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UNIVERSIDADE FEDERAL DO TOCANTINS CENTRO DE ENGENHARIA CIVIL Lucas Pereira da Mota Patrick Lucas Iopp MEMORIAL DESCRITIVO E DE CALCULO: Sistema de Esgoto de São Bento do Tocantins Palmas 2015 Lucas Pereira da Mota Patrick Lucas Iopp MEMORIAL DESCRITIVO E DE CALCULO: Sistema de Esgoto de São Bento do Tocantins Trabalho apresentado como requisito parcial à disciplina Projeto de Esgotos Sanitários. Curso de Engenharia Civil da Universidade Federal do Tocantins, Centro de Engenharia Civil. Professora Tatiana. Palmas 2015 INTRODUÇÃO As ações de saneamento básico incluem, principalmente, o abastecimento de água potável, o esgoto sanitário e o manejo adequado das águas pluviais e dos resíduos sólidos. Devem possuir ações integradas, atendendo as condições de qualidade, para evitar a transmissão de enfermidades para a população. Nesse contexto, destaca-se a importância da implantação de um sistema de esgoto sanitários, que colete resíduos e implante o tratamento adequado, já que em geral o contato direto ou indireto, com a fezes humanas e resíduos domiciliares é um enorme causador de doenças. De maneira geral, o sistema de esgoto envolvem tecnologias que visam um fluxograma simples para o destino dos resíduos: coleta, transporte, tratamento, e destinação final, evitando a poluição do solo, das águas, o contato humano com a fezes, e aplicando de maneira análoga uma solução econômica para a higienização das cidades. Todavia, para o atendimento adequado do sistema é necessária uma análise acerca das condições que se aplicará: parâmetros físicos e biológicos do esgoto, características de localidade, da população, do consumo de água, das vazões de projetos, tratamento, e disponibilidade de bacias para destinação final. Desse modo, o memorial a seguir mostra os critérios adotados para o dimensionamento do sistema de esgoto sanitário da cidade de São Bento do Tocantins, envolvendo o projeto de concepção e o projeto básico. Na parte de concepção mostra-se a alternativa que melhor atende ao sistema em termos de qualidade e economia, indicando o sistema de coleta, afastamento e tratamento. Já o projeto básico envolve toda a parte técnica de dimensionamento das redes coletoras, estações elevatórias, e estações de tratamento. 1 CARACTERÍSTICAS GERAIS DE LOCALIDADE São Bento do Tocantins localiza-se na microrregião Ocidental do Tocantins, ou Microrregião do Bico do Papagaio, Localiza-se a uma latitude 05º54'55" sul e a uma longitude 48º03'36" oeste, numa a altitude Média da Sede Municipal de 212 metros, apresentando uma área de 1.105 km². Imagem 1 – Localização Geográfica de São Bento do Tocantins Fonte: IBGE, 2015 Imagem 2- Mapa da de São Bento do Tocantins Fonte: Google Maps Imagem 3- Visão de Satélite de São Bento do Tocantins Fonte: Google Maps Segundo o Censo do IBGE, em 2010 a município possuía cerca de 4.608 habitantes, com uma taxa de urbanização de 58,94 %, com uma densidade demográfica de 4,17 hab/ km². As tabelas a mostram os aspectos demográficos de acordo com o IBGE, em 2000 e 2010, bem como a distribuição por Situação do Domicilio e Sexo. Tabela 1: População Residente, Taxa de Urbanização e Densidade Demográfica Informações 2000 2010 População 3.738 4.608 Taxa de Urbanização (%) 52,22 58,94 Densidade Demográfica (hab/Km²) 3,38 4,17 Taxa Anual de Crescimento 2000/2010 (%) 2,11 Fonte: IBGE/SEPLAN-TO Tabela 2-População Residente, por Situação do Domicilio e Sexo População por Situação de Domicilio e sexo 2000 (%) 2010 (%) População Total 3.738 - 4.608 - População Urbana 1.952 52,22 2.716 58,94 Homens 1.001 51,28 1.398 51,47 Mulheres 951 48,72 1.318 48,53 População Rural 1.786 47,78 1.892 41,06 Homens 976 54,65 1.005 53,12 Mulheres 810 45,35 887 46,88 Quanto ao clima, a cidade encontra-se na Região Climática B1wA’a’- caracterizada por ser Clima úmido com moderada deficiência hídrica (Diretoria de Zoneamento Ecológico-Econômico (DZE). Apresenta