorrente da hiperinsuflação pulmonar. Frequentemente está 
associado à cifose dorsal. A relação entre o diâmetro transverso e 
ântero-posterior é perto de 1:1.
- Em funil ou infundibiliforme (peito escavado): caracterizado 
por depressão na parte inferior do esterno até o apêndice xifóide, 
alteração que pode chegar na altura da terceira costela. É uma 
deformidade congênita e usualmente de importância apenas estética. 
Pode causar sopros pela compressão do coração e grandes vasos. 
- Cariniforme ou peito de pomba/em quilha: há o deslocamento 
do esterno deslocado para frente, aumentando o diâmetro ântero-
posterior. Sulco de Harrison consiste em um sulco horizontal que 
aparece em cada lado do tórax acima da borda costal, em geral 
simetricamente. Ocorre pela depressão das cartilagens e costelas 
adjacentes ao esterno. O tórax cariniforme pode ser congênito ou 
adquirido (raquitismo, asma crônica, infecções respiratórias de 
repetição). 
- Piriforme: aspecto de pêra invertida, dando a impressão que o paciente está sempre 
inspirando. Em asmáticos crônicos com crises desde a infância.
- Plano, achatado ou paralítico: redução do diâmetro ântero-posterior, dando a 
impressão que o paciente está sempre expirando. Comum em longilíneos.
b) Inspeção dinâmica
• Freqüência respiratória: Eupnéia, Bradipnéia eTaquipnéia
• Considerar: postura ortopnéia com o uso de musculatura acessória – em situações de 
doenças obstrutivas com hiperinsuflação pulmonar, o paciente assume a posição 
sentada como preferência, deslocando os ombros para frente.
• Avaliar o movimento das margens costais: em pacientes com hiperinsuflação e 
retificação do diafragma, a contração dos músculos intercostais aproxima as 
margens intercostais na inspiração.
• Verificar presença de tiragem (aumento da retração dos espaços intercostais) e 
batimento da asa do nariz.
• Avaliar sincronia tóraco-abdominal ou respiração paradoxal (sinal da gangorra): 
traduz fadiga diafragmática. O normal é a protrusão do tórax e abdome na 
inspiração.
GUILHERME DAMIANI ATM 2013/1 31
• Sinal de Lemos Torres: abaulamento expiratório nos últimos espaços intercostais na 
linha axilar posterior que indica derrame pleural.
• Alterações no ritmo respiratório:
- Respiração de Kussmaul: respiração profunda associada a acidose metabólica. A 
amplitude dos movimentos produz hiperventilação para tentar eliminar o excesso de 
CO2 no sangue.
- Respiração de Cheyne-Stokes: respiração aumenta a diminui de forma cíclica, 
alternando períodos de respiração profunda e hiperpnéia com apnéia. Causas: 
insuficiência cardíaca, insuficiência renal, depressão respiratória medicamentosa, lesão 
cerebral diencefálica (gasping).
- Respiração atáxica ou de Biot: caracteriza-se por uma irregularidade 
imprevisível. Causas: depressão respiratória e lesão bulbar.
- Respiração suspirada: respiração intercalada por suspiros pode ser causada por 
síndrome de hiperventilação, causa comum de dispnéia e vertigem.
-Respiração obstrutiva: característica da DPOC, em que a respiração é prolongada 
em virtude da maior resistência das vias aéreas. Se a freqüência respiratória aumenta, o 
paciente não tem tempo para expiração completa. O tórax hiperexpande-se aprisionando 
ar, e a respiração fica mais superficial e assim se mantém.
Palpação
• Verificar áreas de dor à palpação.
• Verificar alterações observadas na inspeção.
GUILHERME DAMIANI ATM 2013/1 32
• Avaliar expansão respiratória (amplitude e simetria) com as mãos abertas do 
examinador sobre o tórax, paciente deve inspirar profundamente.
• Palpação dos Gânglios: região cervical, região axilar, fossa supraclavicular.
• Avaliar lesões superficiais: forma, volume e consistência.
• Avaliar o frêmito toracovocal: paciente deve repetir o número 33, comparando um 
lado com o outro. 
- Nas condições que aumentam a densidade pulmonar 
(consolidação, pneumonia), a transmissão do frêmito é aumentada.
- Redução ou desaparecimento do frêmito se relaciona a 
anormalidade que impeça a transmissão das ondas sonoras 
originadas na laringe (derrame pleural, pneumotórax, obstrução 
brônquica, DPOC, fibrose pleural, tumor infiltrante na pleura, 
parede torácica muito espessada).
Percussão
• Comparar um lado com o outro sempre. 
