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PRINCÍPIO DA ISONOMIA TRIBUTÁRIA: TRATAMENTO DOS IGUAIS E OS DESIGUAIS

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PRINCÍPIO DA ISONOMIA TRIBUTÁRIA: TRATAMENTO DOS IGUAIS 
E OS DESIGUAIS 
Thais Teixeira da Silva1 
RESUMO 
Este artigo tem como objetivo demonstrar a relevância da Isonomia Tributária no que 
tange ao aspecto do tratamento dos iguais e os desiguais, através de métodos não 
iguais para os desiguais, porém justo. São explanados conceitos de isonomia e 
tributário para melhor compreensão antes do tema principal. Utilizou-se para tanto, o 
emprego de uma pesquisa exploratória, descritiva, bibliográfica e estudo de caso 
para averiguação dos resultados. Na obtenção dos dados, utilizou-se como 
instrumento metodológico, o uso de livros conceituados, se fez necessário 
diferenciar o igual do desigual. Ainda, para corroborar a importância da isonomia 
tributária, quando institui o tratamento desigual entre contribuintes que se encontrem 
em situações equivalentes. 
Palavras-Chave 
Processo Tributário. Isonomia Tributária. Igualdade Tributária. Tratamento desigual. 
 
ABSTRACT 
This article aims to demonstrate the relevance of Tax Isonomy with regard to the 
treatment aspect of the equal and unequal, through unequal - but fair -methods. 
Concepts of equality and tax are explained for better understanding before the main 
theme. It was done the use of an exploratory, descriptive, literature and case study to 
investigate the results. For the data collection highly regarded books were used as a 
methodological tool, it was necessary to differentiate the same uneven. And still, to 
corroborate the importance of tax equality when establishing the difference in 
treatment between taxpayers who are in equivalent situations. 
Keywords 
Tax process. Tax equality. Tax equality. Unequal treatment
 
1
 Graduando em Direito pela Faculdade Brasileira de Vitória – MULTIVIX. 
2 
 
1. Introdução 
Esse artigo cientifico tem como objetivo analisar como funciona o princípio da 
isonomia tributária, especialmente em sede de controle direto de constitucionalidade. 
Sendo assim, no primeiro capítulo trataremos do princípio da igualdade em sua 
forma mais genérica, prevista no (caput do art. 5º da Constituição Federal) diz que 
somos todos iguais perante a lei o que torna isto um direito fundamental do cidadão. 
Todavia, nota-se que o princípio da igualdade tributária, previsto no art. 150 II, 
distinto do caput do art. 5.º possui maior ênfase da igualdade na lei, pois o artigo se 
dirige somente para o legislador tributário, e em seguida o principio da igualdade 
tributária, previsto no (art. 150, II da Constituição Federal). 
Em busca do conhecimento este artigo científico mostrará os processos e caminhos 
que irei usar para melhor explicar o princípio da isonomia, com muita clareza 
explicarei métodos e meios para facilitar a compreensão do leitor a fim de deixá-lo 
iterado sobre o assunto. 
A significância desse artigo o faz um tema interessante de se abordar pois a lei 
tributária garante e assegura o não prejuízo ao contribuinte, o que deixa claro que as 
leis tributária não tratam todas as pessoas da mesma maneira mas sim de forma 
justa levando em conta certas circunstâncias sobre a funcionalidade dessa norma, 
se atinge todos os seus propósitos. O problema em foque seria a discriminação tem 
como o objetivo descriminar para favorecer os desiguais? 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
 
