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joão lasmar - direito administrativo - controles públicos - inss tecnico

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DIREITO ADMINISTRATIVO Controles Públicos 
 
João Lasmar 1
I. CONTROLE DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA 
 
Este assunto não é de sistematização fácil, pois não existe um diploma único que o discipline e nem a CF dele 
tratou de forma concentrada. O que se observa é que diferentes modalidades, hipóteses, instrumentos, órgãos etc. de 
controle encontram-se previstos e regrados em diversos atos normativos, sendo de grande importância o conhecimento 
das orientações doutrinárias e jurisprudenciais. O mais amplo controle da Administração Pública é um corolário dos 
Estados de Direito, nos quais somente a lei deve pautar a atividade da Administração, cujo fim imediato de vê ser o da 
defesa e tutela do interesse público. 
Pode-se conceituar controle como o poder-dever de vigilância, orientação e correção que a própria 
Administração, ou outro Poder, exerce sobre sua atuação administrativa, diretamente ou por meio de órgãos 
especializados. Esse poder-dever é exercitável por todos os Poderes da República, a toda atividade administrativa e a 
todos os seus agentes. 
 
1 – CLASSIFICAÇÃO DAS FORMAS DE CONTROLE (Hely Lopes Meirelles) 
 
a) Conforme ORIGEM 
 Controle Interno: este controle é aquele exercido dentro de um mesmo Poder, é o que as chefias exercem 
sobre seus próprios subordinados. Ex: Conselho de Contribuintes sobre as decisões das Delegacias de 
Julgamento da Secretaria de Receita Federal ou do Ministério da Previdência sobre o INSS. Cabendo aos 
responsáveis pelo controle interno dar ciência ao Tribunal de Contas das irregularidades conhecidas, sob pena 
de responsabilização solidária. 
 
 Controle Externo: é aquele controle exercido por um Poder sobre os atos administrativos praticados por outro 
Poder. Ex: 
a) Sustação, pelo Congresso Nacional, de atos normativos do Poder Executivo que exorbitem do poder 
regulamentar; 
b) Anulação de um ato do Executivo por decisão judicial; 
c) Julgamento anual, pelo Congresso, das prestações de contas do Presidente e a apreciação dos relatórios 
sobre a execução dos planos de governo; 
d) Auditoria realizada pelo TCU sobre as despesas realizadas pelo Executivo federal. 
 
 Controle Popular: em virtude da Administração dever sempre atuar visando à satisfação do interesse público, 
nada mais lógico ou necessário do que a existência de mecanismos, constitucionais, à disposição dos 
administrados que possibilitem a verificação da correta atuação da Administração. EX: 
a) O art. 31, § 3º da CF determina que as contas dos Municípios fiquem (por 60 dias, anualmente) à 
disposição de qualquer contribuinte o qual poderá questionar sua legitimidade; 
b) O art. 5º, LXXIII da CF estabelece que qualquer cidadão seja parte legítima para propor ação popular; 
c) O art. 74, § 2º da CF estatui que qualquer cidadão, partido político, associação ou sindicato á parte legítima 
para denunciar irregularidades perante o TCU. 
 
b) Conforme MOMENTO DO EXERCÍCIO 
 Controle Prévio ou Preventivo (A Priori): diz-se prévio quando exercido antes do início da prática, ou antes, 
da conclusão do ato administrativo, constituindo-se requisito para a validade ou para a produção de efeitos do 
ato controlado. Ex. 
a) Autorização do Senado para que a União, Estados, DF e Municípios contraiam empréstimos externos; 
b) Aprovação pelo Senado da escolha de ministros dos Tribunais Superiores, Procurador-Geral da República, 
Presidente do BACEN etc.; 
c) Concessão de liminar em Mandado de Segurança preventivo. 
 
 Controle Concomitante: é exercido durante a realização do ato e permite a verificação da regularidade de sua 
formação. Ex: 
a) Fiscalização da execução de um contrato administrativo; 
b) Realização de auditoria durante a execução do orçamento; 
c) Acompanhamento de um concurso pela corregedoria competente. 
DIREITO ADMINISTRATIVO Controles Públicos 
 
João Lasmar 2
 Controle Subseqüente ou Corretivo (A Posteriori): talvez a mais comum das modalidades, é exercido após a 
conclusão do ato e possibilita a correção de defeitos, a declaração de nulidade ou a conferencia de eficácia dos 
atos. Ex: 
a) Homologação de procedimento licitatório; 
b) Homologação de concurso público; 
c) Sustação, pelo Congresso, de ato normativo do Poder Executivo; 
d) Controle judicial dos atos administrativos, em regra. 
 
c) Quanto ao ASPECTO CONTROLADO 
 Controle de Legalidade ou de Legitimidade: verifica se o ato foi praticado em conformidade com a lei, é 
corolário do Princípio da Legalidade. Pode ser exercido pela própria Administração (interno) ou pelos poderes 
Judiciário e Legislativo (externos). Ex: Apreciação de Mandado de Segurança pelo Judiciário; análise de 
admissão de pessoal pelo TCU etc. Tradicionalmente, para os principais autores, os atos só podiam ser válidos 
ou nulos (aqueles não passíveis de correção e incapazes de produzir efeitos, exceto aos terceiros de boa-fé). 
Com a edição da Lei 9.784/99 que regulou, de forma genérica, os processos administrativos na esfera federal 
passou a ser expressamente admitida a Convalidação. Portanto, hoje, podemos ter como resultados do controle 
de legalidade: a Anulação ou a Convalidação, sendo que as hipóteses para a Convalidação são: 
a) Quando os efeitos do ato viciado forem favoráveis ao administrado de boa-fé, a Administração dispões de 
5 anos para anulá-lo, findo este prazo sem manifestação da Administração convalidado estará o ato 
(convalidação tácita); 
b) Por iniciativa da Administração, quando dos defeitos do ato não resultem lesão ao interesse público ou a 
terceiros (convalidação expressa). 
 
