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Relatório de Estágio em Língua Portuguesa

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GOVERNO DE MATO GROSSO
SECRETARIA DO ESTADO DE MATO GROSSO
CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE TANGARÁ DA SERRA
FACULDADE DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS E LINGUAGENS
CURSO DE LETRAS
GILSON COSTA DA SILVA
RELATÓRIO DE ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO EM LÍNGUA PORTUGUESA SUPERVISIONADO 
TANGARÁ DA SERRA
2015
GILSON COSTA DA SILVA
RELATÓRIO DE ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO EM LÍNGUA PORTUGUESA 
Relatório do Estágio Curricular Supervisionado em Língua Portuguesa, apresentado como requisito parcial de avaliação.
Orientação: Profa. Dra. Elizete Dall’ Comune Hunhoff.
 
TANGARÁ DA SERRA
2015
SUMÁRIO
 INTRODUÇÃO...............................................................................................................04
1.APRESENTAÇÃO (	Primeiro Dia)............................................................................07
 1.1.PLANO DE AULA 01........................................................................................09
2.O DIA DO FILME (Segundo Dia)..............................................................................18
2.1.PLANO DE AULA 02.........................................................................................20
3. VAMOS ESCREVER UMA CARTA? (Terceiro Dia)..............................................26
 	3.1 .PLANO DE AULA 03........................................................................................28
4 . DIA DE HISTÓRIA EM QUADRINHO E DESENHOS (Quarto Dia)...............36
4.1. PLANO DE AULA 04........................................................................................38
5. SARAU, POESIA E DESPEDIDA (Último Dia).....................................................50
5.1. PLANO DE AULA 05.......................................................................................52
 CONCLUSÂO...............................................................................................................58 
 REFERÊNCIAS............................................................................................................59
 ANEXOS..........................................................................................................................60
	