• Paciente despido
• Dedo deve ser colocado nos espaços intercostais
• Situações como obesidade, musculatura 
hipertrofiada e edemadiminuem a percussão.
• Som normal: som claro pulmonar.
- Áreas de macicez normal: hepática, cardíaca, 
escápulas, submacicez na esplênica.
- Timpanismo normal: espaço de Traube (região de projeção do fundo do 
estômago).
- Timpanismo anormal (hiperressonante): indica aprisionamento de ar pleural ou 
intrapulmonar. Difuso no enfisema e mais localizado no pneumotórax. 
- Macicez anormal (hiporresonante): ocorre qdo líquido ou sólido substituem o 
ar pulmonar ou ocupam o espaço pleural. Derrame pleural (no volumoso, há macicez 
pétrea), consolidações pulmonares (pneumonia, infarto pulmonar, neoplasias, fibrose). 
Ausculta
• Paciente deve respirar fundo com a boca aberta.
• Comparar um lado com o outro.
• Observar o tempo da fase expiratória da respiração.
• Inicia auscultando na face posterior do tórax e após nas faces laterais e anteriores.
GUILHERME DAMIANI ATM 2013/1 33
4. SONS PULMONARES
Sons Normais
• Som tubular (traqueal, brônquico ou traqueobrônquico): na traquéia e projeção 
dos brônquios centrais. Reflete fluxo turbulento. Duração exp>insp, com pausa entre 
elas, e alta intensidade.
• Som broncovesicular (broncoalveolar): sobre 1º e 2º EI anterior e espaço 
interescapular D posterior. Duração exp=insp, sem pausa entre elas, e média 
intensidade.
• Som vesicular (murmúrio vesicular): nos campos pulmonares periféricos, inp 3x 
maior que exp, sem pausa entre elas, e intensidade suave.
Sons Anormais
• Se desaparecem após a tosse, indica que não são causados por secreção.
• Divididos em Pulmonares epleurais.
a) Pulmonares ou estertores: são os ruídos mais encontrados na .insuficiência 
cardíaca. Podem ser contínuos ou descontínuos
1) Contínuos:
- Sibilos: provocados pelo fluxo rápido de ar por brônquios estreitados por 
broncoespasmo e hipersecreção. São agudos. Mais na expiração. Ex: asma, DPOC, 
bronquite.
- Roncos: sons graves provenientes de brônquios maiores, em pctes com bronquite 
aguda e DPOC, com acúmulo de secreção. Mais na inspiração. 
2) Descontínuos:
- Crepitantes finos ou secos: indicam reexpansão de centenas de alvéolos 
colapsados na expiração anterior. Mimetizadas esfregando os dedos numa mecha de 
cabelo ou abrindo velcro. Principalmente no final da inspiração (teleinspiratórias). São 
agudos, com baixa amplitude e curta duração. Sugestivos de doença no parênquima 
pulmonar, como fibrose, pneumonia. 
- Crepitantes bolhosos, grossos ou úmidos: produzido quando ar passa pelas 
secreções nas vias aéreas mais calibrosas (traquéia e brônquios). Auscultados na 
inspiração e expiração. São graves, com alta amplitude e longa duração. Ex: bronquite.
b) Pleural
1) Atrito pleural: produzido pelo atrito das pleuras inflamadas.Som áspero, 
confinado a área da parede torácica. Auscultado na ins e expiração.
• Sopro Tubário: Ocorre quando há plena consolidação pulmonar e se ausculta a 
respiração brônquica em área que deveria apresentar murmúrio vesicular.
• Sopro Cavitário: sopro de tonalidade baixa, grave, timbre rude e intensidade maior 
na expiração. Existe uma interposição de uma cavidade contendo ar e formando uma 
caixa de ressonância, situada entre a condensação e a parede torácica. Deve haver 
comunicação com brônquio.
• Sopro Anfórico: sopro com timbre metálico. Grande cavidade. Encontrado no 
pneumotórax e nas grandes cavernas.
• Voz:
- Egofonia (alteração anasalada do som, de “i” para “ei”)
- Broncofonia (transmissão mais alta e clara do som), 
- Pectorilóquia afônica (sons sussurrados e baixos ouvidos mais altos e claros): 
GUILHERME DAMIANI ATM 2013/1 34
 Referem-se ao aumento da transmissão do som por locais de densidade aumentada 
por acúmulo alveolar de secreção (consolidação) ou tumor.
