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Problema 8
1 )Definir saúde (segundo a OMS e a Constituição Federal)
2) Descrever os níveis de atenção à saúde segundo o SUS.
3) Reconhecer a atuação do Ministério da Saúde e das Secretarias de Saúde (municipal e estadual) no fornecimento de medicamentos.
4) Identificar as diferenças entre o SUS e os sistemas de saúde de outros países (EUA, Canadá, França, Inglaterra e Cuba)
1 )Definir saúde (segundo a OMS e a Constituição Federal)
http://www.who.int/about/definition/en/print.html -Definição de saúde pelo site oficial da OMS/WHO
A Organização Mundial de Saúde (OMS) define saúde não apenas como a ausência de doença, mas como a situação de perfeito bem-estar físico, mental e social.
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8080.htm 
http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/constituicao_saude_idoso.pdf 
LEI Nº 8.080, DE 19 DE SETEMBRO DE 1990
TÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 2º A saúde é um direito fundamental do ser humano, devendo o Estado prover as condições indispensáveis ao seu pleno exercício.
§ 1º O dever do Estado de garantir a saúde consiste na formulação e execução de políticas econômicas e sociais que visem à redução de riscos de doenças e de outros agravos e no estabelecimento de condições que assegurem acesso universal e igualitário às ações e aos serviços para a sua promoção, proteção e recuperação.
§ 2º O dever do Estado não exclui o das pessoas, da família, das empresas e da sociedade.
Art. 3º A saúde tem como fatores determinantes e condicionantes, entre outros, a alimentação, a moradia, o saneamento básico, o meio ambiente, o trabalho, a renda, a educação, o transporte, o lazer e o acesso aos bens e serviços essenciais; os níveis de saúde da população expressam a organização social e econômica do País.
Parágrafo único. Dizem respeito também à saúde as ações que, por força do disposto no artigo anterior, se destinam a garantir às pessoas e à coletividade condições de bem-estar físico, mental e social.
- A Seção II da CF de 1988 diz no artigo 196
Art. 196. A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação.
Art. 197. São de relevância pública as ações e serviços de saúde, cabendo ao Poder Público
dispor, nos termos da lei, sobre sua regulamentação, fiscalização e controle, devendo sua
execução ser feita diretamente ou através de terceiros e, também, por pessoa física ou jurídica de direito privado.
2) Descrever os níveis de atenção à saúde segundo o SUS.
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/cartilha_sus.pdf - Cartilha do Governo Federal sobre o SUS.
Níveis de atenção à saúde.
O SUS ordena cuidado com a saúde em níveis de atenção, que são de básica, média e alta complexidade. Essa estruturação visa à melhor programação e planejamento das ações e dos serviços do sistema de saúde.
-> Atenção básica em saúde.
Constitui o primeiro nível de atenção à saúde adotada pelo SUS. É um conjunto de ações que engloba promoção, prevenção, diagnóstico, tratamento e reabilitação. Desenvolve-se por meio de práticas gerenciais e sanitárias, democráticas e participativas, sob a forma de trabalho em equipe, dirigidas a populações de territórios delimitados, pelos quais assumem responsabilidade. Utiliza tecnologias de elevada complexidade e baixa densidade, objetivando solucionar os problemas de saúde de maior frequência e relevância das populações. É o contato preferencial dos usuários com o sistema de saúde. Deve considerar o sujeito em sua singularidade, complexidade, inteireza e inserção sociocultural, além de buscar a promoção de saúde, a prevenção e tratamento de doenças e a redução de danos ou de sofrimentos que possam comprometer suas possibilidades de viver de modo saudável.
Quando as unidades básicas de saúde funcionam adequadamente, a comunidade consegue resolver com qualidade a maioria dos seus problemas de saúde. A prática comprova que a atenção básica deve ser sempre prioritária, porque possibilita melhor organização e funcionamento também dos serviços de média e alta complexidade. Isso reduz filas nos prontos-socorros e hospitais, o consumo abusivo de medicamentos e o uso indiscriminado de equipamentos de alta tecnologia. O resultado desse conjunto é uma maior satisfação dos usuários e utilização mais racional dos recursos existentes.