INTRODUÇÃO
	
	Este relatório foi elaborado para relatar regência de estágio supervisionado na turma do 9° ano do Ensino Fundamental, na Escola Estadual Vereador Manoela Marinheiro na cidade de Tangará da Serra no período de 19/102015 a 23/10/2015, tendo sido acompanhado pela Professora Dra. Elizete Dall’ Comune Hunhoff, desenvolvido em cumprimento à Resolução n° 029/2012/CONEPE, cujo artigo primeiro diz: “O Estágio Curricular supervisionado é concebido como componente curricular do Projeto Pedagógico do Curso- PPC, elemento indissociável do processo de formação docente, devendo ser assumido como compromisso coletivo”.
	Com a proposta de trabalharmos com o tema da leitura, interpretação e produção textual por maio dos gêneros textuais, e assim estimular e fomentar a leitura, a interpretação e produção escrita dos alunos, para que os mesmos ampliem seus conhecimentos na perspectiva temática “arte e cultura no ensino da Língua Portuguesa”.
O referido estágio foi de suma importância para nos instrumentalizar, como futuro profissional da educação, para que nos familiarizássemos com a prática na sala de aula, com o convívio com os alunos e professores e habitue-se ao ambiente escolar com seus problemas, desafios e dificuldades, mas também repletos de alegrias, realizações e, sobretudo cheio de crianças e jovens transbordante de vida e vontade de aprender. Tem por objetivo formar professores preparados para a realidade escolar, através da inserção na instituição escolar, onde poderá refletir sobre a relação estabelecida entre a teoria e a prática e apropriar-se de conhecimentos com a interação de profissionais experientes.
Na primeira fase, elaboramos o projeto que desenvolvemos durante a regência do estágio, com o foco nos gêneros textuais, para a lapidação de habilidades de leitura e interpretação dos alunos com os quais trabalhamos.
O ato de ler é essencial para a reflexão e formação dos alunos portanto o nosso projeto tem como tema “leitura, interpretação e produção textual”. Atrelamos de que a leitura deve ser praticada com prazer, uma vez que ela serve para o aprimoramento da escrita, logo haverá o diálogo, interpretação e a produção textual, como uma das oportunidades do aluno se expressar. 
 Escolhemos como subtema gerador das atividades das aulas “A arte no ensino da Língua Portuguesa” com intuito de apresentar a arte em sala de aula, como ela vem mudando e suas concepções. Nessa perspectiva pretendemos desenvolver atividades embasadas na temática objetivando a produção textual e interpretação crítica dos alunos aos quais estaremos realizando a regência do Estágio Curricular Supervisionado.
Com isso trabalharemos com enfoque de leitura, interpretação e produção textual com intuito de melhorar a capacidade de compreensão e analise critica a partir de textos com temática arte, em seus diferentes aspectos, afim de que os alunos percebam a importância da arte na sociedade, pois está presente no dia-dia do aluno mesmo que ele não perceba, um dos nossos objetivos é mostrar que ele pode ser não apenas um apreciador, mas um produtor, pois produziram textos.
 Na fase seguinte, fomos à escola para as observações in loco da estrutura da Escola, como também conhecermos os alunos com os quais fomos aplicar a regência do estágio, e assim elaborarmos os planos de aula que pudessem atingir os objetivos propostos pelo estágio.
 A Escola Estadual “Vereador Manoel Marinheiro” está localizada na rua Avelina Jaci Bohn, nº 800, setor S, no Jardim Rio Preto, instituição de ensino que presta serviços Educacionais a sociedade Tangaraense há mais de 23 anos formando e contribuindo na formação de crianças, jovens e adultos. A escola oferta o Ensino Fundamental organizado por Ciclos de Formação Humana, 1º, 2º e 3º Ciclos nos períodos matutino e vespertino, atende atualmente cerca de 390 alunos nos turnos de funcionamento.. A equipe gestora é formada pela coordenadora Profa. Francielle Garcia Campanha e direção da Professora Adriana Germana Luzia.
A filosofia da Escola busca servir pessoas atendendo suas necessidades educacionais, sociais e efetivas com qualidade superior, incentivando e estimulando a inclusão. Seu quadro físico está dividido em dois blocos onde temos16 salas de aula, 01 sala de direção, 01 sala da coordenação, 01 sala de professores, 01 sala de secretaria, 01 Biblioteca, 01 Refeitório, 01 sala de multimeios, 01 sala de informática, 01 quadra aberta, 01 saguão coberto.
Os professores da escola são vistos como educadores, pois muitos alunos chegam sem valores básicos de disciplina e com dificuldades em seguir regras. Por este motivo o professor não deve limitar-se em ser um transmissor de conhecimento científico, mas também assumir funções que outras instituições não estão atendendo, com educar, ensinarem a terem cuidados com a higiene pessoal, obedecer os mais experientes, assim como respeitar os colegas.
Como uma prática de regra diária da Escola Estadual Vereador Manoel Marinheiro, que consiste em todos os alunos se reunirem em filas separadas dor suas respectivas turmas. Posteriormente, fazem uma oração, e após alguns recados serem dados, os alunos são conduzidos pelos professores até suas salas, por ordem crescente, as séries inicias saiam primeiro, e na sequência as finais. Muitos projetos voltados a sociedade são trabalhados na Escola, principalmente no que se refere aos cuidados com o meio ambiente, pois nas proximidades dela, há uma área de reserva ambienta, onde um córrego é cercado pela vegetação. Projetos de conscientização e preservação desta área são realizados pelos alunos, alguns inclusive tiveram destaque a nível nacional, participando de eventospara apresentarem seus projetos.
As notas do IDEB da Escola Estadual Vereador Monoel Marinheiro estão acima da média nacional, onde os dois ciclos iniciais estão com nota 6.3 e o ciclo final obteve a nota 4.3 em 2013, o que à permitiu objetivar como meta para 2015 as notas 6.5 para os ciclos inicias, e 5.0 para os ciclos finais.
A Regência ocorreu entre 19 a 24 de outubro de 2015. Trabalhamos com o 9° Ano período matutino, onde aplicamos os planos de aula por nós desenvolvidos, de forma muito responsável e seguindo o máximo possível os planos, mas alguns acontecimentos surgem, o que nos fez ajustarmos algumas coisas de acordo com a realidade encontrada.
1. APRESENTAÇÃO (Primeiro Dia)
No dia 19 de outubro de 2015, primeiro dia. Antes de começarmos nossas aulas tivemos uma surpresa, pois nas segundas-feiras, em virtude da aula de Educação Física, teríamos uma aula a mais, mas não houve problemas, pois, tínhamos o Plano B para eventuais emergências contextuais. 
Em sala, apresentamo-nos aos alunos, explicamos sobre nossa proposta de trabalho com os mesmos durante a semana, o que provocou certa agitação entre os alunos, com muitas perguntas como: “Vai valer nota?”, Sou obrigado á vir?” etc. Todos os questionamentos respondidos e explicados, começamos de fato nossa aula. Alguns alunos chegaram atrasados, por isso tivemos que repetir nossa apresentação para os mesmos. 
Após o diálogo inicial, explicamos aos alunos o motivo de estarmos em sala de aula, fizemos a chamada, em seguida propusemos a realização de um sarau de poesias para ser realizado no último dia que estaríamos ali. Os alunos ficaram muito empolgados e animados com a proposta de declamarem poesias, como também cantarem músicas de sua preferência, pois acreditamos, assim como Selma de Assis Moura(2008, p. 10 ), que:
 A arte é cultura. É fruto de sujeitos que expressam sua visão de mundo, visão esta que está atrelada a concepções, princípios, espaços, tempos, vivências. O contato com a arte de diversos períodos históricos e de outros lugares e regiões amplia a visão de mundo, enriquece o repertório estético, favorece a criação de vínculos com realidades diversas e assim propicia uma cultura de tolerância, de valorização da diversidade, de respeito mútuo, podendo contribuir para uma cultura de paz. O conhecimento da arte produzida em sua própria cultura permite ao sujeito conhecer-se a si mesmo, percebendo-se como ser histórico que mantém conexões com o passado, que é capaz de intervir modificando o futuro, que toma consciência de suas concepções e ideias, podendo escolher criticamente seus princípios, superar preconceitos e agir socialmente para transformar a sociedade da qual faz parte.
Posteriormente, explicamos os conceitos de conto, o que foi de muito fácil e rápida assimilação por parte dos alunos, isso nos deixou esperançosos em direção a um bom andamento durante a semana. O conceito de conto é assim definido por Luiz Antonio Sacconi (1999, p. 319):
Conto é uma narrativa curta e que se diferencia dos romances não apenas pelo tamanho, mas também pela sua estrutura: há poucas personagens, nunca analisadas profundamente; há acontecimentos breves, sem grandes complicações de enredo; e há apenas um clímax, no qual a tensão da história atinge seu auge. No conto, tempo e espaço são elementos secundários, podendo até não existir. Além disso, os próprios acontecimentos podem ser dispensáveis. Há, por exemplo, contos de Machado de Assis ou Tchekov nos quais, simplesmente, não tem nada que acontece. O essencial está no ar, na atmosfera, na forma de narrar, no estilo.
Após a explicação, os alunos fizeram uma leitura silenciosa do conto “Para Lennon & Maccartney” de Luiz Pimentel, em seguida fizemos observações sobre as características do mesmo, seguida de leitura em vós alta realizada por dois alunos, cada um representando um personagem do conto, posteriormente eles responderam as questões propostas e escreveram um conto, o que foi uma atividade muito produtiva, pois alguns contos foram muito criativos.
	O segundo conceito que trabalhamos foi a variação linguística. Esse tema gerou uma discussão positiva em sala, pois a grande maioria dos alunos reconheceram algumas variações presentes em seu dia-a-dia. Então trabalhamos com a poesia “Cuitelinho” que expõe uma variação linguística típica da região do Pantanal. Após o intervalo, os alunos fizeram as atividades propostas sobre a poesia, assim que todos terminara ouvimos a música que traz a poesia “Cuitelinho”. Na sequência, os levamos a sala de informática, a fim de pesquisarem na Internet poesias para serem declamadas no sarau. Mas a maioria dos alunos estava entrando em sites de jogos e vídeos, o que nos forçou a ficarmos monitorando rigorosamente o que eles acessavam, assim, todos escolheram poesias. Regressamos à sala de aula, e quando começamos a fazer o jogo da forca para que os alunos se acalmassem, a aula terminou.
 	Foi cansativo no primeiro dia, pois não esperávamos que as aulas fossem até o meio dia, mas nada saiu errado, e ficamos satisfeitos com nosso desempenho como professores, e os estudantes colaboraram muito conosco.
UM IVERSIDADE DO ESTADO DO MATO GROSSO
FACULDADE DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS E LINGUAGEM
CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE TANGARÁ DA SERRA
COORDENAÇÃO DO CURSO DE LETRAS
2.1 PLANO DE AULA 01
IDENTIFICAÇÃO
Professor: Gilson Costa da Silva, Zeiny Talita F. Favalessa
Orientador: Profa. Dra. Elizete Dall’ Comune Hunhoff.
Escola: Estadual Vereador Manoel Marinheiro
Turma: 9ª Ano A. Data: 19/09/2015
Tempo da duração: 4h
Tema: Leitura, interpretação e produção textual por meio dos gêneros textuais
Unidade Temática: Conto e produção textual
 CONTEÚDOS 
Leitura, interpretação, produção textual, poema;
Gramática contextualizada: Variação linguística 
Gênero Textual: conto; letra de música; notícia.
OBJETIVOS 
GERAL
Fomentar a leitura, a interpretação e produção escrita dos alunos, para que os mesmos ampliem seus conhecimentos por meio dos gêneros textuais, com a temática “arte e cultura no ensino da Língua Portuguesa”.
ESPECÍFICOS 
Atitudinais: Demonstrar aos alunos a importância de ler, interpretar e escrever com fluência para sua vida cidadã.
Conceituais: Apresentar conceitos e conteúdos sobre variação linguística, poesia e conto. Entender o Neologismo. Compreender o gênero Conto e suas características. 
Procedimentais: Propor a leitura e a interpretação de textos orais e escritos, curtos e longos com intuito de melhorar as relações interpessoais e o crescimento intelectual;
Solicitar aos alunos a produção escrita de um conto, com ênfase nos conceitos explicados e criticidade; 
Propor aos alunos visita a sala de informática objetivando a valorização da pesquisa.
METODOLOGIA/ESTRATÉGIAS
1° Momento: Iniciaremos a aula apresentando-nos aos alunos; mostraremos os objetivos da semana, vamos propor a realização de um sarau, e as regras durante as aulas. Faremos a chamada diária. Logo, distribuiremos cópias digitalizadas do conto “Para Lennon & Maccartney” de Luiz Pimentel. Faremos a leitura em voz alta e coletiva. Após, esclareceremos vocábulos desconhecidos com o uso de dicionários, proporemos uma interpretação oral sobre o conteúdo. Logo, vamos estimular a procurar no texto palavras que estão escritas fora da norma culta da Língua Portuguesa e faremos uma explicação sobre a variação linguística. Tempo: 60 min.
2° Momento Trabalharemos uma letra de música “Cuitelinho”, de Pena Branca & Xavantinho, que apresenta variação linguística popular. Após audição, leitura e interpretação oral, solicitaremos, em folhas preparadas, para efetuarem os exercícios de transcrever o texto de acordo com a norma culta de LP. Tempo: 30 min.
3° Momento: Explicaremos o gênero conto e suas características, proporemos a produção de um conto que, no dia seguinte, publicaremos no mural da escola. Tempo: 60 min.
4° Momento: Após recolher o conto,prepararemos os alunos para irem à sala de informática. Lá eles deverão pesquisar na Internet um poema a ser declamado no último dia de aula, Devem copiá-lo, imprimi-lo, citar a fonte referencial... Se a Internet não funcionar, lá mesmo os alunos utilizarão o programa “Word” para digitar um texto crítico sobre os dialetos e variação linguística. Tempo: 60 min. 
5° Momento. Apresentaremos fotos de pichações encontradas em Tangará da Serra, e faremos atividades escritas ou orais comparativas com grafites encontrados em outras cidades. Como tarefa para casa, pediremos aos alunos para pesquisarem “causos” e histórias ocorridas no passado em Tangará da Serra, para que na próxima aula eles compartilhem o que pesquisaram com a sala. Tempo 30 minutos
RECURSOS
Materiais a serem utilizado nesse dia: aparelho de som, dicionário, folhas digitalizadas, computador.
AVALIAÇÃO
 Serão avaliados a competência leitora, aspectos linguísticos e produção de texto.
REFERÊNCIAS
ABAURRE, Maria Luiza M.. _____ ,Maria Bernadete M., PONTARA, Marcela. Português: contexto, interpretação e sentido. 2° ed.- São Paulo: Moderna, 2013.
COSTA, Bento. Intérprete: Pena Branca & Xavantinho, in disco Velha morada, 1980.
GARCIA, Edson Gabriel. Pichação, in Cochichos e sussurros. São Paulo, Atual, p. 10-13, 1988.
PIMENTEL, Luís. Para Lennon & Maccartney, in Cabelos molhados /. – Brasília : Ministério da Educação, p. 49-52, 2006.
 ESCOLA ESTADUAL VEREADOR MANOEL MARINHEIRO
TANAGARÁ DA SERRA MT
NOME: ______________________________ DATA:____________________
 PARA LENNON E MCCARTNEY ( Luis Pimentel)
“A maneira de escrever não era assim que nem a do meu nome, não. Está aportuguesado, escrito conforme o nosso linguajar. O João, por exemplo, é John. O Leno se escreve, na verdade, de outro jeito. Dois enes, um agá e coisa e tal. Macarte quer dizer McCartney, de Paul McCartney.” 
“Sei.” 
“Sabe coisa nenhuma. Estou perdendo o meu tempo te explicando essas coisas. Tu não tem a menor ideia sobre os caras de que estou falando.” 
“E preciso ter? Nem sei para que tanta informação. Eu só perguntei como era o teu nome completo.” 
“É João Leno Macarte da Silva.” 
“É muito esquisito.” 
“É uma homenagem, mané. A dois caras muito importantes. Lennon e McCartney, astros principais dos Beatles. Os músicos mais badalados, os melhores cantores e compositores. Sacou? Saca os Beatles?” 
 “Não é do meu tempo. Mas já ouvi falar.” 
“Jesus Cristo também não é do teu tempo. Já ouviu falar, não é? Tem essa não, cara. Os Beatles. O conjunto de rock mais importante da história do universo.”
 “Mais que os rolinstones?” 
“Pô! Deixa no chinelo.” 
“Só lembro da música. Era um garoto, que como eu, amava os bitos e rolinstones.”
 “Isso aí. Meu nome vem daí. Meu pai juntou os nomes dos dois caras.”
 “E o da Silva?” 
“Da Silva é do meu pai mesmo.” 
“E por que os teus pais fizeram essa sacanagem contigo? Leva a mal não, mas o teu nome ficou muito esquisito.” 
“Eles eram loucos pelos Beatles, além de loucos mesmo, no geral. Meu pai tomava porre, botava o disco dos caras na vitrola e se deitava no chão, abraçado com a caixa de som, babando na barba e acompanhando o som dos caras. Sabia todas as letras, principalmente as do John Lennon.”
 “E a tua mãe?”
 “Minha mãe curtia o Paul.”
 “Quem?” 
 “Paul McCartney, o outro. Ela achava o cara lindão. E era mesmo. Outro dia vi o malandro na televisão. Tá velhaço, mas um velho bem apanhado. Minha mãe até fugiu com um sujeito que trabalhava no restaurante da esquina, só porque ele se parecia com o Paul.”
 “E o teu pai?”
 “Ficou com o John. Deitado no chão, abraçado à caixa de som, babando na barba.”
 “E ele?”
 “Ele quem?” 
“O John. Tá velhaço também?” 
“Morreu.”
 “De que?”
 “Meteram umas balas nos cornos dele.”
 “No morro? Era envolvido com tóxico?”
 “Claro que não, meu irmão. Foi um maluco que apagou ele. Um fã. O cara tá preso.”
 “E tu?”
 “Que tem eu?” 
“Tu tá preso aqui por quê?”
 “Me pegaram com uma arma e não tenho porte. Tomaram a arma e ainda me enfiaram aqui.” 
 “E pra que tu queria a arma? Ia assaltar?”
 “Deus me livre. Sou do bem. Eu ia matar um cara.” 
“Aqui mesmo?”
 “Não. Nos Estados Unidos.”
 “Quem?”
 “O outro. O que sobrou. O tal do Paul.”
ESCOLA ESTADUAL VEREADOR MANOEL MARINHEIRO 
TANGARÁ DA SERRA MT DATA / / 
Aluno(a):____________________________ Professores: Gilson, Talita
1.Retire do texto as palavras que você considera de uso coloquial?
__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
2. Cite seis (ou mais) expressões que você conhece de outras regiões do Brasil. 
__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
3. Com base na interpretação do texto, escreva um parágrafo falando sobre a influência de artistas e da mídia na sociedade. Dê sua opinião a respeito disso. Você já foi influenciado de alguma maneira por algum artista ou meio de comunicação? Explique como isso aconteceu ou acontece.
______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
NOME: DATA
CUITELINHO
(Bento Costa)
Cheguei na beira do porto
Onde as onda se espaia
As garça dá meia volta
E senta na beira da praia
E o Cuitelinho não gosta
Que o botão de rosa caia, ai, ai
Ai quando eu vim
Da minha terra
Despedi da parentáia
Eu entrei no Mato Grosso
Dei em terras Paraguaia
Lá tinha revolução
Enfrentei fortes batáia, ai, ai
A tua saudade corta
Como aço de naváia
O coração fica aflito
Bate uma, a outra faia
E os óio se enche d’água
Que até a vista se atrapáia, ai
....
PRODUÇÃO TEXTUAL
 Reescreva o texto, procure substituir as palavras que estão na forma não padrão, por termos na norma culta.
______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
ESCOLA ESTADUAL VEREADOR MANOEL MARINHEIRO
TANGARÁ DA SERRA MT 
NOME: ____________________________________ DATA:_________________
PICHAÇÃO
(Edson Gabriel Garcia)
Está um pouco escuro. Passa das dez horas da noite. A rua é bem iluminada, mas justamente nesse trecho em que está o muro escolhido falta um poste e a claridade no pedaço no pedaço depende apenas da lua. A noite é bonita; bonita e calorenta. Eu não sinto medo: medo de escuro, nunca! Mesmo que sentisse, seria um medo: medo de escuro, nunca! Mesmo que sentisse, seria um medo diferente daquele que tenho quando penso em falar com a Verônica sobre o que sinto por ela. Aí sim, um medão danado desce (ou sobe... sei lá) pela minha coluna, arrepiandoos cabelos e os pelos do corpo. Ufa ! Vontade brigando com o medo. Pois é... a lua clara fala baixinho comigo, me dá coragem. O muro está virgem. Ninguém nunca pichou por ali. Não nessa mão de tinta. Enquanto agito o tubo de spray, que me custou o olho da cara, quase uma semana sem lanche, repasso o plano: “pichação à noite, à tarde, indo pra escola, passamos juntos em frente ao muro... Certamente, Verônica vai ler a pichação e o nome do pichador: Pessoinha. Vai ser impossível não entender. O único Pessoinha num raio de duzentos quilômetros sou eu. Único em casa, da família Pessoa, apelido no diminuitivo; único na cidade. Imagino Verônica olhando para o muro e para mim, meio sem jeito, esperando uma explicação. E eu:
 	 ___ Esse Pessoinha sou eu.
E ela:
 ___ Você?!
Ou:
___ Quem???
E eu, confirmando:
___ Eu!
Bem... se não acontecer nada, se não acontecer assim, não sei. Se ela fingir que não leu, não sei como agir em seguida. O Pedrão mesmo fala que as meninas são danadas e sabem disfarçar muito bem o que estão sentindo, só pra ver a gente com cara de bobo. Mas a Verônica não é assim, tenho certeza. Ela é diferente .
 Agito mais uma vez do spray vermelho. Não sei quem ou o que está mais agitado: se a tinta vermelha do spray ou meu sangue. Nervoso, nervoso mesmo eu não estou. Não tenho medo do escuro, nem das pichações: já fiz tantas! Meo mesmo só das pessoas. Como aquele mal estar que sinto quando estou perto da mãe dela. Mulher estranha. Conversa com a filha só com monossílabos que mais parecem resmungos do que diálogo. Desde a primeira vez que fui à casa dela foi assim.
___ Não ligue pra minha mãe. Ela quase não fala, mas é boa gente.
 	E não fala mesmo.
___ Mãe, esse é o Pessoinha, amigo da escola.
 	 A mãe falou com os olhos, compridos, esticados, medindo meu comportamento.
___ Ele mora na quadra de baixo.
 	 A mãe despachou um monossílabo, algo parecido com “hummmm”.
___ Vou sair com ele. Volto logo. Tchau.
 	De novo a fala mansa dos olhos concordando com a filha, Puxa, nem sei com Verônica aguenta um silêncio desse tamanho! Depois ela me explicou:
___ Minha mãe fico viúva, de uma hora pra outra, sem esperar. Ficamos, eu e meus dois irmãos mais velhos, sozinhos com ela e mais ninguém. Ela teve que arregaçar as mangas e tocar a vida em frente. Meus irmãos já estão casados.
___ Agora eu entendo a cara feia.
___ O quê?
___ Nada não, Verônica.
Ela me olha de soslaio, cúmplice da brincadeira e na diz. Sabe das coisas, a menina. Mais do que as outras da turma. Por isso a pichação. Faz uns cinco minutos que eu cheguei ao muro. Nunca demorei tanto para pichar. Aliás, o sucesso d pichação depende da decisão e da rapidez com que faz a arte. Estou demorando um pouco além do necessário. Logo passa alguém e quebra meu segredo. Preciso decidir: ou agora ou não mais.
 	A tinta vermelha, nervosa dentro da lata, pode sair. Olho em volta e não vejo pessoa alguma. Só a lua teimosa espiando meu segredo. Aperto o pino do spray e a tinta sai gostoso, forte de cheiro, manchando o muro virgem. Rapidamente, mas calmo, porque decidido, vou escrevendo letra por letra, palavra por palavra, compondo no muro minha declaração.
“Verônica
Sou tão você
Que ás vezes tenho saudades de mim
Pessoinha”
Acho que não saiu erro de Português. Boa aluna como é, ela é capaz de prestar atenção mais nos erros e acertos gramaticais do que na declaração. Dou dois passos para trás, com intenção de apreciar meu trabalho. Um fio de tinta escorre da letra V e desce zombando da minha preocupação. Mesmo assim está bonito.
Tapo o tubo de spray e penso na mãe de Verônica. Se ela visse a pichação, acho que não ficaria calada desta vez e certamente diria qualquer coisa assim: “que mau gosto!’, ou “que coisa mais feia”.
 	 Ainda bem que agora, quase uma hora da tarde, estamos indo para a escola apenas eu, a Verônica e a minha irmã mais nova. Vai ser mais fácil, assim com menos gente, estar perto da Verônica para ver sua reação e conversar com ela.
 	Vamos andando, conversando banalidades: a prova marcada, o colega insuportável, o humor da professora de Matemática...O muro fica ali, depois da esquina, virando-se à direita, segundo terreno. É o maior de todos, imponente, grande, impossível não ler a pichação.
 Mais algumas dezenas de passos e dobramos a esquina fatal. Pronto: ali está o muro pichado à nossa espera. O que dirá Verônica?
 Verônica não disse nada.
 E nem poderia ser diferente. Verônica não leu coisa alguma no muro e por isso mesmo não fez qualquer comentário. Por uma dessas vulgares ironias da vida, o dono do terreno deve ter resolvido reformar a construção e começa pelo muro. Quando nós passamos diante do que deveria ser a minha declaração, um pintor dava os últimos retoques com uma tinta verde-escura, apagando o que seria, com certeza, a primeira grande emoção da minha vida.
1) No conto “Pichação”, a narrativa nos mostra que há uma relação entre Pessoinha e Verônica. Que tipo de relação existe entre eles? Quais afirmações confirmam isso no texto?
________________________________________________________________________________________________________________________________________________
2) No conto, o personagem Pessoinha gosta de Verônica, mas tem medo de se declarar. Você consegue descrever o que, em Verônica, atraiu o Pessoinha? Quais motivos, em seu ponto de vista? Por ele não ter coragem de se declarar?
__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
3) O personagem Pessoinha usa um método para se declarar à Verônica.
a) Que método ele utiliza? Comente-o.
______________________________________________________________________b)Você concorda com essa maneira de declarar o seu amor? Justifique sua resposta. 
2. O DIA DO FILME (Segundo Dia)
No dia 20 de outubro, segundo dia em sala de aula, explicamos aos alunos o que íamos trabalhar naquele dia, e todos ficaram muito empolgados, pois segundo eles, sempre que um professor leva algum filme para assistirem, eles não fazem atividades relacionadas ao que assistiram. Mas, diferentemente do que eles estavam acostumados, nossa proposta de trabalhar o gênero cinema não era somente uma atividade “recreativa”. Primeiramente fizemos a chamada diária, e a grande maioria dos alunos estavam presentes, o que nos deixou muito contentes, pois no dia anterior, ao falarmos que ficaríamos a semana inteira ministrando aulas de Língua Portuguesa, muitos disseram que não compareceriam, mas, para nossa satisfação somente alguns alunos faltaram.
	Antes de iniciarmos o filme “Romeu e Julieta”, explicamos a eles que este filme é uma adaptação de uma peça de teatro muito antiga e conhecida escrita por Willian Shakespeare, e que emociona o público até hoje. Também falamos sobre a importância e contribuição do teatro e cinema para a sociedade, como formadora de opinião, expositores de problemas sociais, e até mesmo como meio de descontração. Por esta razão, acreditamos que trabalhar com o gênero cinema em sala de aula é de fundamental importância, pois acreditamos, assim como Fernando Mascarello (2006 p.12): 
Tem todos, primeiro, um caráter eminentemente didático - ao qual se articula, na maioria dos casos, o viés ensaístico particular de cada autor. Em segundo lugar, por razões de espaço, a análise recai fundamentalmente sobre a história estética, a qual se procurou devidamente contextualizar em termos econômicos, tecnológicos, políticos e socioculturais, para não incorrer em uma ingênua "história dos filmes” (...) contempla - respeitando as peculiaridades de seu objeto uma série de elementos fundamentais da cinematografia sob estudo: (...) o contexto histórico-cinematográfico de produção e recepção, as características estilísticas, narrativas e temáticas "definidoras", os principais filmes e cineastas e o significado do movimento, gênero ou vertente para a história posteriordo cinema.
	
