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ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL Doença caracterizada pelo início agudo de um déficit neurológico que persiste por pelo menos 24 horas, refletindo envolvimento focal do SNC como resultado de um distúrbio na circulação cerebral. Terceira maior causa de morte Cerca de 31% de pessoas que sofrem AVC morrem dentro de 1 ano Tipos de AVC Ataque isquêmico transitório (AIT) Interrupção temporária de suprimento de sangue para o cérebro Sintomas não duram mais do que 24 horas Sem dano cerebral residual ou disfunção neurológica permanente Suscetibilidade do infarto cerebral (AVCI) – Uso de A.A.S. para prevenção Tipos de AVC Acidente vascular encefálico isquêmico (AVCI) Causas: episódios oclusivos, êmbolos, trombos, ↓perfusão cerebral (arritmias, ↓débito cardíaco, hipotensão, overdose de medicações hipertensivas, etc.) Quadro clínico: Depende do local e da extensão da lesão Tipos de AVC Acidente vascular encefálico isquêmico (AVCI) Tipos de AVC Hemorrágico (AVCH) o Paciente hipertenso o Quadro clínico: Início com forte cefaléia e vômitos (50% dos casos), perda de consciência, ↑PIC, hemiplegia, déficits sensoriais profundos o Prognóstico inicial grave, mas recuperação pode ocorrer bem quando o hematoma é reabsorvido (↓destruição neuronal que AVCI) Enfraquecimento das paredes arteriais Microaneurismas rompem-se Extravassamento de sangue Tipos de AVE Hemorrágico (AVCH) Tipos de AVE Tipos de AVE Hemorragia subaracnóidea (HSA) Sangramento no espaço subaracnóide (ruptura de aneurisma saculado no círculo de Willis) Local mais comum: artéria comunicante posterior Pouco comum em jovens Hipertensão e doença vascular↑ tamanho do aneurisma e ruptura Tipos de AVE Hemorragia subaracnóidea (HSA) Quadro clínico: Cefaléia súbita e intensa, vômitos e rigidez cervical, perda de consciência, óbito nas 1as horas (10%) ou nas duas 1as semanas (40%), hemiplegia Angiografia (investigação precoce) e cirurgia (grampear o aneurisma e evitar novos sangramentos) Sinais precoces da doença • Dores de cabeça súbita e fortes, sem causa conhecida • Fraqueza súbita em um lado do corpo (rosto, braço ou perna) • Perda/dificuldade na fala ou de entender a fala • Perda da visão ou embassamento súbito (em um dos olhos) • Tontura, instabilidade ou quedas súbitas sem explicação + sinais acima. Iniciar imediatamente tratamento de emergência!!! • Padrão Hemiplégico Típico: - Cabeça inclinada para o lado afetado e rodada para o lado oposto; - Ombro elevado, em adução e RI; - Escápula em retração e cintura escapular em depressão; - Cotovelo fletido e antebraço pronado; - Punho fletido e em desvio ulnar; - Dedos fletidos e polegar aduzido; • Padrão Hemiplégico Típico: - Rotação e flexão lateral do tronco para o lado afetado; - Pelve plégica elevada e rodada para trás; - Quadril estendido, aduzido e em RI; - Joelho hiperestendido; - Tornozelo plantiflexionado; - Tíbio-társica supinada e invertida. TRAUMATISMO CRÂNIO-ENCEFÁLICO • Insulto para o cérebro causado por uma força física externa, que pode produzir um estado alterado de consciência, a qual resulta em deficiência da capacidade cognitiva, funcional, comportamental e/ou emocional. Patologia que compromete as funções cognitivas, físicas, psicossociais, emocionais e vocacionais. Epidemiologia A cada 5 minutos uma pessoa morre e outra fica incapacitada pelo TCE; 1.000.000 de pessoas sofrem TCE por ano; 10% morrem antes de chegar ao Hospital; Faixa etária: 15 a 24 anos; Proporção entre homens e mulheres: 2:1 Mecanismos de Lesão • Lesões por golpe e contra-golpe (quedas e alguns choques diretos) Mecanismos de Lesão • Golpes diretos na cabeça (choques diretos) Produz contusões e hemorragias Mecanismos de Lesão • Parada súbita / inércia de movimento (acidentes automobilísticos) Retorcimento por desaceleração e de impacto indireto Tipos de TCE • Traumatismo craniano fechado • Fratura com afundamento do crânio • Traumatismo craniano aberto como fratura exposta do crânio Quadro Clínico • Anormalidades Motoras grande