A Atenção Básica tem a Saúde da Família como estratégia prioritária para sua organização e estudos demonstram que a atenção básica seria capaz de resolver cerca de 80% das necessidades e problemas de saúde.
->Atenção média em saúde
Compõe-se por ações e serviços que visam a atender aos principais problemas de saúde e agravos da população, cuja prática clínica demande disponibilidade de profissionais especializados e o uso de recursos tecnológicos de apoio diagnóstico e terapêutico. É o médico, seja do PSF, seja outro especialista, que dá o encaminhamento para marcação de uma especialidade.
São os Centros de Consultas Especializadas, Ambulatórios de Especialidades, Centro de Especialidades Médicas, PAM's, etc, onde é possível encontrar os médicos especialistas. O posto de saúde agenda as consultas especializadas, via central de marcação de consultas, ou via secretaria de saúde.
-> Atenção Hospitalar – Alta complexidade
Conjunto de procedimentos que, no contexto do SUS, envolve alta tecnologia e alto custo, objetivando propiciar à população acesso a serviços qualificados, integrando-os aos demais níveis de atenção à saúde (atenção básica e de média complexidade). A alta complexidade tem como foco a atenção hospitalar que representa um conjunto de ações e serviços de promoção, prevenção e restabelecimento da saúde realizado em ambiente hospitalar. São exemplos de serviços de alta complexidade: traumato-ortopedia, cirurgias cardíacas e neurológicas, terapia renal substitutiva( hemodiálise) e oncologia.
O encaminhamento a esses serviços normalmente é feito via Central de Internação, proveniente de Unidades de Pronto-Atendimento, ou são eletivas por meio, por exemplo, de cirurgias programadas ou exames solicitados (ressonância magnética, etc). Não adianta procurar diretamente um hospital para atendimento ou marcação de cirurgias, é preciso ir primeiro a um posto de saúde.
Obs.: Atenção nas emergências
a- Unidades de Pronto Atendimento (UPA24h) 
São estruturas de complexidade intermediária entre as Unidades Básicas de Saúde e as portas de urgência hospitalares, onde em conjunto com estas compõe uma rede organizada de Atenção às Urgências.
Fazem parte do atendimento pré-hospitalar fixo e hoje contam com a classificação de risco de Manchester. Isso significa que o seu caso será triado de acordo com a urgência e classificado em vermelho (emergência), amarelo (prioridade), verde (aguarda até 12 horas pra ser atendido) e azul (caso para posto de saúde). O tempo de espera do atendimento vai depender da gravidade do caso.
b-SAMU
O SAMU realiza o atendimento de urgência e emergência em qualquer lugar: residências, locais de trabalho e vias públicas, contando com as Centrais de Regulação, profissionais e veículos de salvamento. Faz parte também do atendimento pré-hospitalar de urgência.
As Centrais de Regulação tem um papel primeiro e indispensável para o resultado positivo do atendimento, sendo o socorro feito após chamada gratuita, para o telefone 192. 
A ligação é atendida por técnicos na Central de Regulação que identificam a emergência e, imediatamente, transferem o telefonema para o médico regulador. Esse profissional faz o diagnóstico da situação e inicia o atendimento no mesmo instante, orientando o paciente, ou a pessoa que fez a chamada, sobre as primeiras ações. 
Ao mesmo tempo, o médico regulador avalia qual o melhor procedimento para o paciente: orienta a pessoa a procurar um posto de saúde; designa uma ambulância de suporte básico de vida, com auxiliar de enfermageme socorrista para o atendimento no local; ou, de acordo com a gravidade do caso, envia uma UTI móvel, com médico e enfermeiro. Com poder de autoridade sanitária, o médico regulador comunica a urgência ou emergência aos hospitais públicos e, dessa maneira, reserva leitos para que o atendimento de urgência tenha continuidade.