 Controle de Mérito: visa verificar a eficiência, a oportunidade e a conveniência do ato controlado. Compete, 
em regra, ao Poder que editou o ato. Em casos excepcionais e expressos na CF, o Poder Legislativo pode 
exercer controle de mérito sobre atos praticados pelo Executivo (art. 49, X da CF). Nesses casos excepcionais 
o Legislativo irá anular, e jamais revogar, o ato administrativo. Ex: 
a) Invalidação de atos administrativa de aplicação de penalidade disciplinar, por entendimento de 
desproporcionalidade entre a sanção e os motivos declarados; 
b) Anulação de um ato administrativo de dispensa de licitação, por considerar inexistente a alegação da 
situação emergencial apontada como motivo. 
 
d) Quanto a AMPLITUDE 
 Controle Hierárquico: é típico do Executivo, sendo um controle interno e resulta do escalonamento vertical 
dos órgãos da Administração Direta ou das unidades integrantes das entidades da Administração Indireta. Em 
razão de sua natureza é dito pleno ou irrestrito, permanente e automático (não necessitando de norma 
específica ou autorizativa). É apto para verificar legalidade e/ou mérito e para o seu exercício são necessárias 
as faculdades de supervisão, coordenação, orientação, fiscalização, aprovação, revisão e avocação. 
 
 Controle Finalístico: é aquele exercido pela Administração Direta sobre a Administração Indireta, baseada na 
relação de vinculação, é denominada de Supervisão Ministerial. Depende de norma legal que estabeleça: os 
meios, os aspectos, as ocasiões, as finalidades e a autoridade controladora. 
 
2 – CONTROLE ADMINISTRATIVO 
 
É aquele exercido pela própria Administração sobre os seus atos. É realizado pelo Executivo e pelos órgãos 
administrativos do Legislativo e do Judiciário. É derivado do poder-dever de autotutela que a Administração tem sobre 
seus atos e agentes, é sempre um controle interno e de forma geral se dá mediante fiscalização hierárquica ou recursos 
administrativos. Conforme o órgão que o realize podemos ter: 
 Controle Hierárquico Próprio: é aquele realizado pelos órgãos superiores sobre os inferiores, pelas chefias 
sobre os subordinados, pelas corregedorias sobre órgão e agentes sujeitos à sua correição etc. 
 
 Controle Hierárquico impróprio: é aquele realizado por órgãos especializados no julgamentode recursos, 
ocorre quando o recorrente se dirige a órgãos estranhos àquele que originou o ato impugnado. Neste caso não 
DIREITO ADMINISTRATIVO Controles Públicos 
 
João Lasmar 3
existe entre o órgão controlado e o controlador uma relação de hierárquica de subordinação. EX: Conselho de 
Contribuintes do Ministério da Fazenda recebendo recursos contra a Delegacia de Julgamento da Receita 
Federal. 
 
 Controle Finalístico: realizado pela Administração Direta sobre a Administração Indireta, é principalmente 
realizada pelos Ministérios sobre as entidades a eles vinculadas, esta prevista no Decreto-Lei 200/67. 
 
a) RECURSOS ADMINISTRATIVOS 
 
 São um meio colocado à disposição dos administrados para que provoquem a Administração com o intuito de 
ver alterados ou anulados atos administrativos que digam respeito a relações jurídicas em que estejam envolvidos, 
possuem dupla função: atender o interesse público e representar um meio célere e gratuito à disposição dos 
administrados para prevenção ou correção de lesões a seus direitos. Havia grande divergência doutrinária a respeito da 
exigência de garantia pela Administração para a admissibilidade do recurso (depósito prévio). Para alguns, essa 
exigência era inconstitucional (ampla defesa). Para outros, é constitucional, cabendo ao legislador ordinário decidir 
sobre a conveniência de sua instituição. A orientação que prevaleceu, e que é aceita pelo STF, foi a de que NÃO viola 
o princípio da ampla defesa, portanto não é inconstitucional. Em regra os recursos administrativos possuem efeito 
apenas devolutivo, ou seja, o ato impugnado continua produzindo efeito até que a decisão do recurso declare o ato 
ilegal ou ilegítimo e só conterão efeito suspensivo quando expressamente mencionados. São princípios norteadores dos 
recursos e processos administrativos: 
 Legalidade objetiva: este princípio exige que o processo administrativo seja instaurado e conduzido com base 
na lei e com a finalidade de preservar o império da lei. Nulo é o processo que o viole. 
 
