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apostila de contatores

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contatores
 DISPOSITIVOS DE MANOBRA - CONTATORES - PARTE 3
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São dispositivos de operação não manual,
destinados a estabelecer e interromper
freqüentemente um circuito.
Ou seja, são equipamentos de comutação
acionados eletromagneticamente e que
possuem condições de suportar um grande
número de operações, normalmente
utilizados no comando de motores.
Parte 3 - contatores - final.pmd 11/12/2006, 15:311
 DISPOSITIVOS DE MANOBRA - CONTATORES - PARTE 3
contatores
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Classificação dos contatores de MT (Média Tensão)
Podemos classificar os contatores de MT em função do mecanismo de operação,
tipo de execução e em relação ao princípio de extinção do arco elétrico.
Mecanismo de operação
Mecanismo com retenção mecânica
São aqueles dotados de uma bobina de fechamento que quando energizada,
aciona um núcleo móvel diretamente ligado aos contatos, fechando-os.
Após este processo a bobina é desernegizada permanecendo os contatos fechados
e, assim mantido por uma trava do mecanismo de acionamento.
A abertura dos contatos é feita por outra bobina que, quando energizada, destrava
o mecanismo de acionamento, provocando a abertura dos contatos.
Bobinas de fechamento
Bobina de abertura
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Contatos auxiliares
Contator 6SH 200 SDKL - Mitsubishi
Parte 3 - contatores - final.pmd 11/12/2006, 15:322
contatores
 DISPOSITIVOS DE MANOBRA - CONTATORES - PARTE 3
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Esta concepção de contator é pouco utilizada, por não possuir outra alternativa
de abertura em caso de danos na bobina.
Mecanismo sem retenção mecânica
São aqueles dotados de uma única bobina de operação que, quando energizada,
aciona um núcleo móvel diretamente ligado aos contatos, fechando-os.
Nesta concepção a bobina permanece energizada para manter os contatos
fechados. A abertura se dá quando se desenergiza a bobina
Núcleo fixo
Resistores de
economia
Bobina de operação
Núcleo móvel
Mola de abertura
Microruptor do bloqueio
Kirk
Bloqueio Kirk
Mola de abertura Bandeirola de Indicação
Ligado/Desligado
Microruptor de
indicação de
fusível queimado
Contatos auxiliares
69
Tipo de execução
Os contatores podem ser de execução fixa ou extraível.
Os contatores fixos têm os terminais de entrada e saída fixados com parafusos
diretamente aos barramentos do painel.
Os contatores extraíveis são inseridos em celas ou gavetas, e estas são fixadas
aos barramentos.
A cela possui buchas de passagem para os contatos de conexão e o contator é
dotado de pinças (garras) que se acoplam aos contatos de conexão da cela quando
inserido.
A decisão sobre qual tipo de execução o contator deverá ter, levará em conta não
apenas seu custo, mas, sua aplicabilidade, o tipo de programa de manutenção a
ser adotado e sua periodicidade e, até mesmo, a seletividade do circuito.
Contator tipo C1 - Inebrasa
Parte 3 - contatores - final.pmd 11/12/2006, 15:323
 DISPOSITIVOS DE MANOBRA - CONTATORES - PARTE 3
contatores
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Princípios de extinção do arco e detalhes construtivos
Contator a seco
A extinção do arco elétrico durante a abertura rápida dos contatos é, em geral,
obtida através de lâminas radiadoras montadas em câmaras de extinção.
Este sistema provoca o resfriamento do arco elétrico e sua conseqüente extinção
que, por intermédio das referidas lâminas, seccionam o percurso do mesmo em
pequenos segmentos.
Contator a sopro magnético
Neste tipo de contator, os contatos se abrem no ar, induzindo o arco voltaico para
dentro das câmaras de extinção, onde ocorre a interrupção, devido a um aumento
na resistência do arco.
Este aumento na resistência do arco é conseguido através de:
a) aumento no comprimento do arco;
b) fragmentação do arco em vários arcos menores, em série, nas várias fendas
da câmara de extinção;
c) resfriamento do arco em contato com as múltiplas paredes da câmara.
As forças que induzem o arco para dentro das fendas da câmara são produzidas
pelo campo magnético da própria corrente, passando por uma ou mais bobinas
(daí o nome sopro magnético) e, eventualmente, por um sopro pneumático auxiliar,
produzido pelo mecanismo de acionamento.
