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Resumo 2ºTVC Tributário 05-02

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PONTO 8 – SUSPENSÃO DA EXIGIBILIDADE, EXTINÇÃO E EXCLUSÃO D CRÉDITO TRIBUTÁRIO
Regra geral: As situações que configuram causas de suspensão da exigibilidade do crédito podem, como veremos, ocorrer antes mesmo do início do lançamento, ou depois do início e antes de seu término, ou, ainda, depois da notificação do lançamento ao sujeito passivo.
O que se impede? Assim, o que se impede é que a fazenda execute atos de cobrança do crédito enquanto sua exigibilidade encontra-se suspensa, mas ela não fica impedida de proceder ao lançamento, uma vez que ele é indispensável para evitar a ocorrência da decadência, forma de extinção do crédito tributário prevista no art. 156, V, do CTN.
Atualmente existe expressa previsão legal, no art. 63 da Lei 9.430/1996, autorizando a realização do lançamento, após a ocorrência de uma causa de suspensão da exigibilidade do crédito tributário, para evitar a decadência.
A suspensão da exigibilidade do crédito tributário não afeta a obrigação tributária que lhe deu origem, conforme preceitua o art. 140 do CTN. Como não afeta a obrigação tributária principal subjacente, uma vez extinta a causa suspensiva da exigibilidade do crédito ele volta a ser imediatamente exigível, e a Administração deve iniciar ou prosseguir em sua cobrança, inclusive mediante execução judicial, se for o caso.
Além de não afetarem a obrigação principal, as hipóteses de suspensão da exigibilidade do crédito tributário não acarretam dispensa do cumprimento de obrigações acessórias (art. 151, parágrafo único).
Ver art. 151, CTN: 
I)Moratória: O parcelamento não é uma espécie de moratória e sim uma modalidade de suspensão do crédito tributário independente da moratória. Está disciplinada nos arts. 152 a 155, CTN. 
*O Código não conceitua moratória. A doutrina define-a como prorrogação de prazo para pagamento de tributos. É aplicável em situações de calamidades públicas ou de conjuntura econômica desfavorável.
* alínea “b” do inciso I do art. 152 (Moratória Heterônoma): Minha opinião é que esse preceito afronta visivelmente o princípio federativo, especialmente a autonomia dos entes federados, e não foi recepcionado pela CF/88.
* Não pode existir moratória por período indeterminado. (art. 154 CTN)
*Súmula 248 do TRF é contrária ao art. 155 do CTN
II) Depósito do montante integral do crédito: 
* O importante é que, tendo sido feito o depósito do montante integral do crédito exigido pela fazenda, não será cobrado mais absolutamente nenhum valor do sujeito passivo a título de juros ou multa de mora.
* O depósito do montante integral do crédito deve ser feito em moeda, não se admitindo depósito em títulos da dívida pública ou quaisquer outros valores. Conforme a Súmula 112 do STJ : “o depósito somente suspende a exigibilidade do crédito se for integral e em dinheiro”. 
III) Processo administrativo fiscal: São impugnações ou defesas por meio das quais o contribuinte se insurge contra o lançamento.
*Art.5º, inc LV, XXXV
* A instauração de um processo administrativo fiscal (PAF): Decreto nº 70.235/72
* O sujeito passivo, mesmo tendo optado pela via administrativa, possui o direito de abandoná-la a qualquer tempo, em qualquer etapa do PAF, e ingressar com uma ação judicial com idêntico objeto, desde que não tenha ocorrido a prescrição do seu direito de ação, evidentemente. A opção pela via judicial, entretanto, implica desistência tácita do processo administrativo, o que torna o crédito tributário imediatamente exigível, a menos que exista algum provimento judicial dispondo de forma contrária.
IV e V) Liminar em mandado de segurança; concessão de medida liminar ou de tutela antecipada em outras espécies de ação judicial: 
* O único caso que suspende os juros de mora é o depósito, já que a decisão da liminar é precária e pode ser revogada a qualquer tempo.
VI) Moratória e Parcelamento: Ocorre para melhor arrecadação do tributo. Ex.: parcelamento do IPTU; enquanto não for efetuado o pagamento da última parcela o crédito continua pendente. 
Artigo 155-A do CTN (LC 118/2005).
OBS.: E se o contribuinte necessitar de uma certidão negativa no sentido de que não deve créditos tributários do ente da Federação, do Fisco? Deverá obter uma certidão positiva com efeitos de negativa (art. 206 do CTN). Somente se o pagamento das parcelas devidas do valor do tributo estiver sendo efetuado em dia.
OBS.: As seguintes Súmulas Vinculantes do STF são de extrema importância:
Verbete n. 21: “É inconstitucional a exigência de depósito ou arrolamento prévios de dinheiro ou bens para admissibilidade de recurso administrativo”.
Verbete n. 28: “É inconstitucional a exigência de depósito prévio como requisito de admissibilidade de ação judicial na qual se pretenda discutir a exigibilidade de crédito tributário”.
E também o seguinte verbete sumular do STJ:
Súmula: 373
É ilegítima a exigência de depósito prévio para admissibilidade de recurso administrativo
PONTO 9 - EXTINÇÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO: MODALIDADES
*Extinção significa o desaparecimento definitivo de algo. No Direito Tributário é o desaparecimento da exigibilidade do crédito tributário e do próprio crédito tributário.
A enumeração das causas de extinção do crédito tributário é taxativa?