 Oficialidade: também conhecido como princípio do impulso oficial do processo. É sempre à Administração 
que compete a movimentação do processo, ainda que inicialmente provocada. Uma vez iniciado, passa a 
pertencer ao Poder Público a quem compete dar prosseguimento até a decisão final. Diametralmente oposta ao 
processo civil, pois neste ocorre a paralisação por inatividade das partes. Este principio permite que os agentes 
administrativos atuem de ofício na tomada de depoimentos, inspeção de lugares, realização de diligências etc. 
 
 Informalismo: os atos a serem praticados no processo, principalmente os a cargo do particular, não exigem 
formalidades especiais, bastando que sejam suficientes para assegurar a certeza jurídica e a segurança 
processual, nisto diferindo dos processos judiciais, pois estes em regra são formais. Esse princípio é favorável 
ao particular, porque este não necessita de advogado para representá-lo, porém existindo exigência legal 
expressa quanto à forma de determinado ato, esta deverá ser cumprida, sob pena de nulidade. 
 
 Verdade Material: é o mais característico dos processos administrativos e representam uma de suas principais 
diferenças em relação aos judiciais. No processo administrativo importa conhecer o fato efetivamente ocorrido, 
importa saber como se deu o fato no mundo real. No processo judicial, importa saber a chamada verdade 
formal ou verdade dos autos, diz-se “o que não esta nos autos não esta no mundo”. Regra geral, no processo 
administrativo a Administração pode se valer de qualquer prova lícita de que tenha conhecimento em qualquer 
fase do processo e a autoridade processante ou julgadora pode conhecer provas apresentadas pelo particular, 
por terceiros ou pala própria Administração, até o julgamento final, ainda que produzidas em outro processo 
administrativo ou judicial. A Lei 9.784/99 admite expressamente nos recursos administrativos a “reforma em 
prejuízo” ou reformatio in pejus (inadmissível nos processos judiciais criminais) exigindo apenas que, no caso 
de haver gravame ao recorrente, a autoridade julgadora dê ciência do fato para que o interessado apresente suas 
alegações. Porém a mesma lei não admite a mesma hipótese para os processos de revisão. 
 
 Contraditório e Ampla Defesa: é comum a todos os tipos de processos, judiciais e administrativos. É 
decorrente do princípio do devido processo legal (due process of law). Por contraditório entende-se a 
necessidade de que seja dada ao acusado a oportunidade de manifestar-se a respeito de todos os fatos a ele 
imputados e de todas as provas contra ele produzidas, contradizendo-as se desejar. Por ampla defesa entende-se 
a necessidade de apresentarem-se ao acusado todos os fatos e provas contra ele formulados e à possibilidade de 
o acusado valer-se de todos os meios lícitos para provar sua inocência, além de seu acompanhamento na 
DIREITO ADMINISTRATIVO Controles Públicos 
 
João Lasmar 4
instrução do processo. O descumprimento, destes princípios, em qualquer fase do processo ensejará a nulidade 
de todos os atos subseqüentes ou até mesmo a nulidade de todo o processo. 
 
3 – CONTROLE LEGISLATIVO 
 
 O controle legislativo, ou parlamentar, é exercido pelos órgãos legislativos ou pelas comissões parlamentares 
sobre determinados atos do Executivo e somente se verifica nas situações e nos limites expressamente previstos na CF 
(princípio da independência e harmonia dos poderes – clausula pétrea). Trata-se de controle externo e político, podendo 
ater-se aos aspectos de legalidade ou de conveniência pública. Ex: 
a) Compete ao Congresso Nacional fiscalizar e controlar, diretamente, ou por qualquer de suas Casas, os atos 
do Poder Executivo, incluídos os da administração indireta (art. 49, X da CF); 
b) Compete ao Congresso Nacional sustar os atos do Poder Executivo que exorbitem do poder regulamentar 
ou dos limites de delegação legislativa (art. 49, V da CF). Este controle e só de legalidade e não de mérito; 
c) As CPIs terão poderes de investigação próprios das autoridades judiciais e serão criadas para apuração de 
fato determinado e por prazo certo, sendo suas conclusões, se for o caso, encaminhadas ao MP, para que 
este promova a responsabilidade civil ou criminal dos infratores (art. 58, § 3º da CF). 
 
a) PODERES DA CPI, conforme entendimento do STF, desde que motivadamente: 
a) Convocar investigados e testemunhas, incluindo autoridades públicas das três esferas; 
b) Determinar diligências que entender necessárias; 
c) Requisitar de repartições públicas informações e documentos de seu interesse; 
d) Determinar quebra dos sigilos, fiscal, bancário e telefônico; 
e) Convocar juízes para depor, desde que a respeito de sua atuação como administrador público (função não-
jurisdicional). 
 
b) NÃO SÃO PODERES DA CPI, conforme entendimento do STF: 
a) Decretar busca e apreensão; 
b) Determinar a indisponibilidade de bens; 
c) Decretar a prisão de qualquer pessoa, salvo hipótese de flagrância; 
d) Determinar a interceptação (escuta) telefônica; 
e) Convocar magistrados para depor a respeito de sua atuação típica (função jurisdicional); 
 
c) OUTRAS COMPETÊNCIAS CONSTITUCIONAIS (art. 49 ao 52): 
a) Ao Congresso Nacional julgar anualmente as contas prestadas pelo Presidente da República e apreciar os 
relatórios sobre a execução dos planos de governo (art. 49, IX); 
b) Ao Senado Federal aprovar a escolha de magistrados, ministros do TCU, Procurador Geral da República, 
outras autoridades (art. 52, III); 
c) Ao Senado Federal autorizar operações externas de natureza financeira, da União, Estados, DF, Territórios 
e Municípios (art. 52, V); 
d) À Câmara dos Deputados proceder à tomada de contas do Presidente da República, quando não 
apresentadas ao Congresso Nacional, dentro de 60 dias após a abertura da sessão legislativa(art. 51, II); 
e) Ao Congresso Nacional, auxiliado pelo TCU, a fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional 
e patrimonial da União e das entidades da Administração Direta e Indireta, quanto à legalidade, 
legitimidade, economicidade, aplicação das subvenções e renúncia de receitas (art. 70). 
 
