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Aula_5_-_Estratigrafia

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1 
Noções de 
Estratigrafia 
Profa Simone Moraes 
(smoraes@ufba.br) 
Universidade Federal da Bahia 
Instituto de Geociências 
Departamento de Oceanografia 
GEO B17 - Paleontologia 
Conceito de Estratigrafia 
 Estudo das rochas estratificadas 
o Sucessão original e idade 
o Composição litológica e paleontológica 
o Forma, distribuição, propriedades físicas e químicas 
 Visa inferir seus 
ambientes de 
origem e sua 
história 
geológica 
Grand Canyon 
Fundamentos da Estratigrafia 
 Lei da Superposição de Camadas 
Dobra 
Falha 
Camadas em 
posição normal 
o Nas sequências de 
rochas que não forem 
deformadas, cada 
camada se superpõe a 
anterior em ordem 
cronológica 
o Importância 
 Permite a reconstrução 
dos acontecimentos, 
colocando os eventos em 
ordem cronológica 
T
e
ix
e
ir
a
 e
t 
 a
l. 
(2
0
0
0
) 
Fundamentos da 
Estratigrafia 
 Fácies 
o Camadas de 
sedimento ou rochas 
com determinadas 
características 
litológicas (litofácies) 
ou paleontológicas 
(biofácies) 
o Sua análise permite 
estabelecer o 
paleoambiente e a 
ordem dos eventos 
(datação relativa) 
Estabelecimento de biofácies 
e sua cronologia relativa 
A 
B 
C 
D 
E 
+antigo 
+recente 
 Correlação estratigráfica 
o Analisa a continuidade dos 
estratos, ou seja, a relação lateral 
entre estratos de locais diferentes 
o Somente as rochas originadas ao 
mesmo tempo podem conter 
assembléias fossilíferas similares 
Correlação estratigráfica 
Stinnesbeck et al. (2004) 
Correlação estratigráfica em poço 
na Península de Yucatan, México 
1 1 
2 3 
3 
4 
4 
5 5 
Discordância 
Fundamentos da 
Estratigrafia 
 Fácies sedimentares e correlação estratigráfica 
o Testemunho – amostra de sedimento ou rocha, de forma 
cilíndrica e obtida perpendicularmente à estratificação 
Fundamentos da Estratigrafia 
Testemunhador Testemunhos abertos no laboratório 
2 
 Fácies sedimentares e correlação estratigráfica 
Fundamentos da Estratigrafia 
1 
2 
3 
4 
5 
A 
1 
2 
3 
4 
5 
B 
5 
4 
3 
2 
1 
C Testemunhos 
Perfil geológico 
Ambiente 
T
e
ix
e
ira
 e
t a
l. (2
0
0
0
) 
o Interpretação dos 
dados – seqüência dos 
eventos 
1. Deposição do 
sedimento 
2. Soterramento 
3. Formação da rocha 
4. Dobra e soerguimento 
5. Exposição 
6. Erosão das camadas 
Seção estratigráfica da planície 
costeira do rio Paraíba do Sul (RJ) 
Geomargem (2013) 
Lama mixohalina 
Areia da plataforma 
interna 
Lama de pró-delta 
Areia de delta 
20ka 
Hoje 
5ka 
5,1ka 
 Fácies sedimentares e correlação estratigráfica 
o Interpretação dos dados 
Fundamentos da Estratigrafia 
 Litoestratigrafia - utiliza a litologia (camadas de 
rochas) como critério de classificação 
 Bioestratigrafia - baseia-se em características do 
conteúdo fossilífero como critério de classificação 
 Geocronologia - realiza a datação das rochas 
o Datação relativa 
o Datação absoluta 
 Cronoestratigrafia - classifica os estratos de rocha 
de qualquer categoria em função de sua idade 
Subdivisões da Estratigrafia 
 Baseia-se em características do conteúdo 
fossilífero como critério de classificação 
o Distribuição espacial dos taxa 
o Peculiaridades morfológicas ou abundância relativa 
de um determinado táxon 
o Estágios de desenvolvimento evolutivo 
o Presença ou ausência de determinados fósseis 
Bioestratigrafia 
 Unidades bioestratigráficas 
o Zona de amplitude – abrange a 
distribuição vertical e horizontal do 
táxon ou taxa selecionados 
 Zona de amplitude parcial 
 Zona de amplitude total 
 Zona de amplitude concorrente 
Bioestratigrafia 
Zona de amplitude concorrente 
B 
C 
A 
E 
D 
Zona de amplitude parcial 
A 
TC 
TG 
Zona de amplitude total 
A 
TC + TP2 + TA 
Associação 
C e E 
A é o marcador 
B concorre com C 
D concorre com E 
Associação 
B e D 
Seção estratigráfica 
4 
3 
1 
4 
1 
A 
TP2 
TA 
2 
A 
2,8 
2,1 
TP2 
Bioestratigrafia 
Seção estratigráfica 
A A 
A 
3 
 Unidades bioestratigráficas 
o Zona de associação - 
associação que difere das 
ocorrentes nas zonas subjacente 
e sobrejacente 
 