ainda os Biomas de Cerrado e Amazônia, além disso, a cidade apresenta nas suas proximidades rios, lagoas e córregos, como a lagoa de São Bento, Rio Araguaia, e o córrego São Bento e o Grotona, no inicio do perímetro urbano. Quanto ao tipo de solo, a imagem abaixo mostra a distribuição dos tipos de solo da região: Imagem 4 – Distribuição dos solos Fonte: Diretoria de Zoneamento Ecológico-Econômico (DEZ) De acordo com o PNUD (2013), São Bento do Tocantins apresenta um IDH-M ( Índice de Desenvolvimento Humano Municipal) de 0,605 ocupando a 4.029ª posição, em 2010, em relação aos 5.565 municípios do Brasil, sendo que 4.028 (72,38%) municípios estão em situação melhor e 1.537 (27,62%) municípios estão em situação igual ou pior. Em relação aos 139 outros municípios de Tocantins, São Bento do Tocantins ocupa a 104ª posição, sendo que 103 (74,10%) municípios estão em situação melhor e 36 (25,90%) municípios estão em situação pior ou igual. Esse quadro mostra a importância da implantação do sistema de esgoto, uma vez não há esgotamento sanitário que atenda as qualidades exigidas, ou até mesmo ausência de banheiros sanitários nas residências. Avaliando os parâmetros sociais da cidade, observa-se a ausência de um sistema de coleta e tratamento de esgoto. Os esgotos domésticos em geral são destinados para fossas construídas de maneira precária, que podem contaminar o lençol freático, e trazer grandes problemas de enfermidade para a população. A implantação do sistema de esgoto viria melhorar as condições de saneamento básico, e diminuir os índices de doenças provenientes da contaminação fecal, ajuda no que tange aos hábitos de higienização. Os gráficos a seguir mostram a quantificação de padrões de saneamento existente na cidade: Gráfico 1 – Existência de Banheiros ou sanitários Gráfico 2 – Tipo de Esgotamento Sanitário dos Domicílios que tinham banheiro 2 CRITÉRIOS E PARÂMETROS DE PROJETO 2.1 PERÍODO DE PROJETO E DENSIDADE POPULACIONAL O período durante o qual será considerada a projeção populacional, isto é, o período de utilização da obra a ser projetada, é denominada Período de Projeto. A escolha do período de projeto depende de uma série de fatores, alguns dos quais independentes. Destes, os mais importantes são: as tendências de crescimento da população e das necessidades urbanas, com especial atenção ao desenvolvimento das necessidades comerciais e industriais; a vida útil das estruturas e dos equipamentos , tendose em conta a sua obsolência, a sua durabilidade, a sua utilização e o seu desgaste ; as facilidades ou dificuldades que se apresentam para a ampliação das obras e instalações; o comportamento das obras durante os anos iniciais, quando as vazões são inferiores às de dimensionamento; a disponibilidade de recursos ou créditos para financiamento; condições para taxa de juros e prazos de pagamento dos empréstimos; condições de inflação: variação do valor da moeda durante o período de amortização do empréstimo; os recursos econômico da população a ser beneficiada (LUNARDELLI, 2005). Como São Bento do Tocantins é considerada uma cidade pequena, com baixo crescimento, considerou-se um período de projeto de 20 anos, sendo os anos de 2015 (inicio de plano), 2025 (médio plano) e 2035 (final de plano). A densidade populacional para o inicio e final de projeto adotada como parâmetros para os cálculos segue na tabela abaixo: Area = População Densidade populacional no início do plano – 2015 (hab/ha) 200 Densidade Populacional no fim da 1ª Etapa – 2025 (hab/ha) 300 Densidade Populacional no fim do plano – 2035 (hab/há) 400 2.2 CONSUMO DE ÁGUA EFETIVO “PER CAPITA” A contribuição de esgotos dependenormalmente de abastecimento de água, os prédios são abastecidos pela rede pública de distribuição de água através das tubulações prediais. Baseiamse na quota " percapita " de abastecimento de água. Para o projeto adotou-se um consumo de água efetivo por habitante por dia de 150L/hab.dia. 2.3 COEFICIENTE DE RETORNO “É a relação entre o volume de esgoto recebido na rede coletora e o volume de água efetivamente fornecido a população. Parte da água fornecida pelo sistema público de abasteciemento não é transformada em vazão de esgoto”, mas, por outro lado, outra parcela inferior de vazões chega a rede coletora por meio de outras fontes de abastecimento. O coeficiente adotado utilizado foi no valor de 0,8, que é o valor sugerido pela NBR 9649/1986. 