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Disciplinas LIBRAS Docentes Prof. Tatiana Palazzo Curso PEDAGOGIA Módulo 5.1 Síntese da Unidade II: Questões Clínicas da Surdez e as Nomenclaturas Diferenciar os grupos para que se entendam quais os atendimentos educacionais especializados são adequados para cada necessidade; Definir línguas orais e caracterizá-las. Podemos pensar o surdo partindo de duas definições distintas: uma clínica e outra socioantropológica. Skliar (1997, p.45) cita que: [...] o surdo é considerado uma pessoa que não ouve e, portanto, não fala. É definido por suas características negativas; a educação se converte em terapêutica e o objetivo do currículo escolar é dar ao sujeito o que lhe falta: a audição e seu derivado a fala. Porém podemos pensar um indivíduo surdo capaz e a surdez não como fim, mas como define. A surdez não é uma doença que necessita de cura, mas é uma condição que deve ser aceita. Os surdos não são inválidos que precisam de reabilitação. Eles são membros de uma comunidade lingüística minoritária que deve ser respeitada e possuem o direito inalienável de receber sua educação nesta língua. Tomando o conceito de surdez enquanto construção social, e não como falta biológica, conseguimos visualizar possibilidades educacionais e sociais, mas é de fundamental importância reconhecer que é, através da língua de sinais, que essas pessoas conseguem realmente participar do mundo, expressando seus desejos, vontades e assumindo realmente seu papel na sociedade. Segundo Sassaki (2005): [...] deficiência auditiva é a “perda parcial ou total bilateral, de 25 (vinte e cinco) decibéis (db) ou mais, resultante da média aritmética do audiograma, aferida nas freqüências de 500 HZ, 1.000 HZ, 2.000 Hz e 3.000 Hz” (art. 3o, Resolução no 17, de 8/10/03, do Conade – Conselho Nacional dos Direitos da Pessoa Portadora de Deficiência. Uma das definições que poderíamos adotar é a que coloca os surdos como pessoas que utilizam a comunicação espaço-visual como principal meio de conhecer o mundo em substituição à audição e à fala. Eles são usuários da língua de sinais e sua audição não é funcional na vida comum. Para a educação, o que é de fundamental importância é o tipo de comunicação que a pessoa com surdez utiliza para que, assim, possa se garantir não somente a presença dos intérpretes de libras nas escolas, mas também para organizarem-se os atendimentos educacionais em libras e de libras. Uma reflexão que poderia ser feita é que talvez o mais importante não seja como é chamada a pessoa com surdez, mas como se lida com a deficiência, pois estaríamos discutindo principalmente o preconceito que pode haver por de trás das palavras. Bom estudo! Equipe de Dependência Pedagogia.
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