Consequentemente, essa elaboração cinematográfica pode trazer muitos conhecimentos sobre enredos, narrativas, historiográficas sobre vários temas e contextos, desde que sejam estimulados pelo professor. Nessa perspectiva, pedimos aos alunos ficarem atentos na exibição do filme e em alguns aspectos que ele trazia, como as características dos personagens, figurino, trilha sonora, variações linguísticas, para posteriormente produzirem um artigo de opinião sobre o mesmo.
	Inicialmente, faríamos a exibição do filme com projeção de Datashow em sala de aula, mas devido a problemas de áudio, pois as caixas de som que levamos não tinha amplitude de som. Fomos orientados a utilizarmos a sala de multimeios da Escola, já que a mesma estava desocupada, e isso foi bom.
 	Na sala de multimeios, o filme pode ser rodado sem problemas por algum tempo. Em determinado momento, os alunos que estavam sentados nas primeiras cadeiras ficaram agitados, alguns se levantaram e correram e até alguns gritos aconteceram. Ao verificar o motivo daquela agitação, descobrimos que o motivo daquilo era a presença de um grande e gordo sapo, que estava no cantinho da sala. Acalmamos os alunos dizendo que ele era inofensivo, e se ficássemos todos calmos, ele também ficaria, assim, todos voltaram aos seus respectivos lugares para continuarmos com a exibição do filme. Quando tudo estava se encaminhando como esperávamos, a coordenadora da Escola nos chamou, e nos comunicou que a sala de multimeios seria utilizada para uma reunião que já estava marcada a algum tempo, e justamente com as salas dos nonos anos “A” e “B”, ou seja; mais um imprevisto (que nesse caso já estava marcado, mas não nos foi comunicado”) que dificultaria o andamento dentro do previsto na execução do nosso Plano de Aula.
	A reunião durou cerca de 40 minutos, por este motivo só voltamos a exibir o filme após o intervalo. Após o término do filme, muitos alunos ficaram emocionados com o seu final, o que nos deixou felizes e satisfeitos, pois eles se envolveram na trama, torciam pelos protagonistas, faziam comentários durante a exibição, e isso não foi caso isolado, todos os alunos se empolgaram com o filme. Quando retornamos para a sala de aula, fizemos uma discussão sobre os aspectos que tínhamos destacados antes do início da exibição cinematográfica, todos os alunos participaram voluntariamente da discussão, por isso imaginamos que a produção escrita a respeito do filme seria bem recebida e produzida por todos, mas infelizmente, poucos escreveram o que tínhamos pedido, e não terminaram em sala de aula, pois a aula estava nos minutos finais, então os orientamos para terminarem o texto em casa para nos entregarem no dia seguinte. 
	