2.4 COEFICIENTES DE VARIAÇÃO DIÁRIA E HORÁRIA Para o cálculo das vazões de projeto deve-se considerar a variação dela ao longo das horas, dos dias, meses e estações do ano, já que os picos de vazão são expressivos no dimensionamento. Além disso, a vazão depende dos hábitos dos consumidores como a jornada de trabalho, que ocasionam picos nos horários de saída, almoço e chega do serviço. A partir desse contexto, formula-se coeficientes de correção de vazão com base nesses dados, sendo esses coeficientes: Coeficiente de máxima vazão diária (): e a relação entre a maior demanda diária verificada em um ano e a vazão media deste mesmo ano; Coeficiente de máxima vazão horaria (): e a relação entre a maior demanda horaria observada em um dia e a vazão media horaria do mesmo dia; 2.5 TAXA DE INFILTRAÇÃO A vazão que é transportada pelas tubulações de esgoto não tem sua origem somente nos pontos onde houver consumo de agua. Existem contribuições indevidas nas redes de esgoto, genericamente designadas como infiltrações, que podem ser originarias do subsolo ou do encaminhamento acidental ou clandestino de aguas pluviais. 2.6 RESUMO CRITÉRIOS E PARÂMETROS DE PROJETO Critérios hab Densidade populacional no início do plano – 2015 (hab/ha) 200 Densidade Populacional no fim da 1ª Etapa – 2025 (hab/ha) 300 Densidade Populacional no fim do plano – 2035 (hab/há) 400 Per capita (L/hab.dia) 150 1,2 1,5 Taxa de Infiltração 3 CONCEPÇÃO DO SISTEMA DE ESGOTO 3.1SISTEMA DE COLETA E TRATAMENTO Segundo a Secretária Nacional de Saneamento Ambiental, a concepção do sistema de esgotamento sanitário pode ser definida como o conjunto de estudos referentes ao estabelecimento de diretrizes, definições e parâmetros necessários para a caracterização completa do sistema a ser projetado. E nesta fase que devem ser coletados os elementos necessários ao desenvolvimento dos estudos, com as características das possíveis áreas a serem esgotadas, sendo também nessa fase feita escolha da melhor opção que traga custo beneficio para o projeto. O estudo do melhor traçado iniciou-se com a uma avaliação do levantamento topográfico. A partir do da topografia da cidade delimitou-se a bacia contribuinte, optando-se por uma única bacia, uma vez que a declividade estava direcionada para apenas uma região, ou seja, a toda a bacia de esgoto levará para apenas um ponto, onde se localiza a estação elevatória. Outro fator levado em consideração no traçado da rede coletora foi as vias de acesso, de forma a aproveitar ao máximo as declividades naturais do terreno. Além disso, optou-se por colocar rede simples no perímetro, com rede dupla apenas nas avenidas. Levou-se em consideração para toda a concepção as condições gerais da NBR 9648. Houve também a delimitação da área para a qual deve ser planeja o sistema, sendo um valor de XXXX. O alcance do plano bem como a população foi mencionado anteriormente, sendo o plano de 2015-2035. Imagem 5 – Topografia do Terreno A rede coletora parte da cota de 232, como apresentado na imagem acima, para a cota 201, proporcionando declividade natural para o traçado. Além disso, a rede foi traçada verificando as profundidades mínimas e máximas, diâmetros mínimos, tudo com base na BR 9649. A imagem abaixo mostra o traçado, e o posicionamento da estação elevatória, assim como a vazão que chegará nela. Imagem 6 – Traçado e concepção O esgoto que chega na Estação Elevatória é destinado para uma Estação de Tratamento, onde receberá os procedimentos adequados para ser dispensado