Obs.: O STF não admite que a Constituição de um Estado-membro estabeleça competência para que a Assembléia 
Legislativa e a Câmara Municipal, julguem suas próprias contas, tão pouco as contas do TJ, somente cabendo a 
estes o julgamento das contas dos Chefes do Executivo e as demais, são competência do TC respectivo. 
 
d) FISCALIZAÇÃO CONTÁBIL, FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA NA CF: 
 
A fiscalização financeira e orçamentária é exercida sobre os atos de todas as pessoas que administrem bens ou 
dinheiros públicos. O art. 70, § único, diz que “prestará contas qualquer pessoa física ou jurídica, pública ou privada, 
que utilize, arrecade, guarde, gerencie ou administre dinheiro, bens e valores públicos ou pelos quais a União responda, 
DIREITO ADMINISTRATIVO Controles Públicos 
 
João Lasmar 5
ou que, em nome desta, assuma obrigações de natureza pecuniária”. O controle interno e pleno visa a observação da 
legalidade, conveniência, oportunidade e eficiência, já o controle externo visa comprovar a probidade da 
Administração. As áreas alcançadas pelo chamado controle financeiro são: 
 Contábil: a preocupação é com a correção da formalização dos registros das receitas e despesas; 
 Financeira: o controle se efetiva por meio do acompanhamento dos depósitos bancários, empenho de 
despesas, pagamentos efetuados, ingresso de valores etc.; 
 Orçamentário: diz respeito ao acompanhamento da execução do orçamento, fiscalização dos registros nas 
rubricas orçamentárias adequadas etc.; 
 Operacional: controla a execução das atividades administrativas em geral, a observância dos 
procedimentos legais e adequação à eficiência e economicidade; 
 Patrimonial: incide sobre bens do patrimônio público, móveis ou imóveis, constantes de almoxarifado, 
estoques ou em uso pela Administração. 
 
e) ATRIBUIÇÕES DOS TRIBUNAIS DE CONTAS: 
 
Questão complexa é determinar a posição dos TCs. Não são eles órgãos do Poder Executivo, tão pouco do 
Judiciário. Conforme posição dominante na doutrina os TCs são órgãos da estrutura do Poder Legislativo, auxiliares do 
Poder Legislativo, mas que não praticam atos de natureza legislativa, mas apenas atos de controle. As principais 
atribuições, são as estabelecidas no art. 71 da CF, e são: 
a) Apreciar as contas prestadas anualmente pelo Presidente da República; 
b) Julgar as contas dos administradores e demais responsáveis por dinheiros, bens e valores públicos da 
administração direta e indireta, incluídas as fundações e sociedades instituídas e mantidas pelo Poder 
Público Federal, e as contas daqueles que derem causa a perda, extravio ou outra irregularidade que resulte 
prejuízo ao erário público; 
c) Apreciar a legalidade dos atos de admissão de pessoal, a qualquer título, na administração direta e indireta, 
bem como a das concessões de aposentadorias, reformas e pensões, excetuando-se os cargos de provimento 
em comissão; 
d) Aplicar aos responsáveis, em caso de ilegalidade de despesas ou irregularidade de contas, as sanções 
previstas em lei; 
e) Determinar prazo, se verificada ilegalidade, para que o órgão ou entidade adote as providências necessárias 
ao cumprimento da lei e, se não atendido, sustar a execução do ato impugnado, comunicando a decisão à 
Câmara dos Deputados e ao Senado Federal; 
 
f) ATRIBUIÇÕES DO TCU: 
a) No caso de ato administrativo, cabe ao próprio TCU sustar a sua execução; 
b) No caso de contrato administrativo, a sustação será adotada diretamente pelo Congresso Nacional, que 
solicitará ao Executivo as medidas cabíveis. Se no prazo de 90 dias o Congresso ou o Executivo não 
efetivar as medidas o TCU adquirirá competência para decidir; 
c) As decisões do TCU de que resulte imputação de débito ou multa são executáveis; 
 
Obs.: É entendimento do STF que o TCU é competente para julgar as contas das empresas públicas e das sociedades de economia 
mista, independentemente do patrimônios dessas entidades , incluindo-se bens e direitos, não se revestirem da qualidade de 
bens públicos ou de bens privados. 
 