Não, é exemplificativa. Há outras espécies previstas no Código Civil (art. 381, 360), que podem ocorrer no Direito Tributário, como confusão (a mesma pessoa se confunde na qualidade de credor e devedor - ente tributante tenha recebido herança jacente ou tenha estatizado empresas privadas); a morte do devedor, que não deixa bens; novação (quando o devedor contrai nova dívida para extinguir a anterior), nos termos do artigo 110 do CTN.
O CTN arrola, no seu art. 156, em onze incisos, doze formas aptas a realizar aquilo que denominou extinção do crédito tributário. É o seguinte o seu teor:
I)Pagamento: O pagamento é a mais natural forma de extinção de obrigações, que configura a entrega ao credor, pelo devedor ou terceiro interessado, do montante, em dinheiro (ou cheque ou, ainda, títulos da dívida agrária, admitidos no caso do pagamento do ITR), correspondente ao valor total ou parcial do crédito a fim de extingui-lo e extinguir a obrigação correspondente (é lógico que no caso de pagamento parcial não se extinguirá a totalidade do crédito e da obrigação). Não se considera pagamento o adimplemento da obrigação mediante a entrega de bens ou a realização de trabalho.
* Deverá ser realizado em dinheiro (art. 162, inciso I do CTN c/c art. 655 do CPP), e é a forma mais espontânea de extinção do crédito tributário (art. 157/162 do CTN).
Características do Pagamento: 
A) Prova do pagamento: recibo ou documento passado pela repartição pública, bem como a CND faz prova da quitação de determinado tributo (art. 205 do CTN) e Certidão Positiva com efeitos de Negativa (art. 206 do CTN);
B) Lugar do pagamento: a regra geral é o estabelecimento do local de pagamento pela legislação; na omissão desta, paga-se o tributo na repartição competente do domicílio do sujeito passivo. (caput do art. 127, depois as hipóteses dos incisos I/III do art. 127 c/c art. 159 do CTN).
C) Tempo do pagamento: art. 160 CTN. Na hipótese de omissão da legislação, o pagamento do crédito deve ser feito 30 dias depois da data em que se considera o sujeito passivo notificado do lançamento.
* Podemos concluir que essa regra 30 somente é aplicável às hipóteses de lançamento por declaração ou de ofício, uma vez que nos tributos sujeitos a lançamento por homologação o sujeito passivo deve efetuar o lançamento antes de qualquer ato da autoridade administrativa.
D) Forma do pagamento: art. 162 CTN. 
* Há três formas de pagamento que são automáticas, ou seja, não dependem de qualquer autorização especial da lei. São elas o pagamento em dinheiro, cheque ou vale postal (art. 162, I).
* O crédito pago em cheque somente se considera extinto com o resgate pelo sacado.
d.1) Imputação em pagamento (art. 163 do CTN). A hipótese de imputação do pagamento poderia ocorrer se houvesse meiosde o contribuinte realizar um
pagamento, inferior ao total de seus débitos vencidos perante determinado fisco, sem discriminar a que tributos esse pagamento estaria se referindo. 
EX: imputação em um caso de falência, no qual, por exemplo, houvesse diversos créditos tributários vencidos para com a União, e o valor do ativo restante após a quitação dos débitos trabalhistas fosse insuficiente para quitar todos esses tributos federais.
*Para configurar-se hipótese de imputação do pagamento, algumas condições
devem estar presentes nos incisos do referido artigo.
d.2) Consignação em pagamento ( art. 164 do CTN);
d.3) Repetição do pagamento indevido (arts. 165/169 do CTN).
II) Compensação: art. 170/170-A do CTN e art. 110
*Definida como um “encontro de dívidas”. Ver arts. 368 e 369 do CC.
* No caso do Direito Tributário, como estamos em um ramo do Direito público, são acrescentadas algumas exigências fundamentais para que possa ocorrer a compensação, sendo as principais:
(1) a necessidade de lei que autorize a compensação; e
(2) que os créditos de titularidade do sujeito passivo sejam líquidos e certos.
* Um crédito é certo quando não há dúvida relativa à sua existência e é líquido
quando é conhecido seu exato valor.
*Exemplificando: suponha-se que João possua um título líquido e certo, no valor de R$10.000,00, contra o Município X, com vencimento em 1º de maio de 2004, e que o Município possua créditos de ISS contra João no valor de R$20.000,00. Imaginemos que haja lei municipal autorizando a compensação em hipóteses como essa e que a lei preveja desconto de 1% no caso de créditos vincendos. Se a compensação fosse realizada no dia 1º de março de 2004, João passaria a dever R$10.200,00 ao Município. De seus créditos vincendos seriam descontados 2% (R$200,00), correspondentes aos dois meses de antecipação (os juros são não capitalizáveis), o que resultaria numa dívida restante de R$10.200,00, correspondentes à diferença entre os R$20.000,00 (crédito tributário do Município) e os R$9.800,00 (créditos vincendos de João, já descontados).
Art. 170-A CTN: A importância desse artigo é impedir que a compensação seja autorizada antes de transitada em julgado a sentença que reconheça o crédito do sujeito passivo.
Requisitos: 
- Lei específica: autorização legislativa para compensar (no direito público);
- mesmas partes; 
- créditos liquidados (líquido e certo), vencidos ou vincendos, e recíprocos;
- tributos da mesma espécie.
