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Slides Aulas - desdobramento teoria psicanalitica

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1 - M.K. Aula 2 e 3.pptx
 Cap. 9 - “Estágios iniciais do conflito edipiano” (1928). 
KLEIN. M. “Amor, Culpa e reparação”. Rio de Janeiro: 
 Imago, 1996, Vol. I.
Estágios Iniciais do Complexo edípico
MK defende a ideia de que o Complexo de Édipo tem início bem antes do que imaginava Freud. 
- M. Klein diz que começaria no fim do primeiro ano de vida e no início do segundo, durante o desmame. 
O período do desmame é uma situação confusa e instável de impulsos misturados, na presença de um superego severo; 
O desmame representa frustração oral rompe o sistema dual (mãe-bebê) e propõe situação triádica, são liberadas tendências edipianas.
Tendências Edipianas são liberadas em consequência da:
1. Frustração ao desmame
2. Frustrações anais pelo treino dos hábitos de higiene.
As diferenças anatômicas entre os sexos são elementos que influenciam de forma determinante os processos mentais relacionados ao conflito edípico.
 
- Klein fala a respeito no artigo “Os princípios psicológicos da análise de crianças pequenas”:
 
 “ ... tendências edipianas são liberadas como consequência da frustração sentida pela criança com o desmame, e que se manifestam no final do primeiro ano e início do segundo ano de vida; elas são reforçadas pelas frustrações anais sofridas durante treinamento dos hábitos de higiene”. (p. 216) 
 
Diferença anatômica entre os sexos
.
 O menino - quando se vê impelido a trocar a posição oral e anal pela genital, passa a ter o objetivo associado à posse do pênis. Assim ele muda sua posição libidinal e também seu objetivo, o que permite que ele mantenha o objeto amoroso original (mãe).
 
 A menina - por outro lado, o objetivo receptivo passa da posição oral para a genital: ela muda sua posição libidinal, mas mantém o mesmo objetivo, que já levou à frustração em relação à mãe. Desse modo, a menina se volta para o pai como objeto amoroso.
Fases MENINO
Objetivo
Objeto
Fase oralou canibalesca
deincorporação(protótipodaidentificação)
Passividade, receptividade
mãe
Fasesádico-anal
Dominação
atividade
mãe
Fase genital
penetração
mãe
Fases MENINA
Objetivo
Objeto
Fase oralou canibalesca
de incorporação(protótipo da identificação)
Passividade, receptividade
mãe
Fasesádico-anal
Dominação
atividade
mãe
Fase genital
passividade
Mãe frustra, volta-se para o pai
Os estágios pré- genitais carregam consigo o sentimento de culpa que já são efeito do conflito edipiano precoce:
 Agressividadesentimento de culpa-ansiedade persecutória
 Desde o início, os desejos edipianos ficam associados a sentimentos de culpa e ao medo da castração (punição) . 
As frustrações orais e anais, que formam o protótipo de todas as frustrações posteriores para o resto da vida, são sentidas como punições e dão origem à ansiedade. 
Superego – Sentimento de culpa
A análise de crianças pequenas revela a estrutura do superego como sendo construído por identificações datada de vários períodos e estratos da vida mental.
 Essas identificações são surpreendentemente contraditórias em natureza: excessiva bondade e excessiva severidade existindo lado a lado.
Sentimento de culpa é resultado da introjeção dos objetos amorosos edipianos, produto da formação do superego.
Rigor do superego
Por que encontramos em crianças que abrigarm em suas mentes uma imagem irreal e fantástica de pais que devoram, cortam e mordem?
A ansiedade, no início do conflito edipiano, toma a forma do medo de ser devorada e destruída.
A própria criança deseja destruir o objeto libidinal mordendo, devorando e cortando, o que leva à angústia, visto que o despertar das tendências edípicas é seguido pela introjeção do objeto e do qual então uma punição (retaliação) é esperada.
 A criança teme então uma punição correspondente à ofensa: o superego se torna algo que morde, devora e corta.
Conexão entre a formação do superego e as fases pré-genitais
Sentimento de culpa nasce na fase pré genital: a oralidade e analidade sádica 
O caráter sádico do Superego se deve ao fato de que este se forma quando as fases sádico-oral e sádico-anal predominam.
Quando morde fantasias de destrutividade ligadas ao objeto externo
Introjeção do objeto-o que foi dirigido ao objeto torna-se ameaçador.
Teme punição que corresponde à ofensa
Impulso epistemofílico
O fato do ego pouco desenvolvido ser “atacado” pelo início das tendências edipianas e a incipiente curiosidade sexual resultam no fato do bebê ficar exposto a uma avalanche de problemas e indagações 
Consequências na criança: 
 1. Estas perguntas ainda não podem ser expressas por palavras, permanecem sem resposta;
 2. suas primeiras perguntas remontam à época em que não pode compreender a fala
Essas duas fontes de sofrimento dão origem a uma grande quantidade de ódio
Podem causar diversas inibições do impulso epistemofílico como incapacidade de aprender línguas estrangeiras ou ódio àqueles que falam outra língua, distúrbios de fala, etc.
A curiosidade que se manifesta por volta de 4 ou 5 anos é o clímax e o encerramento desta fase e do conflito edipiano
A sensação de não saber, de se sentir incapaz estão ligadas à inibição de suas buscas de conhecimento frustradas.
Impulso epistemofílico e o sadismo
Com o surgimento de tendências edipianas é ativado o impulso epistemofílico. Ele se volta, principalmente, para o corpo da mãe que é palco de todos os processos e desenvolvimentos sexuais
Neste momento a criança está dominada pela posição sádico–anal que a impele ao desejo apropriar-se do conteúdo do corpo da mãe.
Assim, o impulso epistemofílico e o desejo de se apossar do objeto estão intimamente ligados, ao mesmo tempo que se associam ao sentimento de culpa gerado pelo conflito edipiano.
Esta conexão é essencial em ambos os sexos e gera identificação muito inicial com a mãe
As privações anais vindas dos treinamento dos hábitos de higiene libera tendências sádicas : a criança deseja tomar posse das fezes da mãe, penetrando seu corpo, destruindo-os.
Sob influência dos aspectos genitais, o menino volta-se para a mãe como objeto amoroso mas tem como obstáculos o ódio gerado pelas frustrações anteriormente impostas por este objeto e o medo de castração pelo pai, que surge com a emergência dos impulsos edipianos. 
Para alcançar a posição genital tem que desenvolver capacidade para tolerar as ansiedades desta situação conflitiva.
.
Fase da feminilidade
A fase da feminilidade vai aportar um novo conteúdo ao nível sádico-anal, sobre a qual ela está calcada
Fezes são igualadas a bebês
Apropriar-se das fezes da mãe iguala-se a apropriar-se do bebê
Dois objetivos se fundem: a) desejo de ter filhos; b) desejo de destruí-los ( um terceiro objeto é suposto na barriga da mãe, o pênis do pai)
No menino há desejo frustrado de possuir, roubar os órgãos de fecundação e seios vistos como sinal de fartura.
O medo de punição pela destrutividade em relação ao corpo da mãe gera ansiedade pelo temor de castração.
Fase da feminilidade no menino
Fase da feminilidade se caracteriza pela ansiedade relacionada ao útero e ao pênis do pai que submete o menino à tirania de um superego que devora, mutila e castra.
quanto maior for a preponderância das fixações sádicas, mais a identificação do menino com a mãe se caracterizará por uma atitude de rivalidade em relação à mulher, mesclada com inveja e ódio. 
A vontade e impossibilidade de gerar um filho o coloca em desvantagem em relação à mãe. 
O menino teme ser punido pelo desejo de destruir o corpo da mãe. Teme ser mutilado (o que justificaria a castração). 
O desejo de ter um filho + impulso epistemofílico permite ao menino deslocar para o plano intelectual.  Assim, a desvantagem é ocultada e supercompensada pela superioridade de ter um pênis. 
 Agressividade excessiva também está relacionada a esta fase de feminilidade no menino;.
Há luta prolongada
entre as posições pré-genital e genital da libido. Atinge seu auge entre o terceiro e o quarto ano de vida. É o conflito edipiano. 
Na menina
Consequência das frustrações dos prazeres orais provocadas pelo desmame das privações anais provocadas pelos h´bitos de higiene, a menina se afasta da mãe
Nas primeiras manifestações dos impulsos genitais há deslocamento da libido da zona oral para a genital;
Objetivo oral e receptivo dos órgãos genitais exerce uma influência determinante sobre a escolha do pai como objeto amoroso;
Caráter receptivo do órgão que a mãe não pode gratificar soma-se à inveja e ódio da mãe que possui o pênis do pai, fazem com que a menina se volte para o pai no período dos primeiros impulsos edipianos;
A menina movida pelo impulso epistemofílico dá-se conta da falta do pênis. Isso provoca ódio à mãe,
 o sentimento de culpa faz com que aceite a falta de pênis como uma punição.
 O complexo de castração nas meninas é vivido com frustração e amargura;
Inveja do pênis toma o lugar do desejo de ter um filho que mais tarde é substituído pelo desejo de ter um filho novamente
O sentimento de culpa em relação à mãe provoca supercompensação através de nova relação amorosa com ela.
O ódio e a rivalidade com a mãe, apesar da relação amorosa, faz com que a identificação com o pai seja abandonada e este volte a ser seu objeto de amor;
Um elemento que prejudica o desenvolvimento na menina: enquanto o menino possui o pênis, a menina possui apenas o desejo insaciado de ser mãe;
Nesse seu desejo há incerteza, ansiedade, culpa que perturbam seu desejo de ser mãe.
Há o temor de ser castigada pelas tendências destrutivas dirigidas ao corpo da mãe, temendo ser castigada pela incapacidade de ser mãe.
Formação superegóica 
na menina
A partir da identificação inicial com a mãe, que ocorre na fase sádico-anal , a menina desenvolve ódio e ciúme criando um superego cruel calcado na imago da mãe.
O superego que se desenvolve na mesma época a partir da identificação com o pai também pode ser ameaçador e causar ansiedade mas menos intensas do que o criado a partir da identificação com a mãe.
Quando a identificação com a mãe vai se estabilizando na base genital, mais elas se caracteriza pela bondade dedicada de um ideal de mãe.
Formação superegóica 
no menino
O menino também derivada fase feminina um superego materno que o impele a criar identificações cruéis primitivas e, ao mesmo tempo, bondosas. 
Depois desta fase ele retoma a identificação com o pai.
 O superego paterno desde o início exerce influência decisiva sobre o homem.
Este também lhe coloca um personagem que possa servir de modelo.
2 - M.K. Aula 3.pptx
 Cap. 9 - “Estágios iniciais do conflito edipiano” (1928). 
KLEIN. M. “Amor, Culpa e reparação”. Rio de Janeiro: 
 Imago, 1996, Vol. I.
Estágios Iniciais do Complexo edípico
MK defende a ideia de que o Complexo de Édipo tem início bem antes do que imaginava Freud. 
- M. Klein diz que começaria no fim do primeiro ano de vida e no início do segundo, durante o desmame. 
O período do desmame é uma situação confusa e instável de impulsos misturados, na presença de um superego severo; 
O desmame representa frustração oral rompe o sistema dual (mãe-bebê) e propõe situação triádica, são liberadas tendências edipianas.
Tendências Edipianas são liberadas em consequência da:
1. Frustração ao desmame
2. Frustrações anais pelo treino dos hábitos de higiene.
As diferenças anatômicas entre os sexos são elementos que influenciam de forma determinante os processos mentais relacionados ao conflito edípico.
 
