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Questão desafio 1)
Medida Provisória deve instituir, majorar ou reduzir tributos?
 	A questão levantada é passível de entendimentos diferentes. É sabido que a instituição de tributos é feita pela Lei, conforme se verifica o art. 97,I, CTN, fazendo-se alusão ao princípio da legalidade, o que proporciona maior segurança jurídica à sociedade. Além disso, o art. 114 do CTN postula que o fato gerador da obrigação principal é a situação definida em lei como necessária e suficiente à sua ocorrência. Também é pacífico o entendimento acerca dos requisitos necessários para se instituir uma medida provisória; quais sejam: edição pelo presidente da República, submissão ao Congresso Nacional, além da relevância e da urgência, estas duas últimas serão interpretadas de acordo com a situação fática (art. 62 CFRB/88).
 	O problema da divergência surge quanto à possibilidade de tributar através das Medidas Provisórias. Alguns autores são contrários a essa ideia, uma vez que a responsabilidade por tal prerrogativa pertence à lei, e se isto não for respeitado, poderia trazer prejuízos à segurança jurídica. Outro argumento que sustenta esse pensamento é o fato da Medida Provisória ser apreciada pelo Congresso, sem que haja uma aprovação popular para conferir legitimidade.
 	Por outro lado, o STF se posiciona favoravelmente à questão exposta, visto que o referido ato unipessoal tem força de lei (caput do art. 62 da CFRB/88), podendo, então, de modo idôneo, instituir e modificar tributos; é o que se consta na jurisprudência do STF . A Constituição atual prevê exceção para o imposto de importação, imposto de exportação, IPI e o imposto sobre operações de créditos, câmbios e seguros, ou relativas a títulos e valores mobiliários, devido à natureza desses impostos, bem como seu caráter extrafiscal. O Poder Executivo está autorizado, atendidas as exigências estabelecidas em lei, a alterar alíquotas desses impostos, conforme art. 153, § 1º, CFRB/88.
 	Por fim, cabe ressaltar que a afirmativa levantada é viável, desde que o ato que instituiu ou majorou o tributo seja convertido em lei no prazo de 60 dias, como prevê o art. 62, §2º da CFRB/88, bem como o §3º do referido dispositivo. A medida provisória sendo espécie normativa definitiva e acabada, apesar de seu caráter de temporariedade, estará sujeita ao controle de constitucionalidade, como qualquer outra lei ou ato normativo, que é possível tanto em relação à disciplina dada à matéria tratada pela mesma, quanto aos próprios limites materiais e aos requisitos de relevância e urgência.
A presidente Dilma concedeu isenção parcial do IPI para a venda de veículos automotores por meio de medida provisória com aplicabilidade imediata. Está correto?
 	O IPI, imposto sobre produtos industrializados, é instituído pela União, sendo esta uma prerrogativa constitucional, conforme art. 153, IV, CFRB/88. Logo, estaria correto se a presidente Dilma, chefe do Executivo, assim procedesse. A conduta descrita também não estaria contrária à Lei, já que Dilma concedeu isenção parcial de tributos de competência própria da União, não violando o inciso III do art. 155 da CFRB/88. 
 	No entanto, para se recorrer à Medida Provisória é necessário atender aos requisitos previstos no art. 62, caput e § 2º e 3º da CFRB/88; quais sejam, atuação pelo presidente da República, submissão ao Congresso Nacional e a constatação da relevância e da urgência, respeitando também a ressalva feita no art. 167, §3º da CFRB/88. 
 	Cabe, ainda, ressaltar que Medidas Provisórias não podem ser instituídas para tratar de questões de prerrogativas que cabem às leis complementares. Além do mais, não podem ser impostas imediatamente sem apreciação pelo Congresso.
 	