 Somente tributos da mesma espécie podem ser compensados? Sim. O importante é saber o que significa tributos da mesma espécie. 
1º entendimento STJ: são aqueles que possuem a mesma destinação constitucional.
2º entendimento STJ: são aqueles que possuem a mesma competência tributária.
 Mandado de segurança serve para declarar o direito para compensar, podendo inclusive ser declarado por liminar, o que não é possível é realizar a compensação. Assim, os verbetes 212 e 213 do STJ estão em consonância com o art. 170 CTN.
II) Transação: Art. 171, CTN
A transação representa um acordo entre devedor e credor. A transação é modalidade de extinção das obrigações em geral, prevista no Código Civil, em seu art. 840.
A lei deverá indicar a autoridade competente para realizar a transação em cada caso e deverá explicitar as concessões que poderão ser feitas ao sujeito passivo.
Outro ponto que deve ser observado é que, obrigatoriamente, as concessões para a celebração da transação visando a terminar litígio deverão ser mútuas.
IV) Remissão: Art.172,CTN
Podemos conceituar a remissão como dispensa legal de crédito tributário já
constituído.
Anistia x Remissão:
A anistia é forma de exclusão do crédito tributário que consiste no perdão de
infrações e, consequentemente, na exclusão da penalidade que a ela corresponderia. A anistia somente pode se referir a infrações e a exclusão da penalidade implica impedir o lançamento do crédito correspondente à multa. A
anistia, portanto, deve sempre ser concedida antes do lançamento.
A remissão é dispensa do pagamento de crédito tributário já constituído, ou seja, é concedida após o lançamento. A remissão pode abranger o crédito relativo a tributo e/ou multa. A remissão extingue o crédito já constituído (portanto, sempre ocorre depois do lançamento) e a anistia o exclui, impedindo a sua constituição.
Sempre que se apure que o beneficiado não satisfazia ou deixou de satisfazer
as condições, ou não cumprira ou deixou de cumprir os requisitos para a concessão do favor, ele deverá ser “revogado”, conforme disposto no art. 155 CTN.
VI) Conversão do depósito em renda: O contribuinte é notificado da exigência de um determinado crédito tributário, com a qual não concorda, e pretende contestá-la na esfera administrativa ou perante o Poder Judiciário. 
Entretanto, para garantir que, no caso de vir a ser malsucedido em sua demanda, não terá de arcar com acréscimos moratórios, opta por depositar, administrativamente ou em juízo, o montante total que está sendo dele exigido e com o qual não concorda (a discordância pode ser total ou parcial, mas o depósito deverá ser do montante integral exigido).
Ao término do litígio, na hipótese de a decisão ser total ou parcialmente desfavorável ao contribuinte, será feita a conversão da parcela do montante depositado correspondente à quantia que se reconheceu efetivamente devida pelo sujeito passivo. Esse valor convertido extingue o crédito tributário, extinguindo, também, a obrigação a ele subjacente reconhecida na decisão administrativa ou judicial.
VII) Pagamento antecipado e a homologação do lançamento: 
Trata dos tributos sujeitos ao lançamento por homologação – art. 150, §§1° e 4° (nova contagem do prazo decadencial estabelecida pela LC118/2005).
O lançamento por homologação é tratado no art. 150 do CTN : o contribuinte recolhe o tributo sem que haja o lançamento por parte da Administração como ocorre com o IR e ITR (art. 10 da Lei 9.393/96). Nesta modalidade o sujeito passivo calcula o montante devido e efetua o pagamento no prazo estabelecido, cabendo ao sujeito ativo (Fisco) apenas a conferência da apuração e do pagamento realizados, e depois realiza a homologação (expressa ou tácita). Outros exemplos: ICMS, IPI, ISS, COFINS, PIS, CSL, C.previdenciária, IOF e CMPF.
Ocorre que o pagamento antecipado, efetuado relativamente aos tributos sujeitos ao lançamento por homologação, somente extingue o crédito sob condição resolutória da homologação futura. É como se existisse uma extinção precária do crédito, efetuada mediante o pagamento antecipado, e uma extinção definitiva, resultante da homologação do pagamento antecipado realizado pelo sujeito passivo.
VIII ) A consignação em pagamento, nos termos do art. 164, §2°:
1) a consignação em pagamento é sempre uma ação judicial, não existe
consignação administrativa em pagamento;
2) a consignação em pagamento não se confunde com o depósito do montante
integral do tributo exigido;
3) A simples propositura da ação judicial de consignação em pagamento não é
causa de extinção do crédito tributário. A extinção somente ocorrerá se e quando a ação for julgada procedente;
4) A consignação em pagamento é cabível essencialmente em duas hipóteses: (a) quando a Administração se recusa a receber o crédito que o sujeito passivo
deseja pagar ou condiciona o recebimento ao pagamento de outros créditos ou ao cumprimento de exigências sem fundamento legal; 
 (b) na hipótese de bitributação, ou seja, quando o mesmo tributo, relativo ao mesmo fato gerador, é exigido, do mesmo sujeito passivo, por duas pessoas jurídicas de direito público diferentes.
IX) Decisão administrativa irreformável (FAVORÁVEL AO SUJEITO PASSIVO):
Caso ocorra vício no processo administrativo, como por exemplo, o cerceamento de defesa do contribuinte, caberá reabertura do processo para correção de vício sanável, tanto em sede administrativa quanto em sede judicial.
