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Sociologia 1° semestre- Direito

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Sociologia ProfºCassio
Conteúdo
1-Fundamentoa sociologia
2-Principais representantes(conte,Durkheim,Weber,Marx)
3-Processos sociais
4-Instituiçôes sociais(Familiar,Educacional,Relegiosa,Politica)
Estantevirtual.com.br
Livros 1-Cristina Costa Sociologia:Introdução a sociedade 
2-Lakatos,Eva Maria Marconi,Maria Andrade Sociologia Geral
10/02/15 
 Surgimento da Sociologia
Ciência Social -Sociologia-Sociedade
 -Antropologia-Cultura
 -Ciência Politica-Poder
‘’Quando, em algum país, o governo comete injustiças, então o único lugar onde um cidadão honesto pode viver é na cadeia’’ Thoreau, místicos e poeta americano. 
Trabalho: para 17/3
Conceitos para a compreensão da vida social
-Convívio Social
a) Physis-Natureza(homem sociedade)
A Natureza é: Natural, necessária e contínua.
b)Nómos-ordem/convenção
‘’Amor por princípio, ordem por base e o progresso por fim.’’
Auguste Comte: 1798-1857 Positivismo
1)Darwinismo social
2)Física Social
3)Lei de três estágios
4)Mudança social- Dinâmica- Estático 
5)Organicismo
Émile Durkheim: 1858-1917
1)O fato social
2)Objetividade do Fato social
3)sociedade: Organismo em adaptação
4)A consciência coletiva
5)Solidariedade mecânica e solidariedade orgânica
Max Weber: 1864-1920
1)Sociedade numa perspectiva histórica
2)A ação social-Ação com sentido
3)A tarefa do cientista
4)O tipo ideal
5)A ética protestante e o espírito do capitalismo
CONCEITOS BÁSICOS PARA A COMPREENSÃO DAVIDA SOCIALSOCIALIZAÇÃO E SOCIABILIDADE
O homem precisa do seu semelhante para sobreviver;
Sociabilidade:
capacidade de viver em sociedade;
Socialização:
integração, assimilação das regras sociais;
Contatos sociais:
primeiro passo para que ocorra qualquer associação humana. Ex: compras, bate papo, educação etc.
Tipos de contatos sociais
•
Contatos primários:
contatos pessoas e que tem uma forte base emocional; (família)
•
Contatos secundários:
contatos impessoais, calculados, formais. (cobradores de ônibus)
Efeitos:
as pessoas desenvolvem tipos de vida diferentes a depender dos contatos sociais. EX: Lavrador – Executivo
Atualmente:
diminuição dos contatos primários e aumento dos contatos secundários
CONVÍVIO SOCIAL, ISOLAMENTO E ATITUDES
O convívio social só é possível através dos contatos sociais: sua ausência caracteriza o isolamento social. São influenciadores do isolamento social:
•
Atitudes de ordem social: preconceitos de cor, religião, sexo e etc.
•
Atitudes de ordem individual: timidez ,desconfiança, e etc.
COMUNICAÇÃO:
A comunicação é vital para a convivência e para a existência humana; A principal forma de comunicação é a linguagem; Os meios de comunicação foram se aperfeiçoando com o passar do tempo.Atualmente a internet é a maior rede de comunicaçãomundial;
INTERAÇÃO SOCIAL
Interação social:
quando há uma modificação de comportamento, idéias e atitudes que resulta de contatos socais, comunicação e etc.
Pode ser:
Pessoa _____PessoaPessoa _____GrupoGrupo______Grupo Pode ser também que: haja influência de um sobre o outro(recíproca); E também aquela em que só um influencia: ex: Televisão, livros e etc. A interação social quando efetivada recebe o nome derelação social.
PROCESSOS SOCIAIS
•
Indica uma interação social, movimento, mudança .
Tipos: Processos associativos:
cooperação, acomodação, associação;
Processos dissociativos:
competição e conflito;
COOPERAÇÃO:
forma de interação social na qual diferentes pessoas ou grupos trabalham juntos para um mesmo fim. Pode ser: Direta e indireta.
COMPETIÇÃO:
é uma relação desarmônica, em que pelo menos uma das espécies envolvidas é prejudicada. EX: Comércio, vestibular, escola, Nem todos podem obter os melhores lugares na esferasocial e isso gera fortes competições.
CONFLITO:
é quando a competição assume proporções maiores e levam aos conflitos envolvendo os indivíduos ou grupos sociais. Conflito social é um processo através do qual o homem provoca as mudanças sociais.
Acomodação:
aceitação da “derrota” em função da sobrevivência do grupo. Aceitação da vontade do grupo vencedor. EX: Venezuela. O conflito só desaparece com a acomodação.
ASSIMILAÇÃO:
é a solução definitiva e tranquila dos conflitos sociais. Processo de ajustamento pelo qual os indivíduos ou grupos diferentes se tornam mais semelhantes. Ex: imigrante; conversão (política e religiosa)
Materia prova. Reinaldo Dias
A revolução industrial e o surgimento do social como ploblema
Cristina costa o que fala de
Comte- Durkheim- Weber- Marx 
Mestres das Ciências Sociais 
MESTRES DAS CIÊNCIAS SOCIAIS
A Sociologia e as demais ciências sociais têm sido consideradas produtos da Revolução Industrial e da Revolução Intelectual. O progresso industrial capitalista demandou um notável desenvolvimento da ciência e da técnica. Inúmeras pessoas dedicaram longos anos a estudar a vida em sociedade, procurando descobrir seus segredos e tornar mais claras as relações que existem entre os homens.