4 – CONTROLE JUDICIÁRIO 
 
O controle judiciário, ou judicial, é o exercido pelos órgãos do Poder Judiciário sobre os atos administrativos 
praticados pelo Poder Executivo, Legislativo ou pelo próprio Judiciário. Em regra, exercido a posteriori, e versa sobre 
legalidade, sendo sobretudo um meio de preservação de direitos individuais dos administrados. Ocorre mediante 
provocação e tem como efeito a anulação (nunca revogação), efeito ex tunc. O ato nulo não gera direitos ou obrigações 
para as partes, não cria situações jurídicas definitivas e não admite convalidação, porém a de ser excepcionada para os 
terceiros de boa-fé (presunção de legitimidade) devendo, nesses casos, amparar os direitos nascidos na vigência do ato 
posteriormente anulado. 
 
DIREITO ADMINISTRATIVO Controles Públicos 
 
João Lasmar 6
Obs.: O judiciário não pode invalidar um ato administrativo baseado nos elementos MOTIVO e OBJETO, porém o 
mesmo não irá acontecer se o embasamento for na COMPETÊNCIA, FORMA ou FINALIDADE. 
 
a) ESPÉCIES DE CONTROLE JUDICIAL 
 Mandado de Segurança: é o remédio constitucional destinado a proteger direito líquido e certo, não 
amparado por hábeas corpus ou hábeas data, quando o responsável for autoridade pública ou agente de 
pessoa jurídica no exercício de atribuições do Poder Público. Trata-se de uma ação civil, de natureza 
mandamental e rito sumário. Entende-se como ato de autoridade (ato coator) qualquer ação ou omissão do 
Poder Público, ou de seus delegados (concessionários, permissionários) que, no exercício de suas funções 
(ou a pretexto de exercê-las), acarretem lesão a direito líquido e certo. O prazo para sua impetração é de 
120 dias a contar do conhecimento oficial do fato, sendo, portanto decadencial e não admitindo interrupção 
nem suspensão. Pode ser impetrado individualmente (mandado de segurança individual) ou coletivamente 
(mandado de segurança coletivo), por partido político com representação no Congresso; organização 
sindical, entidade de classe ou associação legalmente constituída e em funcionamento há pelo menos um 
ano. 
 
 Ação Popular: diz o art. 5º, LXXIII da CF, “qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular 
que vise anular ato lesivo ao patrimônio público ou a entidade de que o Estado participe, à moralidade 
administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo comprovada 
má-fé, isento de custas judiciais e do ônus da sucumbência”. A ação popular é um instrumento de defesa 
dos interesses da coletividade e pode ser usado nas formas preventiva ou repressiva. 
 
 Ação Civil Pública: visa reprimir ou impedir lesão a interesses difusos e coletivos, como os relacionados à 
proteção do patrimônio público e social, do meio ambiente, do consumidor etc. Deve ser promovida pelo 
Ministério Público. A Lei 7.347/85, que disciplina essa ação, prevê, ainda, como legitimados, a União, 
Estados, DF e os Municípios, suas autarquias, fundações, empresas públicas, sociedades de economia 
mista, além de associações que atendam aos requisitos da lei, Admite-se concessão de medida liminar. 
 
 
 
 
 
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DIREITO ADMINISTRATIVO Controles Públicos 
 
João Lasmar 7
CONTROLES PÚBLICOS 
 
1) A atribuição do Congresso Nacional de sustar contratos 
considerados irregulares, classifica-se como um ato do 
controle: 
a) financeiro 
b) administrativo 
c) interno 
d) judiciale) político 
 
2) Não é correto afirmar: 
a) O Tribunal de Contas da União é órgão do Poder 
Legislativo 
b) Não existe Poder Judiciário Municipal na estrutura 
federativa brasileira 
c) No Brasil, o Poder Executivo também legisla 
d) A fiscalização e o controle do Poder Executivo são 
atividades privativas do Poder Legislativo 
e) O Ministério Pública, que integra o Poder Executivo, é 
instituição essencial à Justiça 
 
3) No âmbito do controle externo, não compete ao Tribunal 
de Contas da União: 
a) aplicar multas aos responsáveis por ilegalidades de 
despesa pública 
b) fiscalizar a aplicação de qualquer recurso federal a 
Estados ou Município 
c) apreciar, para fins de registro, a ilegalidade dos atos de 
admissão de pessoal por concurso público 
d) fiscalizar as contas internacionais de empresas 
supranacionais de cujo capital social a União participe 
e) sustar, se não atendido, a execução do ato impugnado, 
comunicando a decisão à Câmara dos Deputados e ao 
Senado Federal 
 
4) O controle externo, exercido pelo Tribunal de Contas da 
União, quanto aos atos praticados pela Administração 
Pública Federal, relativos a concessões de 
aposentadorias, é característico do tipo: 
a) concomitante. 
b) declaratório. 
c) jurisdicional. 
d) posterior. 
e) prévio. 
 
5) Suponha que Poder Executivo Estadual tenha exarado 
um ato administrativo que, ainda que não fosse ilegal, 
era inconveniente e inoportuno. Assinale a opção que 
corresponde à(s) providência(s) que poderia(m) ser 
tomada(s), em face de tal ato. 
a) O princípio da autotutela da Administração permite 
apenas ao Poder Executivo anulá-lo. 
b) Tanto o Poder Executivo como o Poder Judiciário 
poderiam anulá-lo (este, apenas se provocado por 
eventuais interessados). 
c) O Poder Executivo poderia revogá-lo, não podendo, o 
Poder Judiciário, revogá-lo ou anulá-lo. 
d) O Poder Executivo poderia anulá-lo, mas apenas se o 
Poder Judiciário assim o determinasse. 
e) Uma vez já exarado o ato, somente o Poder Judiciário 
poderia tomar providências quanto a ele. 
 