UNIVERSIDADE DO ESTADO DO MATO GROSSO
FACULDADE DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS E LINGUAGEM
CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE TANGARÁ DA SERRA
COORDENAÇÃO DO CURSO DE LETRAS
PLANO DE AULA NO. 02
IDENTIFICAÇÃO
Professor: Gilson Costa da Silva, Zeiny Talita F. Favalessa
Orientador: Profa. Dra. Elizete Dall’ Comune Hunhoff.
Escola: Estadual Vereador Manoel Marinheiro
Turma: 9ª Ano A. Data: 20/09/2015
Tempo da duração: 4h
Tema: Leitura, interpretação e produção textual por meio dos gêneros textuais
Unidade Temática: teatro, cinema, música.
 CONTEÚDOS 
Gêneros textuais: teatro, cinema, artigo de opinião e música
Gramática contextualizada: vocativos, interjeições. 
	
OBJETIVOS 
 GERAL
Fomentar a leitura, a interpretação e produção escrita dos alunos, para que os mesmos ampliem seus conhecimentos por meio dos gêneros textuais, com a temática “arte e cultura no ensino da Língua Portuguesa”.
 ESPECÍFICOS 
Atitudinais: Asseverar aos alunos a importância de aprender o gênero teatro, como meio de transmitir emoção através da verossimilhança.
Demonstrar a importância de leituras e interpretações para a construção de cidadania;
Propor aos alunos a produção de textos orais e escritos como ser sujeito autor, com ênfase na norma culta da língua;
Conceituais: Apresentar conceitos de vocativos e interjeições, com exemplos e atividades;
Promover entendimentos conceituais e práticos sobre o gênero artigo e suas características. 
METODOLOGIA/ESTRATÉGIAS
1° Momento: Faremos a chamada diária, devolveremos as atividades do dia anterior. Depois, explicaremos o gênero teatro, vocativos e interjeições, em seguida exporemos aos alunos quais aspectos textuais eles devem prestar atenção a respeito do filme que será exibido: cenário, figurino, música, linguagem e a gramática estudada anteriormente. Assistiremos ao filme “Romeu e Julieta”, baseado na peça de Willian Shakespeare. Tempo:150 min.
2° Momento: Explicaremos as características do gênero artigo de opinião, e em seguida proporemos a elaboração de um artigo de opinião sobre o filme assistido. Tempo: 60 min.
3° Momento: Propor breve elaboração da programação de rádio para apresentação de quarta-feira; música erudita, textos curtos, homenagens, divulgação, agradecimento, tudo previamente elaborado pelos professores. Efetuaremos a correção dos contos produzidos na aula anterior, oralmente, com a leitura de textos lidos por alunos voluntários e recolheremos para avaliação. Tempo: 25 min.
4° Momento: Apresentaremos a música “Vida de viajante”, de Luiz Gonzaga, em seguida analisaremos a letra quanto a palavras desconhecidas e interpretação, entregaremos exercícios em folhas digitalizada, para os alunos responderem as questões sobre o texto . Como tarefa para casa, os alunos deverão pesquisar peças teatrais, filmes e obras musicais produzidas em Tangará da Serra, ou relatarem alguma atividade cultural que eles participaram na cidade. Eles poderão pesquisar em jornais, na Internet, e trazerem para relatar oralmente o que encontraram ... Tempo 25 min. 
RECURSOS
Materiais a serem utilizados nesse dia: aparelho de som, dicionário, folhas digitalizadas, computador, data show, caixa de som.
AVALIAÇÃO
 Avaliaremos o conhecimento dos alunos sobre a gramática aplicado no dia, realização das atividades propostas e a produção textual.
REFERÊNCIAS
ABAURRE, Maria Luiza M.. _____ ,Maria Bernadete M., PONTARA, Marcela. Português: contexto, interpretação e sentido. 2° ed.- São Paulo: Moderna, 2013.
CORDOVIL Hervé, GONZAGA Luiz- Vida de viajante. Intérprete: Luiz Gonzaga e Gonzaguinha. In Discanço em casa moro no mundo, 1981, faixa 24.
ROMEU e Julieta. Direção: Baz Luhrmann. EUA. FOX VIDEO, 1997. 120 min. DVD, dublado português.
RUSSO, Renato. Interprete: Legião Urbana. In A tempestade, 1996. EMI, faixa 09.
ECOLA ESTADUAL MANOEL MARINHEIRO
TANGARÁ DA SERRA- MT DATA / / 
Aluno(a): Professores: Gilson, Talita
O artigo de opinião é um gênero textual pertencente ao âmbito jornalístico e tem por finalidade a exposição do ponto de vista acerca de um determinado assunto. Tal qual a dissertação, ele também se compõe de um título, um parágrafo introdutório o qual se caracteriza como sendo a introdução, ao explanar de forma geral sobre o assunto do qual discutirá. Posteriormente, segue o desenvolvimento arraigado na desenvoltura dos argumentos apresentados, sempre tendo em mente que esses deverão ser pautados em bases sólidas, com vistas a conferir maior credibilidade por parte do leitor. E por fim, segue a conclusão do artigo, na qual ocorrerá o fechamento das ideias anteriormente discutidas.
Produção textual
Após assistirmos ao filme “Romeu & Julieta” , elabore um artigo de opinião sobre o filme, em que sua opinião seja demonstrada claramente. Insira no seu texto informações como: que estilo musical são tocadas no filme, qual o figurino dos personagens, os aspectos culturais e sociais que os envolvem.
ESCOLA ESTADUAL VEREADOR MANOEL MARINHEIRO
TANGARÁ DA SERRA- MT DATA / / 
Aluno(a):_________________________________________Professores: Gilson, Talita
	