DOENÇAS INSPEÇÃO DINÂMICA FRÊMITO PERCUSSÃO
MURMÚRIO 
VESICULAR
SONS 
ADVENTÍCIOS
ICE (inicial) Normal/↓ Normal Claro Normal
Crepitantes nas 
bases (no fim da 
insp), às x sibilos
CONSOLIDAÇÃO 
PULMONAR ↓ ↑ Maciço Sopro tubário
Crepitações no fim 
da insp
BRONQUITE 
CRÔNICA Normal Normal Claro Normal/↑
Roncos, sibilos, 
crepitantes 
bolhosos
ATELECTASIA ↓ Ausente Maciço ↓/ausente -
ASMA ↓ Timpânico Abafado Sibilos, às x estertores
ENFISEMA ↓ ↓ Timpânico ↓ -
DERRAME 
PLEURAL ↓ ↓/ausente Maciço ↓/ausente
Pode ter atrito 
pleural 
PNEUMOTÓRAX ↓ ↓/ausente Timpânico ↓/ausente -
5. PRINCIPAIS SÍNDROMES
ABSCESSO PULMONAR
• Infecção no parênquima com necrose, em geral causado por bactérias. 
• Quadro clínico: mal estar, perda de peso, febre, tosse produtiva com escarro fétido e 
purulento.
ASMA
• Hiper-reatividade da traquéia e brônquios a vários estímulos, manifestada por 
estreitamento difuso das vias aéreas. 
• Quadro clínico: dispnéia, tosse, sensação de aperto no peito, sibilos, taquicardia, 
taquipnéia, aumento do tempo expiratório, tiragem.
BRONQUIECTASIAS
• Dilatação anormal e permanente dos brônquios, por causas infecciosas ou não. 
• Quadro clínico: tosse com escarro purulento e fétido, infecções respiratórias 
recorrentes, anorexia, perda de peso, presença de estertores, roncos, aumento da 
expiração, macicez, redução do murmúrio vesicular.
CARCINOMA BRÔNQUICO
• Manifestações pela localização: tosse, escarro hemático, dispnéia, pneumonias de 
repetição, dor.
• Manifestações sistêmicas: astenia, anorexia, emagrecimento, febre.
• Manifestações pela extensão direta da neoplasma:
- Para parede torácica: Tumor de Pancost (no ápice pulmonar) = síndrome de 
Claude-Bernard-Harner (ptose palpebral, miose, enolftalmia (olho para dentro) → 
acomete o S cervical) + invasão do plexo braquial (segurando braço) + destruição de 
arcos costais.
GUILHERME DAMIANI ATM 2013/1 35
- Para mediastino: disfonia (invasão do recorrente), síndrome da VCS ( invasão 
da VCS com congestão jugular), dispnéia (invasão do frênico ou traquéia), arritmias 
(invasão do coração).
DERRAME PLEURAL
• Acúmulo anormal de fluido no espaço pleural (transudato, exsudato, empiema, 
hemotórax). 
• Quadro clínico: dispnéia, tosse seca, dor pleurítica. 
DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA (DPOC)
• Enfisema e/ou bronquite crônica obstrutiva, sendo tabagismo o fator principal.
• Na Bronquite crônica ocorre secreção excessiva de muco pelos brônquios, com 
tosse produtiva por 3 meses ou + por pelo menos 2 anos. 
• No Enfisema é aumento anormal e permanente dos alvéolos, destruindo a 
elasticidade de suas paredes (dificulta expiração).
EMBOLIA PULMONAR
• Ocorre quando um coágulo (trombo), que está fixo numa veia do corpo, se 
desprende e vai pela circulação até o pulmão, onde fica obstruindo a passagem de 
sangue por uma artéria. A área do pulmão suprida por esta artéria poderá sofrer 
alterações com repercussões no organismo da pessoa, podendo causar sintomas. Às 
vezes, mais de um trombo pode se deslocar, acometendo mais de uma artéria.
• Quadro clínico: dispnéia súbita, taquipnéia, dor pleurítica súbita...
PNEUMONIAS
• Inflamação das vias aéreas terminais, espaços alveolares e interstício, princ. por 
vírus e bactérias. 
• Quadro clínico: febre aguda, tosse produtiva ou seca, dor pleurítica. Para dar 
dispnéia, a pneumonia precisa ser intensa, avançada.
PNEUMOTÓRAX
• Acúmulo de ar no espaço pleural, espontâneo (1º ou 2º a doença pulmonar) ou 
traumático (penetrante ou não). 
• Quadro clínico: dor torácica, tosse, dispnéia.
TUBERCULOSE
• Infecção causada por um microorganismo chamado Mycobacterium tuberculosis, 
também conhecido por bacilo de Koch.
• Quadro clínico: tosse seca ou produtiva, chiado no peito, febre intermitente 
(vespertina), astenia, anorexia, emagrecimento, sudorese

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