6) Não inclui na finalidade do sistema de controle interno 
federal, constitucionalmente previsto, a atividade de: 
a) avaliar os resultados, quanto à eficácia, eficiência e 
efetividade, da gestão orçamentária, financeira e 
patrimonial dos órgãos e entidades da Administração. 
b) exercer o controle das operações de crédito, avais e 
garantias da União. 
c) comprovar a legalidade da aplicação de recursos públicos 
por entidades de direito privado. 
d) apoiar o controle externo no exercício de sua missão 
institucional. 
e) avaliar o cumprimento das metas previstas no plano 
plurianual. 
 
7) Na hipótese de o Presidente da República não efetuar 
junto ao Congresso Nacional, dentro de 60 dias após a 
abertura da sessão legislativa anual, a apresentação de 
contas referentes ao exercício anterior, deve-se proceder 
à tomada de contas pelo: 
a) Congresso Nacional 
b) Câmara dos Deputados 
c) Senado Federal 
d) Tribunal de Contas da União 
e) Ministério Público Federal 
 
8) O Tribunal de Contas, se na fiscalização contábil, 
financeira ou orçamentária verificar ilegalidade, deve: 
a) impugnar o ato 
b) sustar a execução do ato 
c) comunicar o fato à Câmara 
d) assinar prazo para a adoção de providências pelo órgão, 
necessárias ao exato cumprimento da lei 
e) representar ao Poder competente sobre a irregularidade 
 
9) No caso de ser verificada irregularidade em contrato 
administrativo: 
a) O Tribunal de Contas deve sustá-lo, de imediato 
b) Deve o Congresso Nacional sustá-lo diretamente, 
solicitando ao Poder Executivo as medidas cabíveis 
c) Se nem o Congresso Nacional nem o Poder Executivo se 
manifestarem a respeito, tampouco caberá ao Tribunal de 
Contas qualquer outra providência 
d) A decisão de sustá-lo caberá exclusivamente ao Poder 
Executivo 
e) Caberá unicamente ao Poder Judiciário, em sendo 
provocado para promover a sua sustação 
 
10) A fiscalização financeira e orçamentária, de 
responsabilidade do Poder Legislativo, classifica-se no 
controle: 
a) judicial 
b) interno 
DIREITO ADMINISTRATIVO Controles Públicos 
 
João Lasmar 8
c) administrativo 
d) externo 
e) político 
 
11) Quanto à sua exeqüibilidade, as decisões do Tribunal de 
Contas de que resulte imputação de débito ou multa: 
a) terão eficácia de título executivo 
b) terão apenas eficácia de recomendação ao Poder 
Legislativo 
c) terão apenas eficácia de recomendação ao Poder 
Executivo 
d) poderão ser executadas somente após sua aprovação pelo 
chefe do Poder Executivo 
e) poderão ser executadas somente após sua aprovação pelo 
órgão do Poder Judiciário competente em cada caso 
 
12) No Brasil, tem competência exclusiva para julgar 
anualmente as contas prestadas pelo Presidente da 
República: 
a) STF 
b) Comissão Mista de Senadores e Deputados 
c) TCU 
d) Congresso Nacional 
e) Câmara dos Deputados 
 
13) Os atos administrativos praticados pelo Poder Executivo 
podem ser invalidados através de: 
a) anulação pelo Poder Legislativo 
b) revogação pelo Poder Judiciário 
c) revogação pelo Poder Legislativo 
d) anulação pelo Poder Judiciário 
e) revogação pelo Tribunal de Contas 
 
14) O desfazimento do ato administrativo, em virtude de 
determinação judicial, por razões de ilegalidade, 
denomina-se: 
a) rescisão 
b) anulação 
c) conversão 
d) revogação 
e) caducidade 
 
15) No que se refere à invalidação dos atos administrativos, 
é certo que: 
a) o Judiciário revoga ou anula o ato administrativo 
b) o Judiciário somente revoga o ato administrativo 
c) a Administração apenas anula seu próprio ato 
d) a Administração revoga ou anula seu próprio ato 
e) a Administração não pode anular ou revogar seu próprio 
ato 
 
16) Os atos da Administração Pública, de um modo geral, 
são passíveis de controle jurisdicional, mas são 
ressalvados, particularmente, pela sua natureza e 
peculiaridade, os: 
a) de caráter confidencial 
b) de caráter normativo 
c) aspectos do mérito administrativo 
d) aspectos da moralidade administrativa 
e) procedimentos administrativos disciplinares 
 
17) A anulação do ato administrativo se dá em razão de: 
a) ilegalidade, produzindo efeito ex nunc 
b) inconveniência, produzindo efeito ex nunc 
c) ilegalidade, produzindo efeito ex tunc 
d) inconveniência, produzindo efeito ex tunc 
e) inoportunidade, produzindo efeito ex tunc 
 
18) A extinção de um ato administrativo perfeito, por 
motivo de conveniência e oportunidade, denomina-se: 
a) revogação 
b) anulação 
c) convalidação 
d) conversão 
e) invalidação 
 
19) Tratando-se de extinção de ato administrativo, assinale a 
afirmativa verdadeira: 
a) a anulação far-se-á exclusivamente pelo Poder Judiciário. 
b) a revogação decorre de vício do ato. 
c) o prazo decadencial para a anulação de atos dos quais 
decorram efeitos favoráveis para os destinatários é de 3 
(três) anos. 
d) a revogação depende de provocação do interessado. 
e) os efeitos da anulação são ex tunc. 
 