- Klein fala a respeito no artigo “Os princípios psicológicos da análise de crianças pequenas”:
 
 “ ... tendências edipianas são liberadas como consequência da frustração sentida pela criança com o desmame, e que se manifestam no final do primeiro ano e início do segundo ano de vida; elas são reforçadas pelas frustrações anais sofridas durante treinamento dos hábitos de higiene”. (p. 216) 
 
Diferença anatômica entre os sexos
.
 O menino - quando se vê impelido a trocar a posição oral e anal pela genital, passa a ter o objetivo associado à posse do pênis. Assim ele muda sua posição libidinal e também seu objetivo, o que permite que ele mantenha o objeto amoroso original (mãe).
 
 A menina - por outro lado, o objetivo receptivo passa da posição oral para a genital: ela muda sua posição libidinal, mas mantém o mesmo objetivo, que já levou à frustração em relação à mãe. Desse modo, a menina se volta para o pai como objeto amoroso.
Fases MENINO
Objetivo
Objeto
Fase oralou canibalesca
deincorporação(protótipodaidentificação)
Passividade, receptividade
mãe
Fasesádico-anal
Dominação
atividade
mãe
Fase genital
penetração
mãe
Fases MENINA
Objetivo
Objeto
Fase oralou canibalesca
de incorporação(protótipo da identificação)
Passividade, receptividade
mãe
Fasesádico-anal
Dominação
atividade
mãe
Fase genital
passividade
Mãe frustra, volta-se para o pai
Os estágios pré- genitais carregam consigo o sentimento de culpa que já são efeito do conflito edipiano precoce:
 Agressividadesentimento de culpa-ansiedade persecutória
 Desde o início, os desejos edipianos ficam associados a sentimentos de culpa e ao medo da castração (punição) . 
As frustrações orais e anais, que formam o protótipo de todas as frustrações posteriores para o resto da vida, são sentidas como punições e dão origem à ansiedade. 
Superego – Sentimento de culpa
A análise de crianças pequenas revela a estrutura do superego como sendo construído por identificações datada de vários períodos e estratos da vida mental.
 Essas identificações são surpreendentemente contraditórias em natureza: excessiva bondade e excessiva severidade existindo lado a lado.
Sentimento de culpa é resultado da introjeção dos objetos amorosos edipianos, produto da formação do superego.
Rigor do superego
Por que encontramos em crianças que abrigarm em suas mentes uma imagem irreal e fantástica de pais que devoram, cortam e mordem?
A ansiedade, no início do conflito edipiano, toma a forma do medo de ser devorada e destruída.
A própria criança deseja destruir o objeto libidinal mordendo, devorando e cortando, o que leva à angústia, visto que o despertar das tendências edípicas é seguido pela introjeção do objeto e do qual então uma punição (retaliação) é esperada.
 A criança teme então uma punição correspondente à ofensa: o superego se torna algo que morde, devora e corta.
Conexão entre a formação do superego e as fases pré-genitais
Sentimento de culpa nasce na fase pré genital: a oralidade e analidade sádica 
O caráter sádico do Superego se deve ao fato de que este se forma quando as fases sádico-oral e sádico-anal predominam.
Quando morde fantasias de destrutividade ligadas ao objeto externo
Introjeção do objeto-o que foi dirigido ao objeto torna-se ameaçador.
Teme punição que corresponde à ofensa
Impulso epistemofílico
O fato do ego pouco desenvolvido ser “atacado” pelo início das tendências edipianas e a incipiente curiosidade sexual resultam no fato do bebê ficar exposto a uma avalanche de problemas e indagações 
Consequências na criança: 
 1. Estas perguntas ainda não podem ser expressas por palavras, permanecem sem resposta;
 2. suas primeiras perguntas remontam à época em que não pode compreender a fala
Essas duas fontes de sofrimento dão origem a uma grande quantidade de ódio
Podem causar diversas inibições do impulso epistemofílico como incapacidade de aprender línguas estrangeiras ou ódio àqueles que falam outra língua, distúrbios de fala, etc.
A curiosidade que se manifesta por volta de 4 ou 5 anos é o clímax e o encerramento desta fase e do conflito edipiano
A sensação de não saber, de se sentir incapaz estão ligadas à inibição de suas buscas de conhecimento frustradas.
Impulso epistemofílico
e o sadismo
Com o surgimento de tendências edipianas é ativado o impulso epistemofílico. Ele se volta, principalmente, para o corpo da mãe que é palco de todos os processos e desenvolvimentos sexuais
Impulso epistemofílico desejo pulsional de saber e compreender, cujo primeiro objeto seria a mãe, seu corpo e, particularmente, o interior de seu corpo.
Dominada pela posição sádico–anal que a impele ao desejo apropriar-se do conteúdo do corpo da mãe, o impulso epistemofílico e o desejo de se apossar do objeto estão intimamente ligados, ao mesmo tempo que se associam ao sentimento de culpa gerado pelo conflito edipiano.
Esta conexão é essencial em ambos os sexos e gera identificação muito inicial com a mãe
As privações anais vindas dos treinamento dos hábitos de higiene libera tendências sádicas : a criança deseja tomar posse das fezes da mãe, penetrando seu corpo, destruindo-os.
Sob influência dos aspectos genitais, o menino volta-se para a mãe como objeto amoroso mas tem como obstáculos o ódio gerado pelas frustrações anteriormente impostas por este objeto e o medo de castração pelo pai, que surge com a emergência dos impulsos edipianos. 
Para alcançar a posição genital tem que desenvolver capacidade para tolerar as ansiedades desta situação conflitiva.
.
Fase da feminilidade
A fase da feminilidade vai aportar um novo conteúdo ao nível sádico-anal, sobre a qual ela está calcada
Fezes são igualadas a bebês
Apropriar-se das fezes da mãe iguala-se a apropriar-se do bebê
Dois objetivos se fundem: a) desejo de ter filhos; b) desejo de destruí-los ( um terceiro objeto é suposto na barriga da mãe, o pênis do pai)
No menino há desejo frustrado de possuir, roubar os órgãos de fecundação e seios vistos como sinal de fartura.
O medo de punição pela destrutividade em relação ao corpo da mãe gera ansiedade pelo temor de castração.
Fase da feminilidade no menino
Fase da feminilidade se caracteriza pela ansiedade relacionada ao útero e ao pênis do pai que submete o menino à tirania de um superego que devora, mutila e castra.
quanto maior for a preponderância das fixações sádicas, mais a identificação do menino com a mãe se caracterizará por uma atitude de rivalidade em relação à mulher, mesclada com inveja e ódio. 
A vontade e impossibilidade de gerar um filho o coloca em desvantagem em relação à mãe. 
O menino teme ser punido pelo desejo de destruir o corpo da mãe. Teme ser mutilado (o que justificaria a castração). 
O desejo de ter um filho + impulso epistemofílico permite ao menino deslocar para o plano intelectual.  Assim, a desvantagem é ocultada e supercompensada pela superioridade de ter um pênis. 
 Agressividade excessiva também está relacionada a esta fase de feminilidade no menino;.
Há luta prolongada entre as posições pré-genital e genital da libido. Atinge seu auge entre o terceiro e o quarto ano de vida. É o conflito edipiano. 
Na menina
Consequência das frustrações dos prazeres orais provocadas pelo desmame das privações anais provocadas pelos hábitos de higiene, a menina se afasta da mãe
Nas primeiras manifestações dos impulsos genitais há deslocamento da libido da zona oral para a genital;
Objetivo oral e receptivo dos órgãos genitais exerce uma influência determinante sobre a escolha do pai como objeto amoroso;
Caráter receptivo do órgão que a mãe não pode gratificar soma-se à inveja e ódio da mãe que possui o pênis do pai, fazem com que a menina se volte para o pai no período dos primeiros impulsos edipianos;
A menina movida pelo impulso epistemofílico dá-se conta da falta do pênis. Isso provoca ódio à mãe,
 o sentimento de culpa faz com que aceite a falta de pênis como uma punição.
 O complexo de castração nas meninas é vivido com frustração e amargura;
Inveja do pênis toma o lugar do desejo de ter um filho que mais tarde é substituído pelo desejo de ter um filho novamente
O sentimento de culpa em relação à mãe provoca supercompensação através de nova relação amorosa com ela.
O ódio e a rivalidade com a mãe, apesar da relação amorosa, faz com que a identificação com o pai seja abandonada e este volte a ser seu objeto de amor;
Um elemento que prejudica o desenvolvimento na menina: enquanto o menino possui o pênis, a menina possui apenas o desejo insaciado de ser mãe;
Nesse seu desejo há incerteza, ansiedade, culpa que perturbam seu desejo de ser mãe.
Há o temor de ser castigada pelas tendências destrutivas dirigidas ao corpo da mãe, temendo ser castigada pela incapacidade de ser mãe.
Formação superegóica 
na menina
A partir da identificação inicial com a mãe, que ocorre na fase sádico-anal , a menina desenvolve ódio e ciúme criando um superego cruel calcado na imago da mãe.
O superego que se desenvolve na mesma época a partir da identificação com o pai também pode ser ameaçador e causar ansiedade mas menos intensas do que o criado a partir da identificação com a mãe.
Quando a identificação com a mãe vai se estabilizando na base genital, mais elas se caracteriza pela bondade dedicada de um ideal de mãe.
Formação superegóica 
no menino
O menino também derivada fase feminina um superego materno que o impele a criar identificações cruéis primitivas e, ao mesmo tempo, bondosas. 
Depois desta fase ele retoma a identificação com o pai.
 O superego paterno desde o início exerce influência decisiva sobre o homem.
Este também lhe coloca um personagem que possa servir de modelo.
3 - O significado das primeiras situações de angustia no.pptx
O significado das primeiras situações de angustia no desenvolvimento do ego