 Segue a baixo uma apresentação das principais idéias e biografia de Comte, Marx, Weber e Durkheim: 
Auguste Comte (1798-1857) : Isidore Auguste Marie François Xavier Comte, filósofo e matemático francês, foi o fundador do Positivismo e pai da Sociologia, criou uma nova ciência para estudar a humanidade, chamou-a de física social, em 1828. Em 1839, mudou o termo para Sociologia.
Em 1826, começou a elaborar as lições do Curso de Filosofia Positiva.
Em 1842, publicou sua grande obra: Curso de Filosofia Positiva, constituída de seis volumes. A partir de 1846, toda sua obra passou a ter um sentido religioso, deixou de ser católico e fundou a Religião da Humanidade, mudando as teorias reacionárias da Igreja da época.
Para Comte, a Sociologia procura estudar e compreender a sociedade, para organizá-la e reformá-la depois. Os estudos da sociedade deveriam ser feitos com espírito científico e objetividade.
Positivismo é a doutrina criada por Augusto Comte que sugere a observação científica da realidade, cujo conhecimento viabilizaria o estabelecimento de leis universais para o progresso da sociedade e dos indivíduos. Comte acreditava ser possível observar a vida social por meio de um modelo científico, interpretando a história da humanidade, e a partir dessa análise, criar um processo permanente de melhoria e evolução. Para Comte o homem passa por três estágios na vida: estado teológico, estado metafísico e estado positivo – a lei dos três estados.
No estado teológico ou fictício a explicação dos fatos decorre de vontades análogas à nossa (a tempestade, por exemplo, será explicada por um capricho da natureza do dos ventos). Este estado evolui do fetichismo ao politeísmo e posteriormente ao monoteísmo.
No estado metafísico o homem projeta espontaneamente sua própria psicologia sobre a natureza.
Já no estado positivo, contenta-se em descrever fatos, não procurando muitas explicações. Baseia-se nas leis positivas da natureza que nos permite, quando um fenômeno é dado, prever o próximo fenômeno e eventualmente agindo sobre o primeiro transformar o segundo.
Para Comte, a lei dos três estados não é somente verdadeira para a história da nossa espécie, ela é também para o desenvolvimento de cada indivíduo: A criança dá explicações teológicas ao mundo, o adolescente é metafísico, ao passo que o adulto chega a uma concepção positivista das coisas.
CustomValidatPlease insert at least one tag O lema da Bandeira Nacional “Ordem e Progresso”, criado por Benjamin Constant, é de inspiração comtista.
Karl Marx (1818-1883) : Filósofo e economista alemão, estudou na Universidade de Berlim, interessando-se pelas idéias do filósofo Hegel. Em 1842 assumiu o cargo de redator-chefe do jornal alemão Gazeta Renana, onde tinha uma postura política de um liberal radical. Em Paris conheceu Friedrich Engels, com quem escreveria vários ensaios e livros.
Em 1847, redigiu com Engels o Manifesto Comunista, primeiro esboço da teoria revolucionária, que mais tardeseria chamado marxismo. No Manifesto, Marx convoca o proletariado à luta pelo socialismo.
Os primeiros socialistas foram chamados por Marx de utópicos porque, apesar de criticarem o capitalismo e promoverem vários modelos de socialismo comunitário, não indicaram com clareza o caminho para a sociedade como um todo. Karl Marx, ao contrário, procurou interpretar o movimento geral da sociedade através do materialismo histórico ou dialético, e realizou a mais profunda análise do capitalismo feita até hoje, sem deixar de indicar caminhos para a ação política.
Fundou em 1864, a Associação Internacional dos Trabalhadores, chamada depois de Primeira Internacional dos Trabalhadores com objetivo de organizar a conquista do poder pelo proletariado em todo o mundo. Em 1867, publicou o primeiro volume de sua obra mais importante, O Capital, em que faz uma crítica ao capitalismo e à sociedade burguesa.
Marx é o principal idealizador do socialismo e do comunismo revolucionário. O marxismo, conjunto de idéias político-filosóficas, propunha a derrubada da classe dominante, através de uma revolução do proletariado, criticava o capitalismo e seu sistema de livre empresa. Propunha uma sociedade na quais os meios de produção fossem de toda a coletividade.
Èmile Durkheim (1858-1917) : Sociólogo francês, lecionou Sociologia e Pedagogia na Sorbonne de Paris. É considerado o fundador da sociologia moderna, foi um dos primeiros a estudar mais profundamente o suicídio, que, segundo ele, é praticado na maioria das vezes em virtude de desilusão do indivíduo com relação ao seu meio social.
Para Durkheim, o objeto da sociologia são os fatos sociais, os quais devem ser estudados como coisas. Os fatos sociais consistem em maneiras de agir, de pensar e de sentir exteriores ao indivíduo.
A sociedade não é simples soma de indivíduos, e sim sistema formado pela associação, que representa uma realidade específica com seus caracteres próprios. Nada se pode conduzir de coletivo se consciências particulares não existirem, é necessário que as consciências estejam associadas, combinadas de determinada maneira.