no corpo receptor, que será um lago próximo da ETE. Imagem 7 – Posição da Estação de Tratamento 4 PROJETO BÁSICO 4.1 REDE COLETORA 4.1.1DIRETRIZES GERAIS DE PROJETO Trata-se das tubulações que recebem os esgotos gerados nas residências, estabelecimentos comerciais e industriais, etc. A rede escolhida será implantada sob via pública, sendo rede simples em sua quase totalidade. Como já dito, escolheu-se o traçado com base na melhor concepção. A rede coletora ainda é auxiliada por órgãos acessórios tais com poço de visita, terminais de inspeção e limpeza, poços de inspeção, tubos de queda, degrais. Todos os trechos iniciam-se em TL, e o encontro de tubulações é feito através de PVs. Entre as diretrizes consideradas para o dimensionamento da rede coletora considerou-se os parâmetros abordados nos critérios de projeto. Os poços de visita devem ser de concreto pré-moldado, constituídos de duas partes principais: câmara de acesso (“Pescoço”) e câmara de trabalho (“Balão”). Entre os critérios de projeto aponta-se: A distância máxima entre PVs é de 100 metros A velocidade nas canalizações deve ser tal que impeça a deposição de partículas 4.1.2CRITÉRIOS DE DIMENSIONAMENTO Seguem os critérios adotados para realização do dimensionamento da rede coletora: Diâmetro mínimo: embora a NBR 9649 admita o diâmetro mínimo de 100 mm, adotou-se o DN mínimo de 150 mm; Declividade mínima: adotou-se a declividade mínima de 0,005 m/m Vazão mínima: de acordo com a norma, adotou-se vazão mínima de 1,5 L/s Tensão Trativa: Tensão suficiente para impedir deposição de partículas, 1 Pa. Lâmina d’água máxima: 75% Profundidade mínima: deve atender dois critérios, garantir a carga hidráulica mínima para que haja escoamento dos domicílios e industriais ligados a rede, e proteção contra pressões externas, pensando nisso adotou-se Pm= 1,05m. 4.1.3 DIMENSIONAMENTO HIDRÁULICO Para o dimensionamento hidráulico deve-se em primeira instância considerar todos os critérios de dimensionamento, de forma a atender as exigências. Além disso, deve-se ter em mãos período de retorno, bem como todos os parâmetros para calcular as vazões de projetos por meio das formulas mostradas a seguir: Cálculo das Vazões: : Vazão de esgoto sanitário (L/s) : Vazão domestica (L/s) : Vazão Concetrada (L/s) :Vazão de inicio de plano(L/s) :Contribuição media de inicial (L/s) : Contribuição de Infiltração inicial : Contribuição concentrada de inicial ; Vazão de final de plano(L/s) : Contribuição de infiltração final(L/s) : Contribuição Concentrada final Taxa de Contribuição Linear :Taxa de infiltração – Taxa de contribuição linear inicial - Taxa de contribuição linear final A partir dessas expressões, é possível determinar as vazões de contribuição de cada trecho da rede, e junto com a determinação do diâmetro, cotas do terreno e profundidade é possível determinar a declividade do trecho Além disso, outros parâmetros devem ser determinados, sendo a lâmina máxima, Velocidade do trecho, e tensão trativa, todas as equações são mostradas a seguir: Tensão Trativa: Velocidade Crítica: Velocidade Incial: Velocidade Final: Tendo em mente essas equações é possível terminar as características de cada trecho. Assim, os cálculos relacionados a rede coletora seguem nas tabelas em anexo. 5 ESTAÇÃO ELEVATÓRIA É o conjunto de bombas e acessórios que possibilitam a elevação da cota piezométrica da água transportada nos serviços de abastecimentopúblico. 