 Psicanálise da criança, cap 10 (1932) 
Um dos principais problemas da psicanálise é o da angustia e suas modificações. 
As várias doenças humanas psiconeuróticas surgem do maior ou menor capacidade para dominar angustia
 Mas, ao lado dos métodos patológicos para modificar a angústia, há uma série de métodos normais no desenvolvimento do ego. 
Os sonhos e o brincar 
Tanto os sonhos como o brincar deslocam processos intrapsíquicos para o exterior
Ao brincar, até a mais pequena criança procurará superar suas experiências desagradáveis​​. 
Freud descreveu como uma criança dezoito meses procurou consolar-se da ausência temporária da mãe atirando inúmeras vezes um carretel de madeira atado a um barbante, de forma a fazê-lo desaparecer para em seguida puxá-lo fazendo-o reaparecer.
Freud reconheceu neste comportamento uma função de importância geral no jogo da criança. Através dele, a criança transforma experiências que suportou passivamente em um desempenho ativo e transforma a dor em prazer, ao dar á experiências originalmente dolorosas, um final feliz. 
 A análise inicial mostra que no jogo, a criança não só supera uma realidade dolorosa, mas também domina seus medos instintivos e perigos internos projetando para o mundo exterior. 
o ego é submetido à pressão de situações de angustias iniciais. exposto por uma parte às demandas violentas do id e de outra, às ameaças de um superego severo, e deve exercer as suas competências em toda a sua amplitude para satisfazer a ambos. 
Busca superar angustia tanto da realidade externa como dos medos instintivos
Desloca angustia para o exterior. Desta forma:1) deflete o instinto destrutivo (de morte) para fora;
2) Acentua a importância dos objetos em relação ao qual serão ativados tanto os impulsos destrutivos como as tendências positivas e reativas
Assim, os objetos 
tornam-se maus- fonte de perigo para a criança,
Os sentidos como bons, -refugio contra a angústia
O objeto projetado para fora:
Possibilita alívio;
o impulso epistemofílico + aspectos sádicos que estavam voltados para o interior do corpo da mãe, quando se volta para o objeto externo, permite à criança descobrir e superar suas angustias.conhecer os danos causados ao objeto e repará-los
  Em consequência da interação entre os mecanismos de introjeção e projeção processo que corresponde à interação da formação do superego
e das relações objetais:
 a criança encontra uma refutação aos seus temores no mundo exterior;
e, através da introjeção de seus bons objetos reais, encontra alívio para sua angustia;
 a presença e o amor de seus objetos reais ajudam a criança a diminuir seu medo aos introjetados e seu sentimento de culpa , seu medo aos perigos internos reforça sua fixação à mãe e sua necessidade de amor e de proteção. 
Sentir-se solitário sem a pessoa amada, experimentar uma perda de amor ou objeto como perigo, ter receio de ficar a sós no escuro com outra pessoa-são formas modificadas das primeiras situações de angustia, isto é, do medo da criancinha em face de seus perigosos objetos internalizados e externos.
Em um estágio posterior do desenvolvimento soma-se ao medo do objeto, o medo pelo objeto
A criança teme que sua mãe venha morrer em consequência de seus ataques imaginários contra ela e teme ser abandonada e desamparada. 
Freud diz sobre isso: "A criança ainda não consegue distinguir entre a ausência temporária e a perda permanente. Quando sua mãe não aparece, ele se comporta como se nunca mais fosse vê-la, e só a experiência repetida lhe ensina que os desaparecimentos desta natureza são seguidos por um retorno seguro. 
"Para Klein, a razão pela qual a criança precisa ter sempre a mãe ao seu lado, é não só para se assegurar que sobreviveu aos seus ataques, mas que ela não é a mãe "má" que ataca. Requer a presença de um objeto real para combater o medo que lhe inspiram seu superego e os terríveis objetos introjetados.
Conclusão
À medida em que progridem suas relações com a realidade, a criança passa a utilizar cada vez mais suas relações objetais e suas diversas atividades e sublimações como pontos de apoio contra o medo ao superego e seus impulsos destrutivos.
a angustia estimula o desenvolvimento do ego.
 Isso se dá porque em seus esforços para dominar a angústia, o ego da criança convoca o auxílio de suas relações com os objetos e com a realidade.
 Esses esforços são, portanto, fundamentais na adaptação da criança à realidade e no desenvolvimento do seu ego.
Como as primeiras situações ansiogênicas influem na formação do ego
O ego é frágil, não sendo capaz de estabelecer equilíbrio entre superego e id.
Assim, se utiliza de atividades lúdicas para vencer perigos internos e externos.
Através do brincar, pões em comunicação imaginação e realidade.
Meninas: ao brincar de bonecadesejo de ser consolada e reassegurada contra a ameaça da mãe má.A posse das bonecas garante-lhe que a mãe não tomou seus bebês.
Meninos : ao brincar com carros, trens, etc. estão simbolicamente efetuando uma penetração no interior do corpo da mãe. Jogos de competição combate com o pai no interior da mãe
LATÊNCIA
No começo da latência, a organização libidinal e a formação do superego chegam a seu termo;
O ego mais forte coloca-se de acordo com o superego para dominar o id e lidar com as exigências do mundo exterior e objetos reais;
os brinquedos perdem conteúdo imaginativo e cedem lugar aos trabalhos escolares;
O cuidado escolar permite a aprovação dos mais velhos minimizando as situações de perigo; 
ideal do ego dá satisfação para os pais e professores.
PUBERDADE
O equilíbrio da latência é rompido com o despertar da libido que reforça as exigências do id e portanto, também as do superego;
Os impulsos instintivos não podem ser refreados e contidos como na latência;
O ego experimenta mais angústias pois agora há mais possibilidades de realização dos desejos instintivos e mais graves poderão ser as consequências; 
O ego procura livrar-se de seus primeiros objetos de amor. Entra em desavença com seu ambiente em busca de novos objetos;
Desprende-se das pessoas substituindo-as por objetos menos pessoais e abstratos, como ideias e princípios.
No rapaz: 
Novas imagos paternas, novos princípios, distanciando-se dos objetos primitivos;
Através destes, retorna para o pai amado e admirado; na relação com estes, recebe apoio e identifica-se, reforça a confiança em sua capacidade construtiva e virilidade ;
Por clivagem (ou cisão), outra imagem paterna ( o pai verdadeiro ou substitutos) atraem o ódio intenso nesta fase; na relação com estes é agressivo, coloca-se em plano de igualdade, não teme represálias.
Na menina
A menina, comumente mais submissa do que o rapaz, continua a orientação da latência para eliminar a angústia;
Fixa novos valores e objetivos de caráter mais subjetivo do que abstratos;
O desejo de agradar a seus objetos estende-se às ocupações e realizações intelectuais;
A beleza física, a perfeição do trabalho desmentem o temor da mãe que destrói o interior e leva os bebês;
Para a redução da angústia, a aprovação e o amor dos homens têm muita importância.
CONCLUSÃO
O equilíbrio psíquico só se estabiliza definitivamente , quanto à influência das angustias primitivas, após a puberdade, quando ego e superego entram em acordo para criar normas adultas;
O indivíduo adapta-se a um universo mais amplo, reconhece os direitos, mas como expressão de seus próprios valores internos;
Os perigos representando as exigências excessivas do id e do superego contribuem para reforçar o ego.
CONCLUSÃO
O processo normal que leva á liquidação da angustia dependem de vários fatores que dependem do fator quantitativo do sadismo, angústia, grau de tolerância do ego com relação à angustia.
A ação conjugada destes fatores pode levar à modificação considerável da angustia, desenvolver adequadamente o ego e permitir a saúde mental;
A angustia nunca é excluída definitivamente;
Tensões excessivas de origem interne ou externa (doença ou fracasso) podem reavivar situações ansiogênicas antes abandonadas;
“se todo sujeito sadio pode tornar-se vítima de uma neurose, é que necessariamente suas antigas situações ansiogênicas jamais forma totalmente resolvidas”.
A TÉCNICA PSICANALÍTICA ATRAVÉS DO BRINCAR.pptx
A TÉCNICA PSICANALÍTICA ATRAVÉS DO BRINCAR:
 SUA HISTÓRIA E SEU SIGNIFICADO 
Melanie Klein (1955)
1. O atendimento de crianças anterior à Melanie Klein
Melanie Klein iníciou seu promeiro caso em 1919 
Antes este trabalho já era realizado pela Dra Hug-Hellmuth que , considerava a psicanálise adequada apenas para crianças com mais de seis anos (do período de latência em diante.)
Antes de M. K. considerava-se que as interpretações deveriam ser cuidadosas , que as camadas mais profundas do inconsciente não poderiam ser exploradas;
 A situação edipiana inconsciente não poderia ser analisada;
 O superego era considerado fraco;
 Devido a suposta fraqueza do superego, os analistas assumiam uma postura educativa;
 Postulava-se que a “situação analítica”(interpretação, solução gradual das resistências, foco na transferência) não poderia ser obtida com a criança;
Usava-se a transferência positiva e evitava-se a transferência negativa.
O brincar como meio da criança se expressar
-O primeiro paciente de M. Klein foi um menino de cinco anos de idade (“Fritz”). – 1919. 
 O tratamento foi conduzido na casa da criança, com seus próprios brinquedos
-Esta análise representou o início da técnica psicanalítica por meio do brincar. 
 Desde o início a criança expressou suas fantasias e ansiedades (interpretação do seu significado para a criança).
-M. Klein utilizou a associação livre, princípio fundamental da Psicanálise, assim como, dois outros princípios da Psicanálise estabelecidos por Freud: a exploração do inconsciente e a transferência
 