variação de quadros - Hemiplegia / Tetraplegia - Atitudes assimétricas Quadro Clínico - Espasticidade - Hiperreflexia e clônus - Perda do controle motor seletivo • Alterações sensoriais; • Alteração da coordenação e equilíbrio; • Distúrbios da linguagem. LESÃO MEDULAR o Diminuição ou perda da função motora e/ou sensória, podendo ser uma lesão completa ou incompleta, devido ao comprometimento dos elementos neuronais dentro do canal vertebral. American Spinal Injury Association (ASIA) Etiologia 80% DOS CASOS ◦ Fraturas-luxações: Acidentes automobilísticos Quedas de alturas Esportes Acidentes de trabalho ◦ Ferimentos Armas de fogo Armas brancas 20% DOS CASOS ◦ Infecciosas ◦ Neoplasias ◦ Vasculares ◦ Degenerativas ◦ Malformações TRAUMÁTICAS NÃO TRAUMÁTICAS Classificação da Lesão Tetraplegia: o Refere-se à deficiência ou à perda da função motora e/ou sensorial devido ao dano dos segmentos cervicais da medula espinhal. o Altera as funções dos membros superiores, membros inferiores e tronco. Classificação da Lesão Paraplegia: o Refere-se à deficiência ou à perda da função motora e/ou sensorial devido ao dano dos segmentos torácicos, lombares ou sacrais da medula espinhal. o Pode alterar as funções do tronco e/ou dos membros inferiores. Tetraplegia Paraplegia Tetraparesia e Paraparesia designam as lesões incompletas Classificação da Lesão Não há função motora ou sensorial abaixo do nível da lesão Causas: ◦ Transecção completa ◦ Compressão grave ◦ Comprometimento vascular extenso à medula Prognóstico é mais reservado Preservação de alguma função motora ou sensorial abaixo do nível da lesão Causas: ◦ Contusões (Pressão sobre a medula de osso ou tecido deslocado) O retorno precoce da função é geralmente considerado um bom sinal de prognóstico LESÕES COMPLETAS LESÕES INCOMPLETAS Quadro Clínico • 1ª Fase: CHOQUE MEDULAR - Rompimento dos axônios; - Lesão das células nervosas; - Ruptura dos vasos sanguíneos. Hemorragia, edema e necrose na substância cinzenta (08 horas) Formação de tecido cicatricial e cisto após 1 a 4 semanas Quadro Clínico • 1ª Fase: CHOQUE MEDULAR - Período de arreflexia, atonia e atrofia - Perda sensitiva abaixo do nível da lesão - Perda completa do controle da bexiga e dos intestinos Em geral dura em torno de 24 horas, mas pode levar semanas e até meses. Reflexo bulbocavernoso positivo Quadro Clínico • 2ª Fase: ESPÁSTICA OU REFLEXA - Paralisia Espástica - Hiperatividade dos reflexos de estiramento (automatismos) - Clônus Reorganização sináptica alterada – diminuição da inibição pré-sináptica Em geral atinge um platô após 01 ano de lesão. PARALISIA CEREBRAL • Grupo de desordens motoras não progressivas, porém sujeitas a mudanças, resultante de lesão no encéfalo nos primeiros estágios de seu desenvolvimento (2 anos). • CAUSAS: (def.=48%) Pré-natais(11%) Peri-natais(30%) Pós-natais(7%) Principal causa: anóxia peri-natal Prematuridade (<1500g=25 x maior) Infecções congênitas Meningites Malformações PARALISIA CEREBRAL • TIPOS CLÍNICOS Espástico Extra-piramidal Atáxico Misto • DISTRIBUIÇÃO Tetraparesia Diparesia Hemiparesia PARALISIA CEREBRAL • Manifestações: Atraso no DNPM Presença de reflexos primitivos Alterações do tônus Comprometimento cognitivo Crises convulsivas Alterações sensoriais Comprometimento funções corticais Problemas digestivos e respiratórios PARALISIA CEREBRAL • PC ESPÁSTICO: Comprometimento cortical (sistema piramidal) Hipertonia muscular elástica Padrão flexor Fraqueza muscular=paresia Deformidades ortopédicas PARALISIA CEREBRAL • PC EXTRA-PIRAMIDAL: Movimentos involuntários (coréia, atetose, distonia) Tônus flutuante Marcha em “marionete” PARALISIA CEREBRAL • PC ATÁXICO: Comprometimento cerebelar Alterações do equilíbrio Incoordenação Hipotonia Fala escandida Marcha “ebriosa” PARALISIA CEREBRAL • PC MISTO: 20% dos casos Sintomas associados de mais de 1 tipo clínico SÍNDROME DE DOWN • A SD é a mais frequente forma de deficiência mental causada por aberração cromossômica microscópica (trissomia do cromossomo 21). 