5.1 VAZÃO DE PROJETO Para o cálculo das vazões de projeto, dimensiona-se baseados em parâmetros que levam em consideração os dados da população para início e final de projeto. Os parâmetros seguem abaixo: Coeficiente de retorno (C) 0,8 Vazão de infiltração () Consumo médio per capita () Densidade Populacional inicial 200 hab/ha Densidade Populacional Primeira etapa 300 hab/ha Densidade Populacional de fim de plano 400 hab/há Área 600666,5 m² Comprimento total 11563,66 m A partir desses parâmetros calcula-se três vazões distintas: vazão mínima, vazão média, e vazão máxima, todas somadas à vazão de infiltração. = = = ANO POPULAÇÃO SERVIDA VAZÃO DE PROJETO Mínima Média Máxima 2015 9,49 17,84 31,190 2025 13,67 26,18 46,20 2035 17,84 34,52 61,22 5.2 DEFINIÇÃO DA ALTURA MANOMETRICA (HMT) A altura manométrica é definida em função do desvio topográfico, altura geométrica, perdas de cargas provenientes da tubulação. A altura geométrica é dada pela diferença entre as cotas da rede coletora ao poço de sucção e a cota de chegada no recalque da estação de tratamento. As perdas de carga são definidas em função da distancia da tubulação, o atrito que ele proporciona, além de das perdas especiais de curvas e conexões. Em termos gerais, a altura manométrica pode ser dada pela seguinte expressão: HMT = HG + ∆HL + ∆HD HMT – Altura Manométrica Total HG – Altura Geométrica ∆HL – Perda de carga Localizada ∆HD – Perda de carga distribuída As perdas de cargas localizadas podem ser calculada por comprimento equivalente valores tabelados para as diversas peças, conecções ou pela fórmula: ∆HL = K - Coeficiente adimensional característico de cada dispositivo V - Velocidade do líquido no interior da tubulação (m/s) g - Aceleração da gravidade (9,8m/s²) A perda de carga distribuída é calculada por vários métodos, o escolhido no estudo é aplicando a fórmula de Hazen Willians: ∆HD = L - Comprimento da tubulação de recalque (m) C - Coeficiente de rugosidade adimensional característico de cada material Q - Vazão (m³/s) D - Diâmetro da tubulação de recalque (m) Apresentadas essas expressões, vale ressaltar que os valores obtidos para as perdas de carga foram utilizadas por meio do catalogo da bomba utilizada, que leva em consideração essas que vos foi apresentada. Cota do terreno 200,97 m Cota da tubulação de chegada na elevatória 198,81 m Nível da água máximo ( NAmax) 198,51 m Nível da água mínimo (NAmin) 197,71 m Cota de fundo 196,96 m Cota de descarga 211,15 m HG 14,19 m SUCÇÃO Peça Diâmetro (mm) Comprimento (m) Quantidade Tubo ferro fundido(10) 250 17 1 Curva 90º(1) 250 - 3 Redução excêntrica(2) 250-150 - 3 Redução excêntrica (3) 150-100 - 3 RECALQUE Tubo ferro fundido 250 922,7 1 Curva 90º(5) 150 1 3 Curva 45º 200 - 1 Curva 90º 250 - 3 Curva 22,5º 200 - 9 Válvula de gaveta(6) 150 - 3 Válvula retenção(7) 150 - 3 Ampliação(4) 100-150 - 3 Ampliação(8) 150-200 Tê de Passagem(9) 200 - 3 Tubo ferro fudido(10) 200 2 1 Ampliação(11) 200-250 1 Escolhidas as peças utilizadas, pode-se calcular as perdas de carga na tubulação de recalque, sucção e barrilete. Altura Geo 14,19 Perda Suc 0,02 Perda Recal 6,82 Total 21,03 Dist Recalque 922,7 Dist Sucçao 5,5 5.3 DIMENSIONAMENTO DAS TUBULAÇÕES As tubulações de recalque e sucção são definidas a partir das velocidades as quais estão submetidas, sendo um intervalo compreendido entre 0,6 a 1,5 m/s para sucção, e de 0,6 a 3 m/s para a de recalque. O diâmetro calculado leva em consideração da expressão de Bresse: D = K* K = D - diâmetro (m) Q - vazão (m³/s) K - coeficiente de Bresse V - Velocidade (m/s) SUCÇÃO RECALQUE BARRILETE D (mm) 202 165 202 DN (mm) 250 200 250 VELOCIDADE (m/s) 1 2 1,5 VAZÃO (m³/s) 0,032 0,064 0,032 5.4 ESCOLHA DA BOMBA Para a escolha da bomba utilizou-se os catalogos de bombas da IMBIL e o da NETZSCH, inserindo-se o ponto de vazão máxima e a altura manométrica. Além disso, optou-se por dividir a vazão máxima em duas, além de uma para reserva. Entre as opções avaliadas considerou-se quatro modelos: NETZSCH NM125_01L Potência 12,65 Velocidade 1,236 m/s NM105_01L Potência 13,8 Velocidade 1,792 m/s IMBIL E4 Potência 14,77 cv Rendimento 60,7 % Velocidade 1674,9 rpm E6 Potência 17,08 cv Rendimento 52,5% Velocidade 1274 rpm Ressalta-se que a vazão máxima de projeto foi dividida por dois, quando procurava-se a bomba ideal, e por isso será necessário duas bombas, além de uma reserva para manutenção. A bomba que melhor se adequou para atender tanto a vazão de projeto media quanto a máxima foi