 A vida deviajante-( Luiz Gonzaga e Gonzaguinha.)
Minha vida é andar por este país
Pra ver se um dia descanso feliz
Guardando as recordações
Das terras onde passei
Andando pelos sertões
E dos amigos que lá deixei
Chuva e sol
Poeira e carvão
Longe de casa
Sigo o roteiro
Mais uma estação
E a alegria no coração
Minha vida é andar por esse país
Pra ver se um dia descanso feliz
Guardando as recordações
Das terras onde passei
Andando pelos sertões
E dos amigos que lá deixei
Mar e terra
Inverno e verão
Mostre o sorriso
Mostre a alegria
Mas eu mesmo não
E a saudade no coração
(...)
Conhecendo o texto
1) Quantas estrofes possui a poesia?
____________________________________________________________________________________________________________________________________________
2) Quantos versos possui cada estrofe?
____________________________________________________________________________________________________________________________________________
3) Destaque as rimas de cada estrofe.
1ªestrofe:  ______________________________________________________________
2ª estrofe:  _____________________________________________________________
3ª estrofe:  _____________________________________________________________
4)  O  poema retrata a saudade do poeta. Copie, da primeira estrofe, os versos em que isso pode ser comprovado.
____________________________________________________________________________________________________________________________________________
5) Essa vida que o poeta leva é um costume ou ele está viajando a passeio?
______________________________________________________________________
6) Assinale o verso que melhor comprova a sua resposta anterior.
(    )  Minha vida é andar / Por esse país.
(    )  Sigo o roteiro /  Mais uma estação.
(    ) Chuva e sol/ Poeira e carvão.
(    ) Guardando as recordações / Das terras onde passei.
ECOLA ESTADUAL MANOEL MARINHEIRO
TANGARÁ DA SERRA- MT DATA / / 
Aluno(a): _____________________________________ Professores: Gilson, Talita
 DEZESSEIS
 (Renato Russo)
 	
João Roberto era o maioral
O nosso Johnny era um cara legal
Ele tinha um Opala metálico azul
Era o rei dos pegas na Asa Sul
E em todo lugar
Quando ele pegava no violão
Conquistava as meninas
E quem mais quisesse ver
Sabia tudo da Janis
Do Led Zeppelin, dos Beatles e dos Rolling Stones
Mas de uns tempos prá cá
Meio sem querer
Alguma coisa aconteceu
Johnny andava meio quieto demais
Só que quase ninguém percebeu
Johnny estava com um sorriso estranho
Quando marcou um super pega no fim de semana
Não vai ser no Caseb
Nem no Lago Norte, nem na Unb
As máquinas prontas
Um ronco de motor
A cidade inteira se movimentou
E Johnny disse:
"- Eu vou prá curva do Diabo em Sobradinho e vocês ?"
E os motores sairam ligados a mil
Pra estrada da morte o maior pega que existiu
Só deu para ouvir foi aquela explosão
E os pedaços do Opala azul de Johnny pelo chão
No dia seguinte, falou o diretor:
"- O aluno João Roberto não está mais entre nós
Ele só tinha dezesseis,
Que isso sirva de aviso pra vocês"
E na saída da aula, foi estranho e bonito
Todo o mundo cantando baixinho:
Strawberry Fields Forever
Strawberry Fields Forever
E até hoje, quem se lembra
Diz que não foi o caminhão
Nem a curva fatal
E nem a explosão
Johnny era fera demais
Pra vacilar assim
E o que dizem é que foi tudo
Por causa de um coração partido
Um coração
Bye, bye Johnny
Johnny, bye, bye
Bye, bye Johnny
1)Quais informações sobre Johnny podemos retirar do texto? (do que ele gostava, o que as outras pessoas achavam dele, onde ele morava, o que aconteceu com ele, etc?
__________________________________________________________________________
2) Na letra da música “Dezesseis”, é possível observar certas atitudes comportamentais que desrespeitam Leis. Quais são e qual sua opinião a respeito desse tipo de comportamento?
________________________________________________________________________________________________________________________________________
O poema “Dezesseis” narra as aventuras de um jovem que gostava de “rachas” e acaba se prejudicando por isso. Você conhece/conheceu alguém que pratica essa atividade ilegal? O quê você pensa sobre essa prática? Comente com argumentações coerentes.
3- VAMOS ESCREVER UMA CARTA? (Terceiro dia)
No dia 21 de outubro iniciamos o terceiro dia como de praxe. Na sala de aula, fizemos a chamada diária, e depois pedimos aos alunos que entregassem o artigo de opinião sobre o filme que tínhamos assistido no dia anterior, mas poucos o fizeram.
Dando continuidade, começamos a explicar para os alunos as diferentes maneiras de se comunicar, como mensagens por celular, emails, bate-papos em redes sociais, que são ferramentas muito utilizadas por eles. Fizemos essa abordagem inicial com o objetivo de trabalharmos com o gênero cartas, e quando falamos sobre isso, e perguntamos que já escreveu e enviou alguma carta, ninguém entre eles se manifestou, o que não foi uma surpresa para nós, haja visto que eles são adolescentes que já nasceram em uma época onde a tecnologia e os meios digitais fazem parte da vida da grande maioria das pessoas, então escrever uma carta no papel é algo pouco utilizado nos dias de hoje, pois a correspondência via aparelhos tecnológicos é facilitada. Nesse contexto, destacamos o que escreveu Ana Tereza Pinto de Oliveira ( 1994 p.453):
O termo correspondência indica todas as formas de comunicação escrita que ligam indivíduos, firmas, entidades, etc. com a finalidade de manterem uma troca de informações. Para bem redigir uma carta, devemos observar os mesmos preceitos de qualquer enunciado em prosa: clareza, simplicidade, concisão, correção gramatical, uniformidade das expressões de tratamento, simetria gráfica, ajuste do nível de linguagem ao destinatário.
	Depois da explicação, trabalhamos com os exercícios baseado na temática proposta para este terceiro dia, com exemplos de carta aberta, íntima, oficial e comercial. E como produção textual, pedimos aos alunos que elaborassem uma carta aberta para uma figura pública. No início eles ficaram sem saber para quem escrever, então citamos alguns nomes como referência, alguns esportistas, artistas e políticos, o que causou um certo alvoroço, pois eles começaram a reclamar de alguns dos nomes que citamos, e uma pequena discussão sobre o momento atual da política em nosso país começou a aflorar entre os estudantes. Particularmente, gostamos bastante dessa situação em sala de aula, pois a política deve sim ser discutida em sala de aula, pois este é o espaço onde os alunos estão aprendendo a ter responsabilidades como cidadãos, e a política está muito presente na vida de todos nós, e orientar os jovens a terem consciência disso é algo positivo para formamos indivíduos críticos e conscientes de seus direitos e deveres.
 	Mas para não perdermos o foca da aula, os orientamos a exporem suas opiniões escrevendo a carta aberta, e a grande maioria escreveu para algum político, e com palavras nem tão amistosas, o que nos fez pedi-los para não usarem palavras de baixo calão no texto, e evitarem ofensas pessoais, pois a proposta foi para redigirmos uma carta aberta, e qualquer pessoa teria acesso ao que foi escrito, então o bom senso e respeito deveria prevalecer. Depois disso, o nível das redações melhorou consideravelmente.
 	Em virtude da produção escrita e da agitação dos alunos, achamos por bem não trabalharmos com a poesia “A carta”, pois um texto “suave” não se encaixava no contexto em que a aula se tornou. Também neste dia ficamos responsáveis pela programação do rádio da Escola, escolhemos juntamente com os alunos músicas de pop rock nacional, e três alunas recitaram poesias nos intervalos das músicas.
	Essa discussão que aconteceu na sala de aula favoreceu para trabalharmos com a letra “Grândola Vila Morena”, que foisímbolo da revolução dos cravos em Portugal. Abordamos o assunto sobre revoluções, músicas de protesto. E como dever de casa, eles iriam pesquisar músicas de protesto do Brasil.
	Neste dia também, antes do término da aula, fizemos uma brincadeira lúdica com os alunos. Dividimos a classe em cinco grupos, e ouvimos a música “Estudo errado” do cantor Gabriel o Pensador, e em seguida escrevemos vinte palavras no quadro, dessas a metade estava inserida na letra da música, e a outra metade, não. Em forma de um leilão, as palavras eram “compradas” pelos grupos, ao final o grupo que obtivesse mais palavras que fazia parte da música, era o vencedor. Essa ação teve por objetivo envolvê-los num processo de interação e respeito ao momento de fala do colega, todos deveriam ouvi-lo, respeitando o momento de manifestação de cada aluno. Esse momento também foi bem animado, pois os alunos se exaltaram muito na disputa do leilão.
NIVERSIDADE DO ESTADO DO MATO GROSSO
FACULDADE DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS E LINGUAGEM
CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE TANGARÁ DA SERRA
COORDENAÇÃO DO CURSO DE LETRAS
 