20) O mérito do ato administrativo, identificado pelo 
binômio conveniência e oportunidade, é encontrado nos 
seus seguintes elementos: 
a) objeto e finalidade 
b) forma e sujeito 
c) objeto e motivo 
d) motivo e finalidade 
e) sujeito e finalidade 
 
21) As ações judiciais utilizáveis para o controle judicial da 
Administração podem ser utilizadas pelo particular tanto 
no caso de lesão como no de simples ameaça a lesão a 
direito seu. 
 
22) A ação de mandado de segurança apresenta, entre 
outras, a particularidade de exigir que se destine à tutela 
de direito líquido e certo, que se considera, em geral, 
como aquele provado desde a propositura da ação, por 
meio de prova documental pré-constituída, isto é, 
anexada à petição inicial da ação.23) A ação civil pública é um relevante instrumento de 
controle judicial da Administração. 
 
24) Qualquer cidadão pode, em princípio, promover, 
pessoalmente, o controle da Administração Pública. 
 
25) O controle da Administração Pública Federal pelo Poder 
Legislativo é exercido apenas por meio das comissões 
DIREITO ADMINISTRATIVO Controles Públicos 
 
João Lasmar 9
especializadas da Câmara dos Deputados e do Senado 
Federal 
 
26) Se o Tribunal de Contas da União constatar o 
cometimento de ato ilegal por parte de órgão federal, 
poderá determinar-lhe a imediata revogação do ato, sem 
prejuízo da responsabilização daqueles que lhe deram 
causa; nesses casos de ilegalidade, o Ministério Público 
também pode ajuizar ação para a supressão do ato. 
 
27) O Tribunal de Contas da União, órgão que auxilia o 
Congresso Nacional em sua função fiscalizadora, pode 
sustar a execução, pelo Poder Executivo, dos atos 
impugnados, se não for atendida a ordem de 
impugnação, independentemente de autorização do 
Poder Judiciário. 
 
28) A competência dos órgãos de controle interno de 
comprovar a legalidade da aplicação dos recursos 
públicos por entidades de direito privado abrange a 
fiscalização da destinação de todos os recursos oriundos 
de contratos administrativos decorrentes de licitação. 
 
29) As atividades típicas de controle legislativo da 
competência do Congresso Nacional incluem a 
apreciação dos atos de concessão e de renovação de 
concessão de emissoras de rádio e televisão, mas 
excluem, nesse âmbito, os atos de cassação de 
concessões. 
 
30) O ato de improbidade administrativa acarretará, entre 
outras sanções, a perda da função pública e dos direitos 
políticos, vem como a indisponibilidade dos bens e o 
ressarcimento ao erário. 
 
31) A aplicação de sanções previstas na lei de improbidade 
administrativa independe de eventual aprovação ou 
rejeição das respectivas contas pelo órgão de controle 
interno ou externo ou da efetiva ocorrência de dano ao 
patrimônio público. 
 
32) O controle hierárquico resulta automaticamente do 
escalonamento vertical dos órgão,em que os inferiores 
estão subordinados aos superiores. 
 
33) O controle interno é aquele realizado pela entidade ou 
pelo órgão responsável pela atividade controlada, como, 
por exemplo, a apreciação de cotas dos Poderes 
Executivo e Judiciário pelo Poder Legislativo. 
 
34) O controle de mérito é o que objetiva verificar 
unicamente a conformação do ato ou do procedimento 
administrativo com as normas legais que os regem. 
 
35) Por meio do controle administrativo, a administração 
pode apenas revogar os seus próprios atos. 
 
36) O controle externo exercido pelos tribunais de contas 
não objetiva verificar unicamente a conformação do ato 
ou do procedimento administrativo com as normas 
legais que o regem, visa também à análise da eficiência. 
 
37) O ordenamento jurídico investe o cidadão de meios para 
desencadear o controle externo da omissão abusiva de 
um administrador público. Não há, porém, previsão 
legal específica que autorize o cidadão a suscitar o 
controle de omissão pela própria administração. 
 
38) A ação popular e o mandado de segurança são 
instrumentos processuais adequados à eventual 
invalidação de atos administrativos discricionários. 
 
39) A garantia constitucional que deve ser usada para incluir 
nos assentamentos do impetrante a justificativa sobre 
informação verdadeira, mas que está pendente de 
decisão administrativa ou judicial, denomina-se: 
a) mandado de segurança; 
b) mandado de injunção; 
c) habeas data; 
d) ação ordinária; 
e) medida cautelar. 
 
40) Em relação ao controle judicial do ato administrativo, 
analise as afirmativas a seguir: 
I. O Poder Judiciário não pode controlar o uso correto 
da discricionariedade administrativa. 
II. O controle judicial dos atos administrativos praticados 
pelo Poder Executivo pode ser exercido de ofício ou 
mediante provocação do interessado. 
III. Quando houver na lei a previsão de recurso 
administrativo, a parte interessada somente poderá 
acionar o Poder Judiciário após o prévio esgotamento 
da esfera administrativa. 
É/são afirmativa(s) verdadeira(s) somente: 
a) I; 
b) II; 
c) III; 
d) I e II; 
e) nenhuma. 
 