a bomba E4 da imbil, sendo portanto a escolhida. Abaixo mostra-se o comportamento dela para os dados de projeto. Observa-se que deve haver uma modificação do rotor, uma vez que os rotores padrõess não coincidiram com o rotor especificado pela bomba. Imagem 8 – gráfico da bomba escolhida 5.5DIMENSIONAMENTO DO POÇO DE SUCÇÃO Para o dimensionamento mínimo do poço de sucção utilizou-se uma relação que leva em consideração a vazão da bomba e o tempo de operação. Considerando a vazão da bomba de 115,6 m³/h, e com um tempo de operação de 10, temos que: – Volume mínimo m³ – Vazão da bomba A partir desse volume calcula-se o e para inicio e final de plano, a partir das seguintes expressões: e Com os parâmetros adotados, encontrou-se os seguintes resultados: Inicio de plano (2015) Final do plano (2035) 2,32 4,49 2,9 2,71 5,22 7,2 Como a soma dos parâmetros foram menor que 10, esse volume não é aceitável para dimensionamento da estação de elevatória. Por isso, optamos por um volume mínimo no valor de 10m³. Inicio de plano (2015) Final do plano (2035) 9,36 4,83 11,73 5,65 21,09 10,48 5.6 CALCULO DO TEMPO DE DETENÇÃO O calculo do tempo de detenção é realizado levando em consideração a vazão média para inicio e final de plano, bem como conhecimento das dimensões do volume que armazenará o esgoto direcionado para a estação, por meio de uma relação vazão/volume pode-se encontrar o tempo de detenção de esgoto . Tais cálculos podem ser verificados a seguir: O volume de detenção pode ser calculado a partir das dimensões da altura útil, e da distancia do nível mínimo até o nível do poço, logo temos que : 6 TRATAMENTO PRELIMINAR O tratamento preliminar nas estações de tratamento objetiva principalmente a remoção de sólidos grosseiros e de areia, por meio de mecanismos de ordem física. Ele é feito por meio por meio de gradeamento, caixa de areia tipo canal e medidor de vazão. São considerados grosseiros os resíduos contidos nos esgotos sanitários de fácil retenção e remoção, através de operações físicas de gradeamento ou peneiramento. Este material é procedente do uso inadequado das instalações prediais e dos coletores públicos, com o lançamento de resíduos diversos, os quais deveriam ser dispostos nos recipientes de lixo. A remoção da areia contida nos esgotos é importante para evitar abrasão nos equipamentos e tubulações, bem como reduzir a possibilidade de obstruções de canalizações, tanques, elevatórias, calhas, etc. 6.1 MEDIDOR DE VAZÃO O medidor de vazão utilizado é no modelo medido Parshall, ao qual a medição de vãzão se dá através de uma relação pré-estabelecida entre a altura da lamina do fluído na calha, demonstrada por meio de escala de graduação fixada no interiorda mesma, e sua vazão. Imagem 9 – Esquema do medidor Parshall Fonte: Secretaria Nacional de Saneamento Ambiental O Medidor Parshall escolhido foi o de garganta igual a 6” (0,152 m). Com base nas vazões de projeto, pode-se determinar a altura: Vazão minima Vazão média Vazão máxima As alturas líquidas à montante do Parshall são calculadas pela fórmula: Segundo a Tabela para W = 6”, K = 0,381, n = 1,580 H = altura da água na seção de medição Hmin = = 0,144 m Hmed = = 0,218 m Hmax = = 0,314 m 6.2 DESARENADOR Como o próprio nome sugestiona, o desarenador serve para retirar a parte das areias no tratamento preliminar. Ele deve ser bem dimensionado, de maneira a reter o material pesado que se deseja remover liberando a matéria orgânica que será removida em processo posterior. Matéria orgânica sedimentada no desarenador causará odores desagradáveis. 