 PLANO DE AULA 03 
IDENTIFICAÇÃO
Professor: Gilson Costa da Silva, Zeiny Talita F. Favalessa
Orientador: Profa. Dra. Elizete Dall’ Comune Hunhoff.
Escola: Estadual Vereador Manoel Marinheiro
Turma: 9ª Ano A. Data: 21/10/2015
Tempo da duração: 4h
Tema: Leitura, interpretação e produção textual por meio dos gêneros textuais
Unidade Temática: Cartas
 CONTEÚDOS 
Leitura, interpretação, produção textual, pesquisa na sala de informática;
Gramática contextualizada: Variação linguística 
Gênero Textual: Carta, relato oral e escrito, letra de música.
OBJETIVOS 
GERAL
	Fomentar a leitura, a interpretação e produção escrita dos alunos, para que os mesmos ampliem seus conhecimentos por meio dos gêneros textuais, com a temática “arte e cultura no ensino da Língua Portuguesa”.
ESPECÍFICOS 
Atitudinais: Propor a leitura de textos críticos, que levem os alunos a fazerem interpretações coerentes e coesas, com argumentações; Facultar aos alunos a importância de saberem como produzir cartas com sequência lógica, interpretar e escrever com fluência para sua vida profissional e pessoal.
Conceituais: Demonstrar aos alunos como escrever uma carta formal e informal, relato oral e escrito, assim como identificar a finalidade de cada um desses gêneros, conduzi-los a produção escrita, para que os mesmos ampliem seus conhecimentos por meio dos gêneros textuais, com a temática “arte e cultura no ensino da Língua Portuguesa”.
Procedimentais: Propor a leitura e a interpretação de textos orais e escritos, curtos e longos com intuito de melhorar as relações e o crescimento intelectual;
Solicitar aos alunos a produção escrita de uma carta formal e uma informal. 
Proporcionar aos alunos leitura de diferentes tipos de cartas para que, em grupo definam em qual tipologia as mesmas se encaixam. 
METODOLOGIA/ESTRATÉGIAS
1° Momento: Iniciaremos a aula fazendo a chamada diária. Recolhimento das tarefas de casa e devolução de atividades corrigidas. Logo mais explicaremos o que é carta, email e relato pessoal, com exemplos expostos em datashow de carta pessoal, carta informal, carta aberta, estruturas de email formal, . Tempo: 60 min.
2° Momento: Direcionaremos atividades relacionadas com a produção de cartas, uma pessoal, uma informal e uma carta aberta a uma pessoa pública. Também incentivaremos os alunos a fazerem relatos pessoais, orais e escritos, voluntariamente, com ênfase na linguagem culta da língua e objetivando a elocução frasal, com eloquência comunicativa. Tempo: 90 min.
3° Momento: Trabalharemos uma letra de música, poema, “A carta”, dos cantores Erasmo Carlos e Renato Russo, que apresenta uma carta destinada a uma pessoa amada.Vocabulário, interpretações, estrofe, rima, verso.... Tempo: 30 min. 	
4° Momento: Abordaremos a História da Revolução dos cravos, ocorrida em Portugal, e em seguida analisaremos a letra da canção “Grândola vila morena. Como tarefa, pediremos aos alunos para pesquisarem letras de músicas de protestos no Brasil, para comentarem sobre as mesmas na próxima aula. Tempo: 30 min. 
RECURSOS
Materiais a serem utilizados nesse dia: aparelho de som, dicionário, folhas digitalizadas, computador.
AVALIAÇÃO
 A avaliação será medida na perspectiva da participação, produção escrita e esclarecimento dos conteúdos trabalhados, que será mensurado mediante a correção das produções escritas propostas.
Plano B análise e discussão sobre músicas de protesto.
REFERÊNCIAS
ABAURRE, Maria Luiza M.. _____ ,Maria Bernadete M., PONTARA, Marcela. Português: contexto, interpretação e sentido. 2° ed.- São Paulo: Moderna, 2013.
http://g1.globo.com/platb/instanteposterior/2012/01/04/carta-aberta-a-michel-telo/ acessado em 13/10/2015 as 14:00 hs.
http://www.infoescola.com/historia/revolucao-dos-cravos/ acessado em 14/10/2015 as 13:00 hs.
SAMPAIO, Raul. SANTOS, Benil- A carta. Interprete: Erasmo Carlos e Renato Russo. CD “Renato Russo presente” (póstumo) 2003.
 
ESCOLA ESTADUAL VEREADOR MANOEL MARINHEIRO
TANGARÁ DA SERRA- MT Data: / / 
Aluno(a): ________________________________________Professores: Gilson, Talita
A CARTA 
(Erasmo Carlos & Renato Russo)
Escrevo-te estas mal traçadas linhas, meu amor
Porque veio a saudade visitar meu coração
Espero que desculpes os meus erros por favor
Nas frases desta carta 
que é uma prova de afeição
Talvez tu não a leias mas quem sabe até darás
Resposta imediata me chamando de meu bem
Porém o que me importa
é confessar-te uma vez mais
Não sei amar na vida mais ninguém
Tanto tempo faz,
que li no teu olhar
A vida cor-de-rosa que eu sonhava
E guardo a impressão
de que já vi passar
Um ano sem te ver,
um ano sem te amar
Ao me apaixonar,
por ti não reparei
Que tu tivestes só entusiasmo
E para terminar, amor assinarei
Do sempre, sempre teu...
Após a leitura do poema, responda se ela é formal ou informal? E quais marcas do texto reforça sua resposta ?
 
