Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Disciplinas Educação Inclusiva: Princípios e Práticas Docentes Prof. Gabriela Maffei Curso PEDAGOGIA Módulo 5.1 Síntese da Unidade V: Conceito de Necessidades Educativas Especiais As escolas devem ajustar-se a todas as crianças/jovens, independentemente das suas condições físicas, sociais, linguísticas ou outras. Neste conceito, devem incluir-se crianças/jovens com deficiência ou superdotadas, da rua ou que trabalham, de populações imigradas ou nómadas, de minorias lingüísticas, étnicas ou culturais e crianças/jovens de áreas ou grupos desfavorecidos ou marginais. DECLARAÇÃO DE SALAMANCA (1994). Antiguidade e séculos subsequentes: Romances, nomes de instituições, leis e outros meios mencionavam “os inválidos”. Inválido: O termo significava “indivíduos sem valor”. Aquele que tinha deficiência era tido como socialmente inútil, um peso morto para a sociedade, um fardo para a família, alguém sem valor profissional. Nos dias atuais O art. 5º da Resolução CNE/ CEB nº 2, de 11/9/01, explica que as necessidades especiais decorrem de três situações, uma das quais envolvendo dificuldades vinculadas a deficiências e dificuldades não-vinculadas a uma causa orgânica. Os valores agregados às pessoas com deficiência são: 1) o do empoderamento [uso do poder pessoal para fazer escolhas, tomar decisões e assumir o controle da situação de cada um] e 2) o da responsabilidade de contribuir com seus talentos para mudar a sociedade rumo à inclusão de todas as pessoas, com ou sem deficiência. Segundo o procurador do Ministério Público do Trabalho no Paraná, Ricardo Tadeu Marques da Fonseca, em 21de setembro de 2006, a discussão sobre o conceito de deficiência foi um dos pontos mais polêmicos no debate da convenção internacional da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre os direitos das pessoas com deficiência. Segundo ele, a definição apresentada pelo Brasil foi considerada a mais completa, porque trata de aspectos médico e social. Pelo acordo, o portador de deficiência foi definido como a pessoa que sofre uma desvantagem física, mental ou sensorial que limita a sua capacidade de executar as atividades cotidianas, causada ou agravada por condições sociais e ambientais. A substituição da classificação em diferentes categorias, baseada em decisões do foro médico, pelo conceito de alunos com necessidades educativas especiais, baseado em critérios pedagógicos; portanto o conceito de necessidades educativas especiais não vêm substituir o termo deficiência. Assim em termos educativos, o conceito de deficiência, vem sendo substituído pelo conceito necessidades educativas especiais. O aluno não é aquilo que ele “têm”, mas sim o que pode e como pode aprender. Há uma necessidade educativa especial quando uma deficiência (física, sensorial, intelectual, emocional, social ou qualquer combinação destas) afeta a aprendizagem até ao ponto de serem necessários alguns ou todos os acessos especiais ao currículo especial, ou modificado, ou a condições de aprendizagem especialmente adaptadas para que o aluno seja educado adequada e eficazmente “ Brennan (1990, p. 36). Outro aspecto considerável do Relatório Warnock, é que foi chamado a atenção para o grande número de crianças em escolas comuns que, em algum momento de sua trajetória, experimentam dificuldades. Nesta perspectiva, é possível afirmar que um aluno que tem necessidades educativas especiais apresenta algum problema de aprendizagem no decorrer da sua escolarização, exigindo uma atenção específica e mais/diferentes recursos educativos do que os utilizados com os companheiros da mesma idade. Contudo, não é determinante, nem mesmo permanente, um aluno pode em um determinado momento ou contexto necessitar de adaptações curriculares ou até mesmo organizacionais, mas este tratar-se de temporário. Bom estudo! Equipe de Dependência Pedagogia.
Compartilhar