2. Conceito do Princípio da Isonomia 
“A Carta Política de 1988 trouxe com suas linhas uma nova realidade, pautada, 
sobretudo, na valoração maciça de uma gama de princípios que, em tempos 
passados, foram ultrajados e renegados pelo Ordenamento Normativo Pátrio”. Tal 
fato estrutura-se de maneira evidente em um período caracterizado pela forte 
repressão e por sucessivas ditaduras, que suprimiam os direitos mais inerentes da 
população, os condicionado como reféns do Ente Estatal. Isto é, o constituinte, ao 
idealizar a Carta de Outubro, pautou-se em fazer do documento inaugural de uma 
nova realidade como o instrumento garantidor do cidadão, acobertando os direitos 
mais importantes em suas linhas. 
Desta feita, cabe trazer à tona a redação do artigo 5°, caput, que consagra em suas 
palavras o denominado Princípio da Isonomia, ou seja, o postulado que assegura a 
igualdade entre todos os indivíduos, sem se ater a qualquer característica peculiar o 
aspecto que distinga um individuo de seus semelhantes: “Art. 5º - Todos são iguais 
perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e 
aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à 
igualdade, à segurança e à propriedade...” (DJI/2009). 
Posto isto, cabe salientar que a igualdade não se apoia tão somente tratar os iguais 
como iguais, mas também, sobretudo, tratar os desiguais como desiguais na medida 
em que se desigualam. Isto é, não basta apenas a Carta Política do Estado 
Brasileiro expor que a igualdade abarca a todos, porém, é primordial que desenvolva 
os mecanismos necessários para assegurar tal tratamento, observando os pontos de 
maior celeuma e sanando-os, a fim de garantir uma igualdade de fato. 
O princípio da isonomia refere-se à igualdade de todos, no sentido em que todos 
tem os mesmos direitos e deveres que rege nossa Constituição Federal, constando 
no art.5.º da CF que em seu caput assegura que ”todos somos iguais perante a lei, 
sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros 
“Residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à 
segurança e à propriedade”. 2 
 
2
 BRASIL, Artigo.5º, Caput, Constituição Federal de 1988. 
 
4 
 
Apesar do principio da igualdade formalizar que todos são iguais, dificulta o 
entendimento do que seria ser igual. Segundo o conceito de Aristóteles, "tem que se 
tratarem igualmente os iguais e desigualmente os desiguais na medida de sua 
desigualdade", ou seja, como temos diversidade de pessoas de todos os tipos, 
classes e raças há uma diferença, uma desigualdade, então deve-se tratar 
igualmente aquelas pessoas que são iguais, que exercem a mesma profissão por 
exemplo e desigual um deficiente por exemplo, pela necessidade ele deve receber 
cuidados especiais diferenciados das demais. Isso faz nascer o sentimento do que 
seria justo e injusto e na nossa CF trata todos iguais, porém de forma justa levando 
em conta todas as desigualdades. O tratamento diferenciado guarda relação lógica 
direta com a finalidade buscada pela norma jurídica, sendo também pertinente, na 
avaliação se sua validade a invocação dos princípios da razoabilidade e da 
proporcionalidade, dos quais cuidaremos logo baixo. 
Hugo de Brito Machado oferece exemplo bastante elucidativo: 
"(...) em um concurso para o cargo de Juiz, pode a norma exigir que os 
candidatos sejam bacharéis em Direito (critério finalístico plausível, tendo-se 
em vista as funções do cargo). Não pode, todavia, exigir que os candidatos 
tenham determinada altura, ou peso. Já em se tratando de uma seleção 
para competição esportiva acontecerá precisamente o contrário. A exigência 
de altura, ou peso, pode ser um critério seletivo plausível, enquanto não o 
será a exigência do título de bacharel em Direito".
 
Entenda-se agora que o tratamento desigual para os desiguais seja uma solução 
racional com um propósito legitimo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 
 
3. Noções Gerais do Direito Tributário 
"Se Direito consiste no conjunto de normas, regras e princípios que disciplinam as 
relações sociais, é correto dizer que Direito Tributário é o conjunto de normas, 
regras e princípiosque disciplinam a relação jurídica tributária". 
Tal afirmação decorre do fato que toda e qualquer matéria do direito para que 
receba a qualificação jurídica de disciplina jurídica deve ter normas, regras e 
princípios jurídicos próprios que proporcionem o estudo de forma didaticamente 
autônoma. Por tais razões se diz que o direto tributário é um conjunto de normas, 
regras, proposições e princípios jurídicos próprios que tem por fim a disciplina da 
instituição, fiscalização e arrecadação de tributos. 
 