O sistema sociológico de Durkheim baseia-se em quatro princípios :
1. A Sociologia é uma ciência independente das demais Ciências Sociais e da Filosofia.
2. A realidade social é formada pelos fenômenos coletivos.
3. A causa de cada fato social deve ser procurada entre os fenômenos sociais que o antecedem.
4. Todos os fatos sociais são exteriores ao indivíduo, formando uma realidade específica.
Segundo Durkheim, o homem é um animal que só se humaniza pela socialização.
Suas principais obras: A divisão do trabalho social (1893), As regras do método sociológico (1894), O suicídio (1897).
Max Weber (1864-1920) : Sociólogo alemão, foi professor de economia e participou da comissão que redigiu a Constituição da República de Weimar. Weber é considerado um dos mais importantes pensadores modernos, fundou a disciplina chamada Sociologia da Religião.
Para Weber, o objeto da Sociologia é o sentido da ação humana individual que deve ser buscado pelo método de compreensão, baseado no estudo da mente humana. Max Weber concebeu a pessoa humana como um ser capaz de agir e que não é passivo frente às forças da natureza. A sociedade para Weber, constitui um sistema de poder, pois as relações cotidianas, de classes, empresarial, por exemplo, se deparam com o fato de que o indivíduo tem condição de impor sua vontade a outros. Weber elabora os fundamentos de uma sociologia compreensiva ou interpretativa.
Ao contrário de Durkheim, Weber não pensa que a ordem social tenha que se opor e se distinguir dos indivíduos como uma realidade exterior a eles, mas que as normas sociais se concretizam exatamente quando se manifestam em cada indivíduo sob a forma de motivação. E Weber distingue quatro tipos de ação social que orientam o sujeito:
· a ação racional com relação a um objetivo, como, por exemplo, a de um engenheiro que constrói uma estrada, onde a racionalidade é medida pelos conhecimentos técnicos do indivíduo visando alcançar uma meta.
· a ação racional com relação a um valor, como um indivíduo que prefere morrer a abandonar determinada atitude, onde o que se busca não é um resultado externo ao sujeito mas a fidelidade a uma convicção.
· a ação afetiva, que é aquela definida pela reação emocional do sujeito quando submetido a determinadas circunstâncias.
· a ação tradicional que é motivada pelos costumes, tradições, hábitos, crenças, quando o indivíduo age movido pela obediência a hábitos fortemente enraizados em sua vida.
Weber vê como objetivo primordial da sociologia a captação da relação de sentido da ação humana, ou seja, chegamos a conhecer um fenômeno social quando o compreendemos como fato carregado de sentido que aponta para outros fatos significativos. O sentido, quando se manifesta, dá à ação concreta o seu caráter, quer seja ele político, econômico ou religioso. O objetivo do sociólogo é compreender este processo, desvendando os nexos causais que dão sentido à ação social em determinado contexto.
Principais obras: A ética e o espírito do capitalismo (1905), Economia e sociedade (1922) publicada após sua morte.
Este artigo vem apresentar dos aspectos primordiais para uma reflexão do indivíduo em sociedade e abordar uma interpretação e análise dos principais aspectos do surgimento do problema social na abordagem sociológica com o advento da Revolução Industrial. Portanto, a sociologia, segundo o dicionário filosófico de RUSS (1994, p. 277), é um termo criado por Auguste Comte a parti da palavra latina socius, social, e da palavra grega logos, estudo, ciência. Ou seja, é o estudo social, mas particularmente Ciências dos fenômenos sociais. Entretanto, conforme Vila Nova (2000), a sociologia nasceu como tentativa de buscar soluções racionais, cientificas, de acordo com a pretensão de Comte, para os problemas sociais resultantes da Revolução Industrial e de decomposição da ordem social aristocrática na França do inicio do século XIX.
O surgimento da sociologia não é obra de um só homem, representa a conseqüência de um processo histórico, intelectual e científico que teve com sua máxima no século XVIII. Ocorreu num contexto histórico especifico, que coincide com a desagregação da sociedade feudal e a conseqüente consolidação da sociedade capitalista. A Revolução Francesa arruinou as instituições que davam legitimidade a um sistema político e econômico em decadência. Tratava-se de uma revolução comandada pela burguesia que, dotada de poder econômico, exigia o poder político. Finalmente a Revolução Francesa é o marco de uma nova era, em que a crença na razão humana supera qualquer tradição religiosa. O homem seria, em si mesmo, capaz de compreender qualquer coisa, inclusive a sociedade. É, pois, num momento de intensa racionalidade que faz sentido acreditar numa Ciência Social. 
De fato, se a França foi o berço da sociologia através de Comte e Durkheim, também é verdade que a Revolução Francesa foi, ao lado da Revolução Industrial, um dos mais importantes pilares das condições sociais para a emergência desta disciplina. Portanto, “são os acontecimento desencadeados pelas duas revoluções desse século que possibilitaram o aparecimento da Sociologia” (DIAS, 2004, p. 20). De forma clara e expressiva, esta revolução mostrou que a ordem social vigente não é eterna, nem inquestionável, dando aos homens a certeza de que são agentes criativos, fazendo à História.
Combinando o uso da razão e da observação os pensadores do iluminismo analisaram vários aspectos da sociedade. Seu objetivo, ao analisar as instituições da época, era demonstrar que elas eram irracionais e injustas, e que impediam a liberdade dos homens. “Se impediam a liberdade do homem deveriam ser eliminadas” (DIAS, 2004, p. 21). Esse tais pensamentos revolucionários levaram a terem um importante papel na Revolução Francesa de 1789. 