41) Em relação à ação popular, analise as afirmativas a 
seguir: 
I. Uma pessoa jurídica pode propor ação popular se 
todos os seus sócios forem eleitores. 
II. A sentença que julgar improcedente o pedido 
formulado na ação popular será submetida ao duplo 
grau obrigatório de jurisdição. 
III. O Ministério Público pode assumir a titularidade da 
ação popular que foi abandonada pelo autor popular. 
É/são afirmativa(s) verdadeira(s) somente: 
a) I e II; 
DIREITO ADMINISTRATIVO Controles Públicos 
 
João Lasmar 10
b) I e III; 
c) II e III; 
d) I, II e III; 
e) nenhuma. 
 
42) Em relação à ação civil pública, analise as afirmativas a 
seguir: 
I. O inquérito civil será presidido por membro do 
Ministério Público e o seu arquivamento depende da 
homologação judicial. 
II. Ao deferir pedido de liminar na ação civil pública, o 
órgão do Poder Judiciário competente para seu 
julgamento poderá arbitrar multa para a hipótese de 
descumprimento. 
III. O prazo de validade da liminar na ação civil pública 
será de noventa dias, prorrogável por mais trinta dias. 
É/são afirmativa(s) verdadeira(s) somente: 
a) I; 
b) II; 
c) III; 
d) I e II; 
e) II e III. 
 
43) Em relação ao mandado de segurança, analise as 
afirmativas a seguir: 
I. De acordo com o posicionamento do Supremo 
Tribunal Federal, é inconstitucional o prazo de cento e 
vinte dias previsto na lei para impetração do mandado 
de segurança. 
II. A autoridade coatora poderá contestar o pedido 
formulado ou prestar informações no prazo de dez 
dias. 
III. O mandado de segurança somente poderá ser usado 
para controlar decisões judiciais transitadas em 
julgado. 
É/são afirmativa(s) verdadeira(s) somente: 
a) I; 
b) II; 
c) III; 
d) I e II; 
e) nenhuma. 
 
44) Com relação ao controle da Administração Pública, 
analise as afirmativas: 
I. O exercício do direito de petição, previsto no art. 5º, 
XXXIV, a da Constituição reflete o exercício do 
controle judicial da atividade administrativa do 
Estado. 
II. O controle de mérito e de legalidade exercido pela 
Administração Pública sobre sua própria atividade 
independe de provocação da parte interessada. 
III. Os atos interna corporis praticados pelas casas 
legislativas não se submetem ao controle judicial em 
nenhuma hipótese. 
A(s) afirmativa(s) verdadeira(s) é/são somente: 
a) I 
b) II 
c) III 
d) I e II 
e) II e III 
 
45) Com relação ao mandado de segurança, analise as 
afirmativas a seguir: 
I. O prazo decadencial para impetração é de 90 dias, 
podendo ser prorrogado por mais 30 dias. 
II. O prazo de validade da liminar é de 90 dias, podendo 
ser prorrogado por mais 30 dias. 
III. As informações serão prestadas pela autoridade 
coatora no prazo de 10 dias. 
A(s) afirmativa(s) verdadeira(s) é/são somente: 
a) I 
b) II 
c) III 
d) I e II 
e) II e III 
 
46) Os recursos administrativos são instrumentos de 
controle da Administração Pública. Sobre a matéria, é 
INCORRETO afirmar que: 
a) como regra os recursos administrativos não terão efeito 
suspensivo; 
b) no Brasil, se houver previsão na lei, a parte interessada 
somente poderá propor ação contra a Administração 
Pública após o esgotamento dos recursos 
administrativos; 
c) a “coisa julgada administrativa”, aplicada aos recursos 
administrativos, não impede o acesso ao Poder 
Judiciário; 
d) as decisões proferidas nos recursos administrativos 
observarão o princípio da motivação; 
e) União, Estados, Distrito Federal e Municípios, deverãoelaborar, no âmbito de sua atuação, suas respectivas 
legislações sobre seus recursos administrativos. 
 
47) O controle jurisdicional sobre a Administração Pública 
pode ser exercido de várias formas. Uma das ações 
colocadas à disposição dos administrados serve para 
controlar o ato de autoridade que fere direito líquido e 
certo. Trata-se de: 
a) mandado de injunção; 
b) mandado de segurança; 
c) ação popular; 
d) ação civil pública; 
e) ação ordinária. 
 
 
 
 
 
 
DIREITO ADMINISTRATIVO Controles Públicos 
 
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GABARITO CONTROLES PÚBLICOS 
 
1) E 
2) D 
3) D 
4) D 
5) C 
6) A 
7) B 
8) D 
9) B 
10) D 
11) A 
12) D 
13) D 
14) B 
15) D 
16) C 
17) C 
18) A 
19) E 
20) C 
21) C 
22) C 
23) C 
24) C 
25) E 
26) E 
27) C 
28) E 
29) C 
30) E 
31) C 
32) C 
33) E 
34) E 
35) E 
36) C 
37) E 
38) C 
39) C 
40) A 
41) C 
42) B 
43) E 
44) B 
45) E 
46) B 
47) B

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