3.1. Noções Fundamentais do Direito Tributário 
Tributo é toda prestação em dinheiro imposta a civis, cobrada mediante atividade 
administrativa plenamente vinculada entendida como impostos que se define como o 
tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma situação independente de qualquer 
atividade estatal específica, relativa ao contribuinte. Taxas que tem como fato 
gerador o exercício regular do poder de policia, ou a utilização, efetiva ou potencial, 
de serviço público específico e divisível, prestando ao contribuinte ou posto à sua 
disposição. E por fim contribuições de melhoria que é cobrada pela União, pelos 
Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios são instituídas para fazer face ao 
custo de obras públicas de que decorra valorização imobiliária, tendo como limite 
total a despesa realizada e como limite total a despesa realizada e como limite 
individual o acréscimo de valor que da obra resultar para cada imóvel beneficiado. 
Segundo Cleide Previtalli Cais "a parcela do ordenamento jurídico a tanto incumbida 
é denominada Direito Público, e o Estado que submete a sua conduta a normas 
previamente estabelecidas é chamado Estado de Direito. O direito Público pode ser 
ainda subdividido em outras ramificações, conforme a parcela da atividade estatal 
disciplinada. Assim, temos o Direito Penal, o Direito Administrativo etc. No que mais 
de perto interessa ao presente estudo, o conjunto das normas que disciplinam a 
maneira como o Estado exige compulsoriamente dos cidadãos os recursos 
financeiros de que necessita para desempenhar suas atividades denomina-se Direito 
Tributário.”. 
6 
 
3.2. O conflito de interesses em esfera Tributária 
Conflitos nascem com interesse de pessoas distintas, ocorrendo desde os 
primórdios quando duas pessoas se encontram pela primeira vez. Na época da 
caverna o poder era de quem fosse o mais forte que tinha o melhor abrigo, a melhor 
caça, a mulher que escolhesse, cabendo aos outros cederem esse tipo de 
dominação física. 
Cleide Previtalli Cais cita que "no inicio da convivência humana em sociedade os 
conflitos de interesses eram satisfeitos privadamente, não sendo conhecida a função 
jurisdicional resultante de evolução histórica inerente ao desenvolvimento do Estado. 
Historicamente, nota-se que a obrigação tributária, considerada como sujeição do 
contribuinte à exigência por parte do Estado, foi conquista do próprio devedor do 
tributo, porque no direito romano a figura não resultava da lei. O conceito originário 
de tributum, em Roma, correspondia à contribuição extraordinária dos cidadãos, 
destinada às eventualidades excepcionais, especialmente aquelas de origem bélica. 
A contribuição em caráter regular era devida por força de uma sujeição despótica, 
como eram exemplos as propriedades das terras públicas ou de terras e populações 
de províncias ou de inimigos, cujo resgate sustentava as despesas do Estado 
romano ao final da República. As inovações iniciadas por Augusto respeitaram 
esses critérios clássicos e, à luz de necessidades de reorganização, introduziram 
formas de tributação, sem alterar, em essência, a ordem do sistema fiscal romano, 
abandonando os princípios originais e adotando o tributum definição nova e 
correspondente aos preceitos atuais.”. 
 
 
 
 
 
 
 
7 
 
4. Principio da Isonomia Tributária 
O princípio da Isonomia Tributária também chamado de Igualdade Tributária 
prescreve que a cobrança de tributos deve ser feita de forma igual para aqueles que 
se encontram na mesma situação jurídica. Nos quatro parágrafos do art.5.º da 
Constituição levam os princípios adotados pela Constituição Federal: 
(1) § 1º As normas definidoras dos direitos e garantias fundamentais têm 
aplicação imediata. 
(2) § 2º Os direitos e garantias expressos nesta Constituição não excluem 
outros decorrentes do regime e dos princípios por ela adotados, ou dos 
tratados internacionais em que a República Federativa do Brasil seja parte. 
(3) § 3º Os tratados e convenções internacionais sobre direitos humanos 
que forem aprovados, em cada Casa do Congresso Nacional, em dois 
turnos, por três quintos dos votos dos respectivos membros, serão 
equivalentes às emendas constitucionais. 
(4) § 4º O Brasil se submete à jurisdição de Tribunal Penal Internacional a 
cuja criação tenha manifestado adesão. 
A Constituição Federal em seu artigo sobre o poder tributário prescreve a isonomia 
de forma clara em seu Artigo. 150.º, II, CF: 
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é 
vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: 
(...) 
II - instituir tratamento desigual entre contribuintes que se encontrem em 
situação equivalente, proibida qualquer distinção em razão de ocupação 
profissional ou função por eles exercida, independentemente da 
denominação jurídica dos rendimentos, títulos ou direitos; 
 