3) Reconhecer a atuação do Ministério da Saúde e das Secretarias de Saúde (municipal e estadual) no fornecimento de medicamentos.
O Ministério da Saúde estabelecerá mecanismos que permitam a contínua atualização da Relação Nacional de Medicamentos Essenciais (RENAME), imprescindível instrumento de ação do SUS, na medida em que contempla um elenco de produtos necessários ao tratamento e controle da maioria das patologias prevalentes no País.
O fato de que a Relação Nacional, conforme assinalado acima, deverá ser a base para a organização das listas estaduais e municipais e favorecerá o processo de descentralização da gestão, visto que estas instâncias são, com a participação financeira e técnica do Ministério da Saúde, responsáveis pelo suprimento de suas redes de serviços. Trata-se, portanto, de meio fundamental para orientar a padronização, quer da prescrição, quer do abastecimento de medicamentos, principalmente no âmbito do SUS, constituindo, assim, um mecanismo para a redução dos custos dos produtos. Visando a sua maior veiculação, a RENAME deverá ser continuamente divulgada por diferentes meios, como a Internet, por exemplo,
possibilitando, entre outros aspectos, a aquisição de medicamentos a preços menores, tanto por parte do consumidor em geral, quanto por parte dos gestores do Sistema.
No processo de atualização contínua da RENAME, deverá ser dada ênfase ao conjunto dos medicamentos voltados para a assistência ambulatorial, ajustado, no nível local, às doenças mais comuns à população, definidas segundo prévio critério epidemiológico.
A aquisição e a distribuição, pelo Ministério, dos produtos componentes da assistência farmacêutica básica serão substituídas pela transferência regular e automática, fundo a fundo, de recursos federais, sob a forma de incentivo agregado ao Piso da Atenção Básica. Esses recursos serão utilizados prioritariamente para a aquisição, pelos municípios e sob a coordenação dos estados, dos medicamentos necessários à atenção básica à saúde de suas
populações. O gestor estadual deverá coordenar esse processo no âmbito do estado, com a cooperação técnica do gestor federal, de forma a garantir que a aquisição realize-se em conformidade com a situação epidemiológica do município, e que o acesso da população aos produtos ocorra mediante adequada prescrição e dispensação.
Olhar tópicos 5.2, 5.3 e 5.4 – Cartilha sobre o uso de medicamentos do Governo federal no site
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/politica_medicamentos.pdf 
4) Identificar as diferenças entre o SUS e os sistemas de saúde de outros países (EUA, Canadá, França, Inglaterra e Cuba)
Nos EUA
-> Sistema do tipo pluralista empresarial permissivo, com custos cresecentes.
-> Variedade de instituições públicas e privadas.
-> Sistema plural com múltiplos subsistemas para clientelas distintas.
-> Atenção à saúde como problema individual.
-> Department of health and human services – Principal agência do governo dos EUA para proteger a saúde de todos os americanos e prover os serviços essenciais, especialmente aqueles menos capazes de se ajudarem. Equivalente ao Ministério da Saúde no Brasil.
-> Centers for Diseases Control and Prevention – CDC, Food and Drug Administration – FDA -> Intervenções clássicas de saúde pública.
-> Estruturas de gestão de assistência médico-hospitalar para clientelas específicas.
-> E instituições destinadas a pesquisa médica e avaliação da qualidade de serviços.
-> Programas medicare e medicaid – seguro social, o primeiro só para empregados e com baixa renda e o segundo para aposentados que comprovam situação de pobreza.
-> A maior parcela (75%) da população tem saúde por seguros privados.
-> No início do séc. XX surgem as medicinas de grupo – Blue cross, blue shield.
E 16% não possuem nenhuma forma de cobertura.