47, XX, +21 SÍNDROME DE DOWN • MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS: - Face achatada - Fissura palpebral inclinada SÍNDROME DE DOWN • MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS: - Hipotonia - Excesso de gordura na nuca SÍNDROME DE DOWN • MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS: - Orelhas pequenas - Nariz pequeno e achatado SÍNDROME DE DOWN • MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS: - Mãos com linha única - Aumento do espaço entre 1º e 2º dedos Controle motor • Interação entre as diversas partes corporais integradas por mecanismos centrais e periféricos que promovem a iniciação consciente de um ato motor coordenado e preciso. Movimentos Reflexos Movimentos Voluntários Habilidades motoras Estímulos do meio O Controle motor normal • Integridade das estruturas do sistema nervoso RECEPTORES MÚSCULOS ESQUELÉTICOS MEDULA ESPINHAL TRONCO ENCEFÁLICO ESTRUTURAS SUBCORTICAIS CÉREBRO O Controle motor normal • Planos de movimento: - O SNC é capaz de armazenar um conjunto detalhado de comandos de movimento suficiente para orquestrar a sincronização e o sequenciamento dos músculos necessários para produzir determinado movimento. O Controle motor normal • Feedback sensorial: - A produção de qualquer movimento requer a cooperação entre planos ou programas de movimentos, assim como de feedback dos receptores sensoriais na periferia • Favorecer e melhorar o controle dos movimentos é um dos principais objetivos da Reeducação Funcional. • Para realização de movimentos, necessita-se da interação de três fatores: - Indivíduo (capacidade cognitiva e sensitivo-motora); - Tarefa (sequências de movimentos específicos); - Ambiente (iluminação, temperatura, estímulos acústicos). • Acreditava-se que completada a mielinização, o cérebro permaneceria imutável; • Impossibilidade de reabilitação quando as conexões e neurônios eram perdidos em consequência da lesão cerebral; • Inércia terapêutica (espera de recuperação espontânea das funções perdidas). • Somente na década de 1960, constataram que o sistema nervoso se modifica quando o organismo é exposto a um ambiente rico em estimulação. NEUROPLASTICIDADE CEREBRAL • É a capacidade de organização do Sistema Nervoso frente ao aprendizado e a lesão, que se relaciona com a modificação de algumas conexões sinápticas. • Neurônios individualmente são capazes de sofrer diferenciações por várias razões (durante o desenvolvimento, em resposta a danos cerebrais, no processo de aprendizagem). • Idade • Resolução fisiológica dos fatores que levaram à lesão • Capacidade de reorganização neural Fatores Intrínsecos • Psicossociais • Ambientais • Intervenções terapêuticas Fatores Extrínsecos Falta de uso / rompimento dos circuitos corticais Áreas de penumbra cortical Sinaptogênese Potencialização da amplitude dos potenciais excitatórios Despolarização da membrana da célula pós- sináptica • Mesmo quando há morte de neurônios existe certa recuperação, gerada por neurônios que se adaptam e podem assumir funções similares ao dos que foram perdidos. • Inputs variáveis e significativos para o paciente • Treino por repetição • Feedback: - Os mecanismos de feedback desempenham um papel importante no planejamento e controle dos movimentos. Feedback visual; Feedback somatossensitivo; Feedback verbal... • Treino mental: - A circulação sanguínea de certas áreas corticais aumenta quando o paciente imagina uma sequência motora. São as mesmas áreas ativadas quando o movimento é efetivamente realizado. - Maior efetividade quando associado ao treino físico. • A reorganização do SN é dinâmica e evolutiva (> nos 2 primeiros anos). • Intervenção fisioterapêutica precoce (influenciada pela repetição dos movimentos e ambientes diversificados). • A motivação do paciente e a atuação do fisioterapeuta são fatores significativos. • A reorganização neural depende de estratégias terapêuticas efetivas, com metas estabelecidas e recursos apropriados. • A reorganização neural não significa restauração completa da função normal.
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