O inciso segundo trata-se do principio da capacidade contributiva que 
complementando com o caput do art.150, entende-se que as pessoas que se 
encontram na mesma situação jurídica seja na profissão ou função exercida, é 
proibido diferenciá-los afim que se acontecesse poderia dar prejuízos a outrem. 
Segundo Cleide Previtalli Cais "A relevância do principio da isonomia foi captada 
pelo Código Processual Civil que, mesmo não necessitando tratar do tema, porque 
expresso em ordem constitucional, no art.125, I, determina competir ao juiz, na 
direção do processo, "assegurar às partes igualdade de tratamento". Essa 
igualdade, ademais, repercute na legitimidade das partes, uma das condições da 
ação, já que essa característica, a par de constituir fundamento para o autor exercer 
o direito de ação, também deve ser considerada pelo réu, que em contestação esta 
autorizado a arguir, em caráter preliminar, a sua ilegitimidade para a causa, sua vez 
8 
 
que, a teor do art.3.º CPC, para propor ou para contestar ação é necessário 
legitimidade". 
A igualdade deve se submetera as diferenças o que leva o entendimento da 
inexistência da igualdade absoluta, que por sua vez se existisse causaria casos de 
desigualdades. 
Dessa forma afirmou Rui Barbosa3: "A regra de igualdade não consiste senão em 
aquinhoar desigualmente aos desiguais, na medida em que se desigualam" porque 
nessa "desigualdade social, proporcionada à desigualdade natural, é que se acha a 
verdadeira lei da igualdade". 
O que leva a ser um conceito de proporção, sem privilégios, todavia proporcional a 
cada indivíduo, analisando por este ponto o § 1.º do art. 145 da CF diz: 
"Sempre que possível, os impostos terão caráter pessoal e serão graduados 
segundo a capacidade econômica do contribuinte, facultado à 
administração tributária, especialmente para conferir efetividade a esses 
objetivos, identificar, respeitados os direitos individuais e nos termos da lei, 
o patrimônio, os rendimentos e as atividades econômicas do contribuinte". 
O que diz o parágrafo é que o miserável não responderá pelo mesmo imposto de 
renda que um grande empresário ou uma pessoa de alto nível social. O mesmo 
principio da isonomia é o das isenções que se darão exceções a outras normas que 
instituíram tributação. 
O beneficiodado para alguns é justo olhando pelo lado financeiro aquele que não 
poderia pagar seria injustiçado tirando porcentagem do dele que pra outrem de 
nível- social elevado seria um valor insignificante Hugo de Brito Machado Segundo 
disserta sobre o tratamento do desigual para os desiguais de forma elucidativa: 
"(...) É importante ter em mente que o "tratamento desigual para os 
desiguais" não é uma válvula de escape para arbitrariedades, mas sim, 
como visto acima, uma solução racional diretamente relacionada com um 
propósito legitimo. Por isso mesmo, é evidente que a condição 
"diferenciada" da Fazenda Pública não é suficiente para validar todos os 
privilégios que eventualmente se lhe concedem, tais como diminuição e até 
dispensa de honorários advocatícios de sucumbência, recursos que lhe são 
privativos etc.”. 
 