 
“Caso Rita” (1923)
Melanie Klein relata o tratamento de Rita, uma criança de 2 anos e 9 meses (em 1923). Rita sofria de terrores noturnos e fobias de animais, era muito ambivalente para com sua mãe ,não ficava sozinha.
Foi descrito por Klein como portadora de neurose obsessiva e depressão.
-Seu brincar era inibido e não apresentava tolerância à frustrações.  
- Logo na primeira sessão, quando deixada à sós com a analista, Rita teve o que
Klein identificou como uma transferência negativa com a analista: a criança, que estava sendo atendida em seu quarto, estava ansiosa e silenciosa e logo pediu para sair para o jardim. Klein concordou e foi com ela. Enquanto estavam no jardim , M. Klein interpreta a transferência negativa de Rita, associando o fato de estar só com a analista no quarto aos seus terrores noturnos (uma estranha hostil – medo de que uma mulher má a atacasse quando estivesse sozinha à noite). Após essa interpretação, a criança voltou ao quarto. 
- O brincar de Rita apresentava uma constante inibição (vestia e desvestia obsessivamente uma boneca).
Conclusões
De acordo com M. Klein, para realizar a psicanálise de uma criança, é necessário compreender e interpretar as fantasias, sentimentos, ansiedades e experiências expressos por meio do brincar. 
 Se o brincar e as atividades estão inibidas, deve-se buscar as causas da inibição. 
 No decorrer de sua experiência, M. Klein concluiu que a psicanálise não deveria ser realizada na casa da criança, pois esse espaço representava uma atitude ambivalente da criança e uma atmosfera hostil ao tratamento.
- A situação transferencial só poderia ser estabelecida e mantida se o paciente for capaz de sentir que o consultório ou a sala de análise de crianças é algo separado de sua vida familiar cotidiana.  
- Sob tais condições ele pode superar suas resistências contra vivenciar e expressar pensamentos, sentimentos e desejos que são incompatíveis com as convenções sociais.
2. A proposta kleiniana
A- O significado do brincar
Brincar é uma expressão de processos inconscientes profundos;
Brincar equivale ao conteúdo manifesto do sonho, que após ser interpretado, revela o significado latente
 
B- A ludoterapia implica:
A interpretação da ansiedade e das defesas contra ela;
 O princípio da associação livre (atenção dirigida ao brincar, à fala e ao comportamento surgido espontaneamente);
 A exploração do inconsciente;
 A análise da transferência (principalmente a negativa);
 A situação transferencial deve ser conduzida no consultório e não na casa do paciente;
2. A proposta kleiniana
Material
 O uso do brinquedo numa caixa exclusiva para cada criança;
 A composição da caixa: pequenos homens e mulheres de madeira, carros e carrinhos de mão, balanços, trens, aviões, animais, árvores, blocos, casas, cercas, papel, tesoura, uma faca, lápis, giz ou tinta, cola, bolas e bolas de gude, massa de modelar e barbante.
 O equipamento do consultório: um chão lavável, água corrente, uma mesa, algumas cadeiras, um pequeno sofá, algumas almofadas e um móvel com gavetas.
Os equipamentos de brincar de cada criança são guardados e trancados em uma gaveta particular e ela assim sabe que seus brinquedos e o seu brincar com eles são apenas conhecidos pelo analista e por ela mesma.
 
- A caixa faz parte da relação privada e íntima entre o analista e paciente, característica da situação transferencial psicanalítica.
 
- Os brinquedos não são o único requisito para uma análise por meio do brincar (atividades na sala, desenho, escrita, pintura, recortes, consertar brinquedos, etc).
 
- Os jogos também são recomendáveis- as criança atribui papéis ao analista e a si mesma (ex: brincar de loja, médico e paciente, escola, mãe e criança).
C- A agressividade no brincar
É essencial permitir à criança a expressão da agressividade;
 Mais importante ainda é compreender a causa e o contexto em 
 que a atitude da criança para com o brinquedo é sempre reveladora
 ( destruição e a reparação);
O analista não deve permitir ataques físicos a sua pessoa, para resguardá-lo e evitar o aumento da culpa e da ansiedade persecutória;
 O analista não deve mostrar desaprovação quando a criança quebra um brinquedo;
 O analista não deve encorajar a expressão da agressividade ou sugerir reparações;
A interpretação
A interpretação deve estar ligada ao material produzido no momento, ao comportamento observado e em conexão com o que foi colhido dos pais;
 Mesmo as crianças pequenas compreendem as interpretações quando estas dizem respeito a pontos relevantes do material;
 A criança tem uma capacidade de insight maior que o adulto, pois as conexões entre consciente e inconsciente são mais próximas e as repressões menos poderosas.
 
As origens da transferência.pptx
“As origens da transferência” (1952). 
Cap. 4 - (p. 70- 79)
 A transferência opera ao longo de toda a vida e influencia todas as relações humanas.
 
É característica do procedimento psicanalítico, pois abre caminhos para dentro do inconsciente do paciente.
 
-É uma ferramenta essencial no processo analítico.
 
- o passado do paciente, suas experiências, suas relações de objeto e emoções vão sendo gradualmente revividos no processo terapêutico. 
Quanto mais profundamente o analista consegue penetrar dentro do inconsciente e quanto mais longe no passado puder levar a análise, maior será a compreensão da transferência. 
 
A transferência é como uma estrutura na qual algo está sempre acontecendo, onde há sempre movimento e atividade. 
 
 É importante observar como as relações do paciente com seus objetos originais são transferidos para a figura do analista.
 M. Klein fala em “situações totais” – que são transferidas do passado para o presente, bem como suas emoções, defesas e relações objetais.
 Situações totais – tudo o que o paciente traz para a relação – como o paciente transmite aspectos do seu mundo interior, desenvolvidos desde a infância. 
 
 Na processo de analítico, os relatos da vida cotidiana dão pistas para as ansiedades inconscientes estimuladas na situação transferencial. 
Transferência em Freud:
 Novas edições dos impulsos e fantasias despertados e tornados conscientes durante a analise;
 Substituem pessoa anterior pela do médico;
 Relações (objetos externo) são transferidas ao analista;
 Paciente transfere para o analista:
 Experiências primitivas vividas;
 Relações de objetos e emoções;
 Conflitos e ansiedades reativa com devidos mecanismos de defesa.
Transferênia em Klein
Através da Analise da Transferência, as primeiras relações de objeto são revividas e o processo curativo tem o efeito de:
 Diminuir ansiedade e culpa;
 Sintetizar Amor x Ódio;
Atenuar processos de Cisão;
Objetos idealizados e persecutórios tem clivagem diminuída;
Enfraquecer aspectos fantasiados;
Enriquecer personalidade. 
 Positiva (Pulsão de vida)
 Transferência 
 Negativa (Pulsão de morte
As experiências às vezes não são ditas em palavras, mas podem ser apreendidas através dos sentimentos provocados em nós por meio de nossa contratransferência (sentimentos provocados no analista). 
 