Como conseqüência da Revolução Industrial, principalmente profundas mudança no campo social, as cidades cresceram enormemente como afluxo de massa de camponeses atraídas para o trabalho nas fabricas, surgindo uma nova classe social, o proletariado industrial. A sociologia surgiu em grande medida em decorrência doa abalos na sociedade provocada por esta revolução. Uma outra circunstância que contribuiu para o surgimento da sociologia foi à evolução das formas de pensamento e que somadas aos problemas advindo da rápida industrialização possibilitou seu aparecimento. Conforme Dias (2004, p. 21), 
Essa evolução do pensamento humano, levando-o a utilizar razão para um livre
exame da realidade, inclusive a social, juntamente com os problemas originados 
pela revolução industrial foram as duas principais circunstâncias que possibilitaram 
o surgimento da Sociologia. Quem em seu início preocupou-se em “organizar” a
Sociedade.
A Revolução Industrial consistiu em um conjunto de mudanças tecnológicas, com profundo impacto no processo produtivo em nível econômico e social. Iniciada na Inglaterra no século XVIII, expandiu-se pelo mundo a partir do século XIX. Ao longo do processo, a era agrícola foi superada, a máquina foi suplantando o trabalho humano, uma nova relação entre capital e trabalho se impôs, novas relações entre nações se estabeleceram e surgiu o fenômeno da cultura de massa, entre outros eventos. Essa transformação foi possível devido a uma combinação de fatores, como o liberalismo econômico, a acumulação de capital e uma série de invenções, tais como o motor a vapor. O capitalismo tornou-se o sistema econômico vigente.
A revolução Industrial foi essencial para a formação do que hoje entendemos por sociedade moderna, e, com efeito, é importante pensar a Sociologia sem ela. A força da expansão comercial acarreta uma ruptura com a crença fundamental daquele período. Entretanto, se antes a Igreja Católica dava as bases de um pensamento místico e mesmo mágico, agora a racionalização do Iluminismo a substitui, tornando possível uma mentalidade que põe sucesso e dinheiro em pé de igualdade. 
A crescente demanda por matérias-primas para a indústria têxtil leva à expansão interna da atividade pecuarista e é graças ao cercamento das terras comunais que há a expulsão de um enorme contingente de mão de obra do meio rural para a cidade. Portanto, esta expulsão será responsável pela liberação de um numeroso grupo de despossuídos que se sujeitará às precárias condições de uma indústria nascente. A Revolução Industrial se apresenta como o ápice da modernidade, tornando a Inglaterra palco de uma das suas mais cruéis conseqüências: o aparecimento de uma massa de despossuídos expõe os primeiro problemas modernos à sociedade da época. É na tentativa de resolver estas questões que nascem os sociólogos e a Sociologia.
O Objeto de Estudo dos Sociólogos: uma abordagem preliminar da Sociologia.
A Sociologia como disciplina surgiu no século XIX, quem consagrou o uso da palavra Sociologia foi Augusto Comte, no ano de 1839, que a utilizou em substituição da expressão física social, por denominar essa nova ciência e definir o seu campo de trabalho, comte é considerado o “pai” da Sociologia”. Uma ciência caracteriza-se pelo seu objeto de estudo e pelos seus métodos. Quanto à Sociologia, o seu objeto se encontra no exame dos fenômenos coletivos, através de teorias e métodos próprios. Mais nem todos os teóricos estão de acordo com relação ao objeto de estudo, envolvendo uma diversificação teórica. Podemos destacar duas notáveis conceituações nas teóricas de Durkheim e Max Weber.
Durkheim – formulou com firmeza e convicção com conteúdo afirmativo que fortemente repercutiu nas interpretações sociológicas. Qualificou, com efeito o fato social com uma “coisa”, e proclamou com louvor que, para estudá-lo, fossem aplicados os métodos e processo, isto é, os recursos experimentais empregados nas ciências exatas. Para a explicação do fato social havia a necessidade de investigação das causas sociais e não meramente históricas, psicológicas e biológicas. Ele apresentou uma definição clara, em defesa do seu ponto de vista: “É fato social toda maneira de agir, fixa ou não, suscetível de exercer sobre o indivíduo uma coerção exterior, que é geral na extensão de uma sociedade dada, apresentando uma existência própria, independente das manifestações individuais que possa ter” (Durkheim apud Lakatos, 1999, p. 68).
Marx Weber – a sociologia na sua interpretação, é uma ciência que tem por objetivo compreender claramente a conduta humana e fornecer explicação causal de sua origem e resultados. Se são as atitudes que explicam a conduta social, faz-se necessário pesquisar a natureza e a operação desses fatores, levando-se em consideração, principalmente, serem estas atitudes afetadas ou modificadas por motivos e ações de outros indivíduos. Padrões e categoria de validade sociológica revelar-se-iam através da atividade do indivíduo em suas relações com outras pessoas. A conduta social seria, então, o caminho para a compreensão da situação social e o entendimento das intenções. 
Portanto, a compreensão social deve desenvolver a análise dos efeitos que o ser humano procura conseguir. A ação humana para Marx, “é social à medida que, em função da significação subjetiva que o indivíduo ou os indivíduos que agem lhe atribuem, toma em consideração o comportamento dos outros e é por ele afetada no seu curso” (Rocher apud Lakatos, 1999, p. 74).