Existem vários tipos e formatos de câmaras de extinção para contatores a sopro
magnético. As placas que formam a câmara podem ser de material isolante e
refratário ou de aço, ou ainda de uma combinação dos dois.
Em cada uma das alternativas, encontramos vários tipos de configuração de
câmara, específicos de cada fabricante.
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Câmara de extinção do
contator tipo C1 - Inebrasa
Parede lateral
em poliéster com
fibra de vidro
Aletas de cerâmica
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contatores
 DISPOSITIVOS DE MANOBRA - CONTATORES - PARTE 3
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Nesses contatores, normalmente é encontrada a utilização de apenas uma das
forças de direcionamento do arco:
Por sopro pneumático
Por campo magnético
Fole
Conjunto contato fixo
Direcionador do sopro
de ar
Conjunto contato
móvel
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Bobinas de campo
montadas atrás dos
contatos móveis
Bobinas de campo
montadas atrás das
câmaras de extinção
Contator tipo C1 - Inebrasa
Contator 6SH 200 SDKL - MitsubishiContator 6NCH-205K - Mitsubishi
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 DISPOSITIVOS DE MANOBRA - CONTATORES - PARTE 3
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Ampolas
a vácuo
Contator a gás hexafluoreto de enxofre - SF6
Nesta concepção de contator, o meio isolante
utilizado é o gás SF6, onde os contatos do contator
estão encapsulados e imersos neste gás.
O arco é posto em movimento entre os contatos de arco
durante a interrupção, graças a um campo magnético que é criado por si próprio
na passagem por uma bobina.
O movimento de rotação permite resfriar o arco por convecção forçada. A
velocidade de rotação do arco é função da corrente a interromper.
Contator a vácuo
Como nos disjuntores, as ampolas a vácuo são formadas por um tubo cilíndrico
de cerâmica ou de vidro de alta resistência mecânica, fechado por placas circulares
planas feitas de uma liga metálica constituída de ferro, níquel e cobalto.
A uma das placas é preso o contato fixo e, na oposta, há um fole de aço inoxidável,
de um lado selado à placa e do outro ao contato móvel.
Uma blindagem metálica interna, envolve o fole e, outra blindagem também
metálica, envolve o conjunto de contatos.
Elas têm por finalidade aparar as partículas metálicas que se desprendem dos
contatos, devido ao arco elétrico, evitando que se depositem sobre as paredes do
tubo de vidro ou cerâmica.
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Contator tipo Rollarc
Schneider
Contator tipo SL 400
Cutler Hammer
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 DISPOSITIVOS DE MANOBRA - CONTATORES - PARTE 3
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Aplicações - Benefícios - Comparativo
Os primeiros sistemas de contatores foram os do tipo a seco e os a sopro
magnético. Como nesses sistemas o arco se queima no ar e, considerando-se o
grande número de manobras que os contatores realizam, é normal ocorrer em
pouco tempo o desgaste dos contatos.
Com o objetivo de reduzir o número de manutenções, novas tecnologias surgiram,
permitindo uma vida útil mais longa para os contatos.
Hoje temos os contatores a gás SF6, no qual os contatos trabalham em câmaras
herméticas imersos nesse gás e também, contatores a vácuo, onde os contatos
trabalham encapsulados, minimizando os efeitos do arco elétrico nas manobras.
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 DISPOSITIVOS DE MANOBRA - CONTATORES - PARTE 3
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Utilizando seu equipamento
Na operação e manutenção dos equipamentos elétricos existentes em uma
subestação, é de primordial importância conhecer e cumprir as regrase
procedimentos de segurança. Somente pessoal habilitado e autorizado,
reconhecido pela empresa como possuidor de conhecimentos técnicos inerentes
às subestações elétricas, deve ser responsável pela operação, inspeção ou pela
manutenção dos equipamentos.
Tendo em vista a grande variedade de modelos e fabricantes de contatores, há
necessidade de o operador/inspetor conhecer muito bem o equipamento a ser
manobrado, seguindo os procedimentos pré-estabelecidos.
Os procedimentos devem ser criados, partindo-se da consulta ao manual de
operação do equipamento, da experiênia técnica e da observação das normas
existentes.