 As ansiedades imediatas do paciente e a natureza de sua relação com figuras internas emergem na situação total revivida na transferência.
Conceito de posição depressiva e suas repercussões.PPT
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Conceito de posição
depressiva e suas repercussões.
(Ryad Simon) 
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Objetivo
O objetivo de M. Klein ao escrever "Uma contribuição à psicogênese oos estados maníaco-depressivos“ (1935) era abordar os estados depressivos em relação à paranóia e à mania. 
Identificara as intrincadas ligações entre os mecanismos psicóticos e inferiu sua gênese nos fenômenos mentais dos primeiros meses de vida do ser humano. 
Esclarece por que a paranóia tem conteúdos depressivos e a depressão, aspectos paranóicos. 
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Posição depressiva e 
Posição esquizo-paranóide
Para Melanie Klein: posição depressiva e posição esquizo-paranóide são fenômenos normais do desenvolvimento mental. 
São designadas por categorias patológicas - depressiva, esquizóide-paranóide por sua semelhança qualitativa com esses quadros mórbidos. 
É por regressão a esses pontos de fixação da evolução normal do bebê que a pessoa
mais crescida - criança ou adulto - apresenta as características do quadro clínico correspondente.
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Posição x fase
Conceito de posição refere-se a estados transitórios, implica noção de mobilidade 
conceito de fase, que se refere a processos mais estáveis.
Fica determinado o uso do termo posição
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Nos primeiros meses de vida existe forte sadismo contra o peito e o interior do corpo materno. 
A relação se estabelece com objetos parciais
Objetos percebidos como bons e maus 
seio materno é o protótipo, daí seio bom – seio mau
seio bom o que alimenta, gratifica – seio mau o que frustra
mecanismos de introjeção e projeção. 
Essas figuras distorcidas dos objetos reais estão no exterior por projeção e dentro do ego por introjeção
Nesta fase:
 1) Angústia básica: medo de aniquilamento, de ser destruído  por perseguição dos objetos maus internos e externos. 
 2) defesas (paranóides) que têm por finalidade preservar o ego do aniquilamento.
A posição paranóide e a paranóia
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Defesas paranóides
1. Negação da realidade psíquica. Nega a percepção dos perseguidores (internos ou externos). 
2. Expulsão e projeção. expulsando o mau de seu interior, fica a salvo do ataque iminente.
3. Forças destrutivas dirigidas contra os perseguidores internos: 
Mesmo negando ou expelindo os inimigos internos, sempre sobram perseguidores. 
O perigo do aniquilamento se deve à ação do instinto de morte dentro do sujeito, e nem todo ele pode ser defletido ou neutralizado pela libido.
A destrutividade é dirigida contra o próprio id, ou partes do ego identificadas com o mau objeto interno (superego primitivo).
Esses conteúdos ansiogênicos próprios da fase esquizo-paranóide(ser esvaziado, devorado, envenenado, destruído por todos os meios do sadismo pelo objeto "mau") e as defesas de expulsão e projeção, escotomização, destruição contra o perseguidor interno vão constituir a base dos quadros psicóticos de tipo paranóide. 
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A posição depressiva e os estados depressivos
Posição Depressiva: do quarto/sexto mês ao primeiro ano de vida 
aumenta a capacidade de síntese do ego - a integração dos objetos progride 
mudança na relação de objetos: da relação de objetos parciais para o objeto total. 
 a mãe vai sendo percebida como pessoa total. “a fixação libidinal do bebê pelo peito desenvolve-se em sentimentos para mãe como uma pessoa”. 
Amor e ódio são experimentados por um mesmo objeto 
 bebê vive o conflito entre amor e ódio incontrolável experimenta alguns dos sentimentos de culpa e remorso 
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A posição depressiva e os estados depressivos
as imagos internas ficam mais semelhantes à realidade 
 ego se identifica com os "bons" objetos de forma também mais total.
Portanto, a angústia pela preservação do bom objeto torna-se sinônimo de sobrevivência do ego. 
Angústia básica: pela perda do objeto amado: "Somente, o objeto sendo amado como um todo pode sua perda ser sentida como um todo" 
mudam os mecanismos de defesa.
*
 
Outra profunda angústia depressiva:
- os perigos que ameaçam o objeto bom dentro do ego 
 
- O ego se sente incapaz de proteger o objeto amado contra
 os perseguidores internos e contra o id 
Essa angústia se justifica psicologicamente - o ego não abandona totalmente os mecanismos de expulsão e aniquilamento do objeto da posição paranóide.
 - se usar mecanismos de expulsão para se proteger do perseguidor interno, pode expelir também o bom. 
pode danificar o bom externo com a projeção do mau interno. 
 São estes riscos que levam ao abandono das defesas paranóides de expulsão e projeção.
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As defesas mais usadas na posição depressiva 
 a) Introjeção do bom objeto, associada com a reparação do objeto. 
O aumento do mecanismo de introjeção do bom objeto estimula a voracidade, e esta dá origem a outra espécie de angústia depressiva (medo de esvaziar o objeto externo e interno), levando a inibições alimentares. 
b) Reparação: A identificação com o objeto atacado (mãe) reforça os impulsos de reparação e leva à redução da agressividade.
 c) controle de objetos externos e internos defesa contra a angústia depressiva. Visa evitar a frustração e deste modo deter a agressividade e conseqüente perigo aos objetos amados. 
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Ambivalência
Na posição depressiva, a clivagem do objeto e do self é usada de modo diferente do que na posição esquizo-paranóide. 
Os objetos não são separados em partes, mas permanecem divididos em objetos totais: são objetos vivos (intactos) e objetos moribundos ou mortos (estragados). 
É nesse momento que a ambivalência se instala, isto é, quando a relação se faz com o objeto total: “A ambivalência capacita o bebê a ganhar mais confiança e fé em seus objetos reais e, portanto, nos internalizados - a amá-las mais e a efetuar em maior grau suas fantasias de restauração do objeto amado" (Klein, 1935, p. 308). 
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Ambivalência
Simultaneamente, as angústias e defesas paranóides, que subsistem na posição depressiva, dirigem-se aos "maus" objetos. 
Isso faz com que a ambivalência - resultado da integração - não seja tão perturbadora, e a culpa pelo ataque aos "bons" objetos seja mais suportável, pois o ataque aos "maus" deixa os objetos "bons" um tanto fora do alvo. 
Quando a elaboração da posição depressiva progride, o ego vai usando mais tendências reparatórias, sublimação, defesas e mecanismos obsessivos e maníacos
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Elaboração da posição depressiva
Posição Depressiva: segunda metade do primeiro ano de vida; estabelece- se o objeto completo, que é a precondição para o desenvolvimento normal e a capacidade de amar. 
Se a posição depressiva não for superada, isto é, se o ego nega as angústias depressivas e o amor pelo objeto, há permanente sufocação do amor; abandono dos objetos primários e aumento das angústias persecutórias. 
Isto significa regressão à posição esquizo-paranóide, formando a base de excessivas inibições intelectuais (que leva à deficiência mental), das esquizofrenias, das psicoses maníaco-depressivas ou severas neuroses.
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Elaboração da posição depressiva
“A primeira e fundamental perda de um objeto amado real, experimentada através da perda do seio antes e durante o desmame, somente resultará na vida posterior num estado depressivo se nesse primitivo período do desenvolvimento o bebê falhou em estabelecer seu objeto amado dentro do ego" 
O estado depressivo é baseado e geneticamente derivado do estado paranóide, sendo o resultado da mistura de angústias paranóides (persecutória, medo de aniquilamento do ego) e dos conteúdos da angústia, sentimentos afetivos e defesas ligadas à iminente perda do objeto amado total. 
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DEFESAS MANÍACAS
As defesas maníacas se constituem no modo de enfrentar sentimentos de culpa e de perda; 
 caracterizam-se pela tríade triunfo, controle onipotente e desprezo, nas relações de objeto;
 fantasias onipotentes de dominar e controlar os objetos, para não sofrer por sua perda( são normais no desenvolvimento);
     caso a elaboração da posição depressiva fracasse, pode ocorrer:
 1.   uma regressão à posição esquizo-paranóide, ou
 2.    um ponto de fixação para a doença maníaca.
 