Alguns autores dizem que é uma ciência da sociedade, outros, que seu objeto é o estudo dos fenômenos sociais, das instituições, das relações humanas, etc. Entretanto, mesmo havendo diferentes interpretações e definições, há uma concordância mais ou menos generalizada de que o conteúdo essencial da sociologia seja o estudo das relações e interações humanas. 
O Surgimento Do Problema Social Na Abordagem Sociológica Com O Advento Da Revolução Industrial.
Na análise social ocorreu uma grande concentração humana nas cidades inglesas devido às profundas transformações que estavam ocorrendo nos campos. A agricultura inglesa do século XVII vinha passando por uma profunda reestruturação. O processo conhecido como enclosures “cercamento” buscava maior produtividade no campo, tendo o lucro como objetivo principal. Este sistema levou uma grande massa de camponeses à miséria, sendo forçado a abandonar suas terras em busca de trabalho nas cidades que estavam em franco crescimento. Como conseqüência dessas mudanças no campo, as cidades cresceram enormemente devido ao afluxo das massas de camponeses atraídos para o trabalho nas fábricas, formando o proletariado industrial. Entre 1790 e 1841, em 50 anos, a cidade de Londres passou de 1 milhão de habitantes a perto de 2,5milhões, cerca de 150 %. Portanto, conforme Dias (2004) este rápido processo de urbanização provocou a degradação do espaço urbano anterior, do meio ambiente, e a destruição dos valores tradicionais.
As condições de habitação se agravaram com o surgimento de problemas novos, tais como: a contaminação da água e do ar, acumulação de detritos humanos e o lixo urbano e industrial. Por conseguinte, ocorria uma monstruosa exploração do homem pelo homem nas fabricas, onde se trabalhava em jornadas de mais de 16 horas por dia e levando em consideração a exploração de crianças e mulheres por salários ultrajantes, denegrindo totalmente a dignidade humana, vivendo em precárias condições de habitação, em sua maioria vivendo em casas sujas, superlotadas e sem as mínimas condições de infra-estrutura como água e esgoto que eram jogados a céu aberto. 
Essas condições urbanas provocaram problemas sociais gravíssimos advindo da rápida urbanização: doenças, ausência de moradia, prostituição, alcoolismo, suicídios, infanticídios, violência (crimes contra a vida), surtos de epidemias de tifo, cólera e etc. Essa profundidade das transformações em curso colocava para os filósofos da época a sociedade num plano de análise, ou seja, por se constituir num problema, tornava-se objeto de estudo. Fica evidente porque emergiu com bastante intensidade a reflexão da questão socialcom o advento da nova ordem econômica da época da revolução industrial e com o seu decorrer.
As mudanças que ocorreram no século XVIII e se estenderam ao século XIX caracterizam-se. E este processo, que é uma série de traços, ou tendências gerais que diferenciam do sistema anterior tais como:
a) substituição progressiva do trabalho humano por máquinas – a máquina assume funções desempenhada pelo homem, multiplicando a capacidade deste, e executando com vantagem tarefas que antes eram exercidas por muitos indivíduos;
b) a “divisão do trabalho” e a necessidade de sua coordenação – o trabalhador operário se especializava cada vez mais na área no sistema fabril, sofrendo com o tempo o empobrecimento na sua qualificação em comparação com o artesão que realizava todo o processo produtivo. Com a introdução das máquinas, impulsionou a organização racional das tarefas produtivas, ordenando a divisão do trabalho. O aumento da produtividade se originou da organização do trabalho, e não do aumento da habilidade individual. Como conseqüência, houve um empobrecimento intelectual do operário, por realizar tarefas cada vez mais repetitivas e a facilidade para realizar-lás. Conforme Dias (2000, p. 19) “com a divisão e especialização do trabalho, e o conseqüente empobrecimento intelectual do trabalhador, crianças e mulheres sem nenhum preparo poderiam ser empregadas com salários inferiores” o que facilitou a introdução no trabalho fabril de mulheres e crianças;
Para aumentar a produtividade social e desenvolver as forças produtivas, o homem foi organizando a produção junto com seus semelhantes, distribuindo tarefas e vantagens concedidas entre os membros da sociedade. Portanto, foi o ponto de partida do processo de divisão do trabalho, entre homens e mulheres. Depois a divisão entre a agricultura e criação de animais, entre o campo e a cidade, entre a produção agrícola e industrial, entre o comércio e serviços e etc. Portanto, a divisão do trabalho é parte do conjunto das forças produtivas.
Esta organização de produção advém da capacidade humana de racionalizar tarefas no sentido do aumento da produtividade social. Ambas, a divisão do trabalho e forças produtivas, ao mesmo tempo determinam-se e são determinadas uma pela outra.
A divisão do trabalho não é simplesmente divisão de tarefas, ela é também a expressão da existência de diferentes formas de propriedade no seio de uma dada sociedade num dado tempo da história humana. Portanto, as relações de propriedade dizem respeito aos tipos de relações sociais predominantes numa sociedade a partir dos tipos de propriedades vigorante. Conforme o pensar de Marx, a divisão social de trabalho dar a entender numa separação básica: de um lado os instrumentos ou meios utilizados para o trabalho e de outro o próprio trabalho. 