A não observação dos procedimentos é o principal fator de ocorrência de danos
nos contatores no momento de inserção/extração e, até mesmo, na sua operação.
As operações deverão ser executadas respeitando-se parâmetros básicos de
aplicação de força, evitando-se a quebra, principalmente de alavancas e do
mecanismo de inserção/extração.
A segurança pessoal do operador/inspetor também não deve ser esquecida. Além
do perfeito conhecimento do equipamento, deve-se também observar a distância
mínima para operação, de acordo com a tensão nominal do painel.
Podemos citar como exemplo o procedimento adotado pela Eletropaulo, que
estipula para a classe de tensão 7.2KV a distância mínima de operação com
segurança em 1,25m do ponto energizado.
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Exemplo de dispositivo de
i n s e r ç ã o / e x t r a ç ã o
desenvolvido para manter
distância de segurança
nas manobras.
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 DISPOSITIVOS DE MANOBRA - CONTATORES - PARTE 3
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Inspeções e Manutenções
É inegável que, atualmente, os processos produtivos vêm sendo compelidos a
atingir níveis crescentes de qualidade e eficiência, face aos grandes desafios de
um mercado consumidor cada vez mais competitivo.
Na esteira, e como fator de alavancagem do desenvolvimento, o Setor Elétrico,
evidentemente estará subordinado a metas envolvendo qualidade e produtividade.
Nesse cenário, as Inspeções e Manutenções adquirem dimensões
significativamente importantes, como elos da cadeia de procedimentos que
permitirá ao Setor atingir padrões adequados de desempenho exigidos pelos
consumidores.
Inspeção - Conceito
Exame visual periódico das características principais do contator em serviço, sem
qualquer espécie de desmontagem.
Este exame é geralmente feito, verificando-se a pressão do gás SF6, estanqueidade
e a poluição das partes isolantes. Abrange igualmente as operações de lubrificação,
limpeza, lavagem etc., que podem ser feitas com o contator em serviço.
As observações feitas durante uma inspeção deverão instruir relatório técnico e
podem indicar a necessidade de manutenção preventiva e/ou corretiva.
Manutenção - Conceito
Conjunto de operações previstas pelas inspeções e revisões programadas.
A manutenção executada por técnicos experientes, contemplando medições
elétricas para avaliação funcional dos equipamentos, limpeza e lubrificação dos
pontos recomendados; além das correções requeridas no relatório técnico das
inspeções e/ou manutenções anteriores, sugerem a forma indicada para evitar ou
diminuir a incidência de paradas não programadas.
As manutenções podem ser: preditiva, preventiva e corretiva
Periodicidade dos intervalos de inspeção e manutenção - Conceito
Os intervalos entre inspeções e revisões de contatores não devem ser tão longos
que coloquem em risco a sua confiabilidade e nem tão curtos que redundem em
despesas e trabalhos desnecessários.
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 DISPOSITIVOS DE MANOBRA - CONTATORES - PARTE 3
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Para se determinar os períodos das inspeções e revisões periódicas programadas
deve se ter em vista as partes principais do contator: câmara de extinção, ampolas
de vácuo, contatos, isolação, bobinas e mecanismo de operação.
Os períodos devem ser estabelecidos tendo-se em vista cada uma delas
separadamente.
Os períodos das inspeções e revisões comumente adotados são principalmente
das seguintes espécies: por tempo definido e pelo número de operações. Eles
são estabelecidos conforme as instruções do fabricante e a experiência adquirida
pelo usuário do contator.
O período por tempo definido é aquele em que o intervalo de tempo entre as
inspeções e revisões é dado em semanas, meses ou anos.
Os intervalos entre as inspeções e revisões que dependem do número de
operações do contator podem ser variáveis, uma vez que o número de operações,
em geral, depende de fatores muitas vezes aleatórios.
Independentemente do critério adotado, recomenda-se a intervenção técnica
sempre que se verificar a ocorrência de abertura do contator por curto-circuito.
Trabalhando com segurança
Antes de dar início às rotinas de inspeções e manutenções, recomenda-se a
elaboração da Análise Preliminar de Riscos com vistas a garantir a máxima
segurança dos técnicos executantes.
Nesta análise, devem ser observados ao menos, os seguintes procedimentos:
1 - Verificar todos os equipamentos de proteção individual - EPI´s necessários
 para garantir a integridade dos técnicos executantes.