-> Além dos serviços governamentais e do seguro privado há inúmeras instituições não-governamentais para grupos específicos: cÂncer, doenças cardíacas, drogas, saúde mental, crianças, etc. 
Na França
-> Sistema de seguro público
-> Seguro social – financiamento compartilhado, contribuição igual.
-> A atenção à saúde ocorre em serviços de consultórios privados e em hospitais públicos e privados.
-> Nos privados o paciente pega e depois é reembolsado.
-> Nos públicos há um orçamento global, os pacientes pagam algumas taxas para um conjunto de procedimentos.
-> Desde 2004 existe a figura de um médico que fica responsável pelos encaminhamentos de cada paciente.
-> As urgências, oftalmo, gineco, psiquiatria e pediatria dispensam a referência deste profissional.
-> Tempo de espera é pequeno.
-> Emergências tem estruturas pequenas.
-> Satisfação popular.
-> O pluralismo e a ênfase na prática liberal trazem problemas para a integração e coordenação das ações.
No Canadá
-> Sistema de seguro universal, altamente descentralizado.
-> Criado na primeira metade do século XX por Thomas Clement (Pastor envolvido com as lutas operárias da região de Saskatchewan)
-> Orçamento fiscal e financiamento compartilhado entre o federal e as províncias.
-> Cada província tem autonomia para escolha de prioridades e gestão dos serviços.
-> Sempre respeita os princípios: universalidade, gestão pública, integralidade e direitos válidos em todo o território nacional.
-> Seguro nacional com financiamento público e prestações de serviços prestadores privados.
-> Profissionais atendem em clínicas particulares ou hospitais e recebem os serviços pelas agências provinciais.
-> O seguro privado cobre casos não cobertos pelo sistema: cirurgias estéticas, hotelaria especial, tratamentos dentários, home cares.
-> Diz-se que cada uma das dez províncias tem um sistema de saúde e a de Quebéc é a mais desenvolvida.
Na Inglaterra
-> Desde 1948 – Serviço Nacional de Saúde do Reino Unido.
-> Garantia de acesso universal.
-> Financiamento fiscal.
-> Modelo assistencial regionalizado.
-> Clínico geral na porta de entrada.
-> Serviu de referência nas reformas sanitárias.
-> Desde 2002 primary care trusts – responsável pela gestão local.
-> Trabalham em conjunto com as autoridades distritais.
-> Os PCTs avançam na maior integração entre os serviços de atenção primária.
-> Existe a compra de serviços especializados conforme as necessidades locais.
Em Cuba
A diferença básica com o Brasil está no resultado que o sistema de saúde cubano conseguiu. Neste mês, por exemplo, Cuba enviou à ONU relatório sobre a mortalidade infantil em 2012. Depois de mais de meio século de redução, o país fechou o ano passado com taxa de 4,6 mortes no primeiro ano de vida para cada mil nascidos vivos. O Brasil, que conseguiu grandes avanços nos últimos anos, ainda tem uma taxa quase quatro vezes maior, de 16,1 mortes por mil.
As autoridades de saúde da ilha atribuem o bom desempenho ao sistema de atendimento universal gratuito à população e à integração da rede de ensino na formação de profissionais. Cuba tem hoje 1 médico para cada 138 habitantes, superando muitos países desenvolvidos. No Brasil, a proporção é de cerca de 1 médico para cerca de 600 habitantes.
De uma maneira simplificada, pode-se resumir o sistema de saúde cubano em três pilares: primário [médicos de família, consultórios e centros policlínicos], secundário [hospitais gerais, clínicas cirúrgicas e hospitais especializados] e terciário [institutos e centros de investigação].
No Brasil
-> SUS: todos os serviços de saúde seguem os mesmos princípios organizativos.
-> Responsabilidade: Federal, Estadual e Municipal.
-> O SUS não é um serviço ou instituição.
-> O SUS é um sistema com um conjunto de unidades, serviços e ações, que interagem para um fim comum.

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