Questão desafio 2)
Determinada empresa exportou calçados para a China. Quando os 5.000 calçados chegaram no porto, a alíquota do imposto de exportação era de 12%. Ocorre que os servidores do porto entraram em greve por 30 dias e neste intervalo de tempo a União aumentou a alíquota para 20%. Pergunta-se:
Quais princípios devem ser aplicados ao caso?
Qual alíquota deve ser aplicada?
Questão desafio 3)
(copiar)
Conforme prevê o art. 145 da CFRB/88, as taxas são espécies de tributos pagos pelo contribuinte que requer a prestação de certos “serviços públicos específicos e divisíveis.” Tendo por base o referido dispositivo, percebe-se a procedência do Município a instituir a taxa, sendo isto de sua competência, conforme o caput do art. 145 da CFRB/88. O problema diz respeito ao fim pelo qual a espécie de tributo foi criada, que seja, limpeza pública
Questão desafio 4) 
Determinada empresa realiza a comercialização de materiais para construção. Ocorre que esta empresa não efetuou o pagamento do ICMS dos últimos 3 anos e nem emitiu nota fiscal da venda das mercadorias. Pergunta-se:
Quais espécies de obrigação tributária refere-se o caso?
 	O ICMS é imposto instituído pelos Estados e pelo Distrito Federal, conforme prevê o art. 155, II, CFRB/88. Cabe ressaltar também que essa espécie de tributo está regulada no art.16 do CTN, segundo o qual o ICMS não está vinculado a uma contraprestação do Estado. Dito isso, no exemplo elucidado, percebe-se a presença de duas espécies de obrigações; a principal, no que diz respeito à obrigação de pagar o tributo devido, e a acessória, que diz respeito ao dever de emitir nota fiscal, que, por sua vez, comprovada a existência de relação pactuada entre as partes envolvidas.
 	Cabe ressaltar que pode haver uma das obrigações, sem necessariamente estar presente a outra; é o caso do ente que não tem competência tributária ou que tem imunidade, ou seja, não precisam pagar certos tributos (impostos), mas ainda devem prestar certas contas.
A obrigação tributária pode ser transformada em multa?
 	Diante do não cumprimento das obrigações tributárias, pode-se afirmar a inadmissibilidade de apreensão das mercadorias como meio coercitivo para o pagamento do tributo. Esse pensamento está em consonância com a Súmula 323 do STF, conforme entendimento exarado no reexame de sentença.
 	A melhor resolução seria instituir multa diante do não cumprimento da obrigação de pagar o ICMS devido, por parte da empresa. Isso é possível devido ao caráter em que é instituída a multa, ou seja, a norma foi aplicada para punir o descumprimento da norma tributária que impõe o pagamento do tributo na data do seu vencimento, eram como punir o descumprimento da obrigação acessória. Com isso, o contribuinte ficaria desestimulado a praticar ilícitos desse tipo.
 	Outra questão importante que merece ser ressaltada é o fato de que a situação exposta na viola o princípio do não confisco, uma vez que a multa deverá ser implementada dentro dos limites razoáveis, atendendo aos preceitos constitucionais (art. 150, IV, CFRB/88)
 	
(OAB/2015/01 – FGV)O Município XYZ resolveu instituir, por meio de lei específica, um tributo que tem como fato gerador a valorização imobiliária decorrente de obra realizada pelo Estado Alfa em seu território, sendo o contribuinte o proprietário do imóvel valorizado e a base de cálculo, independentemente da valorização experimentada por cada imóvel, o custo da obra estatal. Sobre a hipótese descrita, responda aos itens a seguir. 
 Qual seria a espécie tributária que o Município XYZ pretendeu instituir? Aponte o dispositivo constitucional aplicável. 
A espécie tributária que o Município XYZ pretendeu instituir foi a contribuição de melhoria, tributo que tem como fato gerador a valorização de imóvel decorrente de obra pública, conforme previsto no Art. 145, III, da CF/88. 
Na hipótese descrita, o Município XYZ é competente para instituir tal tributo? 
Não. Apesar de a Constituição Federal outorgar a todos os entes federativos a competência para a instituição da contribuição de melhoria, tal tributo só pode ser instituído pelo ente que realizou a obra pública, no caso o Estado Alfa. 
A base de cálculo do tributo está correta?
Não. A base de cálculo da contribuição de melhoria deve considerara valorização do imóvel beneficiado pela obra pública e não os custos da obra, conforme previsto no Art. 81 do CTN e/ou Art. 3º do Decreto Lei nº 195/67. O valor da obra serve apenas como o limite a ser arrecadado pelo ente tributante com a contribuição de melhoria.

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