2 - Impedimento do contator.
3 - Remover o contator do interior de seu cubículo (quando extraível).
 No caso de contatores fixos, assegurar-se de que o mesmo esteja
 desenergizado e isolado do sistema.
4 - Assegurar-se de que a fonte de energia dos circuitos auxiliares de comando,
 esteja desligada.
5 - Certificar-se de que não haja nenhuma energia armazenada no mecanismo
 de operação, como por exemplo, alguma mola tensionada ou circuito
 pressurizado.
6 - Não utilizar ferramentas inadequadas e não padronizadas.
7 - Instrumentos e utensílios devem ser inspecionados antes do início dos trabalhos,
 verificando-se seu estado, qualidade e quantidade.
8 - Delimitar e sinalizar a área de trabalho e/ou diferenciar os equipamentos
 energizados, dos equipamentos desenergizados.
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Após a conclusão dos trabalhos, também são necessários alguns
procedimentos mínimos de segurança:
1 - Remover todos os utensílios utilizados, tais como materiais de limpeza e
 ferramentas.
2 - Limpeza do local, com a remoção de todos os detritos originados durante a
 execução dos trabalhos.
3 - Inspeção final do equipamento e do respectivo painel.
4 - Desimpedimento do equipamento.
Identificando o contator
Conhecer as informações contidas na placa de identificação é de fundamental
importância para a correta avaliação técnica do contator.
Seguem alguns exemplos:
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Tipo do equipamento
Número de série
Máxima tensão de operação
Freqüência de trabalho
Máxima corrente de operação
(para trabalho ininterrupto)
Corrente de operação
(para 8 horas de trabalho)
Pressão do gás SF6 (para contatores
com este princípio de extinção)
Tensão de operação da bobina de
fechamento
Tensão de operação da bobina de
abertura (para mecanismo com
retenção mecânica)
Número do esquema elétrico
empregado no contator
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 DISPOSITIVOS DE MANOBRA - CONTATORES - PARTE 3
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Inspeção
Uma vez respeitadas as normas de segurança, recomenda-se que sejam
inspecionados os diversos itens, classificando-os da forma sugerida abaixo:
A = Em ordem
B = Com problemas, vide observação
C = Não tem
D = Não inspecionado
NA = Não aplicável
Itens a serem inspecionados:
1 - Indicação
Placa de identificação
Aberto
Fechado2 - Fusíveis
Circuito de força 
Circuito de controle
3 - Acionamento elétrico
Abertura
Fechamento
Fiação de comando/controle
Resistores
Contatores auxiliares
Bobina de operação
Micro-fusível
Micro-bloqueio Kirk
Micro-resistor de economia
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 DISPOSITIVOS DE MANOBRA - CONTATORES - PARTE 3
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4 - Intertravamento
Elétrico 
Mecânico
5 - Aterramento
Aterramento da carcaça
6 - Mecanismo de sopro
Foles
Direcionadores de sopro
7 - Isolação
Barreiras isolantes
Isoladores
8 - Conservação
Pintura
Corrosão
Reaperto
Limpeza
Lubrificação
9 - Contatos
Contatos fixos
Contatos móveis
Garrafas de vácuo
Contatos auxiliares
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10 - Câmara de extinção de arco
Integridade
Limpeza
11 - Extração
Dispositivo de extração
Contatos de conexão
Plug de comando
Registro das anormalidades encontradas
Após a avaliação dos tópicos acima sugeridos, recomenda-se o registro das
anormalidades encontradas e correções aplicáveis.
As anormalidades devem ser anotadas em livro de ocorrências e/ou relatório
técnico, com vistas à programação de manutenção corretiva ou preventiva futura.
Manutenção
Equipamento alvo
Em uma subestação existem contatores com diferentes níveis de manobra.
Há uma tendência natural das equipes técnicas em identificar como alvo da
manutenção os contatores freqüentemente manobrados, pois, tendem a apresentar
maior desgaste mecânico e dos contatos, deixando os contatores de menor
atividade, relegados a segundo plano.
Acontece, porém, que na experiência de campo, encontra-se comumente
contatores que, durante um longo período de tempo em repouso (abertos ou
fechados), apresentam falhas quando solicitados.