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Defesas maníacas
1. Sentimento de onipotência. É o mais característico da mania.
2. Negação da realidade psíquica. Utilizada como defesa contra os perseguidores internos e o id. Quando nega a realidade psíquica a realidade exterior é negada em grande parte.
3. Negação da importância dos bons objetos e dos perigos dos maus objetos e do id. 
4. Domínio e controle de todos os objetos. Aqui é utilizado o sentimento de onipotência, que é muito específico da mania. Há duas
finalidades: a) negar o medo dos objetos que o estão ameaçando; b) realizar reparações no objeto, mecanismo adquirido na própria posição depressiva. 
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Defesas maníacas
5. Depreciação e desprezo do objeto. Permite ao ego desapegar-se dos objetos e simultaneamente conservar a fome por eles: "não importa se o destruir, há tantos para comer”.
6. O triunfo sobre o objeto controlado ou morto é outra forma de defesa maníaca.
Para Klein: o mecanismo geral da mania seria o controle dos pais internalizados, ao mesmo tempo em que é negada e depreciada a existência desse mundo interno.
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O luto e os estados maníaco-depressivos
A perda de um ente querido reativa no adulto a posição depressiva infantil. É a perda da mãe como objeto amado que é revivida a cada perda do adulto.
A idealização, a negação e o triunfo são mecanismos maníacos que atrapalham o trabalho de reparação, sublimação e luto. 
Quando o trabalho de reparação do objeto amado prejudicado está sendo efetuado, se no fundo da mente isso significa um triunfo sobre ele, a reparação fracassa e a culpa não é aliviada. A morte da pessoa amada real pode despertar ódio, que na situação de luto é sentida como triunfo sobre o morto, uma vitória, e aumenta a culpa
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O luto e os estados maníaco-depressivos
Na concepção de Freud, o trabalho de luto consiste principalmente no teste da realidade, ou seja, estabelecendo contato com o mundo real, descobre e redescobre que a pessoa amada não mais existe. 
Klein sugere que o teste da realidade não se refere só à realidade externa. O teste da realidade interna mostra que a pessoa amada perdida estava identificada com os objetos bons internos, e que sua perda representa um desmoronamento de todo o mundo interno, que deve ser reconstruído. Não é só a pessoa que morre que é perdida, mas todo o universo interno da pessoa, identificado com o morto, fica destruído. Por isso o trabalho do luto é tão penoso e prolongado. 
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Estado de Luto
O estado de luto é um estado maníaco-depressivo transitório e modificado. 
Há recrudescimento das angústias paranóides (a perda dos bons objetos deixa o ego exposto aos objetos persecutórios) e reativação das defesas maníacas (para controlar essas angústias de aniquilamento). O trabalho de luto implica na superação das regressões paranóides e dos mecanismos maníacos, até que o mundo interno seja restaurado. 
Se as ansiedades depressivas não puderem ser superadas pelo enlutado, resultará o "luto anormal" (excessiva ligação interminável ao morto, ou seu inverso, indiferença pela perda) ou doença mental.
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Estado de Luto
Estimulando sublimações e produções de variados tipos (pintura, literatura), equivalentes à reconstrução do objeto bom perdido, depois de superado, o luto normal torna a pessoa enriquecida. 
As conclusões a que chega Klein no trabalho sobre o luto são:
 Quanto à semelhança, tanto no luto normal como no anormal, e nos estados maníaco-depressivos, a posição depressiva infantil é reativada.
Quanto à diferença fundamental entre os que conseguem elaborar o luto com sucesso, de um lado, e de outro os que apresentam luto anormal ou estados maníaco-depressivos - estes últimos não foram capazes, quando bebês, de estabelecer seus "bons" objetos internos e se sentirem seguros em seu mundo interno. 
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contribuições à psicogênese dos estados depressivos.pptx
Uma Contribuição à Psicogênese dos estados maníacos depressivos (1935) Cap, 17
Amor Culpa e Reparação, 
Klein, Melanie
ESQUIZO PARANÓIDE
DEPRESSIVA
Primeiros meses
primeiro ano de vida do bebe
posição depressiva
impulsos sádicos dirigidos ao objetos (seio e interior do corpo da mãe)
Visa internalização do objetos bom
relações com objetos parciais
Relações com objetostotal\torna-secapaz de se identificar com seu objetos
Os objetos mausdeforaestão tambémdentro(através do processo de incorporação)
passa a ter medo de perder o objetos amado bom
ansiedadeparanóide
ansiedadesdepressivas+culpa pela agressividade contra o objetos
Cisão, introjeção e projeção
defesas maníacas para aniquilar os perseguidores e lidar com a novaexperiênciade culpa e dedesespero.
reparação
Se não consegue internalizar objetos bomtendências para doenças depressivas
À medida que o ego se torna mais organizado, as imagos internalizadas vão se aproximando da realidade e ele se identifica de forma mais completa com objetos bons. 
O medo da perseguição, que de inicio era percebido como uma ameaça para o próprio ego, agora também se relaciona com o objeto bom. A partir desse momento, a preservação do objeto bom é encarado como um equivalente a sobrevivência do ego.
Com esse desenvolvimento ocorre uma mudança importante: A passagem de uma relação de objeto parcial para a relação com um objeto total. 
Ao dar esse passo, o ego atinge nova posição, que serve de base para a situação chamada de perda do objeto amado.
 
Só quando o objeto é amado como um todo é que sua perda pode ser sentida como um todo.
O mecanismo de introjeção é reforçado pois são desenvolvido o amor e desejo vorazes de devorar esse objeto com a fantasia de que o objeto amoroso pode ser preservado com segurança no interior do próprio individuo.
 Nesse caso, os perigos do interior são projetados para o mundo externo, mas isso não é suficiente para aplacar os perigos, as ameaças.
Os objetos amados introjetados passam a exercer a exigência sobre o ego de protegê-los e salvá-los dos objetos maus.
Quanto mais forte a ansiedade de perder os objetos amados, mais o ego tentará salvá-los. Quanto mais árdua for à tarefa de restauração dos danos causados ao objeto, mais rígidas serão as exigências associadas ao superego determinando, no melancólico, extrema severidade do superego.
Na ansiedade paranóica: preservação do ego, medo de ser destruído pelos impulsos sádicos
 Na ansiedade depressiva: medo de perder os objetos bons internalizados e externos e esforços para salvá-lo e protegê-lo dos próprios ataques
Culpa e reparação
Somente quando o ego introjeta o objeto como um todo, ele percebe o desastre criado pelo seu sadismo e principalmente pelo seu canibalismo. 
Só então ele sofre por causa disso. Percebe que seus objeto amorosos estão num estado de dissolução, em pedaços. 
Surgem sentimentos como desespero, remorso e ansiedade. Sentimentos que também estão relacionados com a depressão.
No estado depressivo, a tentativa de restauração do objeto amado se associa ao desespero, pois o ego não confia na sua capacidade de realizar essa restauração.
As censuras que o depressivo dirige a si mesmo, derivam do ódio do ego pelo id, e podem explicar os sentimentos de desmerecimento e desespero.
O luto e suas relações com os estados maníaco-depressivos (1940)
Cap. 20
Amor Culpa e Reparação, 
Klein, Melanie
A perda de uma pessoa amada reativa a posição depressiva infantil. A recuperação do luto depende da posição depressiva na infância;
Uma parte essencial do trabalho de luto é o teste de realidade. 
O trabalho de luto envolve um rompimento lento e gradual, no qual o objeto é sobreinvestido antes de ser desinvestido pela libido;
A criança passa por estados mentais comparáveis ao luto no adulto quando vivenciam a posição depressiva infantil;
O luto arcaico é revivido sempre que se sente algum pesar na vida ulterior;
Posição Depressiva
Os sentimentos depressivos atingem seu clímax durante a fase do desmame; O objeto que desperta o luto é o seio da mãe, que representam amor, bondade e segurança;
 O bebê sente que perdeu tudo devido às suas fantasias destrutivas dirigidas ao seio da mãe; Há temor e pesar pela perda dos objetos bons 
Na posição depressiva, a introjeção dos pais é sentida de maneira concreta, como se fossem pessoas vivas habitando o corpo da criança; 
A figura
introjetada torna-se um duplo da figura externa. Faz-se necessário que a criança observe e se certifique do mundo externo dos objetos; 
Posição Depressiva
O aumento do amor e da confiança, junto com a redução do medo através de experiências felizes, ajudam o bebê a vencer gradualmente sua depressão e o sentimento do perda; 
Mas, a vivência de experiências desagradáveis confirma a possibilidade de aniquilação interna e a perseguição externa gerando aumento da ambivalência e diminuição da confiança nos objetos bons.
A cada etapa do desenvolvimento infantil, os objetos internos bons se estabelecem com mais força, sendo utilizados pelo ego como meio de superar a posição depressiva; 
A posição depressiva arcaica é trabalhada através da neurose infantil . A relação satisfatória com os outros depende da vitória contra o caos interior e do firme estabelecimento dos objetos internos bons.
Posiçãoesquizo-paranóide
Posição depressiva
Primeiro conjunto de sentimentos e fantasias
Segundo conjunto de sentimentos e fantasias
Tem natureza persecutória
Medos relacionados à destruição do ego por perseguidores internos
sentimentos de pesar e preocupação pelos objetos amados, medo de perdê-los e desejo de recuperá-los, anseio pelo objeto amado..
Culpa por tê-lo danificado, necessidade de reparação
Primeiro conjunto de defesas
Segundo conjunto de defesas
visa a destruição dos perseguidores através de métodos violentos ou cheios de astúcia;
Visa : que ego reaja aos seus perseguidores internos e à dependência em relação aos objetos amados. Desenvolve defesas maníacas
 As ansiedades depressivas levam o ego a criar fantasias onipotentes com o objetivo de controlar os objetos maus e perigosos e em parte salvar e restaurar os objetos amados. Como resultado do fracasso do ato de reparação, o ego tem de valer-se, repetidamente, das defesas obsessivas e maníacas
Idealização do objeto: parte essencial da posição maníaca marcada fortemente pela negação parcial da realidade psíquica.
 Onipotência + negação + idealização ligadas à ambivalência: permitem que o ego reaja aos seus perseguidores internos e à dependência em relação aos objetos amados – novos avanços ao desenvolvimento;
A criança pequena recorre à onipotência maníaca, pois ainda não consegue confiar nos seus sentimentos construtivos e reparadores – trata-se de um ego que ainda não lida adequadamente com a culpa e a ansiedade.Quando as defesas maníacas fracassam o ego busca tentativas de reparação através de certas ações repetidas de forma obsessiva
Triunfo, controle onipotente e desprezo
Os sentimentos de onipotência têm duas finalidades: negar o medo do objeto e realizar a reparação do mesmo. As defesas maníacas são tipicamente onipotentes. Elas protegem o sujeito de experienciar a dolorosa dependência dos objetos bons e amados. 
O triunfo está profundamente ligado ao desprezo e à onipotência. O desejo de controlar o objeto, a gratificação sádica de dominá-lo e humilhá-lo, enfim, o triunfo o objeto, permite negar a sua dependência.
nega o medo de perda dos objetos dos quais depende, desprezando-o mantendo-os sob domínio para, contudo, obter a satisfação de suas necessidades. 
Triunfo: elemento da posição maníaca que envolve o desejo de reverter a relação de dependência com o objeto, de ter poder para triunfar sobre ele. Envolve desejos voltados para a obtenção de sucesso, mas também fantasias de causar dano ao objeto;
O triunfo sobre os objetos faz parte dos aspectos destrutivos da posição maníaca, perturbando a reparação e a recriação do mundo interno – prejudica o trabalho de luto;
Quando a reparação fracassa , os objetos que deveriam ser restaurados se transformam novamente em perseguidores e os medos paranóides voltam à tona.
Os dons e as habilidades crescentes da criança aumentam sua crença nas suas tendências construtivas, na sua capacidade de dominar e controlar não só os seus impulsos hostis, mas também os objetos “maus” internalizados;
Por conseqüência, as ansiedades são aliviadas, gerando uma diminuição da agressividade e das suspeitas relacionadas a objetos “maus” internos e externos
O ego fortalecido dotado de uma maior confiança nas pessoas pode avançar ainda mais em direção a unificação de suas imagos, atingindo um processo geral de integração;
Importância do teste de realidade eterna: a criança ganha mais confiança em sua capacidade de amar, nos seus poderes reparadores - diminuição da onipotência maníaca e dos impulsos obsessivos voltados à reparação – SINAL DE QUE A NEUROSE INFANTIL CHEGOU AO FIM
MELANIE KLEIN aulas.docx
MELANIE KLEIN
ALGUMAS INFORMAÇÕES INTRODUTÓRIAS
 
