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Instituto Federal Catarinense – Campus Araquari Alberto Gonçalves Evangelista Sanidade em Aquicultura (Ênfase em Carcinicultura) 1 AQUICULTURA No mundo, o maior agronegócio é a aquicultura, com animais ornamentais, pesca, produção, etc. São os animais com melhor conversão alimentar na produção. Piscicultura é a produção de peixes, sendo malacocultura de moluscos, carcinicultura de camarões, algicultura de algas, ranicultura de rãs e criação de jacarés. Os maiores produtores mundiais estão na Ásia, por muitas vezes a dificuldade de produzir outro tipo de proteína. Os maiores compradores são os EUA, Europa e Japão, por alto consumo, impossibilidades de produção, produção insuficiente, etc. O consumo de pescados cresce 8% ao ano, considerado rápido para o agronegócio. Estimava-se que a aquicultura ultrapassasse a pesca extrativista em 2014. A aquicultura possui a melhor produção de proteína em relação a área utilizada. No Brasil, a produção em 2011 foi de 11 Kg/Pescado/Pessoa/Ano, sendo o 17º maior produtor mundial. Na pesca extrativista é o 25º produtor mundial. Juntando as duas produções, somos 19º. Vendemos nossa produção para os EUA, China, França, Espanha e outros. Compramos pescados da China, Chile, Portugal, Argentina e etc. A aquicultura é responsável por grande parte da produção de moluscos, salmão, camarão marinho, etc, sendo 61% da produção mundial vinda da China. Nas Américas a maior produção é no Chile, sendo que o Brasil é o segundo produtor. A geografia facilita a aquicultura brasileira, por ter uma variedade de clima considerável, uma grande área costeira, uma grande área de alagados, grandes reservas de água doce e grande produção de grãos para ração. A meta para 2030 é, no Brasil, produzir 20 milhões Toneladas/Ano, sendo as maiores produções as de tilápia e camarão. A produção vem crescendo com o passar dos anos, mas ainda tem potencial e está longe do ideal. Já fomos recordistas mundial em produção de camarões por hectare ao ano, porém após o surto da doença da mancha branca, a produção entrou em queda. Em 2011 os maiores produtores mundial sofreram om a síndrome da mortalidade precoce, perdendo 400 mil toneladas da sua produção, causando um aumento no valor e falta do produto no mercado. Atualmente o Brasil explora 21 mil hectares, sendo disponíveis 100 mil. O principal problema para a produção são doenças virais, produção mais tecnificada de outros países e aumento do risco sanitário com a intensificação das atividades. O camarão mais cultivado no mundo é o Litopenaues vannamei, o camarão branco do pacífico, por ser menos exigente em termos nutricionais, de fácil cultivo, alto conhecimento científico e tecnológico de cultivo. A doença da mancha branca, infecção hipodermal e de necrose hematopoiética e a infecção mionecrotizante são doenças de notificação obrigatória. Em 2008 o MAPA aprovou a normativa para a produção de animais aquáticos, com todos os regulamentos técnicos, que regulamentam a prevenção, controle e erradicação de doenças dos animais aquáticos. Em 2013 criou-se a rede de colaboração em epidemiologia veterinária do ministério da pesca e agricultura, para dar suporte técnico ao produtor, dando proteção sanitária para a produção e para a segurança do alimento produzido. Outra instrução normativa datada de 2013 criou o registro do aquicultor. Em 2012, foi criada a rede nacional de laboratórios do ministério de pesca e aquicultura, sendo o laboratório oficial de análises para a produção, dando maior segurança para a produção. No RENAQUA existem laboratórios oficiais centrais, oficiais e credenciados, que fazem as análises, semelhante ao que ocorre em outros países. Os profissionais da rede de laboratórios no Brasil devem fazer uma série de especializações, nas áreas de campo, de qualidade de aula, exames presuntivos, biologia molecular, microbiologia, parasitologia e Histopatologia, e deve possuir qualificação na área trabalhada, para emissão de laudos sanitários.
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