Por estarem em repouso e sem manutenção durante um longo período, também
estão sujeitos às seguintes situações:
A - Emperramento do mecanismo de operação devido a
- Acúmulo de poeira
- Umidade (causando oxidação do mecanismo)
- Fadiga das molas
- Lubrificação ressecada
- Rolamentos e êmbolo de bobinas emperrados e outros.
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 DISPOSITIVOS DE MANOBRA - CONTATORES - PARTE 3
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B - Oxidação dos contatos, ocasionando aumento em sua resistência ôhmica.
C - Baixa isolação provocada por acúmulo de poeira e absorção de umidade.
Conclui-se, assim, que devem ser alvo de manutenções programadas tanto os
contatores freqüentemente manobrados como os que repousam ligados ou não
(e os reservas).
Falta de manutenção
A falta de manutenção pode acarretar desde pequenos problemas de acionamento
até a perda total de uma subestação.
A seguir relatamos alguns exemplos de fatos observados ao longo de experiências
vivenciadas:
Contator tipo HCA - Hyundai
Com o passar dos anos, após inúmeras operações de inserção/extração, o
mecanismo que trava o contator inserido no cubículo, passou a apresentar folga,
que não foi devidamente corrigida.
Numa operação de inserção, o mecanismo travou dando a entender que estava
completamente inserido, porém, as garras não se acoplaram (apenas se
encostaram) devido à folga existente. Ao ser dada a partida do motor com a
energização do contator, ocorreu um rápido e intenso aquecimento decorrente da
má conexão, provocando um curto-circuito de grandes proporções e a conseqüente
destruição do contator e do seu cubículo.
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Contator tipo HCA - Hyundai
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contatores
 DISPOSITIVOS DE MANOBRA - CONTATORES - PARTE 3
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Contator tipo CDM - Saet Padova
Em um painel de Média Tensão, havia um contator instalado a vários anos e que
nunca sofreu manutenção.
Por ser um equipamento freqüentemente requisitado, com o passar do tempo os
contatos foram se deteriorando e, com isso, aumentando a respectiva resistência
ôhmica.
Com a realização de uma inspeção termográfica (manutenção preditiva) detectou-
se o aquecimento excessivo e o contator foi retirado de operação. Ao ser
inspecionado, constatou-se que os contatos haviam perdido suas características
construtivas, tendo que ser substituídos na execução do recondicionamento em
oficina (manutenção corretiva).
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Contatos
 de conexão
(garras)
 derretidos
Contato deteriorado
Contator tipo CDM - Saet Padova
Contator tipo HCA - Hyundai
A falta de manutenção pode acarretar prejuízos materiais de grande
importância, não só devido à perda dos equipamentos, como também, devido
à paralisação da produção, trazendo inclusive, riscos à segurança pessoal
dos operadores.
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 DISPOSITIVOS DE MANOBRA - CONTATORES - PARTE 3
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Manutenção Preditiva
São técnicas preditivas as atividades de inspeção, controle e ensaio, realizadas
em um item, sem indisponibilidade operativa, com o objetivo de predizer/estimar
o ponto ótimo para intervenção da manutenção preventiva.
A técnica preditiva mais utilizada para contatores é a inspeção termográfica.
Recomenda-se a inspeção termográfica em intervalos de 4 a 6 meses, de acordo
com as características do circuito e/ou do local onde os contatores estão instalados,
tais como: indústrias químicas, siderúrgicas e áreas litorâneas (maresia).
Manutenção Preventiva
Parte das operações de inspeção e revisão, compreendendo a substituição de
peças que tenham atingido ou ultrapassado os limites de desgaste estabelecidos,
com exceção da substituição de peças devido a uma falha ou defeito;
Esse tipo de manutenção visa manter o funcionamento satisfatório do contator e
prevenir contra possíveis ocorrências que acarretem a sua indisponibilidade.
