Baixe o app para aproveitar ainda mais
Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original
* * Direito Civil Defeitos do negócio jurídico * * Defeitos do negócio jurídico Um dos principais elementos do negócio jurídico é a MANIFESTAÇÃO DE VONTADE. Quando há vícios, defeitos, imperfeições na manifestação de vontade, há defeitos no negócio jurídico. Alguns defeitos tornam o negócio ANULÁVEL * * Vícios que tornam o negócio anulável Erro Dolo Coação Estado de perigo Lesão Fraude contra credores (vício social) Como os negócios são ANULÁVEIS, quando presentes um desses vícios, há um prazo para que se pleiteie a anulação. Art. 178 do Código Civil – 4 anos do dia em que se efetivou o negócio (no caso da coação, no dia em que ela cessou) * * ERRO O agente se vê diante de uma falsa percepção da realidade. O agente se engana sem intervenção da(s) outra(s) partes, ou de terceiros. O agente não celebraria o negócio se conhecesse a realidade. Exs: Agente acredita estar comprando um relógio de ouro, quando na verdade, compra um relógio folheado a ouro. Agente acredita estar comprando um terreno na Rua A da cidade, quando na verdade, compra um terreno na Rua A de bairro afastado. * * ERRO Erro não substancial Considera-se erro não substancial o erro acidental. O agente realizaria o negócio mesmo que não houvesse o erro. Ex: pessoa que compra casa, na Rua A, nº 41. Quando na verdade a casa está registrada sob o nº 40. Para ser anulável, além de essencial É preciso que o erro seja real (cause prejuízo ao agente) e precisa ser justificável, desculpável (ou seja, qualquer pessoa estaria suscetível de cometê-lo). * * ERRO Para que o erro torne o negócio jurídico anulável, ele precisa ser substancial. (art. 139) Erro substancial Natureza do negócio: O agente realiza negócio diferente do que pretendia. Ex: quer emprestar e acaba doando. Objeto principal: Incide sobre o objeto. Ex: quer comprar o veículo A, mas está comprando o veículo B. Qualidades essenciais do objeto: Incide sobre as qualidades do objeto. Ex: compra um cavalo de passeio, supondo ser de corrida. * * ERRO Erro substancial Qualidades da pessoa: Identidade física ou moral. Ex: pessoa se associa com outra pensando ser honesta e descobre tratar-se de um desqualificado. De direito: Supõe-se que o ordenamento jurídico ampara a conduta, quando, em verdade, não ampara. Ex: Encomenda de determinado produto que era lícito e já não é mais. **é preciso cuidado, pois ninguém pode se escusar do cumprimento da lei, alegando ignorância. * * ERRO Outras observações Erro sobre o motivo (não é anulável) Somente é anulável, se o motivo estiver expresso. Ex: pessoa doa imóvel a pessoa que salvou sua vida (mas não é verdade) Transmissão da vontade Se houve transmissão da vontade errônea, o negócio também pode ser anulável (fax, e-mail, mensageiro) Convalescimento do erro Não será anulável o negócio, se a outra parte concordar em fazer aquilo que motivou o erro. Ex: Compra de lote A, pensando ser o B. O vendedor aceita entregar o B. * * DOLO Emprego de um artifício para induzir alguém à pratica de ato que o prejudica (beneficiando o autor ou terceiro). Diferente do ERRO, em que o agente se engana sozinho. Ex: Venda de um relógio falso, com a falsa propaganda de que é autêntico, * * DOLO Dolo principal: Não haveria negócio jurídico, se não houvesse o induzimento. ANULÁVEL Dolo acidental: Haveria o negócio jurídico, independentemente do induzimento. Não é anulável. Mas possibilita perdas e danos. Ex: A pessoa ia comprar um bem de qualquer jeito. No entanto, é induzida a pagar valor absurdo, sob a falsa premissa de que é valioso. * * DOLO Dolus bonus: Comum do comércio. Tolerável. Não é anulável. Ex: A vendedora fala que a roupa ficou perfeita. Dolus malus: O agente se utiliza de artifícios para enganar a outra parte do negócio jurídico. É grave e anulável. Ex: A pessoa compra um pedaço de vidro vermelho, sob a falsa propaganda de que trata-se de um rubi. * * DOLO Dolo comissivo: Quem pratica o dolo cria o ardil e engana a vítima Dolo omissivo: Quem pratica o dolo se omite quanto ao fato que engana a vítima. Ex: Pessoa vê bijuteria na vitrine e a compra pensando que é joia. Se o vendedor omite o negócio também é anulável. Dolo de terceiro: Também ‘pode ser’ anulável o negócio, se terceiro intervier com o ardil. Obs: Se quem é beneficiado não sabe da intervenção de terceiro, o negócio não é anulável. (o terceiro interventor, pode responder por perdas e danos). * * DOLO Dolo do representante: Representante age com dolo. O negócio é anulável. Se foi dolo acidental e houver perdas e danos: - se for representante LEGAL – Obriga o representado a responder somente até o limite do benefício que teve. - se for representante VOLUNTÁRIO – Obriga o representado a responder solidariamente Dolo bilateral: Ambas as partes agem com dolo. Art. 150. Se ambas as partes procederem com dolo, nenhuma pode alegá-lo para anular o negócio, ou reclamar indenização.
Compartilhar