O que isso significa? Conforme Marx, no processo de divisão do trabalho social nem sempre os homens que possuem os meios para realizar o trabalho trabalham e nem sempre os que trabalham possuem esses meios. Portanto, as relações de propriedade são à base das desigualdades sociais. Por quê? Porque na medida em que a divisão do trabalho possibilitou a existência de homens que trabalham para os outros, porque o fazem com os meios dos outros, e de homens que não trabalham porque têm meios e podem fazer com que outros trabalhem para si. Portanto, todo esse pensar de Marx e Engels, denominou o nome de “relações sociais de produção”, que é o modo específico de organização do trabalho e da propriedade. 
c) mudanças culturais no trabalho – os novos trabalhadores das indústrias ainda mantinham os hábitos adquiridos nas anteriores formas de trabalho agrícola e no ambiente doméstico. Ao invés do autocontrole, os trabalhadores “operários-fabris” tinham que se sujeitar a supervisão e controle externo exercido pelos empresários, de forma direta ou através de capatazes. O fator “disciplina” assume um papel fundamental na nova forma de organização no sistema industrial, não só pelo aspecto cultural - com a necessidade de desenvolvimento de novos hábitos – mas pelo fato de que para a incrementar há necessidade de harmonização e articulação dos indivíduos isolados ;
d) produção maciça de bens – com a intensa mecanização possibilitou uma maior velocidade na geração de produtos, que apresentaram uma homogeneização, ou seja mais idênticos. Fazendo que os produtos se torne mais barato, possibilitando ser vendido em maiores quantidades; e
e) surgimento de novas funções: empresário e operário e etc – surge novos papéis sociais, principalmente o do empresário e operário. O empresário é o detentor dos meios de produção e precisa de mão-de-obra para realizar o processo produtivo. O operário é o portador da força de trabalho, fator essencial para a produção industrial. Acontece que existe uma interdependência recíproca entre ambos. Fator fundamental de distinção da nova sociedade que se inicia. “Marx, por exemplo, caracteriza esse dois grupos sociais como classes fundamentais da sociedade capitalista” (apud DIAS, 2004, p. 20).
Uma Reflexão do Indivíduo e a Sociedade
1. O Ser Humano como Ser Social
O homem sempre viveu em grupos, se realizamos uma pesquisa sobre a história humana desde os tempos mais remotos, verificaremos esta proposição. É a vida em grupo que transforma o animal homem em um ser humano. Sem contato com o grupo social, o homem dificilmente pode desenvolver as características que chamamos humanas. Conseqüentemente, podemos afirmar que o grupo social, a sociedade, precede o indivíduo, sendo o ser humano um produto da interação social. 
Seja por um ou por outro motivo, pode-se dizer que a socialização é um processo de aprendizagem, ou mais precisamente: “SOCIALIZAÇÃO, que é o processo pelo qual, ao logo da vida, a pessoa aprende e interioriza os elementos socioculturais de seu meio, integrando-os na estrutura de sua personalidade sob influência de experiências e agentes sociais significativos, e adaptando-se assim ao ambiente social em que vive” (Lakatos apud Bernardes, 1995, p. 36).
2. O Indivíduo e as Interações Sociais – Tipos de Relações Sociais
A grosso modo, a interação social é à ação recíproca de idéias, atos ou sentimentos entre pessoas, entre grupos ou entre pessoas e grupos. A base de toda vida social é a interação social. A interação implica modificações do comportamento das pessoas ou grupos que dela participam. Sendo ela responsável pela socialização dos indivíduos e também pela formação da personalidade. Para que a interação social se processe é necessário que haja contato social entre os indivíduos. O simples contato físico não basta. Importante é que como resultado desse contato e da comunicação que se estabelece entre eles, ocorre uma modificação de comportamento das pessoas envolvidas. 
Às diferentes formas que a interação social pode assumir nós denominamos de relação social. Que podem ser de vários tipos: culturais, econômicas, religiosas, políticas, pedagógicas, familiares e etc.
Os Processos Sociais Básicos: Cooperação; Competição; Acomodação; Assimilação e o Conflito
Os processos sociais são à interação repetitiva de padrões de comportamento comumente encontrados na vida social. São maneiras diversas que os indivíduos e/ou os grupos se relacionam. Os principais processos sociais básicos são:
Cooperação: que consiste sempre numa ação comum para realizar determinado fim. É uma forma de interação, em que diferentes indivíduos e/ou grupos trabalham juntos para um fim comum. A divisão do trabalho é uma forma importante de cooperação, e pressupõe que cada indivíduo e/ou grupo realiza um trabalho diferente para manutenção da sociedade. 
Competição: é um processo social que ocorre com os indivíduos e/ou grupo social, e que consiste na disputa consciente ou inconsciente por determinado objetivo ou por bens e vantagens sociais limitadas em número e oportunidade (bens escassos). Na sociedade vigente – a capitalista – os indivíduos são estimulados a competir em todas as suas atividades, seja na família, naescola, no emprego, no lazer e etc. Entretanto, quando a competição se torna altamente consciente, e há hostilidade deliberada, a mesma se torna rivalidade. Da rivalidade pode ser gerado o conflito. 
Conflito: é um processo pelo qual indivíduo(s) e/ou grupos procuram recompensas pela eliminação ou enfraquecimento dos competidores. Na sua forma mais extrema o conflito leva à eliminação total dos oponentes. Os indivíduos e/ou grupos em conflito têm consciência de suas divergências, existindo entre eles rivalidade, crítica fortemente carregada de emoção, muitas vezes o ódio e apresentam como primeiro impulso a destruição do adversário. 