 
 
 
 
o Zona de acme - camadas 
onde o táxon tem maior 
abundância ou desenvolvimento 
Bioestratigrafia 
Zona de associação 
Associação 
H, I, L e M 
Associação 
G, H, I, J, L e M 
Associação 
G, J e M 
G 
H 
I 
L 
J 
M 
Zona de acme 
A 
Diversidade 
Seção estratigráfica 
3 
2,5 
TG 
TA 
1,5 
2,5 
1 - Deposição 
das camadas 
2 - Dobramento 
das camadas 
3 - Intrusão 
4 - Falha 
P
re
ss
 e
t 
a
l.
 (
2
0
0
5
) 
 Datação Relativa - estabelece idades 
em termos relativos (comparação) 
o Baseia-se na superposição das camadas e 
não no tempo que elas levaram para se 
depositar 
Geocronologia 
Datação relativa 
Métodos de datação 
Datação relativa a partir da litologia 
Inclusão Erupção vulcânica 
Roc ha 
enc aix ante 
Derram e 
de lav a 
Depós i to 
de c inz as 
Nec k 
 Datação Relativa 
o Rochas que 
cortam outras 
são mais jovens 
do que as que 
são cortadas 
o Os fragmentos 
de rochas 
inclusas em 
corpos ígneos 
são mais 
antigos que as 
hospedeiras 
Intrusão 
Rochas intrusivas 
 Datação Relativa 
o Condições semelhantes de deposição formam 
rochas semelhantes em qualquer período 
Geocronologia 
Dunas 
Press et al. (2006) Arenito com estratif icação cruzada 
Vento ou água 
corrente M
o
n
ta
n
te
 
(b
a
rl
a
v
e
n
to
) 
J
u
s
a
n
te
 
(s
o
ta
v
e
n
to
) 
Estratificação 
cruzada 
 Datação Relativa 
o Fósseis contidos em rochas semelhantes, mas de 
períodos distintos são diferentes entre si 
 
 
 
 
 
 
 
 
o Todas as rochas contendo um determinado fóssil 
foram depositadas enquanto este organismo viveu 
e têm a mesma idade da ocorrência deste 
Geocronologia 
Rocha A 
Rocha B 
Rocha C 
Datação relativa a 
partir dos fósseis 
 Datação Relativa 
o Somente as rochas originadas ao mesmo tempo 
podem conter fósseis similares 
Geocronologia 
1 2 
3 
1 2 
3 Discordância 
Skinner e Porter (1995) 
Correlação 
de camadas 
4 
 Datação absoluta 
o Consiste no cálculo do tempo envolvido no 
decaimento radioativo de isótopos desde a 
formação da rocha 
Meia-Vida 
T
e
ix
e
ir
a
 e
t 
a
l. 
(2
0
0
0
) 
Decaimento radioativo 
Geocronologia 
 Estabelece idades em 
termos quantitativos 
-1 próton 
 Decaimento radioativo - mudança espontânea do 
átomo para um estado de menor energia 
Geocronologia 
massa atômica Elemento n atômico 
 