X) Decisão judicial passada em julgado: 
Esta hipótesede exclusão foi incluída no rol de hipóteses apenas com a finalidade de complementar metodologicamente a relação, pois a decisão judicial DEFINITIVAMENTE transitada em julgado, por si só já é absoluta (art. 5º, XXXVI da CRFB), não se sujeitando a alteração, mesmo em razão de lei, somente por meio de ação rescisória.
XI ) Dação em pagamento em bens imóveis: 
A dação em pagamento de bens imóveis, prevista no inciso XI do art. 156, deverá ser um procedimento administrativo e a entrega do imóvel pelo sujeito passivo deverá ser “voluntária”. De qualquer forma, é necessária a edição de lei ordinária que estabeleça a forma e as condições exigidas para que possam ser extintos créditos tributários por meio de dação em pagamento de imóveis. O certo é que se trata de forma administrativa de extinção do crédito, anterior à execução judicial da dívida ativa tributária, e que não se confunde com a eventual adjudicação de imóvel em decorrência de execução judicial.
 É certo, também, que o dispositivo não é auto-aplicável. Em minha opinião, a lei que estabelecerá as hipóteses e condições para a extinção do crédito mediante dação de imóvel em pagamento não poderá conferir poderes discricionários à autoridade fazendária, uma vez que a matéria é sujeita à estrita reserva legal, nos termos do art. 97, VI, do CTN.
V) Prescrição e decadência: 
DECADÊNCIA:
A decadência está disciplinada no art. 173 e 142 CTN. Significa a extinção do direito de a fazenda pública efetuar o lançamento.
Nos casos de lançamento por homologação, analisar o disposto no art. 150, §4º,CTN. 
Casos de lançamento de ofício ou por declaração: Art. 173, I: O prazo se inicia na data do fato gerador.
* Contribuição de melhoria e de iluminação pública, IPTU, IPVA, e nas taxas.
Casos de lançamento por homologação:
Quando ocorre o pagamento pelo sujeito passivo: aplicar o art. 150, §4º
Quando não ocorre o pagamento pelo sujeito passivo: aplicar o art. 173,I c/c art. 150, §4º: perfaz um total de 10 anos
*IR, ITR, ICMS, IPI, ISS, COFINS, PIS, CSL, C.previdenciária, IOF e CMPF
Casos de vício formal: Aplicar o disposto no art. 173, II, CTN
Casos de lançamento de ofício revisional: Aplicar art. 173 § ú c/c art. 149 §ú.
ATENÇÃO! 
Após o dia 1º/12/2009 , para todas as espécies de lançamento a contagem do prazo decadencial para todas as espécies de tributos e lançamento será de acordo com o disposto no art. 173,I, CTN.
Controvérsia do art. 173,II, CTN : 
Alguns autores entendem que esse inciso II do art. 173 traz uma hipótese de
interrupção da decadência. A contagem do prazo de decadência havia sido
iniciada, foi feito um lançamento nulo e, depois de declarada sua nulidade, inicia-se um novo prazo, por mais cinco anos, para que seja realizado um novo
lançamento. E se esse novo lançamento também for declarado nulo? Mais cinco
anos contados da data em que se tornar definitiva a nova declaração de nulidade. E assim por diante...
Não é comum afirmarem que o inciso II do art. 173 trata de interrupção da decadência. Segundo uma regra geral de Direito privado, a decadência, como regra, não se suspende nem se interrompe. Entretanto, não existe nenhuma proibição, nem no Direito privado, nem no público, de que a lei preveja uma hipótese de suspensão ou interrupção de decadência. Assim, se uma questão de concurso afirmar que o inciso II do art. 173 trata de interrupção de decadência, minha opinião é que, em princípio, devemos considerá-la verdadeira. ( Marcelo Alexandrino)
PRESCRIÇÃO: Art.174,CTN
 
Acarreta a extinção do direito que a Fazenda possui de promover ação judicial para a cobrança do crédito tributário (essa ação é denominada execução fiscal) já definitivamente constituído e não pago pelo sujeito passivo.
Somente haverá início de contagem para prescrição se não tiver havido a decadência, e após ter ocorrido a constituição definitiva do crédito tributário.
Se o sujeito passivo, dentro do prazo decadencial, é notificado do lançamento, não
se fala mais em decadência. 
Em síntese, para efeito de determinar o início da contagem do prazo de
prescrição, considera-se definitivamente constituído o crédito tributário em um
desses dois momentos:
a) na data de notificação do lançamento ao sujeito passivo, caso ele não faça
impugnação administrativa do lançamento; 
b) na data de notificação ao sujeito passivo da decisão administrativa definitiva
que tenha mantido total ou parcialmente o lançamento.
A diferença entre suspensão e interrupção de um prazo é a seguinte: enquanto na suspensão aproveita-se, quando se reinicia a contagem, o prazo já transcorrido, na interrupção despreza-se esse prazo e reinicia-se a contagem do zero. O CTN somente prevê, de forma expressa e inequívoca, hipóteses de interrupção da prescrição no art. 174. No entanto, para o professor Ricardo Lobo Torres há prazos prescricionais de interrupção e de suspensão do crédito tributário (Lei 6.830/80 trata nos artigos 2°, § 3° e no do artigo 40).
Contagem: conta-se da data em que o fisco constitui o crédito tributário (quando o contribuinte é NOTIFICADO do lançamento).
Lançamento = auto de infração
ATENÇÃO!