Acomodação: é um processo pelo qual o individuo e/ou grupo se ajustam a uma situação conflitiva sem terem admitido mudança importantes nos motivos que deram origem ao conflito. Consiste em criar acordos temporários entre os oponentes. A acomodação pode ter vida curta ou pendurar durante séculos. Na realidade a acomodação só encobre ou provoca a diminuição do conflito, não o elimina. Somente com a assimilação desaparece a situação de conflito. 
Assimilação: é um processo que implica que os indivíduos ou grupos alterem profundamente suas maneiras de pensar, sentir e agir. É um processo longo e complexo, que garante uma solução permanente para os conflitos. A assimilação é o processo que surge se a acomodação teve êxito e perdurou, o que acabará afetando, além do comportamento exterior, os hábitos e costumes daqueles que se acomodaram. A assimilação é um processo profundo e durável, no qual os valores e as atitudes são partilhados por pessoa e/ou grupos que eram diferentes, e que se tornam semelhantes. 
3 O Processo de Socialização
Ao nascer o indivíduo possui apenas potencialidades de tornar-se humano. Ao interagir com outros, passa por varias experiências, e vai sendo socializado. Conforme Dias (2004, p. 38) “ esse processo, através do qual o ser humano vai aprendendo o modo de vida de sua sociedade, desenvolvendo a capacidade de funcionar como indivíduo e como membro do grupo é que denominamos socialização. 
A socialização, podemos definir como sendo a aquisição das maneiras de agir, pensar e sentir próprios dos grupos, da sociedade ou da civilização em que o indivíduo vive. A socialização do individuo numa dada sociedade permite que ele adquira uma personalidade própria, que o diferencia dos demais e ao mesmo tempo o identificará com do seu grupo social. Assim, cada indivíduo é socializado de tal modo que sua personalidade é ao mesmo tempo muito parecida com dos outros em sua sociedade e em outro sentido possui diferenças que o torna único. A personalidade é o sistema de tendências do comportamento total de uma pessoa. 
4 Cultura e Socialização
O processo de socialização é um processo profundamente cultural. Tudo que é socialmente aprendido e partilhado pelos membros de uma sociedade é cultura. Essa definição ampla inclui os conhecimentos, as crenças, a arte, a moral, os costumes e outras capacidades e hábitos adquiridos em sociedade, e essa aquisição é obtida pelo processo de socialização. Aprendemos os costumes, as crenças, hábitos de nosso povo através da socialização. Adquirimos cultura através da socialização. 
5 Regulamentação e Controle Social
Os Valores
Em toda sociedade há um certo consenso entre seus membros do que é feio e bonito, bem ou mal, agradável e desagradável, honrado e vergonhoso. Os valores variam com as civilizações e, no interior de uma mesma civilização, com os grupos, camadas e classes sociais. Do mesmo modo os valores variam com o tempo numa mesma civilização e nos mesmos grupos sociais. Os valores é que determinam numa civilização aquilo para o qual vale a pena viver e, eventualmente, morrer. Os valores organizam-se num “ideal” que a sociedade impõe aos seus membros. Tal ideal orienta os pensamentos e os atos dos indivíduos. 
Símbolos Sociais
São instrumentos que a sociedade ou grupos sociais utilizam para promover a conformidade da maioria dos seus membros aos seus padrões de valor e comportamento. Símbolos Sociais são fenômenos físicos, pessoas ou atos, pelos quais os membros de uma sociedade identificam valores e padrões sociais. 
Normais e Costumes
Quando os valores que apresentamos na seção anterior se transformam em normas e costumes asseguram a regulamentação da vida dos indivíduos e dos grupos de uma sociedade. Entendemos uma norma como uma obrigação social a que o indivíduo está submetido. Podemos dizer que as normas são idéias muito fortes do que é certo e do que é errado, as quais exigem dos indivíduos certos atos e proíbem outros. Há duas categorias importantes de normas. Aquelas que estão codificadas no Direito e sancionadas pelo Poder Público e aquelas que estão ritualizadas nos costumes e comportamentos costumeiros. 
Diferença entre Opinião Comum e Norma
A opinião comum pode ser objeto de discussão num grupo, enquanto a norma não. Exemplificando, se uma opinião comum torna-se cada vez mais forte, todos se compenetram de que é preciso tomar alguma providência para fazer com que ela seja respeitada, é nesse momento ela se torna uma norma. 
Desvio Social
É preciso que se entenda que não é possível que uma sociedade consiga fazer com que todos os seus membros ajam da forma esperada durante o tempo todo. Quando isso não ocorre temos o desvio social, e que portanto poderá ser caracterizado como qualquer falha na conformidade às normas existentes. Ou seja, é um comportamento qualquer que não corresponde às expectativas da sociedade, ou de um grupo determinado dentro da sociedade. Quando o comportamento adere pouco às normas e as contradiz nitidamente, ou por uma razão qualquer o indivíduo situa-se fora ou à margem do grupo, denominamos a esse fenômeno social de marginalidade.
Desvio Social e Crime
O desvio social diz respeito ao comportamento que viola as normas de uma sociedade determinada. A maior parte dos estudos de desvio social feito pelos sociólogos está centrada nas investigações criminais. Há vários tipos de crime e comportamento criminosos, alguns exemplos são: aqueles que envolvem violência contra as pessoas; de apropriação indébita; crimes ocupacionais; políticos; contra a ordem pública; de delinqüência juvenil e etc. Os sociólogos apresentam várias explicações sobre a motivação dos atos de criminosos e o aumento da criminalidade. Por exemplo: ele pode ser o produto da desigualdade social extrema, ou de um desenvolvimento econômico rápido acompanhado de mudanças sociais. 