________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
Nos dias atuais, com a grande utilização de aparelhos tecnológicos, os telefones celulares, redes sociais, entre outros, você acredita que cartas ainda são utilizadas? Em que se fundamenta sua resposta?
________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________Depois de ler atentamente “a carta”, responda qual a intenção do autor ao escrevê-la ? Argumente sua resposta com citações do texto.
ESCOLA ESTADUAL VEREADOR MANOEL MARINHEIRO
TANGARÁ DA SERRA- MT DATA / / 
Aluno(a): _____________________________________Professores: Gilson, Talita
Carta aberta
Prezado Michel,
	Antes de mais nada, feliz 2012! Espero que sua noite de réveillon tenha sido memorável; a minha com certeza foi, visto que, na festa em que estive, a chegada do novo ano foi relegada a segundo plano devido a batalha campal que se deu entre o grupo que queria ouvir “Ai se eu te pego” em looping até o amanhecer e o outro, que não desejava escutar a música sequer uma vez. Ao invés de comer uvas ou pular 7 ondinhas, os presentes preferiram se dedicar a calorosas discussões sobre temas como direito de expressão, identidade cultural brasileira e tolerância, com direito a argumentos do quilate de “é proibido proibir” e “não quer ouvir, tape os ouvidos”.
	Como se não bastasse, minha mulher – que por razões injustificáveis ainda não conhecia o hit do verão – deixou o local entoando os versos criados por Axé Moi (também conhecida pela Dança do Quadrado), só que errado (ai, delícia, se te pego/ai, delícia, se te pego), o que apenascontribuiu para que a referida música se apoderasse do meu cérebro tal qual o exército americano fez com o território afegão em sua cruzada anti-terrorismo. Apesar da gravidade dos fatos descritos, saiba que não guardo rancor de você. Afinal, eu mais do que ninguém sei o que é estar a frente de uma canção que fugiu do controle. Na época em que Anna Júlia foi lançada, ao menos, não havia Youtube, o que certamente poupou nossos detratores da infindável proliferação de clipes da música, protagonizados por bêbados gregos dançando em Ibiza ou por italianos solitários cantando o refrão pegajoso em frente a webcam.
	Ao assistir ao vídeo que registra soldados israelenses pulando feito bobos da corte ao som de “Ai se eu te pego” no meio do deserto, tive a impressão de que o sentimento que a cena deve despertar em você seja algo semelhante a quando conheço uma menina de 12 ou 13 anos que se chama Anna Júlia. É estranho, e ao mesmo tempo fascinante, quando uma música nossa passa a fazer parte assim da vida das pessoas, né? Agora imagine o que não está por vir no trilho dessa versão que você acabou de gravar em inglês? A internacionalização do nosso hit, não sei se você lembra, além de regravações em espanhol, italiano e inglês, rendeu nada menos do que uma participação de George Harrison, fato que até hoje nos enche de orgulho.
	Bom, independente do que acontecer daqui pra frente – e não sei se isso serve bem de consolo – acredite que provavelmente daqui a dez anos você ainda será amado ou odiado por causa de “Ai se eu te pego”, portanto faço votos sinceros de que consiga construir um legado musical consistente o bastante para evitar que todo seu trabalho seja tomado por uma só música.
	Antes de correr o risco de me estender demais, gostaria de desejar que sua turnê internacional, que se inicia agora em janeiro, seja a primeira de muitas. Aliás, não seria mau se você resolvesse passar logo todo o ano de 2012 viajando pelo mundo. Nada pessoal, é só uma precaução com o meu cérebro. Para terminar, um único pedido: da próxima vez que gravar uma música, em prol da sanidade mental de milhões de pessoas, por favor, considere não criar dancinhas.
um abraço,
Bruno Medina
ATIVIDADES:
Após a leitura, responda as seguintes questões:
1)Na carta aberta escrita pelo tecladista Bruno Medina á Michel Theló, ele compara a música ao exército americano. Qual relação o autor da carta busca estabelecer ao fazer tal comparação ?
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2)A opinião do autor está sutilmente exposta na carta. Qual a opinião de Bruno Medina sobre a música “Ai se eu te pego”? Você concorda com o que ele diz? Por quê?
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3)Na carta, o autor cita qual festividade comemorativa? Ele também cita alguns costumes alusivos á mesma. Quais são? Cite outras tradições práticas nessa festividade.
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ESCOLA ESTADUAL VEREADOR MANOEL MARINHEIRO
TANGARÁ DA SERRA- MT DATA / / 
Aluno(a): _____________________________________Professores: Gilson, Talita
Depois da apresentação sobre modelos de cartas , elabore uma carta aberta, destinada a uma figura pública brasileira. Pode ser cantor(a), ator(a), político(a). Fique atento á apresentação, descrição, modos de tratamento, fechamento , saudações e despedidas.
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ESCOLA ESTADUAL VEREADOR MANOEL MARINHEIRO
TANGARÁ DA SERRA- MT DATA / / 
Aluno(a): _____________________________________Professores: Gilson, Talita
GRÂNDOLA, VILA MORENA (Zeca Afonso)
 Grândola, vila morena
Terra da fraternidade
O povo é quem mais ordena
Dentro de ti, ó cidade
Dentro de ti, ó cidade
O povo é quem mais ordena
Terra da fraternidade
Grândola, vila morena
Em cada esquina, um amigo
Em cada rosto, igualdade
Grândola, vila morena
Terra da fraternidade
Terra da fraternidade
Grândola, vila morena
Em cada rosto, igualdade
O povo é quem mais ordena
À sombra duma azinheira
Que já não sabia a idade
Jurei ter por companheira
Grândola, a tua vontade
Grândola a tua vontade
Jurei ter por companheira
À sombra duma azinheira
Que já não sabia a idade
"Grândola, Vila Morena"' é uma canção composta e cantada por Zeca Afonso que foi escolhida pelo Movimento das Forças Armadas (MFA) para ser a segunda senha de sinalização da Revolução dos Cravos. José Afonso escreveu a primeira versão do poema “Grândola Vila Morena” após ter sido convidado a participar nos festejos do 52º Aniversário da coletividade Sociedade Musical Fraternidade Operária Grandolense (SMFOG) em 17 de maio de 1964 e ter ficado impressionado com o ambiente fraterno e solidário desta Sociedade alentejana. À meia noite e vinte minutos do dia 25 de Abril de 1974, a canção foi transmitida pelo programa independente Limite através da Rádio Renascençacomo sinal para confirmar o início da revolução. Também por esse motivo, transformou-se em símbolo da revolução, assim como do início da democracia em Portugal.
1)Quantas estrofes possui a letra da música “Grândola”, Vila Morena? 
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	2)E quantos versos compõe cada estrofe?
	3) O movimento de Revolução em Portugal foi pacífico, onde o exército se uniu à população para derrubar um governo totalitário. Qual o nome que essa revolução recebeu ?
	
4) No Brasil, durante o regime militar(1964 a 1985), muitos artistas foram perseguidos por fazerem obras contra a ditadura, como peças teatrais, filmes, livros, músicas, etc. Você conhece alguma obra de protesto? Se sim, quais ? E o que você considera arte (filmes, teatro, músicas, pinturas, entre outras) de protesto nos dias atuais e o porque?
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4. DIA DE HISTÓRIA EM QUADRINHOS E DESENHOS (Quarto dia)
No dia 22 de outubro, penúltimo dia de nossa regência do Estágio, elaboramos uma ala muito ilustrativa, com exposição de vídeos e imagens sobre o mundo das histórias em quadrinhos e também animações que foram produzidos a partir das revistas de super-heróis. Os alunos gostaram muito dessas exposições ilustrativas e participaram ativamente da aula, com muitos depoimentos sobre seus desenhos e heróis favoritos.
 	Nas histórias em quadrinho, tirinhas e charges trazem algumas características que configuram seu dialogismo com o público, tais como interjeições e onomatopeias, que As interjeições são palavras invariáveis proferidas de forma espontânea, que de acordo com Luiz Aguilar (2014) “exprimem estados emocionais, sensações e sentimentos. São recursos expressivos do interlocutor, na medida em que, dispensam estruturas linguísticas mais elaboradas”. Trabalhamos concomitantemente textos que possuem interjeições e também onomatopeias, que segundo Naumim Aizen (1970 p. 269): 
 (...)figura de linguagem que se manifesta através do uso de palavras que tentam imitar sons do nosso cotidiano, como os barulhos característicos dos animais, o barulho produzido por fenômenos da natureza, os diversos sons dos instrumentos musicais e tantos outros. Uma onomatopeia é uma palavra que usamos para representar esses sons, já que não somos capazes de reproduzi-los fielmente na nossa fala nem na escrita.
Essas figuras de linguagem que dedicamos uma exposição mais aprofundada para os aluno, destacando-as nas histórias em quadrinhos, pois de acordo com Antonio Luis Cagnin (1975 p. 135): 
(...)a onomatopéia é outro elemento que se liga diretamente à cena representada, sendo dos que brotaram de modo autêntico e original nos quadrinhos, daí se desenvolvendo e se tornando também um dos seus símbolos distintivos. É a explosão sonora dos comics.
	Como produção textual, propusemos para os alunos a produção de histórias em quadrinhos, utilizando as figuras de linguagem que tínhamos exposto na aula. Esse momento foi muito empolgante para nós, pois percebemos que os alunos realmente se interessaram e produzir boas histórias onde a criatividade de alguns nos surpreenderam, o que nos deixou muito felizes e satisfeito com o resultado, por este motivo expusemos as histórias em quadrinhos produzidas pelos alunos no mural da Escola, o que os deixou orgulhosos e estimulados por verem suas produções sendo exposta para que toda a comunidade escolar pudesse ter a oportunidade da verem suas obras.
	Para este dia também tínhamos programado uma visita à Biblioteca para que os alunos pudessem escolher outras poesias e contos para declamarem ou lerem no dia seguinte em nosso sarau de poesia, mas observamos que o espaço da Biblioteca não seria suficiente para acomodar todos os alunos, então decidimos pegarmos alguns livros e levá-los na sala de aula, para deixarmos à disposição dos alunos que se interessassem por algum. A grande maioria dos livros que levamos era de poesias, tanto clássicas de nossa literatura, quanto as mais recentes. Os alunos que iam terminando as atividades, pegavam um livro a seu critério para poder escolher algum conteúdo que ele se interessasse em declamar ou ler no dia seguinte. A grande maioria dos alunos que fizeram a leitura do livro eram as meninas, mas alguns meninos nos surpreenderam, e até pedíamos nossa opinião sobre determinada poesia, nos questionando se seria viável que eles as lessem no sarau, e nós os deixamos escolhe-la livremente.
	 Neste dia, também começamos a leitura do conto “Revelação”, mas com o término da aula, o deixamos para ser trabalhado na próxima aula.
UNIVERSIDADE DO ESTADO DO MATO GROSSO
FACULDADE DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS E LINGUAGEM
CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE TANGARÁ DA SERRA
COORDENAÇÃO DO CURSO DE LETRAS
PLANO DE AULA N° 4
IDENTIFICAÇÃO
Professor: Gilson Costa da Silva, Zeiny Talita F. Favalessa
Orientador: Profa. Dra. Elizete Dall’ Comune Hunhoff.
Escola: Estadual Vereador Manoel Marinheiro
Turma: 9ª Ano A. Data: 20/09/2015
Tempo da duração: 4h
Tema: “Leitura, interpretação e produção textual por meio dos gêneros textuais”
Unidade Temática: Histórias em quadrinhos
 
 CONTEÚDOS 
Gêneros textuais: tiras, histórias em quadrinhos.
Gramática contextualizada: texto narrativo, onomatopeia, interjeição.
OBJETIVOS 
 