Modalidades de lançamento:
a)Lançamento de OFÍCIO OU DIRETO (art. 149 do CTN): é realizado diretamente pela Administração sem a participação do sujeito passivo da obrigação tributária principal, como ocorre na contribuição de melhoria e de iluminação pública, IPTU, IPVA, e nas taxas;
b)Lançamento por ARBITRAMENTO OU DECLARAÇÃO OU MISTO (art. 147 do CTN): é realizado pela Administração com base na declaração do sujeito passivo ou de terceiro. Em cima da informação/declaração do contribuinte o Fisco calcula o tributo devido. Ex.: o Fisco só toma conhecimento da ocorrência do fato gerador se informado pelo contribuinte, ocorrem nos impostos de importação e de exportação, ITBI, ITD;
c)Lançamento por HOMOLOGAÇÃO OU AUTO-LANÇAMENTO: o contribuinte recolhe o tributo sem que haja o lançamento por parte da Administração (art. 150 do CTN), como ocorre com o IR e ITR (art. 10 da Lei 9.393/96). Nesta modalidade o sujeito passivo calcula o montante devido e efetua o pagamento no prazo estabelecido, cabendo ao sujeito ativo (Fisco) apenas a conferência da apuração e do pagamento realizados, e depois realiza a homologação (expressa ou tácita). Outros exemplos: ICMS, IPI, ISS, COFINS, PIS, CSL, C.previdenciária, IOF e CMPF.
Principais efeitos do lançamento:
Constituir o crédito tributário, conferir exigibilidade à obrigação tributária principal, fixar a quantia devida, personalizar o sujeito passivo, impedir que ocorra a decadência, fixar o termo inicial da prescrição.
Pagamento Indevido e Restituição: Art.165 CTN
O contribuinte tem o direito de pagar somente o que deve, e aquilo que for pago errado ou a maior (indébito tributário) deve ser restituído. 
*Para pagamento totalmente devido NÃO há direito de repetir o indébito – efeito ex nunc – NÃO retroage
*Para pagamento indevido HÁ o direito de repetição de indébito – efeito ex tunc – retroage
O fundamento da ação de repetição de indébito tem como fundamento a vedação ao enriquecimento ilícito, que tem como base a justiça e a equidade.
Art. 166 CTN: o direito de obter a restituição é daquele que de fato assumiu o encargo financeiro do imposto.
*O que pode ser restituído?
a) o valor do tributo e/ou penalidade tributária com pagamentos efetuados de forma errada (indevidamente) ou a maior;
b) correção monetária: verbete 162 STJ;
c) juros de mora: verbete 188 STJ
*Prazos: 
art. 168 e LC118/2005: divergência > prazo prescricional ou decadencial. A maioria da doutrina (jurisprudência e doutrinadores entendem ser prazo prescricional, pois está expresso no art. 168 CTN “direito de pleitear” entende-se direito de requerer). Atualmente, o prazo prescricional de 5 anos conta-se da data do pagamento antecipado, e não mais das homologações, conforme prevê art. 3º da LC 118/2005.
art. 169 CTN: ação anulatória > afasta o prazo de 5 anos.O contribuinte tem 2 anos para ingressar com a ação anulatória da decisão administrativa, sob pena de prescrição.
*Prescrição intercorrente: só é verificada no caso de abandono da ação, pela metade do tempo (1 ano), a partir da citação. O STJ NÃO aceita essa espécie de prescrição intercorrente.
Consignação em pagamento: art.164, CTN
Os efeitos da consignação em pagamento estão dispostos no §2º. 
*A ação de consignação em pagamento não se confunde com o depósito.
- o DEPOSITANTE não quer pagar, quer discutir o valor do débito e, se vencedor, recobrar o depósito. (sede adm ou judicial)
- o CONSIGNANTE não quer discutir débito, que pagá-lo e não está conseguindo. (sempre em sede judicial)
PONTO 10 – Exclusão da exigibilidade do crédito tributário
Art. 175, CTN: Salutar ressaltar que a exclusão do crédito tributário não dispensa o cumprimento das obrigações acessórias dependentes da obrigação principal.
ISENÇÃO: As isenções são hipóteses de exclusão do crédito tributário, previstas em lei. Na isenção há hipótese de incidência, o fato gerador ocorre, mas se impede a constituição do crédito tributário. Dispensa do valor do tributo.
 Art. 176 CTN: Pode ser restrita a determinada região. O fato gerador ocorre posteriormente à lei que conceder a isenção por motivos político, econômico e social.
*Quanto à contraprestação: 
-Gratuita: NÃO exige contraprestação do sujeito passivo/beneficiado. 
- Onerosa: exige contraprestação do sujeito passivo/ beneficiado.
Ver súmula 544 STF
*Quanto à natureza de seus destinatários:
-Subjetiva: leva-se em conta as características pessoais do sujeito passivo/beneficiado.
-Objetiva: leva-se em consideração a situação material de bens ou mercadorias.
*Não confundir isenção com imunidade e remissão!
- As imunidades são a dispensa CONSTITUCIONAL do pagamento.
- A remissão é a dispensa LEGAL de pagamento do crédito tributário somente nos casos taxativamente tipificados no art. 172
ANISTIA: Dispensa do valor da penalidade tributária (multas: moratória e punitiva). Art. 180 CTN. 
*Consiste no perdão de infrações e, consequentemente, na exclusão da penalidade que a ela corresponderia.