Controle Social
Nenhuma sociedade pode funcionar com êxito se, na maior parte do tempo, o comportamento das pessoas não puder ser previsto de modo confiável. Chamamos a isso de ordem social, ou seja, um sistema de pessoas, relacionamentos e costumes que opera para a realização do trabalho de uma sociedade. Tudo que ocorre numa sociedade e principalmente numa grande cidade e que é indispensável para a nossa sobrevivência acontece porque milhares de pessoas cumprem o seu papel social, interagindo constantemente e mantendo a ordem social. A ordem de uma sociedade apóia-se numa rede de papéis, nos quais cada pessoa aceita certos deveres em relação aos outros e deles reivindica certos direitos. 
Uma sociedade exerce controle social sobre seus membros de três maneiras principais, a socialização, a pressão do grupo e através da força e punição. As Sanções, que é um sistema de recompensas e punições utilizadas para o controle social, que podem ser positivas ou negativas: 
a) positivas – quando se referem-se a recompensas para estimular determinado comportamento;
b) negativas – quando referem-se à punição para reprimir um tipo de comportamento. 
6 Posição, Papel Social e Status 
Papel Social
Definimos papel social como sendo o comportamento esperado de uma pessoa que detém um certo status. Marshall, baseando-se na obra de Newcomb, ao conceituar papel e seu relacionamento com o status (usando a palavra posição), indica que “as maneiras de se comportar que se esperam de qualquer indivíduo que ocupe certaposição constituem o papel associado com aquela posição... papéis e papéis prescritos, portanto, não são conceitos que se referem ao comportamento real de qualquer indivíduo considerado. O comportamento do papel, por outro lado, refere-se ao comportamento real de indivíduos específicos, à medida que assume os papéis. Dessa maneira, papel é compreendido como “comportamento do papel” (apud Lakatos, 1999, p.102).
Segundo Vila Nova (2000, p. 120), a cada status ocupado pelo indivíduo corresponde um papel social. Sendo que o mesmo é um conjunto de expectativas de comportamento padronizado em relação a cada uma das posições (status) existentes em uma dada sociedade, ou em outras palavras, o papel é, portanto, a expressão comportamental do status, a sua concretização em ações. 
A socialização é na maior parte um processo de aprendizagem dos papéis sociais que o indivíduo ocupará ao longo da sua vida. Os indivíduos precisam aprender a preencher os papéis. A aprendizagem dos papéis envolve pelo menos dois aspectos:
a) aprendemos a desempenhar os deveres e a reivindicar os privilégios do papel, e
b) precisamos adquirir as atitudes, sentimentos e expectativas apropriadas do papel, não estaremos satisfeitos no cumprimento de um papel sem ter havido uma socialização capaz de nos levar a aceita-lo como um papel de valor, satisfatório e adequado.
Status
É o lugar ou posição que o indivíduo ocupa na estrutura social, de acordo com o julgamento coletivo ou consenso de opinião do grupo. Portanto, o status é a posição em função dos valores sociais correntes na sociedade. “Toda sociedade compreende um sistema de status ou posições. Que é a localização do indivíduo na hierarquia social, de acordo com sua participação na distribuição desigual da riqueza, do prestígio e do poder” (Vila Nova, 2000, p. 117).
A origem do status remonta os primeiros agrupamentos humanos, em que determinadas funções eram caracterizadas por prestígios e direitos diferentes dos demais. Com a aplicação da coletividade, uma série de posições passou a ter um conjunto de direitos e deveres, privilégios e obrigações, defendidos sustentado juridicamente. Os status são de dois tipos: os atribuídos pela sociedade não importando as qualidades ou esforços da pessoa, e os que são atribuídos através do esforço pessoal. Ou em outras palavras, status legal e social.
Status Legal – é uma posição caracterizada por direitos (reivindicações pessoais apoiadas por normas) e obrigações (deveres prescritos por normas), capacidades e incapacidades, reconhecidos pública e juridicamente importantes para a posição e as funções ma sociedade. Exemplos: status de professor, empresário, juiz, presidente da republica e etc.
Status Social – abrange características da posição que não são determinadas por meios legais. É o comportamento socialmente esperado e/ou aprovado de ocupante do status, assim com o comportamento adequado dos outros em relação a ele. Exemplo: status de amigo é tipicamente social. Os fatores principais na atribuição deste status é o sexo, a idade, parentesco, classe social etc.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Sem dúvida foram incomensuráveis as transformações decorrente da Revolução Industrial, conforme tivemos a oportunidade de estudar seus efeitos que se fazem sentir até hoje. Entretanto, consideramos que a grande maioria dos observadores acreditava que a Revolução Industrial prenunciava o advento de uma nova era, com uma nova revolução, a social, quando os homens, finalmente, se beneficiariam com o progresso e participariam da distribuição da riqueza, o que até era permitida apenas a uma minoria de privilegiados. Esse talvez continue sendo ainda, o centro maior da polêmica que se tem travado em torno dos seus efeitos, pois as promessas nem sempre se concretizaram e as novas condições de vida nem sempre significaram a desejada melhora, principalmente nas relações entre os seres humanos.

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