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Problema 6

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Problema 6 – Prática baseada em evidências
Objetivos
1) Identificar a importância, no mundo atual, da medicina baseada em evidências.
2) Caracterizar os diversos tipos de estudos clínicos.
3) Identificar os tipos de literatura científica existentes (Primária, Secundária, Terciária).
4) Identificar o nível de evidência dos diversos tipos de estudos clínicos.
1 – Identificar a importância, no mundo atual, da medicina baseada em evidências
MBE – É a integração das melhores evidências de pesquisa com a habilidade clínica e a preferência do paciente.
-Busca promover a integração da experiência clínica às melhores evidências disponíveis, considerando a segurança nas intervenções e a ética na totalidade das ações.
-Agrega outros fatores que determinam a tomada de decisão clínica
 -Experiência clínica individual
 -Conhecimento fisiopatológico da doença
 -Situação clínica individualizada
 -Participação do doente no tratamento proposto
-Integração de três disciplinas para gerar um suporte à decisão clínica:
 -Epidemiologia clínica
 -Bioestatística
 -Informática Médica
-Reconhece que a experiência clínica e os conhecimentos sobre mecanismos, apesar de necessários, são insuficientes para reduzir incerteza das decisões clínicas.
-Importância
 -Melhorar a qualidade da assistência
 -Promover o pensamento crítico
 -Incentivar profissionais para aplicar novos métodos, comprovados cientificamente como eficazes.
 -Descartar os métodos ineficazes ou nocivos.
http://www.iesc.ufrj.br/cursos/epigrad/aulasteoricas/Medicina%20Baseada%20em%20Evid%EAncias.pdf 
2 – Caracterizar os diversos tipos de estudos clínicos
-Estudos Transversais – São feitos para descrever os indivíduos de uma população com relação às suas características pessoais e às suas histórias de exposição a fatores causais suspeitos, em determinado momento. São fáceis de serem feitos, rápidos e relativamente baratos. A questão é que eles são de difícil interpretação.
-Estudos de caso controle – Seleciona-se um grupo que tenha uma característica de interesse e se compara com outro grupo que não possui essa característica. A vantagem é que se pode levantar vários fatores de exposição ao mesmo tempo. No entanto, está muito sujeito a tendências. 
-Estudo de Coorte – É preciso recrutar um grande número de indivíduos e dividi-los em 2 grupos, conforme eles tenham ou não sido expostos ao fator causal suspeito. Depois de um período relativamente longo, contam-se quantos indivíduos de cada grupo adquiriram a doença em estudo. A vantagem é obter informações sobre os indivíduos estudados antes de a doença se manifestar, o que evita a tendência nas respostas.
-Ensaios clínicos casualisados – São conduzidos para medir a eficiência e a segurança de intervenções, designando os participantes da pesquisa ao acaso por 2 ou mais grupos e, não permitindo que nem o participante da pesquisa nem o pesquisador que avalia os resultados saiba, no momento da avaliação, a que grupo pertence a pessoa que está sendo avaliada. Removem muito da tendência associada aos outros tipos de pesquisa, mas não são infalíveis.
Livro – Metodologia científica para a área de saúde – Sonia Vieira, William Saad
3 – Identificar os tipos de literatura científica existentes (Primária, Secundária, Terciária)
-Fontes Primárias – As fontes primárias correspondem à “literatura primária” e são aqueles que se apresentam e são disseminados exatamente na forma com que são produzidos por seus autores (PINHEIRO, 2006) – As fontes Primárias são materiais originais nos quais outras pesquisas são baseadas. – Apresentam a informação na sua forma original, sem interpretação, sumarização ou avaliação de outros escritores. – Fontes primárias apresentam o pensamento original, reportam descobertas ou compartilham novas informações.
Ex.: Legislação, Patentes, Relatórios Técnicos, Periódicos, Normas técnicas....
-Fontes secundárias - Segundo JCU (PRIMARY, 2006), as fontes secundárias são “interpretações e avaliações de fontes primárias”
Ex.: Bases de dados e bancos de dados, Bibliografias e índices, Catálogos de bibliotecas, Dicionários e enciclopédias, Fontes históricas...
-Fontes terciárias - As fontes terciárias são as mais difíceis de definir e na JCU (PRIMARY, 2006) são apontadas como “a categoria mais problemática de todas” e raramente encontra-se a distinção entre fontes secundárias e terciárias. Consequentemente, os documentos incluídos nessa categoria variam muito, entre os quais bibliografias de bibliografias, diretórios, almanaques etc.
Ex.: Catálogos coletivos, Guias de literatura
http://dbcolturato.info/unip/Disciplinas/MTA/Fontes_informacao.pdf 
4 – Identificar o nível de evidência dos diversos tipos de estudos clínicos
A qualidade das evidências é classificada em sete níveis. 
-nível 1, as evidências são provenientes de revisão sistemática ou metanálise de todos relevantes ensaios clínicos randomizados controlados ou oriundas de diretrizes clínicas baseadas em revisões sistemáticas de ensaios clínicos randomizados controlados; 
-nível 2, evidências derivadas de pelo menos um ensaio clínico randomizado controlado bem delineado; 
-nível 3, evidências obtidas de ensaios clínicos bem delineados sem randomização; 
-nível 4, evidências provenientes de estudos de coorte e de caso-controle bem delineados; 
-nível 5, evidências originárias de revisão sistemática de estudos descritivos e qualitativos; 
-nível 6, evidências derivadas de um único estudo descritivo ou qualitativo; 
-nível 7, evidências oriundas de opinião de autoridades e/ou relatório de comitês de especialistas.
http://www.scielo.br/pdf/ape/v19n2/a01v19n2.pdf 
Níveis de evidência
I. Revisão sistemática com metanálise.
II. Megatrial [(> 1.000)] pacientes.
III. Ensaio clínico randomizado [(< 1.000)] pacientes.
IV Coorte (não randomizado).
V Estudo caso controle.
VI. Série de casos (sem grupo controle).
VII. Opinião de especialista.

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