*Deve sempre ser concedida ANTES do lançamento e da publicação da Lei.
*O fato gerador ocorre anteriormente à Lei.
Art.181 CTN: 
- inciso I: anistia geral: concedida a todos que se encontrem na mesma situação, sem nenhuma condição.
- inciso II: anistia limitada: até determinados valores ou região de entidade tributante.
-anistia condicional: lei que condiciona a anistia das penalidades ao pagamento do tributo no prazo estabelecido, esta não gera direito adquirido.
Art. 14, LRF: eficácia da revogação das isenções
- Os fatos que ocorrem APÓS a publicação da Lei é chamado Revogação de Sanção. Art. 178 CTN: art. 104,III CTN + art.150,III,B e C da CF: Princípio da Anterioridade e Nonagesiamal.
.lei x: todos devem pagar IPTU
.lei y: idosos não devem pagar IPTU nem suas multas
.lei w:revoga a lei y : Quando volta a vigorar a lei x?
- LC 101/2000: LRF, art.14.
-Revogada a isenção a norma de incidência readquire sua eficácia
-Revogada a não-incidência torna-se necessária lei para criação do tributo. 
Já as imunidades são irrevogáveis, pois referem-se a direitos fundamentais, salvo por emenda à Constituição.
Ponto 11) Garantias e Privilégios do Crédito Tributário
Arts. 183 a 193 CTN
*Garantia significa tornar seguro o pagamento de um crédito.
*Garantias em sentido amplo abrangem: garantias em sentido estrito, privilégios e preferências. 
1) Garantias em sentido estrito (art. 183, CTN): são meios jurídicos de que dispõe a Fazenda Pública para assegurar a satisfação do crédito tributário e dar eficácia ao cumprimento da obrigação tributária.
IPC!!!! AÇÃO DE ARROLAMENTO DE BENS: art. 64, lei nº 9532/97
2) Privilégios (art. 184, CTN): trata-se da posição de superioridade que desfruta o crédito tributário em relação aos demais créditos.
a)Todo o patrimônio do sujeito passivo responde pelo pagamento, exceto os bens absolutamente impenhoráveis, por disposição de lei. 
b)Apesar de todo o patrimônio do sujeito passivo responder pelo pagamento do crédito, pode a lei estabelecer “privilégios especiais sobre determinados bens”.
c)Poderiam as leis das pessoas políticas competentes determinar que primeiro respondesse pela dívida de ITR o imóvel rural e que primeiro respondesse pela dívida de IPVA o veículo automóvel. A Lei nº 8.009/90 no seu art. 3º, IV, somente alcança, por expresso, o débito tributário consistente no imposto predial ou territorial, taxas e contribuições em função do próprio imóvel familiar. 
d) Nenhuma restrição voluntária quanto à oneração, alienação ou penhora do bem, instituída pelo sujeito passivo, tem valor perante o fisco. Não quer dizer que as cláusulas de inalienabilidade, impenhorabilidade ou não-oneração sejam inválidas. Elas valem entre particulares, mas não são oponíveis ao fisco.
e) Só não respondem pelo crédito os “bens e rendas que a lei declare absolutamente impenhoráveis”. Esses bens, hoje, estão listados no art. 649 do CPC.
Exceções ao art. 649 CPC: art. 3º, Lei nº 809/90: 
Atenção: IV : imposto predial e territorial
Art. 185 CTN: Fraude à Execução Fiscal
Se não restaram bens suficientes para responder pela dívida, presume-se fraudulenta toda alienação ou oneração (hipoteca, penhor, anticrese, alienação fiduciária em garantia) efetuada depois de iniciada a execução, sem possibilidade de o sujeito passivo alegar inexistência de fraude.
Primeira corrente (Hugo de Brito Machado, Paulo de Barros Carvalho) há fraude a partir da inscrição do crédito em dívida ativa;
Segunda corrente (Luciano Amaro) entende configurada a fraude com a propositura da ação de execução fiscal;
Terceira corrente: não basta a propositura da ação, sendo imprescindível a citação válida do executado.
OBS.: Hoje predomina a primeira corrente devido à alteração do parágrafo único do artigo 185 do CTN pela LC 118/05 
Art. 186 CTN : Preferências (ver arts. 27 e 29 da Lei n° 8666/93)
A terceira categoria de garantias do crédito tributário diz respeito à exigência de prova de quitação de tributos para a prática de determinados atos jurídicos.
*É a ordem de preferência que a Fazenda Pública ocupa em processos de execução coletiva.
* Regra geral: os créditos tributários vão preferir aos demais, com exceção dos créditos trabalhistas e os decorrentes de acidente de trabalho (LC 118/2005).
Art. 187 CTN: Processo de “distribuição” do ativo entre os credores (verbete 563 STF: constitucionalidade do dispositivo, que é compatível com os arts. 157 e 158 CF)
Essa “distribuição” não é igualitária e independe da data em que os créditos foram constituídos. Existe uma “ordem de preferência”, de forma que os créditos são classificados em categorias. Somente depois de quitados todos os créditos de uma determinada categoria é que, então, passa-se aos créditos da categoria inferior, e assim sucessivamente, até que se esgote o ativo.
 Os créditos tributários terão preferência sobre quaisquer outros, exceto aqueles referentes a dívidas de natureza trabalhista e decorrente de acidente de trabalho.