- Nasceu em Viena em 30 de março de 1882.
- Melanie Reizes (nome da família do pai).
- Se tornou Klein após um infeliz casamento com Arthur Klein (engenheiro químico).
- Família de origem hebraica e humilde.
- Queria ser médica, mas casou-se com 21 anos e teve três filhos: Melitta, Hans e Erich. 
- Quando casou-se, mudou para Budapeste em 1910.
- Em 1914 (com 32 anos) – inicia seu contato com a Psicanálise: ela lê um texto de Freud sobre os sonhos e começa sua análise com Sandor Ferenczi (teve depressão).
- Em 1918 – participa do 5º Congresso Internacional de Psicanálise em Budapeste (ouviu Freud lendo um texto sobre os avanços da teoria psicanalítica).
- Muda para Berlim em 1921 sem a companhia do marido.
- Em 1922 (com 40 anos) – ingressou como membro-associado da Sociedade Psicanalítica de Berlim (marcando sua entrada para o mundo da psicanálise mundial).
- Em 1924 fez análise com Karl Abraham.
- Em 1926 muda-se para a Inglaterra e torna-se membro da Sociedade Britânica de Psicanálise.
- Em 1927 divorcia-se.
- Em 1934 seu filho Hans morre ao escalar uma montanha.
- Em 1960 morre aos 78 anos.
MELANIE KLEIN, A PSICANÁLISE E O MOVIMENTO PSICANALÍTICO INTERNACIONAL: DADOS HISTÓRICOS
- Em 1910: começa a atender em casa o próprio filho Erich, que sofria de inibição de aprendizagem..
- Em Berlim analisou filhos de analistas e elaborou seus primeiros trabalhos escritos.
- 1921 a 1926 – estabelece a análise de crianças como uma área legítima da clínica psicanalítica.
- Rivalidade entre as idéias de Melanie Klein e Anna Freud (Berlim).
- Em 1932 – lança seu primeiro livro: “A Psicanálise de crianças” – apresenta os fundamentos técnicos da análise de crianças mediante o brincar, por meio de muitos casos de análise infantil conduzidos por ela.
- Em 1934 – ainda sob o impacto da morte do filho Hans, produz o texto “Contribuição para a psicogênese dos estados maníaco-depressivos” (falava sobre psicose).
- Na Sociedade Britânica de Psicanálise, após a morte de Freud, formaram-se três grupos: 
Kleiniano – (Ernest Jones)
Freudiano (Anna Freud)
Independentes (Winnicott, Balint)
- Melanie Klein teve boa receptividade na América Latina, em primeiro lugar na Argentina e depois no Rio de Janeiro e principalmente em São Paulo.
- Em 1950 – instalação definitiva do kleinismo no panorama internacional da Psicanálise.
- Em 1957 – publica “Inveja e gratidão” – apresentando as disposições afetivas do ser humano, desde seus primórdios e ao longo de toda a sua existência. 
 
 MELANIE KLEIN 
APRECIAÇÃO INTRODUTÓRIA DO ESTILO DE PENSAMENTO E DE ESCRITA 
- Klein valorizava a experiência pessoal e a observação clínica para descrever processos psíquicos inconscientes.
- Sua obra versa a respeito da descrição dos mecanismos da vida mental do bebê e de crianças pequenas (3 a 6 anos de idade).
- a obra deve ser conhecida não só pelas teses, teorias e conceitos que a psicanalista elabora, mas também pelo estilo de escrita dos pensamentos kleinianos.
- O estilo de Klein causou estranheza e choque em boa parte da comunidade psicanalítica americana e francesa.
- M. Klein
começou sua obra a partir de “observações analíticas” do próprio filho, teorização que começou literalmente em casa, sem caráter acadêmico. Ela não tinha formação universitária.
- M. Klein sempre valorizou a importância da observação e do contato direto com o paciente (observando e descrevendo processos psíquicos profundos).
- Klein fala em “observar a mente de um recém-nascido” (intuição e contato direto com os processos e fenômenos).
- Seu estilo revela que, desde o princípio, Klein aprendeu a enfatizar e valorizar a experiência pessoal (mãe de três filhos) – maternidade como plataforma para sua teoria.
- Sua teoria é essencialmente empirista e clínica. 
 - MELANIE KLEIN –
 OBRAS COMPLETAS
Volume I – “Amor, culpa e reparação” (1921- 1945)
Volume II – “A Psicanálise de crianças”
Volume III – “Inveja e gratidão” (1946 – 1963)
Volume IV – “Narrativa da análise de uma criança” 
 
KLEIN. M. “Amor, culpa e reparação”. Rio de Janeiro: 
 Imago, 1996, Vol. I.
Cap. 9 - “Estágios iniciais do conflito edipiano” (1928).
(p. 214-227)
- É um dos artigos mais importantes de M. Klein.
- Ela defendia a idéia de que o Complexo de Édipo tinha início antes do que Freud imaginava em “A análise de crianças pequenas” (1923).
- Freud sugere que o Complexo de Édipo começa quando a criança está entre os 2 e 3 anos de idade.
- M. Klein diz que começaria bem mais cedo- no primeiro ano de vida, durante o desmame. 
- Klein fala a respeito no artigo “Os princípios psicológicos da análise de crianças pequenas”:
 “ ... tendências edipianas são liberadas como consequência da frustração sentida pela criança com o desmame, e que se manifestam no final do primeiro ano e início do segundo ano de vida; elas são reforçadas pelas frustrações anais sofridas durante treinamento dos hábitos de higiene”. (p. 216) 
- Segundo a autora, o próximo elemento que influencia de forma determinante os processos mentais é a diferença anatômica entre os sexos.
- O menino - quando se vê impelido a trocar a posição oral e anal pela genital, passa a ter o objetivo associado à posse do pênis. Assim ele muda sua posição libidinal e também seu objetivo, o que permite que ele mantenha o objeto amoroso original (mãe).
- A menina - por outro lado, o objetivo receptivo passa da posição oral para a genital: ela muda sua posição libidinal, mas mantém o mesmo objetivo, que já levou à frustração em relação à mãe. Desse modo, a menina se volta para o pai como objeto amoroso.
- Desde o início, os desejos edipianos ficam associados ao medo da castração e a sentimentos de culpa.
- O sentimento de culpa é o resultado da introjeção dos objetos amorosos edipianos.
- As frustrações orais e anais, que formam o protótipo de todas as frustrações posteriores para o resto da vida, significam punições e dão origem à ansiedade. 
- O corpo da mãe é visto como palco de todos os processos e desenvolvimento sexuais (fase de feminilidade). 
 