São itens básicos a serem observados durante a manutenção preventiva:
- Limpeza geral do equipamento
- Lubrificação dos pontos de articulação
- Reaperto das conexões elétricas
- Ajuste e limpeza dos contatos principais e pinças, com ênfase na
 verificação da qualidade das pastilhas
- Lubrificação e regulagem do mecanismo de acionamento, com ênfase na
 inspeção da mola de abertura
- Inspeção e testes do circuito de acionamento (bobinas)
- Inspeção e testes do circuito de sinalização (contatos auxiliares)
- Lubrificação e regulagem do mecanismo de inserção/extração
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contatores
 DISPOSITIVOS DE MANOBRA - CONTATORES - PARTE 3
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- Realização dos ensaios elétricos
 Resistência ôhmica dos contatos
 Resistência ôhmica da isolação dos contatos principais
 Resistência ôhmica da isolação do circuito de acionamento
 Testes operacionais
Manutenção Corretiva
Parte das operações de inspeção e revisão compreendendo, unicamente, a
substituição de peças por causa de um defeito ou de uma falha revelada ou em
estado latente;
Pode também ter como objetivo a operação de modificação de uma parte do
aparelho ou de uma peça, aplicada sistematicamente a uma categoria de
contatores, tendo em vista evitar que ocorra nesses contatores, uma possível
falha ou defeito.
Em outras palavras, é todo serviço efetuado em contatores, com a finalidade de
corrigir as causas e efeitos motivados por ocorrências constatadas que acarretem,
ou possam acarretar, sua indisponibilidade em condições quase sempre não
programadas. A manutenção corretiva pode ser de emergência ou programada.
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 DISPOSITIVOS DE MANOBRA - CONTATORES - PARTE 3
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Manutenção corretiva de emergência
É todo serviço de manutenção corretiva executado com a finalidade de seproceder
de imediato o restabelecimento das condições normais do contator, sempre
observando as regras de segurança total do equipamento e do técnico executante.
Manutenção corretiva programada
É todo serviço de manutenção que tem por objetivo, corrigir defeitos de menor
influência no desempenho funcional do contator, e que possa ser postergado
com o objetivo de ser inserido em programa de manutenção para restabelecimento
das condições normais de operação.
É recomendado que se aproveite o tempo de parada do contator quando da
realização da manutenção corretiva para aplicação também do conteúdo descrito
para manutenção preventiva, com o objetivo de se obter a máxima confiabilidade
do equipamento.
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Contator Limitamp - GE
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contatores
 DISPOSITIVOS DE MANOBRA - CONTATORES - PARTE 3
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Ensaios
São medições elétricas realizadas com o objetivo de efetuar avaliação funcional
dos equipamentos.
Resistência ôhmica dos contatos
Este ensaio é destinado a constatar a real condição dos contatos principais do
contator.
Neste ensaio, verifica-se também:
- Qualidade do tratamento de prateação dos contatos
- Qualidade das molas de pressão dos contatos
- Desgaste das pastilhas de prata
- Estado das conexões
Por exemplo, para a realização deste ensaio podemos utilizar um instrumento
chamado Microohmímetro, que mede a resistência de contato através da avaliação
da corrente e da queda de potencial na resistência.
A medição é realizada a quatro fios, para se eliminar as resistências de
conexão e dos cabos de medição.
Deve-se tomar por base como referência, os resultados obtidos no ensaio realizado
pelo fabricante quando do fornecimento do equipamento novo ou principalmente
em experiências vivenciadas em manutenções.
Nota: A pressão das molas dos contatos é inversamente proporcional à resistência
dos mesmos.
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Parte 3 - contatores - final.pmd 11/12/2006, 15:3921
 DISPOSITIVOS DE MANOBRA - CONTATORES - PARTE 3
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Em caso de resistências elevadas, ocorrerá simultaneamente um aumento da
temperatura que, em circuitos de baixa tensão pode ocasionar um derretimento
dos contatos e, a partir de média tensão, pode propiciar condições favoráveis a
ocorrência de explosões.
É extremamente importante que contatores com elevada resistência ôhmica de
contatos sejam retirados de operação para uma manutenção corretiva.
Resistência ôhmica da isolação dos contatos
A medição da resistência de isolamento de contatores é de grande valor para
detectar, diagnosticar e prevenir falhas de sua isolação.
O ensaio é realizado aplicando-se à isolação uma tensão contínua e medindo-se
a corrente elétrica que se escoa através ou por sua superfície.
É um teste não destrutivo e por isso não é uma medição da rigidez dielétrica da
isolação.
Os instrumentos utilizados neste tipo de medição são conhecidos pela
denominação de Megôhmetros, pois, a resistência de isolamento costuma ser
dada em mega-ohm (Μ Ω).