3
 Oração aos moços, p.55. 
9 
 
O que Hugo de B. M. S., disse resumidamente é que essa isonomia é boa e 
resolutiva porque ela age de forma justa sem oferecer prejuízos, todos os tributos 
são cobrados proporcionalmente as condições financeiras do indivíduo. 
De fato o princípio da capacidade contributiva, apresenta-se não somente como um 
eficaz instrumento de justiça fiscal, mas também como uma lógica do princípio da 
igualdade, básico em todo e qualquer regime democrático de direito. 
A rigidez do Sistema Tributário brasileiro é consequência de um processo de 
constitucionalização quase que absoluto da matéria tributária. 
O processo tributário busca por uma tributação razoável e justa. A justiça, desde os 
tempos de Aristóteles, é um conceito que vem assumindo diversos significados e 
feições, dependendo da ideologia social ou política que a inspira. A justiça 
distributiva relaciona-se com as partilhas efetivadas pelas normas, tanto com a 
distribuição de bens quanto de encargos. 
A utilização do princípio da capacidade contributiva, como forma concreta de 
aplicação do princípio da igualdade, apresenta-se como caminho adequado para 
efetivação da justiça tributária, uma vez que para tingir seu fim, perpassa pela busca 
de uma melhor distribuição de renda, de proteção das condições de vida digna dos 
indivíduos e elevação dos encapados pela Constituição. 
 
5. Considerações Finais 
Esse artigo propôs abordar sobre o principio da isonomia no processo tributário, de 
uma forma que se analisou e verificou-se que a tributação no que tange a isonomia 
atinge todos os seus propósitos, aprovando que a discriminação tecnicamente não 
tem o intuito de favorecer os desiguais, mas sim equilibrar de forma justa, fazendo-
se a analogia da balança de dois pratos, se colocarmos de um lado dois objetos, 
porém leves e do outro lado colocar somente um, mas que equivale o peso dos dois 
objetos a balança vai se igualar, e é isso que acontece na igualdade tributária se da 
mais para uns e menos pra outros com o intuito de se igualar. De forma ampla o 
art.5.º. CF trata de forma geral o principio da igualdade, como também o direito a 
vida etc. enquanto o art.150.º II aborda especificamente o tema. 
 
10 
 
Referências 
ARISTÓTELES, Aristotelis Opera. Preparada por Immanuel Bekker (1785-1871), 
para a Academia de Ciências de Berlim, impressa em 1831-1870. 
ATALIBA, Geraldo. Sistema constitucional tributário brasileiro. São Paulo: revista 
dos tribunais, 1968. 
BRASIL. Artigo. 5.º, Caput, Constituição (1988). Constituição da República 
Federativa do Brasil. Brasília, DF, Senado, 
1998. 
CAIS, Cleide Previtalli, O processo Tributário / Cleide Previtalli Cais.- 5. ed. 
ver.,ampl. e atual. - São Paulo: Editora revista dos Tribunais, 2007. - (Coleção 
estudos de direito de processo Enrico Tullio Liebman; v.22/ Coordenação Arruda 
Alvim) 
DIAS, Jorge. Noções gerais do direito tributário. Disponível em: 
<http://www.ebah.com.br/content/ABAAAfwfAAD/nocoes-gerais-direito-tributario> 
Acesso em nov. 2015. 
MACHADO SEGUNDO, Hugo de B., Processo Tributário, 2.ed2, São Paulo: Atlas, 
2006, p.23. 
MACHADO, Hugo de Brito, Curso de Direito Tributário, 21. ed., São Paulo: 
Malheiros, 2002, p.45. 
Princípio da isonomia (Direito Tributário) - Direito e Leis. Disponível em: 
<http://www.direitoeleis.com.br/index.php?title=Princípio da isonomia (Direito 
Tributário)&oldid=4961>. Acesso em: 18 de novembro de 2015. 
RANGEL, Tauã Lima Verdan. O princípio da isonomia: a igualdade consagrada 
como estandarte pela Carta de Outubro. In: Âmbito Jurídico, Rio Grande, XV, n. 
106, nov 2012. Disponível em: <http://www.ambito-
juridico.com.br/site/index.php/abrebanner.php?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_i
d=12179&revista_caderno=9>. Acesso em nov. 2015.

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