 Todavia, há concurso de credores entre pessoas jurídicas de direito público. O concurso entre Fazendas resolve-se em ordem de privilégio e de preferência ( artigo 187, parágrafo único do CTN)
 Entre Estados e Distrito Federal ou entre Municípios), a divisão será conjuntamente e pro rata (divisão proporcional ao valor do débito)
Parte importante da doutrina entende que esses créditos previstos nos arts. 188, 189 e 190 preferem, inclusive, aos créditos trabalhistas.
Ponto 12) Administração Tributária
*Função: informar, arrecadar e fiscalizar o crédito tributário.
Art. 195 CTN: Prescrição (art. 174, caput, CTN) : prazo de 5 anos.
Art. 197 CTN: Espécies de sigilo
O art. dá amplos poderes aos agentes do fisco para requisitarem por autoridade própria, isto é, sem necessidadede autorização judicial, informações escritas a serem fornecidas por uma série de instituições e/ou profissionais.
Art. 198 CTN: (art. 325 do CP – CRIME DE VIOLAÇÃO DE SIGILO FUNCIONAL).
1)Fiscal: proteção de dados que estão na Receita Federal ( Departamentos e Secretarias).
2) Bancário: proteção de dados de instituições financeiras
As exceções ao sigilo fiscal e bancário são as seguintes:
1) Requisição de autoridade judiciária no interesse da justiça (art. 198, §1º,I).
2) Solicitações de autoridade administrativa no interesse da Administração Pública (art.198,§1º,II)
3) § 3º do art. 198 também foi introduzido pela LC 104/2001. Ele trata de
informações que podem ser divulgadas, ou seja, não estão sob sigilo.
4) Permuta de informações entre os fiscos (art. 199) : desde que exista lei
ou convênio que o preveja.
5) Requisição por Comissões Parlamentares de Inquérito (CPI): art. 58, § 3º da CRFB/88
Situação do Ministério Público: Quanto a possibilidade de o Ministério Público requisitar diretamente informações bancárias as instituições financeiras, há divergências: O STJ entende que o MP, também, deve pedir a quebra ao juiz. O STF, contudo, já deliberou pela possibilidade de o MINISTÉRIO PUBLICO requerer diretamente as informações as instituições financeiras quando se tratar de envolvimento de dinheiro ou verbas públicas, nos termos do princípio da publicidade inscrito no art. 37 da CRFB/88.
A posição majoritária na Receita Federal é que devem ser fornecidas informações fiscais ao Ministério Público quando requisitadas, desde que se trate de investigação relativa a fatos e pessoas determinadas.
3) Profissional: proteção de dados decorrentes da:
- Profissão: sigilo entre advogado e cliente, psicólogo/médico e paciente.
- Função: que está exercendo no momento.
- Míster: padre, pastor.
Parágrafo único. “A obrigação prevista neste artigo não abrange a prestação de informações quanto a fatos sobre os quais o informante esteja legalmente obrigado a observar segredo em razão de cargo, ofício, função, ministério, atividade ou profissão.”
Sigilo: É a proteção de dados que estão na esfera pública. Ex: bancos, receitas, prefeituras.
Segredo: É a proteção de dados que estão na esfera particular do indivíduo, como ações de família, por exemplo ( tudo que está na esfera íntima do sujeito).
*Dentro do sigilo profissional há o segredo. Não pode violar a intimidade do sujeito, conforme art.325,CP.
*No sigilo fiscal e bancário não há necessidade de autorização judicial. Mas há exceções previstas no art.58,§3º,CF (CPI: poder de investigação) e pelo Poder Judiciário ( juiz, desembargador, ministro: quando se referir à prova do juízo).
Art.198 CTN: art.325, CP
Ponto 13) Processo Administrativo Fiscal Federal
PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO FISCAL FEDERAL SEM LIDE:
O art. 7° do Decreto 70.235/72 estabelece que o procedimento fiscal tem início com o:
I - o primeiro ato de ofício, escrito, praticado por servidor competente, cientificado o sujeito passivo da obrigação tributária ou seu preposto; (art. 142 CTN ou verbete 153 TRF)
II - a apreensão de mercadorias, documentos ou livros; ( termo de apreensão: 2 testemunhas)
III - o começo de despacho aduaneiro de mercadoria importada -> II e IE (lançamento por declaração).
LINHA DO TEMPO
/_____/_____/_____/____/______/___ /______/______ /____/_______/ 
 FG OTp lançamento SPn Spm CDA Ação EF SPcitado Defesa Sent.
 Esfera Administrativa Esfera Judicial
 
Esfera JUDICIAL:
1)Embargos à execução fiscal 
NJ: ação autônoma de impugnação
Sentença
Contra embargos, cabe apelação
Matéria: garantir o juízo (indicar um bem à penhora – bens imóveis- ou depositar o valor do crédito tributário).
2)Exceção de Pré-Executividade
NJ: incidente processual
Decisão Interlocutória
Contra a exceção, cabe agravo de instrumento
Matéria: de ordem pública, nulidade, decadência, prescrição.
*Prescrição Intercorrente: pode ocorrer a qualquer momento após a ação de execução fiscal.