Registros periódicos são fundamentais para uma
boa avaliação dos componentes isolantes
empregados em um contator.
Quando encontrados valores excessivamente
baixos, estes geralmente são indicativos de
acúmulo de poeira, isolantes úmidos e/ou
danificados.
Equipamentos instalados em ambientes com elevada umidade relativa do ar, re-
querem periodicidade mais freqüente para este ensaio.
Nota: Valores baixos de resistência ôhmica da isolação dos contatos, propiciam
condições favoráveis para ocorrência de curto-circuito, podendo acarretar até a
perda do equipamento.
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Resistência ôhmica da isolação do circuito de acionamento
Destina-se a verificar a integridade dos isolantes das bobinas de acionamento,
motor e fiação, com o objetivo de garantir o perfeito funcionamento dos mesmos.
Utiliza-se um Megôhmetro com tensão de teste de 500V
Testes operacionais
Aqui são verificados desde o funcionamento do mecanismo de operação, até o
comportamento das bobinas de acionamento.
A princípio devem-se realizar cinco operações de acionamento elétrico (liga/
desliga) do contator.
Em seguida, procedem-se então os testes nos componentes do circuito de
acionamento: manter o contator ligado até que a temperatura dos resistores de
economia estabilize. Verificar se a temperatura encontrada não oferece risco à
integridade dos componentes restantes do mecanismo de acionamento.
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Exemplo de Relatório de Inspeção e Ensaios
A seguir, um exemplo de relatório preenchido de acordo com as condições do
contator de Média Tensão, tipo CDM - Saet Padova.
Obs.: A bobina de acionamento deve
operar com tensão de comando
variando +/- 10% de sua tensão
nominal , ou verificar no manual do
fabricante o desequilíbrio permitido.
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Retrofit
Entende-se retrofit como uma modificação construtiva efetuada no contator, com
o objetivo de modernizar suas características funcionais.
O retrofit do contator, aplicável normalmente na média tensão, pode ser efetuado
de duas maneiras distintas, a saber:
a) Construindo um novo contator compatível com as características nominais
e dimensionais do cúbiculo do contator antigo;
b) Aproveitando-se o carrinho e partes estruturais do contator antigo,
descartando as peças do circuito de potência e do mecanismo de operação,
instalando em seu lugar um contator a vácuo ou SF6 com as mesmas
características nominais.
A tomada de decisão sobre a aplicabilidade do retrofit, requer o estudo criterioso
de seu custo-benefício.
Os contatores a vácuo e SF6 ainda têm preços elevados no mercado e a esses
devem-se agregar os custos de adequação para intercambialidade com o cubículo
onde será utilizado.
Assim, nos casos de substituição de um contator fora-de-linha sinistrado ou ainda
de ampliação do painel, ou simplesmente para se obter um contator reserva,
viabiliza-se, pois, ter-se-á um contator aplicável a qualquer cubículo do painel
existente.
Por outro lado, optar pelo retrofit somente
para se obter equipamentos com concepção
mais moderna certamente acarretará
despesas excessivas, tornando
mais viável gerir adequadamente um bom
programa de manutenção com o objetivo de
obter a maior confiabilidade possível dos
contatores existentes.
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Retrofit de contator tipo C1 - Inebrasa
utilizando contator SL 400 a vácuo - Cutler Hammer
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Transporte e armazenagem
É de fundamental importância acondicionar o contator para o transporte de forma
a protegê-lo contra impactos que possam danificá-lo.
É também importante que o contator seja cuidadosamente envolto em plástico
antes de ser colocado no engradado, protegendo-o, assim, contra o acúmulo de
poeira e absorção de umidade, fatores que podem prejudicar seu funcionamento
e suas características de isolação.
O contator deve permanecer embalado, enquanto estocado.
Nota: Jamais deve-se permitir o transporte de contatores na posição horizontal.
Deitá-los para transporte certamente provocará a quebra de partes isolantes.
Assim, sempre a embalagem deverá conter a sinalização de instruções para
transporte.Contator
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IMPORTANTE!
Todo equipamento elétrico, novo ou recondicionado, ao ser retirado do estoque,
deve ser cuidadosamente inspecionado, limpo e ensaiado (comissionado) por
equipe técnica especializada, antes de ser colocado em operação.
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