3.1 GERAL
Fomentar a leitura, a interpretação e produção escrita dos alunos, para que os mesmos ampliem seus conhecimentos por meio dos gêneros textuais, com a temática “arte e cultura no ensino da Língua Portuguesa”.
3.2 ESPECÍFICOS
Atitudinais: Propor aos alunos a leitura e a interpretação de textos críticos que os levem a reconhecer a importância do gênero história em quadrinhos para a nossa sociedade. Conceituais: Apresentar conceitos de onomatopeia, interjeição e o gênero histórias em quadrinhos, com exemplos e atividades orais e escritas. Procedimentais: Incentivar os alunos a produzirem um texto narrativo a partir de uma história em quadrinhos; demonstrar aos alunos a importância de realizar e compartilhar a leitura de histórias em quadrinhos com os colegas, visando ampliar o processo de comunicação e interação.
METODOLOGIA/ESTRATÉGIAS
1° Momento: Faremos a chamada diária, tarefas, devolução das atividades do dia anterior e introduziremos conceitos, histórico e características das histórias em quadrinhos, com texto digitalizado, com exemplos e leituras. Logo após, proporemos uma análise de alguns quadrinhos para que os alunos compreendam; também assistiremos a um vídeo sobre a história dos quadrinhos.Tempo:1h30 min.
2° Momento: Proporemos a elaboração de uma narrativa dupla em que distribuiremos folhas preparadas para a atividade. Tempo: 60min.
3° Momento: Iniciaremos a explicação sobre interjeição e onomatopeia e entregaremos folhas digitalizada com os conceitos e atividades. Tempo: 60 min.
4° Momento: faremos a correção oral das atividades. Como tarefa para casa, proporemos aos alunos se prepararem para as apresentações artísticas e culturais,a serem realizadas na próxima aula. Tempo: 30 minutos.
RECURSOS
Materiaisa serem utilizados nesse dia: aparelho de som, dicionário, folhas digitalizadas, computador, data show, caixa de som.
AVALIAÇÃO
 Serão avaliados a participação dos alunos e o conhecimento sobre aspectos linguísticos, onomatopeia. Avaliaremos a norma padrão na elaboração de uma HQ. 
PLANO B
	 Análise e interpretação do conto “revelação” de Edson Gabriel Garcia.
 
REFERÊNCIAS 
ABAURRE, Maria Luiza M.. _____ ,Maria Bernadete M., PONTARA, Marcela. Português: contexto, interpretação e sentido. 2° ed.- São Paulo: Moderna, 2013.
GARCIA, Edson Gabriel. Contos de amor. 4. Ed. São Paulo: Atual, 1991. p. 63-67.
http://caps-lock-he.blogspot.com.br/2007/10/tirinhas-de-todos-os-gostos.html, acessado em 14/10/2015 as 10h45.
http://maurobandeiras.blogspot.com.br/2009/03/por-que-trabalhar-com-quadrinhos-em.html, acessado em 10/10/2015 as 7h15.
http://www.educacaopublica.rj.gov.br/suavoz/0116.html, acessado em 10/10/2015 as 8h00.
https://educacaoeparticipacao.org.br/oficinas/hqs-na-sala-de-aula/, acessado em 10/10/2015 as 9h20. 
ESCOLA ESTADUAL MANOEL MARINHEIRO
TANGARÁ DA SERRA-MT
Professores: Gilson Costa, Talita Favalessa Nome:___________________ Data: / /
Analise as tirinhas abaixo e comente o que há de comum entre a família de Hagar e a família tradicional brasileira.
1__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
2
__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
3ESCOLA ESTADUAL MANOEL MARINHEIRO
TANGARÁ DA SERRA-MT
Professor: Gilson Costa, Talita Favalessa Nome: Data: / /
ATIVIDADES
1 - Comente o que você entendeu sobre interjeição e onomatopeia. Cite exemplos .
__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________Tirinha de Gabriel Bá e Fábio Moon
2 - A tirinha acima apresenta interjeição e onomatopeia? Se a resposta for sim, quais são?
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3 - Descreva o que ocorreu na tirinha acima.
4 – Por que o conteúdo da tirinha acima pode causar riso?
ESCOLA ESTADUAL MANOEL MARINHEIRO
TANGARÁ DA SERRA-MT
Professor: Gilson Costa, Talita Favalessa Nome:___________________ Data: / /
1- De acordo com que foi apresentado em sala sobre histórias em quadrinhos e tiras. Comente sobre a intenção do filho e a reação da mãe.
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 2 .
ESCOLA ESTADUAL MANOEL MARINHEIRO
TANGARÁ DA SERRA-MT
Professor: Gilson Costa, Talita Favalessa Nome: Data: / /
Elabore uma história em quadrinho sobre um tema que você goste, e que o conteúdo tenha sentido lógico.
ESCOLA ESTADUAL MANOEL MARINHEIRO 
TANGARÁ DA SERRA-MT NOME: DATA: / / 
 
REVELAÇÃO
Tinha tomado a decisão.
Foi assim que ele entrou na sala de aula naquele dia fatal. Durante seis meses — seis tormentosos meses — exercitara seu pensamento e sua emoção tentando imaginar, ou descobrir, qual a melhor maneira de se declarar a ela. Pensara em publicar uma mensagem cifrada no jornal da escola, mas desistira. Afinal, quem entenderia? Depois pensara em gastar um pouco de suas economias anunciando num grande jornal. Até foi a um desses balcões de anúncios, mas desistiu quando viu o tamanico da declaração que seu dinheiro poderia comprar. Indignou-se com a descoberta: não há grandes jornais espaço para os apaixonados pobres. Por telefone? Ela não tinha, estava sem. Também não se entusiasmou, pois achou que esse seria o jeito menos romântico possível. E ele queria um jeito romântico.
— Romântico, como um grande amor merece!
O amor era mesmo grande. E por isso ficara guardado durante meses e meses. Não tivera coragem de abrir o segredo com nenhum dos amigos. Imaginava a gozação, a brincadeira, a farra. Seria insuportável ficar na classe, assistir às aulas, se algum dele soubesse do seu tão bem guardado amor.
— Não é um amorzinho qualquer, não, desses que começam e acabam numa mesma festa, numa única noite.
Era para valer. Para demorar. Para sempre, talvez. Uma paixão que começava demorada e por partes. Primeiro fora pela voz dela. Macia como veludo novo. Gostava de ouvi-la falar e, quanto mais perto dele falava, mais se apaixonava. As palavras, os números e as ideias saíam como vindos do fundo do coração. Depois, os olhos. Não eram verdes nem azuis, como os das atrizes de tevê e manequins de revistas. Eram apenas pretos. Belamente pretos. Pareciam querer ver o mundo inteiro, de todo mundo, por seu par de olhos. Parecia descobrir telepaticamente em que as pessoas da classe pensavam. Uma vez que o desarmara, quando sugeriu, de repente, flagrando-o no mundo da lua: “pensando no seu grande amor?”. Ele se atrapalhara, sem resposta, ela permanecera inteira, dona da brincadeira, deliciando-se com o seu sem – jeito dele. Depois da voz e dos olhos, descobriu os cabelos. E sonhou com eles tantas e quantas vezes seu sono atribulado permitiu. Sonhava com os cabelos dela roçando de leve suas faces. Em seguida, veio o sorriso. Depois as mãos, os dedos finos e as unhas de esmalte escuro. Finalmente apaixonou-se pelo corpo todo, por ela inteira. E aí a coisa ficou brava. Enquanto eram os olhos, os cabelos, o sorriso, as mãos, dava para esconder, guardar num pedacinho de vida qualquer, numa página de caderno ou livro. Mas quando ela inteira tomou conta de seu coração novo, desacostumado a essas emoções mais fortes, ficou difícil de aguentar. E foi um tal de ficar de mal-humorado, de rejeitar conversas longas, de fugir de farras de grupo, de se atrapalhar com as aulas, notas e exercícios.
— É hoje ou nunca mais. No fim da aula ela vai saber do meu amor. Dê no que dê, ela vai saber.
Tinha, é verdade, um grande problema: a diferença de idade entre os dois. Ele era um molecão e ela uma mulher. Bem... as mulheres são assim, se desenvolvem e amadurecem mais depressa que seu grande, bonito e romântico amor fosse correspondido.
 — Isso não importa.
Tinha até procurado, e encontrado, algumas poesias de poetas famosos e não famosos que tratavam do assunto, amores descompassados de idade. E vivia dizendo que o amor não tem idade. Disse isso mesmo numa acalorada redação de Português em que narrou o amor de um jovem por uma mulher madura, texto terminado pelo clichê: “O amor não tem idade”. Estava cheia de erros de ortografia e pontuação. A professora, insensível, classificara o trabalho do apaixonado escritor de “razoável” e inundara-o de riscos, cruzes e sinais indecifráveis.
— Ela não entenderia. Só quem vive um grande amor assim poderia escrever esquecido das regras gramaticais.
E inventou outro clichê: “O amor não conhece regras gramaticais”.
Com essa ideia fixa, de declarar seu grande amor a ela, ensaiou várias formas de fazê-lo. Na frente da classe, a professora de Matemática mantinha o ritmo de sempre das aulas. O cálculo e o raciocínio, frios e seguros, dominavam a lousa,

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