KLEIN. M. “Inveja e Gratidão”. Rio de Janeiro: Imago, 
 1996, Vol. III
Cap. 12 - “Nosso mundo adulto e suas raízes na infância” (1959). (p. 280-297)
- O comportamento das pessoas em seu ambiente social é resultado do desenvolvimento do indivíduo desde a infância à maturidade. 
- Descobertas de Freud mostram a complexidade das emoções da criança e revelam que as crianças passam por sérios conflitos (melhor compreensão da mente infantil e de suas conexões com os processos mentais do adulto).
- A técnica do brincar desenvolvida por M. Klein permitiu novas conclusões acerca dos estágios iniciais da infância e camadas mais profundas do inconsciente.
- Compreensão da vida mental do bebê – para M. Klein, a vida mental do bebê é influenciada pelas mais arcaicas emoções e fantasias inconscientes.
- A hipótese de M. Klein é a de que o bebê tem um conhecimento inconsciente inato da existência da mãe. Esse conhecimento instintivo é a base da relação primordial do bebê com a mãe. 
- Com apenas poucas semanas de vida, o bebê já olha para o rosto de sua mãe, reconhece seus passos, o toque de suas mãos, o cheiro e a sensação de seu seio ou da mamadeira que ela lhe dá.
- O bebê não espera da mãe apenas o alimento, mas deseja também o amor e a compreensão.
- Nos estágios mais iniciais, amor e compreensão são expressos pela mãe por meio do seu modo de lidar com o bebê e levam ao sentimento inconsciente de unicidade que se baseia no fato de o inconsciente da mãe e o inconsciente da criança estarem em íntima relação um com o outro. 
- O sentimento resultante que o bebê tem de ser compreendido subjaz a primeira e fundamental relação em sua vida – a relação com a mãe.
- Nos primeiros meses de vida a mãe representa para o bebê todo o mundo externo.
- Dessa forma, tanto o que é bom quanto o que é mau vêm à sua mente como provindos dela.
- O bebê também experimenta frustração, desconforto e dor, que são vivenciados como perseguição.
- Tanto a capacidade de amar quanto o sentimento de perseguição são focalizados primeiramente na mãe.
- Os impulsos destrutivos (frustração, ódio, inveja) despertam ansiedade persecutória no bebê.
- A agressividade inata é incrementada por circunstâncias externas desfavoráveis. 
- Deve-se considerar o desenvolvimento da criança e as atitudes dos adultos como resultantes da interação entre influências internas e externas.
- Alguns bebês vivenciam um intenso ressentimento frente a qualquer frustração e o demonstram sendo incapazes de aceitar gratificação quando esta se segue à privação.
- Se um bebê mostra que é capaz de aceitar o alimento e amor, significa que ele pode superar o ressentimento em relação à frustração e recuperar seus sentimentos de amor.
SELF E EGO
- Ego – de acordo com Freud, é a parte organizada do self.
- O ego dirige todas as atividades e estabelece e mantém a relação com o mundo externo.
- Self - é o termo utilizado para abranger toda a personalidade. 
- O self inclui não apenas o ego, mas também a vida pulsional.
- De acordo com M.Klein, o ego existe e opera desde o nascimento e tem a tarefa de defender-se contra a ansiedade.
PROJEÇÃO E INTROJEÇÃO
- Ambos os mecanismos funcionam desde o início da vida pós-natal, como algumas das primeiras atividades do ego.
- Introjeção: significa que o mundo externo, as situações que o bebê atravessa e os objetos que ele encontra são levados para dentro do self, vindo a fazer parte da sua vida interior.
- Projeção: há uma capacidade na criança de atribuir a outras pessoas a sua volta, sentimentos de diversos tipos, predominantemente o amor e o ódio.
- O amor e o ódio dirigidos à mãe, estão intimamente ligados à capacidade do bebê muito pequeno de projetar todas as suas emoções sobre ela, convertendo-a em um objeto bom, assim como em um objeto perigoso (objeto mau).
Objeto bom (seio bom) X Objeto mau (seio mau)
- A introjeção e a projeção fazem parte das fantasias inconscientes do bebê, que operam desde o princípio e ajudam a moldar sua impressão do ambiente.
- Os processos de introjeção e projeção contribuem para a interação entre os fatores internos e externos.
- Essa interação prossegue através de cada estágio da vida e transformam-se no decorrer da maturação.
- Portanto, mesmo no adulto, o julgamento da realidade nunca é completamente livre da influência de seu mundo interno.
FANTASIAS
- Uma fantasia representa o conteúdo particular das necessidades ou sentimentos (por exemplo: desejos, medos, ansiedades, triunfos, amor ou tristeza), que dominam a mente no momento.
- As
fantasias continuam ao longo de todo o desenvolvimento e acompanham todas as atividades. Elas sempre desempenham um papel importante na vida mental.
- Se a mãe é assimilada ao mundo interno da criança como um objeto bom do qual esta pode depender, um elemento de força é agregado ao ego.
- O ego desenvolve-se em torno desse objeto bom e a identificação com as características boas da mãe, torna-se a base para identificações benéficas posteriores.
- Essa característica aparece exteriormente no bebê que copia as atividades e atitudes da mãe, o que pode ser visto em seu brincar e frequentemente em seu comportamento em relação à crianças menores.
- Uma forte identificação com a mãe torna fácil para a criança identificar-se também com um pai bom e, mais tarde, com outras figuras amistosas.
Tudo isso contribui para o desenvolvimento de uma personalidade estável. 
- Portanto, fica claro que uma relação dos pais entre si e com a criança e uma atmosfera feliz em casa, desempenham um papel vital no êxito desse processo.
- No entanto, por mais que sejam bons os sentimentos da criança em relação a ambos os pais, a agressividade e o ódio também se mantêm em atividade (Complexo de Édipo).
- Esse Complexo existe desde muito cedo e está enraizado nas primeiras suspeitas que o bebê tem de que o pai tira dele o amor e a atenção da mãe.
IDENTIFICAÇÃO PROJETIVA
- Por meio da projeção de si mesmo para dentro de outra pessoa, ocorre uma identificação projetiva com esta.
- A identificação se baseia na atribuição a essa outra pessoa de algumas das próprias qualidades.
- Identificação projetiva – colocar partes do self para dentro de um objeto.
- Por meio da atribuição de parte de nossos sentimentos à outra pessoa, compreendemos seus sentimentos, suas necessidades e satisfações (nos colocamos em sua pele).
- Se a projeção é predominantemente hostil, ficam prejudicadas a empatia verdadeira e a capacidade de compreender os outros.
- Portanto, o caráter da projeção é de grande importância em nossas relações com outras pessoas.
CISÃO
- Divisão do seio em um objeto bom e um objeto mau.
- Tendência do ego infantil para cindir impulsos e objetos (uma das atividades primordiais do ego).
- Necessidade de cindir o amor do ódio.
- A autopreservação do bebê depende da sua confiança em uma mãe boa. 
- Por meio da cisão o bebê preserva a sua crença em um objeto bom e em sua capacidade de amá-lo, sendo esta uma condição essencial para manter-se vivo.
- Sem esse sentimento, o bebê estaria exposto a um mundo inteiramente hostil, que ele teme e o destruiria.
- Os impulsos destrutivos onipotentes, a ansiedade persecutória e a cisão predominam nos primeiros 3 ou 4 meses de vida e é denominada de POSIÇÃO ESQUIZO-PARANÓIDE.
VORACIDADE
- A voracidade varia consideravelmente de um bebê para outro.
- Há bebês que nunca estão satisfeitos porque sua voracidade excede tudo o que possam receber.
- Necessidade premente de esvaziar o seio da mãe e explorar todas as fontes de satisfação sem consideração por ninguém.
- A voracidade é incrementada pela ansiedade (de ser privado, roubado e de não ser suficientemente bom para ser amado).
- O bebê que é tão voraz por amor e atenção, é também inseguro sobre sua própria capacidade de amar e todas essas ansiedades reforçam sua voracidade.
INVEJA
- A mãe que alimenta o bebê e cuida dele, pode ser também objeto de inveja (fantasia que o leite e o amor são deliberadamente recusados ou retirados do bebê).
- Base da inveja – é inerente ao sentimento de inveja não apenas o desejo da posse, mas também uma forte necessidade de estragar o prazer que as outras pessoas têm com o objeto cobiçado (necessidade que tende a estragar o próprio objeto).
- Se a inveja é muito intensa, essa característica de estragar resulta em uma relação perturbada com a mãe, assim como mais tarde com outras pessoas.
- Também significa que nada pode ser plenamente desfrutado, porque a coisa desejada já foi estragada pela inveja.
- Se a inveja é intensa, aquilo que é bom não pode ser assimilado, não pode se tornar parte da vida interior e nem dar origem à gratidão.
- No desenvolvimento normal, com a integração crescente do ego, os processos de cisão diminuem e a maior capacidade para entender a realidade externa, leva o bebê a uma síntese maior dos aspectos bons e maus do objeto. 
- Isso significa que pessoas podem ser amadas apesar de suas falhas.
- De acordo com M. Klein o superego opera no quinto ou sexto mês de vida – o bebê começa a temer pelo estrago que seus impulsos destrutivos e sua voracidade podem causar aos seus objetos amados. Isso porque ele não pode ainda distiguir entre seus desejos e impulsos e os efeitos reais deles.
- O bebê vivencia sentimentos de culpa e necessidade de preservar esses objetos e de reparar os danos. A ansiedade agora é vivenciada de natureza predominantemente depressiva – é a POSIÇÃO DEPRESSIVA.
- Os sentimentos de culpa, que ocasionalmente surgem em todos nós, tem raízes muito profundas na infância e a tendência a fazer reparação desempenha um papel importante em nossas relações de objeto.
- De acordo com a sua observação de bebês, M. Klein afirma que às vezes os bebês parecem deprimidos. Neste estágio eles tentam agradar as pessoas ao redor (com sorrisos, gestos divertidos) e até mesmo em tentativas de alimentar a mãe, colocando-lhe uma colher de comida na boca. 
- As crianças maiores expressam necessidade de agradar e de serem prestativas (expressam não apenas o amor, mas também a necessidade de reparar). 
 
 
 
KLEIN. M. “Inveja e Gratidão”. Rio de Janeiro: Imago, 
 1996, Vol. III
Cap. 10 - “Inveja e gratidão” (1957). 
(p. 207-267)
- De acordo com a teoria kleiniana, a relação com a mãe e a relação com o seio materno é de importância fundamental à primeira relação de objeto do bebê.
- Esse objeto originário é introjetado.
- Sob o predomínio de impulsos orais, o seio é instintivamente sentido como sendo a fonte de nutrição e, portanto, num sentido mais profundo, da própria vida. 
- Seio ou o seu representante simbólico (a mamadeira).
- O seio bom é tomado para dentro (introjeção) e torna-se parte do ego e o bebê (que antes estava dentro da mãe) tem agora a mãe dentro de si.
- M. Klein considera que uma forte ansiedade persecutória é suscitada pelo nascimento (experiências desagradáveis do bebê) – em relação ao sentimento de segurança dentro do útero materno. 
- As circunstâncias externas desempenham um papel vital na relação inicial com o seio.
- Se o nascimento foi difícil (complicações como a falta de oxigênio) – há uma perturbação na adaptação ao mundo externo (dificuldade de experimentar novas fontes de gratificação).
- Se a criança não é adequadamente alimentada e cercada de cuidados maternais (se a mãe é ansiosa ou tem dificuldades psicológicas com a amamentação) – influencia a capacidade do bebê de aceitar o leite com prazer e internalizar o seio bom. 
- A vida emocional do bebê apresenta uma constante luta entre:
Pulsão de vida X Pulsão de morte
Amor X Ódio
Seio bom X Seio mau
- Portanto, a vida emocional arcaica caracteriza-se por uma sensação de perda e recuperação do objeto bom. 
- A capacidade tanto para o amor quanto para impulsos destrutivos é constitucional.
- O seio não é simplesmente o objeto físico, não apenas a nutrição real, mas também representa os desejos instintivos e as fantasias inconscientes.
- De acordo com M. Klein, o seio bom é o protótipo da “bondade” materna, da paciência, generosidade e confiança (tem raízes

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