Massa atômica = no de prótons+no nêutrons 
Número atômico = no de prótons 
Isótopos estáveis Isótopo radioativo 
T
e
ix
e
ira
 e
t a
l. (2
0
0
0
) 
10,8B5 12C6 14N7 
 
Mudanças na massa atômica 
Mudanças no número atômico 
o Alteração nestes números 
forma novos elementos 
químicos e/ou os deixam 
instáveis 
Decaimento U238 a Pb206 
 Meia-vida – tempo 
necessário para que metade 
dos átomos de um isótopo 
decaia 
Isótopo Produto Meia-vida Materiais utilizados 
Urânio-235 Chumbo-207 4510Ma Zircônio, apatita 
Urânio-238 Chumbo-206 713Ma Zircônio, apatita 
Potássio-40 Argônio-40 1300Ma 
Muscovita, biotita, 
hornblenda 
Rubídio-87 Estrôncio-87 47000Ma 
Muscovita, biotita, 
potássio, feldspato 
Carbono-14 Nitrogênio-14 5730a 
Madeira, carvão, ossos, 
tecidos, conchas 
(CaCO3), água e gelo com 
CO2 dissolvido 
Geocronologia 
Meia-vida de alguns dos isótopos mais utilizados (Salgado-Labouriau, 1994) 
T
e
ix
e
ir
a
 e
t 
a
l. 
(2
0
0
0
) 
Importância da 
Estratigrafia 
 Escala do Tempo Geológico 
Proterozóico
(43%)
Fanerozóico
(12%)
Arqueano
(45%)
Duração dos Éons na Escala 
de Tempo Geológico 
Teixeira et al. (2000) 
4600 
2500 
542 
488 
443 
416 
359 
299 
251 
199 
145 
65 
55 
33 
23 
5,3 
2,5 
0,01 
Ma 
M
e
n
d
e
s
 (
1
9
8
8
) 
Importância da Estratigrafia 
Modelo paleoambiental do Subgrupo Itararé, Permiano Inferior, RS. 
 Interpretações paleoambientais – noções detempo e espaço 
Importância da Estratigrafia 
T
e
ix
e
ira
 e
t a
l. (2
0
0
0
) 
Testemunhos 
Perfil geológico 
1 2 3 4 
 Interpretações 
paleoambientais 
– noções de 
tempo e espaço 
5 
P
re
s
s
 e
t a
l. (2
0
0
6
) 
Importância da Estratigrafia 
Escala de tempo dinâmico 
 Descrever a 
história da 
Terra em 
uma escala 
de tempo 
dinâmico 
Referências 
 Para estudo 
o MENDES, J.C. Paleontologia básica. São Paulo: T. A. Queiroz / Editora da 
Universidade de São Paulo, 1988. 
o RIBEIRO, H.J.P.S. Estratigrafia de Seqüências: fundamentos e aplicações. São 
Leopoldo: Editora UNISINOS, 2001. cap. 7, p. 137-218. 
o ROHN, R. Uso estratigráfico dos fósseis e tempo geológico. In: CARVALHO, I.S. 
(ed.). Paleontologia. 2. ed. Rio de Janeiro: Editora Interciência, 2004. v. 1., cap. 
5, p. 61-73. 
o SALGADO-LABOURIAU, M. L. História ecológica da terra. 2. ed. São Paulo: 
Edgard Blucher, 1994. 
 Figuras 
o PRESS, F.; GROTZINGER, J.; SIEVER, R.; JORDAN, T.H. Para entender a 
Terra. 4. ed. Porto Alegre: Bookman, 2006. 
o SKINNER, B.J., PORTER, J.C. The Dynamic Earth: An Introduction to Physical 
Geology. 3. Ed. New York: John Wiley & Sons, 1995. 
o TEIXEIRA, W., TOLEDO, M. C. M., T. R., TAIOLI, F. (org.) Decifrando a Terra. 
SãoPaulo: Oficina de Textos, 2000.

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