PROCEDIMENTO NO PLANO FEDERAL:
Procedimento contencioso ordinário administrativo COM LIDE:
1º) impugnação do sujeito passivo ( art. 16 do Decreto 70.235/72 ) há cumulação da fase postulatória com fase probatória – determinando de imediato as provas que se pretende produzir;
- encerrada a produção de provas e diligências e o preparo do processo por meio da reunião e ordenação de todos os documentos pertinentes o processo é encaminhado para análise da autoridade responsável pelo julgamento: Delegacia da Receita Federal de Julgamento (art. 25, I do Decreto 70.235/72):
2º) decisão de primeiro grau (art. 31 do Decreto 70.235/72) deverá conter relatório circunstanciado do processo;
- recurso voluntário do contribuinte e/ou de ofício (chamado de remessa obrigatória) pela autoridade administrativa(no caso de decisão favorável ao sujeito passivo);
- diligências probatórias, se necessárias;
3º) decisão de segundo grau (Conselho de Contribuintes competente – órgão paritário (6/6: Portaria 1983/2006: www.conselhos.fazenda.gov.br), composto por representantes indicados pelo Ministério da Fazenda e por entidades de classe da sociedade civil);
- pedido de reconsideração;
4º) embargos de declaração;
5º) possível recurso especial à Câmara Superior, 5/5, (para uniformização da jurisprudência administrativa e outras hipóteses);
- decisão em instância especial do Ministro da Fazenda (aplicação de equidade).
Ponto 14) Processo Judicial Tributário: espécies e ritos (visão geral)
Classificação das Ações Tributárias quanto à posição dos sujeitos (ativo ou passivo) na relação jurídica processual tributária:
1ª) Ações EXACIONAIS: exação = cobrança
Polo Ativo: Ente da Federação;
Polo Passivo: Contribuinte ou Responsável
Espécies:
1ª) obter do contribuinte ou responsável o crédito tributário(pagamento do valor do tributo e/ou penalidade tributária): EXECUÇÃO FISCAL;
2ª) pretende assegurar a reserva de bens do contribuinte e/ou responsável descumpridor das obrigações tributárias: AÇÃO CAUTELAR FISCAL (Ação de arrolamento de bens -garantia em sentido estrito-)
3ª) dirimir definitivamente e coletivamente questão sobre a constitucionalidade ou inconstitucionalidade de determinada norma tributária, com a finalidade de arrecadar tributos por meio do pronunciamento judicial de eficácia erga omnes: a) Ação Declaratória de Inconstitucionalidade (ADI); b) Ação Declaratória de Constitucionalidade (ADC); c) Ação de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF); d) REPRESENTAÇÃO DE INCONSTITUCIONALIDADE;
4ª) rescindir a decisão transitada em julgado: AÇÃO RESCISÓRIA (LEF: processo arquivado por 1 ano + 2 anos contados do trânsito em julgado da sentença: 3 anos).
2ª) Ações NÃO EXACIONAIS:
Polo Ativo: Contribuinte ou Representante;
Polo Passivo: Ente da Federação
Espécies:
1ª) proteger dano iminente:
a) Mandado de Segurança:
No Direito Tributário: Lei nº 12016/2009
NJ: ação civil
Requisitos:
I)Existir direito líquido e certo (o crédito tributário tem que estar calculado e determinado);
II)Ato abusivo ou legal praticado pela autoridade coatora ( agente fiscal ou ente da Federação).
Espécies: 
I)MS Preventivo: proposto em face do ato abusivo que está iminente.
II)MS Repressivo: o ato abusivo/ilegal já ocorreu.
*LEI EM TESE: que está na “vacatio legis” e possui efeitos concretos, interferindo diretamente no “bolso” do contribuinte.
*Pedido do MS é que o juiz ordene a autoridade coatora a realizar ou não um ato.
b)Ação Cautelar; 
2ª) obstar a execução forçada de seus bens, desconstituir ou impedir a formalização da relação jurídica processual tributária: a) EMBARGOS À EXECUÇÃO FISCAL; b) AÇÃO ANULATÓRIA DE DÉBITO FISCAL ou AÇÃO ANULATÓRIA FISCAL (CASO CONCRETO 02); c) AÇÃO DECLARATÓRIA DE INEXISTÊNCIA DE RELAÇÃO JURÍDICA TRIBUTÁRIA ou AÇÃO DECLARATÓRIATRIBUTÁRIA;
3ª) dirimir definitivamente e coletivamente questão sobre a constitucionalidade ou inconstitucionalidade de determinada norma tributária, com a finalidade de retirar sua eficácia inter partes: a) Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI); b) Ação Declaratória de Constitucionalidade (ADC); c) Ação de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF); d) REPRESENTAÇÃO DE INCONSTITUCIONALIDADE;
4ª) obrigar o ente de Federação a devolver o valor do tributo e/ou penalidade pago a maior ou indevidamente: AÇÃO DE REPETIÇÃO DE INDÉBITO 
5ª) pagar mas não está conseguindo: AÇÃO DE CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO
6ª) rescindir a decisão transitada em julgado: AÇÃO RESCISÓRIA.
Obs:
Ação Anulatória:
- anular lançamento/auto de infração com defeito
- anular ato ADM ou JUDICIAL
Ação Declaratória:
- existência ou inexistência de relação jurídica tributária
- antes ou depois do lançamento
IPC!!!!
Como deve ser o pedido de restituição para qualquer espécie de ação de repetição de indébito? Pode ser requerida na esfera administrativa ou judicial? Quais as medidas cabíveis?
O contribuinte pode requerer a repetição de indébito em ambas as esferas. O pedido é feito através de ajuizamento de ação de indébito, na esfera judicial e através de requerimento administrativo na esfera administrativa. (VERBETES STJ 162, 188 e 546)

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