6.2.1ETAPAS DE DIMENSIONAMENTO DA DEFINAÇÃO DO DESARENADOR: Cálculo do Rebaixamento z Z = Z = 0,074 m Com base nesse valor podemos determinar as alturas das lâminas líquidas no desarenador: Hmax = 0,314 – 0,074 = 0,24 m Hmin = 0,144 – 0,074 = 0,07 m A largura do canal do desarenador será calculada para uma velocidade recomendada de 0,30 m/s: 6.2.2 COMPRIMENTO DO DESARENADOR Para b = 0,85 m e L = 6 m 6.2.3 VERIFICAÇÃO DA TAXA DE APLICAÇÃO SUPERFICIAL: : Taxa de aplicação Superficial A partir desse valor, observa-se que a taxa de aplicação está de acordo, uma vez que se encontra entre 6.2.4 QUANTIDADE DE AREIA REMOVIDA Admitindo-se um intervalo de limpeza do desarenador a cada 15 dias, o volume da areia acumulada no fundo será: A profundidade do rebaixo do desarenador para acumular a areia será: 6.3 GRADEAMENTO 6.3.1 GRADE DE LIMPEZA MANUAL Etapa na qual ocorre a remoção de sólidos grosseiros, onde o material de dimensões maiores do que o espaçamento entre as barras é retido. As principais finalidades do gradeamento são: proteção dos dispositivos de transporte dos efluentes (bombas e tubulações); proteção das unidades de tratamento subseqüentes e proteção dos corpos receptores. O gradeamento utilizado terá inclinação de 45º com as seguintes características: Espaçamento entre as barras (a): 2 cm Largura das barras (t): 0,95 cm Admitindo-se que para a vazão máxima a velocidade através da grade seja de 0,70 m/s a sua área útil terá as seguintes características 6.3.2DETERMINAÇÃO DAS DIMENSÕES DA GRADE Largura do canal da grade: Número de barras da grade: 7 TRATAMENTO DO ESGOTO 7.1 LAGOA ANAEROBICA Nelas ocorrem simultaneamente os processos de sedimentação e digestão anaeróbia, não havendo oxigênio dissolvido. No fundo permanece um depósito de lodo e na superfície formam-se bolhas de gás resultantes da fermentação do mesmo. Estas lagoas admitem cargas elevadas, reduzindo-as em cerca de 50%, sendo portanto comumente utilizadas como lagoa primária de uma série de lagoas. 7.1.1DETERMINAÇÃO DO TEMPO DE DETENÇÃO HIDRÁULICO: Como o tempo de TDH foi considerado insuficiente, considerou-se o valor de 3 dias: Profundidade de 4 metros (+ 0,5 de vão livre) 7.2 LAGOA FACULTATIVA Basicamente, o processo consiste na retenção dos esgotos por um período de tempo longo o suficiente para que os processos naturais de estabilização da matéria orgânica se desenvolvam. As principais vantagens e desvantagens das lagoas facultativas estão associadas, portanto, a predominância dos fenômenos naturais. 7.3 LAGOA DE MATURAÇÃO Este processo possibilita um polimento no efluente de qualquer dos sistemas descritos. O principal objetivo destas lagoas é a remoção de organismos patogênicos, e não da remoção adicional de matéria orgânica. Diversos fatores contribuem para a remoção de patógenos, como temperatura, insolação, pH, escassez de alimento, organismos predadores, competição, compostos tóxicos, etc. Vários destes mecanismos se tornam mais efetivos com menores profundidades da lagoa, o que justifica o fato das lagoas de maturação serem mais rasas e consequentemente requererem grande área de implantação CONCLUSÃO REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS. NBR 9648 – Estudo de Concepção de Sistemas de Esgoto Sanitário. Rio de Janeiro, 1986. ______. NBR 9649- Projeto de Redes Coletoras de Esgoto Sanitário. Rio de Janeiro, 1986. DIRETORIA DE ZONEAMENTO ECOLÓGICO-ECONÔMICO (DZE). Base de Dados Geográficos do Tocantins - atualização 2012. Palmas, SEPLAN/DZE, janeiro, 2012. (Atualização de arquivos em escala 1:1.000.000 da Base de Dados Geográficos do Tocantins). organizado por Rodrigo Sabino Teixeira Borges e Paulo Augusto Barros de Sousa. INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATISTICA. Diretoria de Pesquisas. Coordenação de População e Indicadores Sociais. LUNARDELLI, MÁRCIO FERNANDO. Sistemas de Esgotos Sanitários. Universidade de Maria, Marilia, 2005. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Sistema de Informação de Atenção Básica - SIAB/SEPLAN-TO/Diretoria de Pesquisa. SECRETARIA NACIONAL DE SANEAMENTO AMBIENTAL.Esgotamento sanitário: Projetos e construção de sistemas de esgotamento sanitário. N. 2. Salvador: ReCESA, 2008. PNUD/Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil 2013/SEPLAN-TO/Diretoria de Pesquisa
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